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ESTUDO SOBRE AS ESTRATÉGIAS DE LEITURA EM PROVAS DE LÍNGUA INGLESA NO VESTIBULAR DO CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO JOSÉ DE ITAPERUNA, RJ

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ESTUDO SOBRE AS ESTRATÉGIAS DE LEITURA EM PROVAS DE LÍNGUA INGLESA NO VESTIBULAR DO CENTRO UNIVERSITÁRIO

SÃO JOSÉ DE ITAPERUNA, RJ

Ana Paula da Silva Peres de Lima¹1 Mariana Gonçalves Pinheiro²

Lorena do Carmo Pelegrini³ Sonia Maria da Fonseca Souza4

Resumo: O presente artigo de caráter analítico tem por objeto investigar e analisar

os principais aspectos linguísticos relevantes das provas de Língua Inglesa do Centro Universitário São José de Itaperuna. Assim, verifica-se como o uso do Inglês Instrumental, a leitura crítica e as demais técnicas gramaticais podem interferir nos resultados das provas e na futura vida acadêmica do vestibulando. Para a realização deste trabalho, foram utilizados os principais recursos pedagógicos e gramaticais da Língua Inglesa, visto que possuem aspectos textuais relevantes para o uso da Língua materna e da Língua Inglesa. Concluída essa etapa, as informações obtidas foram processadas e correlacionadas, mostrando que os alunos têm como principal necessidade a leitura crítica das questões através do Inglês Instrumental, para obter êxito no vestibular.

Palavras-chave: Pesquisa. Provas de Vestibular. UNIFSJ. Língua Inglesa. Leitura. Introdução

Tendo em vista a importância do uso da língua materna e estrangeira (inglês) na vida acadêmica e pós-acadêmica dos vestibulandos, houve a necessidade de investigar a prova de Língua Inglesa do Centro Universitário São José de Itaperuna, conforme o grau de habilidade exigido pelo candidato e quanto ao padrão de leitura implícita nesta avaliação.

Nesse sentido, foram apontados aspectos relevantes sobre as provas de Língua Inglesa, visando melhor graduação, após análisedas provas de vestibular dos anos de 2012 a 2015, os modelos de função e os tipos de textos que se manifestaram. Os dados coletados foram apresentados através de categorias pré-determinadas.

¹ Pós-Graduada do Curso de Letras (com ênfase em Língua Inglesa) pelo Centro Universitário São José (UNIFSJ), em Itaperuna/RJ. E-mail: anaperes-25@hotmail.com

² Pós-Graduada do Curso de Letras (com ênfase em Língua Inglesa) pelo Centro Universitário São José (UNIFSJ), em Itaperuna/RJ. E-mail: lorenapelegrini@gmail.com

³ Pós-Graduada do Curso de Letras (com ênfase em Língua Inglesa) pelo Centro Universitário São José (UNIFSJ), em Itaperuna/RJ. E-mail: mari-gonca-pinhe@live.com

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Mestre em Educação, especialista em Língua Inglesa e graduanda em Letras. Professora de Língua Inglesa do Centro Universitário Fundação São José (UNIFSJ), em Itaperuna/RJ. E-mail: sonifon1@hotmail.com – Orientadora.

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8 Este artigo foi dividido em três seções. Na primeira seção, são demonstradas propostas de argumentos sobre a leitura e sua capacidade para a compreensão da Língua Inglesa e da autônoma da leitura e escrita. Na segunda seção é feita uma reflexão sobre a Língua Inglesa para fins específicos e um breve relato de como surgiram os vestibulares no país. Por fim, a última seção trata da análise dos vestibulares ocorridos entre os anos de 2013 e 2015no Centro Universitário São José de Itaperuna/RJ, tendo em vista o uso do léxico e as estratégias de leituras utilizadas.

1 A leitura no cenário educacional

É possível observar que a capacidade da leitura e compreensão da Língua Inglesa, nas provas de vestibular é trabalhada em textos utilizando uma forma clara e objetiva para o leitor. Segundo Neves (2002), a apresentação de textos apresentados pelos professores de inglês serão de acordo com a área peculiar dos seus alunos. Desta forma, o texto em inglês nos vestibulares tem como finalidade a maior visão técnica possível.

Segundo Hudson (1998), o que vem surgindo de pesquisas e trabalhos sobre a leitura na língua materna alavancou consideravelmente a pesquisa da leitura também na segunda língua. Esses modelos são de fundamental importância para que se possa perceber o conceito e o modelo de leitura implícita na prova de Língua Inglesa do Centro Universitário São José de Itaperuna, RJ.

Nesse sentido, é necessário enfatizar que as abordagens utilizadas no presente trabalho levam em conta o porte da leitura e da escrita presentes nas provas de vestibular dos anos de 2012 até 2015.

Algumas características relevantes encontradas no texto são a habilidade de leitura solidária, pois não leva em conta o contexto social ao qual pertencem os indivíduos que entram em contato com o texto; o texto por si só já basta.

Para Widdowson(1990), enquanto o texto for considerado um objeto, e não uma ação, sempre será entendido como uma estrutura de elementos, em vez de ser um meio de comunicação do homem, no qual a ideia de autonomia do texto está conectada diretamente com a habilidade da leitura e da escrita. Dessa maneira, a leitura passa a ser uma capacidade somente técnica, e não uma capacidade social.

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9 Porém, outros elementos devem ser levados em conta, no instante em que se fala de leitura em segunda língua; deve-se atentar para o fato de que o leitor não tem o entendimento da mesma forma que um nativo, e quanto mais parcial for o conhecimento da segunda língua pelo leitor, mais fácila capacidade de previsão da solução do texto.

Na formação inicial de aprendizagem de uma segunda língua, a capacidade de memorização é minimizada em função do leitor não estar praticando e nem se acostumando com o material aplicado na aquisição de conhecimentos.

A família, a comunidade, a escola, a cultura e as características individuais são as fontes de referências mais comuns no processo de leitura. Assim, pode-se afirmar que em todos os níveis de leitura existe intervenção da língua nativa. A questão é o conhecimento prévio que o leitor utiliza para ler um texto, no qual incluem-se os hábitos e as crenças de suas experiências de vida.

Perera(1986) afirma que as formações das normas gramaticais que a língua escrita tem são peculiarmente distintas daquelas da fala, desde que a escrita não seja facilmente uma transição da língua oral. Ao escrever um texto, o autor separa as palavras adequadas para um determinado texto e não refere somente ao mundo ao qual escreve, mas também a toda uma comunidade específica de usuários da língua.Esse é o modelo de leitura e escrita.

Para Hill eParry(1992), as perspectivas interativas da fala estão muito mais presentes na leitura do que normalmente se assume. A habilidade de leitura e escrita apresenta uma reciprocidade entre leitor e escritor, não importando quão solidária seja em qualquer atividade que esteja envolvida.

O uso da língua não ocorre no vazio.O fato de aceitarmos a interatividade existente entre leitor, texto e autor nos leva a concluir isso. A leitura se sucede quando o leitor busca algum assunto típico para um objetivo específico em um lugar próprio (BACHMAN; PALMER, 1996).

Nesse sentido, não são exclusivamente os organizadores não verbais que ajudam na compreensão da leitura, mas também títulos, tópicos, estruturas retóricas, sendo relevantes para ajudar o leitor a fazer predições e hipóteses sobre eventos que ocorrerão no texto, bem como a interpretar o vocábulo correto no texto (HADLEY, 1993).

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10 Para a análise das provas de vestibular do Centro Universitário São José de Itaperuna, é fundamental os modelos de leituras apresentados e o papel da contextualização no processo da leitura, uma vez que, de forma clara, ocorre o processo de compreensão de textos através da interação leitor-texto-escritor.

2 Inglês instrumental

O inglês instrumental é conhecido como Inglês para Fins Específicos (ESP) e tem como objetivo principal capacitar o aluno a ler e compreender textos acadêmicos em inglês, usando estratégias e técnicas de leitura específicas dentro de um esquema de atividades de caráter autônomo (FERREIRA;ROSA, 2008).

Nessa perspectiva, Hutchinson e Waters (1987) ressaltam que, no ensino de ESP, todas as decisões relativas ao conteúdo e método são baseadas na razão que o aluno possui para aprender.Além disso, para um professor de ESP, o planejamento é extremamente relevante, pois serve como base substancial para o desenvolvimento de seu trabalho.

Strevens (apud DUDLEY-EVANS; ST. JOHN,1988) prescreve a contraposição entre o Inglês Geral e o ESP, já que ambos possuem metodologias e direcionamentos distintos, assim como características irrefutáveis e volúveis. As características volúveis são aquelas que fazem com que o ESP equivalha ao ensino de Língua Inglesa para atender a carência do aluno; diverge do Inglês Geral; centraliza a linguagem apropriada nas atividades (léxico, semântica, sintaxe, discurso etc.) e no discurso e sua análise. Já as características volúveis ditam que o ESP pode não ser ensinado de acordo com nenhuma metodologia pré-ordenada (STREVENS apud DUDLEY-EVANS; ST. JOHN, 1988) e que podem ocorrer restrições das habilidades a serem adquiridas. Já Robson (apud DUDLEY-EVANS; ST. JOHN, 1988, p. 3) diz que "os cursos de ESP têm um limitado período de tempo; e são administrados para adultos em turmas homogêneas, em termos de trabalho ou estudos nos quais os alunos estão envolvidos".

Subsequentemente, Dudley-Evans eSt. John (1988, p. 3), tendo como base as prévias concebidas, articulam seu próprio conceito de ESP, constatando que as características absolutas deste consistem no foco na língua e suas divisões (habilidades, discurso, etc.); no uso de atividades e nas metodologias que lhe

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11 servem. Já as características variáveis do ESP são: utilizar metodologia diferente do Inglês Geral em situações específicas de ensino; planejamento para alunos de níveis médio e avançado (que pode ser feito para disciplinas específicas). Sendo assim, a partir das definições apresentadas, o ESP tem como objetivo principal as razões para aprender uma língua.

O desenvolvimento do ESP ocorreu no final da Segunda Guerra Mundial, decorrente de algumas razões, dentre elas: a colossal expansão científica, técnica e econômica em proporção mundial e o fato de a Linguística começar a ponderar sobre as necessidades dos alunos e os contextos nos quais a língua é utilizada.

Por conseguinte, como afirma Hutchinson e Waters (1987), "[...] se a língua varia de uma situação de uso para outra, deve ser possível determinar as características de situações específicas e então fazer delas a base do curso dos alunos".

A expansão de novos conceitos na psicologia educacional enfatizou a importância do aluno no processo de ensino-aprendizagem e na organização de um curso de língua inglesa. De acordo com Hutchinson e Waters (1987, p. 8), "Os alunos eram vistos como possuidores de diferentes interesses e necessidades, que teriam uma influência importante em sua motivação para aprender e, portanto, na eficácia de sua aprendizagem”. Assim, com essas razões, a língua inglesa adquiriu novos objetivos. De acordo com Waters (1988, p. 29), "uma abordagem para o ensino de inglês baseada nas necessidades começava a emergir" e "é neste desenvolvimento que podemos remontar às origens do ensino de inglês para fins específicos".

Entretanto, essa abordagem que surgiu nos anos 60 passa por fases distintas vinculadas à elaboração de um programa de ensino de ESP, considerando as diferentes formas de percepção das necessidades dos alunos, que eram percebidos apenas como termos gramaticais e lexicais.

Essa percepção modificou-se com o tempo, devido ao estudo cada vez mais direcionado das necessidades vocabulares das áreas de conhecimento. Em outras palavras, variados campos de conhecimento passaram por análises com o intuito de detectar quais características e necessidades linguísticas eram típicas e qual atendimento se apresentava com maior primordialidade. A tal análise atribui-se o nome de análise de registro e corresponde à primeira fase da elaboração do ESP.

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12 Segundo Hutchinson e Waters (1987, p. 11), "a identificação de padrões, organizações de textos e a especificação dos meios linguísticos pelos quais esses padrões são sinalizados" caracterizam a segunda fase.

Nesse sentido, vale destacar que a base da terceira fase de desenvolvimento apresenta-se sob uma verificação acerca das formas mais superficiais da língua, aproximando a análise da língua em vista das reais necessidades do aluno. Logo, esse processo é denominado análise das necessidades ou da situação do alvo.

Já a quarta fase, dedica-se mais profundamente à observação das necessidades dos alunos. Logo, volta-se para a verificação do raciocínio e da interpretação a que submeteo emprego da língua, permitindo que o indivíduo absorva adequadamente o significado do discurso. A essa fase deu-se o nome de estratégias ou habilidades. Finalmente, a quinta fase, abordagem,centrada na aprendizagem, tem sua atenção focada na aprendizagem em si, diferentemente das outras fases cujos focos concentravam-se em questões vinculadas à própria língua. Nessa fase, os processos de aprendizagem de línguas passam a ser o centro dos interesses.

2.1 O contexto brasileiro

A partir do final da década de 1970 novas propostas foram trazidas para o ensino de língua inglesa com o ESP, determinando a extensão de uma pesquisa mais produtiva dentro das áreas do conhecimento. Segundo Kleiman (1994, p. 31), tais propostas "implicaram numa situação que apontava grandes áreas de negligência e despreparo das universidades ao atender às demandas de estudantes que precisavam saber como ler em inglês para fins acadêmicos”. As pesquisas desenvolvidas visavam lidar com o fato de a instrução ser feita através da língua materna e voltou seus avanços para a leitura. Subsequentemente, a leitura passou a ser mais contextualizada e a ser vista como necessidade fundamental dos alunos dentro do ensino médio da escola pública.

Logo, de acordo com Moita Lopes (1996, p. 133), poucos teriam chance de aprender e usar a língua dentro de sua dimensão oral, tanto em território nacional quanto fora. Além disso, o autor ainda aponta problemas estruturais e organizacionais das escolas públicas como agravantes dessa situação, assim como

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13 o fato de a leitura apresentar-se, em grande parte dos casos, como requisito único em exames nas universidades ou programas de pós-graduação. De acordo com Moita Lopes (1996, p. 133), "[...] no contexto das escolas públicas brasileiras se advoga o foco nas chamadas quatro habilidades linguísticas, tendo em vista as condições existentes no meio de aprendizagem".

Sendo assim, a leitura é concebida como propósito específico, tendo em vista os contornos das exigências definidos pelo contexto social. Quanto a isso, Celani (1977, p. 9) "[...] acredita que o inglês escrito representará a língua da comunicação internacional por meio da qual poderão prosseguir seus estudos e pesquisa em um nível superior".

2.3 Análise das necessidades

Para Hutchinson e Waters (1987, p. 53), o que diferencia o ESP do Inglês Geral é a consciência de que há uma necessidade de alcançar objetivos específicos. Portanto, se tanto estudantes quanto professores tiverem conhecimento sobre a razão dessa necessidade, suas potencialidades poderão ser mais bem exploradas.

Inicialmente, as necessidades apontadas pelas pesquisas giravam em torno do conhecimento de tópicos gramaticais ligados a uma área de estudo. Contudo, com a publicação do trabalho de Munby (1978) CommunicativeNeeds Processor,a função e o contexto também foram considerados de fundamental importância.

A abrangência do conceito de necessidade foi ampliando-se de acordo com os termos utilizados para denominar suas definições. Para Hutchinson e Waters (1987, p. 54), esse conceito é tido como "o que o aprendiz precisa saber para funcionar eficazmente em uma situação alvo." Já para Robinson (1991, p. 9), a situação em andamento precisa ser analisada a fim de detectar os pontos a serem trabalhados nos alunos para que isso complemente a análise da situação alvo. Já Dudley Evans e St. John (1988, p. 125) apontam que a análise das necessidades abrange concepções de diferentes abordagens tais como: análise da situação alvo e as necessidades objetivas – informações acerca da utilização profissional do idioma por parte dos alunos; os desejos, meios e necessidades subjetivas – informações acerca da esfera cultural e pessoal do aluno e a análise da situação presente – informações acerca das habilidades e de uso da língua.

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14 Para esses autores, o intuito da análise das necessidades é reconhecer o aluno como indivíduo em processo de aprendizagem da língua e cujas potencialidades podem ser ampliadas. Obviamente, os frutos de tal observação não se apresentam de maneira irrefutável, já que estão relacionados a quem questiona, às perguntas em si e a sua interpretação. Para tal, as principais fontes a serem analisadas giram em torno das áreas de trabalho e/ou estudo além de documentos importantes para essas áreas.

3 Material e Métodos

Nesta pesquisa, foi realizada uma análise de questões e textos de provas de vestibular do Centro Universitário São José de Itaperuna. O objetivo desta seção foi analisar os vestibulares prestados entre os anos de 2012 e 2015, tendo em vista o uso do léxico e as estratégias de leituras utilizadas. As estratégias utilizadas foram

Skimming,Scanning,Identificação da Estrutura, Relação entre frases, Elementos

Coesivos, Interferência Contextual, Uso do Conhecimento Prévio, Relação entre figura e texto, Paráfrase, Organização Ordem Cronológica.

As provas estão dispostas em 5 questões, com 5 opções de escolha (A-E), todas contendo um texto de abertura seguido das questões a ele referentes.

3.1Análise das questões de provas de vestibular

As provas analisadas têm, ao todo, 20 questões com 100 itens, analisados segundo as estratégias de leitura e os léxicos gramaticais.

Ao agrupar as provas de acordo com as estratégias de leitura e o léxico gramatical para solucioná-las, foi observado que algumas questões envolvem mais de uma estratégia. Como no vestibular de 2012, na questão de número 2 há a utilização de 2 estratégias: Interferência Contextual e Uso do conhecimento prévio.

Questão 2 (Centro Universitário São José de Itaperuna/2012) 2. The text “Culture Shock!” can be useful for people Who.

A) are afraid of flying.

B) like to try international food.

C) travel to different countries because of their jobs.

D) want to go on vacation without spending a lot of money. E) need to know what clothes to take on a trip

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15 Faz-se necessário assinalar que é algo subjetivo, portanto essa análise se submeteu a critérios próprios, baseados em suposição e o conhecimento de cada estratégia adquirida:

Skimming; Scanning; Identificação da Estrutura; Elementos Coesivos; Uso da

Informação Figurada; Interferência Textual; Uso do Conhecimento Prévio; Relação entre Figura e Texto; Paráfrase; Organização e Ordem Cronológica.

3.2 As estratégias analisadas

 Skimming– nessa técnica, o leitor identifica rapidamente a ideia principal ou o sentido geral do texto.

 Scanning–técnicautilizada para fazer a leitura do texto de uma forma geral, sem se atentar para cada palavra.

 Identificação da Estrutura – técnica que identifica a intenção do autor e os métodos que ele usa para persuadir o leitor.

 Relação entre frases – técnica em que o leitor pré-estabelece relação entre as frases do texto e as questões.

 Elementos Coesivos – técnica que identifica os elementos utilizados pelo autor para dar coerência ao seu pensamento.

 Interferência Contextual – técnica em que o leitor é levado a estabelecer o direcionamento final, tendo como ponto os dados fornecidos pelo autor.

 Uso do Conhecimento Prévio – nessa técnica, o leitor lança mão do uso do seu conhecimento de mundo.

 Relação entre figura e texto – técnica utilizada pelo leitor para fazer relação entre as informações fornecidas e a figura presente no texto.

 Paráfrase – técnica em que o leitor deve atentar a expressões que têm como significado uma palavra ou locução, na qual o entendimento do significado se torna mais compreensível.

 Organização de Ordem Cronológica – técnica que permite ao leitor ordenar os acontecimentos presentes no texto.

No decorrer das observações das provas dos vestibulares do Centro Universitário São José de Itaperuna, foi possível verificar que nos anos de 2012 e 2013, a técnica de scanning, foi altamente utilizada, entretanto, a técnica mais encontrada (6 vezes ao total), foi a dos elementos coesivos. Assim, observou-se que

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16 estes são de grande valia na hora de desenvolver a leitura das questões propostas. Tornou-se visível também que o uso do skimming esteve presente em todas as provas, em média uma questão por prova.

3.2.1 Ordem das Técnicas Utilizadas: 1º Scanning.

2º Elementos Coesivos.

3º Interferência Contextual e Uso do Conhecimento Prévio. 4º Skimming E Paráfrase.

5º Identificação da Estrutura e Organização da Ordem Cronológica. 6º Relação entre frases e Relação entre figura e texto.

3.5 Análise e discussão dos dados

Na prova do ano de 2012, dentre as provas analisadas, Scanningfoi o primeiro lugar, distanciou-se mais das técnicas/estratégias de segundo lugar,

Elementos Coesivos e Uso do Conhecimento Prévio. De acordo com o gráfico

acima, a técnica/estratégia Scanningocupa 28% da prova. 9% 28% 0% 9% 18% 9% 18% 0% 0% 9% Prova 2012 Skimming Scanning

Identificação da Estrutura Relação entre Frases

Elementos Coesivos Interferencia Contextual

Uso do Conhecimento Prévio Relação entre Figura e Texto

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17 No ano de 2013, usaram-se com maior frequência 3 técnicas/estratégias,a Paráfrase, a Interferência Contextual e o Scanning. Seguindo a análise do gráfico, percebe-se uma mesma ocorrência, 8% da prova, entre as estratégias Relação entre Frases, Uso do conhecimento Prévio e os Elementos Coesivos.

No ano de 2014 a Identificação da Estruturadestacou-se na prova, bem à frente das demais técnicas/estratégias, ficando quase 9% à frente das técnicas de segundo lugar (Skimming e Relação entre Frases).

7% 23% 0% 0% 8% 23% 8% 0% 23% 8% Prova 2013 Skimming Scanning

Identificação da Estrutura Relação entre Frases

Elementos Coesivos Interferencia Contextual

Uso do Conhecimento Prévio Relação entre Figura e Texto

Parafrase Organização/Ordem Cronológica

14% 14% 25% 14% 13% 13% 0% 13% 0% 0% Prova 2014 Skimming Scanning

Identificação da Estrutura Relação entre Frases

Elementos Coesivos Interferencia Contextual

Uso do Conhecimento Prévio Relação entre Figura e Texto

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18 Dentre todas as provas analisadas, a do ano de 2015 foi a prova que houve uma maior igualdade entre as técnicas/estratégias utilizadas. Sendo o Skimming a técnica/estratégia que mais apareceu no ano de 2015.

Considerações Finais

Por este trabalho, conclui-se que os aspectos linguísticos analisados nas provas de inglês do vestibular do Centro Universitário São José de Itaperuna, RJtêm

9% 9% 9% 0% 19% 9% 18% 9% 9% 9% Prova 2015 Skimming Scanning

Identificação da Estrutura Relação entre Frases

Elementos Coesivos Interferencia Contextual

Uso do Conhecimento Prévio Relação entre Figura e Texto

Parafrase Organização/Ordem Cronológica

9% 19% 7% 5% 14% 12% 12% 5% 10% 7%

Panorama Geral dos Vestibulares de 2012 a 2015

Skimming Scanning

Identificação da Estrutura

Relação entre Frases Elementos Coesivos Interferência Contextual Uso do

Conhecimento Prévio Relação entre Figura e Texto

Parafrase

Organização/Ordem Cronológica

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19 como norte a utilização do Inglês Instrumental, que é apresentado através de leituras e interpretações de textos e figuras.

Para a resolução das questões propostas, notou-se que é crucial que o vestibulando tenha um conhecimento prévio crítico-analítico da língua inglesa. Portanto, fica evidente que, a partir dos dados colhidos e das leituras aprimoradas, o vestibular tem como objetivo nivelar o conhecimento do aluno para que possa desenvolver um caminho satisfatório na utilização de sua língua materna e da língua inglesa na graduação.

Assim, conclui-se que o inglês instrumental é crucial no bom desenvolvimento das provas em geral e nos vestibulares como um todo, visto que o ESP tem como base as reais necessidades do aluno para a ampliação do seu conhecimento mediante as provas de língua inglesa e da sua vida acadêmica.

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