• Nenhum resultado encontrado

CONIC-SEMESP

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "CONIC-SEMESP"

Copied!
11
0
0

Texto

(1)

TÍTULO: LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO NO PERÍODO GESTACIONAL TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: BIOMEDICINA SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): ANDRESSA GONÇALO RODRIGUES PIMENTEL, TATIANE CRISTINA LINO DA SILVA AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): JORGE AUGUSTO BORIN SCUTTI ORIENTADOR(ES):

(2)

1

1. RESUMO

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) caracteriza-se como uma doença autoimune crônica sistêmica, com etiologia não esclarecida, com maior tendência de desenvolvimento entre mulheres com idade entre 20 e 40 anos. Seu desenvolvimento está diretamente relacionado com susceptibilidade genética ou deficiência nos componentes do sistema complemento, em conjunto com fatores ambientais como exposição à luz ultravioleta, medicamentos ou agentes infecciosos. Para realização do diagnóstico do LES, é necessária a identificação de pelo menos 4 critérios dos 11 relacionados pelo Colégio Americano de Reumatologia (American College of Rheumatology - ACR), que são: eritema malar, lesão discóide, fotossensibilidade, úlceras orais/nasais, artrite, serosite, comprometimento renal, alterações neurológicas, alterações hematológicas, alterações imunológicas e anticorpos antinucleares. Os objetivos do tratamento são: restabelecimento da homeostase imunológica, controle de sintomas e preservação de órgãos evitando-se efeitos adversos da terapêutica medicamentosa prolongada. Em relação a associação entre o LES e a gravidez, é possível falar que óbito materno durante a gestação é elevado, entretanto, estudos realizados têm mostrado que a gestação em mulheres com LES é possível e com bons resultados, desde que tenha manejo adequado. É totalmente desaconselhável que a mulher engravide enquanto a doença estiver em atividade, sendo recomendado que a mesma aguarde um período de pelo menos 6 meses no qual o lúpus está sob controle e inativo. A gestação em uma portadora de LES é considerada de alto risco e por esse motivo a mesma deve ser acompanhada pelo reumatologista e obstetra para que problemas possam ser prevenidos e intervenções rápidas sejam realizadas quando necessário.

2. INTRODUÇÃO

O sistema imunológico desempenha um importante papel na manutenção das estruturas e no equilíbrio dos sistemas biológicos. Isso ocorre através do sistema imune inato, constituído pelas células dendríticas, macrófagos, células NK, e proteínas do sistema complemento e através do sistema imune adaptativo, constituído pelos linfócitos T e B, assim como pelos anticorpos, que são

(3)

2

potencializados uns pelos outros e programados a agir em conjunto para reconhecimento, apresentação e destruição de antígenos exógenos (tais como bactérias, vírus e fungos) e endógenos (tais como células auto reativas).

Uma vez que células do próprio hospedeiro adquirem capacidade de reconhecer células próprias saudáveis como estranhas, um sistema de seleção negativa ou auto-tolerância é instalada, e consequentemente ocorre a eliminação dessas células. A auto-tolerância pode ocorrer através da deleção clonal, anergia clonal ou rede idiotípica.

A deleção clonal ocorre pela destruição das células linfóides auto-reativas durante o desenvolvimento do sistema imune. A anergia clonal, descreve que as células B ou T auto-reativas, tornam-se inativadas e incapazes de amplificar uma resposta imune e a teoria da rede idiotípica diz que existe uma rede de anticorpos capazes de neutralizar os anticorpos auto-reativos que existem naturalmente (RAMSDELL; FOWLKES, 1990).

A auto-imunidade é decorrente de uma falha na tolerância imunológica, que tem como consequências a produção e o direcionamento de produtos e células-efetoras (auto-anticorpos ou células auto-reativas) contra estruturas próprias, levando o indivíduo a desenvolver uma doença autoimune (DAVIDSON; DIAMOND, 2006).

As doenças autoimunes podem ser classificadas em sistêmica (acometimento de múltiplos tecidos, tais como Lúpus Eritematoso Sistêmico) ou órgão-específico (tais como tireóide, células B e pâncreas, como, por exemplo, diabetes mellitus), porém em alguns casos a doença se inicia em um tecido específico, mas pode se alastrar para outros conforme a progressão da doença (DAVIDSON; DIAMOND, 2006).

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) caracteriza-se como uma doença autoimune crônica sistêmica, com etiologia não esclarecida, porém estudos mostram que mulheres têm dez vezes mais tendência em desenvolver a doença que normalmente corre entre os 20 e 40 anos de idade. Seu desenvolvimento está diretamente relacionado com a susceptibilidade genética, como HLA (DR e DQ) ou deficiência nos componentes do complemento (C1q, C2 e C4), em conjunto com fatores ambientais, como exposição a luz ultravioleta, medicamentos ou agentes infecciosos (WENTWORTH; DAVIES, 2009).

(4)

3

ACR) (Tabela 1) atualmente é o instrumento mais aceito para "diagnosticar" LES, no entanto, estes critérios não representam todo o espectro da doença. Estes parâmetros foram criados para identificar pacientes com LES para estudos clínicos e assim, pacientes que preenchem quatro dos onze critérios são classificados com LES com aproximadamente 95% de certeza, apesar de muitas pessoas que reúnem apenas dois ou três critérios são "diagnosticados" com LES (HOCHBERG et al., 1997).

As diversas manifestações clínicas do LES representam um desafio para o diagnóstico e tratamento, pois vários mecanismos conduzem a uma perda da auto-tolerância e disfunção de órgãos (CRUZ, 2005).

Em relação ao tratamento, Sato et al (1996), afirma que o mesmo quando medicamentoso deve ser individualizado para cada paciente e dependendo dos órgãos ou sistemas acometidos e da gravidade desses acometimentos, o tratamento deverá ser orientado para o mais grave no caso de pacientes com comprometimento de múltiplos sistemas.

O tratamento do LES deve abordar orientações gerais que incluem educação dos pacientes sobre a doença e sua evolução. É importante esclarecer que o tratamento adequado, na maioria dos pacientes, permite uma vida longa, produtiva e com boa qualidade de vida. Um seguimento médico periódico, com boa aderência ao tratamento, é muito importante para a evolução da doença e seu prognóstico (SATO et al., 1996).

(5)

4

Tabela 1: Critérios de Classificação de LES segundo ACR (American College of Rheumatology)

Fonte: BORBA et al., 2008. Consenso de Lúpus Eritematoso Sistêmico. Revista Brasileira de Reumatologia v.48, n.4, pág. 196-207.

(6)

5

Segundo Sato et al (1996), controlar a atividade inflamatória e prevenir a evolução para a insuficiência renal crônica são objetivos do tratamento da nefropatia do LES.

Os objetivos do tratamento são: restabelecimento da homeostase imunológica, controle de sintomas e preservação de órgãos evitando-se efeitos adversos da terapêutica medicamentosa prolongada. O vasto arsenal terapêutico inclui analgésicos, anti-inflamatórios não hormonais, corticosteroides, imunomoduladores e agentes biológicos. Com os progressos no tratamento tem ocorrido redução das lesões teciduais e aumento substancialmente da sobrevida, mas as complicações infecciosas ainda são preocupantes e, em pacientes com maior faixa etária, elevam-se as doenças cardiovasculares (SATO et al., 1996). O tratamento se inicia com medidas gerais respaldadas pela evidência científica. A informação deve ocorrer em primeira instância dentro do consultório, direcionada ao paciente e aos familiares. Muitos ainda carregam o mito de que todo diagnóstico de LES é sombrio e inevitavelmente ligado e desfechos ruins. A vasta maioria dos pacientes terá boa evolução e qualidade de vida, tendo adesão ao seguimento e participação ativa dentro de seu tratamento. Deve saber o que é a doença, quais são seus riscos e quais são os recursos disponíveis para diagnóstico e tratamento, particularmente os que dependem diretamente de sua atitude e estilo de vida, como, por exemplo, evitar o tabagismo (ASSIS; BAAKLINI, 2009).

3- OBJETIVO

Demonstrar que as mulheres lúpicas, apesar de terem uma expectativa de vida menor em relação ás mulheres plenamente sadias e também por terem uma maior probabilidade de gestação de alto risco, ainda sim, podem dar a luz a um bebê normal.

4- METODOLOGIA

(7)

6

científicas, livros conceituados na área de Imunologia e Patologia, entre outros meios de pesquisa, possibilitando a obtenção de critérios qualitativos que incluem referências bibliográficas publicadas a partir de 2000. Excepcionalmente, alguns artigos publicados anteriormente foram incluídos, devido ao seu forte potencial de impacto na comunidade científica.

5- DESENVOLVIMENTO

A associação entre lúpus e gravidez é problemática e os resultados maternos e perinatais são piores que na população geral. Sabe-se que o LES acomete preferencialmente mulheres em idade reprodutiva (SURITA, 2007).

O óbito materno durante a gestação é elevado, entretanto, estudos realizados têm mostrado que a gestação em mulheres com LES é possível e com bons resultados, desde que tenha manejo adequado. Ser portadora do lúpus, mesmo fora da gestação, já é uma condição aparentemente grave. Segundo Renata Rosa, médica reumatologista do Fleury, o lúpus deve estar sob controle e inativo 6 meses antes da mulher engravidar. Ficar grávida quando a doença está ativa pode ocasionar aborto, morte materna e outros problemas graves. Caso a doença seja ativada durante a gestação, é necessário optar por medicamentos cujo risco para o feto seja menor, tais como: corticosteróides e a hidroxicloroquina (ARAÚJO; YÉPEZ, 2007).

O índice de fertilidade e esterilidade em mulheres com LES é semelhante ao observado em grupos sem a doença (SURITA, 2007).

Atualmente, 50% de todas as gestações em mulheres lúpicas são completamente normais, enquanto 25% podem ter bebês prematuros, embora isso possa ser um perigo ao bebê, a maioria dos problemas podem ser tratados em hospitais especializados em partos prematuros e em 15 a 25% dos casos a perda do feto é devido a abortos espontâneos ou a morte do bebê (ADAMS et al., 1994).

Existem situações que podem dificultar a gravidez, como por exemplo: períodos prolongados de atividade da doença podem levar a irregularidade menstrual ou mesmo amenorréia (suspensão do ciclo menstrual por mais de três meses); pacientes tomando ciclofosfamida podem desenvolver falência ovariana prematura (TREVISANI et al., 2011).

(8)

7

Aproximadamente 30% das pacientes com Lúpus terão plaquetopenia durante a gravidez, enquanto 20% poderão apresentar proteinúria. A nefrite lúpica quando presente antes da concepção também aumenta as chances de se ter uma exacerbação durante a gravidez (SURITA, 2007).

É importante distinguir os sintomas de atividade do Lúpus das mudanças normais do corpo que ocorrem durante a gravidez. Por exemplo: durante a gravidez os ligamentos e estruturas ao redor das articulações podem acumular líquidos (chamado embebição gravídica), e causar inchaços; estes não representam inflamação. Outro exemplo: muitas mulheres podem apresentar maior nascimento de cabelo na gravidez, seguido de uma grande queda após o parto. Embora a queda de cabelos seja um sintoma da atividade do Lúpus, é mais um resultado das mudanças que ocorrem durante uma gravidez normal (TREVISANI et al., 2011).

Gravidez em uma portadora de lúpus é considerada de alto risco, embora a maioria das gestações em pacientes lúpicas evolua de forma normal, todas devem ser consideradas de “alto risco”; uma vez que a gravidez pode influenciar a evolução clínica da doença. Portanto, a gestante lúpica deve ser acompanhada de perto tanto pelo reumatologista como pelo obstetra, para que problemas possam ser prevenidos e intervenções rápidas sejam realizadas quando necessário (TREVISANI et al., 2011).

Pacientes com LES podem apresentar autoanticorpos, conhecidos como anti-Ro/SSA ou anti-La/SSb e raramente anti-U1 RNP, com capacidade de atravessar a placenta e potencialmente provocar algumas alterações no bebê conhecidas como Lúpus Neo-Natal (TREVISANI et al., 2011).

O Lúpus Neo-Natal é uma síndrome rara, que ocorre em aproximadamente 3% das mulheres lúpicas com anti-Ro/SSA. Ele se manifesta com lesões cutâneas (RASH) passageiras, alterações na contagem de células sanguíneas e hepáticas também passageiras, e um tipo especial de anormalidade no batimento cardíaco (bloqueio cardíaco). Se a anormalidade nos batimentos cardíacos ocorrer, o que é raro, ela é permanente; mas tem tratamento. As manifestações não cardíacas são transitórias tendendo a desaparecer em aproximadamente 6 meses, quando desaparecem os anticorpos maternos da circulação do bebê. Mesmo bebês com a anormalidade nos batimentos cardíacos crescem normalmente (SURITA et al., 2007).

(9)

8

Se uma mãe teve um filho com Lúpus Neo-Natal, há cerca de 30% de chances de ter outra criança com o mesmo problema (SURITA et al., 2007).

A mãe lúpica pode tentar o parto normal, desde que ela e o bebê estejam bem e controlados clinicamente; no entanto, não deve ser uma preocupação excessiva, pois diante de qualquer problema a cesariana pode garantir a saúde da mãe e do filho (SURITA et al., 2007).

6- RESULTADOS

Após revisões bibliográficas, foi possível concluir que se a paciente lúpica engravidar no período em que a doença encontra-se sob controle, inativa e tiver o devido acompanhamento de seus médicos, a mesma pode ter uma gravidez tranquila, com grande possibilidade de um parto saudável.

7- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sabe-se que o LES acomete preferencialmente mulheres em idade reprodutiva, e óbito materno durante a gestação é elevado, entretanto, desde que a mesma tenha um acompanhamento rigoroso e tratamento com corticosteroides e a hidroxicloroquina, esse quadro pode mudar.

Uma vez que a gravidez pode influenciar a evolução clínica da doença, gravidez em uma portadora de lúpus é considerada de alto risco, embora a maioria das gestações evolua de forma normal. Portanto, a gestante lúpica deve ser acompanhada de perto tanto pelo reumatologista como pelo obstetra, para que problemas possam ser prevenidos e intervenções rápidas sejam realizadas quando necessário. Apesar de todos os problemas que podem ser acometidos juntamente com o LES, é importante ressaltar que com o tratamento adequado, na maioria dos pacientes, permite uma vida longa, produtiva e com boa qualidade.

(10)

9

8- FONTES CONSULTADAS

ADAMS, S.G et al. Stress, depression and anxiety predict average symptom severity and daily symptom fluctuation in systemic lupus erythematosus. J Behav Med, p.459-77, 1994.

ARAÚJO, A.D.; YÉPEZ, M.A.T. Expressões e sentidos do lúpus eritematoso sistêmico. Estudos de Psicologia, v.12, n.2, p.119-27, 2007.

ASSIS, M.R.; BAAKLINI, C.E. Lúpus eritematoso sistêmico. Disponível em <http://www.moreirajr.com.br>. Acesso em: 02/04/2014.

BORBA et al. Consenso de Lúpus Eritematoso Sistêmico. Revista Brasileira de Reumatologia, v.48, n.4, pág. 196-207, 2008.

CRUZ, A.C. Atualização em lúpus eritematoso sistêmico, síndrome antifosfolípede e gravidez. Rev. Bras Reumatol, v.45, n.3, p.169-73, mai./jun.2005.

DAVIDSON, A.B; DIAMOND, F.R. Autoimmune diseases. New England Journal of Medicine, n.345, p.340-50, 2001.

HOCHBERG et al. Critério de classificação do lúpus eritematoso sistêmico. American College of Rheumatologic, 1997.

ROSA, R.F. Lúpus durante a gravidez: dicas para proteger você e seu bebê. Disponível em <http://www.fleury.com.br>. Acesso em: 02/04/2014.

RAMSDELL, F.; FOWLKES, B.J. Clonal deletion versus clonal anergy: the role of the thymus in inducing self tolerance. Science Magazine, v.248, n.4961, p.1342-48, jun.1990.

SATO, E.I et al. Consenso brasileiro para o tratamento do lúpus eritematoso sistêmico (LES). Rev Bras Reumatol, v.42, n.6, p.362-70, nov./dez.2002.

SATO, E.I et al. Lúpus eritematoso sistêmico: acometimento cutâneo/articular. Rev. Assoc Med Bras, p.375-88, 2006.

(11)

10

resultados maternos e perinatais e achados placentários. São Paulo Medical Journal, v.125, n.2, p.91-95, 2007.

SURITA, F.G.C et al. Lúpus e gravidez. Disponível em

<http://www.transdoreso.org>. Acesso em: 27/03/2014.

TREVISANI, V.F.M et al. Lúpus e gravidez. Disponível em <http://www.lupus.org.br>. Acesso em: 02/04/2014.

WENTWORTH, J; DAVIES, C. Systemic lupus erythematosus. Nature Reviews Drug Discovery, v.8, p.103-104, fev.2009.

Referências

Documentos relacionados

Tendo em conta, os efeitos que as soluções de irrigação exercem, não só no tecido dentário, como também nas propriedades dos materiais de obturação do

Um dos FH permanece na sala de trabalho, onde realiza várias tarefas: a validação das prescrições médicas informatizadas e manuais; a impressão dos mapas de

13 Além dos monômeros resinosos e dos fotoiniciadores, as partículas de carga também são fundamentais às propriedades mecânicas dos cimentos resinosos, pois

(2013 B) avaliaram a microbiota bucal de oito pacientes submetidos à radioterapia na região de cabeça e pescoço através de pirosequenciamento e observaram alterações na

Para se buscar mais subsídios sobre esse tema, em termos de direito constitucional alemão, ver as lições trazidas na doutrina de Konrad Hesse (1998). Para ele, a garantia

Informações tais como: percentual estatístico das especialidades médicas e doenças, taxas de ocupação dos principais recursos, tempos de permanência de internação, escores

Neste estudo sobre a história do ensino do Cálculo Diferencial e Integral, que tomou como recorte o Departamento de Matemática da Universidade Federal de Juiz de Fora

A atividade da lectina rBFL sobre a proliferação celular foi determinada por ensaio colorimétrico com SRB, onde as linhagens citadas anteriomente ficaram expostas