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Pequenos produtores e crédito rural numa área de atuação do programa Polonordeste: o caso do município de São Mamede do seridó paraibano.

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(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE HUMANIDADES

CURSO DE MESTRADO EM SOCIOLOGIA

PEQUENOS PRODUTORES E CRÉDITO RURAL NUMA ÁREA DE ATUAÇÃO DO PROGRAMA POLONORDESTE: O Caso do Muni_ cipio de Sao Mamede do Serído Paraibano.

FRANCISCA BEZERRA MARQUES

CAMPINA GRANDE DEZEM BUO-1983

(2)

PEQUENOS PRODUTORES E CRÉDITO RURAL NUMA ÁREA DE ATUAÇÃO DO PROGRAMA POLONORDESTE: O Caso ao Mura

f m r expio de Sao Mamede do Serido Paraibano»

DIGITALIZAÇÃO:

SISTEMOTECA-UFCG

(3)

FRANCISCA BEZERRA MARQUES

PEQUENOS PRODUTORES E CRÉDITO RURAL NUMA ÁREA DE ATUAÇlO DO PROGRAMA POLONGRDESTE: O Caso do Município de São Mamede do Serido Paraiba-no,

Dissertação apre sentada ao Curso de Mestrado em Sociologia, com are a de concentração em So

etolo-gia Rural da Universidade Fede— rol da Paraíba em cumprimento as exigências para obtenção do grau de Mestre.

ORIENTADORA: Josefa Salete Barbosa Cavalcanti

CAMPINA GRANDE - PARAÍBA • DEZEMBRO - 19G3

(4)

Aos meus pais

Aos irmãos *

Francisco, Osvaldo, Acácio Ariosvaldo, Edinaldo, Kim e Socorro carinhosamente A memoria de: Everaldo e Edvaldo saudades UFPi) ,'!\H10TÏ?A / M A I I

(5)

AGRADECIMENTOS

0* x

Reconhecimento e Gratidão as Pessoas e Institui — ções que contribuíram decisivamente para a avaliação deste

trabalho:

- aos produtores rurais entrevistados, pela experiência

vi-vencial transmitida e aos imformanies principalmente os meus informantes—chaves pela colaboração prestada:

- a professora Josefa Salete Barbosa Cavalcanti, participa— çao fundamental em todas as fases deste trabalho pela o ri,

entação, sugestôes e confiança nos meus esforços;

- aos professores do Curso de Mestrado em Sociologia, espe-cialmente Ghislaine Duque pelos constantes estímulos;

- aos extensionistas da EMATER em São Mamede, pelo apoio no sentido de facilitar o acesso as informações;

- a Fundação de Colonização e Desenvolvimento Agrário do Es_

(6)

parte, pelo apoio e compreensão, do Sr. Presidente Pr. João Barbosa de Lucena, possibilitando a realização deste traba_ lho;

aos funcionários da UFPb, particularmente João da . Costa Lima que sem a sua contribuição esse trabalho não teria si_

do datilografado no tempo previsto;

(7)

\ RESUMO

O objetivo desta dissertação é analisar a participação de pequenos produtores de algodão no componente crédito rural do Programa POLONORDESTE, no Município de São Mamede do Seridó Paraibano. O problema surgiu após a avaliação do primeiro ano de vigência do referido Programa em Sao Mamede (1977), quando verificou-se uma participação deficiente do publico a ser beneficiado. O período estudado corresponde aos meses de a

-bril/1977 a março/1983, tempo de duração do Programa. Os dados aqui analisados sao provenientes, de fontes secundarias e de um trabalho de campo complementar realizado entre os meses de maio e julho de 1983.

O afastamento do pequeno produtor demonstra-se, foi a razão maior do uso deficiente do crédito subsidiado. O grau dé intensidade de reações contrárias à adoção do referido

crédi-to será tancrédi-to maior quancrédi-to mais carente for a camada de producrédi-tor a ser beneficiada. Â resistencia as técnicas modernas orientadas para o cultivo do algodão, apresenta-se bem mais forte nas subca.

tegorias de produtores em que a finalidade da produção e atender as necessidades básicas de subsistência, face sua vulnerabilida-de ao risco. Conclui-se que não basta orientar e que a concessão do crédito subsidiado não é suficiente; o importante é propiciar c o n d i ç õ e s reais ao produtor de poder realizar as praticas de mo-dernização da agricultura. Como ficou claro, é o temor de enfrer^ tar o risco o que mais bloqueia o pequeno produtor a adotar clgu. mas inovações e de buscar mais os benefícios do crédito.

(8)

\

ABSTRACT

The aim of this dissertation is to analyse the par-ticipation of snail cotton producers in the rural credit

com-ponent of the POLONORDESTE Programme in the Municipality of Sao Mamede of the Serido Paraibano. The study focuses on the poor participation of small producers in the Programme. The period studied was from April, 1977 to March, 1983. Data was

collected through the use of secundary sources and a comple -mentary period of fieldwork dating from May to July, 1983.

The findings reveal that the subsidised rural ere

-dit was not sufficient to keep the small producer in the Programme; those who left the Programme were the poorest. The highest degree of avoidance to modern techniques was strongest among those sub—categories in which the aim of production was to attend the basic subsistence needs and were therefore more vulnerable to risk. As conclusion it is

shown that it is not sufficient to give orientation and subsidized credit is not enough. It becomes clear that what

is necessary is to give real conditions for producers to use modern techniques. As real support is not given, fears of risk impede the small producer from adopting innovations and consequently from looking for further credit benefits.

(9)

S U M Á R I O

Pag.

CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO: A Pequena Produção e o

Cré-dito Rural - Contribuições Teórico—Metg_

dológicas Oi * O Crédito Rural e sua Legislação . . . . ^2

* A Pequena Produção Agrícola e seu

pa-pel no desenvolvimento capitalista .. 06 * O Problema e sua importância . . . i 2

* Objetivos 1 8

* Metodologia *9 * Seleção da area

* População 20 * Coleta de dados 22

CAPÍTULO II - O Município de São Mamede 25

f f /

* Características histo ricas e

demográ-ficas 2 6

* A indús tri a algodoeira 35

(10)

Pag.

pecuária no Município dc Sao Mamede ... 39

* A estrutura fundiária *w

* A agropecuária

* A pecuári a 45 * A agricultura

* O cíclo do algodão arbóreo —

- Práticas culturais 50

CAPÍTULO IV - Caracterização do produtor rural do

mu-nicípio 5^ * 0 grande produtor ' 64 * 0 médio produtor •••••••• * 0 pequeno produtor .... 66 * 0 proprietário 6 6 * 0 parceiro ^ * 0 arrendatário

CAPÍTULO V - Os Pequenos Produtores do Município de São Mamede e sua participação no

compo-/ r nente credito rural do PDRI do Serido

' Parai bano . . . • . °2

CONSIDERAÇÕES FINAIS 2 2 6

ANEXO I « 1 2 3

(11)

LISTA DE QUADROS

Pag.

QUADRO 1 - População Urbana e Rural - São Mamede

(1960/1980) . » . „ c 30

QUADRO 2 - População economicamente ativa — São

Mamede (1960/1970) 31

QUADRO 3 ~ População segundo a idade e sexo -Sao

Mamede (1960/1970) 32

QUADRO 4 — Distribuição dos Imóveis Rurais — Sao

Mamede (1972) 41

QUADRO 5 — Distribuição dos Imóveis Rurais — São

Mamede (1978) .» 43

QUADRO 6 POLOMORDESTE PDRI Seridó Paraíba -no: Kc cursos Aplicados — Produtores

(12)

Beneficiados (1977/1983)

Pag.

86

QUADRO 7 - POLOMüRDESTE - PDRI Seridó Paraibano:

Me-tas alcançadas no Projeto (1977/1983) ... 88

QUADRO 8 - PDRI Seridó Paraibano - São Mamede: Recur sos aplicados - Proautores beneficiados

(1977/1983) 90

QUADRO 9 - PDRI Seridó Paraibano - São Mamede: Crédj^ to para Custeio - Recursos aplicados (1977

-1983) , . 0 . c 91

QUADRO 10 - PDRI Seridó Paraibano - São Mamede: Créd± • to de Custeio - Produtores beneficiados

(1977/1983) 93

QUADRO 11 - PDRI Seridó Paraibano - Sao Mamede: Crédi_ to para Investimento — Recursos aplica

-dos (1977/1983) 0 95

QUADRO 12 - PDRI Seridó Paraibano - São Mamede: Crédi_ to para Investimento - Produtores

benefi-ciados (1977/1983) ... 96

QUADRO 13 - PDRI Seridó Paraibano - São Mamede; Rcsul_ tados alcançados — Componente Assisten

-cia Técnica (1977/1978) «. 97

QUADRO 14 - PDRI Seridó Paraibano - Sao Mamede; Pequei nos produtores cstudados segundo a arca

(13)

Pag.

ao imóvel (1983) 103

I

QUADRO 15 - PDRJ Seridó Paraibano - SKo Mamede: Utili_ saçao das áreas dos imóveis por subcatego_

ria estudada (1983) 104

QUADRO 16 - PDRJ Seridó Paraibano - São Mamede: A ex-ploração do algodão por subcategoria

es-tudada (1983) 106

QUADRO 17 - PDRI Seri dó Paraibano - Soo Mamede: Época de desistência do Crédito Rural por subca

iegoria estudada (1983) . 109

QUADRO 18 PDRI Seridó Paraibano São Mamede: Cau

-sas da desistência do creaito rural por

subcategoria estudada (1983) 111

LISTA DE MAPAS

MAPA 1 - Estado da Paraíba.

(14)

CAPÍTULO I

INTRODUÇÃO: O CRÉDITO RURAL E A PEQUENA PRODUÇÃO CONTRI

(15)

INTRODUÇÃO: O CRÉDITO RURAL E A PEQUENA

PRODUÇÃO - CONTRIBUIÇÕES TEÓRICO-METODO LÓGICA.

- O Credito e sua Legislação.

Este trabalho tem como objetivo estudar o comporta mento do pequeno produtor frente a politica de credito, de

-terminada pelos programas de desenvoIvimento rural. Para com preender tal fenômeno, faz-se necessário analisar^ por um la-do, a lógica que orienta a introdução do credito rural como estimulador da agri cultura de modo geral e da pequena produ-ção em particul ar e, por outro lado, a lógica do pequeno pro_ dutor que e fator primordial no processo de aceitação ou nao dos programas governamentais, em especial, no que se refere

r

ao componente credito.

 crescente demanda de alimentos como uma das

con-sequencias do crescimento demográfico do pais e as necessida_ des de modernizar a produção agricol a, não somente para atcn_ der as exigências do consumo interno, mas, para auxiliar o

(16)

03,

processo de desenvolvimento da economia brasileira, sao ai" gumas das razoes que determinaram a formulação de uma po

lí-tica de credito rural. Esse credito surge como estímulo a

m r

transformação do setor agrico Ia, para acom.panh.ar o processo de mudança da sociedade como um todo. Ê assim que com a criei çao da carteira de credito agrícola e industrial - CR.EAI, do Banco do Brasil, surgiu em nosso país em 1935 o crédi -to rural. Até então inexistia um instrumen-to que formulasse as politicas de credito rural, de forma a atender as peculi^ aridades do setor.

Em 1937 a Lei n9 492 atualizava as disposições do

penhor rural* ^ Este havia sido introduzido no direito i r a sileiro em 18S5 pela Lei 3272, e veio a se estender con-solidando—se como instrumento dinamizador do setor agrope — cuério, capaz de amparar as operações do crédito ( SILVA, 1978: 4 ).

Ate então no Nordeste brasileiro, os esforços go-vernamentais se voltavam fundamentalmente, para a soluçãode problemas de ordem climática. Uma vez conscientes de que as causas mais profundas do, pouco dinamismo do setor agrico— la no rdestino, eram de caráter estrutural e nao apenas de natureza ecológica, partiu-se para um novo enfoque, atentar^ do para o problema, visto por uma ótica diferente. A ques —

tão da terra, o desenvolvimento da agricultura, uma melho -ria na qualidad.c de vida da comunidade constituíam os fato-res que afligiam o Nordeste. 0 desenvolvimento das institui_ çÕes creditícias para o Nordeste é oficialmente considerado

(l) Garantia roal na oporaçâo do crédito. É constituído poloG bens ad -quiridoa, máquinas, animais ou mosmo, a própria colheita. Ã torra não entra corno penhor mas corno hipoteca.

(17)

0 4 .

como melhoria das condições de concessão de crédito e o seu aperfeiçoamento, essencial para o melhoramento da agricultu^ ra.

A Constituição Federal através do artigo 198 regu 1amentado pela Lei n 1004 de novembro de 1949 estabele -ceu 80ic da renda tributaria da União para empréstimos a cus

to zero a agricultores atingidos pelas secas nordestinas(Eqn co do Nordeste. 1981:7). Nao obstante, os financiamentos e_ ram feitos desordenadamente e sem sentido econômico, Ainda nao existia uma politica de credito adequada, em condições

f m

de atender as necessidades especificas de cada região. Com

— f

a criação de outros organismos oficiais de credito, como o Banco do Brasil, do Nordeste e o Banco Nacional de Crédito Cooperativo, a carência se fez sentir ainda mais forte. A atuação do credito rural na area, reclamava a existência de um orgao definidor, que regulamentasse as suas disposições e que o tornasse mais consistente juridicamente.

Nessas circunstancias, surge a reforma bancaria em 1964, criando o Conselho Monetário Nacional e o Banco

Cen-t r

trai do Brasil. Evidentemente a politica de credito ganhou contornos mais nítidos. Definindo—se dentro de um sistema integrado com a sua institucionalízação, pela Lei np 4.829

de novembro de 1965, regulamentada pelo Decreto 58.380 de 10 de maio de 1966 (SILVA, 1978:1-6).

A nao participação dos bancos privados nas opera— çoes de credito rural ate 1965 consistia num problema para a expansão do credito. Com a reforma financeira a partir des_ se ano, assa rede de bancos foi obrigada a dirigir para o credito rural, 10% dos seus recursos em função dos

(18)

deposi-0 5 .

tos a vista, com elevação para 15% a partir de 1970. Nesse ano, estabeleceu-se uma diferenciação nas taxas de juros, ate então inexistente, determinando-se uma taxa mais reduzi^ da para as operações de ate 50 salários mínimos (13%). E

ainda, definiu-se as categori as de empréstimos como custeio, investimento, comerei alização e industrialização em vigor até hoje. (CEZAR, 1980:18-19).

0 credito nessa época, ja alcançava uma substan -ciai expanção destinado ao setor agricol a. No entanto, o uo_ lume de recursos financeiros disponi veis, nao provocaria mu danças significativas, como constataao, se o credito nao se fizesse acompanhar de uma politica de caráter mais afirmati_

vo, de maior abrangência, de ação mais imediata. Essa situa^ ção era por demais evidente no Nordeste, mesmo apos a cria-ção da SUDENE — Superintendencí a do Desenvolvimento no Nordeste, desde 1959, atuando como centralizadora do planeja

-mento de investi-mentos federais, responsável pelo indicio de uma nova politica de desenvolvimento e do PROTERRÃ - Pro_ grama de Redistribuição de Terras do Nordeste, em 1970 com

r t

credito subsidiado para repasse aos agricultores através de empréstimos para investimento, custeio e aquisição de imo — vel rurais. Todavia, a ausência de uma politica que induzis_ se a implantação de poios capazes de gerar o crescimento har moníco do pais, se fazia transparecer, assim consideravam

as instituições governamentais, resultando na criação de programas especiais, com dotações subsidiadas por credito

rural, dirigidas especialmente a pequena produção e a ativi_ dades específicas no sentido de fortalecer a economi a da rc_ gião, partieularmente a região nordestina. Faz—se necessa -rio entender o porque da preocupação visualizada pelos

(19)

pia-0 6 .

nos governamentais, para com o pequeno produtor. Essa prio-ridade vai decorrer da importância da pequena produção para a economia como um todo.

- A Pequena Produção Agrícola e seu papel no desenvolvimen-to Capitalista.

r f

A contínua necessidade de sustentar um numero crescente de pessoas integrantes dos demais setores e satts^

fazer o suprimento de matérias primas na produção indus -trial, faz com que o setor de subsistenci a ou pequena produ çao, especialmente através dos minifúndios, necessite produ zir cada vez mais excedente alimentar. No Brasil, ate a dé-cada de 40, as pequenas propriedades, se mantinham mais ou

f m

menos estáveis, nao aumentando de forma signijicativa. A

t r

partir de 1950, iniciou-se um período de crescimento do nu— mero das propriedades contidas na faixa de area de ate 10 ha. Os dados de 1960 revelam, um decréscimo na area media, de 18%c nesta faixa e um aumento de 20% no numero de proprie^ dades, consequência da fragmentação dessas pequenas unida — des produtivas.(GRAZIANO. 1978:144). Analisando a importan— cia dos minifúndios na produção de alimentos para a populaçao brasileira, ressalta que "alem de representarem um ex

-pressivo percentual em relação ao numero total de imóveis (89% estão enquadrados nesta categori a), apresentam também um percentual bastante significativo quanto a area

explora-da, 40% da área colhida com produtos agrícolas, exceto os extrativos sao provenientes desses produtores".

(20)

de-07.

cada de 60, em particular e alto índice de culturas alimen-tares, justifica-se pela multiplicação dos minifúndios nesta região. (SÁ JÚNIOR. 1976:91). São essas pequenas unida des de produção agrícola de caráter familiar que abaste

-cem os mercados urbanos. São elas que se reproduzem gerando novas unidades familiares.

Acontece, que os minifúndios utilizam a terra mais intensamente pela necessidade de extrair dele a subsisten-da do grupo familiar. A essa pequena propriesubsisten-dade está

re-servado o importante papel dentro da economia brasileira, de fornecer alimentos para o mercado de consumo e mate

-rias—primas para a produção industrial, em condições de prç_ piciar acumulações para o sistema capi talista.

Para a economia global a importância da pequena produção, esta mais precisamente no baixo custo dos produ

-tos que lhes são transferidos. O nível de vida extremamente baixo dos pequenos produtores oferece condições para uma produção a custos convincentes a acumulação do capital. Sem

dúvida, essa produção de alimentos, tende a influenciar di-retamente no custo da reprodução da forca de trabalho

urba-no industrial. Pai se jaz necessário, o seu fornecimento a preços baixos "de forma a não elevar o custo da al iment ação

r f

urbana, sobretudo os salários, constituindo obstáculo a ex-pansão do sistema dominante". (OLIVEIRA, 1975:15).

Na verdade, a pequena produção se reproduz a base de um subconsumo e uma jornada intensiva de trabalho. (CIIAY_ ÂNOV, 1974). E enquanto puder subsi s tir condicionado a essa precariedade de vida, permanecerá agregado a sua- terra, cul_

(21)

08,

trabalho excedente. Trabalho familiar nao mercantilixado, que o capital explora no ato da comercialização do produto,(LI -KED, 1977).

Acredita—se que a posai bilidade de produzir' a cus—

r m

tos baixos, sc aa porque os produtores nao computam todo o trabalho necessário para a produção de seus artigos. Em ge— ral, parte de sua -subsistência sempre esta assegurada pela produção dc ali~ iriicc, Cor.ur.cn tc, cs pequenas propriedades ,

cultivar, junto aos produtos alimentícios, culturas comer -cieis, o a c elas que perante as instituições creditícias ga — rareiem o fin arei amento necessário a reposição do novo ciclo produtivo, 21 atreves das culturas comerciais, que mais se ca^

nalizam sobretrabalho para c sistema. "0 capital se realiza basic oriente, a nível das ati vidados comerei ais e nao da pro-dução". ( G EA ZI ATO, 1978:28).

Algumas observações demonstram, está havendo em al_ gumes regiões uma redução Tias arcas dedicadas a exploraçco dos produtos alimentícios em favor- das culturas comerciais. Uma maior produtividade daria condições de manter em equilíbrio

f m

o indice d.e produção, capaz de atender a demanda de aliman — tos pelo mercado urbano. Acredita-se que uma melhor tccnolo—

, r

aia c fator decisivo para o aumento do produtividade nas a— reas rurais. Sabe-se porem, que as técnicas modernas sao cxi_ gentes quanto c investimento, elevando o custo da produção0E

c produção industrial na verdade, precisa de bens intermedin^ rios a preços baixos, para manter rebaixado o seu custo. Daí porque, para elevar a produtividade no sentido dc satisfazer

a necessidade alimentar do mercado urbano, sem contudo dei -xar dc atender ar. imposições dc poder dominante, a pequena produção procura intensificar a jornada dc trabalho, £ suo

(22)

09.

maior produção por unidade de area, ressalta Graziano (1978: 219), significa um aumento da exploração do produtor e sua

t m

família e nao da produti vidade de seu trabalho.

Fornecer mao-dc—o bra barata para industria e para as grandes propriedades e outra função importante da pequena

produção na acumulação capitalista. Ê a produtividade das

pessoas ocupadas nas pequenas unidades de produção em parti-cular nos minifúndios, como diz Sa Jr. (1976:129) que consti_

iue o principal determinante do nivel de salário nos grandes estabelecimentos".

Para Singer ( 1 9 7 C) a superpopulação e subempre-go, encontrados no campo nao resultam de excessivas densida-des demográficas, mas da distribuição densida-desigual da

proprieda-r proprieda-r

de do solo que produz um exercito agrícola de reserva a ser aproveitado sazonalmente nos períodos de intensa procura da força de trabalho. O fato da pequena propriedade agrícola

suprir de mao—de-obra o grande estabelecimento, se da pela impossibilidade da primeira de manter o seu nivel de subsis-tência, sendo obrigado a suplementar a sua remuneração, tra-balhando fora da unidade de produção familiar em determina —

das épocas do ano. Isto nada mais e que uma tentativa de evitar—se a pauperização defini tiva. A preservação do poder social e económico do fazendeiro exige que a oportunidade de emprego para os camponeses seja mantida- a um nível mínimo , que seu rendimento seja baixo e sua situação insegura. Para isso estão sempre a limitar cm vez de expandir suas necessi-dades de mão-de-obra. Suas terras passam a ser exploradas ex tensivãmente e as possibilidades de expandir o emprego e a produção são disperdiçadas; cm consequência, o excedente de mão-de-obra nos minifúndios aumenta. (SINGER, 1978).

(23)

10

Esse aumento populacionai com o decréscimo na érea média, concorre para a expulsão dos trabalhadores agrí— colas do campo, bem como para a pratica do trabalho volante. Para sobreviver, esses trabalhadores são obrigados a vender sua força de trabalho aos donos do capital. São jus tamen te esses contigentes que alimentam continuadamente os cen

-t m

tros urbanos e a própria agricultura com a mao—de—obra bara-ta.

O setor terciário também, tem se expandi do graças a massa de trabalhadores rurais transferidos da agri cul iura.Diz Oliveira (1975:24) "que a percentagem da população economi cg_ mente ativa entre 1939-1969 isto é, da força de trabalho, sal_

tava de 24% para 38% configurando-o como o setor que mais absorveu o aumento da mão-de-obra. Não contraditório com a forma de acumulação, nem constituindo obstáculo a expansão global da economi a. Ê funcional para o sistema a preservação do minifúndio. Para a grande propriedade c co?idição necessá-ria e suficiente para reduzir o poder de barganha dos assala_

riados. Para Oliveira (1975:26) "os minifúndios são apenas depósitos de exercito industrial de reserva adequados para a acumulação global e expansão capitalista que por outro

la-do reforçam a concentração da renda".

Entretanto, o êxodo rural, a crescente migração cam vo—cidade, tenderá para uma escassez de mão-de-obra na zona rural, se nao prosseguir a continua multiplicação dos mini -fundios. Esta bastante acentuado, nos últimos anos o

fenôme-no migratório. O censo demográfico de 1970 revela que mais de 30 milhões de pessoas migraram. E desse total. 11 milhões mudaram—se para regiões metropolitanas, principalmente Sa'> Paulo a llio de Janeiro. A substituição da agricultura pela.

(24)

11.

f m *

pecuária em algumas regiões também constitui um dos fatores estimulantes do processo migratório.

Os frutos da previdência social, via FUNRURAL es-tão estimulando uma mudança de residência do homem do cam-po face as condições de sobrevivência na area rural, ínten-sificando o processo migratório. Assim, a carência de mao — -de-obra é objeto de grande preocupação da maioria dos agri_ cultores.

Ê mercado de consumo para os produtos do m e r c a d o interno. Uma produção abundante e eficiente de alimentos e materias primas, proporcionara uma redução dos preços aes — ses produtos nao so na transação comercial,

produto)—comer-ciante, mas, na transação comerei ante—consumidor, consequcn_ temente, aumentará a disponibilidade de recursos do consu

-mi dor para a aquisição de outros bens. Isto proporcionara wi aumento na demanda dos produtos do setor secundário e ter — ciario. Entretanto, como discutido em Oliveira (1975:19) "a industria nunca precisou de mercado rural para viabilizar — -se". £• que sua orientação foi principalmente voltada para os mercados urbanos", embora se reconheça a contribuição

importante do setor rural para a expansão do sistema indus^ trial, seja através do abastecimento de alimentos, seja transferindo mão—de—obra.

Sabe—se que os produtos que entram em maior produ ção na dieta alimentar da zona rural, sao a base de ce -reais. Porém, sabe-se também que as atividades manufaturei-rús estão se eliminando no meio rural. Deste modo o aumen— to da eficiência c produtividade do setor primário, em

(25)

um importante mercado de consumo para os produtos indus triçi 1izados.

Conforme jc abordado, "para que o excedente al i

-mentar aumente se faz necessário que a are a cultivada seja expandida ate onde possível ou o seu rendimento se eleve quando a expansão não c viável". (SINGER, 1976). Uma

tecno-logia adequada devera esta presente no processo produtivo para aumento da produtividade. Entretanto, aliado as novas

técnicas está o investimento na agricultura. Da{ porque, di_ versos Planos e Programas atualmente em execução no Brasil incluem como componente essencial o credito rural no senti-do de fomentar o processo de desenvolvimento agrícola, fortalecendo sobretudo, o abastecimento dos produtos destina -dos ao consumo alimentar.

— O Problema e sua importunei a.

Muitos estudos sac realizedos no pais tratando dos problemas da ligação entre as políticas adotados e o público para as quais são direcionadasa

Cezar (1980:27) comentando a diferenciação exis -tente quanto ao acesso as politicas de credito e outras c o r relatas evidencia a base heterogênea na qual elas incidiram cujos fatores influentes vao desde o nível cultural do pro-f

dutor ate o relacionamento com os agentes financeiros.

t ' f

O credito corrente e o credito orientado no peng_

r f

do de reformulação do credito, constituíram elementos que diferenciavam o tipo do tomador. O crédito corrente ora dcr_

(26)

tínado a produtores de reconhecida capacidade técnica ^ o £ ralmentc os grandes produtores, cuja liberação dos recursos dispensava determinadas formalidades e apresentação de pro-jetos. Enquanto o crédito orientado, reservava-se em geral para os pequenos produtores considerados adeptos das-

tecni-cas tradicionals. A concessão no tecni-caso, condicionava—se a apresentação de um projeto de aplicação elaborado por exten, sionistas rurais que logicamente induziam os produtores ao emprego de técnicas modernas e supervisionadas (CEZAR, 1980: : 27), Tais condições dificultavam o acesso dos pequenos prc_ dutoreso

Os subsídios implícitos nas taxas de juros

atra-vés de Programa Especiais deveriam acelerar a expansão do credito, com expressiva participação de pequenos produto — res. A o entanto, a experiência tem. demonstrado que o credi—

r 4

to com. subsídios nem sempre atinge o grupo para o qual e o e s tínado, 0 POLCNORDESTE na Paraíba previa atender ate a

programação 82/83 41,391 produtores, tendo beneficiado tao somente 18,105 produtores, 43Jíc- da meta previ sta,

A metodologia aplicada na distribuição do creai_

(2) Essa capacidade era avaliada pelo agente financeiro. Dependendo do grau de relacionamento do produtor e aquele agente, a sua capacida-de técnica seria constatada, mais facilmente.

(3) POLONORDESTE Programa de Áreas Integradas do Nordeste, foi i n s t i tuído pela lei 74*794 de outubro de 1974> com o objetivo de promo -ver a modernização das atividades agropecuárias em áreas selecionad a s , selecionadiriginselecionado prioritariamente financiamentos à pequenos proselecionaduto -res r u r a i s , na tentativa de melhorar o riívol do vida dessa g e n t e . Abrange 30/o do Nordeste. Na Paraíba atua numa área de 37•000 k m ^ co brindo 57^> dos municípios. Compreende cinco sub-áreas homogêneas nas quais se desenvolve ProjotOB do Desenvolvimento Rural Integrado (PDRIs), ou seja: Vale do Piranhas, Sudoeste Paraibano, Vale do Rio do Peixe, Brejo e Soridó Paraibano.

(27)

14.

(A)

to/POLONORDESTE de acordo com informações concedidas pe los Bancos Oficiais, favorece uma maior incidência de gran-des tomadores na participação das linhas creditícias. O

fa-to de considerar-se o MVR como ponfa-to determinante para clas_ sificação dos beneficiários do .crédito/POLONORDESTE, é con-dição que reforça a proposição ditada. Ora, de acordo com a Je_

gíslação bancária, para efeitos de financiamentos, a categg_ ria de grande produtor poderá desaparecer, passando a

exis-tir apenas as categorias de mini, pequeno e medio produtor„ Por conseguinte uma região onde persiste uma a

-griculiura descapitalizada, castigada por irregularidades p 1 uvi orne ficas de baixa produtividade, torna-se difícil adrai,

tir a existência de produtores cuja renda se apresente na faixa acima de 3.000 MVR na qual se enquadra o grande pro

-prietário. Trata-se de uma supôs ição porém, confirrhada por agência bancária (Trabalho de Campo - Entrevista com um

ge-rente do Banco do Brasil). O MVR é superestimado para o grande produtor isto, nada mais é do que uma abertura para enquadrá-lo na categoria de médio, permitindo-lhe usufruir dos direitos cojifcridos a esse produtor. Nessa perspecti

va surge a oportunidade do grande proprietário ser atendido

pelo POLONORDESTE com 70% e não 50$ do financiamento dos

(4) Para o POLCÍÍOEDESTB atualmente caracterizse pequeno produtor, a-quele cujo valor global de sua produção anual, não exceder 600 ve ze.s o maior valor de referência vigente no país. (MVR) Kiniprodu -tor quando nao ultrapassar 200 irVR. Para esses produ-tores o crédito concedo o financiamento integral, 1 0 0 ^ . No caso do montante finan -ciado nao exceder 50 MVR a concessão será feita, sem que o produtor necessite apresentar garantias reais. 0 médio o grande produtor p o -derão ser beneficiados pelo crédito/P0L0NOPJ)ESTS porém com 70 e 5C£ respectivamente do valor financiado. Sorá considerado médio produ -tor aquele cuja renda agropecuária anual não oxcoda 3-000 I<rVR e grande produtor, quando acima do 3.000 M V R . 0 teto financiável s e -rá calculado tomundo-so por base à renda obtida no ano anterior.

(28)

25.

grandes tomadores. Com um limite de 7C^ do financiamento o grande produtor terá que complementar em 3Ctfc com recursos pr£ prios. No entanto, facilmente ele emitirá essa complementa— çao, conseguindo a mesma produção fixada com os 70% do fi — nanei amento. A alternativa viável e redução da area.

Estas possibilidades na utilização do credito, o tornam um elemento atrativo para os grandes tomadores. Favg_ recendo sua substituição para outros setores de ativida

-des mais rentáveis, reduzindo provavelmente o investimento na agrieul tura.

Para o pequeno produtor de pouca influencia pes—

t m

soai perante os orgaos financeiros essa possibilidade foge

(5) Vejamos tom exemplo do custeio do milho no Sul d o país» por SAYAD (1978; 3)j quando o teto de financiamento para o grande produ tor era de 80% cabendo 20% de recursos próprios. A produtividade má xima, considerada pelos agentes de crédito rural atingia 58 sacos por hectares. Essa capacidade de produção é determinada pela produtividade média alcançada nas duas ou três últimas safras, pela p r o -dutividade da região ou apontada por estudo técnico.

Com o financiamento de Cr$ 13.000,00 (treze mil cruzeiros - por heç_ tare e um investimento correspondente a CrS 6.500.000,00 (seis m i -lhões e quinhentos mil cruzeiros) o grande produtor com acesso a 8 0 % , reoeberia CrS 5*200.000,00 (cinco milhões e duzentos mil cru -zeiros) complementando no caso, com 20% ou seja CrS 1.300,000,00 (hum milhão e trezentos mil cruzeiros). A área contratual respecti-va no respecti-valor desse capital, teria que ser 500 h a . Para reduzir o desembolso dos recursos próprios o produtor plantaria uma área m e -n o r , sem prejuízos -na produção obtida, uma vez que sua produtividade é bem mais elevada que a consiprodutividaderada pelos agentes finanoei -ros que sempre ostimarn abaixo da r e a l .

Dessa forma, com uma produtividade de 70 sacos por hectares e não 5 8 , esse agricultor poderia perfeitamento conseguir quase a me3ma produção de 29*000 sacos do milho (58x500) numa área de 414 ta (414x70) reduzindo a área praticamente irá reduzir o desembolso (86x13*000). 0 financiamento no caso de CrS 6.500.000,00 passa à Cr$ 5.382.000,00 (414x13*000,00).

Notadamente, ao tais rooursos sao sufioientoe para se conseguir a

produção prevista no contrato, a aplicação dos recursos próprios, se reduziram do 20% para 3%* (Cr3 1..300.000,00 para CrS 182.000,00).

(29)

16.

de muito ao seu alcance. Tratando—se de um crédito orienta-do, a liberdade de ação torna-se restri ta.

(6 ) r

O VBC poderá constituir um ponto de

estrangula-mento ao crédito. A confrontação entre o orçaestrangula-mento preconi-zado pela extensão rural para fazer face as despesas de cus_

teio adotado pelo POLONORDESTE e o valor do VBC determinado pelo Banco para cobrir as mesmas despesas, conforme

pes-quisa recente, não cobrem 50^o das despesas do custeio na maioria dos consórcios (CEPA. 1980:8)0

Evidentemente, para atender as despesas do cus

-teio agrícola com um VBC insuficiente, os produtores rurais procuram reduzir a érea cultivada.

A manutenção de juros baixos e o principal respon. sável pela maior participação dos grandes produtores nas linhas de credito rural e pela quase ausência dos peque — nos produtores nos Programas de Crédito (SAYAP. 1978:85).Nu ma pesquisa de 365 propriedades conseguiu demonstrar a gran_

de concentração do credito nas maos de grandes tomadores. Estes, que representavam 40% do valor da produção

declara-do na amostra recebiam 533^ declara-do crédito, enquanto, os minifun_ dios com apenas ófo da area total eram responsáveis por quase 30% da produção, participando em apenas 19% do credi -to (SAYAP. 1978:48). Outro exemplo é oferecido por Vasconce_ los (1979:11), apresentando alguns dados obtidos de estudos

( 6 ) Valor Básico para Custeio, trata-se de uma estimativa da3 despesas correspondentes ao plantio de um ha de terra de cada cultura, sogun do determinados padrões técnicos a nívois de produtividade. Seivo do base para o cálculo do crédito para custeio (CEZAE, 1 9 8 0 : 1 1 ) . Con — forme argumentação bancária os valores do VlC são definidos a n í -vel do Conselho Monetário Nacional com execução determinada através do Banco Contrai.

(30)

realizados também no Sul do pais. Numa amostra de 338 fazen_ das a partir de zero hectares. Âs fazendas superiores a 100 hectares, representando 3% do total tinham acesso a cerca de 60% do crédito concedido, entretanto, as menores, 97% do numero total de fazendas, eram beneficiadas apenas com 40% do crédito.

Para os órgãos creditícios os grandes produtores apresentam menor risco, oferecem um montante de garantia re_ al maior e um índice de liquidez bem maior. ( SAYAD, 1978: 3) . Para a administração bancaria, grandes transações

financei-ras, além de traduzirem maior segurança apresntam um custo operacional muito menor. Os custos operacionais de crédi

-to sao inversamente proporcionais ao volume compreendido em cada operação. Os custos se elevam a medida que a magnitude

cios emprestimos diminuem, que o prazo se reduz e que forem

r r

maiores os serviços necessários a atender um grande nume -ro de p-rodutores. (Banco Mundial - Boletim)o

Alguns estudos tem apontado a resi stenci a dos pe— quenos produtores a procura ao credito. Entretanto sao as condições exigidas que acabam por dificultar o acesso do a— gricultor as fontes creditícias. 0 imóvel em situação juri— dicamente regular e fator indispensavel para o ingresso do homem rural nas agencias bancarias, a aquisição do financia^

r t

mento. A posse legitima da terra e instrumento de garan — tia real do produtor, perante os órgãos creditícios. A ex —

tensão da terra, o nivel de renda, o comportamento voltado para atender necessidades de autoconsumo, aversão ao ris —

co, tudo isso se constitui em fatores que distanciam o pe -queno produtor da politica de credito. Para muitos o empres_ timo bancário tendera a comprometer a sua independencí a.

(31)

18.

Corno atestam HALL e BESERRA (1979:812) resultados de pesquisas, realizadas em Sao Paulo, tem demonstrado que apenas 3% dos produtorcs de baixa renda, fizeram uso do cré_ dito institucional nos anos de 72/73, no Vale do Ribeira e no Sertão do Canidê, Ceará - 2f%.

Por outro lado esse baixo índice implica numa grande dependência desse agricultor do credito nao

institu-cional. Em geral, e esta fonte que atende a todas as necessidades básicas de consumo e produção. No Vale do Ribei -ra 3% dos pequenos produtores entrevistados numa pesqui sa, contrai am empréstimos em fontes de caráter formal, enquanto 3&fo optavam pelo finane i am ento informal. A infiltração do credito nao institucional na pequena produção, torna—se in— tensa em virtude da ausência de burocracia. 0 credito nesse caso, e de fácil aquisição e de obtenção imediata.

r

Evidentemente, o credito tem sido pouco importan-te na sua disponibilidade ao pequeno produtor. Para compre—

*> ~ /

enaer a dinâmica aa oDtençao e uso do credito pelos peque — nos produtores, tomar—se—a para estudo de caso, o munici —

pio de Sao Mamede, com analise dos pequenos propri e tario s q£ sistidos pelo Projeto de Desenvolvimento Rural Integrado do Seri do Parai bano0

- Objetivos.

f

Gorai: Identificar o grau de participação dos pequenos produtores rurais no componente Crédito Rural/POLO -NORDESTE.

(32)

19

Específicos: 1 - Analisar a distribuição do Crédi_ to quanto aos recursos e públi-co beneficiado no período de sua atuação no município de São Mamç_ de*

2 — Estudar o grau de adoção do Cré-dito de investimento e custeio joe lo pequeno produtor.

3 — Investigar a diferenciação inter na existente na pequena produção enquanto a capacidade para a

ab-sorção do Crédito Rural orienta-do.

4 — Detectar as razões que influen — ciaram o afastamento ou permanen^ cia dessa categoria de produto — res como mutuários do Credito,

- Metodologia: Seleção da Área.

r

A area selecionada para estudo compreende o muni —

t — f

cipio de Sao Mamede. A escolha deste município deve—se a sua inclusão nas áreas beneficiadas pelo POLONORDESTE, inte_ grado a região semi-arida zona prioritária do progra —

ma no contexto socio-economico do Nord.este0

(7) Região caio compronde o polígono dan oecan caracterizado p e l a roduzi.

(33)

20.

Sao Mamede e assistida pelo Projeto de Desenvolvi^

r (8)

mento Rural Integrado do Serido Paraibano implantado no município em 1977. Dentre os municípios que integram este PDRI, São Mamede destacase na produção do algodão, u m o u

-tro aspecto que justifica a sua escolha para a delimita — ção do objeto de estudo. A co tonieul tura nessa região serta_ neja e a razão maior para a aquisição do creaito na agricul_

tura. Alem de absorver um considerável contingente de mao — -de—obra, o algodão permite sua produção a custos baixos fa_

vorecendó uma maior extração de divisas para o pais. O credito subsidiado dirigido a essa cultura

de-m f

monstra a preocupação do governo em atingir um numero signj^ ficatívo de produtores, propiciar condições para uma eleva-ção na produtividade, na perspectiva de alcançar um retorno adicional satisfatório.

- População.

~ f f

A população estudada e constituída pelos peque —

f m f

nos produtores rurais do município de Sao Mamede, mutuários iniciais do Credito Rural - POLONORDESTE. Dessa população estão excluídos parceiros e arrendatários talvez, face a tnexis^

ten.cia do contrato formalizado, ou mesmo, no caso dos parceiros, a carta de anuência negada pelos patrões, que lhes permite o acesso ao Credito.

(8) E s t e P D R I c o m p r e e n d o os seguintes m u n i c í p i o s : P a t o s , São M a m e d e , San ta L u z i a , V á r z e a , S . J030 do S a b u g y , S . José do E s p i n h a r a s , S . Jooé

d o B o n f i m , Santa T e r e z i n h a , M a l t a , Dostorro d e M a l t a , C a c i m b a d o A -r e i a , S a l g a d i n h o , Q u i x a b a , passagem o Junco d o S e -r i d ó .

(34)

1

2 U 4V /

A opção pelo publico inicial do Programa como população alvo do trabalho, prendese a necessidade de atín

-gir os objetivos previstos. A permanência ou afastamento do produtor como mutuário do credito sao variáveis que podem

conduzir o trabalho a obtenção de uma resposta significati-va.

Para a identificação desse público, recorreu-se aos arquivos da EKATER local, utilisando-se o cadastro dos produtores beneficiados pelo Programa, no período de sua

implantação.

Considerando a diferenciação interna existente na pequena produção, dividiu—se a população em tres

sub-ca-tegorias, assim classificadas: Tipo 1 compreendendo a camada inferior, Tipo o extrato intermediário e o

, 3,

Tipo 3 (T ) a classe superior da escala.

Dada a limitação do tempo e recursos, nao foi pos_ sivel analisar todos os fatores que influenciam na diferen-ciação interna da categoria pequeno produtor. Assim sendo ,

tomou—se como critério para a formação de cada grupo, ape —

/ m f

nas a origem da renda que mantém a reprodução física do pro_

dutor e seu grupo familiar.

Com base em observações feitas in-loco, e em in— formações de produtores de vivência na area, consegui u—se djs

ttnguir as tres camadas. Uma atividade paralela a agricultu_ ra que gera a renda principal para a manutenção da família, contribuiu para especificar a camada superior. No estra — to inferior, considerou—se os produtores dependentes da

a-gricultura, cuja renda e insuficiente para a sustentação do grupo familiar, obrigand.o—se a trabalhar como assalariado

(35)

nas grandes e medias propriedades em determinadas épocas do ano, E a classe intermediaria compreendendo os produto

-res também dependentes da agricultura, porem nao carentes de vender sua força de trabalho, muito embora obrigados a um "biscate" no dia da feira ou mesmo numa outra ativida

-de permanente a fim -de complementar a sua subsi stenci a,

Uma amostra aleatória de 12 produtores, 26% dos 46 pequenos produtores, que constituíram o público inicial do

Credito / POL ONOHDESTE, no município de Sao Mamede, foi

sele-cionada. De cada sub-categori a, 4 produtores foram entrevis, tados,

- Coleta de Dados,

O estudo corresponde ao período inicial da libera_ ça"o do crédito, abril de 1977, a março de 1983. Primeiramen

te, procedeu—se numa coleta de dados secundários. Num pri — meiro momento, colheu-se informações na unidade técnica do POLONORDESTE a nível central, no sentido de obter uma visão global do componente credito, tanto a respeito dos recursos

previstos e aplicados, quantos aos produtores programados e beneficiados pelo Projeto como um todo. Utilizou-se

tam-bém dados do IBGE, INCRA e do arquivo da Prefeitura da área em estudo.

Outras informações foram coletadas na EMATER lo-cal, sobre o credito aplicado no município nas duas modali-dades de financiamento, custeio e investimento. No momen — to, tais informações não levariam aos objetivos do traba

(36)

23,

lho, uma vez que nao evidenciavam a causa da defícienci a do Crédito e do não cumprimento das metas programadas, muito em bora constituíssem subsídios para a pesquisa de campo. Entre vistas diretas junto ao produtor responderiam de forma mais significativa as questões formuladas. A entrevista obede

-ceu a um roteiro (Anexo l), com perguntas abertas. Duas

var f

riaveis, representadas pela época em que se deu a desisten -cia do produtor do crédito rural e pela causa da própria de-sistencia, foram consideradas chave para a proposição do i r a

balho0

A necessidade de informações mais caracterí sii — cas, capazes de oferecer uma melhor compreensão do

comporta-mento de cada grupo de produtores em relação a essa linha de crédito exigiu um estudo mais detalhado de cada

componen-te da amostra. Conversas informais junto a grandes e médios produtores contribuiu para uma melhor analise do grau de de-pendência existente entre as diferentes categorias.

Outros contatos foram, mantido s com gerentes de cr— gaos Bancários para um estudo mais preciso da problemati

-f r

co do credito na pequena unidade agrícola.

O trabalho desenvolvido compõe—se de quatro partes,

f f f

Uma introdutória, Capitulo I, onde enfoc a-se o credito

ru-ral a partir de sua origem bem como sua deficiência como

f [ "

politica de desenvolvimento agrícola e a importância da pe

-quena produção como público—meta do progr ma POLONORDESTE

m f _ r

dada sua função para a economia como um todo. O Capitulo II 1

f ' * t

das características histori cas e demográficas do município. O Capítulo III estabelece as relações existentes entre estru_

f f

(37)

importan-c i a d o importan-complexo, algodão—milho—feijaimportan-c—peimportan-cuária para a eimportan-cono

mia do município e para a subsistência do produtor rural da região. Procura ainda detectar no processo produtivo da cultura do algodão arbóreo, o- grau de adoção da moderna tcç_ nologia nas diversas etapas desse processo. No Capitulo IV caracteriza—se o produtor rural do município a partir das categorias exis tentes, analisando a forma pela qual se

re-produz cada categoria enquanto produtor dii^eto e proprieta-rio dos meios de produção. A ultima etapa apresenta uma ava li ação do credito na região estudada no período 1977/82. £s_

sa avaliação demonstra basicamente o grau de participação do pequeno produtor no Credito/POLONORDESTE; seu comportamento

em. relação a esse credito e analisado levando em

considera-ção a diferenciaconsidera-ção interna dessa categoria. A definiconsidera-ção da área sob estudo e compreensão das características do

(38)

r

CAPÍTULO TI

O MUNICÍPIO DE SÃO MAMEDE

|1 n

(39)

O MUNICÍPIO DE SAO MAMEDE.

- Caracteristicas His tóricas e Demográficas.

Em princípios do século XVIII cs primeiros homens penetraram na região onde se situa o município de São Mamede. Precisamente em 1702 o Sargento—mor Matias Vidal de Negrei

-ros e os alferes Marcos Rodrigues e Manoel Monteiro, penetrc_ ram no Vale do Sabugi.

A data^^ de São Mamede foi requerida pelo portu — gues Manoel Tavares Baia cuja concessão foi feita no gover-no de Francisco de Miranda Henri ques pela sesmaria n? 568 de

28 de janeiro de 1772. Tratava—se de uma fazenda onde a pe -f ,

cuaria bovina era a principal atividade exploradaa

Em 1903 São Mamede (fazenda) , já pertencente aos

(40)
(41)

27,

herdeiros de Francisco Alves da Nóbrega, passava a povoado. A concentração urbana se deu pela necessidade de criar—se

(2)

um ponto de pousada para os tropeiros que por ali per

-r

corriam cm busca de comercio para os produtos que conduzi — am. Tratava—se de farinha, aguardente e rapadura que gru

-pos de viajantes vindos da área do brejo ^ transportavam, para o sertão^ ^ em busca de comercialização para suas

mer-cadori as. A distancia entre as cidades que limitavam Sao Mamede, Santa Luzia e Patos dificultando a transação

comer-cial entre viajantes constituiu um fato que concorreu para a fundação do povoado. Estas cidades eram pontos comerciais para os tropeiros. Também o desenvolvimento agropecuário que

f ~

s e processava em toda a area com a evolução da agricultura

através do algodão era condição para que se criasse uma concentração urbana. A essa altura germinava a industriali— sação do algodão. Em São Mamede com o aparecimento das

pri-(4)

meiras bolandeiras que posteriormente foram transforma-das em locomotivas ^ coube a Jose Paulo de Souto em 1907 a introdução da prime ira maquinaria de algodão a vapor.

A existência mesmo rústica do processo de benefi— ciamento de algodão tia localidade, concorreu para que o in—

( 2 ) Tropeiros - Condutores d e caravanas d e animais (burro3 d e c a r g a ) * ( 3 ) Brejo - Com características similaros â zona da m a t a , a á r e a d o Bre^

jo e s t á l o c a l i z a d a n a zona d o agreste que é o elo n a t u r a l e n t r e a zona d a m a t a e zona d o s e r t ã o .

S e r t ã o - ó u m a zona s e c a , com p e r í o d o s d e chuva i n c e r t o s que c a u s a m o c a s i o n a l m e n t e a s e c a . (AKDR.VDB: 1 9 7 3 : 3 3 ) .

( 4 ) Bolandoiras - g r a n d e rodadantada utilizada no d o s c a r o ç a m e n t o d o

a l g o d ã o .

( 5 ) Locomotivas - máquinas a vapor ou olótz-icas, que operam a tração

(42)

teresse do todos os agricultores se voltasse para a cotoni-culiura, que se tornou depois, suporte da economia da re-gi ao.

A partir de 1938 surge as primeiras usinas de be-nefíciamento de algodão a motor. Nessa época São Mamede se elevou a categoria de vila.

A proporção que a co to nicul tura se expandia e a fibra se caracterizava cada vez mais como de melhor qualida_ de, multiplicavam-se as usinas, despertava o interesse das multinacionais como: CLAYTON e SANBRA que ali fixavam seus depósitos para a compra do produto.

Na década de 40, Sao Mamede conservava quatro usi_ nas de beneficiamento de algodão entre elas a Cia. Cario

-ca de Algodão, que lançou a semente da industrialização no r .

munia pio.

São Mamede e parte integrante da micro—região

De-pressão do Alto Piranhas. Lim.ita—se ao norte com o Estado do Rio Grande do Norte, ao sul com o município de Quixaba , Cacim.ba de Areia e Passagem, ao leste com Várzea e Santa Luzia e ao oeste com S. Jose de Espinharas e Patos. É banha

2 do pelo rio Sabugy, sua area e de 559 km •

A população do município é constituída de 9.198 habitantes (IBGE-1980).

Sao Mamede caracteriza-se como um município pred.o_ mincntemente rural, uma vez que 58Í; de sua população 5.376 habitantes reside na área rural e 42$> — 3.822 na zona

urba-f

(43)
(44)

29.

r i

A evolução populacional nas ultimas décadas demons_ tra que o crescimento na zona urbana, efetuou—se de forma in versamente proporcional a rural. Enquanto a população urbana ascendeu gradativamente a população rural decresceu de forma acentuada. (Ver Quadro l).

O fato da população total ter apresentado um índi-ce de crescimento negativo sem no entanto afetar o tamanho po_ pulacional urbano, demonstra que nao ha correspondência en

-r *

t*~e o numero de pessoas afastadas do campo e o numero de pessoas absorvidas pela area urbana. Assim sendo, a redução e_

m f

xis tente na população rural devera ser produto muito maior de uma ação migratória, campo/grandes centros

metropolita-nos. A população urbana cresceu de 1960/1960 enquanto a popu

laçao rural decresceu. Admitindo essa hipótese considera—se que o setor pr^iinario tenha expulsado grande contingente popu_

' t

lacional da década de 1960 para 1970, refletindo no índice de crescimento negativo do pessoal economicamente ativo (Ver Quadro 2) e diminuindo portanto a oferta da mao—de—obra dis— ponivel no campo.

A migração não reflete apenas as dificuldades do setor agricol a, mas a capacidade de absorção da população

e-conomicamente ativa por outros setores da sociedade. (S/íEUZ. 1 9 8 0). A industria, por exemplo, como sera dis

cutida,mes-mo contando com o salto dado, em tercutida,mes-mos de absorção da forç£ -de—trabalho, em 1970, pouco representou no computo geral da diferença populacional de uma década a outra, fazendo per_ manecer um indico de crescimento negativo. Essa absorção ge—

, t

ralmente acontece de forma temporária compreendendo um perio_ do que vai de agosto a março do ano seguinte dependendo da safra de algodão, /.essas circunstancias nao poderá

(45)

contribu-U u

QUADRO - I

POPULAÇÃO URBANA E RURAL - SÃO MAMEDE - 1960/1980

POPULAÇÃO DÉCADAS a

Residente 1960 1970 1980 19 60/1970 1960/1980 População Urbana 2.137 2. 559 3. 822 + 19 + 79 População Rural 9.609 5. 682 5.376 - 41 - 44 Total 11. 746 8. 241 9.198 - 30 - 22 FONTE; IBGE - 1960/1970/1980.

(46)

QUADRO - 5

POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA - ÄfO MAMEDE - 1960/1970

ATIVIDADES

i 9 6 0 1970 1960/1970

ATIVIDADES

Econ. Ativ. Nao Econ. Ativ. Econ. Ativ. Nao Econ. Ativ. Econ. Ativ. Não Econ. Ativ.

griculiura e xtrativos •••• 3.171 6. 912 2.111 4.193 - 33 - 39 97 154 171 626 57 300 atras 353 1.059 287 853 - 19 - 11 Total 3.621 8.125 2.569 5.672 - 29 - 30 A'TE: IBGE - 19 60/1970.

(47)

31

ir dc forma significativa para a fixação da mão-de-obra lo-cal.

Observando-sc a distribuição populacional por faixa etária nos decênios 1960/1970 verificar—sc-á o papel

do proccsso migratório, incidindo decisivamente no grupo etário que vai de 20 a 39 anos. (Ver Quadro 3). Pressupõe

--se que a migração para os grandes centros aconteça muito mais ao aproximar-se os 20 anos, quando o individuo prepara^ -se legalmente para assumir as atribuições de adulto. E ne§_

ta fase em que a inexistência de condições de trabalho na

' ri *

area em que vive o estimula a migrar. O êxodo tem side in-tenso principalmente em. busca do Centro—Sul. Todavia o cre§_ cimento da população em 1980, poderia está relacionado com

o Pro grama de Emergência, Pro grama voltado para atender as

dificuldades da seca na tentativa de evitar o deslocamen

-m — f f

to da população flagelada. A situação geográfica do munia—

~ f f

pio o predispõe a sérios problemas climáticos.

Nos últimos cinco anos a seca tem castigado inten_

f ~ f f

sãmente essa area sertaneja. A repercussão da seca e drasti_

f

ca, prejudicando sensivelmente o desenvolvimento agrícola em

*s. f

toda região atingida. A queda na produção agropecuária tem

f f f

gerado efeitos, negativos ao equilíbrio socic—econômico da 7^egião.

A renda tributaria reduzida, contribuiu sobrema

-r.círa para uma retração no desenvolvimento do município. O f

desemprego aumentou e a população principalmente a rural to£ na—se a cada dia mais dependente das frentes de serviços, al_

ternativa que não elimina o problema c constitui apenas um mecanismo para manter a população no campo c utiliza-la co—

(48)

QUADRO - 3

POPULAÇÃO SEGUNDO A IDADE E SEXO - SÃO MAMEDE

DÉCADAS GRUPO ETÁRIO 1960 1970 1960/1970 H. M H il H M 0 - 9 1.969 1. 733 I . 449 1.323 26

-

24 10 - 14 806 678 533 499

-

33

-

26 15 - 19 654 714 449 47?

-

31 33 2 0 - 2 4 610 567 345 339

-

43

-

40 2 5 - 2 9 418 396 224 247 mm 46

-

37 30 - 39 659 569 362 405

-

45

-

29 40 - 49 485 430 324 332

-

33

-

23 50 - 59 275 264 228 212

-

21

-

20 60 e mais 347 175 268 225

-

23

-

34 Total 6. 223 5.523 4.182 4.059 33 22 FONTE: IBGE - 1960/1970.

(49)

33.

mo mao—dc—obra barata.

Ate 19C7, São Mamede era servido de energia elé-trica em caráter bastcnte rudimentar, fornecida por motores

movidos a oleo. O atendimento, ao publico limitava-se ao turno da noite e so ate as 22 horas. A partir desse ano (1967) Sao ^amede foi benefiado com o fornecimento de

ener-gia, proveniente da CHESF - Companhia Hidrelétrica de São Francisco através da coordenação da SAELPA. Entretanto so ha poucos anos este serviço estendeu—se a zona rural atin —

gindo tão somente 55 imóveis rurais (dados de 1983).

C abastecimento d'agua se faz mediante um sistema convencional operado pela CAGEPA, cujo manancial é um

açu-3 f

de com capacidade de 17.00C.000 m d'agua. A BR230, rodo via que corta o Estado de leste a oeste, permite a liga -çao da cidade com os principais centros urbanos.

No setor de comunicação, o município conta com o Sistema TELPA — Telecomunicações da Paraíba e mais um siste_ ma telefônico municipal beneficiando sobretudo a zona

ru-ral .

O .Hospital e Maternidade Nossa Senhora da Concei — çao, presta assiste?.cia medica e hospitalar a toda comunido_ de. Unidades Sanitárias e Mini-postos localizados na zona rural complementam o trabalho de prevenção e saúde do

muni-cipio.

A EMATER se faz presente através do trabalho e o-rientaçao dos seus técnicos em favor aa agropecuária do mu-nicipio.

(50)

34*

dal idades de credito eram feitas dire tair.cn te pela agencia do Banco do Brasil, da cidade de Patos, muito embora neste período o município ja contasse com uma agencia do BBA BESCO

(Banco Brasileiro de Descontos). Atualmente já conta com um Posto Avançado do Banco do Brasil.

A assistência educacional efetua-se mediante uma rede de Escolas Estaduais, Municipais e particulares.

A assistência educativa na zona rural e dada pelo MOBRAL - Movimento Brasileiro de Alfabetização e pelo setor Educacional do município. Mo primeiro caso as aulas se

pro-cessam a noite. Os alunos sao filhos de produtores, algumas vezes os propícios produtores que se concentram geralmente na casa ou armazém do grande proprietário local. As Escolas

Primarias Municipais ministram aulas, em sua maioria, no turno da tarde.

É no dia da feira (sábado) em que se dá o maior contato da população rural com a Sede do Município. O dia da feira constitui o dia dos negócios, a venda de artigos

' (6)

produzidos no âmbito domestico para a compra de produ-tos que complementam a sua subsistenc. ia. Ê também o dia do tratamento medico e dentário. Essa assistência e prestadapç_ los Sindicatos e Programas de Saúde. Além desses socorros mc_ dicos, os Sindicatos ainda prestam assistência jurídica aos produtores assoei ados. Todos os proprietários deverão

asso-ciar—se ao Sindicato Patronal contribuindo com uma taxa de

f

Cr$ 80,00 mensal. (1983). A condição necessária para

consi-(6) . . . o v o s , g a l i n h a s , v a s s o u r a s d e p a l h a ou d o c a r n a ú b a , u m b u , c a j a r a n a conformo a é p o c a , e o próprio f e i j ã o o m i l h o d e p e n d e n d o d a e x i s -tência d a p r o d u ç ã o .

Referências

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