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Levantamento dos tipos de impermeabilizantes utilizados por construtoras na construção civil: estudo de caso

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ANGELO RODRIGO EGGERS

LEVANTAMENTO DOS TIPOS DE IMPERMEABILIZANTES

UTILIZADOS POR CONSTRUTORAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL:

ESTUDO DE CASO

Ijuí 2018

(2)

ANGELO RODRIGO EGGERS

LEVANTAMENTO DOS TIPOS DE IMPERMEABILIZANTES

UTILIZADOS POR CONSTRUTORAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL:

ESTUDO DE CASO

Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia Civil apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Engenheiro Civil.

.

Orientador (a): Prof. Me Lia Geovana Sala

Ijuí/RS 2018

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ANGELO RODRIGO EGGERS

LEVANTAMENTO

DOS

TIPOS

DE

IMPERMEABILIZANTES

UTILIZADOS POR CONSTRUTORAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL:

ESTUDO DE CASO

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para a obtenção do título de ENGENHEIRO CIVIL e aprovado em sua forma final pelo professor orientador e pelo membro da banca examinadora.

Ijuí, 04 de Dezembro de 2018

Prof. Lia Geovana Sala Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela UFSC - Orientadora Prof. Lia Geovana Sala Coordenador do Curso de Engenharia Civil/UNIJUÍ BANCA EXAMINADORA Prof. Lucas Fernando Krug (UNIJUÍ) Mestre em Engenharia Civil pela UNISINOS Prof. Lia Geovana Sala (UNIJUÍ) Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela UFSC

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Dedico este trabalho à minha esposa e filha pelo incentivo, paciência e apoio nos momentos em que eu necessitava.

(5)

AGRADECIMENTOS

Primeiramente á Deus por seu grande amor que tem demonstrado por nós, por ter me capacitado na elaboração desse trabalho, pela sua proteção e por ter me cuidado em todas as viagens até a universidade ao longo desses anos de estudo;

Aos meus pais e avós que me ensinaram e incentivaram desde pequeno na educação, no trabalho e por sempre lutar na vida;

Aos meus irmãos e meus cunhados que sempre me apoiaram para completar essa jornada; À minha esposa Débora e minha filha Érica, pela compreensão durante os períodos de estudos e na realização dos trabalhos da faculdade em que não pude dar a devida atenção neste momento;

À minha professora orientadora Lia por acreditar no meu potencial e por ampliar os horizontes sobre a proposta deste estudo;

Estendo meus agradecimentos às empresas, os profissionais da construção civil e a todos que, de alguma forma, contribuíram para a realização deste trabalho. Enfim a todos que estiveram do meu lado, me apoiando, incentivando e torcendo pela realização desta conquista.

(6)

...Agradeço todas as dificuldades que enfrentei; não fosse por elas, eu não teria saído do lugar.

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RESUMO

EGGERS, A. R. Levantamento dos Tipos de Impermeabilizantes Utilizados por Construtoras na Construção Civil: Estudo de Caso. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Engenharia Civil, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, Ijuí, 2018.

Durante o processo construtivo de qualquer obra, a água é o elemento fundamental e indispensável na edificação. Após a construção, durante a ocupação (quando é habitada), sua presença gera um extremo desconforto e degradação. Portanto, no decorrer do processo construtivo se a impermeabilização for executada de maneira adequada, e sendo do interesse do proprietário, construtor e do engenheiro, as suas causas podem ser descartadas. Edificações com problemas e patologias não agregam valor ao imóvel, representando problemas no modo construtivo e possíveis de decorrer no futuro. Diante da importância da impermeabilização nas obras no processo construtivo, será apresentado um estudo de caso sobre os tipos de impermeabilizantes utilizados por construtoras da região. Deste modo verificou-se nas empresas, através de um questionário sobre os produtos utilizados, sua classificação e se realmente elas estão utilizando impermeabilizantes na obra. Também apresentar os tipos de impermeabilização que podem ser executados e as maneiras em que as infiltrações ocorrem nas edificações causando patologias e a deterioração. A impermeabilização Asfáltica foi a mais utilizada, sendo aplicada nas vigas baldrames, parede de contenção, telhados, lajes e coberturas. Nos pisos de banheiros, paredes de banheiros e reservatórios, se utilizou a impermeabilização Cimentícia. Nas aberturas e juntas de dilatação se aplicou os selantes. As empresas preferem produtos de melhor qualidade e a maior parte delas encontra o mesmo com facilidade. A maioria dos profissionais preferem produtos de melhor trabalhabilidade, estando acostumado a trabalhar com o mesmo produto. Palavras-chave: Impermeabilização. Patologias. Solução.

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ABSTRACT

EGGERS, A. R. Survey of Types of Waterproofing Used by Construction Companies in the Civil Construction Area: Case Study. 2018. Course Completion Paper. Civil Engineering Course, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ, Ijuí, 2018.

During the construction process of any work, water is the fundamental and indispensable element in edification. After construction, during occupation (when it is inhabited), its presence generates extreme discomfort and degradation. Therefore, in the course of the construction process if the waterproofing is performed properly and being on the interest of the owner, builder and the engineer, its causes can be discarded. Buildings with problems and pathologies do not add value to the property, representing problems in the constructive way and possible to take place in the future. In the face of the importance of waterproofing on works in the construction process, a case study will be presented about the types of waterproofing used by builders in the region. Thereby it was verified in the companies, through a questionnaire on the products used, their classification and if they are actually using waterproofing agents on their work sites. Along with that, present the types of waterproofing that can be carried out and the ways in which infiltrations occur in buildings causing pathologies and deterioration. Asphaltic waterproofing was the most used, being applied to beams baldrames, wall of contention, roofs, slabs and roofs. In the floors of bathrooms, walls of toilets and reservoirs, cement waterproofing was used. In the openings and expansion joints the sealants were applied. Companies prefer better quality products and most of them find the same with ease. Most of the professionals prefer products of better workability, being accustomed to working with the same product.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Diferentes desempenhos de uma estrutura, com o tempo em função de diferentes

fenômenos patológicos. ... 23

Figura 2: Laje com aplicação de impermeabilização rígida ... 25

Figura 3: Laje impermeabilizada com manta asfáltica sem alumínio ... 26

Figura 4: Mantas Poliméricas ... 27

Figura 5: Tipos de impermeabilizantes recomendados ... 29

Figura 6: Ação da umidade sobre a edificação ... 30

Figura 7: Processo de percolação da água ... 31

Figura 8: Condensação de umidade em laje ... 32

Figura 9: Umidade provinda do solo ... 33

Figura 10: Fluido sob pressão ... 34

Figura 11: Edifício visitado com fase de construção avançada ... 42

Figura 12: Edificação que ainda não chegou na fase de impermeabilização ... 43

Figura 13: Viga baldrame impermeabilizada com membrana de emulsão asfáltica ... 47

Figura 14: Parede de contenção aterrada já impermeabilizada ... 48

Figura 15: Parede de contenção com impermeabilização cimentícia ... 49

Figura 16: Piso com impermeabilização cimentícia ... 51

Figura 17: Vedação da abertura ... 53

Figura 18: Vedação com mastique na algeroz do telhado ... 56

Figura 19: Pilar de madeira com a base impermeabilizada ... 58

Figura 20: Aplicação da Poliuréia em ETE ... 65

Figura 21: Piso industrial com aplicação de Poliuréia ... 65

Figura 22: Camadas que compõem o revestimento Poliuréia em piso ... 66

Figura 23: Diâmetros do cordão Tarucel ... 66

Figura 24:Aplicação do Tarucel ... 67

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Utilização de impermeabilizantes nas obras ... 44

Tabela 2: Tipo de impermeabilizante ... 44

Tabela 3: Impermeabilizantes utilizados em vigas baldrames ... 46

Tabela 4: Empresas que responderam sobre as aberturas... 52

Tabela 5: Especificações dos impermeabilizantes nos projetos de execução ... 59

Tabela 6: Produto usado na obra de custo menor ... 60

Tabela 7: Disponibilidade dos produtos no mercado ... 62

Tabela 8: Produto usado por costume na obra ... 63

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Exemplo dos locais onde ocorre a ação dos agentes de infiltração ... 35 Quadro 2: Requisitos verificados ... 40

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Percentual de impermeabilizantes usados em vigas baldrames ... 46

Gráfico 2: Percentual de cada tipo usado em parede de contenção ... 48

Gráfico 3: Percentual de cada tipo usado em piso de banheiro ... 50

Gráfico 4: Tipos de impermeabilizante usado nas aberturas ... 52

Gráfico 5: Tipo de impermeabilizante usado em parede molhadas... 54

Gráfico 6: Tipos de impermeabilizantes usados nos reservatórios ... 55

Gráfico 7: Tipo de impermeabilizante usado no telhado ... 55

Gráfico 8: Tipo de impermeabilizantes usado em laje e cobertura ... 57

Gráfico 9: Tipos de impermeabilizante usado nas juntas de dilatação ... 57

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LISTA DE SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

CI Construtora Ijuí

CP Construtora Panambi

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 16 1.1 CONTEXTO ... 16 1.2 PROBLEMA ... 18 1.2.1 Questões de Pesquisa ... 19 1.2.2 Delimitação ... 19 2 IMPERMEABILIZAÇÃO ... 20 2.1 TIPOS DE IMPERMEABILIZAÇÃO ... 23 2.1.1 Cimentícios ... 23 2.1.2 Asfálticos ... 23 2.1.3 Poliméricos ... 24 2.2 INFILTRAÇÕES ... 28 2.2.1 Água de Percolação ... 30 2.2.2 Água de condensação ... 31

2.2.3 Umidade provinda do solo ... 32

2.2.4 Fluído sob pressão unilateral ou bilateral ... 33

2.3 RECOMENDAÇÕES PARA AS INFILTRAÇÕES ... 34

2.4 REQUERIMENTO DA NBR 9575 ... 35

2.5 PRINCIPAIS PONTOS A SEREM OBSERVADOS ... 36

3 METODOLOGIA ... 37

3.1 ESTRATÉGIA DE PESQUISA ... 37

3.2 DELINEAMENTO ... 38

3.3 LEVANTAMENTO DA PESQUISA ... 39

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4.1 RESULTADOS DO QUESTIONÁRIO ... 43

4.2 RESULTADO DOS NOVOS PRODUTOS ... 64

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 69

REFERÊNCIAS...71

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1 INTRODUÇÃO

A impermeabilização na construção civil tem como objetivo impedir o transporte indesejável de águas, fluídos e vapores nos materiais e componentes, podendo atuar na contenção ou no direcionamento desses elementos para algum local que se deseja. (IBRACON, 2007, P.1355).

Para Aimar Gonçalves da Cunha e Ronaldo Ribeiro da Cunha (2001, p.11), a impermeabilização é o ato ou efeito de selar, colmatar e vedar os materiais porosos e as falhas de materiais, sejam elas motivadas por momentos estruturais ou por deficiências técnicas de preparo e de execução.

Também no Brasil, observam-se nas cidades históricas, igrejas e pontes ainda em bom estado de conservação, onde foi usado óleo de baleia na argamassa de assentamento das pedras com o intuito de plastificá-la. Mas, o desenvolvimento dos aditivos só foi efetivo a partir da descoberta do cimento Portland. (VEDACIT, 2001).

Através de pesquisas feitas com grande variedade de materiais, chegou-se a certos aditivos, tais como impermeabilizantes, aceleradores e retardadores, os quais começaram a ser comercializados em 1910. Sua tecnologia tem se desenvolvido, acompanhando o ritmo crescente do setor da construção civil e permitindo soluções inovadoras, práticas e econômicas. Isso faz com que os aditivos sejam pesquisados e aperfeiçoados constantemente. (VEDACIT, 2001).

1.1 CONTEXTO

A impermeabilização é um processo ou fase do período da edificação de suma importância, para que os materiais utilizados tenham atendidas as exigências de qualidade e desempenho.

Segundo os estudiosos, a obra de impermeabilização mais eficiente que se conhece, com o mínimo de consumo de material, é realizada nas colméias onde as abelhas conseguem impermeabilizar grandes áreas utilizando apenas pequena quantidade de material. (AEI).

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Desde a antiguidade, nossos ancestrais já se preocupavam com a impermeabilização das obras, sendo que buscavam realizar misturas com produtos, óleos e elementos disponíveis da sua época ou da região.

No relato da história de Noé e sua família em Gênesis 6:14, onde Deus disse:” Construa uma grande embarcação, uma arca de madeira de cipreste, e cubra-a com betume por dentro e por fora, para que não entre água. Divida toda a parte interna em pisos e compartimentos” (BÍBLIA SAGRADA, 2016, p.7).

Segundo Heródoto, na construção dos jardins suspensos da Babilônia, o Rei Nabucodonosor utilizou betume como impermeabilizante e material de liga (século V a.c.). O petróleo era usado pelos egípcios para embalsamar mortos ilustres e como elemento de liga de suas pirâmides. Gregos e romanos utilizavam-no para a confecção de armas, enquanto índios das Américas do Norte e do Sul (muitos anos antes da chegada de portugueses, ingleses e espanhóis) serviam-se do petróleo e de seus derivados naturais para pavimentar estradas do império inca. (AEI).

De acordo com a Vedacit (2001), impermeabilização é o processo presente em várias etapas da obra, resultante de um conjunto de componentes e elementos construtivos (serviços) destinados a preservar a construção contra os efeitos da umidade e de vapores, seja ela proveniente do solo, das chuvas ou de vazamentos das tubulações. A impermeabilização geralmente é composta de um conjunto de camadas, com funções específicas, e deve ser prevista desde a fase de projeto da obra.

A estanqueidade é sempre um dos objetivos do proprietário, do construtor e do empreiteiro especializado, mas para que este objetivo seja alcançado é necessário um rígido controle de execução e que o proprietário e o construtor estejam dispostos a adotar a orientação oferecida nos manuais de produtos. (Aimar Gonçalves da Cunha e Walter Neumann).

Com o decorrer do tempo, os métodos construtivos da construção civil inovaram na busca de eficiência, segurança, tempo, com outros tipos de ferramentas e equipamentos. Deste modo surgiram novos materiais e o mercado está em constante desenvolvimento e melhoramento dos aditivos e impermeabilizantes.

(18)

1.2 PROBLEMA

A umidade é o maior inimigo das construções e da saúde dos seus ocupantes. E é justamente contra este mal que não se tomam muitos cuidados nas obras, por falta de conhecimento das soluções corretas ou por falta de senso de responsabilidade, partindo-se para soluções mais baratas, mesmo por simples negligência do pessoal encarregado da execução. (RIPPER,1996, p.65).

A importância da impermeabilização está intimamente relacionada à habitabilidade e á funcionalidade da edificação, na medida em que seu objetivo é proteger a edificação da ação da água e dos inúmeros problemas patológicos que poderão advir com a infiltração de água integrada ao oxigênio e outros componentes agressivos da atmosfera. (IBRACON, 2007).

Ainda Ripper (1996), cita que a responsabilidade de aplicá-los rigorosamente cabe aos construtores e ao pessoal da obra e o proprietário, que deve se convencer que a economia neste serviço tem como consequência males e custos muito elevados dos consertos necessários para remediar as falhas iniciais e os problemas de saúde dos ocupantes.

O custo de uma impermeabilização na construção civil é estimado em 1% a 3% do custo total de uma obra. No entanto, falhas de desempenho da mesma poderão gerar custos de reimpermeabilização que superam 5% a 10% do custo da obra. Como consequência, a infiltração de água acarreta uma série de falhas no desempenho dos edifícios, como: corrosão das armaduras, eflorescência, degradação do concreto e argamassa, empolamento e bolhas em tintas, curtos-circuitos, dentre outros gerando altos custos de manutenção e recuperação das obras civis. (IBRACON, 2007).

É necessário que os engenheiros e tecnólogos conheçam bem as características dos produtos existentes: seu desempenho, modo de usar, assim como as contra indicações. Assim, pode-se tirar o máximo proveito dos grandes benefícios proporcionados pelos aditivos. (VEDACIT, 2001).

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1.2.1 Questões de Pesquisa

 Qual a importância da impermeabilização nas obras e se a mesma é executada?  As recomendações técnicas do produto são seguidas durante a aplicação?

Objetivos de Pesquisa Objetivo geral:

 Verificar juntamente com as empresas os tipos de impermeabilizantes usados nas diversas etapas de construção e locais que usualmente requerem algum tratamento com impermeabilização.

Objetivos específicos:

 Comparar os sistemas de impermeabilização e novos produtos;

 Realizar um levantamento dos impermeabilizantes utilizados atualmente pelas construtoras;

 Verificar se as construtoras utilizam impermeabilizantes nas obras;

1.2.2 Delimitação

Este estudo se limita á análise dos sistemas de impermeabilização e aplicação, buscando os tipos de impermeabilizantes utilizados por construtoras da região e seu uso na construção civil.

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2 IMPERMEABILIZAÇÃO

De acordo com a NBR 9575 a Impermeabilização - Seleção e Projeto: é o conjunto de informações gráficas e descritivas que definem integralmente as características de todos os sistemas de impermeabilização empregados em uma dada construção, de forma a orientar inequivocamente a produção deles (ABNT, 2010). O projeto de impermeabilização é constituído de três etapas sucessivas:

a) Estudo preliminar: conjunto de informações legais, técnicas e de custos, composto por dados analíticos que tem como objetivo determinar e quantificar as áreas a serem impermeabilizadas, de forma a atender às exigências de desempenho em relação estanqueidade dos elementos construtivos e a durabilidade frente à ação de fluidos, vapores e umidade.

b) Projeto básico de impermeabilização: conjunto de informações gráficas e descritivas que definem as soluções de impermeabilização a serem adotadas numa dada construção, de forma a atender às exigências de desempenho em relação à estanqueidade dos elementos construtivos e durabilidade frente á ação de fluidos, vapores e umidade. Pela sua característica, deve ser feito durante a etapa da coordenação geral das atividades de projeto.

c) Projeto executivo de impermeabilização: conjunto de informações gráficas e descritivas que detalha e especifica, integralmente e de forma inequívoca, todos os sistemas de impermeabilização a serem empregados numa dada construção. Pela sua característica, um projeto especializado e deve ser feito concomitantemente aos demais projetos executivos.

Conforme a Suvinil (2004), as infiltrações de água são as causas mais frequentes das deteriorações das pinturas, causando na maioria das vezes descascamentos, desplacamentos, bolhas e outros inconvenientes. Portanto, veja alguns pontos críticos que devem ser observados:

a) Áreas próximas do rodapé: normalmente a 30 ou 40 cm de distância do solo, devido a uma infiltração de água pelos alicerces (baldrames). Isto ocorre por falta de impermeabilização, por sua má execução ou seu desgaste natural. Também pode ser resultante de umidade retida proveniente de chuva ou execução da obra.

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b) Muros: por falta de proteção no topo, onde ocorre grande penetração de água das chuvas ou pintura de apenas um lado deste muro, deixando o outro exposto à penetração de água. Observa-se também em muros de arrimo devido à falta ou falha de impermeabilização na face em contato direto com o solo.

c) Tetos em geral: quando a moradia não possui telhado, deixando a laje exposta ao tempo sem impermeabilização ou devido ao seu desgaste. Pode se notar também o problema devido ao entupimento de calhas, causando transbordamento de água das chuvas encharcando a laje.

d) Telhados e tubulações: Infiltrações e vazamentos de água, em pontos isolados.

e) Jardineiras: quando a impermeabilização interna inexiste, não foi devidamente executada com produtos adequados ou encontra-se desgastada.

f) Áreas de banheiros e cozinhas: rejuntes de azulejos, pisos e rodapés, consequência do desgaste de argamassa do rejunte, devido ao contato direto com água e ou umidade.

g) Esquadrias de janela e porta: onde não existe calafetação ou houve desgaste.

A realização de impermeabilização baseia-se em uma série de documentos técnicos como memorial descritivo e justificativo, desenhos e detalhes específicos, especificação dos materiais a serem empregados, dos serviços a serem realizados, planilha quantitativa dos serviços a serem realizados com indicação da forma de medição. (FONTANA, 2005, p.133).

Ainda Fontana (2005), para que ocorra cobertura de acordo com o projeto e eventuais modificações devidamente aprovadas pelo responsável técnico. As trincas e fissuras serão tratadas de forma compatível com o sistema de impermeabilização que será empregado.

Conforme a NBR 9575 esta Norma se aplica as edificações e construções em geral, em execução ou sujeitas a acréscimo ou reconstrução, ou ainda aquelas submetidas a reformas. À impermeabilização objeto desta Norma podem estar integrados, ou não, outros sistemas construtivos que garantam a estanqueidade dos elementos construtivos, devendo para tanto serem observadas normas específicas que atendam a esta finalidade. (ABNT, 2010).

O concreto e as argamassas utilizadas nos revestimentos possuem poros, trincas e pequenas fissuras, na maioria das vezes imperceptíveis, mas que, com a presença da água, seja

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por capilaridade ou percolação, acabam dando origem a pontos de umidade ou até mesmo vazamentos. A solução para esses problemas é sempre de difícil execução e, claro, bem dispendiosa. (BORGES, 2009, p.380).

Uma análise de parâmetros de implantação de conjuntos habitacionais de interesse social no ano de 2003, em cinco conjuntos habitacionais, construídos pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU). Em relação à moradia atual 75% das pessoas já fizeram alterações e 65 % ainda pretendem. Destas moradias, 52% não enfrentam problemas de estanqueidade (goteiras, vedação das janelas). Os problemas existentes são relativos ao destelhamento ou à entrada de água pelas aberturas na ocorrência de chuva acompanhada de vento. (HABITARE, 2006, p.129-144).

Longevidade é o mais subjetivo dos enfoques a serem considerados para avaliação dos sistemas de impermeabilização, por depender da localização de sua aplicação. Na presente conceituação não se levam em conta eventuais deficiências executivas, por serem passíveis de ocorrer em todos os sistemas, mas tão-somente a longevidade associada a cada sistema de impermeabilização, em função do tipo de obra e da existência ou não de proteção mecânica e térmica. Conceitua-se então, longevidade pela experiência em impermeabilização, colhida na vivência prática de obras ao longo dos anos. (YAZIGI, 2009, p.508).

Em relação ao desempenho, mostrada na Figura 1, os tempos modernos ditaram a certeza de que o concreto, como material de construção, é instável ao longo do tempo, alterando suas propriedades físicas e químicas em função das características de seus componentes e das respostas destes às condicionantes do meio ambiente. A situação ideal, em relação a uma estrutura, será a de se desenvolver o projeto de forma que a construção possa ser bem feita e o trabalho de manutenção facilitado, mantendo-se a deterioração em níveis mínimos. (SOUZA; RIPPER, 1998, p.17-18).

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Figura 1: Diferentes desempenhos de uma estrutura, com o tempo em função de diferentes fenômenos patológicos.

Fonte: Souza e Ripper (1998).

2.1 TIPOS DE IMPERMEABILIZAÇÃO

A NBR 9575 classifica os tipos de impermeabilização segundo o material constituinte principal da camada impermeável. (ABNT, 2010).

2.1.1 Cimentícios

a) argamassa com aditivo impermeabilizante; b) argamassa modificada com polímero; c) argamassa polimérica;

d) cimento modificado com polímero. 2.1.2 Asfálticos

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b) membrana de asfalto elastomérico; c) membrana de emulsão asfáltica;

d) membrana de asfalto elastomérico, em solução; e) manta asfáltica.

2.1.3 Poliméricos

a) membrana elastomérica de policloropreno e polietileno clorossulfonado; b) membrana elastomérica de poliisobutileno isopreno (I.l.R), em solução; c) membrana elastomérica de estireno-butadieno-estireno (S.B.S.);

d) membrana elastomérica de estireno-butadieno-estireno-ruber (S.B.R.); e) membrana de poliuretano;

f) membrana de poliuréia;

g) membrana de poliuretano modificado com asfalto; h) membrana de polímero acrílico com ou sem cimento; i) membrana acrílica para impermeabilização;

j) membrana epoxídica;

k) manta de acetato de etilvinila (E.V.A.); I) manta de policloreto de vinila (P.V.G.);

m) manta de polietileno de alta densidade (P.E.A.D.);

n) manta elastomérica de etilenopropilenodieno-monomero (E.P.D.M.); o) manta elastomérica de poliisobutileno isopreno (1.l.R).

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Os impermeabilizantes Cimentícios que são concretos, argamassas ou cimentos modificados com polímeros, constituem materiais com a incorporação de resinas poliméricas acrílicas e estireno butadieno (SBR) e aditivos diversos. Esses concretos e argamassas são impermeabilizados pela ação físico-química dos materiais poliméricos que reagem com a cal livre do cimento, formando sais insolúveis que atuam por hidrofugação do sistema capilar. (IBRACON, 2007, p.1335).

Consideradas como impermeabilizações rígidas por apresentarem baixa capacidade de absorver deformações da base. São bastante usadas em situações em que existe água de percolação, de condensação e em situações de água sobre pressão (IBRACON, 2007, p.1335).

Não realizar aplicações de impermeabilizantes rígidos diretamente sobre materiais com superfície ou camada que contenham derivados de petróleo, tais como: tintas, vernizes, emulsão asfáltica, manta asfáltica, cola, impermeabilizantes à base de resinas e outros, sendo neste caso necessário retirar os mesmos em 100% da área. (SELAMIX, p.2).

Uma aplicação com o uso de impermeabilizante rígido no executado sobre a laje, observada na Figura 2.

Figura 2: Laje com aplicação de impermeabilização rígida

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Materiais Asfálticos como a manta, é um “produto impermeável, pré-fabricado, obtido por calandragem, extensão, ou outros processos, com características definidas.” A fabricação pode ser pelo processo de imersão e por laminação. A massa asfáltica é lançada contra o estruturante numa temperatura adequada, a calandra regula espessura final impregnando o estruturante. Após isso, recebe o acabamento superficial e é embobinado e embalado. (IBRACON, 2007, p.1364-1365).

A manta Asfáltica é especialmente recomendada para impermeabilização de lajes de coberturas não transitáveis, lajes abobadadas, sheds, cúpulas, marquises, telhas pré-fabricadas, telhas metálicas, de fibrocimento, como tratamento de juntas de telhas pré-moldadas, sobre isolamento térmico em áreas industriais, etc. Esta manta impermeabilizante auto protegida, à base de asfalto modificado com elastômeros, estruturada com uma armadura de poliéster, não-tecido composto por filamentos contínuos, com a face exposta revestida com uma lâmina de alumínio gofrado. (DENVER, 2015, p.18).

A Figura 3 registra a impermeabilização de uma laje com o uso de manta asfáltica.

Figura 3: Laje impermeabilizada com manta asfáltica sem alumínio

Fonte: Imperenge

Os Polímeros possuem uma maior diversidade de classificações. As membranas acrílicas e poliméricas são consideradas impermeabilizações flexíveis, pois tem a capacidade de absorver as

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deformações da base. São moldadas no local da obra. As membranas acrílicas são compostas basicamente de emulsões acrílicas puras ou estirenadas. O material estruturante do sistema de impermeabilização pode ser uma tela de poliéster ou de poliamida. (IBRACON, 2007, p.1335).

Produzidas a partir de diferentes tipos de materiais sintéticos, as mantas pré-fabricadas adaptam-se com facilidade a locais sujeitos a movimentações e vibrações. A depender de sua composição, são resistentes a raios ultravioletas e a ataques químicos. Por suas características e o tipo de fornecimento (em bobinas grandes), as mantas são mais indicadas para uso em áreas extensas. As mantas poliméricas também encontram aplicação em obras como lagos artificiais, aterros sanitários e tanques. Nesses casos, além de proteger as estruturas, criam uma barreira física que evita a contaminação do solo e de lençóis freáticos por material orgânico decomposto, óleos e combustíveis. (NAKAMURA, 2014, p.2).

A Figura 4 mostra a aplicação das mantas poliméricas em obras como lagos ou aterros.

Figura 4: Mantas Poliméricas

Fonte: Construcaomercado17.pini

Para lajes de cobertura de edificações, a procura por mantas de EPDM, assim como as de TPO e PVC, vem aumentando em função das certificações para edifícios sustentáveis. Isso

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porque há produtos disponíveis na cor branca capazes de refletir os raios solares, ajudando a diminuir a temperatura no interior da edificação e no seu entorno. (NAKAMURA, 2014, p.2). 2.2 INFILTRAÇÕES

As Infiltrações provocam grande parte das deteriorações de determinadas edificações ou estruturas. Os danos podem vir por ações de agentes naturais, pela ação de degradação do tempo mesmo pelo uso e pela ação humana.

A água é a grande responsável por 85% dos problemas das edificações, segundo levantamentos realizados junto a setores ligados á construção civil. Em cada um dos estados físicos da água (gasoso/liquido/sólido) ela tem um grau de agressividade. No Brasil não se encontra água no estado sólido (neve), mas em compensação tem-se na forma gasosa, que é muito perigosa devida a capacidade de penetração, que é muito maior que no estado líquido. Apesar de sua importância vital, ela é o agente canalizador ou provocador da corrosão, causando deterioração e envelhecimento da obra. A impermeabilização é a atividade da engenharia que visa proteção das obras e edificações e, ainda, visa manter a água onde se deseja, afim de evitar as agressões e a deterioração. (ARANTES, 2007, p.8).

Além de respeitar o consumo dos produtos e o tempo de cura especificado pelos fabricantes, outra recomendação para evitar problemas é contar com projeto e planejamento da impermeabilização. Este deverá ser compatibilizado com os demais: hidráulica, elétrica, paisagismo e ar-condicionado, além de mão de obra qualificada para executar essa tarefa. O bom desempenho do sistema é garantido com o adequado controle dos serviços, verificando os materiais de acordo com especificações, consumo e procedimento de aplicação adequado e as recomendações de fábrica. (CICHINELLI, 2012, p.1).

A Figura 5 recomenda os tipos de impermeabilizantes a serem utilizados, devido ás solicitações em cada situação encontrada.

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Figura 5: Tipos de impermeabilizantes recomendados

Fonte: Techne17.pini

Conforme a NBR 9575 o tipo adequado de impermeabilização a ser empregado na construção civil deve ser determinado segundo a solicitação imposta pelo fluído nas partes construtivas que requeiram estanqueidade. A solicitação pode ocorrer de quatro formas distintas, conforme a seguir. (ABNT, 2010, p.10).

a) imposta pela água de percolação; b) imposta pela água de condensação; c) imposta pela umidade do solo;

d) imposta pelo fluído sob pressão unilateral ou bilateral.

A ação da umidade edificação e seu comportamento sobre a edificação e o seu está representada de acordo com a Figura 6.

(30)

Figura 6: Ação da umidade sobre a edificação

Fonte: Casad’água (2014)

2.2.1 Água de Percolação

Chama-se percolação à passagem de água através de um corpo por transmissão de grão a grão. No caso da alvenaria, a água encharca um grão, que por sua vez vai encharcar o grão seguinte, até atravessar toda a parede. A água escoa por gravidade livre da ação de pressão hidrostática, situação muito comum em lâminas de água sobre terraços e coberturas. (CASAD’ÁGUA, 2014, p.4).

O processo de percolação da água do ambiente externo para o interno de uma edificação é verificado na Figura 7.

(31)

Figura 7: Processo de percolação da água

Fonte: Casad’água (2014)

2.2.2 Água de condensação

É representado pelo vapor gerado no interior das edificações e não removido pela ventilação. Nas edificações em geral, as superfícies interiores dos compartimentos tendem a apresentar temperaturas mais baixas que a do ambiente, especialmente nos períodos de inverno. Nessas condições, considerando a produção de vapor nos ambientes, facilmente ocorre o fenômeno de condensação superficial das paredes. (YAZIGI, 2009, p. 517).

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Figura 8: Condensação de umidade em laje

Fonte: Casad’água (2014)

2.2.3 Umidade provinda do solo

Esta umidade é a água que por capilaridade percola através dos elementos em contato com o solo (fundações de parede, pavimentos, etc). (YAZIGI, 2009, p.518).

Umidade do solo é característica representada por lençol freático, vazamentos de tubulações subterrâneas e da própria umidade natural do solo. Também conhecida como capilaridade que ocorre através dos poros dos materiais, pela ação da chamada tensão superficial, onde a situação mais característica é a presença de umidade do solo que se eleva no material, em geral 70 a 80 cm. (CASAD’ÁGUA, 2014, p.2- 10).

A umidade proveniente do solo e seu fluxo ascendente na edificação, observado na Figura 9.

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Figura 9: Umidade provinda do solo

Fonte: Casad’água (2014)

2.2.4 Fluído sob pressão unilateral ou bilateral

Chamada como Pressão Hidrostática, ocorre devido à pressão exercida por determinado volume de água confinada e permeia através de fissuras, trincas e rachaduras das estruturas e dos materiais. (CASAD’ÁGUA, 2014, p.8).

São exemplos os reservatórios, piscinas, paredes de contenções, podendo ser solicitados com pressão positiva ou negativa, conforme a Figura 10.

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Figura 10: Fluido sob pressão

Fonte: Casad’água (2014)

2.3 RECOMENDAÇÕES PARA AS INFILTRAÇÕES

O mercado oferece diversos sistemas que tem aplicações bastante definidas. Sua escolha deverá ser determinada em função da dimensão da obra, forma de estrutura, interferências existentes na área, custo, vida útil. (PASSEIDIRETO, p.38).

A escolha do sistema de impermeabilização mais adequado é função da forma de atuação da água sobre o elemento da edificação e do comportamento físico dos elementos sujeitos a ação da água. Em geral, os sistemas de impermeabilizações adotam mais de uma solução, pois é comum ocorrerem mais de uma forma de atuação da água numa mesma situação. (SOKOLOVICZ, 2013, p.8).

No Quadro 1, são apresentadas as situações corriqueiras a serem tratadas, levando-se em conta a forma de ação da água e o comportamento dos elementos das edificações, exemplos mais comuns para cada situação e as indicações para se resolver o problema.

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Quadro 1: Exemplo dos locais onde ocorre a ação dos agentes de infiltração

Ação dos agentes

Exemplos Típicos Soluções

Percolação Lajes, terraços, coberturas, marquises, parapeitos. Impermeabilização Rígida Atuação da água Água sob pressão hidrostática

Caixas d’água, cisternas, reservatórios, piscinas. Impermeabilização Rígida; Impermeabilização Semi Flexível. Umidade do solo

Muros de arrimo, paredes em subsolos. Impermeabilização Rígida Comportamento dos elementos da edificação Sujeitos á fissuração e trincamento

Estruturas com fissuras e trincas devidas á dilatação. Retração, recalques, fadiga e

movimentações estruturais. Impermeabilização Flexível Sujeitos a

esforços externos

Fissuras e trincas provocadas por falhas no lançamento, adensamento e cura do concreto, tráfego de veículos, obras vizinhas.

Impermeabilização Flexível

Fonte: Casad’água (2014)

2.4 REQUERIMENTO DA NBR 9575

A impermeabilização deve ser projetada de modo a:

a) evitar a passagem de fluidos e vapores nas construções, pelas partes que requeiram estanqueidade, podendo ser integrados ou não outros sistemas construtivos, desde que observadas normas específicas de desempenho que proporcionem as mesmas condições de estanqueidade;

b) proteger os elementos e componentes construtivos que estejam expostos ao intemperismo, contra a ação de agentes agressivos presentes na atmosfera;

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c) proteger o meio ambiente de agentes contaminantes por meio da utilização de sistemas de impermeabilização;

d) possibilitar sempre que possível acesso à impermeabilização, com o mínimo de intervenção nos revestimentos sobrepostos a ela, de modo a ser evitada, tão logo sejam percebidas falhas do sistema impermeável, a degradação das estruturas e componentes construtivos.

2.5 PRINCIPAIS PONTOS A SEREM OBSERVADOS

Conforme Yazigi (2009, p.515), algumas providências importantes a serem tomadas, quando da elaboração de uma análise de impermeabilização executada, são as seguintes:

- verificação da existência ou não de um projeto de impermeabilização - análise do sistema de impermeabilização utilizado na área

- determinação do consumo de materiais utilizados

- verificação dos detalhes executados na área, tais como: arremate nos ralos, encaixes, altura dos encaixes, arremate em soleiras e batentes, altura de arremate com relação a áreas ajardinadas, arremate em tubulação, altura de caixas de passagem, posicionamento dos conduítes, etc.

- análise do tipo de espécies vegetais plantadas na área - verificação das descidas de águas pluviais

- verificação se o sistema, o projeto e a execução dos serviços atendem às normas vigentes.

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3 METODOLOGIA

Esta pesquisa teve como intuito a realização de um levantamento dos tipos de impermeabilizantes utilizados por construtoras de Panambi/RS e região. Seu foco foi classificar os tipos de impermeabilizantes que são usados em determinados locais da edificação que requerem a impermeabilização.

De acordo com Fonseca (2002), methodos significa organização, e logos, estudo sistemático, pesquisa ou investigação. Ou seja, metodologia é o estudo da organização ou dos caminhos a serem percorridos para se realizar uma pesquisa, um estudo, ou para se fazer ciência. Portanto, deve - se conhecer os mecanismos e ferramentas utilizadas na pesquisa para obtenção dos resultados desejados.

A formulação do problema constitui a etapa inicial da pesquisa. Geralmente decorre de um longo processo de reflexão e de imersão em fontes bibliográficas adequadas. Sua utilização maior é em estudos exploratórios e descritivos, mas também pode ser importante para fornecer respostas relativas a causas de determinados fenômenos. (GIL, 2002, p.137-138).

3.1 ESTRATÉGIA DE PESQUISA

O levantamento efetuado nas construtoras objetivou verificar se as mesmas utilizam impermeabilizantes. Também permitiu classificar os tipos de impermeabilizantes usados nos locais determinados do questionário.

Do ponto de vista da sua natureza, o estudo classifica-se como uma pesquisa básica, contando com uma revisão bibliográfica sobre o tema. Segundo Gil (2008), essa pesquisa básica deve ser motivada pela curiosidade, onde suas descobertas devem ser divulgadas para toda a comunidade, possibilitando assim a transmissão e debate do conhecimento.

Efetuou-se um estudo de caso envolvendo algumas construtoras. Para que o andamento do trabalho seja satisfatório, as visitas técnicas nas obras das construtoras estudadas foram de vital importância, diante das etapas executadas do empreendimento, comparando a literatura com o

(38)

projeto de impermeabilização. Esta análise permitiu identificar se a etapa executada e o projeto atendem os procedimentos da literatura ou normas.

Quanto à forma de abordagem do problema, pode ser qualificada como quantitativa e qualitativa. De acordo com Zamberlan et al. (2014), a pesquisa quantitativa considera que tudo pode ser quantificável, ou seja, traduzir em números opiniões e informações para classifica-las e analisa-las. Já a pesquisa qualitativa não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas, mas requer a interpretação dos fenômenos e atribuição de significados no processo de pesquisa.

3.2 DELINEAMENTO

. O levantamento foi dividido em rês etapas: (a) exploratório, (b) desenvolvimento e (c) reflexão para a sua melhor compreensão.

a) Exploratório: efetuou-se a pesquisa bibliográfica específica, através do levantamento de normas e especificações técnicas existentes, gerando dados para o referencial teórico e fundamentando a pesquisa.

b) Desenvolvimento: elaborou-se o questionário, selecionou-se algumas construtoras e através de contatos com as mesmas, aplicou-se o questionário e de algumas obras nas fases de impermeabilização ou já executadas realizou-se o registro fotográfico dos locais impermeabilizados.

c) Reflexão: analizou-se os dados obtidos do questionário, e obteve-se os resultados de acordo com cada item solicitado, sendo apresentado em forma de gráfico ou tabelas.

De acordo com Yin (2001), Estudo de caso é uma pesquisa empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto da vida real, especialmente quando os limites entre o fenômeno e o contexto não estão claramente definidos.

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3.3 LEVANTAMENTO DA PESQUISA

Os resultados obtidos através de construtoras e escritórios de engenharia na cidade de Ijuí/RS e Panambi/RS, de uma construtora na cidade de Ajuricaba/RS. Já a construtora de Palmeira das Missões/RS e outra de Carazinho/RS possuem obras em execução na cidade de Panambi/RS.

Cada empresa possui sua particularidade, portanto algumas apenas trabalham com projetos e outras trabalham com projetos e a execução de obras. O estudo de caso deste trabalho contempla 15 (quinze) construtoras ou empresas que participaram com sua contribuição.

Os tipos de obras onde aplicou-se os questionamentos possuem de 2 (dois) ou mais pavimentos. A maioria das edificações será destinada para moradias (apartamentos), e no caso dos edifícios o pavimento térreo é para o uso comercial.

Referente aos materiais utilizados para o fechamento da alvenaria ou levantamento das paredes estruturais destas obras, cada construtora trabalha com materiais de construção diferentes. Portanto, algumas construtoras utilizam tijolos furados, outras o bloco estrutural de concreto ou bloco estrutural cerâmico.

Devido à grande diversidade de materiais empregados nas obras como estruturas de concreto pré-moldado, bloco estrutural cerâmico, bloco estrutural de concreto e tijolos onde cada elemento possui determinada porosidade. Portanto, o traço dos revestimentos e os tipos de impermeabilizantes mudam.

Para que se obtenha êxito na busca de resultados satisfatórios, a montagem de uma análise padrão, facilitou-se as etapas projeto e de impermeabilização, seguindo as seguintes etapas:

• Preenchimento da Lista de verificação; • Registro fotográfico;

• Análise das impermeabilizações; • Apresentação de soluções.

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Lista de verificações: é a mais abrangente entre as etapas citadas, pois pode ser feita uma análise qualitativa da impermeabilização. Todos os tipos devem ter um padrão mínimo de qualidade para o desempenho satisfatório de suas funções. O registro fotográfico: complementará as etapas apresentadas anteriormente, serão registros visuais da situação encontrada, com o intuito de verificar se existem problemas e buscar soluções apropriadas para cada caso.

A análise das impermeabilizações executadas referentes ao tipo de impermeabilização e modo de aplicação, realizadas após a conclusão das etapas anteriores, verificando com as recomendações técnicas do fabricante do produto.

Finalmente, serão apresentadas soluções, podendo inclusive recomendar outro tipo de impermeabilizante para o caso em estudo, se necessário.

A forma de análise foi objetiva e visual da sua existência ou não, por pessoas responsáveis pelas aplicações das impermeabilizações na obra ou experientes no ramo. No Quadro 2, consta um exemplo dos requisitos resumidos do checklist, que serão apresentados.

Quadro 2: Requisitos verificados

VERIFICAÇÕES SIM NÃO

A) UTILIZAM IMPERMEABILIZANTES NAS OBRAS? B) QUAL O TIPO?

B1) Cimenticios ( ); B2) Asfálticos ( ); B3) Poliméricos ( ); B4) Mastiques ( ) C) LOCAIS

C1) Vigas

C2) Paredes de contenções / Aterradas C3) Pisos C4) Aberturas C5) Paredes Molhadas C6) Reservatórios C7) Telhados C8) Lajes e coberturas C9) Juntas de Dilatação

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E) ESCOLHA SE DÁ DEVIDO E1) Custo menor

E2) Qualidade

E3) Melhor Trabalhabilidade / Manuseio E4) Disponibilidade de Mercado

E5) Por costume

E6) Conhece outro equivalente?

F) SEGUEM AS RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS DO PRODUTO? G) SUGESTÃO?

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4 RESULTADOS E ANÁLISES

A lista com as verificações do checklist aplicado nas construtoras e escritórios de engenharia, sendo respondido através de seus responsáveis (engenheiro civil ou arquiteto) nas empresas que possuem seu foco na área de projetos e por (engenheiro civil ou mestre de obra) nas construtoras ou empresas de projeto e ou execução da obra.

Mediante visita nos locais aplicou-se o questionário durante no período da última semana de Setembro até a primeira semana do mês de Novembro do ano de 2018. Devido ao andamento das obras e condições climáticas, procurou-se obras em que poderia registrar locais em fase de impermeabilização ou já impermeabilizados.

A Figura 11 mostra uma edificação que está num processo avançado de construção, sendo que no mesmo foi realizado o questionário e registro de fotografias dos eventuais locais em que houve a aplicação de impermeabilizantes. Porém, a maior parte dos pontos questionados não alcançou a fase de execução da impermeabilização.

Figura 11: Edifício visitado com fase de construção avançada

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Para a outra obra em execução, a construção ainda não está na etapa da impermeabilização da mesma. A edificação é demonstrada na Figura 12, portanto não houve aproveitamento de registro fotográfico deste local.

Figura 12: Edificação que ainda não chegou na etapa de impermeabilização

Fonte: Autoria Própria (2018)

4.1 RESULTADOS DO QUESTIONÁRIO

Com as respostas obtidas através do questionário, efetuou-se a compilação dos resultados de cada item específico, e desse modo representados por tabelas e gráficos, facilitando a sua compreensão.

O item A das verificações refere-se à utilização dos impermeabilizantes nas obras e obteve resultado unânime. Mostra que é de suma importância o seu uso em qualquer tipo de edificação, e pela diversidade de materiais disponíveis na construção civil, sendo apresentada na Tabela 1.

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Tabela 1: Utilização de impermeabilizantes nas obras

Fonte: Autoria Própria (2018)

Assim, todas as construtoras justificam que executam as atividades de impermeabilização nas obras, nos locais mais críticos e que solicitam o produto adequado com aplicação correta, conforme as instruções do produto.

De acordo com o tipo do impermeabilizante no item B, o mesmo foi subdivido conforme á classificação pela NBR 9575, acrescentando a opção de mastiques (conhecido como selante e encontrado no formato de tubo) que também é usado em alguns locais para impermeabilização.

A Tabela 2 mostra os tipos de impermeabilizantes usados por cada construtora, de acordo com sua classificação e os locais em que requerem cuidados para não ocorrer infiltração na edificação.

Tabela 2: Tipo de impermeabilizante

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Através das respostas obtidas correspondente a esse item observou-se que 20 % das construtoras utilizou os 4 (quatro) tipos de impermeabilizantes. Das outras, 7 % aplicam apenas produtos Asfálticos, 7 % apenas os Poliméricos, 33 % trabalham com 2 (dois) tipos e 33 % utilizam três tipos de impermeabilizantes.

Como o item B abrange respostas amplas, concluiu-se que 64 % das construtoras utilizam os produtos Cimentícios e Ásfálticos. Dependendo do local em que os mesmos foram aplicados e da intensidade de umidade presente, pode acontecer a aplicação de impermeabilizante Rígido de base e sobre posição de um Asfáltico.

A ação da umidade sobre a edificação é o que causa a infiltração da água. Diante dessa circunstância no item C, determinamos os principais locais em que ela ocorre. Com a intenção de explorar ao máximo os locais a serem impermeabilizados, subdivididos em 9 (nove) pontos.

C1) Vigas baldrames

A impermeabilização das vigas baldrames impede a elevação da umidade provinda do solo, das águas do lençol freático, vazamento de tubulações e outros fatores. A água sobe por percolação pela parede através dos poros existentes nos materiais e fator água/cimento da mistura.

Recomenda-se que a parte superior e as extremidades ou laterais da viga estejam bem impermeabilizados e que no decorrer do levantamento das paredes e dos demais serviços essa camada não seja furada.

Para a impermeabilização das vigas baldrames, segundo as verificações realizadas, são usados os três tipos de impermeabilizantes conforme a classificação da norma. Em alguns casos a aplicação é realizada com dois tipos de impermeabilizantes da classificação, conforme a necessidade ou características de umidade prevista no local.

Na Tabela 3, demonstramos os resultados referentes a esse elemento, sendo que foram citados produtos de três marcas (L, K e O). Para outros locais, que compõem o item C, falou-se de outros produtos impermeabilizantes das marcas (K e O).

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Tabela 3: Impermeabilizantes utilizados em vigas baldrames

Fonte: Autoria Própria (2018)

O percentual de cada tipo de impermeabilizante utilizado pelas empresas em vigas baldrames está representado no Gráfico 1, para sua melhor compreensão a partir da verificação realizada.

Gráfico 1: Percentual de impermeabilizantes usados em vigas baldrames

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A execução da impermeabilização sobre a viga baldrame é representada na Figura 13, de acordo com as recomendações, sendo necessária a aplicação na face superior e nas laterais da viga. O produto utilizado foi membrana de emulsão asfáltica da marca O, na cidade de Panambi.

Figura 13: Viga baldrame impermeabilizada com membrana de emulsão asfáltica

Fonte: Autoria Própria (2018)

Na construtora CI 2 da cidade de Ijuí, o mestre de obras comentou que sempre executam a impermeabilização rígida (cimentícia) nos encontros das paredes externas de vedação com a viga. Nesse local ou ponto de encontro pode acontecer a infiltração da umidade para o interior da edificação.

C2) Paredes de contenção / aterradas

De acordo com as verificações realizadas, constatou-se o uso dos mesmos tipos de impermeabilizantes que são usados nas vigas baldrames. Também citou as mesmas marcas dos produtos utilizados nas vigas baldrames.

O Gráfico 2 representa o percentual de cada tipo de impermeabilizante utilizado pelas empresas para a estanqueidade das paredes de contenção ou aterradas, através da verificação realizada.

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Gráfico 2: Percentual de cada tipo usado em parede de contenção

Fonte: Autoria Própria (2018)

Os resultados obtidos demonstram que mais da metade dos impermeabilizantes utilizados em contenções e paredes aterradas são de classificação Asfáltica. Portanto, foram utilizadas em algumas obras as mantas asfálticas e nas outras as membranas.

A Figura 14, demostra a impermeabilização de uma parede de contenção aterrada em uma obra na cidade de Ijuí pela construtora CI 2. Com execução de camada cimentícia e posterior aplicação da camada de emulsão asfáltica.

Figura 14: Parede de contenção aterrada já impermeabilizada

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Em outra obra na cidade de Panambi, a parede de contenção irá ser aterrada com uma determinada inclinação, pois vai ser executada uma rampa no local. Portanto até o determinado momento havia apenas a impermeabilização cimentícia da marca L nessa parede, demonstrada na Figura 15.

Figura 15: Parede de contenção com impermeabilização cimentícia

Fonte: Autoria Própria (2018)

C3) Pisos de banheiros

Para esse elemento do questionário houve uma diversidade de maneiras em executá-las, pois o mesmo pode estar localizado no pavimento térreo ou em andar superior. Portanto não usam o mesmo sistema de execução, impermeabilização, cuidado e além de outros fatores externos.

O concreto utilizado na concretagem da laje para os pavimentos superiores ou para piso, quando no pavimento térreo, já teriam aditivos impermeabilizantes incorporados no concreto do mesmo.

Referente á classificação dos tipos de impermeabilizantes e o percentual de cada um está representado pelo Gráfico 3.

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Gráfico 3: Percentual de cada tipo usado em piso de banheiro

Fonte: Autoria Própria (2018)

Através dos resultados obtidos, a maior parte das construtoras utilizam os impermeabilizantes cimentícios. Algumas empresas adicionam aditivos no concreto, melhorando a impermeabilização desses locais após a concretagem.

Em pisos de banheiro de pavimentos superiores ou apartamentos, a construtora de Carazinho possui um rígido controle. De acordo com o mestre de obras, após a impermeabilização rígida aplicam-se três demãos de membrana acrílica com diluições diferentes.

A primeira demão da camada de membrana acrílica é diluída na proporção de 100 %, a seguinte corresponde a 50 % e a final passa a ter 10 a 15 % apenas. Os produtos utilizados pela construtora pertencem às marcas (K e V), respectivamente.

Concluída a impermeabilização, o local é submerso em água por 72 horas, verificando a sua estanqueidade. Posteriormente é retirada a água e finalizado com o revestimento de pisos cerâmicos.

Parte dessa execução com a camada cimentícia ou rígida no piso do banheiro é registrada na Figura 16.

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Figura 16: Piso com impermeabilização cimentícia

Fonte: Autoria Própria (2018)

C4) Aberturas

Na aplicação do questionário, este local não obteve respostas sobre os tipos de impermeabilizantes por parte das construtoras. Algumas das empresas declararam que em suas obras essa é a responsabilidade e execução de quem instala as aberturas nas edificações.

Atualmente existem diversos tipos de esquadrias como madeira, vidro, pvc, alumínio e metal. Elas geralmente ficam instaladas no quadro das paredes com pingadeiras no peitoril, enquanto outras devido à arquitetura podem estar numa pele de vidro por exemplo.

O percentual das construtoras que usam algum tipo de impermeabilizante nas aberturas, indiferente dos materiais constituintes dos mesmos. Das que não tem essa responsabilidade na obra, ou que o serviço seja prestado por outra empresa está representada na Tabela 4.

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Tabela 4: Empresas que responderam sobre as aberturas

Fonte: Autoria Própria (2018)

Sobre as construtoras que responderam sobre o local, classificamos entre os tipos que são utilizados entre elas. Dentre os produtos, foram citadas as marcas (K, L, B e R), dos quais alguns aplicam os impermeabilizantes no peitoril das janelas, enquanto á maior parte das empresas realizam a impermeabilização de toda a circunferência da abertura.

No Gráfico 4 é mostrado os resultados dos tipos de impermeabilizantes dos 60 % das construtoras que responderam. Verificou que para a vedação das aberturas com a parede é utilizado o selante (mastique). No caso de esquadria embutida, o quadro da parede é impermeabilizado com produto cimentício.

Gráfico 4: Tipos de impermeabilizante usado nas aberturas

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A aplicação de selante para vedação do quadro de alumínio das aberturas de vidro, em uma empresa de Panambi, o produto da marca R está resistindo ao tempo aproximadamente por quatro anos.

Atualmente, apresentando boas características às intempéries do tempo. Promovendo a vedação entre o granito e a esquadria e absorvendo as deformações entre os materiais, esse produto está sendo mostrado na Figura 17.

Figura 17: Vedação da abertura

Fonte: Autoria Própria (2018)

C5) Paredes molhadas

Grande parte das empresas adicionam aditivos impermeabilizantes na argamassa para evitar a passagem da água neste local. Para melhorar a estanqueidade, as paredes são protegidas com mais uma camada de impermeabilizante antes do revestimento cerâmico.

São usados os três tipos de impermeabilizantes nesse local (cimentício, asfáltico e polimérico), conforme a pesquisa realizada. Os produtos citados correspondem às marcas (K, L e O) e o percentual dos tipos, conforme a sua classificação está representado no Gráfico 5.

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Gráfico 5: Tipo de impermeabilizante usado em parede molhadas

Fonte: Autoria Própria (2018)

Na maioria das paredes utilizou os impermeabilizantes cimentícios. Dos quais as construtoras aplicam até a metade da altura, sujeita a maior batida de água e percolação da umidade ascendente.

C6) Reservatórios

Nas construtoras, a maior parte delas respondeu que utilizam reservatórios de fibra. Aquelas que já executaram algum serviço com os reservatórios de concreto, citaram o uso dos três tipos de impermeabilizantes conforme a sua classificação.

De acordo com a classificação dos tipos de impermeabilizantes, 47 % das construtoras responderam que realizaram serviço de impermeabilização de reservatórios e o percentual de cada tipo está demonstrado no Gráfico 6.

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Gráfico 6: Tipos de impermeabilizantes usados nos reservatórios

Fonte: Autoria Própria (2018)

C7) Telhados

De acordo com os tipos de telhas ou devido aos tipos de construções, os impermeabilizantes asfálticos são os mais usados para esse tipo. Com as informações obtidas 67 % dos que responderam, sobre assunto utilizam produtos das marcas (B e O).

Sobre os tipos de impermeabilizantes utilizados para os telhados, as mantas asfálticas são as mais utilizadas. Os selantes são utilizados em vedações de algeroz e seu percentual está representado no Gráfico 7.

Gráfico 7: Tipo de impermeabilizante usado no telhado

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Das empresas que não responderam, algumas citaram que a vedação e ou condução das águas é realizada com a instalação de algeroz e calha. Para os trabalhos de funilaria na obra, a instalação e a vedação é realizada junto com esses serviços prestados.

Para obras arquitetônicas e que possuem o telhado com telhas do tipo shingle, normalmente possui vedações com chapas metálicas e o uso de selante poliuretano. Os tipos de impermeabilizantes usados em telhados são das marcas (K, B, e O), respectivamente.

A execução desse serviço no telhado com a chapa e a vedação é representada na Figura 18.

Figura 18: Vedação com selante na algeroz do telhado

Fonte: Autoria Própria (2018) C8) Lajes e coberturas

Conforme a pesquisa realizada, o uso de materiais asfálticos como a Manta Asfáltica foi o produto de preferência. Além de impermeabilizar a superfície a manta de alumínio também possui a função térmica, para a redução de calor.

A construtora de Ijuí CI 6, tem como padrão o uso de primer de manta antes da camada de manta asfáltica. Promovendo assim o fechamento de pequenas microfissuras do substrato e melhorando a aderência da manta, outras construtoras declaram o uso da manta apenas.

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Os produtos usados por maior parte das construtoras é da marca O. Sobre os tipos de impermeabilizantes usados em laje e coberturas juntamente com os devidos percentuais estão no Gráfico 8.

Gráfico 8: Tipo de impermeabilizantes usado em laje e cobertura

Fonte: Autoria Própria (2018)

C9) Juntas de dilatação

O produto com maior uso para vedação das juntas, de acordo com as verificações feitas é o selante a base de poliuretano. Os demais impermeabilizantes são do tipo asfáltico e polimérico.

Em prédios ou construções de pré-moldados de concreto nas obras, tem-se uma possibilidade de juntas de dilatação ou dois pilares em uma mesma sapata ou bloco. Os tipos usados correspondem as marcas (K, B e O), com os percentuais representados no Gráfico 9.

Gráfico 9: Tipos de impermeabilizante usado nas juntas de dilatação

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Quando os materiais que apresentam deformações e ou módulos de elasticidades diferentes, geralmente ocorrem patologias, ainda em condições adversas de temperatura e umidade.

A Figura 19 mostra a vedação de um pilar de madeira, apoiado sobre um piso cerâmico. Realizou-se uma impermeabilização da base do pilar com selante poliuretano da marca B evitando a migração de água e a deterioração da madeira.

Figura 19: Pilar de madeira com a base impermeabilizada

Fonte: Autoria Própria (2018)

O item D refere aos tipos de impermeabilizantes, e se os mesmos estão ou não especificados nos projetos das obras. Através dos resultados obtidos, 60 % das construtoras já recebem a especificação do impermeabilizante no projeto de execução, conforme a Tabela 5.

(59)

Tabela 5: Especificações dos impermeabilizantes nos projetos de execução

Fonte: Autoria Própria (2018)

Os demais que representam 40 % e responderam que não recebem as especificações, ou engenheiros que também não especificam no projeto, realizam uma inspeção técnica ou consultoria na obra para determinar o produto adequado.

A determinação dos impermeabilizantes utilizados nos locais acima mencionados, oriundos através das condições do solo, nível do lençol freático, tipos de materiais utilizados na obra, fatores topográficos e outros fatores que podem causar a infiltração de umidade na construção.

No item E trata sobre os produtos ou impermeabilizantes utilizados nas construções. O mesmo foi subdividido em 6 pontos, com o interesse em obter algumas características do produto e aspectos de mercados.

A grande variedade de produtos, qualidades, sistemas construtivos e o constante desenvolvimento de aditivos interferem no produto. Essa determinação se dá devido a que fator de escolha na construção civil.

D) IMPERM ESPECIFICADO NO PROJETO? CIDADE OBRA

AJURICABA AJURICABA CARAZINHO PANAMBI

IJUÍ CI1 IJUÍ IJUÍ CI2 IJUÍ IJUÍ CI3 IJUÍ IJUÍ CI4 IJUÍ IJUÍ CI5 IJUÍ IJUÍ CI6 IJUÍ IJUÍ CI7 PANAMBI IJUÍ CI8 IJUÍ PALMEIRA DAS MISSÕES PANAMBI

PANAMBI CP1 PANAMBI PANAMBI CP2 PANAMBI PANAMBI CP3 PANAMBI PANAMBI CP4 PANAMBI 9 6 SOMA = X X X X X X X X X X X X CONSTRUTORAS SIM NÃO X X X

(60)

E1) Custo Menor

O menor preço do produto é o objetivo que o proprietário busca na compra dos materiais para a sua edificação. A vida útil e durabilidade da obra associada ao desempenho da matéria prima utilizada e qualidade dos serviços prestados.

Para 87 % das construtoras, os produtos que possuem características de funções semelhantes, não são comprados os de marcas com menor valor. Os impermeabilizantes consumidos nas obras são aqueles de sua confiança, e esse percentual é mostrado na Tabela 6.

Tabela 6: Produto usado na obra de custo menor

Fonte: Autoria Própria (2018) E2) Qualidade melhor

O desempenho da edificação ao longo do tempo está ligado à qualidade dos materiais empregados na obra, execução, mão de obra e do modo que ela é usada. Portanto, os profissionais da construção civil preferem produtos de melhor qualidade utilizados nas obras, é o que demostra o Gráfico10.

E1 ) CUSTO MENOR DO PRODUTO

CIDADE OBRA

AJURICABA AJURICABA

CARAZINHO PANAMBI

IJUÍ CI1 IJUÍ

IJUÍ CI2 IJUÍ

IJUÍ CI3 IJUÍ

IJUÍ CI4 IJUÍ

IJUÍ CI5 IJUÍ

IJUÍ CI6 IJUÍ

IJUÍ CI7 PANAMBI

IJUÍ CI8 IJUÍ

PALMEIRA DAS MISSÕES PANAMBI

PANAMBI CP1 PANAMBI PANAMBI CP2 PANAMBI PANAMBI CP3 PANAMBI PANAMBI CP4 PANAMBI SOMA = 2 13 X X X X X X X X X X X X X X X CONSTRUTORAS SIM NÃO

(61)

Gráfico 10: Produto usado na obra de qualidade melhor

Fonte: Autoria Própria (2018)

E3) Melhor trabalhabilidade /manuseio

Na disponibilidade de produtos similares de mesmas funções, 87 % dos profissionais preferem aqueles que favoreçam sua trabalhabilidade e facilitem o seu manuseio. O objetivo é uma maior produção e melhor acabamento das superfícies.

Aos que não concordam, os produtos utilizados nas obras devem satisfazer as exigências e promover a estanqueidade da água na edificação. Facilitar a aplicação não tem a mesma importância do que cumprir sua função.

E4) Disponibilidade de mercado

Referente à disponibilidade de produtos no mercado, houve uma inversão de respostas mesmo tratando-se de um único produto da mesma marca na mesma cidade. Através das informações recebidas, isso acontece porque as empresas possuem fornecedores em locais diferentes.

Podem até encontrar o produto em sua cidade, mas a quantidade consumida e o valor das mercadorias interferem no custo final da obra. A Tabela 7 mostra como está à disponibilidade dos produtos impermeabilizantes para as construtoras.

Referências

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