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Educação Ambiental Utilizando Ferramentas do Portal do Projeto SISGA

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Academic year: 2021

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Educação Ambiental Utilizando Ferramentas do Portal do

Projeto SISGA

Prof. Dr. Oscar Dalfovo

Universidade Regional e Blumenau, Blumenau, Brasil

dalfovo@inf.furb.br

Prof. Ricardo A. de Azambuja, MAd FURB, Blumenau-SC, Brasil

zamba@furb.br

Prof. Paulo Roberto Dias, Meng FURB, Blumenau-SC, Brasil

prdias@furb.br

Alexandre Koball

Universidade Regional de Blumenau, Blumenau, Brasil

alexkoba@inf.furb.br

Resumo

Este artigo descreve conceitos de Educação Ambiental, mostrando a necessidade da mesma ser inserida nas escolas de forma mais profunda, com a finalidade de proteger o meio-ambiente de cada comunidade. Comenta também as ferramentas existentes para fins de ensino e Educação Ambiental no Portal do Projeto SISGA, além de dar uma noção do que é e o que representa este projeto dentro da Universidade.

Palavras chave: Educação Ambiental, Gestão Ambiental, Ferramentas de Ensino, Jogos em

Flash.

1. Introdução

Já não é mais novidade que a Informática é um meio útil, necessário e, em alguns casos, insubstituível, no ensino de pessoas de todas as idades. Também não é mais novidade que o ensino da Educação Ambiental faz-se cada vez mais necessário, ainda que haja uma enorme negligência de considerável parte das escolas em relação a este assunto. Dados comprovam que o futuro não é nada promissor para a natureza que nos rodeia.

A partir de tais observações, é lógico afirmar que a junção entre a Informática e a Educação Ambiental é uma ação positiva na busca pelo melhoramento desse quadro pouco promissor. Também é fundamental destacar que, quanto mais jovem é o aluno de Educação Ambiental, mais profundo, como o passar do tempo, será seu conhecimento dos assuntos relacionados à defesa e manutenção de um meio ambiente limpo, seguro e que proporcione uma boa qualidade de vida para os habitantes da sua comunidade.

Um dos objetivos da parte educacional do Projeto SISGA (Sistema de Informação Aplicado ao Sistema de Gestão Ambiental) é justamente o de proporcionar ferramentas, atividades e uma área educacional relacionada ao meio-ambiente, e destiná-la a alunos em início de formação escolar, principalmente, ou seja, crianças de seis a dez anos de idade.

2. Educação Ambiental

A história da Educação Ambiental no Brasil está ligada a iniciativas isoladas de alguns professores e de ONGs que insistiram na necessidade de um ensino dirigido à formação ambiental de indivíduos para promoção da qualidade de vida. A inclusão do tema nos sistemas de ensino tem ocorrido por meio de projetos solitários e de tratamento descontínuo. As

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questões ambientais são aplicadas de modo fragmentado e descontextualizado às disciplinas, e o trabalho resulta muitas vezes desconectado da realidade.

Depois da ECO 92, a Conferência Mundial de Meio Ambiente, realizada no Rio de Janeiro, cresceu o interesse pelo tema. Mas somente a partir da Lei nº 9795/99, que instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental, tornou-se obrigatória a inclusão no currículo o ensino ambiental. Para compreender a questão ambiental é necessária a contribuição de cada área, daí a importância da integração e articulação dos trabalhos entre os diferentes setores. A Educação Ambiental atua no campo da mobilização, do qual a escola deve participar, interagindo sobretudo com a comunidade.

Segundo MELO (2001), não se pode falar em Educação Ambiental no interior da escola sem pensar num projeto pedagógico interdisciplinar, cujas práticas se complementam, pelo fato de ser um trabalho construído coletivamente, não se limitando a uma disciplina, mas com uma concepção totalizadora da educação, comprometimento com a prática social e o desenvolvimento da cidadania, numa interação, também, com a comunidade, como já foi comentado.

Em muitas partes do mundo – continua MELO (2001) – a população vem aumentando de forma incompatível com os recursos ambientais disponíveis, frustrando as expectativas na obtenção de progressos em áreas como habitação, serviços sanitários, segurança alimentar ou fornecimento de energia. Deve-se, portanto, desenvolver esforços para, por meio da educação, aprimorar o potencial humano para administrar esses recursos, configurando assim a relevância em inserir-se numa dimensão ambiental na educação brasileira, tanto na esfera do pensamento e das orientações curriculares quanto no nível concreto de trabalho pedagógico em todo o sistema de ensino – da escola básica à Universidade.

3. O Portal do Projeto SISGA

O desenvolvimento do Portal do Projeto SISGA surgiu da necessidade de exibir publicamente informações sobre o andamento do mesmo, ou seja, sobre a implantação do Sistema de Gestão Ambiental na Universidade Regional de Blumenau (FURB), e também sobre o meio ambiente na região do Vale do Itajaí, utilizando como fonte periódicos locais.

Dentre as várias áreas do Portal há uma, em especial, nomeada de “recicle”, que frisa levar informações sobre a conscientização e a reciclagem e meio ambiente para o público. Para reforçar o conceito e a ação prática da reciclagem, são disponibilizados dois jogos educativos, criados com a ferramenta de desenvolvimento visual Flash, sobre esse tema.

Finalmente, entre outras opções menores, existe uma seção de notícias relacionadas ao meio-ambiente, outra de links relacionados ao tema, uma área que explica em linhas gerais os objetivos do projeto, principalmente sobre o Sistema de Gestão Ambiental, e formulários para empresas preencherem, com o objetivo de verificar se estão degradando ou preservando a natureza.

4. Sistema de Gestão Ambiental

JUNIOR (1998) afirma que antes de tudo, é bom lembrar que só é possível assumir responsabilidades por resultados, quando se tem autoridade sobre os meios. Não se podem assumir responsabilidades, se não se tem as informações necessárias e aqueles que têm as informações necessárias (e autoridade sobre os meios) não podem deixar de assumir a responsabilidade. Ou seja, não se delega responsabilidade, mas somente autoridade.

Gerenciar é, em essência, atingir metas (resultados). Resultados são os efeitos esperados de um processo. Devem-se controlar os efeitos adversos sobre o meio ambiente, da mesma forma que se controla a qualidade dos produtos criados, controlando-se os processos, ao invés de se controlar os resultados finais. Essa é a essência da abordagem preventiva.

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REIS (1996) descreve que um acidente ambiental pode afetar profundamente a organização e sua posição dentro do mercado. Atualmente quase todos acionistas, principalmente os europeus e norte-americanos, exigem relatórios ambientais das empresas que recebem seus recursos, pois eles não querem ver seus nomes ligados a empresas que agridem o meio ambiente. Hoje já existe o processo de rotulagem ambiental (selo verde), informando que o produto é “sadio” e “limpo”, ou seja, a empresa faz o seu “marketing verde”. A norma internacional ISO 14001 é a norma que estabelece as especificações do sistema de Gestão Ambiental para quaisquer tipos de organizações. Esta norma está relacionada com a ISO 14004, que oferece diretrizes gerais para a implantação do Sistema de Gerenciamento Ambiental. Conforme ABRAMOWICZ (1995), o Sistema de Gestão Ambiental, especificado pela norma 14001, baseia-se no Ciclo Planejamento, Desenvolvimento, Controle e Ações (PDCA) de aprimoramento contínuo, o que leva à organização que deseja implementá-lo a um processo consistente de aperfeiçoamento das suas relações com o meio ambiente e as partes interessadas. Para que o Sistema de Gestão Ambiental seja eficaz, a organização deve conhecer seu macro-fluxo e seus fluxos, identificando previamente suas atividades, processos e tarefas.

5. Ferramentas Educacionais

Complementando o conteúdo inicialmente existente no Portal do Projeto SISGA, foi criada uma boa diversidade de conteúdo educacional relacionado ao meio ambiente, e toda ela está disponível na seção “Educação” do mesmo Portal. Esta seção subdivide-se nas opções relacionadas abaixo.

Jogos: os jogos são, sem dúvida, a maneira mais agradável e intuitiva de uma pessoa – sobretudo uma criança ou um adolescente em idade escolar, o principal público-alvo da seção – interagir com a Informática e, no caso do Portal do SISGA, de forma a aprender conceitos ambientais e se motivar a preservar a natureza. Os jogos presentes no Portal têm uma interface simples e são dinâmicos, no sentido de que, caso seja do interesse do aluno e/ou do educador desse aluno, o conteúdo apresentado neles é personalizado, para adequar-se às necessidades de um determinado indivíduo ou turma de aula.

O conteúdo pode ser personalizado através de um formulário de inserção de perguntas e respostas (que pode ser acessado através de cadastramento no Portal), que serão posteriormente utilizadas nos jogos do tipo quiz. Os jogos foram desenvolvidos utilizando a ferramenta Flash. Todas as perguntas e respostas cadastradas são verificadas por um administrador do sistema para garantir a integridade do tema ambiental, já que o sistema por si só não tem como conferir o conteúdo inserido pelos usuários.

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Figura 1 - Jogo “Quiz SISGA”, utilizando o Banco de Dados de perguntas e respostas cadastradas por usuários do Portal.

Figura 2 - Jogo da Forca do SISGA, também utilizando o Banco de Dados do Portal.

Figura 3 - Jogo do Quebra-Cabeça do SISGA.

Cartões: o usuário do Portal pode enviar mensagens em forma de cartões virtuais, desde que o destinatário possua um endereço de e-mail. Os cartões também foram desenvolvidos utilizando a ferramenta Flash, e possuem elementos interativos e/ou pequenas frases que incitam cuidados ao meio-ambiente.

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Figura 4 - Lista dos cartões mais enviados no Portal do SISGA.

Ensino: esta opção traz várias reportagens, matérias, conteúdo didático sobre temas diversos relacionados ao meio-ambiente, com imagens e textos simples.

Histórias: também criadas utilizando a ferramenta de desenvolvimento de animações Flash, as histórias podem ser consideradas outro método de fácil entendimento do conteúdo educacional relacionado ao meio-ambiente. As características das histórias presentes no Portal são a interatividade (o usuário decide quando continuar a ler a história, e existem, em alguns casos, opções de decisão de continuidade, ou seja, o usuário decide como ela terminará), cores vivas e atraentes, personagens e situações animadas e uma mensagem positiva em relação aos cuidados sobre o meio-ambiente.

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Figura 6 - Imagem da história “Ciclo Natural”, do Portal do SISGA.

Quiz: nesta opção é que o usuário, após executar um cadastro gratuito no Portal, estará apto a inserir seu conteúdo (perguntas e respectivas respostas) no Banco de Dados. Esse conteúdo será utilizado nos jogos baseados em perguntas e respostas (quizes) disponíveis, ou seja, ele personalizará, se desejado, os jogos, permitindo que um professor, por exemplo, insira perguntas relacionadas ao assunto que a sua turma esteja aprendendo naquele momento.

Figura 7. Usuário inserindo uma nova pergunta no Banco de Dados do SISGA, que será utilizada posteriormente nos jogos do Portal.

6. Conclusão

Para garantir o futuro, ou mesmo o presente, com grande qualidade vida para as nossas comunidades, as escolas ou instituições de ensino, de maneira geral, devem investir na Educação Ambiental, antes que o velho clichê do “é tarde demais” torne-se realidade.

Desenvolvendo ferramentas educacionais de uso fácil e gratuito, o Projeto SISGA está, além de desenvolver o Sistema de Gestão Ambiental para favorecimento e aperfeiçoamento dos recursos ambientais relacionados à Universidade, também levando às escolas algumas importantes lições sobre o tema, nunca, obviamente, deixando de tentar aprimorar seu conteúdo e seus valores, tentando desenvolver ações que sejam correspondentes à realidade das comunidades.

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7. Referências

ABRAMOWICZ, Betty S. . O Meio Ambiente e o Exército Democrático. Parceria em Qualidade, nº 11/12 Ano 4. Rio de Janeiro : Qualitymark, 1995.

JUNIOR, Ênio Viterbo. Sistema Integrado de Gestão Ambiental. São Paulo : Aquariana, 1998. MELO, Rosemeri Santos de. A Dimensão Ambiental da Educação e as Redes de Informação e

Conhecimento. 2001.

REIS, Maurício José Lima. Gerenciamento Ambiental: um fator de sobrevivência para as empresas. Parceria em Qualidade, nº 19/20 Ano 4. Rio de Janeiro : Qualitymark, 1996.

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