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ESTUDO DAS VARIÁVEIS MORFOLÓGICAS EM ESCOLARES DE 06 A 10 ANOS DE IDADE DAS CIDADES DE BURITIZEIRO E MONTES CLAROS/MG

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ESTUDO DAS VARIÁVEIS MORFOLÓGICAS EM ESCOLARES

DE 06 A 10 ANOS DE IDADE DAS CIDADES DE BURITIZEIRO E

MONTES CLAROS/MG

Alex Sander Freitas1,2,4,Gláucia Marques Marinho3, Fernando Ferreira Deusdará1,4,

Janilson de Assis Miranda1,4, Ênio Pacífico Farias Júnior1,4, Igor Raineh Durães Cruz2,

Andréia Luciana Ribeiro de Freitas1,4.

RESUMO

Introdução: Ao mesmo tempo em que declina a ocorrência da desnutrição em crianças e adultos num ritmo bem acelerado, aumenta a prevalência de sobrepeso e obesidade na população brasileira. Objetivo: Verificar a variação da morfologia corporal em escolares de 06 a 10 anos de idade da cidade de Buritizeiro e Montes Claros/MG. Metodologia: O presente estudo é caracterizado como descritivo e comparativo, de corte transversal, o tipo de análise quantitativa, tendo como amostra 400 crianças no total, sendo 200 crianças de cada cidade de ambos os sexos, com faixa etária de 06 a 10 anos idade da cidade de Buritizeiro e Montes Claros/MG. As medidas das variáveis antropométricas foram realizadas de acordo com os parâmetros antropométricos propostos por Lohman; Roche; Martorell (1988). Os dados coletados foram tratados por meio da estatística descritiva utilizando o cálculo de média, desvio padrão e frequência através do programa SPSS 16.0 for Windows. Para determinar as prevalências de sobrepeso e obesidade foram adotados os parâmetros propostos por Cole et al. (2000). Para as comparações entre as cidades e os gêneros utilizamos o teste “t” de Student com p≤0,05, e para as variações entre as idades será utilizada a ANOVA (one way) também com p≤0,05. Resultados: Observou-se que em relação ao IMC segundo os critérios de Cole et. al., (2000), a prevalência de sobrepeso nas cidades de Buritizeiro e Montes Claros foi, 19,0% e 14,0% respectivamente; e para a obesidade 3,0% e 3,0%. Na cidade de Montes Claros e Buritizeiro 0,5% e 0,0% da amostra possuem o percentual de gordura excessivamente baixo respectivamente, 15,5% e 1,0% baixo; 64,0% e 51,5% normal, 9,0% e 31,0% moderadamente alto, 6,5% e 13,0% alto, 4,5% e 3,5% excessivamente alto. Referente à comparação entre os sexos, pode-se perceber que tivemos valores significativos nas dobras tricipital e subescapular e na %G. Referente à comparação entre as cidades, pode-se perceber que tivemos valores significativos nas dobras tricipital e subescapular, no IMC e na %G. Em relação à faixa etária, podemos observar que tivemos valores significativos em todas as variavéis, peso, altura, as dobras, o IMC e o %G. Conclusão: Portanto, analisando os valores encontrados neste estudo, o sobrepeso e a obesidade apresentam em maior grau na cidade de Buritizeiro em relação à cidade de Montes Claros nos escolares pesquisados.

Palavras-chave: Sobrepeso. Obesidade. Prevalência. Crianças.

STUDY OF MORPHOLOGICAL VARIABLES IN

SCHOOLCHIL-DREN FROM 06 TO 10 YEARS OLD BETWEEN CITIES OF

MONTES CLAROS AND BURITIZERO - MG

ABSTRACT

Introduction: While the occurrence of malnutrition in children and adults declines in a very fast pace, the prevalence of overweight and obesity in Brazilian population increases. Objective: To evaluate the variation in 06-10 year-old student’s body morphology in the city of Buritizeiro and Montes Claros/MG. Methodology: This study is characterized as descriptive, comparative, cross-sectional, the type of quantitative analysis, a sample of 400 children in total, with 200 children in each city of both sexes, aged from 06 to 10 years old city Buritizeiro and Montes Claros/MG. Measures of anthropometric variables were performed according to the anthropometric parameters proposed by Lohman; Roche; Martorell (1988). The collected data were processed by descriptive statistics using the calculation of mean, standard deviation and frequency using SPSS 16.0 for Windows. To determine the prevalence of overweight and obesity parameters proposed by Cole et al., (2000) were adopted. For comparisons between the cities and genres used the “t” test with p ≤ 0.05, and the variations between the ages ANOVA (one way) will be used also with p ≤ 0.05. Results: It was observed that in relation to BMI according to the criteria of Cole et al., (2000), the prevalence of overweight in cities Buritizeiro and Montes Claros was 19.0% and 14.0% respectively; and obesity 3.0% and 3.0%. In

FREITAS, A.S.; MARINHO, G.M.; DEUSDARÁ, F.F.; MIRANDA, J. de A.; FARIAS JÚNIOR, E.P.; CRUZ, I.R.D.; FREITAS, A.L.R.

de; Estudo das variáveis

morfológicas em escolares de 06 a 10 anos

de idade das cidades de buritizeiro e Montes

Claros/MG. Coleção Pesquisa em Educação Física , vol. 13, n. 3, p. 73-80, 2014.

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the city of Montes Claros and Buritizeiro 0.5% and 0.0% of the sample have the fat percentage too low, respectively, 15.5% and 1.0% low; 64.0% and 51.5% were normal, 9.0% and 31.0% moderately high, 6.5% and 13.0% higher, 4.5% and 3.5% too high. Concerning the comparison between the sexes, we can realize that we had significant values in the triceps and subscapular and % BF. Concerning the comparison between cities, we can realize that we had significant values in the triceps and subscapular folds in BMI and% BF. Regarding age, we can see that we had significant values for all variables, weight, height, folds, BMI and% BF. Conclusion: Therefore, analyzing the values found in this study, overweight and obesity have a greater degree in the city of Buritizeiro in relation to the city of Montes Claros in schoolchildren.

Keywords: Overweight. Obesity. Prevalence. Children. INTRODUÇÃO

Ao mesmo tempo em que declina a ocorrência da desnutrição em crianças e adultos num ritmo bem acelerado, aumenta a prevalência de sobrepeso e obesidade na população brasileira (BATISTA FILHO; RISSIN, 2003).

A obesidade pode ser definida como um excesso de gordura corporal relacionada à massa magra, já o sobrepeso como uma proporção relativa de peso maior que a desejável para a altura, essas condições de etiologia multifatorial, cujo desenvolvimento sofre influência de fatores biológicos, psicológicos e socioeconômicos. A prevalência da obesidade tem crescido rapidamente e representa um dos principais desafios de saúde pública neste início de século (OLIVEIRA et al., 2003; COUTINHO, 2007).

O sobrepeso e a obesidade na infância e adolescência, assim como nos adultos, têm sido considerados como um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade, tanto em países desenvolvidos como naqueles considerados de economia emergente, em função da estreita relação com diversos problemas de saúde, dos gastos crescentes com o tratamento dos agravos decorrentes, e do rápido crescimento na sua prevalência (FARIAS JÚNIOR; SILVA, 2008).

Segundo Mueller (2001) a obesidade tem múltiplos fatores desencadeantes. Pode decorrer tanto de uma suscetibilidade genética que predispõe ao aumento de peso quanto da influência de fatores ambientais. Dentre eles, citam-se as experiências precoces com a alimentação na infância e ao longo de todo desenvolvimento evolutivo. Ainda de acordo com o autor a obesidade se correlaciona com as seguintes variáveis do microambiente: familiares obesos, desmame precoce, início do excesso de peso antes dos nove anos de idade, alimentação irregular e sedentarismo.

Em outro aspecto, Guedes et al., (2006), citam que a modernização da sociedade e as modificações observadas mais recentemente no comportamento social dos jovens estão associadas à adoção de um estilo de vida mais sedentário. E, exemplificam dizendo que transportes motorizados, equipamentos mecanizados e novas estratégias direcionadas à economia de esforços têm substituído à necessidade de realizar esforços físicos mais intensos no cotidiano.

Partido dessa hipótese que o sobrepeso e a obesidade atingem cada vez mais crianças e adolescentes, esse estudo se justifica, pois contribuirá muito para a minha vida acadêmica em relação às experiências adquiridas e o aprendizado, e posteriormente na minha vida profissional. Trazendo esclarecimentos para a sociedade da importância de ter uma boa qualidade de vida, com hábitos saudáveis, prática de atividade física, evitando deste modo a prevalência do sobrepeso e a obesidade, sendo assim alcançado o equilíbrio para uma vida saudável e como decorrência adquirindo conhecimento para os alunos, professores e a escola de um modo geral.

METODOLOGIA

O presente estudo é caracterizado como descritivo e comparativo, de corte transversal, o tipo de análise foi quantitativa. A composição da amostra foi realizada de forma aleatória através de sorteio simples, onde foram selecionadas 400 crianças no total, sendo 200 crianças de cada cidade de 06 a 10 anos de idade de ambos os gêneros.

As Variáveis antropométricas foram medidas de acordo com os parâmetros, procedimentos e técnicas propostas por Lohman; Roche; Martorell (1988), sendo mensurada a estatura, a massa corporal, as dobras cutâneas tricipital e subescapular, e em seguida sendo determinados o IMC e a porcentagem de massa gorda (%G). A porcentagem de massa gorda foi determinada a partir da utilização das equações

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Quando o somatório das dobras foi menor que 35mm, foram utilizadas as seguintes equações: Meninas - G% = 1.33 (∑2) - 0.013 (∑2)² - 2,5

Meninos - G% = 1.21 (∑2) - 0.008 (∑2)²- 1.7

Quando o somatório das dobras foi superior a 35 mm, as equações seguintes: Meninas - G% = 0.546 (∑2)² + 9.7

Meninos - G% = 0.783 (∑2)² + 1.6

Para a realização da coleta dos dados do trabalho foram utilizados um estadiômetro com precisão de 0,1 acoplado a uma balança da marca Filizola com precisão de 100g, além de um compasso de dobra cutânea Sanny com precisão de 0,1mm e pressão constante de 10g/mm².

Os dados foram introduzidos e analisados a partir da utilização do SPSS 16.0 for Windows. Para a caracterização da amostra foram utilizados os procedimentos de Estatística descritiva com média, desvio padrão e frequência. Para determinar as prevalências de sobrepeso e obesidade foram adotados os parâmetros propostos por Cole et al., (2000). Para as classificações da porcentagem de massa gorda foram utilizados os parâmetros propostos por Deurenberg; Pieters; Hautvast, (1990). Para as comparações entre as cidades e os gêneros utilizamos o teste “t” de Student com p ≤0,05.

As informações obtidas na coleta dos dados foram mantidas no anonimato com identidade preservada dos sujeitos da amostra, evitando assim qualquer tipo de constrangimento, conforme os preceitos éticos do decreto 196/96 Conselho Nacional de Saúde (CNS).

APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Tabela 01. Apresentação dos valores mínimos, máximos, média e desvio padrão das variáveis morfológicas da amostra completa.

Variável Mínimo Máximo Média DP

Idade 6,0 10,0 8,00 1,41 Altura (cm) 107,00 164,00 1,29 10,20 Peso (kg) 16,60 72,30 28,74 7,50 Dobra Triciptal (mm) 5,20 38,20 13,90 5,36 Dobra Subescapular (mm) 4,00 40,00 9,19 4,77 IMC 11,41 31,71 16,85 2,61 %G 9,17 49,01 20,81 6,41

Na tabela 01, a caracterização do grupo amostral é descrita pela média e desvio padrão dos escolares, o mesmo é composto de 400 escolares de ambos os sexos com idade mínima de 06 anos e a máxima de 10 anos, sendo que a média da idade foi de 8,00±1,41; a altura mínima foi de 107,0cm e a máxima de 164,0cm com média de 1,29 ±10,20; o peso mínimo foi de 16,60kg e o máximo de 72,30kg tendo uma média de 28,74±7,50; Em relação ao somatório das dobras cutâneas observa-se que a dobra tricipital possui um valor mínimo de 5,20mm e um valor máximo de 38,20mm com média de 13,90±5,36; enquanto que para a dobra subescapular o valor mínimo foi de 4,0mm e o máximo foi de 40mm com média de 9,19±4,77; o IMC mínimo foi de 11,41 e o máximo foi de 31.71 sendo que a média foi de 16,85±2,61; O %G mínimo foi de 9,17 e o máximo foi de 49,01 com média de 20,81±6,41.

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Tabela 02. Apresentação dos valores mínimos, máximos, média e desvio padrão das variáveis morfológicas da amostra das cidades de Montes Claros e Buritizeiro – MG.

Variável N Mínimo Máximo Média DP

MONTES CLAROS Idade 200 6,0 10,0 8,0 1,41 Altura (cm) 200 111,0 164,0 1,30 10,31 Peso (kg) 200 16,60 72,30 28,49 8,01 Dobra Triciptal (mm) 200 5,20 38,20 12,51 5,63 Dobra Subescapular (mm) 200 4,30 40,00 8,65 4,90 IMC 200 11,52 31,71 16,57 2,83 %G 200 9,17 49,01 19,20 6,73 BURITIZEIRO Idade 200 6,0 10,0 8,0 1,41 Altura (cm) 200 107,0 158,0 1,29 10,09 Peso (kg) 200 17,0 55,0 29,0 6,96 Dobra Triciptal (mm) 200 6,0 30,0 15,29 4,69 Dobra Subescapular (mm) 200 4,0 34,0 9,74 4,58 IMC 200 11,41 27,55 17,13 2,36 %G 200 10,60 41,90 22,41 5,65

Na tabela 02, o grupo amostral é composto de 200 escolares da cidade de Montes Claros - MG de ambos os sexos com idade mínima de 06 anos e a máxima de 10 anos sendo que a média da idade foi de 8,00±1,41; a altura mínima foi de 111,0cm e a máxima de 164,0cm com média de 1,30cm±10,31; o peso mínimo foi de 16,60kg e o máximo de 72,30kg tendo uma média de 28,49± 8,01; Em relação ao somatório das dobras cutâneas temos que a dobra tricipital possui um valor mínimo de 5,20mm e um valor máximo de 38,20mm com média de 12,51± 5,63; enquanto que para a dobra subescapular o valor mínimo foi de 4,30mm e o máximo foi de 40,0mm com média de 8,65±4,90; o IMC mínimo foi de 11,52 e o máximo foi de 31.71 sendo que a média foi de 16,57± 2,83; O %G mínimo foi de 9,17 e o máximo foi de 49,01 com média de 19,20±6,73.

Em seguida, o grupo amostral é composto de 200 escolares da cidade de Buritizeiro - MG de ambos os sexos com idade mínima de 06 anos e a máxima de 10 anos sendo que a média da idade foi de 8,00 com desvio padrão de 1,41; a altura mínima foi de 107,0cm e a máxima de 158,0cm com média de 1,29cm e o desvio padrão 10,09; o peso mínimo foi de 17,00kg e o máximo de 55,00kg tendo uma média de 29,00 e o desvio padrão de 6,96; Em relação ao somatório das dobras cutâneas temos que a dobra tricipital possui um valor mínimo de 6,00 e um valor máximo de 30,00 com média de 15,29 e desvio padrão 4,69; enquanto que para a dobra subescapular o valor mínimo foi de 4,00 e o máximo foi de 34,00 com média de 9,74 e o desvio padrão 4,58; o IMC mínimo foi de 11,41 e o máximo foi de 27,55 sendo que a média foi de 17,13 com o desvio padrão de 2,36; O PMG mínimo foi de 10,60 e o máximo foi de 41,90 com média de 22,41 e com desvio padrão de 5,65.

Tabela 03. Classificação do IMC de acordo Cole et al., (2000).

IMC Amostra Completa Montes Claros Buriti zeiro

Normal 80,5% 83,0% 78,0%

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Analisando a tabela 03 a respeito do IMC, verificou-se que segundo Cole et. al., (2000), 80,5% dos escolares da amostra completa (Buritizeiro e Montes Claros/MG) estão com o peso normal, 16,5% estão com sobrepeso e 3,0% obesos; Na Cidade de Montes Claros da totalidade da amostra 83,0% estão em seu peso normal, 14,0% com sobrepeso e 3,0% com obesidade; Na cidade de Buritizeiro 78% da amostra estão em seu peso normal, 19,0% com sobrepeso e 3,0% com Obesidade.

Giugliano; Melo (2004) realizaram na cidade de Brasília (DF), entre os anos de 2000 e 2001, envolvendo crianças pré-adolescentes, na faixa etária de 6 a 10 anos, de ambos os sexos, estudantes do Centro Educacional da Católica de Brasília (CECB), foram avaliados 528 escolares, sendo 273 do sexo feminino (51,7%) e 255 do sexo masculino (48,3%), de acordo com Cole et al. (2000) a prevalência de sobrepeso da amostra foi de 14,6% e a obesidade de 5,5%.

Em outro estudo realizado em oito municípios do Estado de Santa Catarina os resultados ainda são mais próximos dos encontrados no presente trabalho e a faixa etária da amostra de ambos é entre 6 a 10 anos. O mesmo contou com a participação de 4964 escolares e a coleta de dados foi realizado entre julho de 2007 a maio de 2008 com alunos de escolas públicas e privadas, sendo que a prevalência de sobrepeso estimada foi de 15,4% e de obesidade 6,0%, logo somando sobrepeso e obesidade a prevalência atinge 21,4% (RICARDO; CALDEIRA; CORSO, 2009).

Já Suñé et al., (2007) realizaram um trabalho com um grupo de 11-13 anos de idade em Capão da Canoa, Rio Grande do Sul, durante o ano de 2004; no qual o estado nutricional foi avaliado por IMC de pontos de corte de acordo com idade e sexo, propostos por Cole et al., (2000); dos 719 escolares entrevistados 72,2% (541) estavam com IMC normal, 21,3% (153) com sobrepeso, e 3,5% (25) com obesidade atingindo uma prevalência de 24,8% nestes escolares que foi considerada alta pelo autor da pesquisa que afirma que esse percentual ratifica a magnitude e gravidade do problema no Brasil.

Costa; Cintra; Fisberg (2006) em estudo feito na cidade de Santos-SP com uma amostra de 10822 crianças de 7 a 10 anos estudantes de escola públicas e particulares utilizaram os percentis 85 e 95 para classificarem o IMC, segundo o CDC (2000), no qual determinam que 15,7% estão com sobrepeso e 18,0% com obesidade.

Campos; Leite; Almeida (2007), realizaram um estudo no município de Fortaleza, Brasil com 1158 escolares na faixa de idade de 10 a 19 anos de escolas públicas e privadas, segundo o critério de Must et al., (1991), a prevalência de sobrepeso/obesidade para toda a amostra foi de 19,5 %.

Brasil; Fisberg; Maranhão (2007), analisaram 1927 crianças de 6 e 11 anos de idade estudantes de escolas públicas e privadas das diferentes zonas da cidade de Natal-RN, onde obtiveram como resultado que 33,6% das crianças estão com excesso de peso enquanto o sobrepeso foi encontrado em 22,6% analisado segundo os critérios propostos pelo CDC (2000).

Tabela 04. Classificação da %G Deurenberg; Pieters; Hautvast, (1990).

Classifi cação do %G Amostra Completa Montes Claros Buriti zeiro

Excessivamente Baixo 2,0% 0,5% 0,0% Baixo 8,2% 15,5% 1,0% Normal 57,8% 64,0% 51,5% Moderadamente Alto 20,0% 9,0% 31,0% Alto 9,8% 6,5% 13,0% Excessivamente Alto 4,0% 4,5% 3,5%

De acordo com a tabela 04, verifica-se que na amostra completa (Buritizeiro e Montes Claros – MG), 2,0% da amostra possuem o percentual de gordura excessivamente baixo, 8,2% baixo; 57,8% normal, 20,0% moderadamente alto, 9,8% alto e 4,0% excessivamente alto. Na cidade de Montes Claros 0,5% da amostra possuem o percentual de gordura excessivamente baixo, 15,5% baixo; 64,0% normal, 9,0% moderadamente alto, 6,5% alto e 4,5% excessivamente alto. Na cidade de Buritizeiro 0,0% da amostra possuem o percentual de gordura excessivamente baixo, 1,0% baixo; 51,5% normal, 31,0% moderadamente alto, 13,0% alto e 3,5% excessivamente alto.

Amaral; Palma (2001), em sua amostra de 56 crianças de ambos os sexos com idade de 10 a 11,9 anos, no Colégio Pedro II, em uma unidade da tijuca, teve como média para o percentual de gordura 25,22(±10,91).

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Já em outro estudo feito por Maestri; Fiamoncini (2006), realizado com estudantes de uma escola de Ensino Fundamental de Paquetá-Brusque (SC), composto por 154 alunos, sendo 84 meninas e 80 meninos. Constatou que as meninas apresentavam níveis adequados de % de G, apesar de 25%, em média encontrarem-se com o percentual excessivamente baixo, As médias de %G nos meninos de 8 e 9 anos estão adequados, mas os de 10 anos têm média moderadamente alta.

Tabela 05. Variações da morfologia corporal consoante à cidade.

Variável Cidade N Média DP P

Idade Buriti zeiro 200 8,0 1,41 1,000

Montes Claros 200 8,0 1,41

Altura (cm) Buriti zeiro 200 1,29 10,09 0,375

Montes Claros 200 1,30 10,31

Peso (kg) Buriti zeiro 200 29,0 6,96 0,501

Montes Claros 200 28,49 8,01

Dobra Tricipital (mm) Buriti zeiro 200 15,29 4,69 0,000**

Montes Claros 200 12,51 5,63

Dobra Subescapular (mm) Buriti zeiro 200 9,74 4,58 0,022*

Montes Claros 200 8,65 4,90

IMC Buriti zeiro 200 17,13 2,36 0,032*

Montes Claros 200 16,57 2,83

%G Buriti zeiro 200 22,41 5,65 0,000**

Montes Claros 200 19,20 6,73

* p≤0,05; **p≤0,01.

A tabela 05 é referente à comparação entre as cidades; Pode perceber que tivemos valores significativos nas dobras tricipital e subescapular, no IMC e na %G. Em relação à dobra tricipital na cidade de Buritizeiro a média foi de 15,29±4,69, já na cidade de Montes Claros a média foi de 12,51±5,63. Na dobra subescapular, a média da cidade Buritizeiro foi de 9,74±4,58, agora na cidade de Montes Claros a média foi de 8,65±4,90. Em relação ao IMC na cidade de Buritizeiro a média foi de 17,13±2,36 já na cidade de Montes Claros a média foi de 16,57±2,83. Na %G a média na cidade de Buritizeiro foi de 22,41±5,65, já a média na cidade de Montes Claros foi de 19,20±6,73. A partir desses dados observamos que na cidade de Buritizeiro todas essas variáveis significativas deram resultados mais altos que na cidade de Montes Claros.

Um dos possíveis motivos para esse resultado, seja o conhecimento nutricional, a amostra estudada da cidade de Buritizeiro apresenta aparentemente um deficit em relação a esses conhecimentos. Segundo Triches; Giugliani (2005) as práticas alimentares são destacadas como determinantes diretos da obesidade e a educação nutricional tem sido abordada como tática a ser seguida para que a população tenha uma alimentação mais saudável e, dessa forma, um peso adequado.

Outro fator importante apesar de não ter sido controlado nesse estudo seria o nível socioeconômico, de acordo com Silva; Balaban; Motta (2005) ele interfere na disponibilidade de alimentos e no acesso à informação, bem como pode estar associado a determinados padrões de atividade física, constituindo-se, portanto, um importante determinante da prevalência da obesidade.

CONCLUSÃO

Analisando a prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares, de acordo com as três metodologias adotadas o presente estudo demonstra que na cidade de Buritizeiro/MG de acordo com os critérios de Cole et al., (2000) houve uma prevalência de sobrepeso de 19,0% e obesidade de 3,0%. Na cidade de Montes Claros/MG de acordo com Cole et al., (2000) a prevalência de sobrepeso foi de 14,0% e de obesidade 3,0%.

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Para amostra de Buritizeiro dos 200 escolares pesquisados, 1,0% estão com o percentual de gordura baixo, 51,5% estão com o percentual normal; 31,0% moderadamente alto; 13,0% com o percentual alto; 3,5% Excessivamente alto. Para a cidade de Montes Claros – MG, dos 200 escolares avaliados, 0,5% estão com o percentual de gordura excessivamente baixo, 15,5% baixo, 64,0% normal, 9,0% moderadamente alto, 6,5% alto, 4,5% excessivamente alto de acordo com os parâmetros propostos por Deurenberg; Pieters; Hautvast, (1990).

Com relação à variação da morfologia corporal consoante a cidade pode-se perceber que tivemos valores significativos nas dobras tricipital e subescapular, no IMC e na %G. Em relação a dobra tricipital na cidade de Buritizeiro a média foi de 15,29±4,69, já na cidade de Montes Claros a média foi de 12,51±5,63. Na dobra subescapular, a média da cidade Buritizeiro foi de 9,74±4,58, agora na cidade de Montes Claros a média foi de 8,65±4,90. Em relação ao IMC na cidade de Buritizeiro a média foi de 17,13±2,36 já na cidade de Montes Claros a média foi de 16,57±2,83. Na %G a média na cidade de Buritizeiro foi de 22,41±5,65, já a média na cidade de Montes Claros foi de 19,20±6,73.

Portanto, os valores encontrados neste estudo, o sobrepeso e a obesidade apresentam maior prevalência na cidade de Buritizeiro em relação à cidade de Montes Claros, nos escolares de 06 a 10 anos de idade, não se sabe com certeza da causa dessa prevalência, acreditamos que seja por questões socioeconômicos, isso se dar em relação aos conhecimentos adquiridos, principalmente da família, pela qualidade do alimento consumido, por pular refeições principalmente o café da manhã a principal refeição do dia; dentre outras coisas.

REFERÊNCIAS

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1 Departamento de Educação Física e do Desporto – UNIMONTES. 2 Educação Física das Faculdades Unidas do Norte de Minas – FUNORTE. 3 Educação Física – UNIMONTES.

4 Grupo de Estudos e Pesquisa em Obesidade, Sobrepeso e At. Física – GEPOB – UNIMONTES.

Rua Adriano Marinho Siqueira, 186 Cristo Rei Montes Claros/MG 39402-396

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