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God save the queen: A transgressão e o vazio no universo de riso das drag queens.

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Florianópolis, de 25 a 28 de agosto de 2008

God save the queen: A transgressão e o vazio no universo de riso das drag queens.

Aureliano Lopes da Silva Junior Drag queens; Subjetividade; Riso

ST 33 - Subjetividade, gênero e sexualidade

Quando se fala em drag queens, muita confusão é gerada quanto à sua nomeação. A drag é uma travesti? Ela se veste “como mulher” o dia todo? O que é “aquilo”? Apesar de uma travesti poder encarnar uma drag, as duas não se constituem como a mesma coisa. Travestis, transexuais e transgêneros dizem respeito a novas formas de materialização do gênero e esse status é reivindicado por estes sujeitos. A definição corrente e mais comum de travesti é a daquele ser nascido homem e que se veste e se comporta como mulher, assumindo-se feminino. Para muitos travestis não há nenhum problema em ser feminino (ou exteriormente uma mulher) e possuir um pênis – o grande símbolo do masculino –, mas outros se incomodam com esta redefinição e recorrem a uma cirurgia de transgenitalização1, e passam a ser conhecidos como transexuais. A diferença fundamental entre travestis e transexuais é que nestes últimos não há espaço para uma sexualidade ambígua e, em muitos relatos, eles afirmam não corresponderem àquele corpo e sexualidade, o conhecido jargão “uma mulher em um corpo de homem” ou vice-versa. Já o que define os transgêneros é precisamente a ambigüidade, mas diferente das travestis, pois estas se assumem femininas, o que não é necessário a um transgênero. Um transgênero é um ser “entre gêneros”, seja em questões de identidade, comportamento ou mesmo de uma genitália ao mesmo tempo masculina e feminina.

É ilustrativo trazer o que Marcos Benedetti coloca sobre as travestis, em sua análise de um grupo de Porto Alegre. Ele nos mostra a questão da ambigüidade e do caráter construcionista e performático presentes no gênero das travestis e revela como estas transitam entre os limites geralmente impostos por uma heterossexualidade hegemônica e

[...] como masculinidade e feminilidade constituem processos e signos, e não características determinadas pelos corpos de homem e de mulher. Os corpos, que estão presentes em todos os momentos dos seus processos de transformação, também se reinventam, se fabricam, se redesenham e experimentam as sensações, as práticas e os valores do gênero. [...] Vivem a experiência do gênero como um jogo artificial e passível de recriação. Por isso, criam um feminino particular, com valores ambíguos. Um feminino que se constrói e se define em relação ao masculino. Um feminino que é por vezes masculino. Vivem, enfim, um gênero ambíguo, borrado, sem limites e separações rígidas. Um jogo bastante contextual e performático, mas também rígido e determinado2.

E as drags queens? As drags também participam deste jogo referido por Benedetti, também estão em trânsito, pois reinvenção e recriação são expressões máximas e constantes de seu mundo.

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Porém, o que é “sério” nas travestis, é brincadeira nas drags; o que nas travestis é constitutivamente ambíguo, nas drags é feito justamente para confundir, para borrar os limites. Estas últimas não deixam de provocar questionamentos similares aos das travestis sobre as transformações do gênero; apenas o fazem de forma cômica através de uma apresentação dramática, teatral. O questionamento aparece por vezes escrachado, por vezes tênue, seguindo características daquela drag específica e do contexto que o possibilita. Apenas a rigidez a que Benedetti se refere costuma se encontrar ausente das intervenções das drags. Seu palco – que é qualquer lugar onde ela esteja em interação com outrem– é livre e aberto à sua imaginação. A palavra-chave para entender uma drag queen é “personagem”. Não um personagem social ou outra coisa que o valha, mas personagem teatral. Personagem é um termo amplo para designar as mais variadas criações da ficção, desde figuras fixas e bem definidas, que seguem fielmente um roteiro prévio, até outras mais livres, que se fazem no momento da ação. Os limites de sua criação também são borrados, já que as drags são personagens, mas de um tipo que se ancora no sujeito que o encarna. Assim, ela o revela e mostra o humano mesclado àquela ficção, consistindo-se em construções pessoais que possuem um nome próprio e traços que caracterizam aquela drag em particular. Acredito ser a drag queen um clown: aquela figura cômica por excelência e “através da qual o artista nega o preexistente, introduz na ordem estabelecida um vazio graças ao qual o espectador, esquecendo-se de si mesmo, pode rir de seu próprio peso. É, portanto, o vazio o legado mais significativo deixado pelo clown aos seus pósteros”3.

João Augusto Frayze-Pereira coloca que o clown é um personagem moderno herdeiro do romantismo, vertente que concebia o artista como o “gênio original” que criava através de uma explosão de criatividade, espontaneidade e liberdade. Aquele que de forma impetuosa revelava o mais íntimo do seu ser e expunha a faceta primitiva, inconsciente e, portanto, irretocável do homem; o seu verdadeiro e mais autêntico ser4. Esta concepção serviu de base para a criação, por exemplo, da imagem do clown melancólico. Porém, este ser original da estética romântica apenas ecoa no clown contemporâneo. Antes preso a circos, picadeiros e palhaçadas, hoje ele é chamado a “fazer uma acrobacia da própria identidade” 5 e jogar a si próprio e sua platéia no vazio. Este vazio a que me refiro diz respeito a formas – artísticas e fugazes – de questionamento dos modos de subjetivação, sejam estes quais forem. O vazio desestabiliza e abre para o novo.

Evocamos aqui a imagem trazida por Guacira Lopes Louro do viajante pós-moderno: um sujeito “dividido, fragmentado e cambiante”, em constante trânsito por entre lugares e não-lugares, ou melhor, lugares também e sempre não-lugares; aquele a quem “só o movimento é capaz de garantir algum equilíbrio” 6. Assim se (re)constitui o artista contemporâneo, o clown, a drag queen, movimentando-se e causando movimentos múltiplos em uma corda bamba.

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O clown é queer!

Da mesma forma que há muitos tipos de clowns – e o meio clownesco sempre espera que haja cada vez mais e mais diversificados –, há também vários tipos de drags, sendo que os dois mais conhecidos são os chamados de “top” e “caricatos”. As top drags podem ser consideradas herdeiras dos transformistas que fizeram sucesso em shows de calouros na TV e em casas noturnas, dublando, de forma bastante emotiva, canções de grandes divas da música, na maioria das vezes internacional. Estes transformistas ainda têm seu espaço em boates e as top drags fazem este mesmo tipo de show, porém com movimentos mais livres, roupas mais chamativas e um espaço de ação e interação mais amplo. As drags caricatas são as que justamente usam e abusam da caricatura para se construírem e, em sua montaria7, utilizam-se de maquiagens, perucas e roupas mais coloridas e inventivas, bem como sapatos altíssimos e igualmente chamativos. E o que mais as diferencia das top drags é sua interação com o público através de intervenções geralmente verbais e carregadas de humor e ironia. Elas são críticas e extremamente engraçadas.

Como bem resume Anna Paula Vencato, as top drags “têm postura bastante feminina, interagem com a moda, têm obrigação de estar bonitas e sexy, devem se parecer um pouco com mulheres” e as caricatas são “alegóricas, cômicas, engraçadas, exageradas”8. Apesar da grande presença e sucesso das top drags, o próprio termo drag geralmente se liga às caricatas, e vem com uma intensa carga de riso. Isto não invalida a discussão aqui pretendida, ao contrário, mostra como este universo é multiforme e aberto a ilimitadas possibilidades. O fundamental é o caráter de transgressão de todas as drags, não a quantidade de riso que provocam. Além de que, provocar um riso pura e simplesmente não significa que se está efetivamente rindo, não significa que este universo de riso foi de alguma forma absorvido e transformado em algo para o sujeito e seu entorno. As drag queens, então, se constroem e lidam basicamente com material referente a um verdadeiro universo de riso e assumem todo o seu caráter de transgressão, a qual “ocorre no momento em que, mesmo de forma sutil, oferece uma nova possibilidade para aquilo que se encontrava rígido há tempos”9. Esse universo de riso é elemento primário das drag queens, a base sob a qual elas se constroem para desconstruírem. E para que haja uma desconstrução, é necessário que exista algo sobre o qual esta ação incida. No caso das drags, penso que não há como não emergir em seu ser, fazer e em tudo que se remete a elas questões referentes ao sexo, principalmente a este como (en)formador de padrões de subjetivação, como um “ideal regulatório” (segundo definição de Foucault) que tem “o poder de produzir – demarcar, fazer, circular, diferenciar – os corpos que ela controla”10. Ao se constituírem, as drags desempenham o papel de “um recurso crítico na luta para rearticular os próprios termos da legitimidade e da inteligibilidade simbólicas” 11 e este é um “recurso crítico” artístico e político.

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As drags são seres únicos que provocam fascínio e se portam como verdadeiras rainhas. Por mais caricatas que sejam, elas assumem o ar de excepcionalidade que as forma e se colocam perante o público como belas e totais, mas com muito riso e ironia. Do mesmo modo que o clown, elas são impecáveis, pois sua roupa é uma extensão do seu corpo. Nas observações de Anna Paula Vencato, “a maquiagem de uma drag queen jamais estará borrada, suas roupas nunca estarão rasgadas (a não ser que o papel que desempenham naquele momento o exija)”12. Essas palhaças trazem à tona toda a capacidade do humano de rir de si mesmo e dos outros, de rir da vida e de fazer deste um importante instrumento de contato e acesso à realidade.

God save the queen!

O objetivo primordial de uma drag é a transformação. E para realizarem tal transformação, elas se valem do vazio da abjeção. Elas não se permitem paralisar frente às adversidades ou a um poder que teima em coibir os sujeitos, limitando-os e violentando-os em seus direitos essenciais de vida. Ao contrário, elas transformam o caráter negativo da abjeção em criação. Segundo a concepção de Judith Butler,

O abjeto designa aqui precisamente aquelas zonas “inóspitas” e “inabitáveis” da vida social, que são, não obstante, densamente povoadas por aqueles que não gozam do status de sujeito, mas cujo habitar sob o signo do “inabitável” é necessário para que o domínio do sujeito seja circunscrito. Essa zona de inabitalidade constitui o limite definidor do domínio do sujeito; ela constitui aquele local de temida identificação contra o qual – e em virtude do qual – o domínio do sujeito circunscreverá sua própria reivindicação de direito à autonomia e à vida. [...] Trata- se de um repúdio que cria a valência da “abjeção” – e seu status para o sujeito – como um espectro ameaçador13.

O abjeto se encontra circunscrito à norma, mas em sua margem, como o proibido, aquele contra o qual a identificação deve ser feita. Porém, sendo proibido, ele também é tornado presente, em uma lógica próxima à da incitação do discurso sobre o sexo, ao invés de sua repressão, como denunciou Foucault (1985): no momento em que se proíbe de se falar sobre o sexo e ele é limitado a alguns locais, ele também é colocado em destaque. O proibido se torna presente pela proibição e sua constante reiteração. Butler ainda diz que “não é que o impensável, que aquilo que não pode ser vivido ou compreendido não tenha uma vida discursiva; ele certamente a tem”14. No entanto, esta vida é uma pseudo-vida e o ser vivente não goza do status de sujeito, pois “[...] vive dentro do discurso como a figura absolutamente não questionada, a figura indistinta e sem conteúdo de algo que ainda não se tornou real” 15.

É importante frisar que as drags não são um exemplo do que seria o abjeto. Elas podem ser exemplos de sujeitos e/ou personagens que se utilizam da lógica da abjeção, confundindo e brincando com este processo na tentativa de triunfarem sobre tudo de contraproducente a que ele pode levar. Como alerta Judith Butler, o processo da abjeção é um processo discursivo, e ela deseja

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que esta produção da abjeção adquira “uma espécie de autonomia relativa, de até mesmo um vazio, uma falta de conteúdo – exatamente para não poder ser captada através de seus exemplos, de modo que seus exemplos não pudessem se tornar normativos do que queremos significar por abjeto”16. O vazio da abjeção é o negativo do vazio do clown, que nas drag queens é transformado em absoluta criação, em colorido e desconstrução.

O abjeto, como proposto por Judith Butler, diz primordialmente da materialização do gênero e das possibilidades criativas e criadoras do sexo que são negadas, marginalizadas, apenas merecedoras de medo, nojo e repúdio. A heteronormatividade exerce seu poder reconhecendo apenas o masculino, o feminino e os padrões de subjetivação coerentes com estas formas rígidas de ser. A constituição de qualquer coisa que possa ser entendida como gênero e as relações estabelecidas entre os indivíduos acabam sendo construídas com base em relações de poder e segundo um processo histórico. Nos termos de Joan Scott, o gênero é “um elemento constitutivo de relações sociais fundadas sobre as diferenças percebidas entre os sexos, e o gênero é um primeiro modo de dar significado às relações de poder” 17. Estas relações sociais e de poder ficam ainda mais complexas se lembrarmos que, além do gênero, elas são influenciadas pela classe e raça do sujeito e estas três “forças, por sua vez, abrem o caminho para o desenvolvimento de identidades sexuais diferenciadas” 18.

Definir tanto o que é o gênero como quem participa do mesmo só tem sentido se visto no contexto histórico que o possibilitou. Diversos estudos concebem que, na contemporaneidade – ou na pós-modernidade –, o gênero é o que diferencia e dota de identidade os sujeitos, em um processo de constante e indefinida interação entre o sexo biológico e sua significação social. Esta interação é aberta a diversas possibilidades de materialização, porém, inúmeros fatores – cujo principal é a intervenção do poder estabelecido – direcionam e reduzem tais possibilidades, legitimando apenas aquelas que servem ao referido poder estabelecido. Seria inútil tentar precisar o que é biológico e o que é social em tal interação, sendo mais interessante pensar por que determinada construção sexual é válida e todas as outras não. A roda do poder gira mais rápido quando seus elementos cumprem bem o seu papel e permanecem em seu lugar sem o questionar. No girar desta roda, a imprecisão e a ambigüidade não são permitidas e a criação se torna estéril. O que provoca dúvida é um local proibido, mas, paradoxalmente, também fascinante. Incita medo e curiosidade e as drags sabem muito bem deslizar sobre estes trilhos. Nas palavras de Guacira Lopes Louro,

A drag escancara a construtividade dos gêneros. Perambulando por um território inabitável, confundindo e tumultuando, sua figura passa a indicar que a fronteira está muito perto e que pode ser visitada a qualquer momento. Ela assume a transitoriedade, ela se satisfaz com as justaposições inesperadas e com as misturas. A drag é mais de um. Mais de uma identidade, mais de um gênero, propositadamente ambígua em sua sexualidade e em seus afetos. Feita deliberadamente de excessos, ela encarna a proliferação e vive à deriva [...] 19.

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E este viver à deriva para muitos é desesperador, ao passo que para outros é onde reside a possibilidade de se dar um sentido pleno à vida. As drags propõem uma posição libertária na qual o questionamento e a transgressão são elementos essenciais. Segundo Jeffrey Weeks, “a melhor maneira de ver a posição libertária é a de considerá-la uma tendência de oposição, cuja tarefa tem sido a de expor as hipocrisias da ordem dominante em nome de uma maior liberdade sexual” 20, uma constante oposição a tudo que se encontrar instituído. Desta forma, a drag queen questiona para que novos arranjos sejam possíveis. Ela se encontra sempre em alerta e

a todo instante, é como se um espelho aparecesse, o muro andasse, trocando os lados de lado. O que é justo num determinado momento ou situação pode ser muito injusto no momento seguinte. A Verdade nunca é absoluta, a bondade nem sempre é o melhor caminho, e por aí vão as coisas, exigindo atenção, sabedoria e um firme exercício de fidelidade aos princípios que norteiam a vida dos que escolhem ter princípios na vida.21

Um certo didatismo ou uma fala mais pedagógica passa longe das drags. Elas agem no agora da situação e essa ação é rápida e certeira, como uma bala de revólver disparada contra a platéia. As drags ainda se encontram reduzidas aos locais de predominância homossexual, mas ali o seu papel de resistência e ampliação de questões pertinentes ao ser e cotidiano homossexual é inquestionável e exemplar – apesar de exemplar não ser queer! E esse discurso não está circunscrito apenas aos homossexuais, pois acima de qualquer coisa ele fala de vida, de possibilidades de vida. Ainda há preconceitos e barreiras que impedem este discurso de ser ampliado, mas ele deve ser mantido. Não apenas como repetição, mas como renovação. Ser constantemente reconstruído na procura de novas brechas, novos lugares, novas pessoas... de um novo que sempre é possível.

Referências Bibliográficas

BENEDETTI, Marcos Renato. Toda feita: o corpo e o gênero das travestis. Rio de Janeiro: Garamond, 2005.

BUTLER, Judith. Corpos que pesam: sobre os limites discursivos do “sexo”. In: LOURO, Guacira Lopes (org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 1999. CASTRO, Alice Viveiros de. O Elogio da bobagem – palhaços no Brasil e no mundo. Rio de Janeiro: Editora Família Bastos, 2005.

FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade I: A vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1985. FRAYZE-PEREIRA, J. A. Acrobacias da Identidade: O Artista Moderno e seus Duplos. In: Arte, Dor. Inquietudes entre Estética e Psicanálise. Cotia: Ateliê, 2006.

LOPES, Aureliano. O trickster e o palhaço: a permanência da transgressão. In: II Colóquio de Psicologia da Arte - A correspondência das artes e a unidade dos sentidos. São Paulo: LAPA-USP, 2007. Disponível em: <http://www.ip.usp.br/laboratorios/lapa/versaoportugues/2c44a.pdf>. Acesso em 12 abr 2008.

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LOURO, Guacira Lopes. Um corpo estranho. Ensaios sobre sexualidade e teoria queer. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2004.

PRINS, BAUKJE; MEIJER, IRENE COSTERA. Como os corpos se tornam matéria: entrevista com Judith Butler. Revista de Estudos Feministas. Florianópolis, v. 10, n. 1, 2002 .

TORRAO FILHO, Amílcar. Uma questão de gênero: onde o masculino e o feminino se cruzam. Caernos. Pagu, Jan./Jun. 2005, no.24, p.127-152.

VENCATO, Ana Paula. "Fervendo com as drags": corporalidades e performances de drag queens em territórios gays da Ilha de Santa Catarina. Florianópolis: UFSC, 2002. Dissertação de Mestrado apresentada na Faculdade de Antropologia da UFSC.

WEEKS, J. O corpo e a sexualidade. In: LOURO, Guacira Lopes (org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.

1 Neste tipo de cirurgia, o pênis é retirado e uma nova genital, no caso uma vagina, é esculpida (neocolpovulvoplastia), podendo ser feito o inverso, uma vagina dar lugar a um pênis esculpido (neofaloplastia). Esta cirurgia foi regulamentada em 2002 pelo Conselho Federal de Medicina e o SUS já está autorizado a realizá-la. Para tal é necessário um acompanhamento interdisciplinar que diagnostique de forma precisa a transexualidade.

2 BENEDETTI, 2005, p.132.

3 FRAYZE-PEREIRA, 2006, p.220, grifos no original. 4 FRAYZE-PEREIRA, 2006, p.198.

5FRAYZE-PEREIRA, 2006, p.198. 6 LOURO, 2004, p.13.

7 Na definição de Anna Paula Vencato: “Uma drag queen não se veste ou maquia apenas, ela se ‘monta’. ‘Montar-se’ é o termo ‘nativo’ que define o ato ou processo de travestir-se, (trans)vestir-se ou produzir-se” (2002, p. 05). Diz respeito ao personificar-se da drag. 8 VENCATO, 2002, p.76. 9 LOPES, 2007, p.8. 10 BUTLER, 1999, p. 154. 11 BUTLER, 1999, p.156. 12 VENCATO, 2002, p.04.

13 BUTLER, 1999, p.155-156, grifos no original. 14 BUTLER. In: PRINS; MEIJER, 2002, p.162. 15 BUTLER. In: PRINS; MEIJER, 2002, p.162. 16 BUTLER. In: PRINS; MEIJER, 2002, p.162. 17 SCOTT Apud TORRÃO FILHO, 2005, p. 134. 18 WEEKS, 1999, p.55.

19 LOURO, 2004, p.21. 20 WEEKS, 1999, p.67. 21 CASTRO, 2005, p.257.

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