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Superior Tribunal de Justiça

RECURSO ESPECIAL Nº 1.239.625 - SC (2011/0042849-4)

RELATOR : MINISTRO BENEDITO GONÇALVES RECORRENTE : FAZENDA NACIONAL

ADVOGADO : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL RECORRIDO : NUTRON ALIMENTOS LTDA

ADVOGADOS : ALEXANDRE LIRA DE OLIVEIRA

OMAR RACHED

EMENTA

TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO. BASE DE CÁLCULO. VALOR ADUANEIRO. DESPESAS DE CAPATAZIA. INCLUSÃO. IMPOSSIBILIDADE. ART. 4º, § 3º, DA IN SRF 327/2003. ILEGALIDADE.

1. Cinge-se a controvérsia em saber se o valor pago pela recorrida ao Porto de Itajaí, referente às despesas incorridas após a chegada do navio, tais como descarregamento e manuseio da mercadoria (capatazia), deve ou não integrar o conceito de "Valor Aduaneiro", para fins de composição da base de cálculo do Imposto de Importação. 2. Nos termos do artigo 40, § 1º, inciso I, da atual Lei dos Portos (Lei 12.815/2013), o trabalho portuário de capatazia é definido como "atividade de movimentação de mercadorias nas instalações dentro do porto, compreendendo o recebimento, conferência, transporte interno, abertura de volumes para a conferência aduaneira, manipulação, arrumação e entrega, bem como o carregamento e descarga de embarcações, quando efetuados por aparelhamento portuário".

3. O Acordo de Valoração Aduaneiro e o Decreto 6.759/09, ao mencionar os gastos a serem computados no valor aduaneiro, referem-se à despesas com carga, descarga e manuseio das mercadorias importadas até o porto alfandegado. A Instrução Normativa 327/2003, por seu turno, refere-se a valores relativos à descarga das mercadorias importadas, já no território nacional.

4. A Instrução Normativa 327/03 da SRF, ao permitir, em seu artigo 4º, § 3º, que se computem os gastos com descarga da mercadoria no território nacional, no valor aduaneiro, desrespeita os limites impostos pelo Acordo de Valoração Aduaneira e pelo Decreto 6.759/09, tendo em vista que a realização de tais procedimentos de movimentação de mercadorias ocorre apenas após a chegada da embarcação, ou seja, após a sua chegada ao porto alfandegado.

5. Recurso especial não provido.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da PRIMEIRA Turma do Superior Tribunal de Justiça prosseguindo o julgamento, após o voto-desempate da Sra. Ministra Regina Helena Costa, por maioria, vencidos os Srs. Ministros Sérgio Kukina e Napoleão Nunes Maia Filho, negar provimento ao recurso especial, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Regina Helena Costa (RISTJ, art. 162, §2º, segunda parte) e Ari Pargendler (voto-vista) votaram com o Sr. Ministro Relator.

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MINISTRO BENEDITO GONÇALVES

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Superior Tribunal de Justiça

RECURSO ESPECIAL Nº 1.239.625 - SC (2011/0042849-4) RELATOR : MINISTRO BENEDITO GONÇALVES RECORRENTE : FAZENDA NACIONAL

ADVOGADO : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL RECORRIDO : NUTRON ALIMENTOS LTDA

ADVOGADOS : ALEXANDRE LIRA DE OLIVEIRA

OMAR RACHED

RELATÓRIO

O SENHOR MINISTRO BENEDITO GONÇALVES (Relator): Trata-se de recurso especial interposto pela Fazenda Nacional, com fundamento na alínea "a" do Permissivo Constitucional, contra acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal da Quarta Região, assim ementado (fl. 285):

TRIBUTÁRIO. VALOR ADUANEIRO. DESPESAS INCORRIDAS APÓS A CHEGADA AO PORTO. INSRF 327/2007. ART. 8º DO ACORDO DE VALORAÇÃO ADUANEIRA. Decreto 4543/2002.

A expressão "até o porto" contida no Regulamenta Aduaneiro não inclui despesas ocorridas após a chegada do navio ao porto. A Instrução Normativa SRF 327/203, extrapolou o contido no art 8º do Acordo de Valoração Aduaneira e 77 do Decreto n. 4543, de 2002.

Os embargos de declaração foram acolhidos, tão somente para fins de prequestionamento, nos termos da ementa de fl. 301.

Em suas razões, a recorrente alega, preliminarmente, que o acórdão recorrido violou o artigo 535, do CPC, tendo em vista que "apresenta omissões quanto a artigos de lei que regem a matéria e foram expressamente referidos nos autos quando apresentadas as informações e as contrarrazões ao recurso de apelação" (fl. 305), mesmo após a oposição de embargos de declaração.

Quanto ao juízo de reforma, aponta violação dos artigos 2º e 8º, item 3, do Decreto n. 92.930/86; artigo 2º, do Decreto legislativo n. 9, de 8/5/81 (que aprovou o Acordo de Valoração Aduaneira 1.979); 77, II, do Decreto 4.543/2002; 17, do Decreto n. 2.498/98 (que aprovou o AVA de 1994) e Decreto 1.355/94 que promulgou o referido acordo.

Para tanto, aduz que as despesas pagas ao Porto denominadas THC de destino (Terminal Handing Charge), referentes a gastos efetuados com "carregamento, descarregamento e manuseio,

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associados ao transporte das mercadorias importadas, na área do porto" (fl. 309), integram o valor do frete, o qual remunera o transportador por um serviço "prestado como um todo" (fl. 310).

Nesse sentido, defende que tais custos referentes à descarga da mercadoria do veículo de transporte internacional no território nacional integram o valor aduaneiro e, portanto, a base de cálculo do Imposto de Importação. Isso porque tal fase, alega a recorrente, é anterior ao desembaraço aduaneiro, quando a mercadoria ainda não foi nacionalizada.

Conclui, assim, que (fl. 311):

A inclusão dos elementos acima referidos no valor aduaneiro, nos termos do art. 8º, item 2, alínea aba, do Acordo de Valoração Aduaneira - AVA, tanto na letra do Acordo assinado na Rodada Tóquio do GATT em 1979, como no teto assinado na Rodada Uruguai, em 1994, deixou dependente de cada Membro, esta possibilidade, ao elaborar a sua legislação, no sentido de prever a inclusão ou a exclusão dos mesmos, no todo ou em parte.

Ressalte-se, ainda, que esta matéria no AVA, nas duas versões referidas, não requer manifestação de reservas, dependendo, tão somente, da emissão de ato legal interno, por parte de cada Membro.

Em contrarrazões, a recorrida pugna pelo desprovimento do recurso especial, por entender ser ilegal a exigência contida no artigo 4º, § 3º da IN SRF 327/03, segundo a qual a despesa de capatazia com a chegada dos produtos em seu destino deve ser incluída no valor aduaneiro, tendo em vista que tal gasto apenas surge após a chegada do navio ao porto brasileiro.

Instado a se manifestar, o Ministério Público afirmou não se tratar de feito em que deve intervir (fls. 358-360).

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RECURSO ESPECIAL Nº 1.239.625 - SC (2011/0042849-4)

EMENTA

TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO. BASE DE CÁLCULO. VALOR ADUANEIRO. DESPESAS DE CAPATAZIA. INCLUSÃO. IMPOSSIBILIDADE. ART. 4º, § 3º, DA IN SRF 327/2003. ILEGALIDADE.

1. Cinge-se a controvérsia em saber se o valor pago pela recorrida ao Porto de Itajaí, referente às despesas incorridas após a chegada do navio, tais como descarregamento e manuseio da mercadoria (capatazia), deve ou não integrar o conceito de "Valor Aduaneiro", para fins de composição da base de cálculo do Imposto de Importação. 2. Nos termos do artigo 40, § 1º, inciso I, da atual Lei dos Portos (Lei 12.815/2013), o trabalho portuário de capatazia é definido como "atividade de movimentação de mercadorias nas instalações dentro do porto, compreendendo o recebimento, conferência, transporte interno, abertura de volumes para a conferência aduaneira, manipulação, arrumação e entrega, bem como o carregamento e descarga de embarcações, quando efetuados por aparelhamento portuário".

3. O Acordo de Valoração Aduaneiro e o Decreto 6.759/09, ao mencionar os gastos a serem computados no valor aduaneiro, referem-se à despesas com carga, descarga e manuseio das mercadorias importadas até o porto alfandegado. A Instrução Normativa 327/2003, por seu turno, refere-se a valores relativos à descarga das mercadorias importadas, já no território nacional.

4. A Instrução Normativa 327/03 da SRF, ao permitir, em seu artigo 4º, § 3º, que se computem os gastos com descarga da mercadoria no território nacional, no valor aduaneiro, desrespeita os limites impostos pelo Acordo de Valoração Aduaneira e pelo Decreto 6.759/09, tendo em vista que a realização de tais procedimentos de movimentação de mercadorias ocorre apenas após a chegada da embarcação, ou seja, após a sua chegada ao porto alfandegado.

5. Recurso especial não provido.

VOTO

O SENHOR MINISTRO BENEDITO GONÇALVES (Relator): Primeiramente, não se conhece da suposta afronta ao artigo 535 do CPC, pois a parte recorrente se limitou a afirmar, genericamente, sua violação, sem, contudo, demonstrar especificamente que temas não foram abordados pelo aresto vergastado, incidindo, por conseguinte, o enunciado 284 da Súmula do STF.

Quanto ao juízo de reforma, devidamente prequestionada a questão principal, conheço do recurso especial.

Nos termos acima relatados, cinge-se a controvérsia em saber se o valor pago pela recorrida ao Porto de Itajaí, referente às despesas incorridas após a chegada do navio, tais como

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descarregamento e manuseio da mercadoria (capatazia), deve ou não integrar o conceito de "Valor Aduaneiro", para fins de composição da base de cálculo do Imposto de Importação.

O pedido da inicial foi elaborado nos seguintes termos (fl. 29 -grifos nossos):

[...] seja determinando à Autoridade Coatora que se abstenha de exigir da

Impetrante o recolhimento do imposto de importação calculado com a indevida inclusão das despesas incorridas depois da chegada do navio no Porto brasileiro, afastando o gravame ilegal e inconstitucional veiculado pelo art. 4º, § 3º, da IN SRF 327/03.

A sentença denegou a ordem requerida, por entender, basicamente, que deve ser incluída a despesa de capatazia no valor aduaneiro, pois tal valor abrange todos os gastos referentes à importação realizados até o porto de destino, o que inclui o desembarque, manuseio e deslocamento da mercadoria dentro do estabelecimento portuário (fls. 215-217).

O acórdão recorrido, por seu turno, reformou a sentença, para conceder a ordem in totum , em resumo, ao argumento de que o § 3º do artigo 4º da IN SRF n. 327/2003 ultrapassou os limites do artigo 77 do Decreto 4.543/2002, tendo em vista que permitiu a inclusão, no valor aduaneiro, de "despesas ocorridas após a chegada das mercadorias no porto de destino, ou seja, daquelas geradas entre o porto de destino até o estabelecimento do importador" (fl. 283), ao passo que o Decreto apenas autoriza a inclusão dos gastos realizados até a chegada da mercadoria no porto.

A Corte de origem afirmou, sob esse enfoque, que o Regulamento Aduaneiro apenas permite, para fins do cômputo do valor aduaneiro, a inclusão de despesas com o transporte da mercadoria até o porto, asseverando que "a expressão "até o porto" não pode incluir despesas após a chegada no porto" (fl. 282), de sorte que a IN SRF 327/2003:

"[...] ao prever a inclusão dos gastos relativos à descarga no território nacional,. acabou por ampliar a base de cálculo da exação, uma vez que permite que os gastos relativos à carga e à descarga das mercadorias ocorridas após a chegada no porto alfandegado considerados na determinação do montante devido. Segundo o apelante, com base nessa instrução normativa, acabam-se por incluir despesas ocorridas após a chegada das mercadorias no porto de destino, ou seja, daquelas geradas entre o

porto de destino até o estabelecimento do importador (fls. 282-283).

Em suas razões, a recorrente defende que as despesas pagas ao Porto, referentes a gastos efetuados com "carregamento, descarregamento e manuseio, associados ao transporte das mercadorias importadas, na área do porto" (fl. 309), integram o valor do frete, o qual remunera o

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transportador por um serviço "prestado como um todo" (fl. 310) e, portanto, devem ser computados para se determinar o valor aduaneiro.

Afirma que a inclusão de tais quantias no Valor Aduaneiro não se coaduna com o disposto n artigo 8º, item 2, do Acordo de Valoração Aduaneira.

Para solucionar a questão em discussão, entendo pertinente a transcrição dos textos dos dispositivos legais em análise.

De início, destaco que o Acordo de Valoração Aduaneira, com a redação que lhe foi conferida no Uruguai, em 1.994, foi promulgado no Brasil pelo Decreto 1.355/94 e assim dispõe, em seu artigo 8º, item 2, no que aqui importa (grifamos):

Artigo 8 [...]

2. Ao elaborar sua legislação, cada Membro deverá prever a inclusão ou a exclusão, no valor aduaneiro, no todo ou em parte, dos seguintes elementos:

(a) - o custo de transporte das mercadorias importadas até o porto ou

local de importação;

(b) - os gastos relativos ao carregamento descarregamento e manuseio

associados ao transporte das mercadorias importadas até o porto ou local de importação; e

(c) - o custo do seguro [...]

Por seu turno, o regramento interno acerca das atividades aduaneiras - Decreto 6.759/09, que substituiu o Decreto 4.543/02, referido no acórdão recorrido, assim determina, no tocante ao valor aduaneiro (grifamos):

Art. 77. Integram o valor aduaneiro, independentemente do método de valoração utilizado (Acordo de Valoração Aduaneira, Artigo 8, parágrafos 1 e 2,

aprovado pelo Decreto Legislativo nº 30, de 1994, e promulgado pelo Decreto nº 1.355, de 1994; e Norma de Aplicação sobre a Valoração Aduaneira de Mercadorias, Artigo 7º, aprovado pela Decisão CMC nº 13, de 2007, internalizada pelo Decreto nº 6.870, de 4 de junho de 2009): ( Redação dada pelo Decreto nº 7.213, de 15 de junho de 2010 )

I - o custo de transporte da mercadoria importada até o porto ou o aeroporto alfandegado de descarga ou o ponto de fronteira alfandegado onde devam ser cumpridas as formalidades de entrada no território aduaneiro;

II - os gastos relativos à carga, à descarga e ao manuseio, associados ao transporte da mercadoria importada, até a chegada aos locais referidos no inciso I; e

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III - o custo do seguro da mercadoria durante as operações referidas nos incisos I e II.

Por fim, é o seguinte o texto do § 3º, do art. 4º, da Instrução Normativa da Secretaria da Fazenda Nacional, cuja (i)legalidade se discute no presente feito (grifamos):

Determinação do Valor Aduaneiro

Art. 4 º Na determinação do valor aduaneiro, independentemente do método de valoração aduaneira utilizado, serão incluídos os seguintes elementos:

I - o custo de transporte das mercadorias importadas até o porto ou aeroporto alfandegado de descarga ou o ponto de fronteira alfandegado onde devam ser cumpridas as formalidades de entrada no território aduaneiro;

II - os gastos relativos a carga, descarga e manuseio, associados ao transporte das mercadorias importadas, até a chegada aos locais referidos no inciso anterior; e

III - o custo do seguro das mercadorias durante as operações referidas nos incisos I e II.

[...]

§ 3 º Para os efeitos do inciso II, os gastos relativos à descarga da mercadoria do veículo de transporte internacional no território nacional serão incluídos no valor aduaneiro, independentemente da responsabilidade pelo ônus financeiro e da denominação adotada.

De fato, depreende-se da leitura dos dispositivos acima que, enquanto o Acordo de Valoração Aduaneiro e o Decreto 6.759/09 se referem à despesas com carga, descarga e manuseio das mercadorias importadas até o porto alfandegado, a Instrução Normativa se refere a gastos relativos à descarga no território nacional.

Por seu turno, nos termos do artigo 40, § 1º, inciso I, da atual Lei dos Portos (Lei 12.815/2013), o trabalho portuário de capatazia é definido como "atividade de movimentação de mercadorias nas instalações dentro do porto, compreendendo o recebimento, conferência, transporte interno, abertura de volumes para a conferência aduaneira, manipulação, arrumação e entrega, bem como o carregamento e descarga de embarcações, quando efetuados por aparelhamento portuário".

Da leitura do conceito acima, tem-se que, como bem retratado pelo acórdão recorrido, a realização dos referidos serviços (de capatazia) ocorre em momento posterior à conclusão da realização do transporte do produto importado, já no porto situado em território nacional.

Assim, o cômputo dos gastos com os serviços referentes à circulação e manuseio das mercadorias já dentro do estabelecimento portuário termina por abranger despesas realizadas após a chegada até o porto alfandegado.

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Sob esse enfoque, extrapola os limites do Acordo Internacional e da legislação aduaneira acerca da composição do valor aduaneiro (artigos acima transcritos), cuja previsão é clara no sentido de que apenas podem ser computadas as despesas até o local de importação, excluindo-se, assim, aquelas ocorridas entre a chegada da mercadoria no porto brasileiro (atraque da embarcação) e o seu efetivo desembaraço aduaneiro.

Dessa forma, entendo que o artigo 4º, § 3º da Instrução Normativa 327/03 da SRF, ao permitir a inclusão dos gastos com descarga da mercadoria do veículo de transporte internacional no território nacional no valor aduaneiro desrespeita os limites impostos pelo Acordo de Valoração Aduaneira e pelo Decreto 6.759/09, tendo em vista que a realização de tais procedimentos de movimentação de mercadorias ocorre apenas após a chegada da embarcação, ou seja, após a sua chegada ao porto alfandegado.

A referida Instrução Normativa, ademais, termina por permitir que o valor cobrado pelos portos para a realização do serviço de capatazia seja tributado pelo Imposto de Importação, ampliando, por via oblíqua, a base de cálculo do referido tributo, em claro desrespeito ao Princípio da Legalidade Estrita, previsto no artigo 150, I, da Constituição Federal.

Com essas considerações, nego provimento ao recurso especial da Fazenda Nacional.

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RECURSO ESPECIAL Nº 1.239.625 - SC (2011/0042849-4)

RELATOR : MINISTRO BENEDITO GONÇALVES

RECORRENTE : FAZENDA NACIONAL

ADVOGADO : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL RECORRIDO : NUTRON ALIMENTOS LTDA

ADVOGADOS : ALEXANDRE LIRA DE OLIVEIRA

OMAR RACHED

VOTO-VENCIDO

O EXMO. SR. MINISTRO SÉRGIO KUKINA:

O acórdão regional impugnado, contra o qual se insurge a Fazenda Nacional, decidiu, consoante sintetizado em sua ementa, que: "A expressão 'até o porto', contida no

Regulamento Aduaneiro, não inclui despesas ocorridas após a chegada do navio ao porto. A Instrução Normativa SRF 327/2003 extrapolou o contido no art. 8º do Acordo de Valoração Aduaneira e 77 do Decreto nº 4.543, de 2002" (fl. 285).

Estou, com o respeito devido, divergindo do voto do eminente Relator, no que confirma a decisão local, por compreender legítima a inclusão, no valor aduaneiro (que é a base de cálculo do imposto de importação), dos gastos relativos ao descarregamento da mercadoria importada no território brasileiro.

Tal previsão, contida no art. 4º, § 3º da IN SRF 327/2003, a meu sentir, de modo algum colide com o art. 77, II, do Decreto nº 6.759/2009, no que preceitua integrarem o valor aduaneiro "os gastos relativos à carga, à descarga e ao manuseio, associados ao

transporte da mercadoria importada, até a chegada aos locais referidos no inciso I",

quais sejam, " (...) o porto ou aeroporto alfandegado de descarga ou o ponto de fronteira

alfandegado onde devam ser cumpridas as formalidades de entrada no território aduaneiro " (inc. I).

Em tal cenário normativo, pretende a empresa impetrante, ora recorrida, fazer prevalecer a interpretação de que a locução até o porto não permitiria a "inclusão de outras despesas, como a de capatazia do destino, que ocorre justamente após a chegada da mercadoria no porto ou local de importação" (fl. 9).

Com todas as vênias, penso que a exegese restritiva assim postulada se revela inaceitável. Ora, o transcrito inciso II do art. 77, ao se referir aos gastos relativos à descarga e

associados ao transporte da mercadoria, certamente teve em mira a descarga em solo

nacional, sem o que a própria importação não se aperfeiçoaria. Lícito imaginar que o ato de transporte internacional de mercadorias não se esgote com o carregamento, no país de origem, do navio, avião, caminhão etc., mas abranja, por imperativo lógico, também o descarregamento no local de destino (ou não haverá, por assim dizer, sequer a entrega da mercadoria!!!). Trata-se, sem dúvida, de um conjunto de atos que precedem ao próprio desembaraço aduaneiro e, consequentemente, ainda inerentes a encargos associados ao transporte.

De outra parte, é bem de ver que o Acordo de Valoração Aduaneira - AVA/GATT), de que o Brasil é fiel signatário, estipula, de forma clara, que "cada Membro

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seguintes elementos: (...) b) os gastos relativos ao carregamento, descarregamento e manuseio, associados ao transporte das mercadorias importadas até o porto ou local de importação " (grifo nosso - art. 8º).

Ora, foi exatamente com base na faculdade prevista nesse documento internacional que o Estado brasileiro optou, em sua legislação interna, por incluir no valor aduaneiro as despesas concernentes ao descarregamento em seu território.

Não se pode, portanto, ver qualquer transgressão do fisco relativamente a tal exigência aduaneira.

Forte em tais argumentos, afasto a pretensão recursal da Fazenda Nacional quanto ao aventado maltrato ao art.535 do CPC (os acórdãos recorridos prestaram a jurisdição de forma completa), mas acolho-a no tocante à demonstrada ofensa ao arts. 8º do Acordo de Valoração Aduaneira e 77, II do Decreto nº 6.759/09 (antes, art. 77, II do Decreto nº 4.543/02).

Custas pela impetrante. É como voto.

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CERTIDÃO DE JULGAMENTO PRIMEIRA TURMA

Número Registro: 2011/0042849-4 PROCESSO ELETRÔNICO REsp 1.239.625 / SC

Número Origem: 200872080005773

PAUTA: 01/04/2014 JULGADO: 01/04/2014

Relator

Exmo. Sr. Ministro BENEDITO GONÇALVES Presidente da Sessão

Exmo. Sr. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO Subprocurador-Geral da República

Exmo. Sr. Dr. FRANCISCO RODRIGUES DOS SANTOS SOBRINHO Secretária

Bela. BÁRBARA AMORIM SOUSA CAMUÑA

AUTUAÇÃO

RECORRENTE : FAZENDA NACIONAL

ADVOGADO : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECORRIDO : NUTRON ALIMENTOS LTDA

ADVOGADOS : ALEXANDRE LIRA DE OLIVEIRA

OMAR RACHED

ASSUNTO: DIREITO TRIBUTÁRIO - Impostos - II / Imposto sobre Importação

SUSTENTAÇÃO ORAL

Dr. ELI SOUSA SANTOS, pela parte RECORRENTE: FAZENDA NACIONAL e o Dr. OMAR RACHED, pela parte RECORRIDA: NUTRON ALIMENTOS LTDA.

CERTIDÃO

Certifico que a egrégia PRIMEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:

Após o voto do Sr. Ministro Relator negando provimento ao recurso especial e o voto divergente do Sr. Ministro Sérgio Kukina dando-lhe provimento, pediu vista o Sr. Ministro Ari Pargendler. Aguardam os Srs. Ministros Arnaldo Esteves Lima e Napoleão Nunes Maia Filho (Presidente).

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RECURSO ESPECIAL Nº 1.239.625 - SC (2011/0042849-4) VOTO-VISTA

EXMO. SR. MINISTRO ARI PARGENDLER:

1. Os autos dão conta de que Nutron Alimentos Ltda. impetrou mandado de segurança contra ato praticado pelo

Delegado da Receita Federal do Brasil em Itajaí, requerendo seja declarada a "ilegalidade e inconstitucionalidade do art. 4º, § 3º, da IN SRF 327/03 " (e-stj, fl. 30).

O MM. Juiz da 2ª Vara Federal de Itajaí, Dr. Antônio Fernando Schenkel do Amaral e Silva, denegou a segurança (e-stj, fl. 215/217).

A 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, relatora a Juíza Maria de Fátima Freitas Labarrère, reformou a sentença nos termos do acórdão assim ementado:

"TRIBUTÁRIO. VALOR ADUANEIRO. DESPESAS INCORRIDAS APÓS A

CHEGADA AO PORTO. INSRF 327/2007. ART. 8º DO ACORDO DE VALORAÇÃO ADUANEIRA. DECRETO 4.543/2002.

A expressão 'até o porto' contida no Regulamento Aduaneiro não inclui despesas ocorridas após a chegada do navio ao porto. A Instrução Normativa SRF 327/203 extrapolou o contido no art. 8º do Acordo de Valoração Aduaneira e 77 do Decreto nº 4.543, de 2002 " (e-stj, fl. 285).

Lê-se no voto condutor:

"A questão a ser resolvida diz respeito à interpretação

dos dispositivos. Conforme a sentença, 'O até o porto, ou local de importação, indica, simplesmente, o local de destino da mercadoria importada, a qual necessita de ser descarregada do navio, ou caminhão, ou trem, ou avião, ou qualquer outro meio de transporte utilizado para levá-la ao destino. O contrato de transporte, de seu turno, não se encerra com a chegada do navio ao porto de destino, mas com a descarga e entrega das mercadorias no porto e não até o porto'.

A impetrante, por sua vez, entende que a 'até o porto' não inclui as despesas referentes à descarga de mercadorias.

A expressão 'até o porto' não pode incluir despesas após a chegada no porto. A Instrução Normativa SRF 327, de 2003, extrapolou o contido no art. 8º do Acordo de Valoração Aduaneira e 77 do Decreto nº 4.543, de 2002, ampliando a base

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de cálculo da exação.

A respeito, educidativo o parecer apresentado pelo Ministério Público, a cujo teor 'ao prever a inclusão dos gastos relativos à descarga no território nacional (§ 3º do art. 4º), acabou por ampliar a base de cálculo da exação, uma vez que permite que os gastos relativos à carga e à descarga das mercadorias ocorridas após a chegada no porto alfandegado sejam considerados na determinação do montante devido.

Segundo o apelante, com base nessa instrução normativa, acabam-se por incluir despesas ocorridas após a chegada das mercadorias no porto de destino, ou seja, daquelas geradas entre o porto de destino até o estabelecimento do importador. Ocorre que o art. 8º do Acordo de Valoração Aduaneira e o art. 77 do Decreto nº 4.543/2002 autorizam apenas a inclusão das despesas ocorridas até a chegada da mercadoria no porto alfandegado. O § 3º do art. 4º da IN SRF nº 327/2003, ao ampliar a base de cálculo, extrapolou o limite meramente regulamentar incorrendo, portanto, em ilegalidade'.

No principal, merece prosperar a irresignação da apelante. Há que se anotar, todavia, que a decisão proferida em mandado de segurança não possui eficácia condenatória e, em consequência, não se forma título hábil para a execução, sendo incabível o pedido de repetição " (e-stj, fl. 282/283).

Opostos embargos de declaração (e-stj, fl. 288/296), foram acolhidos "apenas para fins de prequestionamento " (e-stj, fl. 301).

Daí o presente recurso especial interposto pela União com fundamento no art. 105, III, a, da Constituição Federal, alegando violação do art. 535 do Código de Processo Civil e dos arts. 2º e 8º, item 3, do Decreto nº 92.930, de 1986, do art. 2º do Decreto Legislativo nº 9, de 1981, do art. 77, II, do Decreto nº 4.543, de 2002, do art. 17 do Decreto nº 2.498, de 1998, e do Decreto nº 1.355, de 1994 (e-stj, fl. 303/315).

2. A alegação de ofensa ao art. 535, II, do Código de Processo Civil deixou de precisar quais as questões em que o acórdão foi omisso, de modo que está prejudicada.

3. O território aduaneiro compreende todo o território nacional, e sobre ele estende-se a jurisdição dos serviços aduaneiros, abrangendo a zona primária (portos, aeroportos e

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restante do território aduaneiro ). A entrada de mercadorias

procedentes do exterior só pode ocorrer em portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados, assim declarados por ato da autoridade aduaneira. As operações de carga, descarga ou transbordo de veículo procedente do exterior poderão ser executadas somente depois de formalizada a sua entrada no país. A entrada da mercadoria estrangeira no território aduaneiro constitui o fato gerador do imposto de importação. Para efeito do cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro da declaração de importação de mercadoria submetida a despacho para consumo. Sua base de cálculo, quando a alíquota for ad valorem , é o valor aduaneiro apurado segundo as normas do artigo VIII do Acordo Geral Sobre Tarifas e Comércio - GATT 1994.

Essas disposições estão no Decreto nº 4.543, de 2002, que regulamenta a administração das atividades aduaneiras e a fiscalização, o controle e a tributação nas operações de comércio exterior.

O GATT 1994 foi objeto de Acordo sobre a Implementação do seu Artigo VII (Acordo sobre Valoração Aduaneira), aprovado pelo Decreto-Legislativo nº 30, de 1994 e promulgado pelo Decreto nº 1.355, de 1994, cujo art. 8º, parágrafo 2º, reza:

"§ 2º. Ao elaborar sua legislação, cada Membro deverá prever a inclusão ou a exclusão, no valor aduaneiro, no todo ou em parte, dos seguintes elementos:

(a) o custo de transporte das mercadorias importadas até o porto ou local de importação;

(b) os gastos relativos ao carregamento, descarregamento e manuseio, associados ao transporte das mercadorias importadas até o porto ou local de importação; e

(c) o custo do seguro".

O texto distingue entre o custo de transporte das mercadorias importadas e os gastos associados a esse transporte. A controvérsia sub judice gira em torno da

expressão "até o porto ou local de importação" . Sob o viés econômico, não pode haver dúvida de que as chamadas despesas de estiva e de capatazia realizadas no território aduaneiro estão ou serão embutidas no valor das mercadorias importadas. Já fazem parte desse valor quando, incluídas no respectivo preço, o exportador se obriga a pagá-las. Farão parte desse valor quando a responsabilidade por esse pagamento for encargo do importador.

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Quid , sob o ponto de vista jurídico ?

Os tratados e acordos internacionais em matéria tributária prevalecem sobre a legislação nacional (CTN, art. 98). Tal como dito acima, as partes que assinaram o Acordo de Valoração Aduaneira devem prever a inclusão ou a exclusão, no valor aduaneiro, no todo ou em parte, dos gastos relativos ao carregamento, descarregamento e manuseio, associados ao transporte das mercadorias importadas até o porto ou local de importação (art. 8º, § 2º, 'b' ). A lei brasileira não pode ir além, agregando a esses custos outros não previstos no art. 8º do Acordo de Valoração Aduaneira, porque o parágrafo 4º deste é expresso no sentido de que "Na determinação do valor aduaneiro,

nenhum acréscimo será feito ao preço efetivamente pago ou a pagar, se não estiver previsto neste Artigo" . Quando dispôs que

na base de cálculo do imposto de importação "serão incluídos os

elementos a que se referem as alíneas 'a', 'b' e 'c' , o art.

2º do Decreto nº 92.930, de 1986 se ateve a essas diretrizes, não contemplando, consequentemente, custos incorridos pelo importador após a chegada no porto.

Voto, por isso, no sentido de conhecer do recurso especial, negando-lhe provimento.

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CERTIDÃO DE JULGAMENTO PRIMEIRA TURMA

Número Registro: 2011/0042849-4 PROCESSO ELETRÔNICO REsp 1.239.625 / SC

Número Origem: 200872080005773

PAUTA: 19/08/2014 JULGADO: 19/08/2014

Relator

Exmo. Sr. Ministro BENEDITO GONÇALVES Presidente da Sessão

Exmo. Sr. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO Subprocuradora-Geral da República

Exma. Sra. Dra. DENISE VINCI TULIO Secretária

Bela. BÁRBARA AMORIM SOUSA CAMUÑA

AUTUAÇÃO

RECORRENTE : FAZENDA NACIONAL

ADVOGADO : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECORRIDO : NUTRON ALIMENTOS LTDA

ADVOGADOS : ALEXANDRE LIRA DE OLIVEIRA

OMAR RACHED

ASSUNTO: DIREITO TRIBUTÁRIO - Impostos - II / Imposto sobre Importação

CERTIDÃO

Certifico que a egrégia PRIMEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:

Prosseguindo o julgamento, após o voto-vista do Sr. Ministro Ari Pargendler conhecendo do recurso especial, mas negando-lhe provimento, acompanhando o voto do Sr. Ministro Relator e o voto do Sr. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho acompanhando o voto divergente do Sr. Ministro Sérgio Kukina, verificou-se o empate, suspendendo-se o julgamento do feito até a composição do "quorum".

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Superior Tribunal de Justiça

CERTIDÃO DE JULGAMENTO PRIMEIRA TURMA

Número Registro: 2011/0042849-4 PROCESSO ELETRÔNICO REsp 1.239.625 / SC

Número Origem: 200872080005773

PAUTA: 19/08/2014 JULGADO: 04/09/2014

Relator

Exmo. Sr. Ministro BENEDITO GONÇALVES Presidente da Sessão

Exmo. Sr. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO Subprocuradora-Geral da República

Exma. Sra. Dra. DENISE VINCI TULIO Secretária

Bela. BÁRBARA AMORIM SOUSA CAMUÑA

AUTUAÇÃO

RECORRENTE : FAZENDA NACIONAL

ADVOGADO : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECORRIDO : NUTRON ALIMENTOS LTDA

ADVOGADOS : ALEXANDRE LIRA DE OLIVEIRA

OMAR RACHED

ASSUNTO: DIREITO TRIBUTÁRIO - Impostos - II / Imposto sobre Importação

CERTIDÃO

Certifico que a egrégia PRIMEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:

Prosseguindo o julgamento, após o voto-desempate da Sra. Ministra Regina Helena Costa, a Turma, por maioria, vencidos os Srs. Ministros Sérgio Kukina e Napoleão Nunes Maia Filho, negou provimento ao recurso especial, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.

Os Srs. Ministros Regina Helena Costa (RISTJ, art. 162, §2º, segunda parte) e Ari Pargendler (voto-vista) votaram com o Sr. Ministro Relator.

Referências

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