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Levantamento de Artes e métodos de pesca artesanais encontrados na praia da Caponga, município de Cascavel - Ce

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRARIAS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PESCA

LEVANTAMENTO DE ARTES E MÉTODOS DE

PESCA ARTESANAIS ENCONTRADOS NA

PRAIA DA CAPONGA, MUNICÍPIO DE

CASCAVEL - CE

Galdino Agostinho Moura Neto

ção apresentada ao Departamento de Engenharia de Pesca

„Arm°

de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Ceará

como parte das exigências para a obtenção do titulo de Engenheiro

de Pesca.

FORTALEZA - CEARÁ

1994.2

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará

Biblioteca Universitária

Gerada automaticamente pelo módulo Catalog, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

M886l Moura Neto, Galdino Agostinho.

Levantamento de Artes e métodos de pesca artesanais encontrados na praia da Caponga, município de Cascavel - Ce / Galdino Agostinho Moura Neto. – 1994.

39 f. : il.

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias, Curso de Engenharia de Pesca, Fortaleza, 1994.

Orientação: Prof. Me. Francisco Hiran Farias Costa.

1. Pesca artesanal. I. Título.

CDD 639.2

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AGRADECIMENTOS

Ao professor e amigo Francisco Hiran Farias Costa pela valiosa orientação na realização deste trabalho.

Aos professores Luis Pessoa Aragão e Wladimir Ronald Lobo Farias pela participação na banca examinadora,

Ao amigo Dixlio Inácio Alves Teixeira, pelo fornecimento de importantes dados contidos neste trabalho.

Aos meus pais pelo imenso esforço dedicado a minha educação e formação profissional.

'zs parentes e amigos, pelo carinho e confiança que sempre me dram.

A minha avó, Maria da Conceição Mendes pelo perseverante incentivo para minha formação profissional.

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Prof. Auxiliar - Francisco Hiran Ferias Costa ORIENTADOR

Comissão Examinadora:

Prof Adjunto Luis Pessoa Aragito

Prof. Auxiliar Wladimir Ronald Lobo Farias VISTO:

Prof. Luis Pessoa Aragão - M. Sc.

Chefe do Departamento de Engenharia de Pesca

Prof. Moisés Almeida de Oliveira - M. Sc. Coordenador do Curso de Engenharia de Pesca

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LEVANTAMENTO DE ARTES E MÉTODOS DE PESCA ARTESANAIS ENCONTRADOS NA PRAIA DA CAPONGA, MUNICÍPIO DE CASCAVEL - CE.

GALDINO AGOSTINHO MOURA NETO 1. INTRODUÇÃO

1.1- CARACTERÍSTICAS DA PESCA ARTESANAL

A pesca é uma atividade humana muito antiga que paulatinamente sofre --4 11taryões evolutivas, facilitando e aumentando a eficiência das capturas, ipalmente nos países tecnicamente mais desenvolvidos (ARAGÃO, 1987).

Desta forma, os barcos destinados it pesca, que em principio eram simples embarcações a remo e posteriormente a vela, tiveram um processo evolutivo it medida que a pesca se desenvolvia, chegando até a situação atual, em que existe uma indústria naval especialmente direcionada aos barcos pesqueiros, atribuindo-lhes características particulares e especificas, de acordo com o recurso a ser capturado.

Contudo, as embarcações artesanais, a remo e a vela, sobreviveram ao processo evolutivo de modernização da frota pesqueira, sendo encontradas nas diversas localidades litorêneas do planeta e utilizadas na pesca de subsistênci

a.

Segundo LE1"1".b et ai (1988), a pesca artesanal pode ser definida como a captura de peixes a partir de pequenas embarcações com ou sem meios mecanizados para lançar e recolher a arte de pesca, com a finalidade de fornecer alimento para a comunidade local e de venda do excesso no mercado e também, a obtenção de alimentos para a família.

A pesca artesanal marítima (ou de pequena-escala, segunda uma denominação mais moderna) constitui-se numa atividade que pouco evoluiu do ponto de vista da Tecnologia de Pesca e do Pescado. Caracteriza-se por ter mão-de-obra abundante e barata, mas de baixa qualidade técnica,

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generalização dos métodos de captura uso de embarcações a vela, de pequeno porte, e baixos níveis de produção e produtividade das pescarias.

Segundo PERICCHI (1965), na pesca artesanal se empregam embarcações de pequeno porte, impulsionadas a remo, forca eólica ou por motores de pequena potência

A frota artesanal do Nordeste é caracterizada por utilizar barcos motorizados de pequeno porte, bem como canoas e jangadas it vela A pesca é desenvolvida na costa e os barcos possuem pequena autonomia de mar, geralmente passam 4 a 7 dias pescando (CABRAL, 1993).

Em levantamento feito pelo ESTATPESCA/LBAMA, mostrou-se que a frota pesqueira artesanal do Estado do Ceara no ano de 1990, conta GO/11 3450 embarcações, distribuídas entre botes it vela, canoas e jangadas de piiiba e tábua (ISAAC & SILVA, 1990).

0 Estado do Ceará possui 573 Km de litoral marítimo, existindo 125 locais na costa onde ocorre desembarque do pescado. Estes números indicam a importância sócio-econômica da pesca marítima e estuarina para as comunidades litorâneas.

Como é característico nos ecossisternas marinhos tropicais, o litoral do Estado do Ceará é habitado por um número muito diverso de espécies, mas de pouca abundância individual. A pesca ocorre nos diferentes nichos destas espécies, desde as regiões costeiras até a borda da plataforma continental e tem flutuações sazonais, acompanhando os ciclos de maior abundância

Esse tipo de pesca é realizado por pequenos armadores e pescadores independentes, que normalmente realizam a captura simultânea de um regular número de espécies, utilizando embarcações, aparelhos e métodos de pesca, os mais diversificados. As embarcações engajadas nestas pescarias não mostram significantes especializações e maiores tamanhos, podendo operar em areas com deficientes serviços de apoio, explotando pesqueiros próximos das bases (PAIVA, 1986).

No contexto mundial, a pesca artesanal desempenha um significativo papel por duas circunstâncias principais: a primeira, pelo ordenamento e regulamentação do novo direito do mar que restringe ELS areas de captura em

razão do estabelecimento de uma zona econômica exclusiva, e a segunda, pelo número de pescadores vinculados a esta atividade (HERNANDRZ & PLAYA, 1984).

A pesca artesanal cearense tem grande importância como atividade geradora de emprego e renda, visto que, é o setor que possui o maior número

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voltada à pesca, e responde por mais de 50% da produção de pescado do Estado.

No Ceara, grande parte dessa frota dedica-se a captura de lagosta nos meses de maio à dezembro de cada ano. Segundo OLIVEIRA et al. (1993), atualmente é impossível se avaliar o efeito da frota artesanal lagosteira. Com efeito, muitas unidades não estio registradas oficialmente. Segundo as estimativas do IBAMA/CEPENE (1991), da totalidade da frota artesanal dois terços das embarcações não são registradas, enquanto que 43% das unidades registradas tem licenças que não foram renovadas.

A comunidade da praia da Caponga apresenta uma população de 6285 pessoas, sendo 3445 dessas do sexo feminino e o restante pertencente ao sexo oposto (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE, ano 1992). As principais fontes de renda desta comunidade são a pesca e o turismo.

A frota pesqueira sediada na praia da Caponga, município de Cascavel-Ce, é exclusivamente artesanal, dedicando-se à captura de diversas espécies de peixes ao longo do ano, sendo que, nos meses de maio à dezembro de cada ano, parte da frota dedica-se a captura da lagosta.

1.2- MÉTODOS E ARTES DE PESCA

Normalmente, métodos e artes de pesca são criados e dirigidos para a captura de uma determinada espécie ou conjunto de espécies com as mesmas características biológicas e no intuito de proporcionar o maxim° de eficiência do aparelho.

É lógico que muitos aparelhos utilizorlos, podem ser adaptados para a captura de um outro organismo aquático qualquer, porem podem perder em eficiência de captura.

As artes de pesca geralmente são construídas com fibras resistentes, duráveis e seguras que suportam as freqüentes imersões na água e exposições ao sol, possuindo outros acessórios característicos de cada apetrecho de pesca, são fibras de origem vegetal (algodão, cânhamo, sisal, linho, manila, etc.) e fibras sintéticas como o polipropileno (PP), poliester (PBS), polietileno (PE), poliamida (PA), cloreto de polivinil (PVC) e polivinil alcool (PVA), das quais a principal utilizada é o nylon (PA).

A escolha dos apetrechos de pesca utilizados por uma determinada. comunidade pesqueira está relacionada com as características biológicas das espécies-alvo de captura, principalmente quanto a abundância, biociiversidade

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e variação de habitats. Entretanto, as caracterfsticas culturais e históricas da comunidade serão fatores determinantes nos métodos e artes de pesca irtilizarios.

Na pesca artesanal nordestina, existe uma grande variação nos métodos e artes de pesca de localidade para localidade. Métodos estes, adaptados e direcionados para a captura das espécies mais abundantes em cada área e em cada. época do ano.

No Nordeste, os aparelhos de pesca atualmente empregados apresentam, em geral, limitações operacionais, havendo possibilidades de melhorárlos, utilizando-se um material de qualidade superior na construção dos mesmos e modificando-se as técnicas de operação.

0 presente trabalho tem por objetivo caracterizar a pesca artesanal marítima realizada na praia da Caponga, município de Cascavel-Ce, descrevendo as embarcações, métodos e artes de pesca e espécies capturadas.

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2. MATERIAL E MÉTODOS

O presente trabalho foi realizado na praia da Capanga., distrito pertencente a cidade de Cascavel-Ce, cujas coordenadas geográficas são 38° 11' 40" de longitude Oeste e 04°03'de latitude Sul (FIGURA 1 e 2).

Foram feitas virias visitas periódicas, entre os meses de abril a novembro de 1994, A, comunidade pesqueira da praia da Caponga, onde mensalmente foi escolhido um determinado número de embarcações. Sendo então, caracterizada a frota artesanal da região, tripulantes, Area de atuação (através de dados de profundidade), principais espécies capturadas e métodos e artes de pesca utilizados durante o tempo estudado.

A maioria dos dados foram coletados através de um sistema de questionários (Anexo I) que foram aplicados ao(s) pescador(es) no momenta do desembarque (FIGURA 3). Os questionários atingiram 35,6% do total de embarcações existentes naquela comunidade.

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3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

3.1- CARACTERIZAÇÃO DAS EMBARCAÇÕES UTILIZADAS

Segundo dados recentes coletados junto ao projeto ESTATPESCA-94 desenvolvido pelo IBAlk.4A, a loca/idade da Caponga tinha um total de 104 embarcações, desenvolvendo it. atividade pesqueira, sendo que, atualmente existem 81 embarcações atuando nesta area, como mostramos no Anexo II a Tabela

As embarcações utili7Mas na atividade pesqueira na região da Capanga -Eio, em sua totalidade, paquetes e jangadas, atuando exclusivamente na Plataforma Continental.

Os paquetes silo usados fundamentalmente nas pescarias de peixes, seja com rede de emalhar (fundo) ou com linha de profundidade (linha de mão; linha e anzol). Dependendo das condições de tempo estas embarcações podem passar até 04 (quatro) dias no mar, entretanto as pescarias de "ir e vir" silo bastante freqüentes.

Alguns paquetes possuem caixa isotérmica, onde os peixes sit° acondicionados em camadas alternadas com gelo, e outros de samburit (FIGURA 4), onde os peixes são armazenados frescos.

Os paquetes apresentam tamanho médio variando entre 3,25 e 5,89 m, sendo esta a principal característica que o diferencia de uma jangada.

As jangadas são embarcações similares aos paquetes, porem com dimensões acima de 5,90 m de comprimento. Apresentam maior autonomia de mar, podendo realizar as pescarias denominadas de "alto". Apresentam caixa isotérmica para acondicionamento do pescado e pork que serve de depósito para os apetrechos de pesca e muita das vezes de apoio para os tripulantes se protegerem das intempéries do clima, como fortes yentas e tempestades. Fssas embarcações apresentam um banco de vela, funcionando na fixação do mastro de vela, e um banco de governo, onde o mestre da embarcação faz a navegação através do manuseio do leme (FIGURA 5).

A maioria das jangadas analigarlas pescavam peixes com linha e anzol, poitin

,

algumas embarcações são voltildas para a pesca de lagosta (manzuits) e rede de emalhar, de superficie ou de fundo, para peixes.

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Ambas as embarcações dedicam-se a captura de diversas espécies de peixes, tais como: serra, cavala, sirigado, guaiuba, camurupim, cioba e outros. Devido ao sistema de classificação da embarcação pelo tamanho, as jangadas foram observadas em menor número que os paquetes. Tanto as jangadas como os paquetes são confeccionados na própria comunidade em pequenos estaleiros e os seus reparos e manutenções sio feitos pelos próprios pescadores.

Outros acessórios básicos utilizados por essas embarcações são garatéia, cabos de poliamida para fimdeamento, quimanga para acondicionamento do alimento dos pescadores, linha de múltiplos anzóis (sardinheira) para a captura de sardinhas (FIGURA 6).

3.2- CARACTERIZAÇÃO DAS ARTES DE PESCA

Os principais apetrechos de pesca, utilizados na região sap os seguintes: Redes de emalhar

Também chamada de caçoeira ou rede de espera, possui forma retangular, com malha de fio poliamida (nylon), com bóias na tralha superior e chumbadas na tralha inferior e comprimento variável. Ela pode ser colocada em contato tanto com o fundo (FIGURA 7), como na coluna da água (FIGURA 8). 0 tamanho das malhas depende da altura das espécies-alvo, existindo redes de malha muito grande (20 a 26 cm) para as pescarias de superficie e redes de malha muito pequena (08 a 10 cm) usadas, em pescarias de fundo, para peixes pequenos nas proximidades da costa 0 comprimento variável, ficando em tomo de 30 a 45 metros. Durante uma pescaria, diversas redes silo arranjadas em serie, sendo denominadas de fileiras de redes.

Covo ou Manzuá

Armadilhas de fundo, usadas na captura de lagosta ou de peixes. São estruturas hexagonais, confeccionadas de madeira (varas de marmeleiro) e revestidas de telas de arame galvanizado e/ou redes de nylon. Os manzués são arrumados sob a forma de um espinhel (fileira) com a seguinte constituição: bóias de localização (I.' bóia), puxadeira (PE 1/2), duas garateias 10 kg (nas

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extremidades da linha principal), linha principal (PE 1/2), manzuás (um a cada 10-15 metros), 2.* bóia e cabo da 2.* bóia (PE 3/8). As lagostas silo atraídas, para dentro dos manzuis através da sanga, por iscas que geralmente silo: carcaça de pargo, cabeça de piramutaba, peixes de água doce, etc. Na região este apetrecho é conhecido como viveiro.

Linha de profundidade

A linha de profundidade (ou de mão) é um apetrecho de pesca rústico e tradicional na pesca artesanal sendo constituída das seguintes partes: linha de profundidade (ou principal), estropo, anzol e chumbada, arranjadas em uma estrutura de madeira para facilitar o manuseio (FIGURA 9).

A linha serve para dar profundidade ao aparelho, variando em torno de 100 metros. 0 material utilizado para a confecção dessa linha é o nylon N.° 200 ou uma numeração menor de acordo com o tamanho das espécies que se quer capturar.

O estropo é confeccionado com linha menos resistente que a linha principal (N.' 100 a 120) ou com arame de aço inoxidável N.' 24 a 26, com medidas entre 60 e 70 centímetros.

Os anzóis utilizados nesta operação de pesca são bastante variados, indo do número 3 ao 20, dependendo do tamanho dos peixes capturados (TABELA I) . A chumbada tem como função manter a linha de profundidade na vertical, com o seu peso variando entre 250 a 1000 gramas. Essa variação é devido a correntes marítimas e profundidade onde o aparelho é lançado. TABELA I - Relação entre o N.° do anzol e as principais espécies capturadas.

N.° DO ANZOL PEIXE CAPTURADO

3 - 4 cavala, serra e camurupim

5 - 8 cioba, garoupa, sirigado, cavala e

serras

9 - 13 cavala e serras (quando pequenas)

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Linha de corso

O aparelho é constituído por um fio de monoftlarnento (nylon 200) de grande extensão, entre 40 e 60m, onde na extremidade é colocado um anzol dos N.°4 ao 8.

Sao trtilinuas na captura de peixes pelágicos de superficie, como cavalas, serras e camurupins.

As pescarias com esses apetrechos são realizadas, ocasionalmente, durante as viagens até o pesqueiro.

3.3- OPERAÇÕES DE PESCA Pesca com rede de emalhar (fundo)

Neste tipo de pesca utilizam-se de 02 até 04 tripulantes. A embarcação parte da praia nas primeiras horas do dia, ocorrendo entre 4 a 6 horas da manhã.. 0 tempo necessário para embarcação atingir o pesqueiro varia em tomo de 1,5 a 2,0 horas.

Quando a embarcação atinge o local de captura., faz-se a mudança do pano (posição da vela), ficando a embarcação paralelo a costa Neste ponto inicia-se o lançamento da rede com profundidades variando de acordo com a regido de captura. A localização do pesqueiro é feito de virias maneiras, sendo todas obtidas visualmente, tendo como base a distfincia da costa, cor da água ou medição de braças e/ou marcações, sob a forma de alinhamento, em terra (serras, morros, antenas)

A operação de recolhimento ocorre 02 (duas) horas após o lançamento. Nesse trabalho, a embarcação encontra-se it deriva e os tripulantes se encarregam de recolher a rede, colocando-a sobre o convés da embarcação, posteriormente efetua-se a separação do produto capturado. A despesca é feita manualmente. Nesta operação demora-se em média duas horas, dependendo da quantidade de pescado capturado e/ou da resistência do vento.

A produção é comercializada quase que totalmente dentro da própria comunidade, sendo vendida a intermediários.

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Pesca com rede de emalhar (superficie)

A jangada parte da praia até atingir a área de pesca, sendo que para se alcançar este ponto se gasta em tomo de duas horas. A identificação do local de captura se faz por marcações (uso de bóias). A atuação deste aparelho é caracterizada como pesca de "dormida", visto que o seu lançamento é feito em um determinado dia e o seu recolhimento se di. apenas no dia posterior. A principal espécie capturada é o carnurupim que migra ao longo da costa em busca do melhor local de reprodução, por isso as redes fazem praticamente um ângulo reto com a costa. Quando a embarcação atinge o pesqueiro, permanece à deriva, aproveitando-se o fluxo da maré iniciando portanto o recolhimento das filas de redes. A arte de pesca é recolhida pelos tripulantes, no máximo 02 (dois) pescadores, os quais se posicionam no centro da embarcação dando o inicio ao processo de desenmalhamento das espécies capturadas, ao final são arrumados os apetrechos de pesca para serem lançados novamente e consequentemente fundeados. Dependendo da produção, os peixes são armazenados em uma caixa isotérmica, revestida com isopor. A evisceração somente é feita no momento de chegada. da embarcação A. terra.

Pesca com manzuit

Este tipo de pesca é direcionado exclusivamente, para captura de lagosta, no período de maio a dezembro de cada ano. No inicio da pesca diversas embarcações realizam essa pescaria, utilizando de 40 a 60 manzutis, os quais permanecem constantemente no mar. Dessa forma, se o banco de lagosta fica próximo da costa, as despescas são diárias e a embarcação prática .1) "ir e vir", se o banco for distante, a embarcação passa quatro ou cinco dias pescando. Essa atividade é desenvolvida principalmente no alto, realizada tanto por paquetes como também por jangadas.

A tripulação é composta de no máximo quatro (04) tripulantes, sendo um deles o timoneiro.

A arte de pesca usada são armadilhas de fundo, chamadas de cavos ou manzuits, que são confeccionados na própria comunidade, sendo custeados por intermediários.

As embarcações se deslocam para a zona de pesca previamente conhecida, levando-se em conta a medição em braças (profundidade em torno de 15 m) ou marcações, alinhamento em terra, profundidade e tipo de fundo. Identificado o pesqueiro, a embarcação fica it deriva, e os tripulantes se

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11 encarregam de preparar as fileiras de manzuis (01 fila é composta por 10 manzuis), através da colocação dos cabos, garateias, bóias e iscagem dos manzuás e posteriormente, o lançamento do aparelho é realizado.

O período de atuação da arte de pesca oscila em tomo de 12 a 24 horas.

Todo o processo de recolhimento, feito manualmente, é iniciado com a localização da fileira através da bóia-bandeira; consequentemente efetua-se o recolhimento da puxadeira até chegar a garateia e, posteriormente, faz-se a despesca dos manzuEis.

Pesca com linha de profundidade

São instrumentos de pesca destinados a captura de espécies habitantes dos bentos marinhos ou próximos a eles, tendo grande aplicabilidade nos bancos pesqueiros. Essas zonas de pesca silo exclusivas da. Plataforma Continental entre profundidades de 10 a 30 braças (15 a 45 metros).

A operação de lançamento é efetuada no momenta de chegada ao local de captura, com participação de toda tripulação. A tripulação é composta de quatro (04) pescadores, sendo 01 mestre e 03 pescadores. Esta operação é realizada com a mudança de pano da jangada, ficando a embarcação it deriva durante a pescaria Em um primeiro momento, anzóis de diversas numerações são lançados até se ter uma ideia das espécies mais capturadas e seus tamanhos e, em seguida, concentra-se os anzóis em uma faixa mais restrita para tomar a captura mais eficiente.

Geralmente, são levados em tomo de 40 anzóis por embarcação.

Quando um peixe é capturado, faz-se o recolhimento da linha de Irofundidade, retirada do peixe do anzol, marcação do peixe capturado .:JURA 10) pelo pescador e acondicionamento do pescado na caixa isotérmica A marcação é feita ern pontos tradicionais no corpo do peixe da seguinte forma

a. Mestre: não produz nenhuma marca na sua captura; b. Proeiro: nadadeira caudal, aleta superior,

c. Ribic,o: nadadeira candal, aleta inferior; d. Bico de Proa nadadeira dorsal.

Geralmente, neste tipo de pesca são capturadas algumas espécies tais como: sardinha, olhão, voador, espada, etc, usadas como isca para captura de outras variedades de peixes com maior valor comercial.

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3.4- OUTRAS CONSIDERAÇÕES

Foi realmente constatado que na praia da Caponga existe apenas a pesca artesanal, sendo que nos meses de defeso da lagosta, todas as embarcações são destinadas a captura de peixes, entretanto devido ao valor comercial da lagosta diversas embarcações passam a fazer sua exploração durante a época permitida

Do total de 37 entrevistados, 09 (nove) embarcações efetivavam a pesca da lagosta e o restante haviam realizado captura de peixes, sendo que no primeiro mês de coleta (abril) ainda estava proibido a pesca da lagosta. Contudo não podemos fazer referencias ao real percentual de embarcações realizando a pesca desse crustáceo, visto que não se foi utilizado uma metodologia eficiente e, também pelo fato da embarcação estar pescando lagosta em um dado momento e em outro não.

Geralmente os pescadores, fazem a localização do pesqueiro através do conhecimento próprio adquirido em vários anos de trabalho no mar, tendo como base a distância da costa, cor da água ou medição de braças, marcações em terra sob a forma de alinhamento ou por marcações com bóias no local.

Como resultados das entrevistas, os locais de maior produtividade estão relacionados com as áreas de maior profundidade. Segundo o CEPA (Comissão Estadual de Planejamento Agricola, 1978), os pesqueiros sio conhecidos por diversos nomes, sendo classificados de acordo com a distância da costa e profundidade do banco:

a Costa: quando se estende do litoral ate 6 milhas de distância com profundidade até 16 metros;

b. Restinga: de 6 a 15 milhas do litoral com profundidade de 16 a 26 metros; c. Risca: de 15 a 25 milhas do litoral com profundidade de 25 a 36 metros; d. Alto: a partir de 25 milhas com profundidade a partir de 36 metros.

Apesar de termos encontrado, apenas a linha de mão", covos ("viveiros"), e redes de emalhar como apetrechos de pesca, os pescadores em geral conhecem também o compressor e espinhel para peixes. Dos 37 entrevistados, apenas 27 °A participaram da pesca industrial.

Quanto ao tempo de pescaria, 56,7 % dos entrevistados realizavam a pesca de "ir e vir", enquanto o restante 43,3% realizavam a pesca de "dormida".

A produção de cada viagem é dividida com o dono da embarcação usando o sistema de "meação" ou seja, metade da produção se destina ao proprietário e a outra metade para os pescadores.

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Pelo fato desta atividade ser exclusivamente artesanal, a miliaria dos pescadores não tem nenhum conhecimento sobre equipamentos eletrônicos usados na pesca industrial.

Todas as embarcações comportavam de 02 a 04 tripulantes, variando com o tamanho destas e com o tipo de pescaria, dentre outros fatores.

Apenas 21,62% dos entrevistados exerciam outras atividades fora a pesca

Quando o apetrecho de pesca era linha de Mk, o própria pescador confeccionava sua arte, entretanto no caso dos covas, um atraveqsaular ou uma empresa de pesca os forneciam, com a condição da produção ser vendida apenas para estes. As reties de emalhar eram obtidas por rendeiros da própria comunidade.

Quando observamos a produção ao longo dos anos, 78,4 % dos entrevistados afirmaram que a pesca vem decrescendo, enquanto que 21,6 % disseram que a produção permaneceu estável com o passar dos anos, dependendo da época do ano (safra ou entresafra). Ao nos referirmos a produção de lagosta, 100% dos indagados sobre o assunto afirmaram que esta atividade se encontra em declínio.

Apenas 13,51% dos pescadores receberam empréstimos, sendo estes feitos através do BEC (03), Banco do Brasil (01) e D3AMA (01).

Para comprovarmos a ma organização desta comunidade basta citarmos que apenas 16,22% dos pescadores entrevistados usam os serviços da colônia e a grande maioria além de não usufruir desta, criticam-na.

0 abastecimento de gelo é realizado por uma fabrica de gelo localizada na comunidade de Barra Nova, Distrito de Cascavel-Ce, apesar da existência, na comunidade da Caponga, de um entreposto pesqueiro da CEDA?, o qual poderia atender a demanda de gelo dos pescadores e comerciantes. Pelo fato do entieposto pesqueiro funcionar precariamente, os pescadores são obrigados a adquirir gelo somente da fabrica de Barra Novas

0 pescado é comercializado na areia da praia para qualquer pessoa interessada ou para o atravessador que compra a maior parte da produção, sendo o pescador obrigado a comercializar, de imediato, o pescado devido as dificuldades de armazenamento (FIGURA 11) . 0 entreposto pesqueiro da CEDAP poderia funcionar também adquirindo ou armazenando o pescado que não fosse rapidamente comercialimio ou que não tivesse um preço razoável naquele momento.

Quando o pescado é adquirido por um marchante, este é comercializgdo em um pequeno mercado de peixes localizado próximo praia (FIGURA 12).

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14 As principais dificuldades encontradas pelos pescadores foram as condições imprevisíveis do tempo, os intermediários e a falta de ajuda e organização da colônia.

Setenta e três (73 %) dos pescadores aplicam parte da renda no setor pesqueiro e o restante responderam que não aplicam.

Concordando com os comentários da introdução, a diversidade de espécies é muito grande, ficando dificil a avaliação das mais capturadas, entretanto constatou-se um grande número de biquaras, guaiubas, ciobas, arraias, dentfies, ariacós, serras, dentre outros (FIGURA 13), não esquecendo também a lagosta Estes dados variam com diversos fatores e concordam com os resultados contidos no ANEXO II.

Os maiores valores comerciais são atribuidos a lagosta, cavala, o pargo e ao sirigado.

O presente trabalho fez uma análise ampla sobre as principais características da comunidade pesqueira da praia da Caponga, observando diversos aspectos além do proposto e a partir dos dados obtidos levantamos os seguintes posicionamentos:

Ao se pensar em fazer um trabalho de extensão pesqueira, deve-se tentar organizar melhor esta comunidade, para que haja melhor coesão entre seus membros.

A partir deste ponto pode-se sugerir novos e/ou adaptações dos métodos de captura, como a utilização de pequenos espinheis para peixes, testando-os em conjunto com os pescadores.

Na pesca da lagosta deve haver uma restruturação, pois o que observamos foi que os intermediários fornecem os "viveiros" obrigando os pescadores a vender toda produção por preços que não condizem com o mercado. Hi uma maneira simples de solucionar esse problems, assim como o preço do peixe que também são regrados por atravessadores. No primeiro caso, seria necessário um investimento inicial, através de empréstimos, para que os pescadores passassem a confeccionar seus covos, desvinculando-se das empresas de lagosta, passando assim a trabalhar com seus próprios equipamentos e em seguida procurar um mercado que eliminasse a figura do atravessador. Para o segundo problema, a solução é semelhante, necessitando que a colônia organizasse uma cooperativa de comercialização de pescado, facilitando assim os processos de comercialização

A implantação de um programa de desenvolvimento tecnológico da pesca, para estimular a melhoria tanto da mão-de-obra como da embarcação (alteração na estrutura para tomi-la mais eficiente, aumento do volume da caixa isotérmica).

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15 Por questões culturais, implantar algumas inovações em relação a apetrechos de pesca e a embarcações toma-se dificil, entretanto com trabalhos sequenciados de conscientiznção e com argumentos concretos sobre estes 6 perfeitamente possível incrementar diferentes formas de acréscimo a produção.

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4. CONCLUSÕES

A praia da Caponga, município de Cascavel-Ce, possui uma comunidade que realiza a pesca de forma exclusivamente artesanal, com suas embarcações movidas pela força eólica.

As embarcações amostradas foram predominantemente jangadas e paquetes, embora dados do Estatpesca 1994 façam referencias a presença de botes 6, remo na comunidade.

As artes de pesca encontradas na comunidade silo basicamente as redes de emalhar, linhas de profundidade e os manzwis para lagostas.

As operações de pesca Sao todas realizadas na plataforma continental. A autonomia de mar das embarcações é pequena, sendo de no máximo 4 ou 5 dias.

0 pescado capturado é acondicionado em gelo ou "in natura" para as pescarias de "ir e vir".

A comercialização do pescado normalmente é feita, na praia, sem as rninimas condições higiênicas por parte dos pescadores.

O sistema de comercialização e armazenamento do pescado é deficiente, necessitando de medidas que favoreçam os pescadores.

No período de pesca da lagosta, diversas jangadas e paquetes destinam-se a essas pescarias, retomando para a pesca do peixe, no momento em que as capturas de lagostas decrescem.

A captura de determinadas espécies é sazonal, sendo mais abundantes em uma época do ano e escassas em um outro período.

(21)

5. RESUMO

A pesca artesanal nordestina apresenta-se integralmente deficiente, necessitando de investimentos sérios que possibilitem um crescimento desse setor. O presente trabalho teve por objetivo caracterizar a pesca artesanal marítima realizada na praia da Caponga, município de Cascavel-Ce, descrevendo as embarcações, métodos e artes de pesca e espécies capturadas, funcionando como um diagnóstico e através deste possibilitando a utilização de medidas que fortaleçam a comunidade, principalmente no que se refere ao setor de tecnologia de captura. Foram feitas visitas periódicas, entre os meses de abril a novembro de 1994, A. comunidade pesqueira da praia da Caponga, onde mensalmente foi escolhido um determinado número de embarcações. Sendo então, caracterizada a fiTAa artesanal da região, tripulantes, Area de atuação (através de dados de profundidade), principais espécies capturadas e métodos e artes de pesca titiii7sidos durante o tempo estudado. Observou-se que a frota 6, atualmente, constituída de 57 paquetes, 23 jangadas e um bote a remo. Essas embarcações possuem pequena autonomia de mar, ficando no máximo 5 dias pescando, e pouca capacidade de armazenamento do pescado. As artes de pesca utilizadas são as linhas de mão, redes de emalhar e manzuits e suas utilizações dependem da abundância das espécies-alvo nas diversas épocas do ano.

(22)

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARAGÃO, L. P. (1987). Pesca - Principais Artes de Pesca. Extraído do Livro Manual de Pesca. Ogawa, M. & Koike, J. (Eds). Associação dos Engenheiros de Pesca, Fortaleza, Ceará, 799 pp, 1987.

CABRAL, J. A. Pesca Artesanal no Nordeste Brasileiro: Características e Instrumental. Artigos: Higiene Alimentar, vol. 7, n.° 28, pp. 20-23, novembro de 1993.

CEPA - 1° Plano Estadual de Desenvolvimento da Pesca do Ceará, 1979 - 1983. Governo do Estado do Ceará, Comissão Estadual de Planejamento Agricola, 125 pp. Fortaleza, 1978.

71NANDR2, A. H. y PLAYA, J. Desenrolo de la Pesca Artesanal en la

Region de Santa Marta - Col - CIÊNCIAS/CIID, 17p - Madri, 1984. IBAMA - Centro de Pesquisas e Extensão Pesqueira do Nordeste. Relatório

da Reunião do Grupo Permanente de Estudos da Lagosta - GPE. Rio Formoso - PE; 62 pp., 1991.

IBAMA, Relatório da Estatística da Pesca no Estado do Ceará no Ano de 1994.

IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Relatório de Dados Geogrificos e Estatísticos do Estado do Ceará, 1992.

ISAAC, V. & SILVA, S. M. M. C. Relatório final da consultoria junto ao Projeto ESTATPESCA no IBAMA - CE. Forderung der Fischerei im Nordosten und Norden Brasiliens PN 85.2533.9.1990.

LE1 I E, A.M., GEL, D.B. METELO, M.B. & PERRAZ, D.S. Definição e classificação dos navios de pesca. FAO Fish Tech. Pap. N.° 267, 71 pp., 1988.

(23)

19 OLIVEIRA, J. E. L., VASCONCELOS, J. A. & REY, H. A Problemática da

Pesca de Lagosta no Nordeste do Brasil. Boletim Técnico Cientifico CEPENE, Rio Formoso - PE 1 (1) : pp. 187- 210, 1993.

PAIVA, M. P. Fundamentos da Administração Pesqueira - Brasilia, DF, 157pp, 1986.

PERICCHI LOPEZ, A. - Fisheries Reports, FAO, n.° 57 V. 4, 12p. Roma, 1965.

(24)

FORMULÁRIO (ANEXO I) 1. Tipo de pescaria:

2. Como localiza o pesqueiro:

3. Como se orienta sem avistar a terra:

4. Como encontra o peixe ( correntes, sinais de peixe, pássaros, aparelhos)

5. Dados sobre a biologia dos peixes: 6. As pescarias mais produtivas:

COSTA ( ) RESTINGA ( ) RISCA ( ) ALTO ( ) 7. Você acha que a pesca esta diminuindo ? Por que?

8. Qual o conhecimento mais amplo sobre os aparelhos de pesca, sua atuação em relação as espécies que capturam e sobre o meio ambiente?

9. Você acharia compensador aumentar o porte da sua embarcação? Isto aumentaria a produção?

10. JA respondeu alguma vez este tipo de questionário? 11. Tipo de embarcação:

12. Tipo de aparelho de pesca:

Manzuit para lagosta ( ) para peixe ( ) Linha de milo ( )

Dados sobre o anzol: N.° de anzóis:

N.° dos anzóis com relação a espécie:

(25)

Horário deste tipo de pesca: Caçoeira ( )

Dimensões: Profundidade:

Espécies que capturam: Horitrio desta pesca:

Diferença desta para caçoeira de lagosta? Outros aparelhos usados:

13. Espécies mais capturadas de um modo geral? E no momento do desembarque?

14. Espécies de maior valor comercial: 15. Tipo de pescaria: Diária ( )

Dormida ( ) 16. Tempo que gasta na pescaria:

Mínimo: Saida: Máximo: Chegada: 17. Como é feita a divisão dos peixes

Meação ( ) 0 dono fica com 2/3 ( ) 0 mestre ganha mais ( ) Quanto? 18. A quern vende o pescado?

Pessoa conhecida ( ) Pessoa qualquer ( ) Comerciante de fora ( ) Restaurante

Outro pescador ( )

19. Número de pescadores por embarcação:

20. Tem outra atividade fora a pesca: Sim ( ) Não ( ) Qual? 21. Como adquire os aparelhos de pesca?

Voce confecciona sua própria arte de pesca?

(26)

22. Tem algum tipo de financiamento? BEC ( ) CAIXA ECONÔMICA ( ) BANCO DO BRASIL ( ) OUTROS ( ) 23. Usa serviços da colônia?

24. Armazena o pescado? Por quanta tempo?

25. Quais as dificuldades que

voce

encontra nesta atividade? 26. Aplica parte do lucro no setor pesqueiro?

(27)

ANEXO II

Dados recentes sobre a pesca na Capanga adquiridos junto ao Projeto ESTATPESCA desenvolvido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (MAMA).

IBAMA - SUPES/CE ESTATPESCA DATA: 06. 07. 94 EMBARCAÇÕES

MUNICÍPIO - CASCAVEL

TABELA II- Resumo por localidades do município de Cascavel-Ce e tipo de embarcação.

LOCALIDADE BOC BRE PQT JAN LAN BOM TOTAL BARRA NOVA 01 - 02 - 44 05 52 - 01 11 - - - 12 BARRA VELHA ÁGUAS BELAS - 08 08 01 - - 17 CAPONGA - 03 64 37 - - 104 BALBINO - 05 08 07 - - 20 - -TAL 01 17 93 45 44 05 205 30C: bote de casco; BRE: bote a remo; PQT: paquete: JAN: jangada; LAN: lancha motorizada; BOM: bote motorizado

(28)

24

TABELA III- Principais espécies capturadas com linha de mão por jangadas e seus desembarques estimados na praia da Capanga, no ano de 1991. ESPÉCIES Desembarque Estimado (TON) ESPÉCIES Desembarque Estimado (TON) ARIACÓ 1.86 GAROUPA 0.43 ARRAIA 14.98 GUAIUBA 6.04 ARABAIANA 0.24 GUARAXIMBO 0.87 BAGRES 0.03 LAGOSTA 0.20 BELTUPIRÁ 1.76 PARGO 16.08 BIQUARA 15.49 SARDINHA 0.22 BONITO 0.27 SERRA 0.68 CAÇÕES 0.47 SIRIGADO 6.91 CANGULO 2.08 XAREU 0.20 CAVALA 7.74 CAICO 0.38 CIOBA 2.43 OUTROS -- 28.48 DENTA0 4.24 TOTAL 112.12

(29)

25

TABELA IV- Principais espécies capturadas com linha de mil° por paquetes e seus desembarques estimados na praia da Capanga, no ano de 1991. ESPÉCIES Desembarque estimado (TON) ESPÉCIE Desembarque estimado (TON) ARIACO 3.11 GUAIUBA 0.22 ARRAIA 14.10 GUARAXIMBO 0.10 3AGRES 0.12 LAGOSTA 0.02 BEIJUPIRÁ 0.75 PARGO 1.07 BIQUARA 6.17 PESCADAS 0.01 BONITO 0.31 SARDINHA 4.84 CAÇÕES 0.31 SERRA 7.21 CAMURUPIM 0.21 CAMARÃO 0.01 CANGULO 0.05 SlRIGADO 1.36 CAVALA 5.79 VERMELHOS 0.18 CIOBA 1.34 XARÉU 0.18 DENTA0 0.77 CAlCO 1.03 -17R0 0.09 OUTROS 11.59 —0 0.02 TOTAL 63.80

(30)

26

TABELA V- Principais espécies capturadas com rede de emalhar por paquetes e seus desembarques estimados na praia da Capanga, no ano de 1991. ESPÉCIES Desembarque estimado (TON) ESPÉCIES Desembarque estimado (TON) ARIACto 0.20 GUARAXIMBO 0.10 ARRAIA 2.34 LAGOSTA 0.10 BAGRES 1.57 PESCADAS 0.70 BELTUPIRA 0.12 SARDINHA 0.49 BIQUARA 0.01 SERRA 17.13 BONITO 0.97 XARÉU 0.02 AÇÕES 0.63 CAICO 3.18 AMURUPIM 1.61 OUTROS 5.29 CAVALA 0.48 TOTAL 34,92

(31)

27

TABELA VI- Principais espécies capturadas com manzuits por jangadas e seus desembarques estimados na praia da Caponga, no ano de 1991. ESPÉCIES Desembarque estimado (TON) ESPÉCIES Desembarque estimado (TON) ARIACÓ GUARAXEMBO ARRAIA LAGOSTA 10,50 BAGRES PESCADAS BEIJUPIRÁ SARDINHA BIQUARA SERRA BONITO XAREU CAÇOES CAICO CAMURUPIM OUTROS CAVALA 0,02 TOTAL 10,52

(32)

IO 93 , 5 D: • / 12 2 A LC Jacarecoara o Mo. Cascavel (633)18 ESTADI DO CEARA

10'

' Sucatinga 0 _ 11,6

5'

38° 12 e lUa

FIGURA Coordenadas geográficas da praia da Capona.. município de Cascavel-Ce.

(33)

29

(34)

FIGURA 3- Chegada de uma jangada na praia da Caponga, municipio de Cascavel-Ce, utilizada na aplicação dos questionários.

(35)

FIGURA 4- Chegada de um paquete na praia da Capanga, municipio de Cascavel-Ce, utilizado na aplicação dos questionários.

(36)

32

FIGUP Vitinrz -cial de um. iairad trps!-rando seus elementos característicos.

FIGURA 6- Principals acessórios utilizados por embarcações da praia da Caponaa.. município de Cascavel-Ce.

(37)

E = 75% 30 pl 30,00 PAO 2 (NYLON 200] e 500 PA R 465 TEX 14 00 mm I I 11 • • • 30 pb 100g

FIGURA 7- Rede de emalhar de fundo.

E = 75 % 30 pi 30,00 PA ,if 2 !NYLON 2001 e 200 PA R MO TEX 12 200mm IS 30 ph 509

FIGURA 8- Rede de emalhar de superfície

(38)

1_TRA 9- Estrutura de madeira utilizada para colocação das linhas de profundidade.

(39)

FIGURA

lo-

Sistema de separação, por pescadores, dos peixes capturados.

(40)

FIGURA 11- Inicio da comercialização do pescado na praia da Caponga, município de Cascavel-Ce.

(41)

FIGURA 12- Mercado de peixes da praia da Caponga, município de Cascavel-Ce.

'NW

FIGURA 13- Diversidade de espécies capturada por embarcações da praia da Capanga, município de Cascavel-Ce.

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