Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
autor
Arival Dias Casimiro Paulo Lalli
editorresponsável
Alberto José Bellan
revisão
Rachel Negrão Fernandes Rocha
capa, produçãoediagramação
fotocapa Shutterstock Images impressãoeacabamento Associação Religiosa Imprensa da Fé - SP 1ª Edição NovEmbrodE 2012 copyright © 2012 por Z3 Editora
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Apresentação ...5
Introdução ...7
Estudos 1. Eleito para ser um discípulo ...9
2. Chamado para ser um discípulo ...13
3. Decisão de ser um discípulo ...17
4. A liberdade do discípulo ...21
5. Os privilégios do discípulo ...25
6. A vida devocional do discípulo ...29
7. A santificação do discípulo ...33
8. A segurança da salvação ...37
9. Vencendo as tentações ...41
10. Compreendendo a vontade de Deus ...45
11. Compromisso com a igreja ...49
12. Todo discípulo é um mordomo ...53
13. Uma vida cheia do Espírito Santo ...57
14. O fruto do Espírito Santo ...61
15. Os dons espirituais ...65
16. Testemunhando fora da Igreja ...69
Uma igreja sem discipulado é uma utopia. Esforçar-se por desenvolver uma igreja sem a preocupação de formar discípulos é um trabalho extenuante que só produz adeptos para a religião cristã.
Nossas igrejas estão repletas de frequentadores que nunca foram ensinados, ou se foram, não obedecem aos princípios elementares do discipulado.
Isto porque o custo é grande e exige da pessoa uma devoção que coloca Deus, Sua justiça e Seu Reino acima de todas as coisas. Discipulado exige negação de si mesmo, tomar a cruz de Cristo e segui-lo a qualquer custo.
O Rev. Arival descreve com extrema clareza os princípios ensinados por Jesus e seus discípulos de como podemos vivenciar a vida abundante prometida por Jesus.
Quando resolvemos nos posicionar ao lado de Jesus, atendendo o seu convite, o critério é: “... quem comigo não ajunta, espalha; quem não é por mim é contra mim. Ninguém pode servir a dois senhores”.
Nesse sentido, temos que nos lembrar que estas decisões em nossa caminhada de conversão não há neutralidade, tem que ser decisões coerentes.
Elas devem influenciar a vida de modo efetivo e concreto. Pensamentos, palavras, atitudes e comportamento terão que ser afetados.
Para que o discipulado seja efetivo não basta apenas se conscientizar que isto é uma coisa boa. Não basta ler ou estudar as aulas aqui preparadas.
apReSentaçãO
Rede de Discipulado
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Seria ingenuidade de nossa parte - acreditar que estas fases só acontecem apenas em alguns momentos particulares e mais ou menos espetaculares e sensacionais de nossa vida, como em Retiros espirituais, congressos, seminários e “acampamentos”.
Precisamos estar dispostos a cada dia renunciar a alguma coisa e aceitar os desertos e silêncios de Deus. É preciso entender que hoje, agora, eu estou necessitando de conversão.
Creio que por esta razão, o Rev. Arival fez este esforço no sentido de nos ajudar através de seus estudos a entender as implicações do discipulado desejado por Cristo. Me surpreendeu a maneira didática e simples com que organizou seus estudos.
Espero que mais esta ferramenta seja uma bênção para muitos daqueles que ainda vivem escravizados pela religiosidade. Espero também que seja uma bênção para a Igreja Brasileira.
O discípulo é a pessoa que segue a Jesus, arrependida dos seus pecados, renunciando a sua vontade e pagando o preço do seu compromisso espiritual. Ele é alguém que assume publicamente a sua relação com Jesus. Ele é um aprendiz espiritual, que está se tornando semelhante a Jesus. Ele é um escolhido de Deus para frutificar, reproduzir e multiplicar espiritualmente.
A missão que Jesus dá a sua igreja é a de fazer novos discípulos: “Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vensinando-os tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mateus 28.18-20).
A missão contém quatro elementos universais, cada um deles marcado pela palavra “todo”: “toda autoridade”, “todas as nações”, “todas as coisas que vos tenho ordenado” e “todos os dias”. O cerne da missão é o discipulado. O imperativo é: fazei discípulos.
O processo do discipulado envolve pessoas influenciando outras espiritualmente. Discipular não é apenas transmitir informações bíblicas, mas promover formação espiritual. Na linguagem de Paulo, é uma rede de pessoas ensinando outras, o conteúdo da Palavra de Deus: E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros (2
Timóteo 2.2). A instrução envolve o ensino teórico acompanhado do
IntRODUçãO
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Introdução
Iniciamos hoje, o curso de discipulado. E, inicialmente, duas perguntas precisam ser respondidas:
:: o que é um discípulo de Jesus?
Discípulo é a pessoa que crer em Jesus Cristo como Filho de Deus, com a firme disposição de aprender e obedecer aos Seus ensinamentos. A palavra “discípulo” (grego – mathetes) significa, de modo geral, “aluno”, “aprendiz” ou “seguidor de um professor” (Mt 10.24). No Novo Testamento, o termo foi aplicado para os seguidores de João Batista (Mt 9.14), aos alunos dos fariseus (Mt 22.16), especificamente, aos doze apóstolos (Lc 9.1), e enfaticamente, aos verdadeiros discípulos (Jo 13.35). Após a ascensão de Jesus, a palavra discípulo foi usada amplamente para identificar todo seguidor de Cristo, isto é, todo cristão (At 6.12; 11.26). Quem quiser ser cristão, crente ou evangélico hoje, precisa se tornar um discípulo de Jesus.
:: Por que devemos fazer discípulos para Jesus?
Devemos fazer discípulos porque fomos ordenados por Deus. Ser discípulo e fazer discípulos não são opções, mas ordens claras de Deus, registradas na Bíblia (Dt 1.12-13; 6.6-9; Mt 28.18-20). Jesus ordenou e praticou o método de fazer discípulos. Ele investiu os três últimos anos da sua vida e do seu ministério, preparando os seus discípulos (Mc 3.13-15).
O nosso primeiro estudo é sobre a origem do discípulo. Como nasce ou surge um discípulo de Jesus?
1. ESCoLHIdo PArA SEr dISCÍPuLo
Um discípulo nasce por iniciativa divina. Jesus é quem escolhe as pessoas para serem seus discípulos. Ele disse aos seus primeiros discípulos: Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda (Jo 15.16). Três lições claras:
:: Primeira lição, Jesus escolheu os seus discípulos e não o contrário.
Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros. Jesus foi quem elegeu os seus discípulos bem como cada membro da sua igreja (Jo 6.70; Ef 1.4; 2Ts 2.13-14). Ele escolheu a quem quis, de forma soberana (Mc 3.13). Ele escolheu de maneira incondicional, pois não há nenhum motivo no escolhido que justificasse a sua escolha (Dt 7.7-8). Ser escolhido para ser um discípulo é um privilégio da Graça (Mt 20.16).