• Nenhum resultado encontrado

Análise preliminar de perigo de incêndios em armazém de açúcar VHP para exportação

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Análise preliminar de perigo de incêndios em armazém de açúcar VHP para exportação"

Copied!
83
0
0

Texto

(1)

MARCELLA GARCIA BALDIN

ANÁLISE PRELIMINAR DE PERIGO DE INCÊNDIOS EM ARMAZÉM

DE AÇÚCAR VHP PARA EXPORTAÇÃO

MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO

LONDRINA/PR 2017

(2)

MARCELLA GARCIA BALDIN

ANÁLISE PRELIMINAR DE PERIGO DE INCÊNDIOS EM ARMAZÉM

DE AÇÚCAR VHP PARA EXPORTAÇÃO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentada como requisito parcial à obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Londrina.

Orientadora: Profª. Drª. Sueli Tavares de Melo Souza

LONDRINA/PR 2017

(3)

ANÁLISE PRELIMINAR DE PERIGO DE INCÊNDIOS EM ARMAZÉM DE AÇÚCAR VHP PARA EXPORTAÇÃO

por

MARCELLA GARCIA BALDIN

Este Trabalho de Conclusão de Curso de Especialização foi apresentado em 28 de fevereiro de 2017 como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho. O(a) candidato(a) foi arguido(a) pela Banca Examinadora composta pelos professores abaixo assinados. Após deliberação, a Banca Examinadora considerou o trabalho aprovado.

__________________________________ Sueli Tavares de Melo Souza

Prof.(a) Orientador(a)

___________________________________ Me.: José Luis Dalto

Membro titular

___________________________________ Dr.: Marco Antonio Ferreira

Membro titular

(4)

Dedico este trabalho aos meus pais e irmãs, pelo amor incondicional.

(5)

Cada pessoa é aquilo que crê; fala o que gosta; retém o que procura; ensina o que aprende; tem o que dá e vale o que faz.

(6)

RESUMO

BALDIN, Marcella Garcia. Análise preliminar de perigo de incêndios em armazém de açúcar VHP para exportação. 2017. 61. Trabalho de Conclusão de Curso Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho- Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Londrina, 2017.

Dada a necessidade de armazenamento de açúcar para a comercialização ao longo de todo o ano, os silos de armazenamento de açúcar devem ser projetados de forma a atender as necessidades e manter as características do açúcar sem esquecer da segurança das instalações e dos operadores. O açúcar, por ser uma partícula com uma granulometria pequena, facilmente fica em suspensão na atmosfera quando movimentado, podendo criar uma atmosfera explosiva. Aliado a isso, os silos de armazenamento são compostos por diversos elementos com possibilidade de ser tornarem uma fonte de ignição, tais como rolamentos das esteiras, elevadores de caneca. A análise preliminar de perigos (APP) proposta neste trabalho foi necessária para identificar inicialmente os perigos expostos e sugerir medidas que minimizem os riscos de incêndio. Através da APP foram propostas medidas mitigadoras para cada cenário: limpeza regular dos equipamentos, adequação dos equipamentos elétricos utilizados na instalação, treinamentos aos funcionários, sistema de proteção a descargas atmosféricas, manutenção regular, adequação dos parâmetros de umidade e granulometria do açúcar e instalação de barreiras físicas entre os ambientes do silo. Outra constatação foi que todos os cenários possuíam frequência provável e severidades críticas ou catastróficas, classificando os riscos como “Não tolerável”.

Palavras-chave: Açúcar. Silos de armazenamento. Análise preliminar de perigo. Medidas mitigadoras.

(7)

small particle size, easily sits in the atmosphere when bustling, creating an explosive atmosphere. Along with this, the storage silos are composed of several elements with the possibility of becoming a source of ignition, such as mat bearings, bucket elevators. The preliminary hazard analysis (PHA) proposed in this study was necessary to identify initially the hazards exposed and suggest measures that minimize the risk of fire. Through PHA they were proposed mitigating measures for each scenario: regular cleaning of equipment, adequacy of the electrical equipment used in the installation, training employees, lightning protection system, regular maintenance, adequacy of moisture parameters and sugar grain size and installation of physical barriers between silo environments. Another finding was that all scenarios had probable frequency and critical severity or catastrophic, classifying risks as "Not tolerable."

Keywords: Sugar. Storage garners. Preliminary hazard analysis. Mitigating measures.

(8)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Projeção da safra 2015/16 a 2025/26 ... 18

Figura 2: Parâmetros de análises de explosões de alguns produtos. ... 21

Figura 3: Classificação da explosão de acordo com indicadores ... 21

Figura 4: Exemplo de moega ... 23

Figura 5: Desenho esquemático para tombador. ... 23

Figura 6: Modelo de elevador de canecas ... 24

Figura 7: Modelo de esteira comumente utilizado. ... 25

Figura 8: Produto armazenado no interior do silo no momento da expedição. ... 26

Figura 9: Triangulo do fogo. ... 27

Figura 10: Açúcar queimando durante incêndio na Rumo Logística. ... 28

Figura 11: Explosão na refinaria de açúcar “Imperial Sugar” ... 30

Figura 12: Incêndio no silo de armazenamento de açúcar – Copersucar ... 31

Figura 13: Incêndio no silo de armazenamento de açúcar – Copersucar ... 31

Figura 14: Açúcar fundido escoando. ... 32

Figura 15: Açúcar derretido espalhado pela região. ... 32

Figura 16: Escoamento do açúcar derretido para as redes de drenagem de água pluvial. ... 33

Figura 17: Peixes mortos pelo derramamento de calda de açúcar no estuário. ... 33

Figura 18: Registro de emergências químicas do incêndio do terminal “Agrovia”. ... 34

Figura 19: armazém totalmente destruído após o incêndio. ... 35

Figura 20: “Montanha” de açúcar queimado. ... 35

Figura 21: Vazamento do açúcar caramelizado. ... 36

Figura 22: Peixes mortos pelo derramamento da calda no rio. ... 36

Figura 23: Foto do armazém completamente destruído após o incêndio. ... 37

Figura 24: Vista aérea do armazém após o incêndio. ... 37

Figura 25: Armazém da Rumo logística atingido por incêndio. ... 38

Figura 26: Armazém da Rumo logística atingido por incêndio. ... 38

Figura 27: Registro de emergências químicas do incêndio do terminal Rumo Logística. ... 39

Figura 28: Silo da TEAG acometido pelo incêndio. ... 40

Figura 29: Destruição do silo após o término do incêndio. ... 40

Figura 30: Modelo de armazém de açúcar criado para a aplicação deste estudo. .. 42

(9)
(10)

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Modelo utilizado para a análise preliminar de perigo. ... 42

Quadro 2: Classificação da frequência de ocorrer os cenários de acidentes. ... 43

Quadro 3: Classificação da severidade dos cenários de acidentes. ... 44

Quadro 4: Matriz de Riscos ... 44

Quadro 5: Análise preliminar de Perigo aplicado em silos de armazenamento de açúcar para exportação. ... 47

Quadro 6: Análise preliminar de Perigo aplicado em silos de armazenamento de açúcar para exportação (Continuação). ... 48

(11)

3.1. Açúcar no Brasil ... 18

3.2. Características físico químicas do pó de açúcar VHP ... 19

3.3. Armazéns a granel ... 21

3.3.1. Moegas e tombadores ... 22

3.3.2. Elevadores e esteiras de transporte ... 23

3.4. Geração de pó nos terminais de açúcar provocando incêndio. ... 26

3.4.1. Fonte de ignição ... 27

3.4.2. Comburente ... 28

3.4.3. Combustível ... 28

3.5. CASOS DE Incêndios ... 29

3.5.1. Imperial Sugar... 29

3.5.2. Terminal Açucareiro “COPERSUCAR” - Santos ... 30

3.5.3. Terminal da “Agrovia” - Santa Adélia ... 34

3.5.4. Terminal da “Rumo Logística” - Santos ... 37

3.5.5. Incêndio ocorrido no “TEAG - Terminal de Exportação de Açúcar do Guarujá Ltda.” (out/2014), Guarujá ... 39

4. MATERIAL E MÉTODOS ... 41

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES ... 45

5.1. Medidas mitigadoras ... 49

5.1.1. Limpeza regular ... 49

5.1.2. Equipamento elétrico adaptado ao risco de explosão ... 50

5.1.3. Procedimentos, instruções e treinamentos ... 51

5.1.4. Sistema de Proteção contra Descarga Atmosférica (SPDA) ... 52

5.1.5. Procedimentos, instruções e fiscalizações ... 52

(12)

5.1.7. Barreiras físicas entre os ambientes ... 53 6. CONCLUSÃO ... 55 REFERÊNCIAS ... 57

(13)

com qualidade ao destino final. Não só o açúcar deve seguir essas exigências, mas também o silo ou armazém que deve ser projetado de maneira a atender os diversos parâmetros quanto a qualidade do açúcar e controle de risco de explosões.

O açúcar produzido nas usinas pode ser armazenado de duas maneiras: unitizado (empacotados para consumo do varejo, ensacado em sacos de ráfia de 50 kg para exportação ou em big bags de 1000 ou 1200 kg) ou a granel. O armazenamento unitizado requer uma utilização maior de mão de obra para na operação de envase, transporte, empilhamento e desempilhamento, enquanto que, para armazenamento em silos a granel, não é exigido todo esse esforço (MANFRIM, 1994).

Contudo, o armazenamento a granel favorece a geração de pó de açúcar em suspensão, principalmente no momento do carregamento e descarregamento do caminhão, carregamento do silo e nas movimentações pelo elevador. Há inclusive histórico de algumas explosões de grandes proporções em silos de açúcar.

No Brasil, o maior produtor e exportador de açúcar do mundo, foram registradas algumas explosões em silos de armazenamentos de açúcar nos anos de 2013 e 2014, acarretando em mortes de trabalhadores, contaminação do meio ambiente, mortandade de peixes e perda de milhares de toneladas de açúcar.

Não há dúvidas da importância das indústrias de açúcar na geração de receita e empregos no Brasil. Porém investir em melhores equipamentos e práticas para a segurança das operações de armazenamento contribui para um desenvolvimento sustentável. Levantar informações, promover o debate com os representantes do setor e da sociedade, e se profundar no tema é uma forma de identificar possíveis riscos e auxiliar na escolha de medidas de prevenção de acidentes.

Diante do exposto acima, este trabalho visa identificar os riscos existentes na operação de armazenamento de açúcar voltado para exportação em silos

(14)

horizontais e propor adequações estruturais e operacionais para a minimização de incêndios nestas instalações.

(15)

 Realizar avaliação de riscos em armazéns horizontais pelo método proposto de Análise Preliminar de Perigo (APP);

 Propor melhorias das condições construtivas para minimização de riscos;  Propor melhorias das condições técnicas operacionais para redução de

(16)

3. REFERENCIAL TEÓRICO

3.1. AÇÚCAR NO BRASIL

As usinas de cana de açúcar são responsáveis pela produção e comercialização do açúcar. A venda pode ser tanto para o mercado interno (consumo do varejo, indústrias alimentícias ou de bebidas, etc.) ou para o mercado externo.

O consumo interno de açúcar no Brasil na safra de 2015/2016 (Figura 1) foi de 11.400 mil toneladas, enquanto que açúcar exportado foi de 26.134 mil toneladas (MAPA, 2015). Na Figura 1 também é possível visualizar projeção feita para os demais anos até 2025/26.

Figura 1: Projeção da safra 2015/16 a 2025/26 Fonte: AGE/Mapa e SGE/Embrapa, 2015

Com base nos dados da Figura 1 pode-se afirmar que a fatia direcionada a exportação passa dos 70% em comparação ao produzido no ano 2015/2016. É importante salientar essa diferença entre o açúcar para consumo interno e para exportação, pois o destino interfere diretamente na tipologia do açúcar, na sua forma de armazenamento e transporte.

O açúcar para consumo interno (açúcar branco: cristal ou refinado) geralmente é ensacado na usina, uma vez que facilita a segregação por lotes, armazenamento, transporte e recebimento do produto seja por supermercados ou indústrias alimentícias. Como o carregamento e descarregamento dos sacos é feito

(17)

tempo de carga e descarga dos caminhões ou trens e o tempo de carga nos navios. Além dos menores custos de transporte de carga e descarga, os navios para transporte comumente utilizados são os chamados “graneleiros”, que são destinados para o transporte de produtos a granel (JANOTTI, 2012).

3.2. CARACTERÍSTICAS FÍSICO QUÍMICAS DO PÓ DE AÇÚCAR VHP

Para o armazenamento prolongado de açúcar VHP, é favorável um menor teor de umidade, uma vez que a umidade auxilia no desenvolvimento de bactérias, bolores e leveduras (PARAZZI, 2009) e segundo análises elaboradas pelo laboratório do INMETRO, constatou-se que a umidade auxilia no processo de empedramento (formação de "pedras") ocasionado pela aglomeração dos cristais, o que dificulta o seu uso.

Devido aos incêndios ocorridos entre os anos de 2013 e 2014 em silos de armazenamento de açúcar, descritos no item 3.5, realizou-se um seminário “Prevenção e combate a incêndios em terminais de movimentação de açúcar a granel” realizado pela Companhia Docas de São Paulo (CODESP), responsável pela administração do Porto de Santos. O evento reuniu mais de cem pessoas e contou com a presença de especialistas do setor (REVISTA INCÊNDIO, 2015).

Ao longo do evento, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Etanol (UNICA) expôs dados que mostravam a razão do acentuado aumento de incêndios. Segundo a instituição: “O açúcar produzido atualmente está mais fino e, consequentemente, mais seco”. Esta condição gera mais partículas e traz mais riscos de fogo. De acordo com reportagem feita pela Revista Incêndio (2015) sobre o seminário, a UNICA afirmou que uma granulometria deverá ser estabelecida a fim de haver uma estocagem e um manuseio mais seguro.

(18)

A umidade e a granulometria dos açúcares são os fatores essenciais para minimizar a suspensão de material particulado. Quanto menor a partícula de açúcar e menor o teor de umidade, maior a suspensão na atmosfera.

De acordo com a Portaria Nº 152, de 2013 do Ministério da Agricultura e Pecuária, o VHP, possui um limite máximo de 0,15% de umidade (Tabela 1). De acordo com informações do Eng. Waldemir Pizaia apresentada em no seminário “Prevenção e combate a incêndios em terminais de movimentação de açúcar a granel”. Muitas usinas, para minimizar o risco de contaminação biológica e evitar o empedramento, bem como garantir uma maior durabilidade do açúcar, mantém os níveis de umidade superior a 0,10%,

Tabela 1: Parâmetros de qualidade do açúcar

Classes Tipos Parâmetros

Umidade (% máx.) Branco Cristal 0,1 Refinado amorfo 0,3 Refinado granulado 0,05 Confeiteiro 0,3 Bruto Demerara 1,2 VHP 0,15 VVHP 0,15

Fonte: Adaptado de Portaria nº 152 de 2013

Além do baixo teor de umidade no açúcar, outro fator importante a ser considerado para a geração de pós e consequente risco de explosão é o diâmetro do açúcar.

A possibilidade de criação de uma atmosfera explosiva com presença de pós finos é alta, pois partículas menores geram maior movimentação facilitando a suspensão na atmosfera. Isto é evidenciado em De Sá (2010) quando afirma que substâncias sólidas se tornam explosivas na forma de pó fino. Essas substâncias incluem materiais orgânicos como grãos, açúcar, madeira e carvão; orgânicos sintéticos e químicos.

De acordo com Paul Caulkins, diretor de Quality Assurance da Imperial Sugar, partículas com diâmetro de 420 micras já podem servir como combustível e contribuir na propagação de um incêndio. Segundo dados divulgados pela Imperial Sugar, o açúcar pode variar sua granulometria de 850 a 150 micras, concentrando a maior parte entre 350 e 450 micras (apud VORDERBRUEGGEN, 2011).

Ratificando o exposto acima, a Fire Protect Handbook, define alguns parâmetros para análises de explosões provocadas por diversos pós. Os

(19)

Figura 2: Parâmetros de análises de explosões de alguns produtos. Fonte: Adaptado de Fire Protect Handbook.

De acordo com a Fire Protect Handbook, deve-se considerar os seguintes intervalos para classificação do risco de explosão (Figura 3):

Figura 3: Classificação da explosão de acordo com indicadores Fonte: Fire Protect Handbook

Comparando os dados da Figura 2 e da Figura 3 para o açúcar em pó, pode-se concluir que o tipo de explosão pode-se classifica como “Forte” para os parâmetros Ie (9,6) e o Si (4), e como “Muito forte” para o Ge (2,4).

3.3. ARMAZÉNS A GRANEL

De acordo com Ballou (2009) armazenar consiste em estocar produtos devido a redução dos custos de transporte e produção, arranjo entre oferta e demanda, assistência ao processo de produção e auxílio na comercialização.

O processo de armazenamento de produtos é parte integrante de todos os sistemas logísticos, seja para armazenamento de matérias primas para a produção ou estoque de produtos acabados aguardando destinação.

(20)

No caso de armazenamento de açúcar, se refere ao produto finalizado nas refinarias. Em seguida, este açúcar pode ser destinado para supermercados, indústrias ou para outro armazém de exportações.

Um dos meios de armazenamento são os silos. Estes podem ser horizontais, onde, de acordo com o Departamento de Prevenção do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo (CBPMESP): “é um grande depósito horizontal, onde prevalece a relação da base maior que a altura”. A deposição do material a granel é feita pela parte superior, ao longo do cume da cobertura e o material é amontoado em geometria piramidal. Enquanto os silos verticais são definidos como: “silos cilíndricos, construídos em concreto ou em chapas de aço. A área ocupada é relativamente pequena porque as dimensões de altura são muitas vezes maiores que as de seu diâmetro”.

Para aplicação deste estudo, utilizou-se os silos horizontais, uma vez que são comumente utilizados para o armazenamento de açúcar, como observado nos armazéns reportados no item 3.5.

Os armazéns horizontais são compostos por diversos sistemas construtivos, como: moegas, tombadores, elevadores e esteiras para carregamento e descarregamento. Estes subsistemas do armazenamento serão descritos detalhadamente no item a seguir:

3.3.1. Moegas e tombadores

As moegas e os tombadores são os sistemas comumente utilizados para o descarregamento do caminhão transportador do material para o silo.

A moega é um sistema mais simples quando comparado com o tombador. O caminhão estaciona sobre uma grade preparada para o recebimento, onde este, por meio de uma abertura inferior realiza o descarregamento do açúcar pela ação da gravidade ou por sistemas basculantes, até um compartimento ou esteira localizado abaixo da grade.

Após o descarregamento do açúcar que caem por gravidade, é necessário que um funcionário realize a raspagem do caminhão para retirar o produto que ficou acumulado nos cantos e pontos onde a abertura não abrange (Figura 4). O tempo de descarregamento desta maneira varia de 10 a 15 minutos (Silva, 2010).

(21)

Figura 4: Exemplo de moega

Fonte: NPT 027 - Armazenamento em silos.

Já o tombador (Figura 5) é um sistema mecânico para descarga de caminhões, no qual a descarga ocorre em tempo bem inferior quando comparado ao descarregamento por moegas. O processo de tombamento do caminhão e descarga do produto leva, aproximadamente 4 minutos (Silva, 2010).

Neste processo, o caminhão é “tombado” por um sistema hidráulico, da forma como é mostrada na figura abaixo e o produto é descarregado mais facilmente em direção a moega.

Figura 5: Desenho esquemático para tombador. Fonte: Silva (2010)

3.3.2. Elevadores e esteiras de transporte

Os elevadores são responsáveis por levar o produto de um nível mais baixo até um nível superior. São utilizados para a retirada da mercadoria da moega, que se localiza em nível abaixo do solo, até a extremidade superior do silo onde o produto é despejado.

(22)

O modelo de elevador mais empregado em silos é o de canecas. As canecas são fixadas em correias, da forma como é apresentado na Figura 6.

Figura 6: Modelo de elevador de canecas Fonte: JMS equipamentos.

As correias transportadoras, geralmente sobre partes rolantes denominadas roletes (Figura 7), são as responsáveis por transportar o açúcar horizontalmente na saída do elevador até o centro do silo, onde é despejado no interior da área de armazenamento. Ou então, no momento da saída do produto do armazém, por se utilizar correias para o transporte até o elevador.

(23)

Figura 7: Modelo de esteira comumente utilizado. Fonte: JMS Equipamentos.

Na expedição do produto, é aberta uma porta localizada no piso do armazém onde a mercadoria cai, por ação da gravidade nas esteiras transportadoras localizadas ao fundo do silo, como pode ser observado pela imagem da Figura 8 e são encaminhadas ao elevador de caneca.

(24)

Figura 8: Produto armazenado no interior do silo no momento da expedição. Fonte: COAMO

3.4. GERAÇÃO DE PÓ NOS TERMINAIS DE AÇÚCAR PROVOCANDO INCÊNDIO.

A Norma de Procedimento Técnico 027 – “Armazenamento em silos” no item 5.7 estabelece alguns cuidados para o controle de poeira em armazéns

5.7.1 A poeira deve ser coletada em todos os pontos de produção de pó dentro da unidade armazenadora e instalação de movimentação como: na admissão ou descarga de transportadores de correias, despoeiramento ao longo dos túneis, balanças de fluxo, elevadores e máquinas de limpeza. 5.7.2 Especial atenção deve ser dada aos pontos de transferência de grãos, nas moegas rodoviárias e moegas ferroviárias assim como no carregamento em caminhões e navios.

Ratificando o exposto, os maiores riscos de acúmulo de pós e geração de uma atmosfera explosiva ocorre no momento de transferências do açúcar. Seja horizontalmente ou verticalmente.

Uma atmosfera explosiva acontece quando existe contato entre um comburente (oxigênio) e um combustível (pode ser gás, vapor, poeira ou fibras) e

(25)

Figura 9: Triangulo do fogo. Fonte: Exincêndios, 2017.

3.4.1. Fonte de ignição

A energia, geralmente na forma de calor, necessária para iniciar o incêndio intitula-se energia de ativação, ou fonte de ignição. Esta pode ter origens em diversas fontes, conforme alguns exemplos abaixo:

 Curto circuito em equipamento ou instalação elétrica;

 Iluminação incandescente inadequada ao ambiente;

 Superaquecimento de rolamento ou rolete;

 Excesso de velocidade da correia transportadora;

 Desalinhamento da correia transportadora;

 Superaquecimento de equipamentos elétricos devido ao excesso de pó acumulado;

 Atrito mecânico - elementos rotativos (Ex.: redutores);

 Qualquer chama exposta.

Nos armazéns de açúcar há diversas fontes elétricas, como os elevadores e esteiras, o acúmulo de açúcar em algum local de movimentação mecânica e partes rolantes pode ocasionar em superaquecimento por atrito.

(26)

3.4.2. Comburente

Quanto ao comburente é um elemento ou composto químico susceptível de provocar a oxidação ou combustão de outras substâncias (Guerra, 2006). Ou seja, é o alimento da combustão, pois ele permite que o combustível seja consumido na reação. As combustões são reações de oxidação-redução em que o comburente é a espécie química oxidante (Chang, 2009).

O melhor exemplo de comburente é o oxigênio contido no ar que respiramos, ele é responsável por 99,9% de todas as combustões (Guerra, 2006).

Um fator relevante no incêndio é a porcentagem de oxigênio disponível para alimentar o fogo. No caso do açúcar, com apenas 10% de oxigênio pode-se originar um incêndio, de acordo com a Companhia de Docas do Estado de São Paulo (CODESP) em apresentação no seminário “Prevenção e combate a incêndios em terminais de movimentação de açúcar a granel”.

3.4.3. Combustível

A combustão é a substância que irá reagir com o comburente para realizar a queima. Para este estudo, abordamos como combustível o açúcar (Figura 10).

Figura 10: Açúcar queimando durante incêndio na Rumo Logística. Fonte: CETESB.

Portanto, a geração de pós em terminais de açúcar não é unicamente a causa dos incêndios, mas atua como um vetor de rápida propagação do incêndio (JÚNIOR, 2014).

(27)

Santos e um no Guarujá – ambas as cidades atendem ao porto de Santos. E uma em um armazém localizado no interior do estado de São Paulo.

3.5.1. Imperial Sugar

No ano de 2008, em Savannah, estado da Georgia nos Estados Unidos da América (EUA) ocorreu um grave acidente em uma refinaria de açúcar.

Houve uma explosão que feriu mais de 30 pessoas e 15 chegaram a óbito, segundo dados da CSB (Chemical Safety Board), órgão responsável por analisar e avaliar as causas deste acidente.

A investigação realizada indicou que houve uma explosão de pó seguida de várias outras destruindo a refinaria. A explosão iniciou o incêndio e causou o colapso parcial de um edifício de quatro pisos. A Occupational Safety and Health Administration (OSHA) (Administração de Saúde e Segurança no Trabalho) reportou que a explosão teve início no elevador de canecas.

Segundo relatório realizado pelo CSB, a primeira explosão desencadeou mais pó combustível na atmosfera causando explosões secundárias em outros compartimentos da refinaria, até os edifícios adjacentes (Figura 11).

(28)

Figura 11: Explosão na refinaria de açúcar “Imperial Sugar” Fonte: CSB (2009).

3.5.2. Terminal Açucareiro “COPERSUCAR” - Santos

O incêndio na Companhia Auxiliar de Armazéns Gerais S.A., conhecida como COPERSUCAR ocorreu em outubro de 2013, no terminal portuário de Santos – SP.

O fogo teve início nas linhas de abastecimento do Armazém 20/21. No momento, as esteiras estavam em operação normal. De acordo com o com informações da COPERSUCAR, na apresentação “Prevenção e Combate a Incêndios em Terminais de Movimentação de Produto a Granel”, disponibilizada no Anexo B, o incêndio atingiu quatro depósitos da COPERSUCAR.

Segundo dados do 6º Grupamento de Bombeiros, o incêndio iniciou as 06:14h e teve uma duração de 12 horas até a extinção das chamas e de 3 dias até o termino das operações, o que mostra ser um incêndio de larga escala.

As Figura 12 e Figura 13 mostram algumas imagens retiradas da apresentação do 6º Grupamento de Bombeiros da Baixada Santista.

(29)

Figura 12: Incêndio no silo de armazenamento de açúcar – Copersucar Fonte: 6º Grupamento de Bombeiros da Baixada Santista.

Figura 13: Incêndio no silo de armazenamento de açúcar – Copersucar Fonte: 6º Grupamento de Bombeiros da Baixada Santista.

A “montanha” de açúcar queimado pelo incêndio ocasionou a formação de um “canal” de escoamento do açúcar fundido e posteriormente o espalhamento do açúcar pela região (Figura 14 e Figura 15).

(30)

Figura 14: Açúcar fundido escoando. Fonte: CETESB.

Figura 15: Açúcar derretido espalhado pela região.

O enorme volume de água utilizada no combate ao incêndio também auxiliou no escoamento do açúcar derretido para a rede de drenagem de água pluvial (Figura 16) a qual teve o seu destino no estuário (cruzamento do rio com o mar).

(31)

Figura 16: Escoamento do açúcar derretido para as redes de drenagem de água pluvial. Fonte CETESB.

Pelo relato da CETESB, ilustrado na Figura 17, estima-se que foram recolhidos 4.050 kg de peixes mortos, 25 big bags de peixes de espécies variadas, (11 meros (Epinephelus itajara), 1 raia prego (Dasyatis americana) e 03 tartarugas). Sendo 02 tartarugas-verde (Chelonia mydas) e 1 tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata).

(32)

Além dos impactos na vida marinha da região, este incêndio foi considerado o maior incêndio do Porto de Santos pois foi perdido 180.000 toneladas em volume de açúcar, estimado em R$ 130 milhões de reais (AGENCIA ESTADO, 2013)

3.5.3. Terminal da “Agrovia” - Santa Adélia

O terceiro incêndio com explosão ocorreu em Santa Adélia, interior do estado de São Paulo, em 25 outubro de 2013 no terminal da Agrovia. Este incêndio teve início às 13:07h.

O registro de emergências químicas (Figura 18) aponta que houve um vazamento de 28.000 toneladas de açúcar gerando novamente resíduos de açúcar derretido carreados para as galerias de águas pluviais.

Figura 18: Registro de emergências químicas do incêndio do terminal “Agrovia”. Fonte: Cetesb

As fotos retiradas do relatório da Cetesb estão apresentadas abaixo (Figura 19 eFigura 20):

(33)

Figura 19: armazém totalmente destruído após o incêndio. Fonte: Cetesb.

Figura 20: “Montanha” de açúcar queimado. Fonte: Cetesb

O incêndio ocasionou também poluição com a emissão de aproximadamente 5 mil metros cúbicos de águas residuárias e o carreamento de cerca de 1.000 toneladas de açúcar caramelizado (Figura 21), que consumiu o oxigênio dissolvido das águas superficiais dos rios São Domingos e Turvo, em trechos de 25 e 60 Km, resultando na mortandade de aproximadamente 14 toneladas de peixes (Figura 22)

(34)

Figura 21: Vazamento do açúcar caramelizado. Fonte: Cetesb

Figura 22: Peixes mortos pelo derramamento da calda no rio. Fonte: Cetesb

(35)

Figura 23: Foto do armazém completamente destruído após o incêndio. Fonte: Cetesb

Figura 24: Vista aérea do armazém após o incêndio. Fonte: Cetesb

(36)

Figura 25: Armazém da Rumo logística atingido por incêndio. Fonte: Cetesb

Figura 26: Armazém da Rumo logística atingido por incêndio. Fonte: Cetesb

De acordo com o Registro de Emergências Químicos (Figura 27) fornecido pela Cetesb, o incêndio no armazém da Rumo Logística iniciou-se no equipamento de transporte de açúcar a granel (esteira). Este equipamento realizava as ações de carga e descarga entre os navios no porto de Santos e os galpões de armazenamento. Por ser um canal de ligação, acabou atingindo os armazéns de número X (dez) e V (cinco) da Rumo Logística.

(37)

Figura 27: Registro de emergências químicas do incêndio do terminal Rumo Logística. Fonte: Cetesb

3.5.5. Incêndio ocorrido no “TEAG - Terminal de Exportação de Açúcar do Guarujá Ltda.” (out/2014), Guarujá

No dia 20 de outubro de 2014, o Terminal Exportador de Açúcar do Guarujá (TEAG) foi acometido por um incêndio as 05:45h e teve uma duração de 4 horas até a extinção das chamas e 12 horas até o termino das operações. O incêndio ocasionou a queima de 50 mil toneladas de açúcar que estavam ali armazenados e a destruição completa do silo (Figura 28 e Figura 29).

(38)

Figura 28: Silo da TEAG acometido pelo incêndio. Fonte: Cetesb

Figura 29: Destruição do silo após o término do incêndio. Fonte: Cetesb

(39)

retrabalhos e maiores custos quando comparada a realizada inicialmente.

Nesta análise é realizado um levantamento de todas as possíveis causas de acidentes e a consequência para cada situação. É realizada uma análise qualitativa apenas dos riscos para cada situação abordada, onde é estipulada a frequência em que o acidente pode ocorrer, a severidade dos efeitos e o risco associado. Os resultados não fornecem estimativa numérica.

A metodologia APP foi realizada pelo preenchimento de uma planilha padrão elaborada a partir de outros modelos contidos no Anexo C que leva em consideração o contexto da operação de armazenagem de açúcar. Nesta metodologia foram considerados os perigos e as fontes de perigo, tomando como base os estudos de casos apresentados no item 3.5.

Adotou-se como escopo deste estudo a análise dos possíveis riscos em um suposto armazém de açúcar a granel localizado em uma cidade portuária no qual o açúcar será destinado a navios de exportação.

O armazém concebido para este estudo é comumente utilizado com 6 subconjuntos, apresentados a seguir.

 Silo horizontal;  Moega;

 Tombador;

 Elevador e esteira para carregamento do silo;  Elevador e esteira para o descarregamento do silo;  Esteira para o carregamento do navio de exportação.

Estes recintos são definidos de acordo com a possibilidade de ocorrência de um incêndio.

(40)

Figura 30: Modelo de armazém de açúcar criado para a aplicação deste estudo. Fonte: Autoria própria.

A planilha utilizada neste trabalho teve como base o APR e análise de risco do Ibama (Anexo C) para a análise preliminar dos perigos existentes no armazém acima. O quadro 1 mostra a APP composta por nove colunas.

Perigo Causa Modo de

detecção Efeito Categorias Medidas /Observações Cenário F S Risco

Quadro 1: Modelo utilizado para a análise preliminar de perigo. Fonte: Autoria própria.

A primeira coluna do quadro é a de Perigos, nelas serão identificados os possíveis perigos envolvidos no silo de armazenamento que podem ocasionar explosões.

Na segunda coluna, são apresentadas as causas dos perigos citados na coluna anterior, na terceira foram apresentados os modos de detecção que podem ser utilizados para detectar as causas. Os efeitos (ou consequências) são apresentados na quarta coluna.

(41)

A

remota < 1 em 10 anos empreendimento.

Sem referências históricas de que isto tenha ocorrido.

B Remota 1 em 10

3

anos a

1 em 105 anos

Não esperado ocorrer durante a vida útil da instalação, apesar de haver referências históricas.

C Pouco provável 1 em 30 anos a 1

em 103 anos

Possível de ocorrer até uma vez durante a vida útil da instalação.

D Provável 1 por ano a 1 em

30 anos

Esperado ocorrer mais de uma vez durante a vida útil da instalação.

E Frequente > 1 por ano Esperado ocorrer muitas vezes

durante a vida útil da instalação.

Quadro 2: Classificação da frequência de ocorrer os cenários de acidentes. Fonte: Norma 2782.

A sexta coluna é a classificação do cenário quanto o seu grau de severidade dos efeitos, também retirado da Norma 2782 (Quadro 3).

(42)

Categoria

Descrição/Características

Segurança Pessoal, das Instalações ou ao Meio Ambiente.

I Desprezível Nenhum dano ou dano não mensurável

II Marginal Danos irrelevantes ao meio ambiente e à comunidade externa.

III Crítica

Possíveis danos ao meio ambiente devido a liberações de substâncias químicas tóxicas ou inflamáveis, alcançando áreas externas à instalação. Pode provocar lesões de gravidade moderada na população externa ou impactos ambientais com reduzido tempo de recuperação.

IV Catastrófica

Impactos ambientais devido a liberações de substâncias químicas, tóxicas ou inflamáveis, atingindo áreas externas às instalações. Provoca mortes ou lesões graves na população externa ou impactos ao meio ambiente com tempo de recuperação elevado.

Quadro 3: Classificação da severidade dos cenários de acidentes. Fonte: Norma 2782

A sétima coluna, ainda dentro das categorias dos cenários de perigos é a caracterização do risco. Pode-se obter combinando as categorias de frequência com as de severidade. Dessa forma aplica-se na Matriz de Riscos (Quadro 4), a qual fornece uma indicação qualitativa do nível de risco de cada cenário identificado na análise. O Quadro 4 apresenta a matriz utilizada neste estudo, da norma 2782.

Matriz de Risco Frequência A B C D E S ev er idad e

IV Moderada Moderada Não tolerável Não tolerável Não tolerável

III Tolerável Moderada Moderada Não tolerável Não tolerável

II Tolerável Tolerável Moderada Moderada Moderada

I Tolerável Tolerável Tolerável Tolerável Moderada

Quadro 4: Matriz de Riscos Fonte: Norma 2782.

A oitava coluna contém as recomendações de medidas mitigadoras de risco e também observações pertinentes a cada cenário de acidente.

A nona coluna é a identificação do cenário. Esta foi preenchida com uma numeração de modo a identificar a quantidade de cenários propostos.

O preenchimento de toda a planilha é importante para quantificar o número de cenários com riscos “Não toleráveis” que exijam medidas mitigadoras urgentes.

(43)
(44)

Perigo Causa Modo de detecção Efeito Categorias Medidas /Observações Cenário F S Risco Incêndio na correia transportadora Superaquecimento por acúmulo de pós Visual, equipamentos de detecção de fumaça, equipamentos de controle de temperatura Explosões em série; Propagação do incêndio a outras instalações P Cr NT

Limpeza regular para eliminar

poeira C01

Falha elétrica Equipamento elétrico

adaptado C02

Fator humano acidental Procedimentos, instruções e

treinamentos C03

Causa natural (raio) SPDA C04

Defeito de manutenção Procedimentos, instruções e

fiscalizações C05 Incêndio no elevador de canecas Superaquecimento por acúmulo de pós Visual, equipamentos de detecção de fumaça, equipamentos de controle de temperatura Explosões em série; Ligação do incêndio a outras instalações P Cr NT

Limpeza regular para eliminar

poeira C06

Falha elétrica Equipamento elétrico

adaptado C07

Fator humano acidental Procedimentos, instruções e

treinamentos C08

Causa natural (raio) SPDA C09

Defeito de manutenção Procedimentos, instruções e

fiscalizações C10 Incêndio no momento de descarregamento do caminhão (Moega e tombador) Grande geração de pós Visual, equipamentos de detecção de fumaça, equipamentos de controle de temperatura Explosões em série; Ligação do incêndio a outras instalações; possibilidade de vítimas

fatais ou com grandes sequelas

P Ca NT

Adequação ao fornecedor com

parâmetros C11

Curto elétrico Equipamento elétrico

adaptado C12

Fator humano acidental Procedimentos, instruções e

treinamentos C13

Defeito de manutenção no tombador

Procedimentos, instruções e

fiscalizações C14

Quadro 5: Análise preliminar de Perigo aplicado em silos de armazenamento de açúcar para exportação. Legenda: P: Provável; Cr: Crítica ; Ca: Catastrófica . NT: Não Tolerável

(45)
(46)

Para cada perigo analisado, foram definidas as suas causas, formas de detecção e efeitos. Os efeitos foram definidos conforme os estudos de caso apresentados nos exemplos do capítulo 3.5. Já as causas e formas de detecção foram com base em alguns estudos de caso contidos na literatura, informações de alguns fornecedores de equipamentos e diretrizes dos corpos de bombeiros.

Como todos os estudos de caso apresentados tiveram sua ocorrência em menos de 30 anos, adotou-se todas as frequências “provável” em conformidade com o Quadro 2. A severidade dos danos causados também foi definida ao analisar os casos recentes de explosões em silos de armazenamento de açúcar.

As medidas mitigadoras foram baseadas nas discussões realizadas no Seminário “Prevenção e combate a incêndios em terminais de movimentação de açúcar a granel”, nas informações contidas na literatura e nas diretrizes do corpo de bombeiros. Estas medidas adotadas serão detalhadas a seguir.

5.1. MEDIDAS MITIGADORAS

5.1.1. Limpeza regular

Nas causas de explosões por depósito de pós, onde pode ocasionar o superaquecimento do sistema, uma limpeza periódica pode ser um procedimento fácil para manter as instalações seguras, porém criar e implementar uma rotina eficiente pode ser complexo. Para uma limpeza eficiente, é necessário paradas agendadas nas correias, elevadores e outros equipamentos. A limpeza adequada representa um elemento essencial em relação aos riscos decorrentes do acúmulo do pó e o pó em suspensão na atmosfera.

As principais causas de incêndios em armazéns de açúcar estão relacionadas ao aquecimento dos rolamentos das esteiras transportadoras. Estes rolamentos, se desprotegidos, podem acumular açúcares que causam o atrito nos mesmos (Figura 31) e, consequentemente, o aquecimento do sistema, podendo dar início a um princípio de incêndio.

(47)

Figura 31: Acumulo de pós de açúcar nos rolamentos da esteira. Fonte: CSB (2009)

No entanto, mesmo sendo efetivada a limpeza constante em um local onde existe a geração de pó em um ritmo muito alto pode não ser suficiente para eliminar o risco. O risco ainda pode existir devido a não extinção total do pó capaz de provocar a explosão.

Portanto, deve-se investir esforços na minimização da geração de poeiras e material particulado, bem como evitar que o açúcar caia em locais de difícil acesso comprometendo a operação de um motor.

5.1.2. Equipamento elétrico adaptado ao risco de explosão

No processo de armazenamento de açúcar, os silos possuem diversos equipamentos elétricos para a sua operação, tais como: bombas, ventiladores, iluminação e outros. Todos esses podem ser uma fonte de ignição potencial.

Para JORDÃO (2002), vários são os equipamentos que podem ocasionar centelhas ou produzir um efeito térmico. Portanto, a escolha e a manutenção desses equipamentos requer cuidado, pois a eletricidade é uma fonte de risco presente.

Os equipamentos elétricos instalados nestes locais com risco elevado devem ser isolados ou deve-se eliminar as fontes de ignição, evitando com isso a ocorrência de um dos três componentes do triângulo do fogo.

Dessa forma, é fundamental o conhecimento da particularidade de cada ambiente em silo quanto a presença de uma atmosfera explosiva, para uma correta especificação técnica de um equipamento elétrico (JORDÃO, 2002).

(48)

Existem definições contidas na CONSULTA TÉCNICA nº CCB-037/600/15 da Policia Militar do Estado de São Paulo e o Comando do Corpo de Bombeiros que são:

2.1.2.2 As correias transportadoras e as canecas dos elevadores destinados ao transporte de açúcar seco a granel devem ser construídas em material que não propague chamas e evite o acúmulo de energia estática;

2.1.5 Os rolamentos do mancal do tambor e de acionamento, das correias transportadoras, devem possuir sistema de monitoramento contra a geração de atrito e calor, interligado com o sistema de travamento;

Além de evitar que haja uma fonte de ignição, esses equipamentos também devem conter dispositivos, tais como chuveiros automáticos e detecção de temperaturas, que identifiquem rapidamente caso haja algum princípio de incêndio e, automaticamente, parem a operação e informem a uma central de controle, os quais são descritos nos itens abaixo:

2.1.2.3 Deve haver proteção por sistema de chuveiros automáticos do tipo dilúvio sobre as correias transportadoras e os elevadores de caneca; 2.1.2.4 Deve haver sistema de detecção de incêndio linear, tipo sensor de temperatura, em toda a extensão das correias e nos elevadores de canecas;

5.1.3. Procedimentos, instruções e treinamentos

Visando a segurança dos trabalhadores e a correta operação em áreas com riscos, é necessário realizar constantes treinamentos aos funcionários, em todos os aspectos.

Pequenos descuidos, como jogar cigarro, isqueiro e peças metálicas podem ocasionar faíscas e, dependendo das condições locais pode ser o início de um incêndio de grandes proporções.

Deve ser garantido que todos os acessos ao silo sejam acessíveis apenas para pessoas previamente autorizadas e treinadas, dessa forma, aconselha-se que seja fechado e com controle de acesso.

Deverá ser criado procedimentos escritos e disponibilizados aos funcionários quanto as normas para a correta operação de todos os sistemas. Dever ser proibida a permanência de funcionários durante o descarregamento do caminhão, pois é um processo que gera uma quantidade alta de material particulado em suspensão. Além de criar risco de explosão, é insalubre ao funcionário por inalar essa poeira. É somente após a decantação da nuvem de poeira que a entrada dos funcionários é permitida, assim como o funcionamento dos equipamentos.

(49)

(referente a instalação de baixa tensão) e, também, as prescrições da norma NR 10. Um projeto de SPDA deve indicar qual o melhor método para a edificação e o nível de proteção requerido pelo NBR 5419.

De acordo com a NBR 5419/2015, na tabela B.6 (Exemplos de classificação de estruturas) é possível classificar os locais como “Risco indireto para as imediações devido a incêndios, e outros com risco de incêndio” deve atender ao nível de proteção I.

5.1.5. Procedimentos, instruções e fiscalizações

É preciso implementar ou intensificar auditoria das manutenções preventivas realizadas nas correrias transportadoras, principalmente nos rolamentos, elevadores de caneca, tombadores, e todos os sistemas elétricos envolvidos no armazém.

5.1.6. Adequação aos parâmetros de umidade e granulometria

Os silos de armazenamento de açúcar com destino a exportação recebem o produto, algumas vezes, de diversas usinas, ou então específico de um grupo. Recomenda-se que haja um acordo com as refinarias para que definam patamares seguros para a fabricação do produto com característica granulométrica dentro dos patamares estabelecidos pelas normas e regulando o teor de umidade aproximando-o aaproximando-os valaproximando-ores tetaproximando-o (0,15%) requeridaproximando-os para expaproximando-ortaçãaproximando-o, de maproximando-odaproximando-o a reduzir a concentração de particulados em suspensão nas operações de movimentação dos grãos de açúcar.

Segundo um estudo de caso realizado no Grupo Santa Terezinha – PASA, constatou-se que a atuação na umidade teve mais impacto na minimização de geração de particulado em suspensão do que na granulometria.

Outro ponto é o investimento em equipamentos mais modernos e mais efetivos para o despoeiramento na descarga (tipo DSH - Dust Supression Hopper),

(50)

apresentado na Figura 32, que controla a emissão de pó durante a queda livre e transferência de granéis secos. Exitem também sistemas exaustores para coleta de particulados com filtro de manga nas moegas / elevadores de caneca e em qualquer movimentação do produto.

Figura 32: Carregamento de areia antes (a) e depois (b) da instalação do DSH. Fonte: TMSA, 2016.

5.1.7. Barreiras físicas entre os ambientes O decreto nº 56.819/2011, define que:

XIII – Compartimentação: são medidas de proteção passiva, constituídas de elementos de construção resistentes ao fogo, destinados a evitar ou minimizar a propagação do fogo, calor e gases, interna ou externamente ao edifício, no mesmo pavimento ou para pavimentos elevados consecutivos;

Portanto, com a finalidade de evitar que incêndios sejam propagados em outros ambientes de um armazém de açúcar e, por consequência agravem e intensifiquem os efeitos de um incêndio deverão ser instaladas barreiras físicas entre todos os ambientes do silo.

Recomenda-se que a área de descarga de caminhões seja isolada quando não estiver operando, assim como a torre de elevadores quando houver detecção de fumaça ou outra situação suspeita.

Devem ser instaladas barreiras físicas e isolamento por portas ou sistemas de fechamento entre os seguintes ambientes:

 Galeria de ligação e torre do elevador  Galeria de alimentação e torre do elevador  Galeria de descarga e torre do elevador

De acordo com a CONSULTA TÉCNICA nº CCB-037/600/15 da Policia Militar do Estado de São Paulo e o Comando do Corpo de Bombeiros recomenda-se barreiras corta-fogo na compartimentação entre cada silo horizontal, em cada interligação entre as correias transportadoras fechadas destinadas ao transporte de açúcar seco a granel..

(51)

para minimizar os riscos de explosão do armazém. Destas medidas, destacam-se três com enfoque nas instalações físicas do armazém:

 Adequação dos equipamentos elétricos para não gerar uma fonte de ignição e também equipamentos para auxiliar na rápida detecção do incêndio;

 Proteção contra descargas atmosféricas na edificação completa;

 Instalação de barreiras físicas para evitar que, caso haja incêndio em algum compartimento, este não se alastre aos demais, aumentando as proporções e efeitos do fogo.

As quatro medidas restantes são procedimentos operacionais que também visam a minimização dos riscos de incêndios na qual o armazém está exposto, tais como:

 Implantar um sistema regular de limpeza dos ambientes;

 Elaborar procedimentos internos e proporcionar treinamentos dos funcionários para minimizar o risco de vítimas envolvidas em caso de acidentes e também a ocorrência de um incêndio acidental ou proposital provocado por algum funcionário;

 Elaborar procedimentos de manutenção e realizar auditorias para que seja garantida o funcionamento adequado de todos os equipamentos e operações;

 Proporcionar adequação junto aos fornecedores do açúcar quanto as características do açúcar que minimizem a geração de pós.

(52)

REFERÊNCIAS

AGENCIA ESTADO. Terminal Marítimo Almirante Barroso. Disponível em: http://economia.estadao.com.br/noticias/negocios,incendio-atinge-armazens-de-acucar-da-copersucar-no-porto-de-santos,167815e. Acessado em 10 ago. 2013. BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos-: Logística Empresarial. Bookman Editora, 2009.

CHANG, Raymond. Química geral. AMGH Editora, 2009.

COAMO. Unidades de Recebimento, Secagem e Armazenamento de Produtos Agrícolas. Aspectos Estruturais e Conteúdos Armazenados. Disponível em: www.ibraf.org.br. Acesso em 21/02/2017.

CORPO DE BOMBEIROS DO ESTADO DO PARANÁ. NPT 027 Unidades de armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas e insumos. 2015.

CORPO, DE BOMBEIROS DA POLÍCIA MILITAR. DO ESTADO DE SÃO PAULO (CBPMESP). Armazenamento de açúcar, 2015.

CSB, Chemical Safety Board. Imperial Sugar Company Dust Explosion and Fire. Disponível em http://www.csb.gov/imperial-sugar-company-dust-explosion-and-fire/. Acesso em 25/02/2017.

DE SÁ, Ary. INCÊNDIOS. 2010

Estudo de Caso – Incêndio em Terminais de Açúcar. São Paulo. 2015.

GUARANI, Usina. Disponível em:< http://www. acucarguarani. com. br>. Acesso em 17/02/2017.

GUERRA, António Matos; COELHO, José Augusto; LEITÃO, Ruben Elvas. Fenomenologia da combustão e extintores. Manual de Formação Inicial do Bombeiro, v. 7, 2006.

INMETRO. Informações ao consumidor. Açúcar. Disponível em: http://www.inmetro.gov.br/consumidor/produtos/acucar.asp#normas. Acesso em 10/02/2017.

(53)

JORDÃO, Dácio de Miranda. Manual De Instalações Elétricas Em: Industrias Químicas, Petroquímicas E De Petróleo. Qualitymark Editora Ltda, 2002.

JÚNIOR, E. H. Incêndio na operação de Açúcar a Granel: Uma visão da CODESP. Santos: Porto de Santos. 2014

MANFRIM, I. M. Um estudo dos silos do açúcar: Propriedades físicas do material armazenado, recomendações construtivas, normativas e análise estrutural. São Carlos, São Paulo, Brasil. 1994

MAPA, M. D. Projeções Do Agronegócio: Brasil 2015/16 a 2025/26. Brasília: MINISTERIO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. 2015

MAPA, M. D. Portaria 152: Regulamento Técnico do Açúcar. Brasília: MINISTERIO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. 2013

PARAZZI, C. Análises Microbiológicas Do Açúcar Mascavo. Biosci. J. 2009. PETROBRAS. N-2782. Critérios para aplicação de técnicas de avaliação de riscos. 2005.

POLICIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO. COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS. Consulta técnica nº CCB-037/600/15. Armazenamento de Açúcar. 2015.

RODRIGUES, Délcio; ORTIZ, Lúcia. Em direção à sustentabilidade da produção de etanol de cana de açúcar no Brasil. Porto Alegre, Brasil: Amigos da Terra Brasil, 2006..

REVISTA INCÊNDIO, Incêndios assustam exportadores de açúcar, São Paulo, Brasil, 2015.

(54)

SILVA, A. C. Operação Offloading: Análise Preliminar De Perigo E Os Impactos Ambientais. Revista Eletrônica Novo Enfoque, 2010.

VORDERBRUEGGEN, John B. Imperial sugar refinery combustible dust explosion investigation. Process Safety Progress, v. 30, n. 1, 2011.

WEG. Atmosferas explosivas. Disponível em

http://ecatalog.weg.net/files/wegnet/WEG-cartilha-de-atmosferas-explosivas-50039055-catalogo-portugues-br.pdf. Acesso em 25/02/2017.

(55)
(56)

ANEXO A - Especificação Técnica do Açúcar VHP segundo a Usina

Guarani

(57)

2. Composição

C

H

O

(Molécula de sacarose)

A sacarose também conhecida como açúcar é um tipo de glicído, formado por uma molécula de

glicose e uma de frutose produzida pela planta ao realizar o processo de fotossíntese.

3. Ensaios e Testes

3.1 Características Físio-Químicas

Nota 1: Os métodos internos de análise de açúcar da Guarani são baseados em referências ABNT,

ICUMSA, CTC e ITAL.

Nota 2: O produto atende os limites de residuais de pesticidas estabelecidos pelo Codex Alimentarius

Commission (Codex Standard for Sugars - Codex Stan 212-1999) para açúcar de cana-de-açúcar.

4. Prazo de Validade

Produto válido por 24 meses, desde que armazenado em local seco e fresco, longe de produtos

químicos ou com odores fortes, sem variações bruscas de temperatura e com umidade relativa do ar

de no máximo 60%.

Ensaios Métodos Analíticos VVHP VHP 2 VHP 1 Polarização (ºZ) min. GS 1/2/3/9-1 (2009) 99,50 99,00 99,00

Cor ICUMSA (UI) máx. GS 9/1/2/3-8 (2005) 550 750 1200

Umidade (%) máx. GS 2/1/3/9-15 (2007) 0,15 0,15 0,15

Cinzas (% m/v) máx. GS 1/3/4/7/8-13 (1994) 0,10 0,15 0,15

Resíduo insolúvel gravimétrico (mg/kg) máx. GS 2/3/9-19 (2007) 120 600 600

Sulfito (mg/kg) máx. GS 2/1/7-33 (2009) - - 5

Arsênio (mg/kg) máx. Análise Externa 1 1 1

Cobre (mg/kg) máx. Análise Externa 2 2 2

Chumbo (mg/kg) máx. Análise Externa 1 1 1

Mercúrio (mg/kg) máx. Análise Externa 0,01 0,01 0,01

Salmonella/25g Kit 1-2 Test Ausente

Coliformes totais (UFC/g) Filtração Ausente

(58)

b) Contêineres de capacidade máxima de 1200 kg (variando conforme necessidade do cliente).

6. Armazenagem, Manuseio, Preparo e Uso

a) Conservar o produto em local seco e fresco, sem contato com produtos químicos e com odores

fortes.

b) Manter o produto protegido.

d) Iluminação do local com proteção.

e) Local em bom estado de conservação e limpeza, sem evidência de goteiras.

f) Evitar armazenamento em locais expostos a grandes variações de temperatura e umidade.

7. Método de Distribuição

a) Transportar cuidadosamente.

b) Caminhões limpos, livres de frestas, sem lascas ou pregos salientes, ou qualquer outro tipo de

produto que possa gerar contaminações.

c) Durante o transporte da carga de açúcar, devem ser mantidas as condições adequadas de

enlonamento e ser observadas as leis de trânsito, não podendo haver quaisquer tipos de manuseio ao

produto, situaçõesque possam comprometer a integridade da qualidade e segurança do produto.

d) O carregamento e descarregamento deverão ser realizados em local coberto. Durante o transporte

a carga deverá estar devidamente protegida em toda a sua extensão.

8. Uso Pretendido

a) Área de Aplicação:

• Produto destinado como matéria-prima para a produção e refino de açúcar.

b) Benefícios:

• Trata-se de um açúcar bruto, que permite aos clientes transformá-lo em diferentes tipos de açúcar

para o consumo.

c) Manuseio, Preparo e Uso

• Durante a armazenagem, manuseio e uso deve-se cumprir as Boas Práticas de Fabricação.

• Durante o manuseio, armazenagem e movimentação do produto deve-se tomar o cuidado para

evitar contaminação no produto.

• Inspecionar visualmente as condições de conservação do produto (data de validade e estado de

conservação).

• Durante o preparo do produto evitar que o mesmo seja armazenado em local inadequado

(diretamente sobre o piso, ambiente úmido e próximo à outros produtos de características diferentes).

9. Restrição ao Uso

a) Produto não destinado ao consumo direto por consumidores.

b) O residual de sulfito não é considerado alergênico.

(59)

ANEXO B - Prevenção e Combate a Incêndios em Terminais de

Movimentação de Produto a Granel (COPERSUCAR)

(60)

Dezembro/14

Prevenção e Combate a Incêndios

em Terminais de Movimentação

(61)

Ações Ambientais

Proteção Contra Incêndio e Melhorias

(62)

Combate

Ações Ambientais

Proteção Contra Incêndio e Melhorias

Descrição do Incêndio

(63)

Arm. VI

Granel (52 kt) Arm. XI Valongo

Granel (52kt) Arm. XI Ponta da praia

Ensacado Arm. XVI Granel (110 kt) Arm. XXI Moega XXI Moegas 3 e 4 Moegas 5 e 6

(64)
(65)

Armazém XI

Armazém XVI

Armazém XXI

ELG’s 06/07 ELG’s 10 e 11 TCG-21 TCG’s -13/14 TCG-29

O fogo se propagou através da

TCG 21, que interligava os

armazéns 20/21 e XI e

posteriormente até o Armazém

XXI;

Os Armazéns VI e XVI não

foram afetados pelo incêndio,

porém foram danificados pela

queda das galerias que

(66)

Combate

Ações Ambientais

Proteção Contra Incêndio e Melhorias

Descrição do Incêndio

(67)

34 Viaturas do Corpo de Bombeiros Dois rebocadores particulares e uma embarcação do Corpo de Bombeiros

(68)

Combate

Ações Ambientais

Proteção Contra Incêndio e Melhorias

Descrição do Incêndio

(69)

Limpeza das ruas e pátios, utilizando serragem para coleta e destinação

Utilização das galerias operacionais como caixa de contenção

Retirada de efluente com recurso mecânico Retirada do rescaldo das vias de acesso

(70)

Barreiras de Contenção preventiva na área do

costado Barreiras de Contenção nas portas dos armazéns

Limpeza das ruas e pátios, utilizando serragem

(71)

Limpeza das vias com recurso mecânico Limpeza das caixas de contenção utilizadas

como reservatório

(72)

Combate

Ações Ambientais

Proteção Contra Incêndio e Melhorias

Descrição do Incêndio

(73)

Cabo detector que

acionará a válvula dilúvio, liberando água para os projetores

(74)

Detecção de calor Detecção de chamas

Sistema de inundação Sistema de inundação

Detecção de calor

projeto de combate a incêndio

(75)
(76)

Canhões monitores que resfriarão o interior dos armazéns

projeto de combate a incêndio

(77)
(78)

1. Revisão dos materiais aplicados nas instalações

2. Sistemas de iluminação em áreas classificadas

3. Sistemas de detecção de temperatura

4. Sistemas de monitoramento de desalinhamento das correias

5. Sistemas de detecção de desalinhamento das correias

6. Sistemas de parada de emergência nos equipamentos

7. Brigada de Emergência

(79)

Ações Ambientais

Proteção Contra Incêndio e Melhorias

(80)

de Açúcar Bruto a Granel

Um fator adicional a ser trabalhado,

além das melhorias implementadas,

é o controle maior na umidade e

granulometria do açúcar recebido no

porto como medida de mitigação do pó

e dos riscos correlatos.

(81)
(82)

PERIGO PROVÁVEIS CAUSAS DANO CONTROLES EXISTENTES GRAV PROB CR

RESPONSÁVEL PELA APROVAÇAO APROVAÇÃO FISCALIZAÇÃO

GRAV. Gravidade = (LP) Levemente prejudicial (P) Prejudicial (EP) Extremamente prejudicial CR. Categoria de risco = (I) Trivial (II) Tolerável (III) Moderado (IV) Substancial (V) Intolerável PROB. Probabilidade = (B) Baixa (M) Média (A) Alta

NE - Não Existente

EPI - Equipamento de proteção Individual EPC - Equipamento de proteção coletiva DDS - Diálogo Diário de Segurança RESPONSÁVEL PELA VERIFICAÇÃO / ANÁLISE CRÍTICA

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO DANO/PERIGO AVALIAÇÃO DE RISCO

www.blogsegurancadotrabalho.com.br

GERENCIAMENTOS NECESSÁRIOS

LTCAT - Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho LEGENDA

RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO

RESPONSÁVEL ATIVIDADE:

PROCESSO: OBRA:

(83)

Referências

Documentos relacionados

A participação foi observada durante todas as fases do roadmap (Alinhamento, Prova de Conceito, Piloto e Expansão), promovendo a utilização do sistema implementado e a

Objetivo: Garantir estimativas mais realistas e precisas para o projeto, ao considerar nesta estimativa o esforço necessário (em horas ou percentual do projeto) para

O estudo múltiplo de casos foi aplicado para identificar as semelhanças e dissemelhanças na forma como as empresas relacionam seus modelos de negócios e suas

Nas leituras de falhas efetuadas, foram obtidos códigos de anomalia por meio de dois diferentes protocolos de comunicação: o ISO 14230 KWP (2000) e o ISO 15765-4 CAN. A seguir, no

A tabela 25 apresenta os resultados brutos desta avaliação em relação à característica busca e a tabela 26 exibe o resultado ponderado para esta característica.. A tabela 27

13 Além dos monômeros resinosos e dos fotoiniciadores, as partículas de carga também são fundamentais às propriedades mecânicas dos cimentos resinosos, pois

São considerados custos e despesas ambientais, o valor dos insumos, mão- de-obra, amortização de equipamentos e instalações necessários ao processo de preservação, proteção

Neste artigo busco pensar Américo de Castro como empresário concessionário de companhias ferro carril e em outras atividades relacionadas à construção civil e que de- pendiam