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Academic year: 2021

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16°

TÍTULO: O COMPORTAMENTO DOS COLABORADORES QUANDO SE DEPARAM COM MUDANÇAS TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS ÁREA:

SUBÁREA: ADMINISTRAÇÃO SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE AURIFLAMA INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): ARIANE NUCI DOS SANTOS, CAMILA DELLAMURA VILA AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): ADRIANA LUIZ PIVARO, JOÃO ANGELO SEGANTIN ORIENTADOR(ES):

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1. RESUMO

O presente trabalho aborda a dificuldade que as empresas enfrentam quando mudanças precisam ser implementadas e como essa resistência pode atrapalhar a produtividade. Os maiores problemas mencionados foram o medo, desconforto e insegurança, uma vez que os colaboradores assumem paradigmas e se tornam pouco flexíveis. Como objetivo, foram destacados os motivos que geram resistência nos colaboradores e a possível compreensão de como amenizá-los. Para tanto, utilizou-se de pesquisas bibliográficas de caráter descritivo e pesquisa de campo, com a aplicação de um questionário para os professores e alguns alunos da FAU - Faculdade de Auriflama, visto que a instituição passou há pouco tempo por uma grande mudança e foi aqui citada como exemplo. Aponta-se ainda que a ausência de esclarecimento em meio às transformações causa incerteza e medo, cedendo espaço para o surgimento de uma cultura onde predominam a falta de comprometimento entre seus membros. A que se pensar não apenas no lucro, ignorando o fato de que as pessoas têm emoções e que elas estão ali simplesmente trocando trabalho por dinheiro. Essa é a concepção que os gestores precisam se atentar, uma vez que mudanças são sempre sinônimas de desconforto, e, raras são as pessoas que percebem as oportunidades que estão implícitas e podem ser aproveitadas como fonte de crescimento e conhecimento, na maioria das vezes, se prefere lamentar e dramatizar.

Palavras-chave: Resistência; mudança; produtividade; colaboradores.

2. INTRODUÇÃO

Mudanças acontecem o tempo todo na vida das pessoas, tanto pessoal quanto profissionalmente. Com as empresas não é diferente, ainda mais quando a concorrência é acirrada e a busca incansável pelos tão ditos "diferenciais" se torna diária. A melhoria contínua nos processos, os investimentos em máquinas, treinamentos e produtos, são acometidos através de mudanças e, essas mudanças geralmente geram desconforto, exigem uma série de novos procedimentos, reuniões e novas adaptações.

Muitas vezes as novidades chegam inesperadamente e adaptar-se à elas demanda agilidade, e é praticamente uma questão de sobrevivência ao mercado. No entanto, o que se observa no interior das empresas é uma cultura de resistência às mudanças de paradigmas, o que muitas vezes compromete o desenvolvimento das mesmas, na medida em que os colaboradores se opõem ou simplesmente se recusam a aceitar as mudanças.

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2 Identificar os fatores que causam resistência é uma boa alternativa, destacando os pontos positivos e o que cada um pode ganhar com as mudanças que serão implantadas, proporcionar aos colaboradores meios de interagir com todo processo, participar, ouvir as opiniões e dar a devida atenção, além de comunicar claramente tudo que está acontecendo e quais os reais motivos das mudanças.

No mundo globalizado, as organizações, mais do que nunca, precisam se adaptar às novas mudanças, estar sempre atualizadas, com profissionais qualificados e com habilidades de lidar com conflitos, capacidade de se relacionar e interagir com colaboradores e adaptar-se às mudanças.

Segundo Schein(1982), para as organizações estarem preparadas para mudanças, é necessário desenvolver flexibilidade e capacidade de enfrentar uma série de novos desafios.

Além do problema da resistência às mudanças por parte dos colaboradores, observa-se um problema que poderá ser ainda de maior complexidade: a resistência às mudanças por parte dos gestores, ou da cúpula administrativa.

A flexibilidade citada por Schein(1982) está intimamente ligada à cultura organizacional da empresa. O que muito se tem observado nesse sentido, é o gestor oferecendo resistências às mudanças por conta dos resultados positivos alcançados em períodos passados, principalmente nos casos em que a empresa mantém a família na linha sucessória de gestão.

Outro fator observado e também já mencionado é a questão da capacidade de enfrentar desafios. Esse fator tem ligação direta com o perfil do gestor. Se o gestor tem um perfil empreendedor, ele tende a ser mais receptivo a mudanças. Se o gestor tiver um perfil puramente administrativo ele tende a oferecer maior resistência a mudanças.

3. OBJETIVOS

Analisar os motivos que geram os desconfortos provenientes das mudanças organizacionais e buscar caminhos que poderão levar à minimização dos mesmos.

Investigar as reais resistências dos colaboradores em relação a mudanças de procedimento e quebra de paradigma.

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3 Identificar as reações dos colaboradores e dos clientes ao se implantar uma mudança na organização, bem como o motivo de tais reações.

Oferecer uma base aos gestores, capaz de apontar as oportunidades de melhoria, no sentido de evitar as resistências às mudanças.

4. METODOLOGIA

Este artigo utilizou a pesquisa bibliográfica de caráter descritivo, onde o levantamento das características conhecidas, componentes do fato/fenômeno/processo foram feitas através de sites, artigos e citações.

A pesquisa bibliográfica é o levantamento de toda a bibliografia já publicada, em forma de livros, revistas, publicações avulsas e imprensa escrita. A sua finalidade é fazer com que o pesquisador entre em contato direto com todo o material escrito sobre um determinado assunto, auxiliando o cientista na análise de suas pesquisas ou na manipulação de suas informações. Ela pode ser considerada como o primeiro passo de toda a pesquisa científica (MARCONI e LAKATOS,1992).

Também foi utilizada a pesquisa de campo, onde foi aplicado um questionário com os professores e com alguns dos alunos da FAU - Faculdade de Auriflama-SP, pois como a grande maioria dos professores lecionaram no antigo prédio da faculdade, terão mais clareza em compartilhar suas opiniões, o mesmo acontecerá com alguns dos alunos que também estiveram presentes na mudança de prédio.

A pesquisa de campo é uma fase que é realizada após o estudo bibliográfico, para que o pesquisador tenha um bom conhecimento sobre o assunto, pois é nesta etapa que ele vai definir os objetivos da pesquisa, as hipóteses, definir qual é o meio de coleta de dados, tamanho da amostra e como os dados serão tabulados e analisados. (MARCONI & LAKATOS, 1996).

5. DESENVOLVIMENTO

Colaborador é aquele que auxilia, ampara, ajuda os outros em suas funções para conseguirem atingir seus determinados objetivos, é aquele que contribui sempre em busca da eficácia da organização. As empresas passam a chamar o que antes era “empregado” ou “funcionários” de colaborador, pois é uma palavra mais agradável e transmite uma impressão de confiança entre as partes. Serve também para elevar a

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4 autoestima do indivíduo que oferece sua mão de obra e contribui para a melhoria dos resultados da empresa, além de entrar nos parâmetros do mercado atual.

Mesmo as empresas que estão dispostas a mudar, também se deparam com algumas resistências. No entanto, elas não acontecem por acaso. O fato é que as pessoas não querem mudar.

As pessoas resistem à mudança quando consideram que suas conseqüências são negativas. Embora as pessoas sejam diferentes em termos de sua disposição em antever conseqüências negativas, e mesmo quando suas razões pareçam lógicas ou até equivocadas a quem esta de fora, as pessoas não resistem automaticamente às mudanças. As pessoas resistem às mudanças por alguma razão e a tarefa do gerente é tentar identificar essas razões e, quando possível, planejar a mudança de modo a reduzir ou eliminar os efeitos negativos e corrigir as percepções errôneas (COHEN & FINK, 2003, p.350).

A resistência dos colaboradores é vista como a maior dificuldade para se implementar uma mudança dentro de uma empresa. Geralmente tal resistência acontece pelo fato de os colaboradores sentirem medo de que a mudança venha lhes trazer prejuízos, por incerteza, insegurança e até por estarem acomodados em sua zona de conforto. Na maioria das vezes, por conta dos gerenciamentos que exigem mais trabalho por menos tempo e com o mesmo salário de antes.

Segundo Sterphen (apud PIEDLEY MACEDO, 2006):

Mudanças organizacionais nada mais são do que qualquer alteração, planejada ou não, na relação entre a organização e o meio ambiente, que possam trazer consequências na eficiência ou eficácia organizacional, ou seja, uma necessidade organizacional para conseguir se adequar as variações do mercado, a fim de satisfazer o seu cliente externo e por consequência vencer a briga com o seu concorrente.

Os gestores, no intuito de amenizar ou prevenir as resistências impostas pelos colaboradores, devem fazer um trabalho de acompanhamento e comunicação direta com os envolvidos, enfatizando os reais motivos das mudanças, e principalmente os benefícios que podem estar trazendo para a empresa e para todos os seus colaboradores.

Segundo Wood et al., (1995, apud CARRIERI et al, pág 3, 2007):

Uma mudança somente ocorre quando as pessoas envolvidas percebem que seus pressupostos não são mais validados pela realidade, sendo que esse processo de mudança é geralmente doloroso e pode levar ao aumento da ansiedade, culpa e perda da autoconfiança.

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5 Os colaboradores, ao entenderem as reais necessidades da mudança organizacional, poderão oferecer menor resistência. No entanto, os gestores devem estar sempre atentos em possíveis casos isolados de resistência entre alguns colaboradores, e tratá-los de forma individual.

6. RESULTADOS

Os gráficos abaixo representam a opinião dos professores, funcionários e alunos da Faculdade de Auriflama, em relação ao comportamento dos colaboradores quando se deparam com mudanças.

Gráfico 1 – Opinião dos Alunos Sobre a Mudança

Fonte: O comportamento dos colaboradores quando se deparam com mudanças, 2016. O resultado obtido foi relativamente satisfatório, pois 15% dos alunos entrevistados consideraram ótima a mudança, 47% consideraram bom, 30% regular e apenas 8% ruim. Assim, conclui-se que para os alunos a mudança de prédio foi positiva. OTIMO 15% BOM 47% REGULAR 30% RUIM 8% PESSIMO 0%

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6 Gráfico 2 – Opinião dos Professores Sobre a Mudança

Fonte: O comportamento dos colaboradores quando se deparam com mudanças, 2016.

O resultado obtido foi realmente satisfatório, pois 31% dos professores entrevistados consideraram ótima a mudança, 54% consideraram bom, 14% regular e apenas 1% ruim. Assim, conclui-se que para os professores a mudança de prédio foi extremamente positiva.

Geralmente, mudanças geram desconforto e insegurança, porém, nesse caso foi identificado que os resultados obtidos foram positivos e tanto alunos, professores e funcionários não alegaram nenhum tipo de problemas para se adequar a nova estrutura do prédio da faculdade.

Relacionando ainda uma significativa alteração positiva, considerando que o novo prédio tem melhor localização e oferece maior segurança, além de ser exclusivo da faculdade, possibilitando o trabalho e consequentemente agregando valores para todos.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho permitiu a compreensão da importância desse tema. Proporcionar mudança para o ambiente cultural pode ter consequências positivas ou negativas. Pois

OTIMO 31% BOM 54% REGULAR 14% RUIM 1% PESSIMO 0%

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7 na maioria dos casos a resistência dos indivíduos deve ser tratada de forma que possa contribuir para que os objetivos sejam alcançados com plenitude. E mais, a resistência não é unicamente nociva, podendo ser positiva a partir do momento em que os envolvidos sabem reconhecer suas causas e tratá-las.

Aponta-se ainda que a ausência de esclarecimento em meio às transformações causa incerteza e medo, cedendo espaço para o surgimento de uma cultura onde predominam a falta de comprometimento entre seus membros. A que se pensar não apenas no lucro, ignorando o fato de que as pessoas têm emoções e que elas estão ali simplesmente trocando trabalho por dinheiro. Essa é a concepção que os gestores precisam se atentar, uma vez que mudanças são sempre sinônimo de desconforto, e, raras são as pessoas que percebem as oportunidades que estão implícitas e podem ser aproveitadas como fonte de crescimento e conhecimento, na maioria das vezes, se prefere lamentar e dramatizar.

Outro ponto importante que deve ser levado em consideração é a questão da adaptação, das novas possibilidades de expansão que as mudanças podem proporcionar, abrindo espaço para que outras realidades sejam efetivamente investigadas e possam proporcionar a seus membros cada vez mais, melhores condições de trabalho.

8. Fontes consultadas

CARRIERI, A. P.; LIMA, M. S.; PIMENTEL, T. D. Resistência à mudança gerada pela implementação de sistemas de gestão integrada (ERP): um estudo de caso. Disponível em:<http://www.fcm.unicamp.br/fcm/sites/default/files/258-3233-1-pb_0.pdf>. Acessado em: 28/03/2016.

COHEN, R. Allan; FINK, L. Stephen. Comportamento Organizacional: conceitos e estudos de casos. 7 ed. Rio de Janeiro: Campus, 2003.

Como enfrentar o medo chamado: mudança. Disponível em <http://www.caliper.com.br/2013/05/27/como-enfrentar-o-medo-chamado-mudanca/>. Acessado em 30/03/2016.

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8 MACEDO, Piedley. A Diferença entre Funcionário e Colaborador. Disponível em <http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/a-diferenca-entre-funcionario-e-colaborador/38577/>. Consultado em 01/06/2016.

MARCONI, M. D. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisas, elaboração, análise e interpretação de dados. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1996.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Editora Atlas, 1992. 4ª ed. p.43 e 44.

NAVARRO, Leila. Quem não tem medo de mudanças? Disponível em

<http://www.solucoesempresariais.etc.br/artigo_view.asp?ID=125>. Acessado em

30/03/2016.

Resistência à mudança: uma revisão crítica- RAE - Revista de Administração de

Empresas • Abr./Jun. 2001. Disponível em

<http://www.scielo.br/pdf/rae/v41n2/v41n2a04.pdf>. Acessado em 08/04/2016.

SCHEIN, E.H. Psicologia organizacional. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil, 1982.

Referências

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