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Educação continuada no serviço de referência em saúde mental

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

Flávia Maria da Fonseca

EDUCAÇÃO CONTINUADA NO SERVIÇO DE REFERÊNCIA EM SAÚDE MENTAL

FLORIANÓPOLIS (SC)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Flávia Maria da Fonseca

EDUCAÇÃO CONTINUADA NO SERVIÇO DE REFERÊNCIA EM SAÚDE MENTAL

FLORIANÓPOLIS (SC) 2014

Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Linhas de Cuidado em Enfermagem –atenção psicossocial do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista.

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FOLHA DE APROVAÇÃO

O trabalho intitulado Educação continuada no serviço de referência em saúde mental de autoria de Flávia Maria da Fonseca examinado e avaliado pela banca avaliadora, sendo considerado APROVADO no Curso de Especialização em Linhas de Cuidado em Enfermagem –

Área Atenção psicossocial.

_____________________________________ Profa. Giovana Dorneles Callegaro Higashi

_____________________________________ Profa. Dra.VâniaMarli Schubert Backes

Coordenadora do Curso

_____________________________________ Profa. Dra.Flávia Regina Souza Ramos

Coordenadora de Monografia

FLORIANÓPOLIS (SC) 2014

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos colegas e cliente do Sersam, através deste foi possível o desenvolvimento do TCC, a orientadora Giovana pela preciosa orientação e a equipe do Programa de Especialização em Linhas de Cuidados pela UFSC pelo esforço e dedicação para fazer um curso de qualidade e aos meus pais que indiretamente tornaram este trabalho possível me presenteando com a vida.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pela dádiva da vida, aos meus pais que sempre me apoiaram em todas as decisões mesmo não concordando com elas, aos meus irmãos: Lázaro, Fabrício, warley, Rafael, Maria Dolores e em especial a minha irmã Angélica pela compreensão e carinho e a colega/amiga Edivania pelas trocas de experiências e conhecimentos.

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 08 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA... 11 3 MÉTODO... 14 4 RESULTADO E ANÁLISE... 16 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 21 6.REFERÊNCIAS... 22 RESUMO

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O Objetivo deste trabalho foi implantar um Calendário Anual de Educação Continuada em Serviço para os Profissionais do Serviço de Referência em Saúde Mental – Sersam CAPS III – em Divinópolis / Minas Gerais. Trata-se de um estudo de abordagem convergente assistencial. O propósito em realizar um estudo sobre a educação continuada em serviço surgiu diante da experiência prática como profissional do Sersam e da observação da atuação dos demais funcionários. Atualmente não há treinamento/educação continuada para a equipe; a partir da observação do meu ambiente de trabalho percebo a necessidade desse serviço. Foi verificado durante essa prática, certo distanciamento dos profissionais em relação às ações educativas, como também uma restrita visão no que se refere aos problemas e necessidades educacionais da equipe como um todo. Justifica-se está pesquisa pela importância da educação e a necessidade de encontrar propostas educativas que motivem a busca do autoconhecimento, do aperfeiçoamento e da atualização, de forma a levar ao aumento da competência e da valorização pessoal e profissional.

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1 INTRODUÇÃO

O propósito em realizar um estudo sobre a educação continuada em serviço surgiu diante da experiência prática como Profissional do Sersam e da observação da atuação dos demais funcionários. Foi verificado durante essa prática, certo distanciamento dos profissionais em relação às ações educativas, como também uma restrita visão no que se refere aos problemas e necessidades educacionais da equipe como um todo.

Observa-se, que a educação continuada é considerada como diretamente relacionada à melhoria da assistência e surtindo efeito benéfico para clientes e profissionais. Nos dias atuais a educação tem sido considerada como instrumento para mudanças e transformações em uma sociedade onde a tolerância com o diferente é zero. Todas as transformações sociais e educacionais têm influência nos modos de produzir, nos diferentes campos do conhecimento e de produção de bens e de serviços. No âmbito da educação e da saúde, a acumulação do conhecimento, traduzido em tecnologias e indicadores da qualidade dos processos de trabalho, tem influenciado a organização do trabalho, exigindo que os trabalhadores adquiram novas habilidades de forma dinâmica e transformadora (RICALDONI; SENA, 2006).

Compreende-se que a educação é considerada como diretamente relacionada à melhoria da assistência e é uma estratégia para que o indivíduo tenha maior capacitação e maior possibilidade de construir-se dentro do mundo do trabalho, como sujeito que constrói e desconstrói, em um movimento dinâmico e complexo. Freqüentemente, a qualidade do processo de educação continuada, faz com que os profissionais ajam com maior empenho, essa atualização os torna mais exigentes quanto às suas expectativas políticas, sociais e no trabalho. (RICALDONI; SENA, 2006).

A educação dos trabalhadores se torna um instrumento de suma importância para o desenvolvimento da sociedade que vivencia significativas mudanças. E no contexto do trabalho, a possibilidade de educação continuada deve abrangera utilização de novas ferramentas e tecnologias, e a própria pressão social deve desencadear processos políticos, éticos e culturaisque assegurem a cidadania, o respeito e a qualidade de vida (RICALDONI; SENA, 2006).

Neste trabalho o conceito de educação continuada é um contínuo de ações de trabalho-aprendizagem que surge de uma situação problema já existente que ocorre em um espaço de trabalho/produção/educação em saúde, e se dirige a superá-la, transformá-la em uma situação

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diferente e desejada. O grande desafio da educação continuada é incentivar o desenvolvimento da consciência nos profissionais sobre a sua área de atuação, em prol da responsabilidade em seu processo permanente de capacitação. Por isso, é necessário rever os as ações e procedimentos utilizados nos serviços de saúde para que a educação continuada seja realizada no coletivo, um processo dialogado, compartilhado, sistematizado e participativo, tendo como cenário o próprio espaço de trabalho, no qual o pensar e o fazer são insumos fundamentais do aprender e do trabalhar (RICALDONI; SENA, 2006).

Neste contexto, ao analisar os processos de Educação Continuada em Saúde, importa observar que o serviço, o trabalho, a assistência, a educação e a qualidade (como reflexo do desfrute da cidadania na saúde) no sentido que a finalidade e razão de contribuir para atender as demandas individuais e coletivas de saúde da população, assim como repercutindo no crescimento da instituição em constante ciclo de mudanças e transformações (RICALDONI; SENA, 2006).

A relação do cuidado é uma interdependência baseada no dia-a-dia do profissional, segundo a qual a ação do cuidar se mantém numa relação de dependência e independência, se constrói num cenário múltiplo e complexo de atividades de enfermagem, na sua dimensão objetiva, na subjetividade de quem cuida e do ser cuidado e, através da mediação das interações de espaço tempo, parte-se para pensar nessa construção nas suas dimensões individuais e coletivas. (RICALDONI; SENA, 2006).

O papel da educação continuada é estratégia para a organização do processo de trabalho de enfermagem em articulação com as demais práticas de enfermagem e demais setores do hospital. A educação continuada deve estar sustentada nos conceitos e metodologia crítica e reflexiva. Esse processo implica em reconhecer que as práticas rotineiras, descontextualizadas dos reais problemas, dificilmente permitirão o desenvolvimento da capacidade de reflexão (BRIONES,1999).

Os autores recomendam ainda que seja adotada a concepção da pedagogia crítico-reflexiva com metodologias que permitam a problematização das situações vivenciadas no dia-a-dia do trabalho, bem como a construção de intervenções que possibilitem as mudanças não somente dentro da instituição, mas na relação social do indivíduo como sujeito que presta o cuidado ao paciente (RICALDONI; SENA, 2006).

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Torna-se evidente a necessidade de um programa de capacitação dos enfermeiros para adotar a educação continuada, sustentada em concepção e que propicie o crescimento dos sujeitos, fundamental na determinação da qualidade do cuidado.

Espera-se com esse trabalho contribuir para um movimento de busca pelo conhecimento e aperfeiçoamento das práticas de trabalho, a partir da realidade vivenciada para a evolução profissional, afim de somar mudando/transformando-as, levando a uma atuação que previna problemas para o funcionário como por exemplo a agressão que está na maioria das vezes diretamente relacionada a forma de condução da situação e/ou caso, para clientes a melhoria da assistência possibilitando ações humanizadas, livres de pré-conceitos e individualizadas já que o ser é único com suas vivencias, crenças, culturas, etnias e raça.

2. Objetivo

Realizar a elaboração do calendário anual de educação continuada em serviço com participação de todos os funcionários, sendo que os facilitadores serão os próprios funcionários de nível superior respeitando o calendário e será realizada no auditório do Sersam.

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3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Atualmente não há treinamento/educação continuada para a equipe na instituição estudada; a partir da observação do ambiente de trabalho percebe-se a necessidade desse serviço. É a partir da educação que podemos rever práticas e conceitos e como consequência o produto final é assistência humanizada, livre de preconceitos.

Cada profissional tem uma cultura, crença, intelecto diferente, assim como os clientes que estão sendo cuidados, portanto é imprescindível a discussão para que opiniões individuais não interfiram no cuidado, cada pessoa é única, sua bagagem, vivencias, essência não são apagadas mesmo no momento de sofrimento, contudo, se não houver policiamento/treinamento cada os profissionais podem cair na armadilha do pré-conceito interferindo negativamente no tratamento e vinculo cliente/serviço.

Ao identificar as atividades desenvolvidas pelos profissionais no desempenho de suas funções, verifica-se a necessidade de reafirmar a questão educativa como compromisso com o crescimento pessoal e profissional, visando a melhorar a qualidade da prática profissional, bem como auxiliar de forma direta na prevenção de acidentes de trabalho, que hoje exoneram as instituições de saúde. Também, constata-se que, no contexto da formação e do desenvolvimento profissional, tal questão pode ser percebida sob diferentes vertentes, tais como: educação permanente, educação em serviço e educação continuada.

Evidencia-se também, nesse contexto, a educação continuada, entendendo-se que, nas instituições, ela não é atividade e responsabilidade de um grupo específico, e sim de todos os envolvidos nesse processo, com a missão de criar espaços, propor estratégias e alocar recursos para que os profissionais dominem as situações, a tecnologia e os saberes de seu tempo e de seu ambiente, de forma que isso lhes possibilite o pensar e a busca de soluções criativas para os problemas, objetivando a atualização e a reciclagem.

A partir disso, neste estudo, pretende-se refletir sobre a questão da educação continuada e suas consequências no desenvolvimento da prática profissional consciente e responsável, refletindo de maneira positiva na assistência prestada e prevenção de acidentes de trabalho.

Espera-se demonstrar a importância e a necessidade de encontrar propostas educativas que motivem a busca do autoconhecimento, do aperfeiçoamento e da atualização, de forma a levar ao aumento da competência e da valorização pessoal e profissional, bem como contribuir

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para a melhoria da assistência prestada ao cliente, à comunidade e às instituições, conseqüentemente, para uma prática profissional de qualidade.

O mundo vive um momento de mudanças, que repercutem na estrutura, a cultura e os processos de trabalho, de modo que as pessoas encontrem novas formas de adaptação e agreguem novos valores para atender as demandas sociais do mercado. As atividades educativas devem ser ser voltadas para as necessidades do pessoal, incluindo a realidade institucional proporcionando o desenvolvimento profissional e influenciando na qualidade da assistência; (BEZERRA,2002).

A educação dos trabalhadores da saúde requer dedicação e empenho para o aprimoramento de métodos educativos que atinjam com eficiência e eficácia na equipe multiprofissional. Para promover o desenvolvimento do processo de trabalho é necessário dispor de ações e estratégias de educação que encorajem a participação dos trabalhadores da área da saúde e assim possibilitem a capacitação e qualificação profissional. (PEIXOTO, 2013)

Rigotto (1998 apud ROCHA; HARNECKER, 1998) aponta que a o estudo da saúde dos trabalhadores é tema complexo e plural, embasado por meio de diversos olhares, na tentativa de auxiliar os profissionais de saúde em seu contato com o tema. Desse modo, importa estimular estes profissionais a ter atitude de quem escuta, questiona, sente, perscruta, estuda e busca a construção de um saber, embora seja identificado as dificuldades e obstáculos de operacionalização destas iniciativas de modo que sejam protagonistas do seu próprio saber e estimule os demais envolvidos no processo.

Sendo assim, o processo de trabalho e produção, estabelecido no contexto do trabalho em que o homem participa de forma ativa, pode compor-se em fatores determinantes para o desgaste da saúde deste trabalhador. Desse modo, é necessário estar atendo para as dimensões bio, psico, fisiológica do profissional em relação a carga de trabalho, de forma que o profissional possa manter uma vida saúdavel e consequentemente, produzindo ações e serviços de saúde (SECCO).

Laurell e Noriega (1998) discutiram amplamente o processo de produção e saúde, trabalho e desgaste operário. Referem que é necessário compreender que a doença e os acidentes de trabalho, e incluindo como acidente de trabalho agressão e ferimentos em decorrência da condução do caso e abordagem ao cliente, estes não são acontecimentos aleatórios individuais, mas sim, uma condição da coletividade com influências sociais, culturais e educacionais marcantes.

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4 MÉTODO

Trata-se de uma Tecnologia de Concepção, ou seja, o produto é o próprio projeto e plano de ação desenvolvido – é o conhecimento descritivo, racional. Para embasar o trabalho foi utilizado literaturas já existentes que abordam o assunto em questão.

Frente ao objetivo do estudo, o levantamento consistiu de publicações nacionais. Foram realizadas buscas nos bancos de dados: LILACS, SCIELO, BDENF, MEDLINE, Biblioteca Virtual em Saúde - Enfermagem – BVS e no Catálogo de Teses e Dissertações da Associação Brasileira de Enfermagem e Centro de Estudos e Pesquisas em Enfermagem – ABEn/CEPEn. Como descritores de assunto, palavras e títulos, utilizou-se os termos: Enfermagem psiquiátrica. Saúde mental. Educação continuada. CAPS. Foram utilizados os seguintes critérios de inclusão para seleção dos artigos:

 Artigos publicados em periódicos nacionais;

 Artigos disponibilizados com texto completo foram incorporados neste estudo;  Artigos que respondam ao que foi proposto nos objetivos deste estudo;

 Periódicos indexados no banco de dados LILACS, SCIELO, MEDLINE, BVS, ABEn/CEPEn e BDENF;

 Artigos publicados até o ano de 2014. Não limitou-se a busca por período já que tem-se o interestem-se de realizar uma revisão bibliográfica do mais completo possível; e,  Todos os artigos que tratassem da temática selecionada independente do método de

pesquisa utilizado.

Este trabalho será realizado no Sersam/CAPSIII de Divinópolis que está localizado na região centro oeste de minas gerais e dividido em 6 distritos sanitários, faz parte do consorcio intermunicipal do vale Itapecerica CISVI viabilizando o atendimento para os municípios pactuados: Carmo do Cajurú, Conceição do Pará, São Gonçalo do Pará, São Sebastião do Oeste e Perdigão, para atendimento em saúde mental. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2013) a população está estimada em 226.345 habitantes.

O município conta com diversos serviços de saúde incluindo saúde mental; o NAPS mais conhecido como Sersam- Divinópolis foi inaugurado em 1997 em 2002 passou a ser CPS II e em dezembro de 2008 foi credenciado como CAPSIII. Tem como prioridades assistenciais o

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atendimento aos usuários com transtornos psicóticos, transtornos neuróticos acentuados e graves e egressos de hospitais psiquiátricos. Atende também os usuários de álcool e outras drogas, uma vez que não contamos com CAPS D. Oferece atendimento de urgência /emergência psiquiátrica; consultas ambulatoriais; permanência-dia ou 24 horas no Centro de Atenção Psicossocial - CAPS III, triagem, atendimento individual e em grupo de pacientes e familiares, oficinas terapêuticas, reuniões de orientação familiar, visitas domiciliares, atividades comunitárias e de suporte social. Conta com aproximadamente 15000 clientes cadastrados, dados até janeiro de 2014. A equipe e multiprofissional com psicólogo, enfermeiro, técnicos de enfermagem, terapeuta ocupacional, serviço social, medico, farmacêutico, agente administrativo, aux. de serviços gerais, vigilante, coordenador; ao todo são 70 colaboradores entre contratados e efetivos.

Objetiva-se com o calendário anual de educação continuada em pratica, atingir no mínimo 90% dos colaboradores em geral com a oportunidade de rever suas práticas, discutir sobre assuntos em defasagem, atualizar-se. Será implantado com a colaboração/participação dos próprios colaboradores de nível superior que se dispuser em ser o facilitador respeitando o calendário, os treinamentos serão realizados no auditório do Sersam em horários e data pré-definidos ao final de cada encontro/treinamento; este será repetido em horários diferentes até atingir o objetivo de 90% de participação ou um máximo de 4(quatro) repetições em 2(dois) meses . A didática ficará a critério do facilitador, tendo ele liberdade para usar a metodologia de ensino que julgar mais adequada para o momento e tema.

Não foi preciso passar pelo comitê de ética e/ou termo de livre esclarecimento, pois não usou intervenção direta dos envolvidos, não se trata de pesquisa e sim de tecnologia produzida.

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5 RESULTADO E ANÁLISE

Foi agendado o primeiro encontro para 12/05/2014 com o tema humanização. O facilitador utilizará a metodologia de transmissão do conhecimento com material expositivo e ao final os colaboradores puderam tirar suas dúvidas. Quanto a data para início aos treinamentos do calendário anual de educação continuada em saúde foi escolhida por se tratar da semana do 18 de Maio (semana da luta anti-manicomial).

Calendário anual de educação continuada em serviço

Tema

Data

Hora

Local

Facilitador (a)

Huminização da assistência 12/05/2014

08:h

Auditório

Sersam

História da psiquiatria

/08/2014

17:00h

Auditório

Sersam

Abordagem ao cliente no

momento de crise

/10/2014

Auditório

Sersam

Acolhida

/12/2014

Auditório

Sersam

Humanização

A necessidade de humanização surge do descontentamento com as práticas adotas e a evolução tecnológica, cientifica e técnica; exigindo melhora no contato/relações humanas. Humanizar pode ser definido por tudo aquilo que busca o bom relacionamento interpessoal, o conforto, a qualidade de vida através de práticas moderna e contato interpessoal respeitoso e acolhedor. Tais práticas devem respeitar as crenças, vivencias, emoções, culturas e a individualidade de cada um.

Cada vez mais o ser humano está sendo dividido pela medicina, sendo visto como partes: coração, ouvido, rins, enfim; todavia deve ser visto como um inteiro, com visão holística e toda sua complexidade física e psíquica. Deve-se incentivar a participação no processo de manutenção

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e restabelecimento da própria saúde, promovendo o protagonismo do indivíduo; fazendo com que ele deixe de ser paciente, onde acata pacientemente tudo que lhe é imposto para ser usuário de um serviço que ele é o principal protagonista.

Os cuidados humanitários também se estendem aos profissionais com melhorias das condições de trabalho para possibilitar acolhimento dos usuários de forma técnica, cientifica e ética e a definição dos papeis de cada profissional de maneira a contribuir com a assistência prestada.

Atualmente esse assunto tem sido muito falado, e é preocupação em todo mundo, pois ao mesmo tempo em que a tecnologia do conhecimento especializado e dos equipamentos essenciais para a cura e sobrevida de algumas doenças crescem, a necessidade de contato interpessoal também cresce, jogando por terra o modelo puramente biomédico, onde o sentimentos e desejos da pessoa não é considerado e forçando um olhar crítico-reflexivo das práticas voltando para a complexidade de ser.A consciência da necessidade de serviços humanistas tem que partir das instituições e envolverem toda equipe de trabalho para afinarem nesse sentido, afim de oferecerem não apenas tratamento medicamentoso com práticas puramente técnicas e frias. Abordagem ao cliente no momento de crise

Abordagem ao cliente no momento de crise: É a agudização dos sintomas psiquiátricos que pode ser caracterizada por pelo menos 3 sintomas como: sintomas psiquiátricos, abandono ou recusa do tratamento, contexto social e/ou familiar desorganizado, contato prejudicado e incapacidade pessoal. A forma de abordagem vem evoluindo historicamente juntamente com as formas de tratamento com passagem por torturas, sacrifício (queimada), isolamento, tratamento moral, eletro-convulsão e contenção, até os dias de hoje.

A interrupção dos sintomas produtivos abruptamente é ponto negativo para a condução do caso, pois a crise é um momento de desorganização do equilíbrio humano desencadeado por uma ou mais fatores sendo necessário um tempo para a reorganização. Ação no momento de crise deve ser realizada com agilidade, precisão, eficácia e a relação de poder deve ser igualitária, não dominadora com postura de suporte.

Como cada pessoa é única e individual não dá para seguir um manual, as ações devem respeitar as crenças, culturas, hábitos, ou seja, o ser e sua família devem ser respeitados e as ações pautadas na ética e guiadas por parâmetro da instituição para dar um norte na hora de

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atender um cliente; este deve ser visto como possuidor de um corpo e não apenas mente para não negligenciar a assistência e afecções como disfunção da tireóide, lesões cerebrais, doenças infecciosas e etc que podem desenvolver sintomas psicóticos ou sintomas clínicos/físicos que podem ser desencadeados por sofrimento intenso como dor epigástrica, prurido, lesão na pele, parecia e etc. passem despercebidos.

O profissional deve adotar postura de suporte e visar o bom vínculo com o cliente, valorizar o sujeito respeitando seu tempo e sua singularidade, saber ouvir e dar crédito aos fatos que o cliente diz ter vivenciado sem sustentar e/ou fortalecer o delírio; outro aspecto importante da atenção a crise é a psicofarmacoterapia dentro do PTS (projeto terapêutico singular) do usuário, mas o fármaco não deve ser empecilho para a relação do cliente com a vida.

Acolhimento

Acolher também quer dizer receber, dar crédito, escutar, atender. Pressupõe que o atendimento ao cliente seja de maneira ímpar, resolvendo os problemas do cliente de forma humanitária sendo capaz de maior efetividade através de uma equipe multiprofissional capaz de ouvir e resolver e/ou encaminhar para alguém que resolva; todos os profissionais do serviço devem estar preparados para acolher o usuário baseado em um processo de trabalho.

No que diz respeito ao acolhimento em saúde mental há duas maneiras de busca pelo atendimento: uma é a procura por um serviço especializado como CAPS, e a outra é a procura por uma unidade de atenção básica, sendo o último de extrema importância diante da possibilidade de escutar a demanda e em determinadas ocasiões evitar agravos e encaminhamentos para atenção especializada, alem de promover a saúde através do protagonismo do indivíduo. Na saúde mental observa-se pela experiência pratica que a equipe não está preparada para acolher de forma técnica, sistematizada e organizada como deve ser; muitas vezes por falta de conhecimento, dificuldade em escutar e entender o que é que está sendo demandado, falta de perfil (medo de agressão, impaciência, orgulho, pré-conceitos, etc.) ou desconhecer o sofrimento, generalizando toda forma de sofrimento como simulação para possíveis ganhos.

Lembrando que os princípios do SUS garantidos pela constituição federal de 1988 incluem: equidade, integralidade, participação social e qualidade; toda e qualquer pessoa que procure um serviço de saúde deve ser atendida de forma técnica, eficaz, resolutiva, igualitária,

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com olhar holístico e atendimento visando a prevenção, promoção, recuperação e reabilitação de acordo com a rede assistencial existente no município.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tentou-se com este trabalho contribuir, com a implantação do calendário de educação continuada em serviço, para os processos educacionais que se fazem necessários em qualquer serviço, trazendo benefícios a clientes e funcionários.

A coordenação do serviço deve empenhar-se para o aprimoramento dos métodos educativos a fim de que atinjam toda equipe com eficácia; incentivar a participação dos colaboradores nos grupos de educação continuada, discussão e estudo de casos, na busca e produção de conhecimento e cobrar a aplicação do PTS (projeto terapêutico singular), já que este requer a articulação multiprofissional e com olhar amplo, analisando toda complexidade que envolve o indivíduo.

A melhoria da assistência está diretamente ligada aos processos educativos, tornando os funcionários mais sensíveis a acompanhar a evolução e transformações no âmbito da humanização advindas do próprio aumento do estudo a respeito das práticas, ocasionando mudanças importantes ao longo da história da psiquiatria. A educação tem que ser preocupação constante não só em saúde, mas em todos os campos para que os processos de trabalho sejam executados com excelência. Outro meio em que a educação deve permear é o Cesário da saúde ocupacional, onde o trabalhador aprenderá como trabalhar de forma a precaver-se de condições que desfavoreça o seu equilíbrio, seja físico ou psíquico.

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REFERÊNCIAS

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Referências

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