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Acadêmico empregado e estresse: um novo olhar para o curso de Administração da UNIJUÍ câmpus Três Passos

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UNIJUÍ - UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RS DACEC - DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS,

ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO.

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSUEM GESTÃO DE PESSOAS - MBA

ACADÊMICO EMPREGADO E ESTRESSE: um novo olhar para o

curso de Administração da UNIJUÍ Câmpus Três Passos

Pós Graduanda:Carlise Barriquello Profª.Orientadora: Maira Fátima Pizolotto Resumo

Este artigo teve como objetivo apresentar os resultados obtidos por meio de uma comparação de pesquisas realizadas nos anos de 2010 e 2013 com os acadêmicos empregados do Curso de Administração da UNIJUÍ Câmpus de Três Passos. Buscou-se verificar a presença de sintomas de estresse ocupacional e as estratégias de enfrentamento utilizadas. O presente estudo classificou-se como pesquisa de natureza aplicada, de abordagem qualitativa e quantitativa. Quanto aos objetivos como exploratória e descritiva e quanto aos procedimentos técnicos foi uma pesquisa bibliográfica, documental, de campo e estudo de caso. A amostra era não probabilística e se utilizou da técnica de amostragem por conveniência. Participaram da pesquisa 57% dos alunos matriculados no segundo semestre de 2013. Os sintomas mais encontrados, físicos: cansaço, distúrbio do sono e dificuldade com a memória; psicológicos: ansiedade, conflitos interpessoais e insegurança nas decisões. Em 2013, nas Estratégias de Enfrentamento os acadêmicos investiram mais na autoestima, na prática de atividades físicas e na leitura de livros. Os dados encontrados foram similares à pesquisa de 2010, porém os participantes apresentaram sinais de estresse mais altos. Houve a melhora das variáveis de Estratégias de Enfrentamento e Cuidados com a Saúde.

Palavras-chave: Acadêmico Empregado, Estresse Ocupacional, Gestão de Pessoas. Abstract

This article aims to present the results obtained by a comparison of surveys conducted in the years 2010 and 2013 academic staff with the Course Directors of Campus UNIJUÍ Three Steps. We attempted to verify the presence of symptoms of occupational stress and coping strategies used. This study was classified as nature applied research, qualitative and quantitative approach. As to the objectives as exploratory and descriptive and on the technical procedures was a bibliographical, documentary, field research and case study. The sample was not probabilistic and used the technique of convenience sampling. . Participated in the survey 57% of students enrolled in the second half of 2013 The most common symptoms, physical fatigue, sleep disturbance, and difficulty with memory; Psychological: anxiety, interpersonal conflicts and insecurity in decisions. In 2013, the Coping Strategies of academic self-esteem invested more in physical activities and reading books. The data were similar to the 2010 survey, but the participants showed signs of stress higher. There was improvement of the variables of Coping Strategies and Health Care.

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1 Introdução

O estresse é inevitável face às constantes adaptações impostas e necessárias às pessoas, pois está presente em todas as situações que exigem do indivíduo capacidade de adaptação da mente e do corpo. As repercussões da exposição ao estresse excessivo são observáveis em três áreas distintas: o corpo, a mente e o social (SOIFER, 1992), ou seja, no domínio físico, cognitivo, emocional e comportamental (FONTANA, 1991).

Segundo o estudo de Meyer et al (2012) em média, 90% da população mundial é afetada pelo estresse. No Brasil, 30% da população economicamente ativa já atingiu algum estado de estresse causado por pressão excessiva. Este percentual de profissionais com um conjunto de perturbações orgânicas e psíquicas (estresse) fica atrás somente do Japão (70%) e ultrapassa os Estados Unidos (20%), sendo que este estado está associado ao desenvolvimento de doenças que afetam a vida de milhões de pessoas no mundo todo.

Dentre as repercussões cognitivas possíveis, destacam-se o decréscimo da atenção e da concentração, deterioração da memória, aumento do índice de erros, dificuldade e demora na resposta a estímulos. Esses aspectos, sem dúvida, repercutem no processo de ensino aprendizagem, podendo estar associados ao desempenho acadêmico de crianças e adultos. Pesquisas têm sido realizadas enfatizando as implicações do estresse excessivo para a saúde física e mental do ser humano (EVERLY, 1990; SPIELBERGER, SARASON, KULCSÁR e HECK, 1991). O período acadêmico não é exceção, pois exige que o estudante universitário vivencie uma série de mudanças e adaptações, as quais podem precipitar o aparecimento de estresse, gerando, muitas vezes, dificuldades de aprendizagem e alterações no desempenho acadêmico.

Através desses conceitos, o artigo apresenta os resultados obtidos por meio de uma comparação de pesquisas realizadas nos anos de 2010 e 2013 com os acadêmicos empregados do Curso de Administração Câmpus de Três Passos. Busca verificar a presença de sintomas de estresse ocupacional e as estratégias de enfrentamento utilizadas. Tem por objetivo conhecer o perfil dos acadêmicos empregados no ano de 2013, identificar os sintomas físicos e psicológicos do estresse ocupacional presentes nestes acadêmicos empregados e comparar o perfil, os sintomas físicos e psicológicos do estresse ocupacional com os dados da pesquisa realizada pela autora em seu Trabalho de Conclusão de Curso, do ano de 2010.

Este artigo é inovador por ser uma comparação de pesquisas de um estudo realizado em 2010 unicamente com os acadêmicos empregados do Curso de Administração da UNIJUÍ Câmpus de Três Passos. Trará importante base de dados para futuras estratégias que visem contribuir para a preservação da saúde dos acadêmicos. E ainda será viável pelas informações a serem obtidas através de ampla bibliografia e em aplicação de questionário, com estudantes da mesma Geração e do mesmo curso da acadêmica realizadora do estudo.

Assim sendo, o presente trabalho conta com a seguinte estruturação: revisão bibliográfica, trazendo os conceitos do Trabalho e seu Sentido, do Estresse (fases do estresse, sintomas físicos e psicológicos, estresse ocupacional, fontes estressoras) e as Estratégias de Enfrentamento, com o propósito de contextualizar o tema abordado nesta pesquisa. Os procedimentos metodológicos que contemplam a classificação do estudo, coleta de dados e amostra, apresentação e análise dos resultados; as conclusões, limitações da pesquisa e

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sugestões para estudos futuros que possam contribuir para o meio acadêmico e social. Como última etapa, são apresentados a bibliografia e apêndice.

2 Referencial Teórico

2.1 O Trabalho e seu Sentido

As pesquisas de MORIN (2002), realizadas com duas amostras, uma de estudantes de administração e outra de administradores, apontaram que entre os estudantes de administração foram identificados cinco motivos para o trabalho: para realizar-se e atualizar o potencial; para adquirir segurança e ser autônomo; para relacionar-se com os outros e estar vinculado em grupos; para contribuir com a sociedade; para ter um sentido na vida, o que inclui ter o que fazer e manter-se ocupado.

De acordo a autora, as características que o trabalho deve ter são consoantes com os motivos que estimulam esses estudantes ao trabalho: é necessário haver boas condições de trabalho (horários convenientes, bom salário, preservação da saúde); oportunidade de aprendizagem e realização adequada da tarefa; trabalho estimulante, variado e com autonomia.

Morin (1996,1997, 2002), chegou à conclusão de que o trabalho é eficiente e produz um resultado útil, onde há prazer na realização da tarefa. O trabalho permite autonomia e é fonte de relações humanas satisfatórias. Ele mantém as pessoas ocupadas.

Além disso, em nosso país, muitas pesquisas voltam - se para o estudo de processos de saúde-doença no trabalho. São conhecidos, por exemplo, os trabalhos de Alves (1999), Borges (1997), Borsoi (2002), Codo (2002), M. das G. Jacques (2002) e Seligmann-Silva (1994-1997). Trata-se de abordagens críticas sobre os efeitos psicopatológicos do trabalho, que contribuem para o entendimento do sofrimento das pessoas no trabalho. Estas pesquisas reforçam o conceito de que trabalho tem um papel central na organização da identidade e na construção dos sujeitos contemporâneos.

2.2 O Estresse

O conceito de estresse consolidou-se ao longo dos anos. No século XIX, o estresse era entendido como um fator de má condição de saúde. Já no século XX, foi visto como um distúrbio de homeostase presente em determinadas condições (FOSTER et al., 2007). A partir da década de 70, com o surgimento do interesse nos estudos referentes ao impacto das mudanças sociais sobre a vida humana, o estresse ocupacional passou a ser considerado como um novo campo de estudo, que se tornou relevante em consequência do aparecimento de doenças vistas como relacionadas ao trabalho. No século XXI, o estresse passou, então, a figurar entre os principais desafios a serem enfrentados.

Pode-se então conceituar estresse como uma combinação de reações fisiológicas e comportamentais que as pessoas apresentam em resposta aos eventos que as ameaçam ou desafiam, Caracteriza-se, assim, como um processo dinâmico que se manifesta por meio de sintomas físicos, psicológicos e comportamentais. É uma tentativa de reação do organismo a um processo de excitação emocional (MOTA; TANURE; CARVALHO; NETO, 2006).

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2.2.1 Fases do Estresse: sintomas físicos e psicológicos

De acordo com Selye (apud LIPP, 2001, p.22) o processo de estresse desencadeia-se em três fases: alerta, resistência e exaustão.

A reação de alerta inicia-se quando a pessoa se confronta inicialmente com um estressor. A principal ação do estresse é justamente a quebra do equilíbrio interno que ocorre em decorrência da ação exacerbada do sistema nervoso simpático e da desaceleração do sistema nervoso parassimpático em momentos de tensão. A aceleração do organismo é muitas vezes de grande valia para a preservação da vida, pois leva a um estado de prontidão, caso o organismo tenha que lidar com situações em que precise atuar com urgência; na verdade é uma defesa automática do corpo. O problema ocorre quando a prontidão fisiológica não é necessária ou quando é excessiva, como, por exemplo, quando a tensão muscular ocorre em momentos em que não haveria necessidade de tal preparo. A adrenalina é eliminada quando o estressor tem uma duração curta, a pessoa sai da fase do alerta sem complicações para o seu bem-estar.

O autor Wagner III e Hollenbeck, (1999, p.123) explica que o corpo, quando percebe uma ameaça, produz substâncias químicas que elevam a pressão sanguínea e que desviam o sangue da pele e do aparelho digestivo para os músculos. Quando a ameaça é prolongada, tem início outras mudanças que preparam o corpo para uma batalha, e ele passa a conservar recursos como a retenção de água e sais. Inicia-se, também, a produção de ácido gástrico extra para aumentar a eficiência da digestão na ausência do sangue desviado para longe dos órgãos internos.

Quanto aos sintomas psicológicos, Robbins relata que o estresse pode causar insatisfação, inclusive no trabalho, tensão, ansiedade, irritabilidade, tédio e procrastinação. Os sintomas comportamentais do estresse incluem mudanças na produtividade, absenteísmo e rotatividade, além de mudanças nos hábitos de alimentação, aumento do consumo de álcool ou tabaco, fala mais rápida, inquietação e distúrbios do sono. Muitas pesquisas estão sendo feitas para estudar a relação entre desempenho e estresse, e demonstram que níveis baixos e moderados estimulam o corpo e aumentam a sua capacidade de reagir, mas o excesso impõe demandas ou limitações resultando na piora do desempenho.

2.2.2 Estresse Ocupacional

Historicamente, estudos sobre o bem-estar começaram sendo abordados na segunda metade do século XIX, pelo fisiologista francês Claude Bernard, o qual defendeu que um dos aspectos fundamentais para a manutenção do bem-estar é a habilidade do organismo para manter a constância do seu ambiente interno, mesmo com as mudanças que ocorrem externamente (DUTRA, 2001).

No Brasil, dados do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS – referentes à concessão de benefícios previdenciários de auxílio-doença, por incapacidade para o trabalho superiores há 15 dias e de aposentadoria por invalidez ou incapacidade definitiva para o trabalho, demonstram que os transtornos mentais ocupam o terceiro lugar entre as causas dessas ocorrências (Brasil, 2002).

Estudos de Camelo e Angerami (2004), Paschoal e Tamayo (2004) Martins (2007), Malagris e Fiorito (2006), Carvalho e Malagris (2007) correlacionam a atividade profissional

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com o stress ocupacional que nos dias atuais é um problema grave, pois está diretamente ligado com a saúde do trabalhador.

McGrath (apud Martins, 2007) circunscreveu o stress ocupacional ao desequilíbrio significativo que a pessoa percebe entre determinadas exigências do trabalho e as suas capacidades de resposta, em condições em que o insucesso nas satisfações dessas exigências é percebido como podendo acarretar consequências negativas.

De acordo com Fernandes, Medeiros e Ribeiro (2008 p. 415), o estresse ocupacional pode ser visto como “consequência das relações complexas que se processam entre condições de trabalho”, “nas quais as demandas do trabalho excedem as habilidades do trabalhador para enfrentá-las”. Suas consequências aparecem sob a forma tanto de problemas na saúde física e mental do profissional, quanto de insatisfação no trabalho (FERNANDES; MEDEIROS; RIBEIRO, 2008).

2.2.3 Fontes Estressoras

Robbins, (2002, p.550-552), identifica três conjuntos de fatores que agem como fontes potenciais de estresse: os ambientais, organizacionais e individuais. A concretização dependerá de diferenças individuais, como experiência no trabalho e personalidade.

 Fatores Ambientais: a incerteza econômica, política e tecnológica influenciam tanto a estrutura organizacional como os níveis de estresse dos funcionários da organização. As inovações podem tornar as habilidades dos trabalhadores obsoletas em um período muito curto de tempo, os computadores, os robôs, a automação, além de outras que podem significar uma ameaça para muitas pessoas e consequentemente causar o estresse.

 Fatores Organizacionais: no local de trabalho o estresse tem origem em muitas fontes, podem resultar de exigências altas ou baixas demais, de conflitos, um chefe de mandante e insensível e colegas desagradáveis.

Os autores Schermerhorn, Hunt e Osborn, (1999, p.290), citam os mais comuns estressores no local de trabalho: Exigências da tarefa; Ambiguidade do papel; Conflitos do papel; Dilemas éticos; Problemas interpessoais; Desenvolvimento de carreira; Ambiente físico e os Fatores Individuais, ou seja, os fatores da vida pessoal dos colaboradores podem ter efeitos sobre o trabalho, isto é, problemas familiares, econômicos e características de personalidade.

2.3.4 Estratégias de Enfrentamento

A prevenção é a melhor estratégia para lidar com o estresse, evitando que ele atinja níveis destrutivos e afete negativamente o trabalho. É importante considerar que os administradores e os funcionários tenham opiniões diferentes quanto ao nível de estresse aceitável no trabalho. Muitas vezes o que é visto como um estímulo positivo por parte dos gerentes pode ser considerado como uma pressão excessiva pelos funcionários.

A abordagem individual ajuda a reduzir o nível de estresse, isto é, as estratégias individuais que as pessoas podem desenvolver como: programar de técnicas de administração

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do tempo, aumentar exercícios físicos, treinamento para o relaxamento e expansão da rede de apoio social.

Uma vida pessoal saudável e uma alta qualidade de vida no ambiente de trabalho podem ajudar a enfrentar com sucesso os estresses que acompanham a vida complexa e agitada, tanto em casa quanto no trabalho. (ROBBINS, 2002).

3 Procedimentos Metodológicos

Com a finalidade de efetivar os objetivos propostos neste trabalho, a classificação apresentada é baseada nas principais características que as mesmas apresentam em relação à natureza, aos níveis ou objetivos, segundo os procedimentos técnicos. A metodologia foi responsável pela orientação do estudo, abrangendo os tópicos: classificação da pesquisa, universo amostral e sujeitos da pesquisa, coleta de dados, análise e interpretação dos dados. 3.1 Classificação da Pesquisa

Quanto à natureza, a pesquisa se constitui em uma pesquisa aplicada, pois visa a gerar conhecimentos para aplicação prática voltada à solução de problemas específicos da realidade. A pesquisa aplicada refere-se à discussão de problemas, empregando um referencial teórico de determinada área de saber, e a apresentação de soluções alternativas (TEIXEIRA, ZAMBERLAN e RASIA, 2009). Sendo assim, o presente estudo teve como finalidade apontar e comparar as pesquisas (ano de 2010 e ano de 2013) sobre o estresse ocupacional vivenciado pelos acadêmicos trabalhadores do Curso de Administração da UNIJUÍ Câmpus de Três Passos.

Quanto à forma de abordagem da investigação, ela será quali-quantitativa, segundo Minayo (1994), Gil (1999), Oliveira (1997, p. 115-117), uma abordagem quantitativa considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números, opiniões e informações para classificar e analisar os dados coletados. Esta abordagem necessita o emprego de recursos e de técnicas estatísticas. Além disso, numa pesquisa qualitativa, segundo Minayo (1994), o pesquisador é o instrumento chave para coleta de dados no ambiente da pesquisa. Neste estudo a pesquisa será desenvolvida através de um questionário aplicado aos alunos trabalhadores do Curso de Administração do Câmpus de Três Passos, e as respostas de cada aluno foram tabuladas em um padrão quantitativo de dados. Além disso, a abordagem qualitativa baseou-se nos dados obtidos para, através da interpretação dos resultados, gerar a comparação entre as pesquisas.

Quanto aos objetivos, foi classificada em exploratória, descritiva e explicativa. Segundo Gil (2010), é exploratória, pois tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. Descritiva, pois descreveram as características de uma determinada população, fenômenos e as relações entre as variáveis. Explicativa, pois identificou os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos, aprofundando o conhecimento da realidade ao explicar e analisar as causas. Neste estudo a obtenção dos dados foi mediante a aplicação de um questionário aos acadêmicos trabalhadores do curso de Administração do Câmpus de Três Passos.

Quanto aos procedimentos técnicos, o presente estudo consiste numa pesquisa bibliográfica, documental, estudo de caso, de levantamento e de campo. Pesquisa

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Bibliográfica, pois abrange o referencial teórico já tornado público em relação ao tema de estudo, como publicações avulsas, jornais, revistas, livros, pesquisas, Trabalho de Conclusão de Curso da autora do primeiro semestre de 2010, outras monografias e teses (LAKATOS e MARCONI, 2002)

É uma pesquisa documental, pois utiliza documentos e/ou materiais que ainda não foram analisados, mas que, de acordo com a questão e objetivos da pesquisa, podem ter valor científico (GIL, 2002). Esta pesquisa tem este caráter documental, pois se baseou nos questionários respondidos pelos alunos trabalhadores do Curso de Administração Câmpus de Três Passos.

De acordo com Yin (2001, P. 32) estudo de caso é uma investigação empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto da vida real, especialmente quando os limites entre o fenômeno e o contexto não estão claramente definidos. Dessa forma, o presente estudo teve como classificação um estudo de caso, pois foi desenvolvido em uma instituição de ensino particular, avaliando-se o estresse ocupacional vivenciado pelos acadêmicos.

Ainda, é uma pesquisa de levantamento, pois é baseado na avaliação de questionários preenchidos por alunos trabalhadores o que permitiu ao pesquisador realizar uma sondagem de opinião sobre o determinado tema de estudo. Assim, “as pesquisas deste tipo caracterizam-se pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento caracterizam-se decaracterizam-seja conhecer”. Procede-caracterizam-se, basicamente, à solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas sobre o problema estudado. Em seguida, mediante análise quantitativa, obtêm-se as conclusões correspondentes aos dados coletados (Gil, 2002, p. 50).

Também se caracterizou por Pesquisa de Campo, pois segundo Lakatos e Marconi (1991, p. 186) pesquisa de campo é aquela utilizada com o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimento acerca de um problema, para o qual se procura uma resposta, dessa forma esta pesquisa classifica-se como de campo porque foi realizada através da aplicação de questionários, sendo analisados os alunos trabalhadores que estavam cursando a partir do segundo semestre.

3.2 Sujeitos da Pesquisa

A pesquisa foi realizada com os alunos acadêmicos empregados do Curso de Administração do Câmpus da UNIJUÍ, localizado na cidade de Três Passos-RS, situada na Região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.

Para Malhotra (2001), população é a soma de todos os elementos que compartilham um conjunto de características em comum, confirmando o universo para o propósito do problema a ser pesquisado. A amostra é não probabilística e se utilizou da técnica de amostragem por conveniência, na qual a seleção das unidades amostrais foi deixada a cargo do entrevistador. “A amostragem por conveniência procura obter uma amostra de elementos convenientes” (MALHOTRA, 2001, P.306).

Para aplicação dos questionários, buscou-se uma amostra entre os alunos trabalhadores do Curso de Administração, que estavam cursando a partir do segundo semestre. Foram selecionadas algumas turmas com número considerável de alunos para se atingir o mesmo número do ano de 2010, 63 questionários. No ano de 2010 estavam matriculados no curso e

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no primeiro semestre, 167 acadêmicos, dos quais 51,89% eram do sexomasculino e 49,11% feminino.

No ano de 2013 no segundo semestre, encontrou-se um total de 110 alunos matriculados, dentre estes 52,38% femininos e 47,62% masculinos. Com relação ao tamanho da amostra, a pesquisa foi aplicada num total de 57% dos acadêmicos matriculados no segundo semestre de 2013. Já no ano de 2010 a pesquisa teve participação de 42% do total de alunos matriculados naquele primeiro semestre.

3.3 Coleta e Análise dos Dados

Para se contemplar esta etapa aplicou-se um questionário em sala de aula, nos dias 27 e 28 de agosto de 2013. Os mesmos foram aplicados pela própria autora nas respectivas turmas no início da aula e recolhidos ainda na mesma noite.

O questionário, que se encontra no apêndice deste artigo foi dividido em quatro partes: Perfil Biográfico, Perfil Profissional, Perfil Acadêmico e Estresse Ocupacional. Este último foi composto por um instrumento autoaplicável, testado e validado por Stumm e Kirchner (2005). Nas questões a serem respondidas sobre estresse ocupacional, para cada uma, o respondente teve de assinalar a intensidade com que a sentiu como estressante, dentre as opções que variavam de: nenhuma frequência a muita frequência.

Para avaliar o grau de frequência em relação aos itens descritos e para identificar a presença de estresse ocupacional foi utilizada a escala de Likert. Ela exige do entrevistado um grau de concordância ou discordância com cada uma de uma série de afirmações que descrevem o objetivo da investigação, em relação a um grupo de cinco categorias de respostas, que vão do “Nenhuma Frequência” a “Muita Frequência”.

A tabulação dos dados foi feita por meio de um software aplicativo do tipo científico, o SPSS (Statistical Package for the Social Sciences). Para fazer a análise dos resultados da pesquisa foram utilizadas a distribuição de frequência e a conversão em média percentual para facilitar o entendimento. Foi realizada uma análise comparativa do estresse ocupacional e as estratégias de enfrentamento com o ano de 2010, por meio de tabelas e quadros.

4 Apresentação e Análise dos Resultados

4.1 Caracterização da UNIJUI Câmpus de Três Passos

O processo histórico de instalação do Câmpus da UNIJUÍ, em Três Passos teve início no ano de 1989, com a assinatura do Protocolo de Intenções entre Governo do Estado/Secretaria de Ciência e Tecnologia, FIDENE e municípios da região noroeste. Já no ano de 1990, o município de Três Passos dá início à elaboração do seu Plano Estratégico de Desenvolvimento, com apoio da FIDENE/UNIJUÍ, o qual foi ratificado a necessidade do Ensino Superior, por mais de 60 entidades participantes. A UNIJUÍ tem como instituição mantenedora a FIDENE- Fundação de Integração, Desenvolvimento e Educação do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.

O ano de 1991 foi marcado pelo estreitamento das relações da UNIJUÍ/FIDENE com o município de Três Passos. Começaram as negociações para a efetivação do Câmpus, o qual envolvia diferentes segmentos da comunidade. No ano de 1993, mais um acontecimento

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marcante, quando a UNIJUÍ ampliou seu reconhecimento regional com os Câmpus de Ijuí, Panambi, Santa Rosa e Três Passos, e por meio dos Núcleos Universitários de Santo Augusto e Tenente Portela. Atualmente, no segundo semestre de 2013, a UNIJUÍ Câmpus Três Passos está localizada na Rua Ricardo Rucker, nº 235, centro, tendo seus cursos ministrados na sede, sendo eles Administração e Direito.

4.2 Caracterização do curso de Administração da UNIJUÍ

O principal objetivo do curso de Administração é formar profissionais comprometidos com o empreendedorismo nas organizações em diferentes segmentos da sociedade. A missão do curso consiste em “ser um curso que produza e socialize o conhecimento do campo administrativo, e que forme cidadãos com capacidade de análise crítica, postura ética e competência profissional, aptos a atuar como agente de mudança e a gerir sistemas organizacionais com espírito empreendedor, oportunizando as organizações e à sociedade e habilidade de gerenciamento frente aos contínuos desafios e transformações ambientais”.

A oferta do curso regular em Administração no Câmpus Três Passos iniciou no ano de 1992. O curso está dividido em 10 semestres no regime presencial, com duração de 05 anos, possuindo 41 componentes, mais quatro tópicos especiais em Administração, totalizando 3000 horas e 196 créditos. No segundo semestre de 2013, o curso de Administração do Câmpus Três Passos contou com um total de 110 alunos matriculados e destes, 52,38% eram do sexo feminino e 47,62% do sexo masculino. Atualmente a coordenadora do Câmpus é a professora Ms. Maira Fátima Pizolotto.

4.3 Perfil dos Acadêmicos Empregados - Perfil Biográfico

Dos 63 acadêmicos empregados que participaram desse estudo, 52,38% são do gênero feminino e 47,62% do masculino. Observa-se na tabela que no ano de 2010, o maior número de respondentes era do sexo masculino, 50,89%. A faixa etária predominante é de 20 a 25 anos, com 61,90% dos respondentes, seguido de alunos com até 19 anos (30,16%), de 26 a 30 anos com 11,11% e com mais de 31 anos apenas 6,35%.

Com relação à faixa etária dos acadêmicos, houve um aumento de jovens. Em 2010 o grupo com idade até 19 anos foi pequeno (6,35%) e em 2013 aumentou consideravelmente para 30,16%. Ainda, a faixa dos 20 aos 25 anos teve diminuição passando de 60,32% para 52,38%, como também dos 20 a 26 anos e os com mais de 31 anos. Percebe-se que 93,65% dos respondentes de 2013, estão entre 22 e 31 anos, ou seja, indivíduos que pertencem à Geração Y, também denominada Geração da Internet ou iGeração, que é composta por cerca de 74 milhões de indivíduos, nascidos entre os anos de 1980 e 2000. Por se tratar de uma faixa etária com um número expressivo de representantes é um grupo bastante heterogêneo, contudo, com características pessoais e profissionais em comum. (CLARO et al., 2010).

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Quanto à residência, da mesma forma que na pesquisa de 2010, a maioria reside em Três Passos (56,41%) e Crissiumal (22,12%). Isto se deve ao fato de que o Câmpus está situado nesta primeira cidade citada.

Tabela 1 – Perfil Biográfico

Gênero 2010 2013 Residência 2010 2013

Masculino 50,79% 47,62% Três Passos 50,79% 56,41%

Feminino 49,21% 52,38% Tenente Portela 7,94% 0%

Total 100% 100% Humaitá 7,94% 7,94%

Idade 2010 2013 Crissiumal 11,11% 22,12%

Até 19 anos 6,35% 30,16% Campo Novo 7,94% 10,36%

De 20 a 25 anos 60,32% 52,38% Tiradentes do Sul 4,76% 3%

De 26 a 30 anos 25,40% 11,11% Esperança do Sul 3,17% 0%

Mais de 31 anos 7,94% 6,35% Sede Nova 6,35% 0%

Total 100% 100% Total 100% 100%

Fonte: Dados das Pesquisas

- Perfil Profissional

Quanto ao perfil profissional, chama atenção o aumento dos acadêmicos trabalhando no comércio, de 28,57% (2010) para 42,86% (2013) e a diminuição deles na área da indústria de 22,22% (2010) para 14,29% (2013). O que pode estar resultando neste fato é a região possuir poucas indústrias, e o comércio oferecer mais oportunidades. Da mesma forma que em 2010 a maioria dos estudantes, continua exercendo cargos administrativos (44,44%) e cargos operacionais (23,80%). Os cargos gerenciais são os que possuem menor participação. A carga horária de trabalho: de 8 horas diárias, 44 semanais e 220 mensais, aumentou de 61,90% para 71,43%.

Tabela 2 – Perfil Profissional

Organização 2010 2013 Cargo 2010 2013

Indústria 22,22% 14,29% Estágio 14,29% 15,89%

Comércio 28,57% 42,86% Cargo Operacional 17,46% 23,80%

Serviço 26,98% 26,98% Cargo Administrativo 41,27% 44,44%

Cooperativa 14,29% 15,87% Cargo Gerencial 14,29% 9,52%

ONG 7,94% 0% Cargo de Direção 4,76% 6,35%

Outro 7,94% 0%

Total 100% 100% Total 100% 100%

Carga Horária de Trabalho 2010 2013

4 horas diárias/20 horas semanais/180 horas mensais 14,29% 8,22%

6 horas diárias/ 40 horas semanais/ 200 horas mensais 23,81% 20,55%

8 horas diárias/44 horas semanais/220 horas mensais 61,90% 71,43%

Total 100% 100%

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- Perfil Acadêmico

Em relação ao curso de Administração, os respondentes pertencem em ordem decrescente: segundo semestre (23,80%) sexto semestre (20,63%), sétimo semestre (14,28%), oitavo (12,69%), quinto semestre (9,52), nono semestre (9,52%), quarto semestre (7,95%) e o décimo (1,58%). Salienta-se que o grupo de acadêmicos foi bastante heterogêneo, ou seja, se buscou que todos os semestres tivessem respondentes. Comparando com o ano de 2010, o número dos respondentes cursando o segundo semestre aumentou consideravelmente, de 4,76% para 23,80%, e houve uma diminuição no quinto semestre de 15,87% para 9,52%. E neste não houve respondentes do terceiro semestre. Esses dados corroboram com o perfil biográfico: acadêmicos mais jovens e que estão no início do Curso de Administração.

No transporte para ir até o Câmpus, a maioria utiliza o carro (46,03%), esta porcentagem foi maior do que a encontrada em 2010 (34,92%). Porém, dos acadêmicos que utilizam o ônibus, notou-se que a porcentagem diminui (34,92% - 2010 e 25,39% - 2013). Os estudantes estão utilizando mais o carro, talvez por maior comodidade ou por ter se tornado mais fácil comprar um veículo pelas opções de financiamento que o mercado oferece.

No tempo para este transporte, 42,86% levam 30 minutos, 19,04% 45 minutos, 17,46% duas horas. Verifica-se que em 2010 a opção 30 minutos foi menor, de 17,46% e em 2013 aumentou para 42,86%. A opção outro não foi mencionada em 2013, porém teve 39,68% em 2010.

Tabela 3 – Perfil Acadêmico

Semestre 2010 2013 Transporte que utiliza 2010 2013

2 Semestre 4,76% 23,80% Ônibus 34,92% 25,93%

3 Semestre 6,35% 0% Moto 15,87% 9,52%

4 Semestre 7,94% 7,95% Carro 34,92% 46,03%

5 Semestre 15,87% 9,52% Outro (caminhando) 14,29% 9,52%

6 Semestre 23,81% 20,63%

7 Semestre 15,87% 14,28% Total 100% 100%

8 Semestre 11,11% 12,69% Tempo no transporte 2010 2013

9 Semestre 6,35% 9,52% 30 Minutos 17,46% 42,86% Formando 7,94% 1,58% 45 Minutos 17,46% 19,04% 1 Hora 9,52% 13,36% 1 Hora e Meia 11,11% 7,28% 2 Horas 4,76% 17,46% Outro 36,68% 0% Total 100% 100% Total 100% 100%

Fonte: Dados das Pesquisas

No que diz respeito às horas dedicadas, os acadêmicos estão dedicando mais horas para a família, para o estudo e para o social. Para a família em 2010, dedicavam duas horas: 15,90% e em 2013, 38,04%. Para o estudo, em 2010 estudavam três horas, 30,29% dos acadêmicos e em 2013 apenas 10,41%. Examinando as demais horas de estudo, esse dado não significa que estão estudando menos e sim que dividiram seus horários, pois as opções uma hora, duas horas e outro, aumentaram.

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Nesse sentido, Oliveira (2011) afirma sobre a facilidade que os jovens da geração Y, têm em fazer várias atividades simultaneamente. Para a surpresa de muitos, um jovem trabalha, no mesmo instante em que ouve uma música, navega em redes sociais e ao mesmo tempo fala no celular, e mesmo assim não deixa de ser produtivo. A filosofia adotada por essa geração é que o trabalho faz parte da vida, mas não é a vida.

Tabela 4 – Horas Dedicadas

Estudo 2010 2013 Família 2010 2013 Social 2010 2013

1 hora 33,30% 43,12% 1 hora 23,81% 38,09% 1 hora 31,75% 35,56%

2 horas 15,90% 37,21% 2 horas 15,90% 38,04% 2 horas 7,94% 9,09%

3 horas 30,20% 10,41% 3 horas 33,31% 18,13% 3 horas 33,33% 40,12%

Outro 21% 9,26% Outro 27% 5,74% Outro 27% 15,23%

Total 100% 100% Total 100% 100% Total 100% 100%

Fonte: Dados das Pesquisas

4.4 Estresse Ocupacional - Sintomas Físicos

O quadro de número 01 apresenta as variáveis de frequência sobre o estresse ocupacional, com os sintomas físicos comparando os anos de 2010 e 2013. Observa-se que no ano de 2013 os percentuais aumentaram, induzindo que os níveis físicos de estresse entre os acadêmicos estão mais altos.

Quadro 1 – Sintomas Físicos

Fonte: Dados elaborados pela autora

Quanto a isto, Keane (1996) ressalta que os efeitos do estresse na vida de uma pessoa são determinados pela conjunção de muitos fatores, entre eles, as características do evento

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estressor, isto é, sua frequência, intensidade e duração, bem como as habilidades individuais, ou seja, habilidades psicológicas, cognitivas, afetivas, biológicas e sociais.

Dentre os cinco sintomas físicos de maior percentual encontrados em 2013 estão: em primeiro lugar o cansaço, com 63,76%, seguido do distúrbio do sono (57,04%), a dificuldade com a memória com 53,28%, as dores no estômago (45,27%) e em quinto lugar a fome exagerada com 41,53%.

Na comparação com o ano 2010, os sintomas de maior frequência foram os mesmos, mas houve um maior grau de incidência nestes. As dores no estômago aumentaram em 74,59%. Ainda, a tensão muscular citada em 2010 perdeu porcentagem para as dores no estômago em 2013, inferindo um nível mais elevado de estresse, já que as mesmas estão fortemente relacionadas aos níveis encontrados.

- Sintomas Psicológicos

Os fatores psicológicos mais encontrados em 2013, são os mesmos citados na pesquisa de 2010, e assim como os físicos, também apresentaram incidências maiores. São eles: a ansiedade que novamente aparece em primeiro lugar com 62,35% seguido dos conflitos interpessoais (58,03%), a insegurança nas decisões (52,29%) e a perda do senso de humor com 48,52%. Chama a atenção na comparação com o ano de 2010, a opção explode facilmente que aumentou em 274,18%. Em contrapartida houve uma diminuição na irritabilidade com colegas (-24,57%) e irritabilidade com familiares (-29,87%).

Quadro 2 – Sintomas Psicológicos

Fonte: Dados elaborados pela autora

Salienta-se que os estados de ânimo, as emoções, o nível de alerta, a ansiedade e o estresse modulam fortemente as memórias (IZQUIERDO, 2002). Portanto, um aluno estressado não forma corretamente memórias em sala de aula. Um aluno que é submetido a um nível alto de ansiedade, depois de uma aula, pode esquecer o que aprendeu. Um aluno

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estressado, na hora da evocação (em uma prova, por exemplo), apresenta dificuldades para resgatar da memória o conteúdo aprendido (o famoso “branco”); outro aluno, que, pelo contrário, estiver alerta, conseguirá fazê-lo muito bem.

Importante frisar que a personalidade do indivíduo também influencia o aparecimento de sintomas físicos e mentais atribuídos ao estresse. Em uma mesma situação, as pessoas podem agir de formas diferentes devido a características de suas personalidades. Friedman e Rosenman (1974 in Paiva e Saraiva 2004) propuseram duas categorias de personalidade: Tipo A, mais propensa ao estresse - pessoas impacientes, apressadas, competitivas, ansiosas, perfeccionistas, que levam a vida em ritmo acelerado e que se sentem culpadas quando descansam ou relaxam; Tipo B, referente a indivíduos que não sentem necessidade de impressionar terceiros, capazes de trabalhar sem agitação, de relaxar sem sentimento de culpa e de não padecer de impaciência ou do senso de urgência, sendo assim menos propensos ao estresse. Pelos níveis de estresse encontrados nos acadêmicos do Curso de Administração do Câmpus de Três Passos, pode-se inferir que a grande parte deles faz parte do grupo de personalidades do Tipo A.

Oliveira (2010) faz uma analogia em relação aos jovens da geração Y, os quais conhecedores de seus pontos fortes, os representantes dessa geração são, do mesmo modo, abertos e destemidos. Imediatistas, eles se apresentam ainda multitarefas, às vezes até utópicos quanto suas pretensões relativas ao convívio social e profissional. Ao mesmo tempo, demonstram dificuldades em lidar com o fracasso, aceitar feedback negativo, ansiedade por ascensão profissional e impaciência. Assim como observado nos fatores psicológicos mais citados pelos acadêmicos. A soma destas maneiras de se comportar ou perceber o meio está causando uma revolução em todas as esferas sociais, exercendo forte influência, também, no contexto organizacional e na vida pessoal com o aumento do estresse ocupacional.

Ainda, ao analisarmos as amostras, em 2010, o maior número de questionários foi respondido pela população do sexo masculino, 50,79% e 49,21% por mulheres. Em 2013, as mulheres responderam ao maior número, 52,38% e 47,62% (homens). Esta pode ser uma das razões para terem sido encontrados níveis mais altos de estresse na pesquisa do ano de 2013, pois diversos autores relatam a maior incidência de estresse em populações femininas.

Corroborando com esses dados, os autores MATOS E SOUZA (2005) relataram em sua pesquisa, que em uma amostra de acadêmicos de medicina, o sexo feminino demonstrou mais estresse do que o sexo masculino. Segundo eles, existem três explicações para tal fato: as mulheres podem ser mais susceptíveis ao estresse do que os homens que podem ser mais espontâneos em admitir o estresse ou de fato sofrem mais estresse do que os homens.

- Estratégias de Enfrentamento

No quadro 03 são apresentadas as Estratégias de Enfrentamento e a comparação com a pesquisa do ano de 2010. Nesse sentido as estratégias podem ser também compreendidas como tentativas ativas e/ou passivas para responder, reduzir impactos ou mesmo eliminar ameaças (DEJOURS, 1992).

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Quadro 3 – Estratégias de Enfrentamento

Fonte: Dados elaborados pela autora

As estratégias de enfrentamento mais usadas pelos acadêmicos no ano de 2013 são em ordem decrescente: rir (79,58%), passear com familiares (78,23%), investir na autoestima (77,15%) e a atividade física (69,81%).

Com relação à pesquisa de 2010, pode-se perceber que os acadêmicos estão passeando mais com seus familiares. Segundo Robbins (2002), ter amigos, parentes ou colegas com quem conversar é uma válvula de escape quando o estresse se torna excessivo. Corroborando com esse dado (LIPKIN; PERRYMORE, 2010) afirmam que a Geração Y dá mais valor a seus relacionamentos do que a trabalho e outros compromissos. Os jovens dessa geração se sentem mais à vontade em atividades que envolvam contato social. Com os avanços tecnológicos, qualquer um entra em contato com quem quiser em questão de segundo.

Em relação ao maior investimento na autoestima, o sujeito Y apresenta um padrão de educação concedida pelos pais menos rígida, alimentada através da autoestima. Baseada no bom relacionamento entre pais e filhos, a Geração Y se desenvolveu ouvindo frases como “você pode ser o que quiser” (LIPKIN; PERRYMORE, 2010, p. 2), somadas a uma propícia combinação de proteção familiar, estímulo à expansão das capacidades mentais e revolução tecnológica, resultando em pessoas com capacidade e habilidades não presenciadas nos padrões antecessores.

Observou-se que em 2010, 43,39% dos alunos da amostra praticavam atividades físicas. Em 2013, este numero subiu para 69,81% e na comparação entre os anos, aumentou em 60,89%. Sabe-se que os exercícios físicos não competitivos aumentam a capacidade cardíaca, diminuem o ritmo cardíaco e oferecem uma distração dos problemas do trabalho. Por outro lado, em 2010 mais alunos praticavam caminhadas, (37,57%), e em 2013, este número caiu para 33,22%. Esse fato pode estar atrelado a maior procura por academias e musculação.

Nota-se que as atividades físicas em todos os sentidos melhoraram, mas os graus de estresse (conforme o quadro 1) aumentaram. Este dado difere da pesquisa feita por

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(BALIEIROS 2005), que em seu estudo observou que alunos que praticam atividades físicas mais de uma vez por semana mostram-se menos estressados.

A atividade de ler um bom livro, a qual estava sendo deixada de lado em 2010 com apenas 30,69%, aumentou para 44,53% em 2013 e na comparação subiu para 45,10%. Isto pode ser justificado pelo maior envolvimento dos acadêmicos nos trabalhos universitários, e é observada ainda na melhora substancial das médias e na nota do ENADE.

A estratégia com maior diminuição: realização das refeições nos horários adequados que na comparação obteve –22,92%. Este fator também pode ser uma das causas pelas quais os níveis de estresse estão mais altos no ano de 2013. Segundo Lipp (2002) a qualidade de nossa alimentação, a forma como nos alimentamos e a realização de atividades físicas repercute no estado geral de nossa saúde.

- Cuidados com a Saúde

No que diz respeito aos Cuidados com a Saúde, identificaram-se com maior número os mesmos citados em 2010: ir ao dentista e exames solicitados pelo médico, comparando aumentaram em 17,64% e 21,34% respectivamente. Somente a verificação da pressão arterial diminui em 9,96%. De maneira geral, houve um aumento em todos os cuidados com a saúde, mostrando que os acadêmicos estão mais preocupados, atentos e cuidando mais da saúde.

Quadro 4 – Cuidados com a Saúde

Fonte: Dados elaborados pela autora

É importante destacar que cada indivíduo lida de forma diferente na presença de situações geradoras de desconforto e incômodo. Assim, é possível inferir que, mesmo apresentando estresse, a maioria dos estudantes utiliza-se de habilidades eficazes que garantem o desempenho nos estudos. Estas habilidades são fundamentais para o êxito acadêmico, geralmente representado pela rede de apoio social (família, amigos, professores, comunidade, e outros (ABREU et al, 2002).

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5 Conclusão

As demandas impostas pelo ingresso no ensino superior estão exigindo dos estudantes novas habilidades, favorecendo o aparecimento de estresse, isso que confirma a ideia de que estudantes universitários apresentem estresse. Mas o estresse, em princípio, não é uma doença, é apenas a preparação do organismo para lidar com as situações que se apresentam, sendo, então, uma resposta do mesmo a um determinado estímulo, a qual varia de pessoa para pessoa. O prolongamento ou a exacerbação de uma situação específica, de acordo com as características do indivíduo no momento, pode gerar alterações indesejáveis (LIPP, 2002).

Campos, Rocha e Campos (1996), a respeito disto, atentam para o fato de que a vida acadêmica representa um momento de transição, pois acarreta muitas mudanças não só concretas como subjetivas e emocionais. O ingresso na universidade pode, pois, precipitar o aparecimento de sintomas, dentre eles, o estresse (WITTER, 1996).

Este estudo comparativo possibilitou visualizar as diferenças encontradas nas pesquisas realizadas nos anos de 2010 e 2013. Observou-se a diminuição de acadêmicos no curso, pois no primeiro semestre de 2010 eram 167 alunos matriculados, e no segundo semestre de 2013, 110 alunos. Esse fato pode estar atrelado à abertura de novos cursos superiores na região, à demanda dos cursos à distância ou pelo maior número de bolsas do PROUNI distribuídas pelo Governo Federal. No ano de 2010, a maioria dos respondentes era do sexo masculino, e em 2013 do sexo feminino. Houve um aumento de jovens, com a faixa etária até 19 anos. A maior parte dos acadêmicos residia em Três Passos e Crissiumal, da mesma forma que em 2010. No perfil profissional, continuaram em maior número nos cargos administrativos (44,44%), porém com aumento dos acadêmicos trabalhando no comércio: de 28,57% (2010) para 42,86% (2013). Ainda, ocorreu a diminuição na área da indústria de 22,22% (2010) para 14,29% (2013).

A maioria dos respondentes da pesquisa de 2013 pertencia ao segundo semestre, diferente do ano de 2010, onde este semestre teve pouca participação. Os acadêmicos estavam utilizando mais o carro (46,03%) e menos o ônibus. Quanto às horas dedicadas, dividindo melhor o seu tempo com os estudos, e desse modo também conseguindo dedicar mais horas para a família e o social.

A pesquisa também apontou as variáveis de estresse ocupacional, as quais apresentaram índices mais altos. Entre os sintomas físicos: o cansaço, o distúrbio do sono, a dificuldade com a memória, as dores no estômago e a fome exagerada. Os fatores psicológicos mais encontrados em 2013 foram: a ansiedade, os conflitos interpessoais, a insegurança nas decisões e a perda do senso de humor. Importante salientar que os fatores físicos e os psicológicos mais encontrados foram similares a pesquisa de 2010, porém em 2013 apresentaram incidências maiores. Em relação às estratégias de enfrentamento houve uma significativa melhora em três delas: maior investimento em autoestima, passear com familiares e praticar atividades físicas.

Apesar de a maioria dos participantes terem apresentado sinais de estresse mais altos do que os coletados no ano de 2010, acredita-se que o estresse não está interferindo diretamente em seus estudos, e que ele pode ser oriundo de situações vivenciadas diariamente fora do contexto acadêmico. Observou-se que os estudantes estão buscando uma melhor

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qualidade de vida, fato que pode ser visível pelas horas dedicadas ao estudo, família e social bem como a melhora das variáveis de estratégias de enfrentamento e cuidados com a saúde.

A busca pela melhor qualidade de vida é uma das características da Geração Y, pois conforme Oliveira (2011), o profissional da geração Y busca sempre uma causa para atuar e maior qualidade de vida, deixando por último em sua lista de prioridades o retorno financeiro. Ele quer desafios e busca motivação diária em seu trabalho. Mesmo que fique por anos numa mesma empresa, ele terá que ser constantemente desafiado a criar, a mudar de foco, ter diferentes funções e ter flexibilidade no horário de trabalho.

O resultado dessa pesquisa foi significativo por apresentar contribuições ao conhecimento acadêmico sobre o tema, como também por servir de base para estratégias da universidade em relação ao estresse ocupacional. Será possível empreender programas de prevenção a fim de garantir que a vida acadêmica seja, de fato, um período não só de informação, mas também de formação de indivíduos. Enfatiza-se, além disso, a relevância do presente estudo para a área da Administração, visto que a Geração Y está demandando a mudança das atuais relações de trabalho, como também a forma de gerir pessoas e processos.

Identificaram-se algumas limitações no decorrer do trabalho: a dificuldade de escolher os dias de aula e as turmas para aplicação dos questionários. A amostra deveria ser equivalente à pesquisa realizada em 2010 e possuir a participação de todos os semestres a partir do segundo, para que os dados fossem relevantes e comparáveis.

Como sugestões para estudos futuros, realizar a pesquisa envolvendo uma amostra maior de pessoas (demais alunos do Câmpus de Três Passos, os professores e funcionários) buscando cruzar informações e comparar opiniões de diferentes gerações. Ainda, que futuras pesquisas investiguem a influência de outras variáveis que podem estar associadas aos níveis de estresse e que estudos comparativos sejam realizados entre a universidade particular e a federal.

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(21)

Apêndice

Âpendice A: Questionário aplicado na etapa quantitativa da pesquisa.

UNIJUÍ – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

Pós Graduação MBA em Gestão de Pessoas – EaD Ano: 2013 Aluna: Carlise Barriquello Prezados: Sou estudante do Curso de MBA em Gestão de Pessoas e estou desenvolvendo meu Trabalho de Conclusão de Curso, o qual versa sobre o tema “Acadêmico Empregado e Estresse”, e venho solicitar vossa colaboração no sentido de responder a todas as questões do questionário a seguir, com atenção e sinceridade. Cabe salientar que sua identidade será preservada e os dados serão utilizados exclusivamente para fins acadêmicos científicos.

PARTE I – PERFIL BIOGRÁFICO DO ACADÊMICO 1. Gênero

( ) Feminino ( ) Masculino 2. Idade

( ) até 19 anos ( ) 20 à 25 anos ( ) 26 à 30 anos ( ) mais de 31 anos

3. Reside em

( ) Três Passos ( ) Tenente Portela ( ) Humaitá ( ) Crissiumal

( ) Campo Novo ( ) Tiradentes do Sul ( ) Esperança do Sul ( ) Braga

( ) B. Progresso ( ) Sede Nova ( ) Outro

PARTE II – PERFIL PROFISSIONAL 4. Tipo de organização em que trabalha

( ) Indústria ( ) Comércio ( ) Serviço ( ) Cooperativa

( ) ONG ( ) Outro

5. Qual o seu cargo

( ) Estágio ( ) Cargo Operacional ( ) Cargo Administrativo ( ) Cargo Gerencial ( ) Cargo de Direção ( ) Outro

6. Qual sua carga horária de trabalho?

Diária: ( ) 4 horas ( ) 6 horas ( ) 8 horas ( ) outro Semanal: ( ) 20 horas ( ) 40 horas ( ) 44 horas ( ) outro Mensal: ( ) 180 horas ( ) 200 horas ( ) 220 horas ( )outro

PARTE III - PERFIL ACADÊMICO 7. Semestre

( ) 2º ( ) 3º ( ) 4º ( ) 5º ( ) 6º ( ) 7º ( ) 8º ( ) 9º ( ) 10º 8. Qual o transporte que você utiliza para vir para a universidade?

( ) ônibus ( ) moto ( ) carro ( ) outro

9. Quanto tempo você leva neste transporte por dia (ida e volta)

( ) 30 minutos ( ) 45 minutos ( ) 1 hora ( ) 1 hora e meia

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10. Quantas horas DIÁRIAS você dedica

Para o estudo: ( ) 1 horas ( ) 2 horas ( ) 3 horas ( ) outro Para a família: ( ) 5 horas ( ) 10 horas ( ) 15 horas ( ) outro Para o social: ( ) 5 horas ( ) 10 horas ( ) 15 horas ( ) outro

PARTE IV – ESTRESSE OCUPACIONAL 11. Para cada afirmação abaixo marque:

(1) Se você considera que ocorre com Nenhuma Frequência (2) Se você considera que ocorre com Pouca Frequência (3) Se você considera que ocorre com Moderada Frequência (4) Se você considera que ocorrer com Muita Frequência Em seu dia a dia:

( ) Cansaço ( ) Irritabilidade com professores

( ) Irritabilidade com colegas ( ) Irritabilidade com familiares

( ) Conflitos interpessoais ( ) Dificuldade com a memória

( ) Sensação de perdas das forças físicas ( ) Explode facilmente ( ) Distúrbio do sono/insônia/sono agitado ( ) Perda do senso de humor

( ) Fome exagerada ( ) Pressão alta

( ) Perda do apetite ( ) Insegurança nas decisões

( ) Dor no estômago ( ) Vontade de fugir de tudo

( ) Diarréia ( ) Mal estar sem causa aparente

( ) Dor no peito ( ) Alergias na pele

( ) Tensão/dor muscular ( ) Ansiedade

( ) Realizado, porque gosta e acredita no que faz 12. Para cada afirmação abaixo marque: (1) Se você realiza com Nenhuma Frequência (2) Se você realiza com Pouca Frequência (3) Se você realiza com Moderada Frequência (4) Se você realiza com Muita Frequência As atividades relacionadas com sua vida pessoal:

( ) Caminhada ( ) Atividade física

( ) Ir ao cinema ( ) Ler um bom livro

( ) Escutar musica ( ) Passear com familiares/amigos

( ) Rir ( ) Viajar com a família

( ) Dorme apropriadamente conforme suas necessidades individuais

( ) Investe na sua auto-estima ( roupa, perfume, bijuterias, sapatos, etc).

13. Em relação aos cuidados com sua saúde marque: (1) Se você realiza com Nenhuma Frequência

(2) Se você realiza com Pouca Frequência (somente quando percebe um problema) (3) Se você realiza com Moderada Frequência (1 x ano) a cada 4 a 6 meses) (4) Se você realiza com Muita Frequência (a cada 4 a 6 meses)

( ) Ir ao dentista ( ) Exames solicitados pelo seu médico

( ) Avaliação Nutricional ( ) Avaliação da visão

Referências

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