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Anexo 2 Resumos

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Academic year: 2021

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Anexo 2

Resumo das palestras, apresentações e propostas de

trabalhos.

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PARQUE NACIONAL DA TIJUCA: ECOLOGIA E CONSERVAÇÃO.

André Scarambone Zaú – Prof. da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Coordenador do Laboratório de Ecologia Florestal (LEF). (andrezau@unirio.br)

Considerando a história biológica posterior ao surgimento do Homem na terra, nunca tantas espécies estiveram ameaçadas de extinção. Neste contexto surge a Biologia da Conservação como Ciência multidisciplinar para responder de forma adequada à atual crise biológica. Dentre seus objetivos estão: entender os efeitos da atividade humana sobre as espécies, comunidades e ecossistemas; desenvolver abordagens para prevenir a extinção; e reintroduzir espécies ameaçadas. Como pressupostos, postula-se que a diversidade, a complexidade ecológica e a evolução sejam positivas para a vida, e que, por outro lado, a extinção prematura obviamente seja negativa. Além disso, acredita-se que a diversidade biológica deva ser vista como valor per si não devendo ser tratada puramente como um recurso a ser utilizado pelo Homem. Outra questão de destaque neste quadro é o próprio conhecimento científico sobre o número de espécies existentes. Atualmente são conhecidas pela Ciência: 1,4 milhões de espécies e as estimativas mais comumente citadas apontam para um total, ainda não completamente conhecido, que pode atingir de 5 a 30 milhões. Assim, é certo que estamos contribuindo para a extinção de inúmeras espécies mesmo antes de conhecê-las.

Dentre as ameaças atuais à diversidade destacam-se a destruição dos espaços naturais (habitats), a fragmentação e degradação dos mesmos (20.000 km de bordas são criadas anualmente), a super-exploração de espécies para o uso humano, a introdução de espécies exóticas e o aumento do risco de dispersão de doenças. Sabe-se ainda que os maiores eventos de destruição antrópica ocorreram nos últimos 150 anos, quando a população humana aumentou de um bilhão em 1850 para mais de seis bilhões no fim do século 20.

Neste contexto da degradação ambiental generalizada destaca-se ainda mais a “Mata Atlântica”. Esta é definida como complexo de ecossistemas composto por florestas (Florestas Ombrófilas Densa, Mista, Aberta, Estacional Semidecidual, Decidual), manguezais, restingas, campos de altitude, brejos interioranos e encraves florestais do Nordeste. Tais formações ocorrem na costa atlântica brasileira em uma superfície de aproximadamente 1.300.000 km², sobre o território de 17 Estados. Esta superfície que outrora cobria cerca de 15% do Brasil cobre hoje apenas 1%. Vale ainda ressaltar que neste domínio territorial, coexiste 67% da população brasileira, cerca de 120 milhões de habitantes, distribuídos em 61% (3400) dos municípios do país.

Historicamente afetada pela colonização européia em razão da significativa ocupação costeira e devido aos ciclos de exploração do pau-brasil, ouro, cana-de-açúcar e café, a Mata Atlântica vem sofrendo com o desenvolvimento econômico ecologicamente não sustentável, com processos derivados da integração nacional, da industrialização, e da crescente

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urbanização das principais cidades brasileiras. Assim, apresenta sua vegetação bastante reduzida e degradada restando apenas 7,3% de sua superfície original. Por essa razão e devido ao alto grau de fragmentação (98,7% dos remanescentes apresentam menos de 100 ha); e a à alta biodiversidade, é considerada prioritária em termos conservacionistas (hotspot), sendo o quarto bioma mais ameaçado do Mundo. A Mata Atlântica tem destacada importância nacional e internacional sendo considerada Patrimônio Mundial pela ONU, Reserva da Biosfera pela UNESCO e Patrimônio Nacional pela Constituição Federal. Sua flora totaliza mais de 20 mil espécies sendo de seis a oito mil endêmicas. Como benefícios suas matas provêem às áreas urbanas e rurais regulação hídrica e climática e minimização da perda de solos. É ainda importante em termos de patrimônio cultural-antropológico uma vez que abriga populações indígenas, caiçaras, ribeirinhas e quilombolas.

As ações conservacionistas no país, especialmente após meados do século passado, possibilitaram que hoje cerca de 6,2% de sua superfície esteja pelo menos sob o status de unidade de conservação (nível federal). Sendo que do total da superfície brasileira 2,8% correspondem a Parques Nacionais e Reservas Biológicas, considerados mais eficazes em termos preservacionistas. Especificamente em relação ao Estado do Rio de Janeiro, se em 1500 sua superfície era totalmente composta por Mata Atlântica, na atualidade restam cerca de 17% da cobertura original, basicamente em trechos de difícil acesso.

Conhecido então o quadro conservacionista é necessário destacar que para conseguir efetivamente conservar a Mata Atlântica na atualidade são necessárias ações que preservem os recursos de forma integrada in-situ e ex-situ, ou seja, em unidades de conservação, Jardins Zoológicos e Botânicos, arboretos, áreas urbanas e parques arborizado, bancos de sementes, programas de clonagem, conservação de pequenos fragmentos conectados a partir de corredores ecológicos, recuperação de áreas degradadas etc. Além disso, é claro da efetiva preservação dos Parques e Reservas Biológicas. Manter essas áreas significa também investir significativamente em pesquisa, especialmente no que se refere aos estudos das populações, comunidades e ecossistemas.

E com relação ao Parque Nacional da Tijuca? Poderia este ser considerado fundamental para conservação no Brasil? A princípio não uma vez que ele é o menor dos 59 PARNA brasileiros, com apenas cerca de 4 mil ha. Com o conhecimento científico atual sabe-se que esta superfície pode não ser suficiente para a conservação efetiva de populações de espécies animais e vegetais considerados espacialmente raros na natureza. Entretanto, mesmo pequeno ele é extremamente importante em termos conservacionistas. O PARNA Tijuca, ou melhor, a famosa “Floresta da Tijuca” é considerada a “maior floresta urbana do mundo”. E, num contexto de crescente urbanização, ele pode servir de modelo de relação “floresta – cidade”, “homem – natureza”, sempre no sentido de maximização de benefícios e minimização de conflitos. O parque apresenta ainda o 2º ou quiçá o maior público do Brasil, com mais de 1,3 milhões de visitantes por ano. Apresenta também grande relevância local e

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regional, tanto do ponto de vista hidrológico quanto climático. Só para citar como exemplo, suas águas abastecem mais de 31 mil pessoas diariamente.

Em termos de conhecimento hoje existente o parque possui uma excelente base de dados no que se refere aos aspectos físicos. Apresenta também a flora e fauna bem conhecidos em termos de identificação, mas apresenta também enorme carência de informações no que se refere a aspectos ecológicos. Pela proximidade, facilidade de acesso, atributos naturais e características peculiares, o parque apresenta também grande relevância para ações referentes à educação ambiental.

Por ter sido uma área sob forte influencia antrópico-cultural ao longo dos últimos séculos existe ainda a necessidade concreta de manejo. Nesse caso destaca-se à exclusão de espécies exóticas e, em casos sobre os quais já se tenha suficiente conhecimento técnico, o controle de espécies nativas em desequilíbrio populacional podendo ainda ser passível de avaliação os impactos da reintrodução de espécies nativas, além é claro da recuperação das hoje áreas degradadas. Vale ainda destacar que apesar na importâncias das espécies carismáticas em termos conservacionistas o importante deve ser priorizar a conservação dos ambientes (habitats) .

Buscando contribuir para o conhecimento de características ecológicas e nas ações de conservação no PARNA Tijuca, desde 2006 vem sendo executado o projeto “Efeitos de borda na comunidade em um trecho de Floresta Atlântica, Parque Nacional da Tijuca, Rio de Janeiro – RJ” (autorização SISBIO 15160-1). Este projeto aborda diferentes aspectos decorrentes dos efeitos de borda como efeitos abióticos (caracterização microclimática); efeitos bióticos diretos (identificação botânica, distribuição espacial das espécies e outras características da vegetação); efeitos bióticos indiretos (floração/frutificação de espécies arbóreo-arbustivas, predação e dispersão de frutos e sementes pela fauna, avaliação da comunidade de besouros, avaliação de características relacionadas ao funcionamento do ecossistema como produção de serrapilheira etc). Além disso, está sendo elaborado o catálogo ilustrado da vegetação do parque com intuito oferecer um produto de grande importância científica e educativa. Ainda em termos educativos ações específicas de educação ambiental vêem sendo desenvolvidas em escolas municipais próximas ao parque.

Por fim, vale destacar que as ações desenvolvidas estão de acordo com as recomendações estabelecidas na Agenda 21 sob vários aspectos. Por exemplo, o capítulo 35 (A Ciência para o Desenvolvimento Sustentável) aponta que ...“Um dos papéis da ciência é oferecer informações para políticas de meio ambiente e desenvolvimento”. Assim, devemos ter como metas sanar as necessidades atuais de fortalecimento da pesquisa interdisciplinar relativa à degradação e reabilitação do meio ambiente; conhecer efetivamente a biodiversidade e a perda de espécies, além de desenvolver redes de informação com base científica visando enfrentar este enorme desafio que é o de conservar efetivamente o que resta de Mata Atlântica para as futuras gerações.

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PLANO DE MANEJO DO PARQUE NACIONAL DA TIJUCA: PESQUISAS PRIORITÁRIAS.

Ricardo Calmon1, Ivandy Nascimento de Castro Astor2 e Loreto Figueira2. 1. Chefe do Parque Nacional da Tijuca, 2. Analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). (loreto.figueira@gmail.com)

A partir da síntese do recente plano de manejo do PARNA Tijuca, foram elencados as pesquisas e temas considerados prioritários. Ressalta-se a necessidade de incentivar e apoiar as pesquisas que já estejam em desenvolvimento e estimular o início das ações para as temáticas que ainda não estejam sendo desenvolvidas na atualidade.

z Incentivar e avaliar estudos sobre a composição e estrutura das

comunidades vegetais da UC, de forma a subsidiar ações de proteção, conservação e manejo;

z Buscar a qualificação e quantificação dos recursos vegetais disponíveis

à fauna e sua distribuição na área da UC;

z Incentivar e avaliar estudos sobre a estrutura e dinâmica populacional da

flora da UC.

z Incentivar e avaliar estudos sobre a história de vida da flora do Parque,

inclusive aqueles sobre interações animal/planta;

z Levantar, mapear e avaliar a efetividade das espécies vegetais de

interesse para a fauna (Myrtaceae, Lauraceae, Melastomataceae etc.), especialmente para a avifauna e mastofauna;

z Inventariar e mapear as espécies da fauna, com especial interesse nas

espécies raras, endêmicas e ameaçadas (em níveis internacional, nacional, regional e local);

z Avaliar a situação das comunidades de mamíferos do PARNA Tijuca,

priorizando informações sobre a ecologia de espécies que possuam maior potencial de interferência nas cadeias tróficas e predadores mais abundantes na UC;

z Identificar o tamanho da população, a distribuição e os dados biológicos

e ecológicos de quatis (Nasua nasua), sagüis (Callitrix jacchus) e macaco-prego (Cebus apella);

z Avaliar a situação da avifauna, realizando estudos considerando o ciclo

sazonal completo;

z Avaliar a população de tucanos (Ramphastus vitellinus), devido às

observações preliminares de predação desta espécie em relação a outras espécies, e aos possíveis impactos sobre as outras espécies da avifauna;

z Realizar levantamentos das espécies da herpetofauna do Parque, suas

relações com o meio e entre seus diferentes integrantes, de forma a permitir a indicação de medidas mais específicas de manejo;

z Avaliar a situação da comunidade de anfíbios do PARNA Tijuca;

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z Estudar a diversidade da fauna de odonatas do PARNA Tijuca,

correlacionando com fatores abióticos;

z Avaliar os efeitos das espécies exóticas nas propriedades dos

ecossistemas da UC e sobre outras populações de espécies nativas;

z Incrementar os estudos geohidrológicos visando conhecer a dinâmica

dos ecossistemas da UC;

z Monitorar as condições climáticas e os riscos de deslizamentos;

z Atualizar e detalhar o mapa de fragilidade ambiental do PARNA Tijuca ,

incorporando aspectos ecológicos da fauna e flora;

z Promover a atualização dos estudos de valoração econômica, dos

impactos provocados pelos empreendimentos de comunicação e de rede elétrica no Parque;

z Realizar pesquisa sobre valoração econômica dos serviços ambientais

proporcionados pelo Parque à população da cidade do Rio de Janeiro;

z Avaliar o efeito do uso público ou outros fatores e impactos nas trilhas e

caminhos da UC para subsidiar as ações de manejo, manutenção e proteção aos recursos naturais;

z Realizar pesquisas sistemáticas sobre os sítios históricos, culturais e

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DOMÍNIOS GEO-HIDROECOLÓGICOS DO MACIÇO DA TIJUCA, RJ: SUBSÍDIOS AO ENTENDIMENTO DOS PROCESSOS HIDROLÓGICOS E EROSIVOS.

Ana Luiza Coelho Netto. Lab. de Geo-Hidroecologia (GEOHECO). Dept. Geografia, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ.

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REABILITAÇÃO FUNCIONAL DE CLAREIRA DE DESLIZAMENTO EM ENCOSTA ÍNGREME NO DOMÍNIO DA FLORESTA ATLÂNTICA, PARQUE NACIONAL DA TIJUCA, RIO DE JANEIRO (RJ).

André Batista de Negreiros1 & Ana Luiza Coelho Netto2,3 1. Geógrafo, Doutorando - PPGG/IGEO/UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ. 2. Professora Titular, Depto. de Geografia/IGEO-UFRJ e pesquisadora. 3. B/CNPq, (ananetto@acd.ufrj.br). (andrenegreiros@ufrj.br)

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COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA FÍSICA DE UM TRECHO DE FLORESTA ATLÂNTICA SECUNDÁRIA. FLORESTA DA TIJUCA, PARQUE NACIONAL DA TIJUCA, RIO DE JANEIRO – RJ.

Aline Silva Machado¹, Wallace Beiroz1 André Scarambone Zaú1,2, Gabriela Macedo Akemi Oda¹, Diogo Fonseca Mantovanelli¹ e Ligia Collado Iwamoto¹. 1. Lab. Ecologia Florestal, DBot./CCBS/UNIRIO, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 2. Doutorando do Prog. Pós-Graduação em Botânica/JBRJ (andrezau@unirio.br). Alterações ecológicas nos contatos floresta x paisagem antrópica são denominadas efeitos de borda. Estudos em formações sujeitas a estes efeitos indicam estrutura física menos desenvolvida. A composição do estrato arbustivo-arbóreo foi analisada, assim como avaliados parâmetros de estrutura física da vegetação de trechos de encosta recortadas por estradas pavimentadas no PARNA Tijuca/RJ. O diâmetro a 1,30m do solo (DAP), altura inicial (h) e total da copa (Ht) foram mensurados. Em sete sítios foram instaladas parcelas de 10x10m nas distâncias 0-10, 30-40, 60-70 e 90-100m, da estrada para o interior da floresta. Foram amostrados indivíduos com DAP≥2,5cm (n=982). As medianas nas respectivas distâncias foram: DAP(cm)=4,9; 5,4; 5,4 e 4,9; h(m)=3,0; 5,0; 4,5; 4,5; e Ht(m)=6,0; 8,0; 8,0; 8,0. A vegetação (H(3,982)) não apresentou diferenças nos DAP ao longo do perfil (p=0,5232), porém, as alturas apresentaram-se diferentes (h, p<0,0001 e Ht, p=0,0003), com menor desenvolvimento até dez metros. A área basal média foi 48,8m2/ha, assemelhando-se a caracterizadas em "bom estado de conservação". Áreas basais por distância: 29,7; 43,4; 56,7 e 65,4m2/ha tiveram tendência ao aumento, conforme a interiorização. A declividade média dos perfis foi de 22,8o, com valores médios de 16,6o, 25,6o, 25,5o, 21,4o, nas referidas distâncias. Apesar da média mais baixa em 0-10m, não houve diferenças significativas (F(3,12)= 2,577; p=0,1023). Considerando a semelhança entre as declividades e em razão de ser esperada uma estrutura física menos desenvolvida em trechos mais íngremes, contrário ao encontrado, sugere-se que outros fatores possam estar influenciando nos parâmetros analisados. Considerando a identificação até o momento de 71,3% dos indivíduos amostrados, foram encontradas 196 espécies pertencentes a 36 famílias, indicando alta riqueza. As famílias mais representativas em spp. foram: Rubiaceae (31 spp.), Myrtaceae (28) e Lauraceae (18). Dentre os gêneros, os com maior número de spp. foram:

Eugenia (8 spp.), Roupala (7) e Ocotea (6). As espécies com maiores percentuais

de indivíduos foram: Euterpe edulis (19,5%), Geonoma schottianna. (8,2%) e

Myrceugenia myrcioides (6,3%). Das espécies identificads 76,7% são zoocóricas,

9,0% anemocóricas e 4,2% autocóricas. Dentre as zoocóricas predominaram as endozoocóricas (92,2%). Nos grupos ecológicos predominam as 2as tardias (20,7%), seguidas das 2as inicias (4,5%), climácicas (3,6%), e indiferentes (1,8 %). Ressalta-se alto percentual ainda sem classificação (69,3%). Os padrões encontrados assemelham-se a outros estudos em Floresta Atlântica. O predomínio de zoocoria e grupos tardios é um indicativo de maturidade da comunidade. O alto percentual de endozoocoria ressalta a importância da fauna.

Palavra-chave: síndrome de dispersão, grupos ecológicos, arbustivo-arbóreo. Autorização SISBIO 15160-1.

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EFEITOS DE BORDA SOBRE PARÂMETROS MICROCLIMÁTICOS EM UM TRECHO DE FLORESTA ATLÂNTICA NO RIO DE JANEIRO – RJ

Maria Isabel Sigiliano Gomes1, Gabriela Akemi Oda¹, Wallace Beiroz¹, Vinícius Gomes¹ & André Scarambone Zaú1,2. 1. Laboratório de Ecologia Florestal, Dept. Botânica, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). 2. Doutorando do Programa de Pós Graduação em Botânica, Escola Nacional de Botânica, Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro. (mariaisabelsgomes@hotmail.com)

Fragmentos florestais geram gradientes borda-interior em relação ao microclima. Estes são influenciados por alterações nos padrões de luminosidade, umidade, ventos etc. Embora a formação de bordas seja relevante em termos conservacionistas, seus efeitos não são suficientemente conhecidos. Este trabalho objetivou avaliar diferenças nos padrões microclimáticos sob diferentes distâncias, associados à estradas pavimentadas que recortam o PARNA Tijuca, no Rio de Janeiro. Em cinco dias distribuídos ao longo de cada estação climática, de set/06 a mar/08, registros de temperatura do ar, umidade relativa do ar e luminosidade foram realizados entre 9h e 17h, em oito diferentes áreas. Em cada área foram delimitados transetos de parcelas de 10x10 metros, nas distâncias de 0-10, 30-40 60-70 e 90-100 metros, da estrada para o interior da floresta. Em cada transeto, por distância, foram realizados cinco registros. Considerando que o tempo de medição em cada transeto durava 45', a cada registro no interior da floresta era realizada uma medição simultânea na estrada. Esse procedimento reduziu efeitos de variações climáticas decorrentes do intervalo de tempo utilizado em cada transeto possibilitando a comparação de reais diferenças (“difs”) microclimáticas entre as distâncias. Os conjuntos de “difs” foram avaliados pelo teste “H” de Kruskal-Wallis, seguido do teste de comparação múltipla de Dunn. Na primavera, considerando a temperatura do ar, as “difs” de 0-10m diferiram em relação às demais distâncias. No verão e no outono, em relação ao mesmo parâmetro, as “difs” de 0-10m somente diferiram das de 90-100m. Ainda no outono, em relação à umidade relativa do ar, as “difs” de 0-10m foram distintas daquelas das outras distâncias. Considerando as temperaturas no inverno, as “difs” de 0-10m foram diferentes das de 60-70m e 90-100m. Já para a umidade ocorreu distinção entre as “difs” de 0-10m e as demais distâncias e entre as de 30-40m e 90-100m. Com relação à luminosidade, não foram encontradas distinções entre as “difs” conforme a interiorização na floresta, em nenhuma estação do ano. Tal fato pode indicar que a cobertura não varia ao longo do perfil e/ou que a luminosidade não tenha sido um parâmetro adequado para detectar efeitos de borda. Os padrões de dissemelhança entre as “difs” nos parâmetros temperatura e umidade do ar corroboram a hipótese de alterações microclimáticas geradas por efeitos de borda provenientes das estradas pavimentadas que recortam o parque.

Palavras-chave: microclima, floresta urbana, Mata Atlântica. Autorização SISBIO 15160-1

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O SUBSISTEMA SOLO / SERRAPILHEIRA EM UM TRECHO DE MATA ATLÂNTICA DE ENCOSTA SUJEIO AOS EFEITOS DE BORDA NO PARQUE NACIONAL DA TIJUCA, RIO DE JANEIRO, RJ.

Marcio Luiz Gonçalves D’Arrochela1, Felipe Soter de Mariz e Miranda1, Luis Felipe Kühner da Rocha Fragoso1, Felipe da Silva Alves1, Evaristo de Castro Júnior2,3. 1. Graduando do curso de Bacharelado em Geografia/UFRJ. 2. Professor Adjunto do Departamento de Geografia/UFRJ. 3. Coordenador do Núcleo de Ecologia dos Solos Aplicada à Geografia.

Em ecossistemas florestais o estoque da matéria orgânica de superfície reflete o funcionamento do subsistema de decomposição, que por sua vez, reflete as interações entre formas de cobertura vegetal e solo. Em ambientes florestais montanhosos o gradiente topográfico também é um fator condicionante importante no processo de decomposição, pois, controla a distribuição espacial de umidade no solo e a deposição local dos estoques. O Parque Nacional da Tijuca – RJ é uma Unidade de Conservação de proteção permanente do Bioma Mata Atlântica que se encontra sob forte pressão urbana da cidade do Rio de Janeiro. Neste estudo o estoque de matéria orgânica é usado para caracterizar o funcionamento do subsistema de decomposição em áreas de encosta íngremes do PARNA – Tijuca. No plano amostral os estoques são usados para classificar as formas de húmus e analisar a ocorrência de efeito de borda das estradas no interior do Parque sobre a decomposição da matéria orgânica, além de buscar subsídios para o entendimento da influência da topografia sobre o mesmo. Foram instalados oito transcetos em áreas de vertente íngreme, sempre encosta acima, a partir da borda das principais estradas que cortam o PARNA Tijuca. Os transectos foram subdivididos em quatro parcelas (0-10, 30-40, 60-70, 90-100 m). Em cada parcela foram coletadas cinco amostras de serrapilheira, para quantificar os estoques, e três amostras do topo do solo, para análises de textura, % de agregados e % matéria orgânica. Em quatro destes transectos, com o uso de DGPS foram coletados dados referentes ao posicionamento plani-altimétrico das encostas e foi elaborado um modelo digital de elevação de terreno. O objetivo foi relacionar tanto o acúmulo médio por parcela como o estoque geral com a declividade média de cada transecto.

Palavras-chave: Folhiço, acúmulo e decomposição de matéria orgânica, Indicadores Funcionais Globais.

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DIVERSIDADE E COMPOSIÇÃO DE ESPÉCIES ARBUSTIVO-ARBÓREAS EM CLAREIRAS NATURAIS, PARQUE NACIONAL DA TIJUCA, RIO DE JANEIRO, RJ.

Mateus Salim.

A região da Cachoeira dos Primatas, localizada no Parque Nacional da Tijuca, município do Rio de Janeiro, RJ, possui uma extensa cobertura florestal cuja diversidade biológica e processos ecológicos, carecem de maiores conhecimentos. Para atender a esta lacuna do conhecimento foi realizado em duas clareiras de idade e tamanho diferenciados e originadas a partir de queda de árvore, um estudo sobre a diversidade florística. Através da identificação das espécies que ocorrem nestes locais, em um intervalo de dois anos, pretende-se verificar a substituição de espécies nos diferentes sítios de regeneração proporcionados com a criação da clareira. Foram implantadas parcelas de 2 x 2m de forma a abranger toda a área da clareira, sendo os indivíduos lenhosos com altura ≥ 50 cm marcados, coletados e dados referentes ao diâmetro e altura anotados. Utilizou-se bibliografia específica, consulta a herbários e a especialistas na identificação do material botânico. Na clareira I com quatro anos de idade, 75 indivíduos, distribuídos em 15 famílias, 24 gêneros e 34 espécies foram levantados. A família Leguminosae, com 10 indivíduos, foi registrada como a mais abundante. Na clareira II criada a dois anos e meio e de dimensão mais de três vezes superior a da clareira I, foram amostrados 506 indivíduos, distribuídos em 34 famílias, 80 gêneros e 126 espécies. A presença na amostra de 61 indivíduos da família Euphorbiaceae foi responsável pela maior abundância desta família Embora as clareiras estudadas se diferenciem quanto à dimensão, tempo de abertura e estágio de regeneração; apresentam uma composição florística, em nível de família, bastante similar sendo caracterizadas pela representatividade das famílias Rubiaceae, Leguminosae e Meliaceae As semelhanças observadas tanto ao nível de família quanto de espécie entre este trabalho e outros levantamentos efetuados no Parque Nacional da Tijuca, reforçam a importância das clareiras naturais estudadas na manutenção e na diversidade de determinadas espécies e famílias.

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OS EFEITOS DE BORDA INFLUENCIAM A DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E A FLORAÇÃO DE Psychotria nuda NA FLORESTA ATLÂNTICA? O CASO DO PARNA TIJUCA, RIO DE JANEIRO/RJ.

one Zaú1,2, Priscila Vilela Borges1, Leandro Freitas3, Daniele ndrade de Carvalho1 & Wallace Beiroz1. 1. Laboratório de Ecologia Florestal André Scaramb

A

(UNIRIO). 2. Dept. de Botânica, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e 2. Doutorando do Programa de Pós Graduação em Botânica do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 3. IPJBRJ. (andrezau@unirio.br)

A Fragmentação é uma das maiores ameaças a biodiversidade, e um de seus efeitos é o aumento de bordas florestais. Estas afetam as condições físicas e supostamente os parâmetros biológicos, como a fenologia e distribuição espacial de plantas. O gênero pantropical Psychotria – com aproximadamente 1500 espécies, 700 neotropicais – é um elemento comum no sub-bosque florestal. No presente trabalho foram avaliados os efeitos de borda sobre a distribuição espacial, densidade e fenologia reprodutiva de Psychotria nuda Cham. & Schltdl. O estudo foi conduzido em um fragmento de Floresta Atlântica no domínio de um parque nacional, localizado no sudeste do Brasil. Estradas pavimentadas, consideradas como ínicio das bordas, recortam o parque. Foram marcadas todos os indivíduos de P. nuda em nove transectos de 100 m, divididos em parcelas de 10 x 10 m nas distâncias de 0-10, 30-40, 60-70 e 90-100 m a partir da estrada. A distribuição espacial, estimada pelo índice de Morisita, indicou distribuição agregada para todas as distâncias (n = 847; IM > 1). A densidade populacional nas parcelas sobre influencia de clareiras atingiu 5.4 ind/m e em trechos mais distantes da borda foi tão baixa quanto 0.55 ind/m², caracterizando a espécies como secundária. Os indivíduos não reprodutivos foram mais abundantes que os indivíduos reprodutivos em 90-100 m, porém não foi encontrado um padrão claro para as demais distâncias. Os resultados indicam que bordas formadas pela Estrada não afetaram criticamente a estrutura e os parâmetros reprodutivos de P. nuda. Outros processos relacionadas a dinâmica florestal, como formação de clareira, parecem ser mais relevantes para os padrões espaciais desta espécie

Key words: Psychotria, efeitos de borda, estrada, distribuição espacial, floresta utorização SISBIO 15160-1.

tropical. A

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ORQUÍDEAS DO PARNA TIJUCA: PEDRA DA GÁVEA.

Eduardo Saddi¹. 1. Programa de Pós-Graduação em Botânica, Escola Nacional e Botânica, Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

secos do orte, nordeste e noroeste e ventos úmidos do sul, sudeste e sudoeste, além

Gávea dicou dois grandes grupos, um formado pelas faces S, SE, SW, NE e o Cume alisados a partir de suas respectivas listagens de orchidaceae

inselbergues paraibanos, outro entre Pedra da ávea e Pão de Açúcar e entre os inselbergues de Itacoatiara e Morro Boa Vista. Os inselbergues da região do Alto Misterioso (ES) ficaram isolados pelo alto número de espécies exclusivas.

Palavras-chave: Inselbergue, Orchidaceae, Florística, Rio de Janeiro. d

(eduardosaddi@jbrj.gov.br)

A Pedra da Gávea é um inselbergue com 842 m de altitude, inserido dentro dos limites do Parque Nacional da Tijuca, uma Unidade de Conservação com cerca de 3.950 ha. Situada na beira do mar, a montanha recebe ventos

n

de chuvas abundantes durante quase todo o ano. Trabalhos direcionados para a família Orchidaceae em inselbrgues são escassos, sendo encontrado apenas dois na literatura, um para o Rio de Janeiro e outro para a Paraíba. Nesse contexto o presente trabalho teve como objetivo inventariar as Orchidaceae dos afloramentos rochosos da Pedra da Gávea, fornecer descrições e comentários sobre as espécies, sua distribuição no local, altitude e micro-habitats. O estudo da distribuição dos táxons nas diferentes faces possibilitou a analise da similaridade entre as diferentes faces da Pedra da Gávea, com base no conjunto de espécies de Orchidaceae e deste conjunto de espécies com Orchidaceae de outras cinco áreas de inselbergues: Rio de Janeiro (3), Espírito Santo (1) e Paraíba (2). Para a coleta das espécies foram utilizadas as vias de escalada além da montagem de sistemas verticais com cordas fixas e trilhas até a base dos paredões. A família Orchidaceae está representada na área por 27 táxons pertencentes a 22 gêneros. Os gêneros mais representativos são Epidendrum e Octomeria ambos com três espécies cada, seguido de Christensonella com duas e os demais 19 gêneros possuem uma espécie cada. Algumas espécies ocorrem em todas as faces, como H. lobata, B. tuberculata e E. secundum, e em todas as faixas altitudinais. Outras são restritas a certas faces, faixas altitudinais e micro-habitats, como A. ferdinandiana e Pleurothallis sp. A face sudoeste é aquela com maior riqueza (20 espécies) seguida da face sul (15), sudeste (12), cume (11), nordeste e oeste (8), leste (5) e norte e noroeste com três espécies. A análise de similaridade das listagens de Orchidaceae para cada face da Pedra da

in

e outro formado pelas faces N, NW, W e E. Os diferentes inselbergues quando foram an

formaram um grupo com os G

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DINÂMICA DE POPULAÇÕES DA EXÓTICA Artocarpus heterophyllus L. ORACEAE) (JAQUEIRA) NO PARQUE NACIONAL DA TIJUCA – RJ.

Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro. rodolfobiologia@yahoo.com.br

(M

Rodolfo Abreu¹ . 1. Programa de Pós-Graduação em Botânica, Escola Nacional de Botânica, Instituto de

( )

e

Espécies invasoras são vistas como uma ameaça à saúde dos ecossistemas. Ações como a remoção destas espécies estão se tornando essenciais para a manutenção da biodiversidade. Neste contexto, Artocarpus heterophyllus Lamk. (Moraceae), conhecida como jaqueira, é uma espécie arbórea nativa do sudeste asiático historicamente introduzida no Parque Nacional da Tijuca (PNT). Atualmente, compõe a comunidade vegetal do PNT com pronunciada monodominância em alguns trechos, onde desenvolveu interações com a fauna local. Este trabalho procurou gerar informações sobre o estágio atual de desenvolvimento da população de jaqueiras no PNT através do estudo da demografia da espécie por meio de modelagem matricial. Desta forma, o trabalho considerou as duas fases de dinâmica populacional da espécie. Na fase assintótica, foi possível realizar a comparação com outros trabalhos e detectar padrões de colonização desta exótica na Mata Atlântica do PNT. Análises retrospectivas e prospectivas foram realizadas com base nas matrizes anuais obtidas no período 2005 – 2008. Na fase transiente foram feitas análises prospectivas de sensibilidades e de elasticidades, além de simulações do manejo da espécie. Os resultados indicaram que as populações de jaqueiras se xpandem menos de 1% ao ano com duração da fase transiente de 179 anos. Os indivíduos permanecem por longos períodos nas classes de diâmetros, com baixas taxas de transição e mortalidade. O manejo com intervenções de até 5% voltado para as sobrevivências nas classes de JUVENIS 1 e ADULTOS 1 e 2, além reduzir a taxa de crescimento populacional da espécie, é suficiente para que a população entre em declínio. Estas pequenas intervenções quando feitas no longo-prazo podem mitigar os impactos sobre a biota local.

Palavras-chave: Dinâmica populacional, exótica invasora, jaca Fonte: http://www.jbrj.gov.br/

(16)

LEVANTAMENTO POPULACIONAL E MANEJO DA ESPÉCIE EXÓTICA INVASORA Dracaena fragrans (L.) KER-GAWL (ANGIOSPERMAE –

USCACEAE), EM UM TRECHO DE FLORESTA ATLÂNTICA SOB EFEITOS

André Scarambone Zaú . 1. Laboratório de cologia Florestal (UNIRIO). 2. Dept. de Botânica, Universidade Federal do R

DE BORDA NO PARQUE NACIONAL DA TIJUCA, RIO DE JANEIRO, RJ. Michelle de Oliveira Ribeiro1 & 1,2

E

Estado do Rio de Janeiro. (michelledor@gmail.com)

A fragmentação das florestas tropicais amplia os efeitos de borda, reduzindo as áreas de interior de floresta que abrigam espécies típicas de trechos melhor conservados. Entretanto, plantas invasoras podem ser beneficiadas pelas alterações decorrentes dos efeitos de borda, sendo, atualmente, consideradas a segunda maior ameaça à biodiversidade. Este estudo objetivou conhecer e avaliar aspectos da ecologia de Dracaena fragrans e propor formas para o manejo desta espécie invasora. O estudo foi desenvolvido na sub-unidade “Floresta da Tijuca”, do Parque Nacional da Tijuca/RJ. Foram alocados 12 transetos em cada diferente situação de relevo (“encosta acima” e “encosta abaixo”), computando-se o número de indivíduos encontrados. Os dados foram normalizados e submetidos ao teste “t” para detectar diferenças entre as densidades de plantas nas vertentes “encosta acima” e “encosta abaixo”, além de serem calculados a densidade populacional da espécie e o Índice de Dispersão de Morisita. Foram testados três tratamentos para o manejo da espécie: corte raso, arranquio e controle, sendo avaliada a intensidade de regeneração da espécie através do registro do número de indivíduos que rebrotaram. Os tratamentos foram avaliados pela análise de variância seguida do teste de Tukey. O teste “t” indicou diferenças significativas entre as densidades de plantas nas situações analisadas, sendo esta maior em “encosta abaixo” e o Índice de Dispersão de Morisita indicou um padrão de distribuição agregado para a espécie. A construção das estradas pode ter originado situações microclimáticas distintas e favorecido a ocorrência da dracena em “encosta abaixo”. Os tratamentos testados para manejo mostram

ue com o tempo ocorre a recolonização das áreas manejadas. Pode-se nenhum dos amente foi eficaz no controle desta espécie. Propõem-se a elaboração de um plano de manejo que associe o arranquio das exóticas com o plantio imediato de espécies nativas.

Palavras-chave: Floresta Atlântica, Dracaena fragrans, efeitos de borda, espécies exóticas invasoras, manejo.

q

concluir que a dracena possui alto poder competitivo e tratamentos testados isolad

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COMPORTAMENTO E DINÂMICA POPULACIONAL DE QUATIS (Nasua

nasua) NO P RQUE NACIONAL DA TIJUCA. A

Carlos Verona. FIOCRUZ

ASPECTOS ECOLÓGICOS E EPIDEMIOLÓGICOS DA SAÚDE DE SAGÜI-DE-TUFO-BRANCO Callithrix jaccus NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO. Carlos Verona. FIOCRUZ

(18)

ESTRATIFICAÇÃO VERTICAL, ABUNDÂNCIA E DENSIDADE POPULACIONAL DO MACACO-PREGO (Cebus sp.) E DO MICO-ESTRELA

jacchus) NO MACIÇO DA TIJUCA, RIO DE JANEIRO, RJ,

ndré de Almeida Cunha1,2, Carlos Eduardo de Viveiros Grelle1 & Marcus inícius Vieira1. 1. Lab. de Vertebrados. Depto. Ecologia, Programa de

Pós-em cologia, Conservação e Manejo da Vida Silvestre. Universidade Federal de

e@gmail.com (Callithrix

BRASIL. A

V

Graduação em Ecologia. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil. 2. Lab. de Mastozoologia e Manejo de Fauna. Programa de Pós-Graduação E

Minas Gerais. (cunha.andr )

Maciço da Tijuca é um fragmento florestal inserido na cidade do Rio de Janeiro, sofreu um intenso processo de intervenção e transformação antrópica nos últimos cinco séculos. No século XIX sua cobertura florestal foi parcialmente restaurada com árvores nativas e exóticas. No século XX houve a soltura de animais exóticos, entre eles o mico-estrela (Callithrix jacchus) e algumas espécies de macaco-prego (Cebus spp.). Há algumas décadas, especialistas já estavam preocupados com a aparente abundância elevada destes primatas e seus impactos em outros componentes do ecossistema, entretanto nenhum estudo mais detalhado foi conduzido. Este estudo visa compreender a coexistência e partilha de recursos destes dois primatas, e também gerar estimativas de abundância e densidades populacionais. Com a observação de indivíduos focais, analisei a coexistência destas espécies baseado em aspectos do nicho espacial e alimentar. De acordo com o padrão evidenciado em comunidades de primatas da Amazôniae Mata Atlântica, a espécie de maior porte (Cebus sp.) ocupa predominantemente o dossel da mata e desloca-se de forma quadrúpede, e a espécie de menor porte (Callithrix jacchus) ocupa predominantemente o sub-bosque e locomove-se caracteristicamente por saltos e deslocamentos quadrúpedes. Estes dois primatas diferem claramente quanto à dieta. Cebus é primariamente frugívoro, consome principalmente frutos da exótica jaqueira (Arthocarpus heterophyllus), invertebrados também foram consumidos. Callithrix jacchus têm a dieta mais generalista, consome sobretudo goma e frutos variados, mas também foi observado, assim como Cebus sp., perseguindo pequenos vertebrados. Estimei a abundância e densidade destes primatas no Maciço da Tijuca através da metodologia de transecção-linear para amostragem de distância. Comparando-as com outros estudos da Mata Atlântica, foram as maiores taxas de encontro e, levando-se em conta os tamanhos de grupo também maiores, as densidades foram de duas a três vezes maiores que as já reportadas. A elevada abundância local destes primatas e as prováveis relações danosas com outras espécies, particularmente com suas presas, apontam para necessidade de estudos continuados e para o planejamento e implementação de ações de manejo destas populações.

Palavras-chave: primatas, Mata Atlântica, uso do espaço, superabundância, compensação de densidade.

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EFEITOS DE BORDA NA PREDAÇÃO POR VERTEBRADOS TERRESTRES EM UM TRECHO DA FLORESTA ATLÂNTICA, PARQUE NACIONAL DA TIJUCA, RIO DE JANEIRO, RJ.

Gustavo Pena Freitas & André Scarambone Zaú . 1. Laboratório de Ecologia Florestal, Dept. Botânica, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). (

1 1

andrezau@unirio.br)

As florestas tropicais são os ecossistemas terrestres de maior diversidade biológica e ecologicamente os mais complexos do mundo. Apesar disso, vêm sendo fortemente transformadas ao longo dos últimos séculos. Decorrente do processo de fragmentação florestal, os efeitos de borda – resultados ecológicos de alterações físicas e biológicas nos contatos do fragmento florestal com a paisagem transformada – reduzem a área de floresta que pode abrigar espécies típicas. Esse estudo teve o objetivo de avaliar a influência do efeito de borda na predação de frutos por vertebrados. Frutos foram disponibilizados em parcelas dispostas a diferentes distâncias das bordas (5m, 35m e 100m) formadas pelo recorte imposto pelas estradas pavimentadas em cinco transectos. Não foram encontradas diferenças significativas entre as taxas de predação de frutos nas proximidades da estrada pavimentada e o interior da floresta. Entretanto, uma outra hipótese pode ser levantada em razão da relação positiva da predação de frutos com a presença antrópica: a fauna poderia estar associando uma maior presença humana à mais fácil obtenção de restos alimentares. Resultados dessa natureza devem ser levados em consideração pelos gestores das unidades de conservação, especialmente no zoneamento e plano de manejo tentando minimizar os impactos causados por visitantes.

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FILOGEOGRAFIA, SISTEMÁTICA E DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE UM BAGRE DA MATA ATLÂNTICA, Trichomycterus zonatus (EIGENMANN, 1918) (SILURIFORMES: TRICHOMYCTRIDAE).

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APRENDER BRINCANDO COM A NATUREZA: UMA PROPOSTA DE AÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM ESCOLAS MUNICIPAIS NOS ARREDORES DO PARQUE NACIONAL DA TIJUCA, RIO DE JANEIRO, RJ.

Carvalho1, André Scarambone Zaú1,2, Wallace Beiroz Imbrosio da Silva , Diogo Fonseca Mantovanelli1, Vinicius Gomes da Costa1, Aline Silva Machado1, Guilherme Malvar da Costa1, Mateus Vieira da Cunha Salim1, Bárbara Farias Souza1, Gabriela Akemi Macedo Oda1. 1. Laboratório de Ecologia Florestal (UNIRIO). 2. Dept. de Botânica, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. (andrezau@unirio.br

Daniele Andrade de 1

).

O histórico de super-exploração da natureza tem gerado grandes impactos estando os problemas ambientais relacionados com a forma que a Humanidade vê e se relaciona com o ambiente. Reflexões sobre valores sócio-culturais e mudanças efetivas de atitudes são fundamentais para solucionar problemas hoje existentes e preparar para os desafios do futuro. A Educação Ambiental é uma importante ferramenta para proporcionar tal conscientização, estimulando a formação de cidadãos críticos. Quando realizada em Unidades de Conservação cria vínculos de preocupação local, e pode referenciar comportamentos frente às questões ambientais globais. O projeto tem como objetivo contribuir para a formação continuada de cidadãos, bem como incentivar a formação de agentes multiplicadores. O público alvo deste primeiro ciclo foram estudantes do 6º ano do ensino fundamental da Escola Municipal Francisco Cabrita, localizada nas proximidades do Parque Nacional da Tijuca. Foram aplicados questionários, a fim de avaliar o conhecimento prévio da turma em relação aos aspectos ambientais e adaptar as atividades a serem realizadas. Posteriormente, foram realizadas palestras, oficinas e dinâmicas participativas envolvendo temas como biodiversidade, meio ambiente e reciclagem de lixo. Também foram realizadas atividades lúdico-didáticas no PARNA da Tijuca em três estações de trabalho: 1) trilha interpretativa; 2) teatro participativo com tema ambiental; e 3) atividades de pesquisa. Durante a apresentação das palestras, os estudantes demonstraram conhecimento mais aprofundado que aquele observado através dos questionários prévios, sugerindo que a avaliação realizada somente a partir de questionários semi-estruturadas não é plenamente apropriada. Após a realização das palestras e dinâmicas, observou-se alteração no grau de conscientização de parte dos estudantes. No PARNA Tijuca pôde-se notar o efetivo envolvimento dos estudantes nas atividades, possivelmente em razão da íntima relação com o ambiente estruturado para a visita. Interações entre as atividades de sala de aula com atividades extra-classe podem apresentar resultados importantes respostas em termos de mudanças efetivas de atitudes frente à questões ambientais. Espera-se que tais atividades possam também estimular professores, renovando metodologias e ações de ensino.

Palavras-chave: Educação ambiental, Parque Nacional da Tijuca. Autorização SISBIO 15160-1

(22)

BESOUROS COMO INDICADORES BIOLÓGICOS DE EFEITOS DE BORDA NO PARQUE NACIONAL DA TIJUCA, RIO DE JANEIRO, RJ.

1,2 2

Wallace Beiroz , André Scarambone Zaú , Evaristo de Castro Júnior3. 1.

condição de exposição das onteiras florestais à ambientes inóspitos. Conseqüentemente gera alterações Bolsista de iniciação científica em Ciências Biológicas na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. 2. Laboratório de Ecologia Florestal, Dept. Botânica, UNIRIO. 3. Laboratório de Biogeografia, UFRJ. (wbeiroz@yahoo.com.br)

O processo de fragmentação pode gerar uma fr

em fatores abióticos como a maior incidência de insolação e de ventos, diminuição da umidade, aumento da temperatura. Tais alterações são conhecidas como Efeitos de Borda. Esses efeitos prolongam-se floresta adentro, implicando em modificações na composição específica e em inter-relações da comunidade. Sabe-se que alterações que acabem por modificar a comunidade de invertebrados resultam em grandes conseqüências para o ecossistema, devido à importância daqueles no fluxo de energia e nutrientes. Como a fauna do solo e da serrapilheira apresentam alta diversidade e taxa reprodutiva, são excelentes bioindicadores e suas propriedades ou funções podem indicar ou determinam a qualidade ou o nível de degradação do solo. Tendo em vista esses conceitos, o trabalho objetiva avaliar alterações, a nível trófico e de família, na diversidade de coleópteros em relação à distância e aos períodos seco e chuvoso do ano, uma vez que esses animais ocupam virtualmente todos os nichos e habitats, além de apresentarem características de bioindicadores. O estudo será conduzido no Setor A (Floresta da Tijuca) do Parque Nacional da Tijuca, localizado entre as coordenadas 22°25' e 23°01' latitude Sul e 43°12' e 43°19' longitude Oeste. Para a captura mensal dos espécimes serão utilizadas pitfalls com álcool a 70%. As armadilhas estarão distribuídas em seis áreas, nas distâncias de 5, 30, 60 e 100 metros, à partir da estrada (considerada como borda), sendo alocada uma armadilha por distância. As armadilhas permanecerão em campo por três dias. Com base em bibliografia consultada, espera-se encontrar menor diversidade próxima à borda, além de desequilíbrio nos níveis tróficos, devido extinção local de algumas famílias. Porém acredita-se que respostas específicas possam prejudicar previsões concretas para a comunidade. (IC-UNIRIO).

Palavras-chave: Mata Atlântica, Coleoptera, Fauna edáfica, Hábito alimentar Autorização SISBIO 15160-1

(23)

OS EFEITOS DE BORDA PODEM AFETAR A PRODUÇÃO DE SERRAPILHEIRA NA FLORESTA ATLÂNTICA? O CASO DO PARQUE

ACIONAL DA TIJUCA, RIO DE JANEIRO, RJ.

de Janeiro. (cris.eco@hotmail.com N

Christian Aparecido da Silva1, André Scarambone Zaú1,2, Diogo Fonseca Mantovaneli¹, Vinícius Gomes da Costa¹ & Ricardo Carelli Araujo¹. 1. Laboratório de Ecologia Florestal (UNIRIO). 2. Dept. de Botânica, Universidade

Federal do Estado do Rio )

e 90-100m. , o hamento de um ciclo anual, associando os dados padrões climáticos e microclimáticos.

Palavras-Chave: serrapilheira, produtividade, efeitos de borda, Mata Atlântica. Autorização SISBIO 15160-1

A fragmentação florestal acarreta em distúrbios denominados de efeitos de borda. Tal processo, resultado e resultante de modificações em parâmetros microclimáticos, afeta a estrutura da comunidade vegetal, por exemplo, devido a maior mortalidade de indivíduos de grande porte na borda e ao recrutamento de espécies de estágios inicias de sucessão. O estado de conservação de um ecossistema pode ser avaliado por indicadores funcionais como a produtividade. A serrapilheira exerce papel fundamental em ecossistemas florestais, especialmente sobre aqueles estabelecidos em solos pobres. Disponibiliza nutrientes que estavam retidos na biomassa e influencia nos processos de decomposição. Este trabalho objetivou analisar a produção de serrapilheira sob diferentes distâncias da borda florestal (0-10 e 90-100 metros), tendo como ponto inicial as margens de estradas pavimentadas que recortam o PARNA Tijuca, no Rio de Janeiro. Em cinco áreas situadas em altitudes que variam de 400 a 600 metros, foram instalados, de forma aleatória, cinco coletores por distância. Cada coletor de formato circular apresenta uma área de 0,17m². Os coletores foram estruturados em arame e malha de náilon de 1x1mm, sendo instalados a cerca de 0,20m da superfície do solo. Após 30 dias todo o material decíduo foi coletado, acondicionado separadamente em embalagens de papel e colocado em estufa a 60ºC até atingir peso constante. Posteriormente o material foi triado nas frações: “folhas”, “galhos”, “material reprodutivo” (frutos, sementes e flores) e “outros”. Mantida sem umidade, cada fração foi pesada em balança analítica de duas casas decimais, sendo os pesos líquidos comparados através da utilização do teste “U” de Mann-Whitney (p>0,05). Em termos percentuais de aporte as folhas (56,89%) foram mais representativas, seguidas dos galhos (25,66%), material reprodutivo (8,48%) e outros (8,97%). Não foram encontradas diferenças significativas nos aportes

otais, nem das frações, quando comparadas as distâncias 0-10m t

Para avaliação de possíveis diferenças em termos de aporte de serrapilheira da provenientes das estradas que recortam considerando efeitos de bor

arque, sugere-se o acompan p

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RESTAURAÇÃO DE PROCESSOS ECOLÓGICOS NA MATA ATLÂNTICA: SOLTURA DE CUTIAS NO PARQUE NACIONAL DA TIJUCA.

1

Alexandra dos Santos Pires , Clarissa Scofield Pimenta, Bruno Cid Crespo Guimarães & Fernando A. S. Fernandez2 1. Departamento de Ciências Ambientais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 2. Laboratório de Ecologia e Conservação de Populações, Departamento de Ecologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro. (aspires@ufrrj.br)

A perda de interações e processos ecológicos é considerada atualmente uma das maiores ameaças à biodiversidade. Nas florestas tropicais as cutias atuam como importantes dispersoras para diversas espécies de plantas, incluindo as que possuem sementes grandes (> 1,5 cm). Alguns estudos demonstraram que em áreas sem cutias, ou onde esses animais ocorrem em baixas densidades, há uma diminuição do recrutamento de plântulas, comprometendo assim a persistência de algumas espécies vegetais. Em 1969, quando foram iniciados os repovoamentos faunísticos no Parque Nacional da Tijuca, a cutia Dasyprocta leporina já era considerada rara, possivelmente devido à caça. A primeira soltura de cutias no Parque ocorreu em 1971 e uma nova soltura foi feita em 1973, totalizando 25 indivíduos liberados. Atualmente não há registros da espécie no Parque, sugerindo que a mesma pode estar localmente extinta. Este projeto de pesquisa tem como objetivo a soltura de cutias no PARNA Tijuca, com o intuito de estabelecer uma população viável em longo prazo. A soltura dos animais será feita de forma a aumentar a probabilidade de sobrevivência dos mesmos. Antes da liberação os animais permanecerão por 30 dias em uma área delimitada dentro do Parque, sendo alimentados com frutos e sementes disponíveis no local. A soltura será realizada na estação úmida, quando há uma maior disponibilidade de recursos, sendo seguida por suplementação alimentar. Todos os animais liberados serão equipados com colares radiotransmissores permitindo o monitoramento dos mesmos. O acompanhamento será realizado semanalmente nos três primeiros meses após a soltura e mensalmente até a morte do animal. O monitoramento tem como objetivo principal a avaliação do sucesso do programa de soltura, mas permitirá ainda a obtenção de informações sobre os animais incluindo seus padrões espaciais, horário de atividade, reprodução, dieta e causa da morte. Inicialmente serão liberados apenas cinco casais, sendo as solturas posteriores realizadas de acordo com os resultados preliminares. Será feita ainda uma avaliação do recrutamento de espécies arbóreas consumidas por cutias antes e após a soltura, sendo esperada uma redução do recrutamento da jaqueira (Artocarpos heterophyllus) devido à predação de parte das sementes por

utias. c

o, Dasyprocta leporina, interações animal-planta. Palavras-chave: Conservaçã

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CATÁLOGO ILUSTRADO DE ÁRVORES E ARBUSTOS DO PARQUE NACIONAL DA TIJUCA.

Aline Silva Machado¹, André Scarambone Zaú1,2, Gabriela Macedo Akemi Oda¹, Diogo Fonseca Mantovanelli¹ e Kyra van der Zee Penido¹. 1. Laboratório de Ecologia Florestal (UNIRIO). 2. Dept. de Botânica, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. (andrezau@unirio.br)

A Floresta Atlântica é caracterizada por sua alta biodiversidade e classificada

alavra-chave: Síndrome de dispersão, Grupos ecológicos, Estrato arbustivo-utorização SISBIO 15160-1.

como um importante “hotspot” mundial considerando seu estado de conservação, de toda sua cobertura original, resta hoje cerca de 7,6% . O Parque Nacional da Tijuca é um histórico e significativo remanescente deste Bioma inserido em matriz urbana. A criação do PARNA Tijuca se deu em 1961 e entre os processos históricos de formação da sua cobertura vegetal destaca-se as ações de desapropriação de terras, reflorestamentos, reintrodução de fauna e processos naturais de sucessão secundária. Hoje o parque totaliza cerca de 4mil ha, sendo importante área de turismo, lazer, educação e pesquisa. Visitantes de Unidades de Conservação podem ser importantes transmissores de reflexões e comportamentos frente aos desafios ambientais atuais. Por ano, o PARNA recebe um público de cerca de 1,4milhão de visitantes, sendo destes 485 mil no setor “A” – Floresta da Tijuca. O trabalho tem como objetivo tornar acessível ao público informações sobre relevante amostra da biodiversidade vegetal. A área de trabalho é classificada como área antrópica coberta por vegetação secundária sem palmeiras (Brasil, 1983), a formação originária é de Floresta Ombrófila Densa, predominantemente Submontana (senso IBGE, 1992). Para a elaboração do catálogo ilustrado, serão utilizadas imagens e informações do banco de dados do Laboratório de Ecologia Florestal da UNIRIO. As espécies constantes no catálogo serão selecionadas da lista de espécies levantadas pelo Laboratório e incluídas baseadas nos seguintes critérios: ameaçadas de extinção, relevância ecológica, uso antrópico, potencial ou relevância paisagística e disponibilidade e acessibilidade de imagens. Cada espécie terá no catálogo imagens de hábito, ramo, flores abertas e em pré-antese, casca externa e exudatos, frutos e sementes. Com relação às informações vinculadas a cada espécie, estas serão: nome científico, nome popular, grupo ecológico (senso Budowsky, 1965), síndrome de dispersão (senso Van der Pijil, 1972) e posicionamento geoecológico. Estas informações serão levantadas através de revisões bibliográficas e observações de campo. Espera-se sensibilizar e aproximar o público do parque de elementos da flora local com suas peculiaridades, contribuindo para a Conservação.

P

arbóreo. A

(26)

PROJETO ÁGUA EM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO – META: ACEIRO PARA CONTROLE DE INCÊNDIOS NO MORRO DO ELEFANTE – PARQUE

ACIONAL DA TIJUCA. N

João Ferraz1 e Andréa Vanini1. 1. Instituto Terrazul. (joaoffmello@gmail.com) O aceiro construído pelo Projeto Água em Unidade de Conservação consiste

uma faixa capinada no limite da floresta com áreas degradadas com presença n

maciça de gramíneas exóticas (como o capim colonião, o sapê e capim gordura). Estas gramíneas ressecam durante o período de estiagem (maio a agosto) e tornam-se material combustível para a propagação de incêndios florestais, causados principalmente pela queda de balões e pelo fogo ateado para renovar o pasto em terras vizinhas ao PARNA-Tijuca. No total são 5.375m de comprimento por 8m de largura, totalizando 43.000 m2. Foram iniciadas no dia 04 de Setembro as atividades de restauração florestal no morro do Elefante, uma área de difícil acesso, declive acentuado e de usos conflitantes – de um lado a Unidade de Conservação de proteção integral e de outro, áreas de pasto para criação extensiva de gado. Foi considerada como uma área prioritária no Ciclo II do Projeto Água em Unidade de Conservação, para restauração. Trata-se de uma área aberta, muito íngreme, sujeita a movimentos de massa, erosão laminar, rastejo do solo causado pelo pisoteio do gado, além da recorrência de fogo. Será realizado o plantio direto, em curvas de nível dispostas em quincôncio, com espaçamento de dois metros entre as mudas.

Palavras-chave: Mata Atlântica, Restauração florestal, Combate a incêndio, Aceiro.

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MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO MANEJO DA Dracaena fragrans (L.) KER-GAWL (ANGIOSPERMAE – RUSCACEAE): UMA ESPÉCIE EXÓTICA INVASORA NO PARQUE NACIONAL DA TIJUCA, RIO DE JANEIRO, RJ

lli raújo¹, Mateus Vieira da Cunha Salim¹ & André Scarambone Zaú¹ ². 1. Diogo Fonseca Mantovanelli¹, Christian Aparecido da Silva¹, Ricardo Care

, A

Laboratório de Ecologia Florestal (UNIRIO). 2. Dept. de Botânica, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. (xbiscoitox@hotmail.com)

O Brasil, um dos países de maior biodiversidade do mundo é também considerado o país de flora mais rica do mundo. Entretanto, a Mata Atlântica que originalmente ocupava cerca de 15% do território nacional, está atualmente reduzida a apenas 1%, ou cerca de 7,6% de sua cobertura original. Atualmente, a maioria dos seus remanescentes encontram-se em áreas de difícil acesso, como montanhas e vales, e distribuídos em fragmentos isolados, altamente perturbados, pouco conhecidos e pouco protegidos. A ocorrência de espécies exóticas invasoras é considerada a segunda maior ameaça a biodiversidade, perdendo apenas para a destruição de habitats decorrente da exploração humana direta. Estudos recentes desenvolvidos no PARNA Tijuca apontam para a necessidade efetiva de controle da exótica invasora Dracaena fragrans (L.) Ker-Gawl (Ruscaceae). Certamente, ao ser extraída de locais onde ocorre com alta densidade, métodos de restauração da vegetação nativa são indicados, com vistas a aumentar a velocidade da sucessão e recompor características geoecológicas de locais com cobertura vegetal densa. O

bjetivo geral da

o s atividades é a avaliação e monitoramento do manejo de o e o monitoramento serão realizados a partir de quatro tratamentos: 1)

cífico com P. nuda e; 4) strados o percentual de obertura do solo pelas mudas e plântulas; o percentual de cobertura do solo por serrapilheira; a altura total das mudas e plântulas (cm); o número de folhas das mudas e plântulas; aspectos de sanidade das mudas e plântulas (predação, herbivoria, patógenos, quebras etc. e o incremento da riqueza de espécies vegetais ao longo do tempo (número de espécies).

Palavras-chave: Manejo de exótica invasora, revegetação, reflorestamento, regeneração natural.

exclusão da espécie exótica invasora Dracaena fragrans (L.) Ker-Gawl (Ruscaceae) no setor “A” - Floresta da Tijuca, do Parque Nacional da Tijuca. A

valiaçã a

Controle; 2) Regeneração natural, 3) Plantio monoespe evegetação mista, ao longo de 12 meses, sendo regi R

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