ANT 7029 - Tópicos Especiais em Antropologia III – Antropologia e Cinema
Plano de ensino adaptado, em caráter excepcional e transitório, para
substituição de atividades presenciais por atividades remotas, assíncronas
e síncronas, enquanto durar a pandemia do novo coronavírus – COVID-19,
em atenção à Portaria MEC 344, de 16 de junho de 2020 e Resolução
140/2020/CUn.
EMENTA
Narrativa cinematográfica e teoria antropológica. Documentário e filme
etnográfico. Cinema experimental e etnografia. Produção audiovisual indígena,
tradição oral, memória e desafios contemporâneos. Audiovisual como ferramenta
de ensino e produção de conhecimento.
METODOLOGIA e AVALIAÇÃO:
CARGA HORÁRIA: 72 hs/aula – 4 créditos semanais
Atividades Síncronas – 2 créditos
Quinta-feira: 09:30–11:10 webconferência/ chat via bigbluebutton (moodle)
Atividades Assíncronas – 2 créditos (visualizar referências indicadas e
materiais disponibilizados)
OBJETIVOS
A disciplina apresenta algumas relações entre cinema e antropologia, a partir de
documentários clássicos na história da antropologia visual e de novos
experimentos audiovisuais relevantes para os debates contemporâneos na
antropologia e no cinema documental. Destaca-se o cinema experimental,
documental e/ou ficcional e as mídias indígenas/nativas, como alternativa aos
impasses do debate da representação da alteridade e como produção de
conhecimento em diálogo com a narrativa oral, a memória social e os desafios
contemporâneos de povos indígenas.
METODOLOGIA
As aulas consistirão em debates a partir da projeção de filmes, relacionados às
leituras propostas no programa. A metodologia contará com as seguintes
atividades síncronas e assíncronas:
- Atividades assíncronas: visualização de arquivo de slides com imagens e/ou
texto; de arquivo de áudio de comentários pelos professores; de textos do
programa; de vídeos disponibilizados através de links; realização de atividades
(avaliações a serem entregues) no Moodle;
disponibilizados.
FREQUÊNCIA
O registro da frequência nas atividades será registrado por estudantes através
do acesso às atividades disponibilizadas no moodle.
AVALIAÇÃO
A avaliação consiste em uma nota de participação na visualização dos materiais
disponibilizados na disciplina registrados no moodle (40%) e na de três exercícios
de avaliação (20% cada).
As avaliações poderão ser realizadas através da elaboração de resenhas escritas
ou em formato audiovisual, debatendo filmes discutidos na disciplina,
inspirando-se também em métodos discutidos e na bibliografia apreinspirando-sentada na disciplina.
BIBLIOGRAFIA - serão selecionados extratos de até 20p por encontro, das
seguintes obras:
ARAÚJO, Ana Carvalho et. al. (Org.). Cineastas indígenas, um outro olhar: guia para professores e alunos. Olinda: Vídeo nas Aldeias, 2011.
ARAÚJO, Juliano. Cineastas indígenas, documentário e autoetnografia: um estudo do projeto vídeo nas aldeias. Bragança Paulista: Margem da Palavra, 2019.
BRASIL, André; MESQUITA, Claudia (org.). Dossiê Andrea Tonacci, vol. 9 n. 2. In: Devires. Belo Horizonte: UFMG, 2014.
BELISÁRIO, Bernard. 2014. Os Itseke e o fora-de-campo no cinema Kuikuro. Revista Devires, Belo Horizonte, V 11. N. 2. P98-121.
BERNARDET, Jean-Claude. O que é Cinema? São Paulo: Brasiliense, 1980.
CAETANO, Daniel (Org.). Serras da desordem. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2008. CARELLI, Vincent et al. Vídeo nas Aldeias: biblioteca e catálogo.
CESAR, Amaranta. "Tradição (re)encenada: o documentário e o chamado da diferença". In: Devires: Belo Horizonte, volume 9, número 1, janeiro/junho 2012.
COMOLLI, Jean-Louis. “O desvio pelo direto”. In: forum-doc.bh. 2010. Belo Horizonte: Filmes de Quintal (Catálogo).
DEVOS, Rafael; VEDANA, Viviane. Movimento, câmera, percepção: não necessariamente o filme etnográfico sensorial. No prelo. 20p.
FLAHERTY, Robert. Como filmei Nanook do Norte. In: forum-doc.bh. 2011. Belo Horizonte: Filmes de Quintal (Catálogo). P329-339.
GALLOIS, Dominique e CARELLI, V. 1995. "Vídeo e diálogo cultural: experiências do projeto vídeo nas Aldeias". In Horizontes Antropológicos, Vol. 2. Porto Alegre, UFRGS, pp. 49-57.
GONÇALVES, Marco Antônio. 2008. O Real Imaginado – etnografia, cinema e
surrealismo em Jean Rouch. Rio de Janeiro: Topbooks.
GONÇALVES, Marco Antonio. Pensamento sensorial: cinema, perspectiva e Antropologia. 2012. (Vibrant – Virtual Brazilian Anthropology)
MACDOUGALL, David. 2009. “Significado e ser.” In: Barbosa, A. et. al. (orgs.),
Imagem-Conhecimento: antropologia, cinema e outros diálogos. São Paulo: Papirus Editora, p.
61-70.
MACEDO, Valéria. 1997. Eduardo Coutinho e a Câmera da Dura Sorte. Revista Sexta-Feira. USP. 11p.
MENDONÇA, Luís. Lucien Castaing-Taylor nos interstícios do mundo. Entrevista. Revista à Pala de Walsh. Lisboa. Disponível em: <http://
apaladewalsh.com/2013/04/26/lucien-castaing-taylor-nos-intersticios-do- mundo-parte-i/>. Acesso em: 20 mar. 2014.
MURCH, Walter. 2004. “Cortes e falsos cortes”; “Por que os cortes funcionam?”; “Cortando os pedaços ruins”; “O máximo com o mínimo”; “A regra de seis”; In: Num piscar
de olhos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. Pp 13-31
SALLES, João M. A dificuldade do documentário. In: MARTINS, José de S. et alii (orgs).
O imaginário e o poético nas Ciências Sociais. Bauru: Edusc, 2005.
TERENA, Naine; DELGADO, Paulo (org). Povos Indígenas no Brasil: perspectivas no fortalecimento de lutas e combate ao preconceito por meio do audiovisual. Curitiba: Brazil Publishing, 2018.
VERTOV, Dziga. 1922. Nós: variação do manifesto. Revista Contracampo 1-10.
http://www.contracampo.com.br/01-10/nosvariacoesdomanifesto.html
FILMOGRAFIA – serão selecionados extratos dos filmes para exibição e
discussão em aula
A COBRA. 2016. 19min. Brasília. IRIS/UNB. Direção, roteiro, imagens e pesquisa: Carlos Sautchuk. Montagem, roteiro e finalização: Pedro Branco. Edição de som e mixagem: Olivia Hernández. Coordenação de pós-produção: André Leão. https://vimeo.com/canaliris/acobra
A STUDY IN CHOREOGRAPHY FOR CAMERA. 1945. 4min. Direção: Maya Deren (com Talley Beatty).
AT LAND. EUA. 1944. 15min. Direção: Maya Deren.
BATTAILE SUR LE GRAND FLEUVE (Batalha no grande rio). 1951. 33min. Níger. Direção: Jean Rouch. Assistência: Roger Rosfelder. Com: Damoure Zika, Illo Gaoudel e Le Chef Oumarou.
BOCA DE LIXO. Direção: Eduardo Coutinho. Documentário, RJ, 1993.
CRÔNICA DE UM VERÃO [Chronique d’un Été]. Jean Rouch e Edgar Morin. França. 1960.
DAS NUVENS PRA BAIXO. Direção: Marco Antônio Gonçalves e Eliska Altmann. Documentário, RJ, 2015.
DEIXA NA RÉGUA. Direção: Emílio Domingos. Documentário, RJ, 2016. DOMÉSTICA. Direção: Gabriel Mascaro. Documentário, São Paulo. 2012. EDIFÍCIO MASTER. Direção: Eduardo Coutinho. Documentário, RJ, 2002.
FOREST OF BLISS. 1986. 90 min. Varanasi. Film Studio Center. Direção: Robert Gardner. Camera: Ned Johnston. Som: Michel Chalofour e Ned Johnston. Produção: Maria Sendra.
IMBÉ GIKEGÜ (Cheiro de Pequi). Video nas aldeias e Coletivo KUIKURO de Cinema. 2006. Mato Grosso.
JAGUAR. Jean Rouch. Gana: 1955
LEVIATHAN. 2012. 87 mins. EUA. Harvard/Sensory Ethnography Lab. Direção e imagens: Véréna Paravel & Lucien Castaing-Taylor. Sound composition, edit and mix: Ernst Karel. Sound design and re-recording mix: Jacob Ribicoff.
MESHES OF THE AFTERNOUN. 1943. 14min. Direção: Maya Deren e Alexander Hammid.
NANOOK OF THE NORTH (Nanook o esquimó). 1922. 78min. EUA. Direção: Robert Flaherty.
O HOMEM COM A CAMERA. 1929. Dziga Vertov. Moscou. 68 min.
OUTRO FOGO. 2017. 21min. Brasil, IRIS/UNB. Direção, Roteiro, Imagens e Pesquisa: Guilherme Moura Fagundes. Roteiro e Montagem: Pedro Branco
POUR LE MISTRAL (O Mistral). 1965. 32min. França. Direção: Joris Ivens. Roteiro: René Guyonnet e Joris Ivens. Fotografia: Gilbert Duhalde, André Dumaître e Pierre Lhomme. Música: Antoine Duhamel e Luc Ferrari.
REGEN (Chuva). 1929. 22min. Amsterdam. Direção: Mannus Franken e Joris Ivens. RITUAL IN TRANSFIGURED TIME. 1946. 15min. Direção: Maya Deren e Alexander Hammid.
SANGRIA. 2015. 11 min. Noroeste Paulista e Brasília, IRIS/UNB. Direção, Roteiro e Fotografia: Eduardo Di Deus. Montagem: Laboratório de Imagem e Registro de Interações Sociais - IRIS. Pós-produção de som: João Vasconcelos / Estúdio Cambuci Roots. Colorização: Erica de Sousa
TEKO HAXY - ser imperfeita. Para Yxapy e Sophia Pinheiro. 2018.
ÚLTIMAS CONVERSAS. Direção: Eduardo Coutinho. Documentário, RJ, 2015 UM LUGAR AO SOL. Direção: Gabriel Mascaro. Documentário, Recife. 2009.
VER PEIXE. 2017. 46 min. Florianópolis, CANOA/UFSC. Pesquisa e Roteiro: Rafael Victorino Devos, Gabriel Coutinho Barbosa, Viviane Vedana. Direção: Rafael Devos. Imagens: Rafael Devos, Gabriel Coutinho Barbosa. Som direto: Viviane Vedana. Montagem: Rafael Devos. Edição de Som: Viviane Vedana, Julio Cesar Stabelini. Realização: CANOA – Coletivo de Estudos em Ambientes, Percepções e Práticas - PPG Antropologia Social – UFSC.
Canal da Tekoa Piraí no youtube:
https://www.youtube.com/channel/UC8lPANYPFib3RFM0QarXQhA Nhemongarai. Jera Poty. Aldeia Piraí, 2016. https://youtu.be/M5kai8rBIc0
Um olhar sobre a tekoa Piraí. Jera Poty. Aldeia Piraí, 2018. https://youtu.be/9CeeyJeF8FI Dança do xondaro. Ara Poty e Wera Poty. Aldeia Piraí, 2018.
https://youtu.be/c_GxD0q5p-E
Yvymbyte - a sabedoria dos mbya kuery. Documentário. Aldeia Piraí, 2019. 27 minutos.
https://youtu.be/cslhqWbTQXY