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aula 8 - Evapotranspiração

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Academic year: 2021

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Texto

(1)

Hidrologia

Evapotranspiração

Aula 8

(2)

Tópicos

Evaporação, transpiração, evapotranspiração

Variáveis da atmosfera

Influência do solo, vegetação

Medição da evaporação

Estimativa da evaporação em lagos e reservatórios

Medição da evapotranspiração

Cálculo da evapotranspiração

 Penman-Monteith

 Equações simplificadas

Evapotranspiração potencial x real

Evapotranspiração potencial de referência

Stress hídrico

(3)

Conceitos

Evaporação

Transpiração

(4)

Evaporação

Oceanos, lagos, rios, poças d’água,

água interceptada na vegetação

(5)
(6)

Evaporação (E)

– Processo pelo qual se transfere água do solo e das massas líquidas para a atmosfera. No caso da água no planeta Terra ela ocorre nos oceanos, lagos, rios e solo.

Transpiração (T)

– Processo de evaporação que ocorre através da superfície das plantas. A taxa de transpiração é função dos estômatos, da profundidade radicular e do tipo de vegetação.

(7)

Evapotranspiração

Normalmente os dois processos

(evaporação e transpiração) ocorrem

juntos

Em áreas relativamente grandes é difícil

saber cada parcela em separado

O fluxo total de calor latente para a

atmosfera é a evapotranspiração

(8)

Processo de Transpiração no Sistema Solo Planta Atmosfera.

Definições

Evapotranspiração (ET)

Processo simultâneo de transferência de água para a atmosfera através da evaporação (E) e da transpiração (T).

(9)

Definições

Evapotranspiração potencial : é a evaporação do solo

e a transpiração das plantas máxima que pode ser

transferida para atmosfera. Com base nas condições

climáticas e características das plantas é possível

estimar a EVT potencial;

Evapotranspiração real: é a o total transferido para a

atmosfera de acordo com a disponibilidade hídrica

existente (umidade do solo) e a resistência das

plantas.

(10)

Evaporação

Evaporação ocorre quando o estado líquido da água é

transformado de líquido para gasoso.

As moléculas de água estão em constante movimento,

tanto no estado líquido como gasoso.

Algumas moléculas da água líquida tem energia

suficiente para romper a barreira da superfície, entrando

na atmosfera, enquanto algumas moléculas de água na

forma de vapor do ar retornam ao líquido, fazendo o

caminho inverso.

Quando a quantidade de moléculas que deixam a

superfície é maior do que a que retorna está ocorrendo

a evaporação.

(11)

Energia e evaporação

A quantidade de energia que uma

molécula de água líquida precisa para

romper a superfície e evaporar é chamada

calor latente de evaporação.

(12)

Condições para ocorrer evaporação

Assim, para ocorrer a evaporação são

necessárias duas condições:

que a água líquida esteja recebendo energia

para prover o calor latente de evaporação

 esta energia (calor) pode ser recebida por radiação ou por convecção (transferência de calor do ar para a água)

que o ar acima da superfície líquida não

(13)

umidade do ar

pressão atmosférica

temperatura do ar

velocidade do vento

radiação solar

Variáveis meteorológicas

(14)

Quanto

maior

a

temperatura,

maior

a

pressão de saturação do

vapor de água no ar, isto é,

maior a capacidade do ar

de receber vapor.

Para cada 10

o

C, P

0

é

duplicada.

Temp.

o

C

0

10

20

30

P

0

(atm)

0,0062

0,0125

0,0238

0,0431

Temperatura

(15)

A umidade relativa é a medida do conteúdo de vapor de água do ar em relação ao conteúdo de vapor que o ar teria se estivesse saturado. Assim, ar com umidade relativa de 100% está saturado de vapor, e ar com umidade relativa de 0% está completamente isento de vapor.

Umidade do Ar

s

w

w

.

100

UR

onde UR é a umidade relativa; w é a massa de vapor pela massa de ar e ws é a massa de vapor por massa de ar no ponto de saturação.

%

em

(16)

A umidade relativa também pode ser expressa em termos de pressão parcial de vapor. De acordo com a lei de Dalton cada gás que compõe uma mistura exerce uma pressão parcial, independente da pressão dos outros gases, igual à pressão que se fosse o único gás a ocupar o volume. No ponto de saturação a pressão parcial do vapor corresponde à pressão de saturação do vapor no ar, e a equação anterior pode ser reescrita como:

Umidade do Ar

s

e

e

.

100

UR

onde UR é a umidade relativa; e é a pressão parcial de vapor no ar e es é pressão de saturação.

%

em

(17)

O vento renova o ar em contato com a superfície que está evaporando (superfície da água; superfície do solo; superfície da folha da planta).

Com vento forte a turbulência é maior e a transferência para regiões mais altas da atmosfera é mais rápida, e a umidade próxima à superfície é menor, aumentando a taxa de evaporação.

pouco vento muito vento

(18)

A quantidade de energia solar que atinge a Terra no topo da atmosfera está na faixa das ondas curtas. Na atmosfera e na superfície terrestre a radiação solar é refletida e sofre transformações, de acordo com a figura.

Parte da energia incidente é refletida pelo ar e pelas nuvens (26%) e parte é absorvida pela poeira, pelo ar e pelas nuvens (19%). Parte da energia que chega a superfícies é refletida de volta para o espaço ainda sob a forma de ondas curtas (4% do total de energia incidente no topo da atmosfera).

(19)

Radiação Solar

A energia absorvida pela terra e pelos oceanos contribui para o aquecimento destas superfícies que emitem radiação de ondas longas. Além disso, o aquecimento das superfícies contribuem para o aquecimento do ar que está em contato, gerando o fluxo de calor sensível (ar quente), e o fluxo de calor latente (evaporação).

Finalmente, a energia absorvida pelo ar, pelas nuvens e a energia dos fluxos de calor latente e sensível retorna ao espaço na forma de radiação de onda longa, fechando o balanço de energia.

(20)

Radiação Solar

A quantidade de energia solar que atinge a Terra no

topo da atmosfera está na faixa das ondas curtas.

Na atmosfera e na superfície terrestre a radiação

solar é refletida e sofre transformações, como

apresentado no capítulo 4.

O processo de fluxo de calor latente é onde ocorre

a evaporação. A intensidade desta evaporação

depende da disponibilidade de energia. Regiões

mais próximas ao Equador recebem maior radiação

solar, e apresentam maiores taxas de

evapotranspiração. Da mesma forma, em dias de

céu nublado, a radiação solar é refletida pelas

nuvens, e nem chega a superfície, reduzindo a

energia disponível para a evapotranspiração.

(21)
(22)

Outros fatores

Tipos de Solos: para evaporação direta do

solo

Vegetação: diferentes vegetações podem

exercer mais ou menos controle sobre a

transpiração

Tamanho do reservatório, ou lago

O que existe em volta: efeito oásis

(23)

Solos arenosos úmidos tem evaporação maior

do que solos argilosos úmidos.

(24)

Tanque classe A

Evaporímetro de Piché

(25)

• O mais usado é o tanque classe A, que tem forma circular com um diâmetro de 121 cm e profundidade de 25,5 cm. Construído em aço ou ferro galvanizado, deve ser pintado na cor alumínio e instalado numa plataforma de madeira a 15 cm da superfície do solo. Deve permanecer com água variando entre 5,0 e 7,5 cm da borda superior.

Tanque classe A

• O fator que relaciona a evaporação de um reservatório e do tanque classe A oscila entre 0,6 e 0,8, sendo 0,7 o valor mais utilizado.

(26)

Tanque Classe A

(27)

Fonte : Sabesp

(28)

Medindo a evaporação

(29)

Tanque Classe A

Procedimento da medida:

Efetuar a leitura, do dia ou horário, do nível d´água no tanque (ed)

Comparar com a leitura anterior, do dia ou horário (ea)

Calcular a diferença e1 = ed – ea

Estamos perante duas possibilidades, ter ou não ter ocorrido chuva no intervalo entre as

duas leituras.

1º.) não houve chuva então Eo = e1

2º.) houve chuva, com altura pluviométrica h1 então Eo = e1 + h1

Atenção: no caso de ter havido chuva intensa, o valor de e1 pode ser negativo.

Obs.: Quando ocorrer transbordamento no tanque a leitura será perdida.

(30)

Tanque Classe A

Com o valor da evaporação potencial (E) pode-se

estimar a evapotranspiração potencial

(ETP) pela correlação:

ETP = kp.E

onde:

E = evaporação medida no tanque evaporimétrico em

mm/dia;

ETP = evapotranspiração potencial em mm/dia,

representa a média diária para o período

considerado;

kp = coeficiente de correlação, que depende do tipo de

tanque e de outros parâmetros

(31)

Tanque Classe A

Como o tanque evaporimétrico Classe A é largamente utilizado no Brasil, na Tabela 6.2

abaixo estão indicados valores do coeficiente kp, para o tanque classe A no Estado de São

Paulo.

Tabela 6.2 – Coeficiente kp para o tanque Classe A no

(32)

Tanque Classe A

Como o tanque evaporimétrico Classe A é largamente utilizado no Brasil, na Tabela 6.2

abaixo estão indicados valores do coeficiente kp, para o tanque classe A no Estado de São

Paulo.

Tabela 6.2 – Coeficiente kp para o tanque Classe A no

(33)

O evaporímetro de Piché é constituído por um tubo cilíndrico, de vidro, de aproximadamente 30 cm de comprimento e um centímetro de diâmetro, fechado na parte superior e aberto na inferior. A extremidade inferior é tapada, depois do tubo estar cheio com água destilada, com um disco de papel de feltro, de 3 cm de diâmetro, que deve ser previamente molhado com água. Este disco é fixo depois com uma mola. A seguir, o tubo é preso por intermédio de uma argola a um gancho situado no interior do abrigo.

(34)

Evaporímetro de Piché

(35)

Evaporação de lagos e reservatórios

A evaporação da água em reservatórios pode ser estimada a partir de medições de Tanques Classe A, entretanto é

necessário aplicar um coeficiente de redução em relação às medições de tanque.

Isto ocorre porque a água do reservatório normalmente está mais fria do que a água do tanque, que tem um volume

pequeno e está completamente exposta à radiação solar.

E

lago

= E

tanque

. Ft

(36)

Assim, para estimar a evaporação em reservatórios e lagos costuma-se considerar que esta tem um valor de aproximadamente 60 a 80% da evaporação medida em Tanque Classe A na mesma região, isto é:

Onde Ft tem valores entre 0,6 e 0,8.

t

que

lago

E

F

E

tan

(37)

Sobradinho: um rio de água para a

atmosfera

O reservatório de Sobradinho, um dos mais

importantes do rio São Francisco, tem uma área

superficial de 4.214 km

2

, constituindo-se no maior

lago artificial do mundo, está numa das regiões mais

secas do Brasil.

Em conseqüência disso, a evaporação direta deste

reservatório é estimada em 200 m

3

.s

-1

, o que

corresponde a cerca de 10% da vazão regularizada do

rio São Francisco.

Esta perda de água por evaporação é superior à

vazão prevista para o projeto de transposição do rio

São Francisco, idealizado pelo governo federal.

(38)

Lisímetro

Peso

Medir chuva

Coletar água percolada

Coletar água escoada

Superfície homogênea

(39)

Lisímetro:

depósito enterrado, aberto na parte superior, contendo o terreno que se quer estudar. O solo recebe a precipitação, e é drenado para o fundo do aparelho onde a água é coletada e medida.

ET = P - D -

R

(40)
(41)

Medições

(42)

Medições

(43)

12 1 j 514 . 1 j

5

T

I

49239

.

0

I

10

792

.

1

I

10

71

.

7

I

10

75

.

6

a

7

3

5

2

2

Método de Thornthwaite

a

I

T

f

ETP





 

.

1

,

6

10

onde:

ETP = evapotranspiração mensal ajustado, em cm;

f = fator de ajuste em função da latitude e mês do ano;

t = temperatura média mensal, em °C; I = índice de calor anual dado por:

(44)

Evapotranspiração Potencial

onde:

ETP = evapotranspiração mensal

ajustado, em cm;

f = fator de ajuste em função da

latitude e mês do ano;

t = temperatura média mensal, em

°C;

I = índice de calor anual dado por:

(45)

Método de Thornthwaite

Os valores obtidos pela fórmula de

Thornthwaite são válidos para meses de 30

dias com

12 horas de luz por dia. Como o número de

horas de luz por dia muda com a latitude e

também porque há meses com 28 e 31 dias,

torna-se necessário proceder correções. O

fator de correção (f) é obtido da seguinte

forma:

(46)

Método de Blaney-Criddle

ETP = p.(0,457.t + 8,13)

Este método foi desenvolvido em 1950, na

região oeste dos EUA, sendo por isso mais

indicado para zonas áridas e semi-áridas, e

consiste na aplicação da seguinte fórmula para

avaliar a evapotranspiração potencial:

onde:

ETP = evapotranspiração potencial, em

mm/mês;

p = porcentagem mensal de horas-luz do

dia durante o ano (“p”) é o valor médio

mensal);

t = temperatura média mensal do ar, em

°C.

(47)

Tabela 6.4 – Valores de p

(48)

Evapotranspiração Real

A evapotranspiração real em um período qualquer é dada pela equação:

E = Evapotranspiração real, em mm/período; I = Irrigação do tanque, em litros;

P = preciptação pluviométrica no tanque, em litros;

D = Água drenada do tanque, em litros; S = Área do tanque, em m2.

(49)

Em condições normais de cultivo de plantas anuais, logo após o plantio, a evapotranspiração real (ETR) é bem menor do que

a evapotranspiração potencial (ETP).

Esta diferença vai diminuindo, à medida que a cultura se

desenvolve, em razão do aumento foliar, tendendo para uma diferença mínima antes da maturação; depois a diferença vai aumentando, conforme pode ser visto na figura 2.5.

A avaliação da ETR a partir da ETP é de grande utilidade para o

planejamento da agricultura irrigada.

Tal avaliação pode ser feita, por meio de coeficientes culturais

(Kc) dados na Tabela 6.5 para algumas culturas, da seguinte forma:

ETR = Kc.ETP

(50)

ETR = Kc.ETP

Evapotranspiração Real

Figura 6.4 –

Relação entre ETR e ETP para cultura de ciclo curto.

Tabela 6.5 –

Coeficientes de cultura “Kc”.

(51)

Referências:

Notas de aula: Prof. Dr. Paulo Takashi

Nakayama - FESP

Hidrologia

Aulas de Hidrologia Prof. Dr. Walter

Collischonn

IPH - UFRGS

Hidrologia: Prof. Dr. Carlos E. Tucci

(52)

MUITO OBRIGADO!

Referências

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