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1 Varreduras de secção variável

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Academic year: 2021

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1

Varreduras de sec¸

ao vari´

avel

1.1

Introdu¸

ao

O operador varredura (“sweep”) de sec¸c˜ao vari´avel cria s´olido ou superf´ıcies com caracter´ısticas diferentes dos operadores, usados at´e aqui. Este ´e um operador que permite que o s´olido tenha diferentes sec¸c˜oes que ser´a inter-polado por uma superf´ıcie externa, que poder´a ser solidific´avel no caso da cria¸c˜ao de s´olidos. O operador do sistema CAE/CAD/CAM, em si, permite que material seja adicionado ou removido, enquanto vai varendo a sec¸c˜ao ao longo de uma ou mais trajet´orias selecionadas. Neste caminho pode-se controlar a orienta¸c˜ao, a rota¸c˜ao e a geometria da sec¸c˜ao, gerando diferen-tes efeitos sobre o s´olido ou superf´ıcie desejado. Portanto, o operador de varredura vari´avel ´e uma ferramenta para modelar uma faixa razo´avel de geometria complexas, como mostra a Figura 1.1.

(a) (b) (c)

Figura 1: Exemplo de pe¸cas com formas complexas.

At´e aqui, foram modelados s´olidos de varredura dentro de duas perspec-tivas:

• Usando sec¸c˜ao constante: gera um s´olido ou superf´ıcie onde a sec¸c˜ao parametrizada n˜ao muda a sua forma enquanto est´a sendo varrida ao longo de uma trajet´oria.

• usando uma seq¨uˆencia de sec¸c˜oes vari´aveis: a geometria s´olida ou a superf´ıcie ´e obtida interpolando-se v´arias sec¸c˜oes parametrizadas para formar a geometria final.

Os principais componentes deste tipo de operadores s˜ao as trajet´orias e as sec¸c˜oes. O operador de varredura atrav´es de sec¸c˜oes vari´aveis inclui os procedimentos usados at´e aqui. No entanto, permite que outros caminhos (trajet´orias) possam ser agregados para formar a geometria. Uma vez que as trajet´orias estejam definidas, as sec¸c˜oes parametrizadas devem ser colocadas uma referˆencia, denominadas de quadro de apoio ( “mira” ), que vai definir junto com a trajet´oria de origem a forma do modelo geom´etrico. Elementos

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adicionais, como os pontos de ancoragem intermedi´arios e o final da se¸c˜ao pode ser agregado; outras trajet´orias (caminhos) pelas quais as sec¸c˜oes de-vem viajar e se adaptar para criar a forma desejada pode ser inclu´ıdas. A trajet´oria de origem define o comprimento do modelo geom´etrico criado. A orienta¸c˜ao da sec¸c˜ao ao longo da varredura ´e definida tamb´em pela trajet´oria origem, bem como pelas outras trajet´orias v˜ao sendo escolhidas. Outras re-ferˆencias tais como planos, eixos, arestas ou sistemas de coordenadas podem ser referenciadas ao longo do caminho.

O quadro de apoio (frame) ´e essencialmente um sistema de coordenada que vai caminhar ao longo da trajet´oria e carrega consigo pr´oprio a sec¸c˜ao que est´a sendo varrida. Os eixos deste sistema de coordenadas s˜ao defi-nidos pelas trajet´orias auxiliares e outras referˆencias. O quadro de apoio (frame) ´e orientado por restri¸c˜oes adicionais e referˆencias tais como a nor-mal `a trajet´oria, a normal `a proje¸c˜ao e outros propriedades geom´etricas do plano, e curvas usadas para cria¸c˜ao do modelo s´olido. Normalmente, os sis-temas CAE/CAD/CAM exibem setas indicadoras apontando as dire¸c˜oes de opera¸c˜oes geradas para indicar estes elementos geom´etricos.

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Criando geometrias de sec¸

ao vari´

avel

O operador de varredura de sec¸c˜ao vari´avel tem o mesmo comportamento dos operadores de extrus˜ao e revolu¸c˜ao. Habilita um ambiente de modelagem com a captura de dados para construir a geometria. O painel de controle do operador ´e exibido na Figura 2.

Figura 2: Painel de captura de dados do oeprador de varredura de sec¸c˜ao variavel.

O painel de controle do modelo geom´etrico captura informa¸c˜oes sobre as referˆencias, neste caso as trajet´orias que v˜ao servir para criar o modelo s´olido, tubular ou superf´ıcie. Al´em da aba de referˆencias s˜ao disponibilizadas as abas Options, Tangency e Properties. Estas abas oferecem funcionalidades para

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a conforma¸c˜ao da forma geom´etrica do modelo a partir de referˆencias. Para trabalhar com este operador ´e bom que as trajet´orias j´a tenham sido criadas no ambiente de modelagem. Uma vez determinada o caminho a ser seguido para criar a geometria, a op¸c˜ao de esbo¸co da sec¸c˜ao transversal da forma estar´a dispon´ıvel. Os demais elementos de captura da inten¸c˜ao de projeto s˜ao habilitados de acordo com a opera¸c˜ao a ser realizada: cria¸c˜ao de s´olido, cria¸c˜ao de formas tubulares ou ainda opera¸c˜oes de remo¸c˜ao de material.

Todo operador de cria¸c˜ao de modelos geometricos fornecem os elementos necess´arios para criar s´olido, sec¸c˜oes tubulares, superf´ıcies. As geometrias de sec¸c˜ao vari´avel ´e gerada tamb´em a partir de trajet´orias e de sec¸c˜oes trans-versais. Estes elementos precisam ser criados de antem˜ao.

O operador de varredura de sec¸c˜ao vari´avel ´e composto por trˆes compo-nentes b´asicos:

• As trajet´orias;

• o plano de controle da sec¸c˜ao e • o controle horizontal/vertical.

Existem dois tipos de trajet´orias que podem ser definidas para cria¸c˜ao de modelos geom´etricos: a trajet´oria de origem e as trajet´orias adicionais (chains). A trajet´oria de origem tem como fun¸c˜ao:

• definir o caminho da varredura;

• estabelecer a origem da sec¸c˜ao que vai varrer o caminho. J´a as trajet´orias adicionais tem como objetivo:

• estabelecer o plano de orienta¸c˜ao para a sec¸c˜ao inicial que definir´a a forma do modelo geom´etrico (X-trajectory);

• e fornecer uma referˆencia para a sec¸c˜ao, bem como ser um guia para a forma¸c˜ao da geometria.

Assim, a trajet´oria de origem define o caminho a ser varrido para criar a geometria, bem como a origem do sistema de coordenadas da varredura em que a sec¸c˜ao ser´a esbo¸cada. As demais trajet´orias podem ser selecionadas para auxiliar na defini¸c˜ao da forma do objeto que vai ser criado. Elas ajudam a definir as referˆencias e a orienta¸c˜ao do plano no qual vai ser definida a sec¸c˜ao transversal da pe¸ca. Uma das trajet´orias adicionais ´e definida como trajet´oria X (X-trajectory). O prop´osito desta trajet´oria ´e estabelecer o plano de orienta¸c˜ao do perfil da sec¸c˜ao ou seja, eixo X da sec¸c˜ao plana. Estas

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trajet´orias s˜ao captadas na aba referˆencias references do operador, como mostra a Figura 3.

Figura 3: Elementos para cria¸c˜ao de um s´olido de sec¸c˜ao vari´avel. A prepara¸c˜ao das trajet´orias e sec¸c˜oes ´e dada pela escolha dos planos de referˆencias que v˜ao recebˆe-los. Neste tipo de operador pode ser usadas trajet´orias mais gerais, isto ´e, 3D. Elas podem ser obtidas a partir de pontos de referˆencia gerados no ato de modelamento, ou ainda, definidos a partir de um arquivo de dados vindo externamente. ´E sempre bom lembrar que a trajet´oria vai definir o comprimento do modelo geom´etrico. J´a as sec¸c˜oes definem por si s´o como o modelo geom´etrico se forma nas dire¸c˜oes normais a trajet´oria.

As trajet´orias geralmente s˜ao definidas pelas ferramentas de cria¸c˜ao de curvas. Podem ser esbo¸cadas no ambiente de perfis parametrizados, bem como usar ferramentas mais avan¸cadas como o ambiente estilo. Assim, as trajet´orias pode ser curvas definidas por diversas formas, tais como: curvas splines, de B`ezier, B-splines, Nurbs, etc. As ferramentas de cria¸c˜ao de per-fis parametrizados tem os operadores que geram algumas destas entidades geom´etricas, como as NURBS, por exemplo. Geralmente, as trajet´orias s˜ao melhor controladas em ambientes 2D. Por isso, que o sistemas CAE/CAD/-CAM investem em boas ferramentas para esbo¸car trajet´orias em ambientes 2D, como os perfis parametrizados e ferramentas de estilo, muito embora, as trajet´orias tamb´em possam ser modeladas como entidades 3D, atrav´es de curvas de referˆencias.

Uma vez definida a(s) trajet´oria(s), ´e preciso escolher as sec¸c˜oes para definir o tipo de objeto a ser criado. A defini¸c˜ao da sec¸c˜ao ´e feita num plano, onde a sec¸c˜ao vai ser orientada na defini¸c˜ao da forma. Um sistema de coordenadas precisa ser capturado para definir o plano do perfil do objeto.

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A curva auxiliar definida como trajet´oria X ´e usada para este fim. O eixo X do sistema de coordenada da sec¸c˜ao passa atrav´es do ponto de intersec¸c˜ao entre a sec¸c˜ao e a trajet´oria X especificada.

Para controlar o plano da sec¸c˜ao s˜ao usados os seguintes m´etodos: • normal `a trajet´oria: o plano da sec¸c˜ao varre o caminho sempre

nor-mal `a trajet´oria de origem selecionada. Esta ´e sempre a op¸c˜ao padr˜ao inicial para a opera¸c˜ao de varredura. Ela define um sistema de coorde-nada local, cuja dire¸c˜ao ´e determinada pelo sistema quando se indica quais s˜ao as referˆencias horizontais e verticais na defini¸c˜ao do perfil parametrizado.

Figura 4: Varrendo curva com sec¸c˜ao normal a trajet´oria.

• normal `a proje¸c˜ao: isso define que a sec¸c˜ao varre a trajet´oria sempre normal ao plano de proje¸c˜ao definido no in´ıcio da varredura. Para isso precisa ser indicado uma referˆencia para a dire¸c˜ao da normal. Esta op¸c˜ao ´e bastante ´util para o caso em que precisa-se manter as sec¸c˜ao constante ou um ˆangulo de sa´ıda relativo a referˆencia direcional.

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Figura 5: Varrendo curva com sec¸c˜ao normal `a um plano de proje¸c˜ao. • normal a uma dire¸c˜ao constante: indica que o plano da sec¸c˜ao ´e normal

a uma referˆencia direcional, similarmente ao caso anterior. Mas, aqui ela permite controlar melhor a rota¸c˜ao do plano da sec¸c˜ao atrav´es da referˆencia direcional. Isso vai definir o comportamento da sec¸c˜ao de varredura durante o seu caminho na cria¸c˜ao do s´olido/superf´ıcie.

Figura 6: Varrendo curva com sec¸c˜ao normal a uma referˆencia direcional.

Por ´ultimo, define-se o controle horizontal/vertical. Este controle deter-mina como a sec¸c˜ao da pe¸ca ´e orientada ao longo da trajet´oria em termos de sua rota¸c˜ao relativa ao eixo Z. Este tipo de controle permite definir as seguintes op¸c˜oes:

• Normal `a superf´ıcie: esta op¸c˜ao controla a rota¸c˜ao da sec¸c˜ao ao manter o eixo Y do sistema de coordenada da varredura normal a superf´ıcie na qual a trajet´oria est´a.

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Figura 7: Controle de movimento horizontal/vertical da sec¸c˜ao: normal `a superf´ıcie.

• Autom´atica: o plano da sec¸c˜ao ´e automaticamente orientada nas dire¸c˜oes X e Y. (o eixo X ´e usado para calcular a m´ınima rota¸c˜ao da sec¸c˜ao re-lativa a ele).

• pela trajet´oria X: neste caso o eixo X do plano da sec¸c˜ao passa pela curva definida com trajet´oria, formando assim, o sistema de coordenada da varredura. Esta ´e uma op¸c˜ao freq¨uentemente usada.

Figura 8: Controle de movimento horizontal/vertical da sec¸c˜ao: trajet´oria X.

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Exemplo de modelamento

Este exemplo procura demonstrar o uso do operador de varredura de sec¸c˜ao vari´avel para gerar uma forma de mola n˜ao linear. Neste caso, o caminho ser´a dado por uma curva spline e a sec¸c˜ao da mola por uma simples reta. Isso na verdade gera uma superf´ıcie que pode ser usada a posteriori para gerar um objeto s´olido. Para concretizar a geometria siga os seguintes passos:

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1. Use a ferramenta de perfil parametrizados para gerar uma trajet´oria em forma de spline. Escolha um plano base e esboce a curva, como a mostrada da figura 9.

Figura 9: Ambiente de esbo¸co: a forma geom´etrica do caminho da mola.

2. Abra o ambiente de modelagem com o operador de varredura de sec¸c˜ao vari´avel; aponte para o perfil criado como a trajet´oria da geometria. Neste caso ela ´e um perfil ´unico, definido como curva de origem, como exibe a figura 10.

Figura 10: Sele¸c˜ao da curva esbo¸cada no ambiente de modelagem do operador de varredura de sec¸c˜ao vari´avel.

3. Defina a sec¸c˜ao que vai percorrer a trajet´oria. A sec¸c˜ao ´e uma linha inclinada em rela¸c˜ao ao sistema de coordenadas gerado, como mostra a figura 11.

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Dimensione a linha criando duas dimens˜oes: o comprimento e o ˆangulo em rela¸c˜ao a um plano de referˆencia. As duas dimens˜oes ser˜ao usadas para criar rela¸c˜oes que v˜ao definir o comportamento do movimento da sec¸c˜ao ao longo da trajet´oria. Assim, abra o ambiente de rela¸c˜aoes e escreva as sequintes equa¸c˜oes:

num de espiras = 12

sd3 = trajpar ∗ 360 ∗ num de espiras

Na rela¸c˜ao ´e definido o n´umero de espiras na primeira equa¸c˜ao. E na segunda equa¸c˜ao o comportamento do movimento da se¸c˜ao ao longo da trajet´oria. sd3 ´e uma vari´avel interna literal criada para armazenar o ˆ

angulo da reta em rela¸c˜ao as linhas de referˆencias no perfil parametri-zaodo. Trajpar ´e uma vari´avel interba do Pro/E. Ela serve para definir o espa¸co param´etrico de uma entidade. Assim, trajpar ´e um parˆametro que varia entre [0,1], e vai ser usado para estabelecer o movimento da varredura da sec¸c˜ao ao longo da traj´etoria. Este parˆametro pode ser usado somente nos operadores de varredura de sec¸c˜ao vari´avel e em varredura helicoidal.

Assim, as duas rela¸c˜oes v˜ao controlar o n´umero de espiras e o mo-vimento que a sec¸c˜ao para criar a geometria desejada. Desta forma, para criar a geometria da mola a sec¸c˜ao (linha) vai ser posicionada na posi¸c˜ao zero (0), j´a que trajpar inicial come¸ca com zero na trajet´oria. 4. O resultado ´e uma superf´ıcie descrita pela reta, conforme as rela¸c˜oes

especificadas na defini¸c˜ao da sec¸c˜ao, como mostra a figura 12. A super-ficie foi gerada inicialmente, pois a sec¸c˜ao ´e um perfil aberto (s´o uma linha).

5. Para gerar uma forma s´olida, basta retornar ao operador de de sec¸c˜ao vari´avel e apontar para a op¸c˜ao de cria¸c˜ao de s´olido. Imediatamente, o sistema requerar´a que seja definida uma espessura para a superf´ıcie definindo assim a espessura da chapa para criar uma mola espiral n˜ao linear como, mostra a figura 13

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Figura 12: O conjunto de espiras geradas com o operador de sec¸c˜ao vari´avel.

Figura 13: Uma mola em espiral n˜ao linear gerada com o operador de sec¸c˜ao vari´avel.

Referências

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