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PLANO DE ENSINO

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Academic year: 2021

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Disciplina:

CIDADES AFRICANAS: ARQUITETURA E URBANISMO CONTEMPORÂNEO EM ÀFRICA

Código:

ARQB29 Carga horária

semestral: 34 Pré-requisito(s): Não de aplica Semestre letivo: 2021.1 Turma(s): 010100 Horário: Sexta-feira 14h-16h Docentes/

Titulação: FÁBIO MACÊDO VELAME

Doutor em Arquitetura e Urbanismo - http://lattes.cnpq.br/0386406510741414

Conhecimento desejável: ARQUITETURA, URBANISMO, CIDADE, HISTÓRIA DA ÁFRICA, PAN-AFRICANISMO,

PÓS-COLONIALISMO

Infraestrutura discente necessária para acompanhamento da disciplina no Semestre Letivo Suplementar:

Conexão com a internet, computadores (notbook ou desktop), smartphone com câmera e fones de ouvido (ou dispositivo de áudio), plataforma do Meet Google.

1. Ementa

Pan-Africanismo. Pós-Colonialismo. História da África Pós-colonial. Cenário econômico e social atual da África. Diáspora Contemporânea em África. Filosofia Africana Contemporânea. Neoliberalismo e Globalização na produção atual das Cidades Africanas. O ‘’Levante da África’’ e o Urbanismo Contemporâneo no continente Africano: ‘’Cidade Genéricas’’, ‘’Cidades Inteligentes’’, ‘’Cidades Tecnológicas’’, ‘’Cidades Ecológicas’’, ‘’Cidades Verdes’’. Segregação sócio-espacial e étnico-racial no cenário urbano africano contemporâneo: ‘’As Cidades dos Condenados da Terra’’. Arquitetura Africana. Produção da Arquitetura Contemporânea em África.

2. Objetivos

Introduzir oficialmente o campo disciplinar da Arquitetura e Urbanismo no Brasil nos chamados

‘’Estudos Africanos’’, trazendo reflexões e debates sobre a produção contemporânea das cidades

africanas, o urbanismo em desenvolvimento na África com a sua respectiva produção arquitetônica. Trazer visibilidade para a produção da Arquitetura e Urbanismo em África, que não são tratados nos currículos de graduação em Arquitetura e Urbanismo, sempre vinculados às referências europeias e norte-americanas. Construção de repertório crítico de referenciais arquitetônicos e projetos urbanos em contextos sócio-culturais e étnico-raciais distintos da realidade brasileira. Descolonização do pensamento com a problematização da relação sul-sul, Brasil-África, com conceitos e princípios distintos dos cânones europeus, notadamente, da relação de colonização, descolonização e reconstrução dos países africanos. Conhecimento de referenciais arquitetônicos e urbanísticos relacionados e comparados com os produzidos pelos países centrais da Europa e EUA no processo de globalização e urbanização contemporânea em África. Conhecimento da realidade contemporânea do continente e países africanos. Refletir sobre os processos de gentrificações, segregação social-espacial/étnico-racial nas cidades africanas na atualidade.

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3. Conteúdo programático

MÓDULO I – Á AFRICA CONTEMPORÂNEA 1.0 - Pan-Africanismo.

2.0 - Pós-Colonialismo: História da África Pós-colonial. 3.0 – Geopolítica e África: cenário econômico e social atual. 4.0 - Diásporas Africanas: processos migratórios e imagéticos. 5.0 - Filosofia Africana Contemporânea.

MÓDULO II – NOVAS CIDADES GLOBAIS AFRICANAS E AS CIDADES DOS CONDENADOS DA TERRA 1 - O ‘’Levante da África’’ - Neoliberalismo e Globalização na produção atual das Cidades Africanas; 2 – As Novas Cidades Globais Africanas: Le Cite du Fleuve - República Democrática do Congo; Eko Atlantic – Nigéria; Appolonia City – Gana; Hope City – Gana; Kigamboni City – Tanzânia; Safari City – Tanzânia; Konza Technology City – Quênia; Tatu City – Quênia; Ebene Cyber City – Ilhas Maurícias; Modderfontein New City – África do Sul.

2.1 - Os Agentes da Produção do Espaço das Cidades Africanas Contemporâneas: governos africanos, grupos e entidades financeiros das nações africanas e internacionais, empresas nacionais e internacionais de construção, volume de investimentos do setor público e privado);

2.2 – As Narrativas e Conceitos das Cidades Africanas Contemporâneas: cidades verdes, ecológicas, tecnológicas, inteligentes, etc...;

2.3 – O Modelo Espacial e Projeto Urbanístico das Cidades Africanas Contemporâneas: formas urbanas e partidos urbanísticos adotadas nos planos de implantação e desenvolvimento das novas cidades africanas;

2.4 – As Arquiteturas e Imagens das Cidades Africanas Contemporâneas: historicismo, neoclassicismo, neocolonial, high-tech, desconstrutivismo, etc., vinculada a um circuito internacional de produção arquitetônica;

2.5 – Gentrificações e Segregação Social-Espacial/Étnico-Racial das Cidades Africanas Contemporâneas: processos de expulsão financeira e/ou armada – com o uso da violência - da população pobre das áreas das novas cidades africanas ou de novos bairros; o processo de controle da mobilidade e acessibilidade urbana da população às novas cidades; a edificação de guetos e bairros étnicos nas periferias dessas novas cidades; o aumento da pobreza e miséria urbana que fizeram ‘’ressurgir’’ os Condenados da Terra;

3 – O Planejamento Urbano das Capitais e Metrópoles Africanas e suas relações com as Novas Cidades Globais Africanas: Kinshasa - República Democrática do Congo; Abuja e Lagos – Nigéria; Acra – Gana; Dodoma, Arusha e Dar es Salaam – Tanzânia; Nairóbi – Quênia; Port Louis – Ilhas Maurícias; Cidade do Cabo e Pretória – África do Sul.

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MÓDULO III – ARQUITETURAS AFRICANAS: PRODUÇÃO CONTEMPORÃNEA EM ÁFRICA 1.0 – Fundação e atuação da AUA - Africa Union of Architect;

2.0 – Centros de referência de formação de Arquitetos em África: escolas, faculdades e universidades; 3.0 - Arquitetos Africanos: formação, trânsito, conexões e produção;

4.0 - Congressos de Arquitetos Africanos;

5.0 – Concursos Públicos de Arquitetura em África;

6.0 – Premiações de Projetos de Arquitetura realizadas pela AUA;

7.0 – Produção de Arquitetura Contemporânea em África: público, privado, e autogerido.

4. Metodologia - Aulas síncronas:

A disciplina ‘‘CIDADES AFRICANAS: ARQUITETURA E URBANISMO CONTEMPORÂNEO EM ÀFRICA’’ será ministrada através de apresentações expositivas, leituras orientadas de textos da bibliografia e dos temas propostos dos módulos do conteúdo programado, rodas de debates sobre temas e questões chaves (histórico e teórico), e seminários temáticos sobre as arquiteturas e cidades africanas e seus processos de produção de forma síncrona através da internet, on line, através da plataforma Meet Google.

5. Recursos

Serão utilizados os seguintes recursos didáticos: -Textos Históricos e Teóricos sobre Cidades Africanas; - Vídeos e Documentários sobre Cidades Africanas; - Plataforma do Meet Google

6. Avaliação

A avaliação se dará em duas etapas do processo:

1 – Ao longo do curso com elaboração de seminários de cada módulo do conteúdo programático; 2 – No final do curso com a elaboração de um artigo sobre um dos assuntos e temas propostos no conteúdo programático;

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7. Bibliografia

BRUNSCHWING, Henri. A Partilha da África Negra. São Paulo: Perspectiva, 1971. DECRAENE, Philippe. O Pan-Africanismo. São Paulo: Difusão europeia do livro, 1962.

DIOP, Cheikh Anta. The African Origin of Civilization: Myth or Reality. Nova Iorque: Lawrence Hill, 1974.

DIOP, Cheikh Anta. The Cultural Unity of Black África. Paris: Présence Africaine,1989.

DU BOIS, William Edward B. As Almas do Povo Negro. Porto Alegre: Zero Hora, 1998.

FANON, Frantz. Os Condenados da Terra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968.

FANON, Frantz. Pele Negra Máscaras Brancas. Salvador: EDUFBA – CEAO, 2008.

GARVEY, Marcus Mosiah. Estrela Preta. Rio de Janeiro: Benjamim, 2013.

GIROY, Paul. O Atlântico Negro. São Paulo: Editora 34, 2001.

HOUNTONDJI, Paulin J. Sur la "philosophie africaine". Critique de l'ethnophilosophie. Paris: Maspero, 1977.

LOPES, Ney. A enciclopédia da diáspora africana. São Paulo: Selo negro, 2004.

M’BOKOLO, Elikia. África negra: história e civilizações. Salvador/São Paulo: Edufba/Casa das Áfricas, 2011. Tomo II (Do século XIX aos nossos dias).

MACÊDO, José Rivair. História da África. São Paulo: Editora Contexto, 2014.

MBEMBE, Achille. Crítica a Razão Negra: Ensaio sobre o racismo Contemporâneo. Lisboa: Antígona, 2014.

MBEMBE, Achille. Sortir de la grand nuit: Essai sur L’Afrique décolonisée. Paris: La Découvert, 2010.

MBEMBE, Achille. Necropolitics. Public Culture, 15, 2003, p. 11-40.

MBEMBE, Achille. Necropolítica, una revisión crítica. In: GREGOR, Helena Chávez Mac (Org.). Estética y violencia: Necropolítica, militarización y vidas lloradas. México: UNAMMUAC, 2012, p. 130-139.

MEREDITH, Martin. O Destino da África. Cinco Mil Anos de Riqueza, Ganâncias e Desafios. São Paulo: Zahar, 2017.

NKRUMAH, Kwame. A África deve unir-se. Lisboa: Ulmeiro, 1977a.

NKRUMAH, Kwame. A Luta de classes em África. Lisboa: Livraria Sá da Costa editora, 1977b.

OECD. Perspetivas económicas em África 2016: Cidades sustentáveis e transformação estrutural. Lisboa: Instituto Camões, 2016.

KODJO, Edem; CHANAIWA, David. Pan-africanismo e libertação. In: MAZRUI, Ali. A (Org.). História Geral da África. Brasília: UNESCO, 2010, p.909-936. (Vol.VIII – África desde 1935).

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RIBEIRO, Luiz Dario Teixeira. História da África e dos Africanos. Rio de Janeiro: Vozes, 2013. SILVA, Alberto da Costa. A África. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

GARVEY, Amy Jacques. Garvey and Garveysm. Londres: Collier-MacMillan Ltd, 1963\1968 GOODY, Jack. O roubo da história. São Paulo: Contexto, 2012.

HAMPATÉ BÂ, Amadou. A tradição viva. In: KI-ZERBO, Joseph (ed.). História Geral da África I. Metodologia e Pré-história da África. Brasília: Unesco, p. 167-212, 2010.

JAHN, Janheinz. Muntu: Las culturas neoafricanas. México DF: FCE, 1963.

KAGAME, Alexis. La philosophie Bantu comparée. Paris: Presence Africaine, 2013.

LALEYE, Issiaka P. Is there an African Philosophy in existence today?. In: COETZEE, P. H. & ROUX, A.P.J. (eds.). The African Philosophy Reader. Nova Iorque: Routledge, p. 86-94, 2003.

MONTOYA, Fernando Susaeta. Introduccíon a la filosofía africana. Un pensamiento desde el cogito de la supervivencia. Santa Cruz de Tenerife: Ediciones Idea, 2010.

MUDIMBE, V.Y. A invenção de África: Gnose, Filosofia e a Ordem do Conhecimento. Mangualde:Pedago,2013.

NASCIMENTO, Abdias do. O Brasil na Mira do Pan-africanismo. Salvador: EDUFBA, 2002. UNESCO. História Geral da África. Nova Iorque: UNESCO, 2017.

Referências

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