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Vocabulario brasileiro para servir de complemento aos diccionarios da lingua portugueza

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BRASILEIRO

part servir d« completoemto aos dicciou*rio»

da língua porlugueza

POR

BRAZ DA COSTA RÜBIM.

R I O » E J V Y E I I C O

IMP. TTP. DOUS DE DEZEMBRO DE PAULA BBIT»

*> IMPRESSOR DA CASA IMPERIAL.

.>'

1853.

(8)
(9)

DUAS PALAVRAS.

O presente opusculo comprehende um grande numero de vocá-bulos usados no Brasil, e que se não encontram nos diccionarios da nossa lingua; foram colligidos das memórias, e outros escriptos, que tratam das nossas cousas, assim como de muitas noticias particula-res. Não è ainda um trabalho completo, e tem por fim unicamente facilitar o conhecimento das accepções de taes vocábulos aos estra-nhos, e servir de auxilio aos lexicographos para as futuras edições.

Reconhecemos que seria mui útil e conveniente, que indicássemos a origem dos nomes que passaram da linguagem dos indígenas da America e da África para ,o uso commum, porém, não emprehen-demos essa tarefa, por se achar em mão, e adiantada por pessoas mui dedicadas, e versadas nesses estudos; entretanto em uma ou outra dicção, como excepção de regra, declaramos a sua origem, porque assim encontrámos nos autores donde a extrahimos.

Temos ainda uma observação a fazer; e éj que muitos vocábulos «stão escriptos pelos autores com differentc orthographia, e que para não ficarmos perplexos sobre a escolha, seguimos a opinião do maior numero, ficando livre aos lexicographos passal-os pela censura, « regeitar os que não estão bem fundados.

(10)
(11)

VOCAHIURIO

BMIUiO-flji

A.

ABÂBÁS, tribu de aborígenes que dominava em parle da província de Mato-Grosso.

ABACATE, frueto do abácáteiro. -:! /

ABACATEIRO, arvore fructifera quo produz o abacate; é exótica, mas acha-se bem aclimada no paiz. '

ABACACHI, espécie de ananazeiro; o frueto támbem conhecido com o mesmo nome, é mais delicado no sabor e

aroma do que o ananaz comrnum. "f ABANCAR, tomar assento, assentar; usado em -Minas

Geraes. ;

ABARÁ, iguaria grosseira feita com massa'de feijão co-sido, adubado com pimenta e azeite de dendê.

ABATIRÁS, tribu de aborígenes que dominava na

an-tiga Capitania dePorto-Seguro. •'*?>• ABEREM, iguaria feita de farinha da milho com

as-sucar.

ABIO, arvore fructifera do mato virgem ; o frucló é co-nhecido com o mesmo nome.

ABÓBORA, frueto da aboboreira;—mmina, pequena do feitio d'uma cabaça, e amareüa por dentro;— d'água ou

carneira, longa, cylindrica, branca na casea e miolo;— moganga, arredondada e amarella por dentro; — turbante,

deste feitio com miolo amarello ; —jurumú, vermelhapor dentro; — melão, similhante a este frueto na còr e feitio; — taqueira, pequena, chata, de casca exalviçada e lisa ; —

do mato, V. TAlUIÁ,

ABOBRINHA. V. TAIÜÍA .

ABOBRINHA DO MATO. V. GOiNÜ'.

ABRICO', arvore fructifera exótica; o frueto é conhe-cido com o mesmo nome. Ha duas espécies: uma tem o frueto maior e mais agradável que a outra.

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— 2 —

ACÁ, arvore do mato virgem, sua madeira serve para construcç5o civil.

ACAÇÁ, espécie de angu feito com farinha de arroz ou de milho.

ACÁCIA, arvore do mato virgem.

ACAPU' arvore do mato virgem, sua madeira serve para taboado.

ACARÁ, peixinho do rio.

ACAR1COÁRA, arvore do mato virgem, sua madeira serve para construcçüo civil e naval.

ACARIUBA, arvoredo mato virgem.

ACAR1Z, espécie de sicupira. V. esta palavra. ACATAIA, V. HERVA-DO-BICHO.

AÇACU' arvore do mato virgem ; o sueco delia dizem ser venenoso, e pertendeu-se mesmo que curava a morphéa.

AÇAHI, frueto do açahizeiro —bebida refrigerante pparada com o sueco do coco de seu nome, e de grande re-putação no Pará, onde se diz; quem vem ao Pará, parou; e

se bebeu açahi, ficou.

AÇAHIZEIRO, palmeira fructifera do mato virgem no Pará; nas outras províncias chamam-lhe juçara.

ACHOUARIS, tribu *de aborígenes que dominava em parte da província do Pará.

ACONANS, tribu de aborígenes que dominava em parte

tií- província do Pernambuco.

ACOT1BOIA, espécie de cobra.

ACROÁS, tribu de aborígenes, que dominava em parle da província do Piauhy.

ADERNO, arvore do mato virgem, que dá madeira de lei; ha duas espécies: verdadeiro e marcanaiba.

ADIOÉOS, horda de aborígenes, que dominava em parte da província de Malo-Grosso.

ADORIÁS, cabilda de sylvioolas que habitavam no Pará. AGUAPÉ, planta medicinal.

A1APAINA, planta que dizem ser de uma virtude pro-digiosa contra o veneno das cobras, e ainda mesmo contra o que se toma pela boca.

A1MBORÉS ou AIMORÉS, nação de aborígenes que dominava na grande serra que hoje tem o seu nome.

AIRINIS. V. ARIHIMS. AJURU', arvore fructifera.

(13)

- 3 —

ALBARDÃO, cochilha pequena.

ALGODOIM, planta que produz uma espécie de al-godão •

ALMA-DE-GATO, ave do tamanho de uma pomba, cin-zenta pela parte inferior, ealoirada pela superior.

ALMECÉGUEIRA, arvore do mato virgem, que produz a resina almecega. .-.,

ALMECIBUÇU' arvore do mato virgem, que dá madeira de lei.

ALVARENGA, barco pequeno que serve para conduzir gêneros de commercio.

AMAGO-FURADO, moléstia que ataca o fumo.

AMAMONA, arvore do mato virgem, sua madeira serve para construcçãoe marchetaria.

AMARÊ, arvore do mato virgem da família das ru-taceas.

AMANAJOS, tribu de aborígenes, que dominava em parte da província do Maranhão.

AMARGOSO, espécie de angelim. Y. esta palavra. AMBOREZ, peixe do rio.

AMRU, arvore fructifera do mato virgem, o frueto é co-nhecido com o mesmo nome. !

AMBUÁS, tribu de aborígenes, que dominava em parte da província do Pará.

AMANHTS, sylvicolas que habitavam no Pará.

AMOREIRA, arvore do mato virgem, ha as seguintes es-pécies: de âmago branco, que dá um frueto agradável; de

âmago preto, que serve em marchetaria; e amarella ou tatà-giba, que serve em tinturaria.

ANAJfÁS, cabilda de sylvicolas que habitavam no Pará. ANAN, espécie do bananeira que cresce pouco e dá ca-chos mui grandes.

AN ANÁZDE-AGULHA, planta linifera. ,; ANANERÁ,;arvore do mato virgem; sua madeira serve para construcção civil e naval.

ANCUIETA. Y. SUMA.

ANDA, arvore do mato virgem que dá madeira de lei. ANDÁAÇÜ', ou 1NDAIAÇÜ', arvore mui conhecida pelas virtudes purgativas das sementes do seu

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— 4 —

ANDIRÀS, aborígenes que dominavam em parle da pro-víncia do Pará.

ANDIROBA, arvore do mato virgem; do frueto se ex-trahe bom azeite para luzes C sabão•; (de jandi-iroba, azeite amargoso.)

ANDIROBA, ANDIROVA, NANHANDIROVA, NHÁN-D1ROVA, JAB0TA',FAYA-DE-SANT0-1GNAC10, cipó medicinal.

ANDORINHA, carruagem de praça na cidade do Rio de Janeiro, tem quatro rodas, assento para duas pessoas, um cocheiro, e c puchada por um só animal;— planta 'me-dicinal.

ANDURABABAJARI. V. ANGELIM. ANGA', arvore fructifera do rnato

virgem-ANGÉLICA, ar,vore do mato virgem, sua raiz passa por medicinal.

ANGÉLICO', planta medicinal.

ANGELIM, AND1RA', ANDURABABAJABI, arvore do maio virgem, sua madeira é de lei, e ha as seguintes espé-cies : verdadeiro; amargoso; de côeo; canafistula; graveto;

tenta.

ANGUSADA, misturada de cousas,, confusão, mescla. ANGl STURA, nome que se-dá na Bahia á Larangeira do inato. Y. esta palavra.

ANHAH1BA-DE-REGO, arvore do mato virgem que dá madeira de lei.

ÁNliUPOCA, pássaro do tamanho de anhuma, porçjm lindo, lendo lambem na cabeça um chifre, e esporões nas azas como aquelloutras; o seu cantar é da meia noite por diaiile.

AMBA'S, cabilda de sylvicolas, que habiiavam no Pará. AMCORÉS, tribu de aborígenes, que dominavam em parte da pro\incia do Pará.

ANNA-PINTA. Y. CAP1TÃO-DO-MATO. ANNUIBA, espécie de louro. V. esta palavra.

ANIM, a\e pequena, d'um negro azevichadobrilhante, é iiiuilo commum, o seu canto é um som agudo e triste.

APENAR1S, tribu de aborígenes, que dominavam cm parte da província do Pará.

, AP1ACA'S, horda de syhicolas, que dominava em parte da província de Malo-Grosso.

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— & —

AP1CU'-, coroa que faz o mar entre si e a terra firme, e a cobre a maré; dá o barro para purgar o assuear nas fôrmas.

APINAGE'S, tribu de aborígenes, que. dominava em parte da provineia do Pará. ,,.

APOGIA. V. IPECACUANHA.

ARAÇA', frueto do araçazerro,. ha as seguintes espécies:

de coroa, roxo, do campo, de pedra, da praia..

ARAÇA'-GOIABA, chamam na bahia á goiaba.

ARAÇA'-DO-MATTO-GROSSO, arvore do mato vir-gem, sua madeira serve para vigas e yigotas.

ARAÇA'-P1R0CA, arvore do mato virgem.

ARAÇA'-POCA, arvore, do mato virgem, que tema ma-deira de lei.

, ARAÇANHUNA, arvore fructifera do maio virgem; o frueto é similhante á jabotiçaba, pouco saboroso, e cria-se na ponta dos ramos.

ARAÇARI, ave similhante ao tucano.

ARACIS, tribu de aborígenes, que dominava em parte da província da Mato-Grosso.

ÀRACU', peixe de rio.

ARACUAN, ave do tamanho de uma pomba, de um preto aloirado.

ARAÈS. Y. ARACIS,

A R A I G A S , tribu de aborígenes, que dominava em parle da província do Pará.

ARANHAGATO. Y. YINHATICO. ARAOANA', peixe de rio.

ARAPARI. Y. ARCO-VERDE. ;/..(jI

ARAPIRACA, arvore do mato virgem.

ARAPOCA, arvore do mato virgem da família das ruta-ceas, ha duas espécies: amarella e branca.

ARAPONGA, ave do feitio de uma pomba; ha de diver-sas cores, mas a mais com muni é branca com a cabeça verde; com o seu canto arremeda perfeitamente o trabalho de um ferrador, pelo que também lhe dão este nome.

ARAPUA', abelha grande, negra, e que dá ferroada. ARAPUCA, armadilha para apanhar pássaros.

ARARANAN, peixe.

ARARAS, aborígenes, que dominavam em parte da pro-víncia do Pará.

(16)

— c —

ARARAÚNA, espécie de arara maior que as ordinárias e de côr quasi preta; — arvore do mato virgem, sua ma-deira serve para construcção.

ARARIBA', arvore do mato virgem de que ha varias qualidades: macho; fêmea; rosa; da serra; outros as distin-guem pela côr da madeira: vermelho; amarello epreto; é estimada a madeira para obras de marchetaria; e o

ara-ribá-rosa, serve em tinturaria.

ARAROBA,arvore do mato virgem que dá madeira de lei.

ARARUA'S, cabilda de sylvicolas, que habitavam no

Pará. -^ ARARUTA, planta que tem a raiz farinacea, é exótica,

mas acha-se bem aclimada.

ARATAIA, arvore do mato virgem, sua madeira serve para obras de adorno e marchetaria. ^1

-ARATICU' ou ARATICUM, arvore fructifera do maio virgem; ás espécies que Iraz Constando accrescente-se:

araticum-em bira.

ARATINGUI, arvore do mato virgem, cuja madeira tem muito usos; alguns escrevem Arlingni.

ARCO-VERDE, ARCO-DE-PIPA, IPÊ, ARAPARI, arvore do mato virgem de que ha varias espécies: açú;

de-flôr-amarelia; de-flôr-felpuda; do-bnjo; mirim; do cam-po ; de cacam-poeira ; molle; roxo; grande; etc, a madeira tem

muitos usos.

ARÊA-PRETA, qualidade de rape.

AREISCA, terra misturada de arèa c salão, serve para mandioca e legumes, mas não para canna.

ARERANHA, quadrúpede amphibio. ARÉRÈ, espécie de marreca.

ARICURANA, arvore do mato virgem, que tem boa ma-deira.

ARIHINIS ou A1RINIS, tribu de aborígenes, que domi-nava em parle da província do Pará.

AR1NAS, cabilda de sylvicolas, que habitavam no Pará. ARIPÉRANA, arvore do mato virgem; sua madeira serve para construcção civil e naval.

ARMA-DE-SERRA, arvore do maio virgem, que dá ma-deira de còr roxeada muito rija.

(17)

_ 7 _

ARMAR, nos engenhos d'assticar, é arrumar a lenha na fornalha.

ARMARINHO, casa onde se vendem objectos de costura e outras miudezas.

ARNABUTOS, tribu de aborígenes, que dominava em parte da província do Pará.

ARRACACHA, planta alimentar, é exótica.

ARREIADOR, o homem'que tem a seu cargo e cuidado o tratamento dos animaes de Uma tropa rural.

ARUANS, cabilda de sylvicolas, que habitavam no Pará. A R U A Q U I S , cabilda de sylvicolas, que habitavam no Pará.

ARUCESRANA, arvore do mato virgem.

ARUE1RA, arvore que cresce nos logares humidos. ARUE1RA-DE-CAT1NGA, arvore do mato virgem; a madeira serve para obras de adorno e esteiadura; a casca é adstringente e o frueto dá a côr da rosa.

ARURÃO, espécie de jacaré grande.

ARVORE-DA-INDEPENDENCIA, arbusto que tem a folha matisada de amarello e verde, serve para adornar os jardins.

ARVORE-DO-PÃO ou FRUTE1KA-DE-PÃO, arvore exótica, aclimada com vantagem, e produz a frueta do pão bem conhecida.

ATA. Y. FRUCTA DO CONDE.

ATIADÉOS, horda de aborígenes, que dominava entre as províncias do Maranhão ePará.

AZEDINHA, planta hortense.

AUGE, aborígenes, que dominavam na raia do Maranhão com o Pará.

AZOUGUE, cipó medicinal.

AZULÃO, arvore do mato virgem que dá madeira de lei. — Passarinho côr de anil, que depois de acostumado á gaiola arremeda vários outros.

B.

BABA-DE-MOÇA, doce feito de coco da Bahia. BACABA, frueto da bacabeira.

(18)

— 8

-BACABEIRA, palmeira fructifera do mato virgem, que produz a bacaba.

BACAHIRIS, tribu de aborígenes, que dominava em parte da província de Mato-Grosso.

BACAMARTE, planta medicinal.

BACAZI, arvore do maio virgem, sua madeira serve para obras de architectura.

BACOPARI, arvore do mato virgem, sua madeira tem vários usos na architectura civil.

BACORI, arvore fruclifera do mato virgem, o frueto tem grande casca e semente, mas saborosíssimo, e delle se

faz excellente doce. ,1 BACUM1XA', arvore do mato virgem, cuja madeira

serve para vigas e frechaes.

BACUMIXA'-A.ÇU', é outra espécie, e a madeira tem os mesmos usos.

BACUR1S, tribu de aborígenes, que dominava em parte da província de Malo-Grosso.

BACUHUBU', arvore do mato virgem, da família das Ie-guminosas.

BADEJO, peixe do mar. ., BAGA, O frueto da mamona, usado na província do

Espi-rito Santo.

BAGA-AMARELLA, arvore do mato virgem.

BAGA-DE-LOUBO, arvore fructifera do mato virgem, a madeira serve para taboado e frechaes; e o frueto é appli-cado para eólicas e dores no estômago.

BAGATELA, jogo entre duas pessoas e sobre um tabu-leiro, com umas bolinhas de marfim, que se mettem em uns

buracos semi-espheroides. ,, BAGUAÇU', arvore do mato virgem, que tem a madeira

branca.

BAGUALADA, manadas sem numero de animal caval-lar, que andam montadas e sempre a corso com incrível ve-locidade.

BAHE', fazenda de algodão fabricada em Inglaterra, e que se reexporta para a costa d'Africa.

B A H I A N O , povo miúdo da roça, usado no Maranhão. BAIACU', peixe pequeno e de pouca estimação — figuradamenfe se diz d'um homem baixo, gordo e desgei-toso.

(19)

— 9 —

BAIAS, nação de aborígenes que dominava em parte da província da Mato-Grosso.

BAINHA DE ESPADA, arvore do mato virgem da fa-mília dasartocapeas.

BALA, bola d'assucar queimado, que se traz na boca. BALSAMO, arvore do mato virgem, que dá o óleo co-nhecido no commercio por balsamo peruviano.

BAMBORE', arvore fructifera do mato virgem; o frueto é similhante ao limão.

BANANA, frueto da bananeira, ha as seguintes espécies:

da terra ou pacova; prata; maçan; figo; anan; indiana; cayenna; roxa.

BANANAL, terreno plantado de bananeiras. BANANEIRA-DO-MATO. Y. CAITE'.

BANDEIRA, um indeterminado numero de homens, que providos de armas, munições, e mantimentos necessá-rios para sua subsistência e defeza, entram nas matas vir-gens com o intuito de descobrir minas, reconhecer o paiz, ou castigar os selvagens, que assaltam as propriedades ru-raes e os viajantes, ou ainda para os eivilisar.

BANDEIRANTE ou BANDEÍRISTA, indivíduo que pertence á bandeira.

BANGÜÊ, fornalha onde assentam as tachas nos enge-nhos de fazer assucar — liteira rasa para o viajante ir dei-tado— cocho de coiro

BANGULA, embarcação de pescaria.

BANHADO, pântano, usado no Rio Grande do Sul. BAPEVA, arvore do mato virgem, sua madeira serve para obras de casas.

BARABU', arvoro do mato virgem, ha varias espécies :

macho e fêmea, mais ou menos roxo.

BARAIA, espécie de louro. Y. esta palavra.

BARBA-DE-VELHO, HERVA-DOS-BARBONOS, plan-ta parasiplan-ta no tronco das arvores; usa-se das suas hasteas que são em fôrma de filamentos para èncher-se travessei-ros, colxôes, etc.

BARBATIMAO, arvore do mato virgem, a sua casca é medicinal.

BARBUDO, pássaro negro com uma grande malha branca no lombo, e outra amarellada no peito.

BARE'S, cabilda de sylvicolas que habitavam no Pará. 2

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- 10 —

BABBE1RA, lugar escarpado na margem do., rio com extensão até meia légua, onde ha mato.

BARREIRO, pássaro.

BARRIGUDO. V. SUMAUMA.

BARRUGA, espécie de louro. V. esta palavra.

BATALHA, arvore do mato virgem—jogo de cartas. BATATA, espécie de louro. V. esta palavra.

BATATA-DO-MAR. V. SALSA-DA-PRAIA.

BATE-CHAPE'0, abelha pequena de côr fusco-amarel-lado.

BATINGA, arvore do mato virgem, ha varias espécies:

branca; vermelha; e tucano.

BATINGUAÇU', arvore do mato virgem; sua madeira tem vários usos na architectura civil.

BATUQUE, dansa de negros acompanhada de canto, e instrumentos grosseiros.

BEJUPIRÀ, peixe saboroso e de estimação.

BELCHIOR, o que compra e vende objectos velhos e usados.

BEMTEVI, passarinho que articula distinctamente o seu nome — parcialidade política no Maranhão.

BENGALA, arvore do mato virgem, que tem a madeira de cores variadas, e serve para obras de marchetaria.

BERTALHA, planta trepadeira e alimentar; cultiva-se nas hortas, ha branca e roxa.

BETE, planta medicinal.

BIARIBU', certo modo de assar a caça, usado pelos ín-dios, e consiste em deposital-a em covas feitas no chão e cobertas de folhas verdes, terra, lenha e fogo.

BlCO-RASTEIRO, ave do tamanho de uma pomba. BICU1BA ou BICUIVA, arvore do mato virgem de que ha as seguintes qualidades: branca e vermelha, do frueto desta se extrahe uma espécie de oleó, que tem applicação nas moléstias cutâneas.

BICU1BUÇU', arvore do mato virgem; a sua madeira tem vários usos em carpintaria.

BIGUA, pássaro. BIJUI. V. MIJUI.

BILROS, planta de muita utilidade e de ornato para os jardins.

(21)

— 11

-BIRIBÁ, arvore do mato virgem de grande altura, e âmago preto duríssimo que serve aos aborígenes para extra-hir fogo pelo attrito; serve para a construcção civil e naval; da casca se: extrahe a estopa chamada da terra.

BIRIRIÇO, BIRIRIÇO-DO-CAMPO. V. MARIRIÇÔ. BIROLA, fazenda de algodão fabricada em Inglaterra, e que se reexporta para a Costa d'África.

B1TU', coco para pôr medo ás crianças. BO'BO', iguaria de feijão com abóbora. BOCA-DE-BARRO, casta de abelha.

BOCAIÚVA, casta de palmeira do mato virgem que dá cocos.

BOCA-RASA.TUBI-BRAVO, espécie de tubi. V. esta palavra.

BOl-GORDO, planta medicinal.

BOL-TATA, COCO para pôr medo ás crianças.

BOLA, espécie de tatu assim chamado porque esconde todos os seus membros debaixo do casco, é esbranquiçado e a sua carne gostosa.

BüRÁ, abelha amarella e esguia do tamanho de uma mosca pequena.

BORBOLETA, arvore do mato virgem; sua madeira serve para obras de architectura civil— planta de ornar os jardins, cuja flor tem similhançà de borboleta.

BORI, palmeira do mato virgem, sua madeira serve para ripas.

BORORÊ, veneno com que os gentios hervavam as íle-xas, e que é extraindo de certas plantas aquáticas.

BORORO'S ou BORORONIAS, nação de aborígenes, que dominava em parte da província de Mato-Grosso.

BORRACHUDO, mosquito muito conhecido pelas ferroa-das dolorosas que dá.

BRACAJÁ, casta de cagado.

BRACOHI, arvore do mato virgem, que dá madeira de lei.

BRAZILEIRA, planta que tem a folha verde malisada de branco, serve para ornar os jardins,

BBAZILETE, arvore do mato virgem; sua madeira serve para obras de marchetaria.

(22)

12 -BRUTIZ. V. BURITIZ.

BRUT1ZEIR0. V. BURITIZEIRO.

BUCHA, CABAC1NHA, arbusto do mato virgem, que produz um frueto medicinal, o qual tem um tecido reticu-íar em fôrma de casulo com o que se carregam as espingar-das em lugar de bucha de trapo ou de papel.

BUCHA-DE-PAUL1STA ou PURGA-DE-JOÃO-PAES, planta medicinal.

BUCHINÍIA, planta medicinal.

BUGRES, tribu de aborígenes, que dominava na pro-víncia de S. Paulo.

BUNDA, nádegas, traseiro.

BURACA, pequeno sacco de coiro que usam os tropeiros de Minas.

BURANHEM, arvore do mato virgem, de que ha duas espécies fêmea e macho; a madeira de ambas serve para varaes de sege.

BURIQUJ, casta de macacos.

BURITIZ ou BRUTIZ, frueto do buritizeiro, delle se faz vinho quo se assimelha ao da videira na côr e goslo.

BURITIZ AL, mata de buritizeiros.

BURITIZEIRO ou BRUT1ZEIRO, alta palmeira fructi-fera do mato virgem.

BUZ, aborígenes, que dominavam em parte da província do Maranhão.

c.

CAA, planta medicinal.

CABA, espécie de abelha mordaz. CABACIMIA. V. BUCHA.

CABACINO, TAIUIÁ-DE-ABOBRINHA, planta medi. cinal.

CABAÇO-AMARGOSO, planta medicinal.

CABAHIBAS, tribu de aborígenes, que dominava em parte da província de Mato-Grosso (de caba, mata, aiba, virgem.)

CABANADA. V. PANELLAS.

CABANOS, nome de uma parcialidade política na pro-víncia das Alagoas.

(23)

13

-CABEÇA-DE-RUBIM, pássaro averdeado com uma pe-quena b^rretina carmezim, que esconde quando quer com as pennas dos lados; a fêmea tem a. barretina negra e maior.

CABEÇA-DURA, peixe do mar.

CABELLEIRA, espécie de vinhatico. V. esta palavra. CABELLO-DE-NEGRO, planta medicinal.

CABELLUDO, espécie de lagarta, que tem pèllos mui compridos.

CAB1UNA, arvore do mato virgem, sua madeira preta serve para obras de marcenaria.

CABlXIS, aborígenes que dominavam em parte da pro-víncia de Mato-Grosso.

CABOCLA, espécie de rola côr de tijolo.

CABOCLO, espécie de oití, V. esta palavra.—Espécie de marinbondo.

CABOQUENAS, cabilda de sylvicolas que habitavam no Pará.

CABORAHIBA, espécie de óleo. V. esta palavra. CABORE, ave— vaso de barro para coser ao lume qual-quer coisa, boiãosinho.

CABRUÈ, arvore do mato virgem, que tem a madeira de

côr acinzentada muito rija. >*

CACATUA, a fêmea do cacatib CACHERENGUENGUE, faca velha.

CACHINEZES, tribu de aborígenes, que dominava em parte da província de Minas-Geraes.

CACHORRO-D'AGUA, quadrúpede amphibio, que só se encontra nos rios centraes do império.

CACIMRA, cova ou poço que se faz junto ás bordas dos rios, em lugares humidos, ou terras pantanosas, para se ajuntar água que reçuma ou para ahi corre d'algum olho.

CACTO, planta que dá uma linda flor, e que serve de or-nar os jardins.

CACULAGE, QU1TOCO, planta medicinal. CACUNDA, espécie de vinhatico. V. esta palavra. CAÇULA, é o filho mais novo» o ultimo nascido.

CADIOÉOS, tribu de aborigenes, que dominava em parte da província de Mato-Grosso.

CAETANO, arvore do mato virgem, sua madeira serve para frechaes.

(24)

- 14 —

CAFUSA, o filho ou filha de mulato e negra, ou

vice-versa. t

CAGA-FOGO, abelha de corpo delgado e negro.

C A G A - S Ê B O , passarinho pardo com algumas malhas brancas nas pennas das azas.

CAGOANS, tribu de sylvicolas que habitavam em S. Paulo.

CAHANS, tribu de aborígenes, que dominavam em parte da província de Minas Geraes; cahans, quer dizer, gente do mato.

CAHETÉ, nação de aborígenes que dominava na pro-víncia de Pernambuco, dividida em varias hordas.

CAIABAVAS ou CA1AVABAS. V. CAHANS.

CAIAP0'S, tribu de aborígenes que dominava em parte da província de Mato-Grosso.

C.AIÇU', ave pequena com as azas e cauda côr de tabaco, a barriga cinzenta, uma malha branca no peito, a parte su-perior do corpo parda salpicada do branco.

CAÍNCA, CRUZEIR1NHA, CANTNANA, RAIZ PRE-TA, planta que tem a raiz medicinal, muito usada nas roças.

CAIP0'RA, o que não tem felicidade nos seus negócios. CA1RUA, pássaro azul pelas costas com o peito roxo, azas e cauda negra, bico curto e largo.

CAITÉ, BANANE1RA-DO-MATO, planta arbustiva, que tem a raiz medicinal; usa-se das folhas para forrar por dentro os jacazes em que se carrega o café.

CAITETU', CATITU', porco do mato.

CAIUÁS, aborígenes, que dominavam em parte da pro-víncia de S. Paulo.

CAlUVICENAS, cabilda de sylvicolas, que habitavam no Pará.

CAIXETA, arvore do mato virgem, sua madeira serve para obras de carpintaria.

CAJINGUVA, planta medicinal.

CALCANHA, nos engenhos de assucar, é a mulher que cuida das candêas e varre.

CALDEIRÃO, cova que a passagem das tropas ruraes deixa na estrada, que antes fora alagada pelas chuvas.

CALDO, o sumo da canna.

(25)

— 15

-CALOMBO, sangue, leite ou outro liquido coalhado era fôrma granular.

CALÜMBÁ ou COCHEIRÁ, nos engenhos d'assucar, é o cocho do caldo.

CAMAÇARI, arvore do mato virgem, que dá boa ma-deira.

CAMA1SNA, planta que dá frechas.

CÂMARA, arvore do mato virgem, que dá flores áma-rellas ; sua madeira serve em carpíntaria, poliame e torno.

CAMARÃO, arbusto que cresce nas capoeiras; das varas se fazem muitos usos.

CAMARARÉS, tribu de aborígenes, que dominava em parte da província de Mato-Grosso.

C A M A R Á T I N G A , arbusto que tem as folhas medicinaes. CAMBAX1RRA ou GAMAX1RRA, passarinho de côr escura que tem o canto jovial.

CAMBAZES, tribu de aborígenes, que dominava em parle da província de Mato-Grosso.

CAMBETAS, cabilda de sylvicolas, que habitavam no Pará.

CAMBEVA. V. PACALEQUE.

CAMBOATÁ, arvore do mato virgem, que dá madeira de côr branca roxeada.

CAMBRAIA, còr de cavallo, é branco de pêllo e coiro. CAMBUCÁ, frueto do cambucazeiro.

CAMBUCAZE1KO, arvore fructifera.

CAMBÜHI ou CAMBUI, arvore fructifera do mato vir-gem ; ha três espécies que dão fruetos brancos, negros e encarnados.

CAMONDONGO, ratinho caseiro.

CAMOQUENQUE, espécie de mandioca de talo, e raiz branca.

CAMPE1RA, espécie de mandioca. CAMPEIRO, casta de veado.

CAMPO (ARAÇÁ-DO-), variedade desta frueta, mui commum.

CAMURAPIM, peixe grande e escamoso.

CAMURIM, peixe grande, com uma risca branca nos lados.

CANAFISTULA, espécie de angelim. V. esta palavra — planta medicinal que dá uma bonita flor roxa.

(26)

— 16 —

CANÇÃO, pássaro branco pela parte inferior, e escuro pela superior.

CANDÊA (CIRI-), espécie de carangueijo que tem as pernas pintadas.

CANELLA arvore do mato virgem, a madeira tem uso nas obras de ornato, e a casca nas pharmacopéas e co-sinhas.

CANELLA-AMARELLA, tem este nome pela côr de sua falha ; serve a madeira para carpintaria de casas.

CANELLA-RURRA, a madeira tem máo cheiro, ainda quando bem sêcca, tem os mesmos prestimos da antece-dente.

C A N E L L A - C A P I T Ã O , tem a madeira própria para

car-pintaria. * CANELLA-DE-VEADO, tem a madeira amarella, e dá

bons caibros e barrotes.

CANELLA-DE-YELHA, tem a madeira duríssima, serve para cabos de machado e esteios.

CANELLV-DO-BOSQUE, silvestre.-Outra cuja madeira serve para cabos de machado, vigotas e frechaes; o seu tronco é cheio de regoamentos e de gomos.

CANELLA-DO-BREJO, a sua madeira serve para chu-maceiras de carros.

CANELLA-DO-MATO, arbusto que tem as folhas e casca imitando o cheiro do cravo da índia.

CAMELLA-JUCU', arvore que tem a madeira de lei. CANELLA-LIMÃO, outra espécie.

CANELLA-PREGO, a sua madeira tem muitos nós ou revesamentos, serve em carpinlaria de casas.

CANELLA-SEBO, cresce e engrossa de maneira, que chega a dar canoas.

CANELLA-SILVESTRE, a madeira serve em carpin-taria.

CANELLA-SOTURNAHIBA ou MÃRIA-PRETA, outra espécie.

CANEMA, arvoredo mato virgem, crescee engrossa de maneira, que chega a dar canoas.

CANGA, certa espécie de mineral de ferro argiloso e pardacento na província de S. Paulo.

CANGABIXA, arvore do mato virgem, sua madeira serve para esteios u frechaes.

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— 17

-CANGAMBA, JERATACA, MANACÁ, MERCÚRIO VEGETAL, planta que tem a raiz medicinal.

CANGAMBA, animal. V. JARATICÁCA. CANGAPÃRA, espécie de cagado.

CANGATÁ, cordão feito de penrias.

CANGERANA, CANJARANA ou CANHARANA, arvo-re do mato virgem, sua madeira serve em carpintaria, e a casca é medicinal.

CANGICA, iguaria feita de milho verde, leite e assu-car — qualidade derápé.'

CANGlQUINHA, confeitaria de milho verde, leite e as-sucar.

CANGUÇU', espécie de onça ,[de acanga, cabeça, oçú, grande.)

CANHENHA, peixe do mar.

CAN1NANA,casta de cobra muito comprida, delgada, negra, pintada de amarello.

CAN1NANA, planta. V. CAÍNCA.

GANINDÉ, espécie de arara grande, ha duas qualidades:

azues e encarnadas, e azues e amarellas. J> CANJARANA. V. CANGERANA.

CANNACATAGÊ, horda de aborígenes, que vivia na raia da província do Maranhão com o Pará.

CANNA-DO-BREJO, planta aquática.

CANOEIROS, tribu de aborígenes, que dominava em parte da próvincia de Mato-Grosso.

CANUDO. V- TUBI'.

CANZÃ, instrumento grosseiro feito de taquara.

CAO-DO-MATO, quadrúpede pequeno, rasteiro, ou es-curo ou cinzento.

CAPADOCIO, enganador, mentiroso, embusteiro. CAPA-IIOMEM, cipó medicinal.

CAPANGA, valentão que serve de guarda costas a algum fazendeiro ou senhor de engenho, usado na província do Rio de Janeiro.

CAPAROROCA, arvore do mato virgem, sua madeira serve para taboado e vigotas, ha duas espécies: vermelha e

branca.

CAPEBA. V. PARIPAROBA.

CAPIANGA, arvore do mato virgem, sua madeira serve para frechaes e taboado inferior ; ha varias espécies.

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— 18 —

CAPIANGUÇU', arvore do mato virgem. CAPIBÁRA. V. CAPIVARA.

CAPICHINGUÍ, planta medicinal.

CAPJECRANS ou CANELLAS-FINAS, tribu de aborí-genes, que dominava em parte do Maranhão.

CAPIM, planta forrajosa; ha as seguintes espécies; de

Angola; melado ou gordura; mata-me embora; ribeirão ; da colônia; de Minas ou de cangalha; da praia; etc,

CAPITANIA, espécie de mandioca de talo e raiz branca. CAPITÃO-DO-MATO, ANNA-PINTA, PURGA-DE-CAIAPO', planta medicinal.

CAPIVARA ou CAPIBÁRA, quadrúpede que tem a fi-gura de um porco, orelhas curtas, focinho e dentes; de le-bre, cabello áspero e raro, só anda perto d'agua, e é grande nadador.

CERCA-DE-CAPIVÁRA, tapume que se faz nas roças para obstar á entrada das capivaras.

CAPIXABA, appellido que se dá aos naturaçs da provín-cia do Espirito Santo.

CAPOCHO'S, tribu de aborígenes, que dominava em parte da província de Minas Geraes.

CAPÃO, mato pequeno.

CAPOROROCA. V. CAPAROROCA.

GAPTIVO, qualidade de pedra, que serve para machados e é indicio de haver diamantes me lugar onde ella se acha. CAPUE1RA, mato curto que vêm depois da derrubada do mato virgem; é corrupção de co, cuera, roça antiga — desordeiro, brigão, que joga as cabeçadas; jogar capmira — casta de perdjz.

CAPUÊIRAO,,mato capueira já antigo. CARÁ, peixinho do rio.

CARAAÇU', planta que tem a raiz farinacea e alimen-tosa.

CARÁCARA, espécie de gavião.

GABACU', a medulla pingue dos ossos longosdo&bois, etc., tutano.

CARÁCUHI, planta de raiz farinacea e alimentosa. CARÁ-DO-AR, planta trepadeira.

CARAGÉ, boja de massa de feijão cosido frita ern azeite de dendê.

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— 19 —

CARA HÁ, casta de canna ou bambu; algumas temo verniz atartarugado; serve para fabricar cestos, estei-ras, etc. ">- .

CARAJÁS, tribu de aborígenes, que dominava em parte da província de Goyaz.

CARAJUÁ, ave de côr azul.

CARAJURU', fava cheirosa do Pará.

CARAMURU', peixe similhante ao muçum, grande, pin-tado; é muito saboroso, porém- a sua mordedura dizem ser fatal.'— Nome dado á parcialidade que se conservou afei-çoada ao ex-imperador o Snr. D. Pedro I,

CARANÁ, palmeira do mato virgem.'

CARANDÁ', palmeira do mato virgem; o palmito tem uso culinário.

CARANGUEIJOS, nome de uma parcialidade política na província do Ceará.

CARANGUEIJEIRA, casta de aranha grande como um mediano carangueijo, coberta de pêllo comprido; é vene-nosa.

CARÃO, ave paludal.

CARAPANÁ, casta de mosquito.

CARAPETA. acvore do mato virgem, da família das me-liaceas.

CARAPIÁ, planta que tem a raiz medicinal. C A R A P I C Ú ' , peixinho mui conhecido.

CARAPITAIA, planta que tem as raízes tuberosas, mui abundante de fecula macia e nutriente.

CABÁ-RABO-DE-GUAR1RA, planta que tem a raiz fa-rinacea e alimentosa.

CARAUNA, ave paludal.

CARDÍGUÊRA, espécie de rola.

CARDO, planta que cresce nas praias, e dá um frueto de pelle carmezim, massa branca cheia de milharas pretas, muito suecosa, de sabor agridoce agradável.

CARIBOCA, o filho do europeu com cabocla.

CARIJO'S, nação de aborígenes, que dominava na pro-víncia de S. Paulo.

CARIMÂ, é a mandioca macerada na água, exprimida, pisada e reduzida a bolos sêccos, destes bolos é que se fa-zem mingáus.

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- 20 —

CARIOCA, appellido que se dá aos naturaes da cidade do Rio de Janeiro.— Grande acqueducto na mesma cidade.'

CARNAÚBA ou CABNALBA, palmeira fructifera do mato virgem; do frueto se tira cera.

CARNEAR, matar o gado e esquartejal-o; usado no Rio Grande do Sul.

CARNE-DE-VACCA, arvore do mato virgem. CAROÀ, CARUÁ, CAROHÂ, planta linifera. CAROATÁ-AÇU' ou PITEJRA, planta linifera. CAROATÁ-DE-REDE, planta linifera.

CAROBA, arvore do mato virgem, do tronco se fazem canoas; as folhas dizem que são medicinaes.

CAROBINHA, arbusto do mato virgem; as folhas dizem que são ariti-siphiliticas.

CAROBUÇU', arvore do mato virgem; a madeira dá ta-boado e frechaes.

CAROHÁ. V CAROÁ.

CARRAPIXO. V. GUAXUMA.

CARREGADEIRA, espécie de formiga. CARUÁRA, abelha pequenina.

CARUMBÉ, cesto de carregar.

CARURU-DE-NEGRA-MINA. V. MARIAGOMRL CARVUEIRA, arvore das capueiras, que serve para fazer carvão.

CASACA-DE-CQIRO, pássaro amareUado por cima, e pardo por baixo.

CASCA-DE-CAUBI, arvore dq mato virgem; sua ma-deira serve para frechaes.

CASCA-DE-JACARÊ, arvore do mato virgem; tema madeira avermelhada e serve em carpintaria.

CASCAVEL, casta de rola, que dá um estalo com as azas quando se levanta; é pintada de branco.

CASCO-DE-CARVALHO, CAROBA-MIUDA, planta medicinal.

CASCUDO, arvore do mato virgem, sua madeira serve para frechaes — peixinho do rio — nome vulgar e genérico dos inseetos coleopteros.

CASCUDOS, nome de uma parcialidade política, na pro-víncia de Minas-Geraes.

CAS.QUINHA-VERMELHA, arvore do mato virgem ; serve a madeira para carpintaria de easas.

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— 21 —

CASSAMBA, balde para tirar água — estribo com a fôr-ma de sapato.

CASTANHEIRO, arvore.do mato virgem.

CATA, cova aberta em quadratura mais ou menos're-gular, paraextrahir o ouro das entranhas da terra.

CATAIA, HERVA-ÜO-BICHO, planta medicinal. CATANDUBA, mato rasteiro cheio de espinhos e mui fechado.

CATANUIX1S, cabilda de sylvicolas, que habitavam no Pará.

CATAPUIAS, cabilda de sylvicolas, que habitavam no Pará.

CA.TEJUÁ, arvore do mato virgem. CATETE, espécie de milho.

CATHARINA-CONGA, arvore do mato virgem, sua ma^ deira serve para frechaes.

CATHERINETA, boneca de panno.

CAÍINGA, mato de terras fracas (de caa-tinga, mato-branco,)

' CATINGA-BRANCA, arbusto medicinal, e que pôde ser-vir na .tinturaria, pois dá uma tinta amarella.

CATINGA-DE-PQRCO, arvore do mato virgem. CAT1NGUE1RO, casta de veado.

CATITU', CAHITETU", OUCAITETÜ', porco do mato. CATOTA, arvore fructifera do mato virgem.

CATUCÀR, dar signal a qualquer pessoa por meio de to-que com pé ou mão.

CATUPÊ, dansa popular que já senão usa.

CAÜAXJS, cabilda de sylvicolas que habitavam no Pará. CAUBI, arvore do mato virgem; do tronco fazem-se canoas.

CAUHAN, MACAUHAN, MACAHUAN, espécie de ga-vião pequeno.

CAU1M, bebida preparada com água que resulta do cosi-mento da mandiocaba e milho socado.

CAÜNA, herva que dá uma folha summamente amar-gosa, que serve para tomar-se como o mate.

CAUPEZES, tribu de aborígenes.

CAVALLINHO, qualidade de coiro envemisado.

CAXIM, arvore do mato virgem, que produz umas se-mentes purgativas.

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22

CAX1NGLÊ ou QUEXINGÜELÈ,espécie de esquilo, de cauda pouco felpuda e côr parda.

CAXUMBA, moléstia quealtaca o pescoço. CAYENNA, espécie de banana. V. esta palavra. CAZUZA, por José, usado na Bahia.

, ÇAMA.MBAIA, planta que cresce em terras fracase mui conhecida.

CEDUINTIO, arvoredo mato virgem, da família das te-rebinthaceás.

CEDRO, arvore do mato virgem, ha duas espécies: w

-melho e batata.

CEREJA-DE-PURGA, planta medicinal.

CER1IBA, variedade de mangue que serve para caíbros. CERTANISTA, é o chefe de uma bandeira. V. esta pa-lavra.

C H A C A R I N H A OU CHACRINHA, chácara pequena, quintal.

CHAGOTÉOS, horda de aborígenes que dominava em parle da província di Mato-Grosso.

CHAMA-COELHO» pássaro que tem a cabeça negra, a parte inferior amarellada, a superior côr de tabaco.

CHAMPRÃO, prancha de taboado grosso. CHAHQUE, carne salgada e sêcca ao sol.

CHARQUEADA, estabelecimento onde se mata o gado e charqueia.

CHARQUEAR, matar o gado, salgar a carne e sêccal-a ao sol.

CHARRUAS, nação de aborígenes, que dominava em parte da província do Rio Grande do Sul.

CHAVANTES, tribu de aborígenes, que dominava em parte da província de Goyaz.

CHEIROSA, arvore do mato virgem.

CHERIPÁ; pedaço de baeta de côr frisante, com que o& homens do campo cingem o ventre, e serve para difíerentes misteres.

CHICHÁ, arvore fructifera.

CHICHA, bebida embriagante preparada com mel eagua que se deixa fermentar.

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- 23 —

CH1LA, fazenda de algodão fabricada na Inglaterra, e que se reexporta para a Costa d'Africa-.

CHILINDRÁO, o xadrez da policia; é termo chulo. CHIMANGOS, nome de uma parcialidade política na província de Minas- Geraes.

CHIMARRAO, cão de charqueada.

CHINA, arvore do mato virgem—nome que no Rio Grande do Sul dão aos aborígenes civilisados.

CHÍQUECHIQüE, planta arbustiva espinhosa, o talo dos ramos descascado e assado usam para comer na farta de fa-rinha ; talvez seja a mesma planta que em outras parles cha-mam tocha.

CHIRIUBEIRA ou CHTRIUBA, arvore de cuja raiz se faz sabão.

CHOCO', nação de aborígenes que dominava em parte da provinciade Pernambuco.

CHR1STAOS, nome de uma parcialidade política na pro-víncia de Santa Catharina.

CHU"CHU\ planta horlense,. que dá um frueto de uso culinário. .

CHUCURU'S, tribu 4e aborígenes, que dominava em parte da província- de Pernambuco.

CIPARABA, espécie de abutua, mais delgada, lisa e bTanda. '•>

CÍPO', nome genérico de todas as plantas, sarmehtòsas do mato virgem; ha muitas' espécies: embê; caboclo; de

cobra; suma-branco; suma-vermelho; guardião ; cruz ou cruzeirv; depurga-de-Santo-Ignacio, etc. '

CIPOADA, golpe dado com cipó. C I P O A R , bater com cípó.

C1RI, casta de carangueijo ; ha varias espécies: candéa, que tem as pernas pfntadíts, etc.

C L A R Ã I B A , arvore do mato virgem; do tronco fazem-se canoas.

COATL, V. QUATI.

COCÃO, arvoredo mato virgem; serve pata eouçoeiras de portas, eanzil e chaveliaas doa

bois-COCHEIRA. V. CALUMRÁ.

COCHILHA, cadéa de cotóhias.de grande extensão-, com pastagem para gados e sem aarvores.

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_ 24 —

COCHONILHO ou COCHINILHO, é uma sorte de pel-lueia grosseirissima com todo o comprimento da lã, a qual deve ser churra, e serve de colxão e cobertura no inverno, e commummente para cavalgaduras; esles são usados pela gente rústica da campanha, porque também ha cochinilhos de linho, ou seda, mais ou meaos finos para as pessoas abas-tadas.

COCO, frueto do coqueiro, ha muitas espécies: da

Ba-hia; indahiba; indaiaçú; de catarro ou mocajuba; gíra-ba; aírirí; cabelludo; patigabirágíra-ba; isard; gorirí; nâhia

ou naia ; de macaco; juçara ou açáhí; tucum; etc. CODORNA, ave que é cxcellente para comer.

COEVANAS, cabilda de sylvicolas que habitavam no Pará.

COFO, sacco feito de palha. COIO', peixe do mar.

COLHEREIRA, ave do tamanho de Um capão, côr de rosa por cima, e alvadia por baixo.

COLTANGU', ave noetúrna.

COLLEIRA, passarinho de côr escura com uma gravata preta.

COLLINOS, cabilda de sylvicolas que habitavam no Pará.

ÇOMANIS, tribu de aborígenes, que dominavam em parte da província do Pará.

COMBOCAS, cabilda de sylvicolas que habitavam no Pará.

COMUMBA', arvore do mato virgem; ha duas espécies:

macho e fêmea

CONDURU', arvore do mato virgem, que tem a madeira encarnada tirando a roxo, e serve para obras de marche-taria.

COPE, pequena cabana construída de madeira e palha. CORA',Iguaria que se faz de milho verde.

CORAÇAO-DE-NEGRO, pedra preta rigissima. CORAL, planta medicinal.

CORÇOROCA, peixe do mar.

CORE, arvore do mato virgem, sua madeira serve para obras de architectura civil.

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— 25 —

COROA (ARAÇA'-DE-), espécie que tem umacorôasi-nha e é muito estimada.

A

COROA-DE-FRADE, espécie de fava que serve para cu-rar a mordedura de cobra.

CORÔA-1MPERIAL, planta que dá uma florem fôrma de umbella escarlate, e serve para ornar os jardins.

COROADOS. V. CAIAVABAS.

COBOA'S, tribu de aborígenes, que dominava em parle da província de Mato-Grosso:

COROCUTURU', espécie de gavião, é pardo. COROIA, espécie de oití. V. esta palavra.

COROPIÃO, pássaro que se domestica facilmente. COROPIRA, duende.

COROV1NA, peixe de estimação, principalmente a coro-viha de linha._

CORREIÇAO, casta de formiga pequena.

CORTA-JACA, dansa popular acompanhada de c&nto, usada em Minas Geraes.

CORTFS, tribu de aborígenes, que dominava em parte da província de Goyaz.

COTITIRIRA', arvore fructifera do mato virgem ; o frueto é differente da mangabá somente no sabor e dema-siada seceura de sua carne; é excellente, mas requer grande cuidado a fim de não se fazer engasgar pela falta de saliva.

COTOCHO'S. V. PATOCHO'S.

COUCO, arvore do mato virgem; sua madeira serve em obras de carpintaria.

COVACOVA, passarinno que articula distinetamente o seu nome; é cinzento com cauda comprida.

CRANGÊ, horda de aborígenes, que dominava na raiada província do Maranhão com Pará.'

CRIJOHA, pássaro pequeno de lindas oôfes cambiantes. CRISTA-DE-GALLO, planta medicinal.

CROATOS, horda de aborígenes. CRUMATA', peixe do rio.

CRUZEIRINHA. V. CAINCA. CRUZEIRO ou CRUZ, cipó medicinal.

CUCHA', espremegado feito de vinagreira, gengibre e outros temperos.

Arroz de cuchá, o que é temperado deste modo. /t

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— 26

-ÇUÇUAPA'RA, casta de veado (de çuaçú, apara.veado de cornos tortos ou ramosos.)

CUEIRA-CUITÉ, arvore do mato virgem, sua madeira serve para frechaes.

CUÍCA, rato amphibio malhado de branco e preto, com a cauda pellada.

CUTDARU', uma espécie de clava de cinco palmos de comprimento, chata, esquinada, de duas pollegadas de lar-gura, e mais grossa para uma das extremidades.

CU1M, alimpadura do arroz.

CLTPUNA, arvore do mato virgem, extrahe-se do entre-casco um sumo glutinoso excellente para enxaroar.

CUMACUANS, cJbilda de sylvicolas, que habitavam no Pará.

CUMARU' ou COMARU', arvore do mato virgem, sua madeira serve para carros.

CUMAUARU', arvore do mato virgem, sua madeira serve paraconslruçção civil e naval; é do Pará.

CUPÁ, planta que lem a raiz bastantemente carnosa, que se come não obstante ter falta de sabor.

CUPIM, formiga pequena e esbranquiçada, destruidora da roupa, e madeiramento dos edifícios.

CUP1NE1RA, abelha, assim chamada, porque occupa as casas desertadas do cupim; faz bom mel.

CUP1NHARO S, aborígenes, que dominavam em parle da província do Maranhão.

CÜP1RA. V. CUPINEIRA.

CUPUAÇU', arvore fructifera do mato virgem ; do fruclo faz-se vinho.

CÜRABI, pequena frecha hervada.

CURAG1RU', arvore do mato virgem, que dá uma boa tinta encarnada.

CURi, arvore do mato virgem, que dá madeira de lei.— Ocre roxo.

CURICÁCA, ave

CURIT1, arvore fructifera do maio virgem. CüRUPA', fruclo doParicá.

CURUTU'S, cabilda de sylvicolas, que habitavam no Pará.

CUTICANHÊ, arvore do mato virgem, da família das proteaceas.

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— 27

-CUTUCAEM, arvore do mato virgem, sua madeira tem vários usos em carpintaria.

CUTIA, arvore do mato virgem, a madeira é amarella e serve em carpintaria.

DECANAS, cabilda de sylvicolas, que habitavam no Pará.

DESAFOGAR, nos engenhos d'assucar, é levantar com a batedeira ao alto, o mel já bem batido.

DESRANCAR, arrancar com um gancho de páo com-prido o caroatá de rede, a fim de lhe tirar as folhas, donde por maceração se lheextrahe olinho.

DESMONTE, seixos miúdos com arêa.

DÉSÒLHAR, é tirar os olhos que nascem entre cada fo-lha e a hastea, na planta do fumo.

DESPOLPADOR, machina para despolpar o café. DESPOLPAR, tirar a pelliculaque cobre o grão de café, usando para isso o despolpador.

E.

EGUADA, manada de éguas, usado no Rio Grande do Sul.

EJ1TAHI, arvore do mato virgem.

EMBIRA-ARATICUM, arvore do mato virgem, sua ma-deira serve para taboado.

EMBIRATANHA, planta linifera e medicinal. EMBIRA-VERDADEIRA, arvore do mato virgem. EMBIRAÇU', arvore do mato virgem, do frueto se colhe uma lãa fina pardenta, que serve para colxSes, a madeira tem vários usos em carpintaria.

EMB1RAÇU'-DA-C0STA, arvore do mato virgem; do tronco fazem-se canoas,

EMBOABA, ave que tempennas até aos dedos. EMBORÉS, tribu de aborígenes.

EMBUI, arvore do mato virgem, da familia das anona-ceas; ha duas espécies: branco e amarello.

(38)

— 28 —

ENAPUPEZ, espécie de perdiz grande, com o bico com-prido.

ENCABGAB, arrumar os saccos com café nos jacazes. ENCERADO, côr de cavallo ou burro, é baio escuro. ENCERRA, curral, usado no Rio Grande do Sul. ENCOIVABAR ou COIVARAR, formar pilhas de lenhos escapadas ao incêndio, para lançar-lhes novamente fogo, e reduzil-os a cinzas. Formar coivaras.

ENCONTRO, pássaro de que ha varias espécies; é can-tador e acostuma-se á gaiola.

ENGENHO-BEAL, é o que tem todas as partes de que se compõe, e moer com água.

ENGENHOCA, engenho pequeno de fazer assucar, que móe com cavallos, bois e mesmoá mão.

ENXADA, peixe do mar. ENXU', casta de maribondo.

ENXUI, casta de maribondo. ';

EQUILIBRISTAS, nome de uma parcialidade política na província do Ceará.

ESCALDADO, farinha de mandioca escaldada com mo-lho de carne ou peixe.

ESGARAVATANA, canudo de páo escolhido com dez até doze palmos de comprido, feito de duas peças grudadas com cera, e bem liadas, com corroas de cascas de certas plantas, cujo orificio perfeito e igualmente redondo anda por oito linhas de diâmetro, e serve para as setas hérvadas, que despedem com assôpro os aborígenes de algumas hordas, que dominavam no Pará.

ESMOLAMBADO, o que anda vestido de molambos. ESPELINA, TOMBA, planta medicinal.

ESPIGELIA, planta medicinal.

ESPINHEIBO, arvore do maio virgem, de que ha duas espécies: macho e fêmea; sua madeira serve para obras de marcenaria, e dá tinta amarella.

ESPINHE1RO-DE-MAR1CA , arvore que tem os ramos guarnecidos de longos espinhos, e que serve para fazer ta-pumes e cercas vivas.

ESP1NILHO, arbusto pertencente á família das

Mi-mosas.

ESPOLETA, valentão, guarda-costas de algum fazendeiro ou senhor de engenho: usado em Pernambuco.

(39)

— 29 —

ESTANCIE1R0, proprietário de uma ou mais estân-cias.

E ST AQUI AR, gênero de supplicio usado pelos sel-vagens.

ESTIVAR, fazer estivas.

ESTOPA-BOI, arvore do mato virgem, sua madeira serve para frechaes e vigotas.

ETA', espécie de qití. V. esta palavra." E TÃO, espécie deoití. V. esta palavra.

EUA'-UAÇU', planta que serve para èobrir casas.

F.

FACHINAL, mato curto.

FAR1NHEIRA, arvore do mato virgem.

FAVA, arvore do mato virgem, sua madeira é de lei. FAVA-DE-BELEM, planta trepadeira, que produz uma siliqua com legume.

FAVA-DO-PARA' ou DE CHEIRO, amêndoa aroma-tica, que muitos usam deitar no rape.

FAVA-DE-SANTO-IGNACIO, chamam em S. Paulo á

Guapeva. V. esta palavra.

FAVA-DE-SANTO-IGNACIO. V. JABOTÁ. FEDEGOSO, planta e raiz medicinal.

FEITICEIRA, abelha de côr preta.

FEITICEIRO, pássaro entre amarello e vermelho por cima, cinzento por baixo, com um pequeno penacho na cabeça.

FÉRIDOR, nos engenhos d'assucar, é o extremo da caliz que fica sobre os cubos da roda.

FERRADOR. V. ARAPONGA.

FERRÃO, passarinho d'um preto azevichado, mui com-mum nas chácaras.

FERREIRO, côr de cavallo ou burro, é pêllo de rato es-curo com focinho preto.

FIDALGO, peixe do rio.

FIGO, espécie de banana, assim chamada, porque tendo a casca verde, ainda que madura, a despega da carne como a casca do figo.

FIGUEIRA, arvore do mato virgem ; ha duas espécies que se distinguem pela côr da madeira, roxeada ou branca.

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— 30 —

FILHOTE ou FILHOTINHO, peixe grande.

FOLHA-DA-FORTUNA, planta singular, que gréla na margem das folhas, ainda mesmo muitos dias de despegadas da planta.

FOLHA-DE-FOGO, arbusto que tem as folhas medi-cinaes.

FOLHOS-DE-SINHA', espécie de doce. FRADE, peixe do mar.

FRECHA, vara que serve de cauda aos foguetes do ar. FRIGIDEIRA, quitute de ovos fritos com hervas horten-ses e outros conductos como caju, camarão, gallinha, etc.

FRUCTA-DE-ARARA. V. ANDAAÇU'. FRUCTA-DE-PÂO, arvore fructifera exótica. FRUCTA-DE-PERDIZ, palmeira do mato virgem. FRUCTA-DE-POMBA, arvore do mato virgem, que cresce em lugares humidos.

FRUCTA-DO-CONDE, arvore fructifera cultivada; o frueto tem o mesmo nome.

x FRUCTA-DO-TUCANO ou TARUMÃ, arvore do mato virgem, sua madeira branca serve para assento de ta-mancos .

FUBÁ', farinha de milho.

Fubá mimoso, é a flor da farinha.

G.

GABIROBA, arvore fructifera do mato virgem. GALHEIRO, casta de veado grande.

GALLEIRAO, ave do tamanho de uma pomba', aver-deada pela parte superior, e roxa pela inferior.

GALO-DO-BANDO, passarinho negro com uma malha alvadia no lombo, e o coruto da cabeça vermelho; a cauda comprida.

GALO-DA-SERRA, pássaro com pernas reforçadas e es-porCes como galo, do qual tem também a fôrma do bico; é todo amarello côr de laranja, com um penacho em fôrma de leque aberto, do pescoço até quasi á ponta do bico, da mesma côr com uma risca encarnada junto á borda.

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marsu-— 31 marsu-—

piaes bem conhecido pelos eátragos que faz nos galinheiros e pombaes.

GAMBABBA, embarcação pequena;

GAMELLAS, aborígenes, assim chamados, por trazerem uma rodela de páo no beiço inferior, que furam para este fim.

GAMELLE1BA, arvore do mato virgem, de que ha varias espécies; vermelha, que serve para fazer gameílas e canoas;

branca, que dá uma resina medicinal; de prego, que serve

para taboado e canoas.

GANGANA, voz infantil para appellidar as senhoras de idade.

GAPARUVU', arvore do mato virgem; a sua madeira branca tem pouco prestimo.

GARAHUNA. V. GUARAUNA.

GARAPA, caldo de canna fermentado.

G A R A P A N A ' , insecto mortificante. Garapaná ou Cara-paná ?

GARIMPO, lugar da mina de ouro, onde se está fazendo a extracção delle.

GAROUPA., peixe muito saboroso, e de geral estimação; é grande, grosso, de côr vermelha, com pouca espinha e

carne mui alva. > GAROUPEIRA, pequena embarcação de pesca.

GARUVA, arvore do mato virgem, a sua madeira ama-rella tem pouco prestimo.

GATEADO, diz-se do cavallo ou burro, que tem riscas pretas horisontaes do joelho para baixo.

GATO, nos engenhos d'assucar, é a travessa que des-cança sobre a meza.

GATURAMO, passarinho azuloio por cima, amarello por baixo e metade inferior da cabeça, parte das pennas das azas e da cauda brancas; depois de acostumado á gaiola canta muito e arremeda outros pássaros; sustenta-se 4e bananas.

GÊ, nação de aborígenes, que dominavam, na raia do Maranhão com o Pará, e divide-se em varias hordas com diversos nomes.

GENIPAPEIRO, arvore fructifera do mato virgem; sua madeira serve para junças das bombas.

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— 32 —

mato virgem, em que a madeira serve para frechaes e cabos de machado.

GENIPAPO, frueto do genipapeiro; delle se faz vinho. GEBUMBEBA. V. UBUMBEBA.

GETAHICICA, arvore do mato virgem; dá uma resina, que dizem serve para vidrar louça.

GIBOIA, espécie de louro. V. esta palavra.

GIBOIA-DO-BREJO, arvore do maio virgem; sua ma-deira serve para caixões.

GIQUITAIA ou GIRIQUITAIA, casta de formiga— Uma qualidadeiie pimenta.

GOACARI, peixe de rio.

GOAJURU', arvore fructifera do mato virgem.

GOEIRANA, arvore do mato virgem; serve a sua ma-deira para caixaria.

GOIAZ, casta de carangueijo vermelho, que tem a carne saborosa.

GOITI'.

v. orrr.

GONDOLA, carro da praça com assento para muitas pes-soas, á maneira dos omnibus, porém mais pequenos.— Vestia com abas curtas.

GONU\ TAIUIÁ-DE-QUIABO, ABOBBINHA-DO-MA-TO, planta medicinal.

GOBABEMA. V. PÁO-DALHO. GORGI. V. PIRIPIRI.

GORUJUBA, peixe do rio.

GRANULAR, diz-se que o assucar começa a granular, quando tem arrefecido no resfriador.

GRAPEAPUNHA, arvore do mato virgem.

GRAPECIQUE, arvore do mato virgem, sua madeira é preciosa, para obras de marcenaria.

GRAVETO, arvore do mato virgem; sua madeira serve para fazer caixões; ha outra espécie chamado

Graveto-Vermelho.

GROÇAHI-AZEITE, arvore do mato virgem, a madeira serve para frechaes.

G R U N H A T Á , passarinho amarello pela parte inferior e "-_ na anterior da cabeça, o resto é escuro tirando a azulado; arremeda outros passarinhos depois de acostumado á gaiola. Será o gaturamo ?

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— 33 —

GUAB1BABA, arvore do mato virgem; ha duas espé-cies: fêmea, em que a madeira serve para cabos de ma-chado; e vermelha, em que a madeira serve em carpin-taria.

GUABIRU'S, nome de uma parcialidade politica, na pro-víncia de Pernambuco.

GUABURU', arvore do mato virgem, que dá madeira de lei.

GUACÁ, arvore do mato virgem; sua madeira amarella e ondeada serve em carpintaria e marcenaria.

GUACUMAN, casta de palmeira de que se fabrica uma boa isca.

GUACURIZ, casta de palmeira do mato virgem.

GUAGUAÇU', arvore do mato virgem, de que se exlrahe óleo por incisão.

GUAIAMBÊ, arbusto do mato virgem, suas folhas são medicinaes.

GUAl ANÁS, tribu de aborígenes, que dominava na pro-víncia de S. Paulo.

GUAICANÁNS, tribu de aborigçnes, que dominava em parte da província de S. Paulo.

GUA1CURU'S, nação de aborígenes,, que dominava na província de Mato-GrossO.

GUAJOJARAS, tribu de aborígenes, que dominava em parte da província do Maranhão.

GUAMIR1M, arvore do mato virgem; ha três espécies:

ferro; vrmdho; e branco.

GUAMPA. chifre para levar água.

GUANACÁS, tribu de aborígenes, que dominava em parte da província do Ceará.

GUÃNANDIRANA, arvore do mato virgem.

GUANAZES, tribu de aborígenes; que dominava era parle da província de Mato-Grosso.

G U A N D E I R O , arbusto que dá os guandos. GUAiNDO, legume que produz os guandeiros.

GUANEVENAS, cabilda de sylvicolas, que habitavam no Pará.

GUANINÁS, tribu de aborígenes, que dominava em parte da província de Mato-Grosso.

GUAPARAFBA, espécie de mangue.

GUAPARAMBO, espécie de mangue bravo. 5

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— 34

-GÜAPÈVA, FAVA-DE-SANTO-IGNACIO, planta me-dicinal.

GUAPIA'RA, cascalho que cobre a terra em certos lu-gares.

GUAPINDAIAS, tribu de aborígenes, que dominava em parte da província de Mato-Grosso.

GUARÁ', quadrúpede que tem a figura de lobo, com a differença de uma pequena clina das espadoas até ao coruto, inclinada para diante. — Ave formosa, que tem o tamanho de um frango, o bico comprido, fino, acanellado, o pes1

-coço do comprimento de quasi Um palmo, as pernas com-pridas e delgadas, é vermelha com a barriga branca, e as coberturas das azas e pescoço pardacentas.

GUARABU', arvore do mato virgem; ha varias espécies:

pardo, roxo, e da serra.

GUARAÇAHI-VERMELHO, arvore do mato virgem; sua madeira emprega-se na architectura civil.

GUARACAO, cão grande bravio.

GÜARACICA, arvore do mato virgem; sua madeira serve para ripas.

GUARAITÁ, arvore do mato virgem, da família das sa-potaceas.

GUARÁ JUBA, arvore do mato virgem, ha duas espécies:

amarella; e branca; a esta lamhem chamam páo de bicho,

por ser muito sugeita ao cupim.

GUARANÁ, arvore fructifera do mato virgem; do frueto faz-se um páo á maneira de chocolate, e que é medicinal.

GUARANHÈ, arvore do mato virgem, da família das sa-po taceas.

GUARAPAREZ, tribu de aborígenes, que dominava em parte da província de Matô-Grosso.

GUA RAPAR!', arvore do mato virgem; a madeira de côr roxeada tem muitos usos em carpintaria.

GUARAPIAPUNHA, arvore do mato virgem.

GUARAPICICA, arvore do mato virgem ; a sua madeira rija com veios pretos, serve em carpintaria e marcenaria.

GUARAPüCA, arvore do mato virgem.

GUARAREMA, arvore <4o mato virgem, sua madeira serve para caixões.

GUARAUNA, arvore uo mato virgem, sua madeira serve em carpintaria; pertence á família das legumínosas.

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, GUARATIMBO', arvore que cresce nas margens dos rios, e que tem a raiz venenosa.

GUARAXAIM, cão pequeno bravio.

GUAREROVA, palmeira do mato virgem; o palmito tem uso culinário.

GUARIBA, ave similhante ao piriquito, com a cabeça côr de laranja — Macaco preto de cujo couro se fazem xaireis e

capelladas para as sellas.

GUARICANGA, casta de palmeira anan.

GUARITEBÉS, tribu de aborígenes, que dominava em parte da província de Mato-Grosso.

GUARIUBA, arvore do mato virgem.

GUATO'S, tribu de aborígenes, que dominava em parte da província d3 Mato-Grosso.

GUAXIMA, planta arbustiva. GUAX1MBA, planta medicinal.

GUAXINIM, casta de raposa com o focinho curto e grosso, dedos um pouco compridos e abertos, e o peito lar-go ; sustenta-se de carangueijos.

GUAXIS, tribu de aborígenes, que dominava em parte da província de Mato-Grosso.

GUAXUMA, CARRAPIXQ, planta linifera. GUAXUMA-DO-MANGUE, planta linifera. GUIRAPARIBA. V. ARCO-VERDE. GUIRAPONGA. V. ARAPONGA.

GUJARÁS, cabilda de sylvicolas, que habitavam no Pará. GURAHURA, arvore do mato virgem.

GURANDIRANA ou GORANDIRANA, arvore do mato virgem.

GURAPUTEPOCA, ave.

GURATAIASEIS, ave.

GURATAN, arvore do mato virgem.

GUREJUBA, peixe grande; do bucho se faz exqellenle colla.

GUBENHEN, arvoredo mato virgem; de sua casca faz-se Um extracto mui útil nas hemorrhagias. passivas.

GURUBU', arvore do mato virgem ;* sua madeira serve para carpintaria de carros, e dá excellehte tinta roxa.

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GURUMAR1M, arvore do mato virgem.de que ha duas espécies: amarello, e branco.

GURUMICHAMA ou GRUMICHAMA, frueto da guru-michameira.

GURUMlCHAMElRA OU GRUMICHAMEIRA, arvore fructifera, indígena e cultivada.

H.

HERVA-BOTÃO, planta medicinal.

HERVA-DE-PASSARINHO, planta parasita, e medi-cinal.

HERVA-DO BICHO, planta medicinal.

HI;RVA-I!OS BARBONOS. V. BARBA-DE-VELHO. HERVA-FERRO, planta.

HERVA-LE1TEIRA, planta medicinal.

HERVA-DE-SANTA HELENA, planta medicinal. ' H E R V A - D E - S A N T A - M A R I A . planta medicinal.

HERVA-TOSTÃO, planta medicinal.

HIRARA, quadrúpede que tem similhança de macaco, de diflerentes cores conforme os lugares.

HUH1T1, arvore do mato virgem.

I.

IÁIÁ, termo carinhoso, que se dá na Bahia ás moças. IÇÁ, insecto.

IÇARA, palmeira do mato virgem, o palmito não é bom para comer.

IÇÁS, cabilda de sylvicolas, que habitavam .no Pará. ICICAR1BA, arvore do mato virgem, que produz a

gomma eleme.

I G A Ç A B A , pauella grande e bojuda sem azas. IGÁRA, canoa.

IGARAPÉ, esteiro ou canal estreito, que só dá passagem a canoas [áeigára-pé, caminho de canoas).

IGARITÉ, canoa feita de taboas.

IMBUSADA, iguaria preparada com o sueco do imbú, leite, coalhada e assucar.

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- 37 —

INAJA, frúctode que se faz vinho. . r INDIANA, espécie de bananeira.

INGÁ, arvore do mato virgem, que dá uma siliqua adoci-cada ; sua madeira serve para frechaes.

INGÁ-CIPO', arvore do mato .virgem ; a madeira serve para vergas e ripas.

INGÁ-FACÃO, outra espécie, que serve para vergas miúdas e taboado.

INGAHI, arvore do mato virgem; tem a madeira ama-rella, e serve para canoas e taboado.

I N G A H I R A S , cabilda de sylvicolas, que habitavam no Pará.

INGUAÇU', arvore do mato virgem, a madeira serve para vergas miúdas etaboado.

INHARATON, arvore do mato virgem, a madeira serve para mastros. Inhabaton!

1NHAH1BA, arvore do mato virgem; outros lhe chamam

infiahuba.

INHAHIBA-AMARELLA, outra espécie.

INHEIGUARAS, cabilda de sylvicolas que habitavam no Pará. . •* ..(•'.

INHUHIBATAN, arvore do mato virgem. INHÜHIBATAN-CRAVO, outra espécie.

INHUMA, ave do tamanho de um capão, escura pelas cos-tas, e cinzenta pela barriga.

1010, termo carinhoso, que se dá na Bahiaaos moços. IPADU', arbusto do mato virgem; as suas folhas torradas e reduzidas a pó, e misturadas com a cinza da ambaubeira, os gentios enchem a boca até ficar bem entumecida e ao passo que engolem uma porção deste pó, substituem-na com outra a fim de terem sempre a boca plena.

IPÊ, arvore do mato virgem ; ha varias espécies: merim;

róxò; açú; do campo; e batata.

1 PE ME RIM, arvore do mato virgem, sua madeira em-prega-se na architectura civil.

IPÈUNA, arvore do mato virgem, sua madeira serve para construcção civil.

IPU', planta e raiz medicinal.

1R-MELAR, dizem os rústicos do Piauhy, quando vão á descoberta das casas das abelhas no mato.

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- m —

IRIARANA, arvore do mato virgem.

IRICUZEIRO, arvore do mato virgem ; do âmago se extrahe um polvilho que serve para fazer beijús.

IRIJU'S, cabilda de sylvicolas, que habitavam no Pará. IRIRIBÁ, arvore do mato virgem.

ITACAVA, arvore do mato virgem, que dá madeira de lei.

1TAIPAVA ou ENTAIPABA, barra transversal, ou ro-cha, por cima da qual passam as águas, que ao depois se pre-cipitam com violência.

ITAMOTINGA, qualidade de pedra brilhante, que se acha n'um dos confluentes do rio Arinos.

1TANHA, sapo grande com dous chifres de carne nos olhos; a sua voz arremeda o bater de um tanoeiro.

ITAP1CURO ouITAPICURA, arvore do mato virgem. ITAUBA, arvore do mato virgem, sua madeira serve para construcção civil e naval.

1VURAREMA. V. PÁO-DALHO.

J.

JABORAND1', planta medicinal. ' JABOTÁ. V. ANDIROVA.

JARO'TA, fêmea do jabotim.

JABOTIM, tartaruga terrestre; a carne é bôa para comer.

JABURU', TUIU'IU', ave grande como um peru calva como a neve.

JACA, cesto feito de taquara.

JACA-CORAÇAO, arvore fructifera cultivada.

JACAMI OU JACAMIM, ave de côr escura com um canto singular.— Arvore do mato virgem, sua madeira serve para construcção civil e naval.

JAÇANAN, pássaro avermelhado pelo peito, côr de ta-baco por cima.

JACARANDÁ, arvore do mato virgem, que tem a ma-deira preta e luzente, serve para todas as obras de marche-taria e marcenaria; ha varias espécies : pitanga; pardo;

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- 39 —

JACARANDANA, arvore do mato virgem; a madeira é rigissima e usa-se delia para esteios.

JACARÉ, pimenta roxa, pequena.

JACARÈTAPIIÁS, cabilda de sylvicolas, que habitavam no Pará.

JACATIRÃO, arvore de capueira mui direita, dá ma-deira bfanca, que serve para caibros.

JÃCURA, bebida preparada com água, farinha e as-sucar.

JACUHA, arvore do mato virgem.

JACUMÁ, pá que usam nas canoas eru lugar de leme. JACUMAIBA ou JACUMAUBA, piloto de canoa, que navega pelas bahias e lagos, onde a navegação é arriscada.

JAGUPÉMBA, ave do tamanho de um capão, escura, com o peito cinzento.

JACURUTU', ave de rapina, que tem dous grandes chi-íres de pennas, e mata as maiores cobras com cautela para não ser dellas mordida.

JAGUANÈ, cão pequeno bravio, é refeito, com riscasi. JAGUARATIBICA, casta de cão bravio.

JAGUARETÈ, ave cujo canlo é um accento agudo. JAGUARUANAS, tribu de aborígenes, que dominava em parte da província do Ceará.

JAGUNÇO, valentão, guarda-costas de algum fazendeiro ou senhor de engenho ; usado na Bahia.

JAHICOS, aborígenes, que dominavam em parte da província do Piauhy.

JALAPÃO. V. RAlZ-DE-LAGARTO. JALAP1NHA, planta medicinal.

JAMBEIRO-DE-MALACA, arvore fructifera exótica. JAMBU', planta alimentar.

JANAMBÁ. V. PÁO-DE-LELTE.

JANAUBA, arvore fructifera do mato virgem; o frueto é medicinal.

JANDAIA, ave que tem os encontros, peito e cabeça amarellos.

JANDAIRA, abelha negra-avermelhada.

JANGADA, arvore do mato virgem; sua madeira serve -pára construir jangadas.

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-JANUMÁS, cabilda de sylvicolas, que habitavam no Pará.

JAPECANGA, planta medicinal muito conhecida. JAPU', ave do tamanho de uma pomba, negra coma cauda amarella.

JAPUANGA, cipó eraiz medicinal.

JAPUÉ, ave menor que uma pomba, de côr escura, com uma grande malha vermelha no lombo.

JAGUÁ, arvore do mato virgem, da família das sapo-taceas.

JAQUEIRA-CORAÇAO, arvore fructifera cultivada. JAQUE-JAQUE, espécie de mamoneiro.

JAQUIRANABOIA, borboleta de leio aspecto, cuja pi-cada dizem ser mortífera.

JARACATIÂ, arvore fructifera do mato virgem. JARAMACARU', planta espinhosa.

JARARACA, planta medicinal—Arvore do mato virgem; sua madeira emprega-se na construcção civil.— Cobra mui venenosa.

JARARACA-PREGUIÇOSA, cobra mui venenosa. J A R A R A C A - D E - C A U D A - B R A N C A , cobra venenosa, sua mordedura é fatal.

JARARACUÇU', cobra d'um verde negro, assaz com-prida, e pouco grossa, sua picada de ordinário é mortí-fera.

JARATICACA, quadrúpede gentil, branco, malhado de negro, com a cauda íelpuda.

JAR1VÁ, palmeira fructifera do mato virgem, o frueto come-se e tem o gosto similhante ao coco da Bahia, e o pal-mito tem uso culinário.

JARR1NHA, planta rasteira, é applicada contra a mor-dedura de cobra.

JATAURA', arvore do mato virgem, queda uma resina que serve para vernizes, massas cheirosas, e t c , a madeira tem vários usos em carpintaria.

JATI', espécie de abelha. JATUBA'. V. JATAUBA'. JAU', peixe do rio.

JANANA'S, cabilda de sylvicolas, que habitavam no Pará.

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