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concomitantemente, conforme condições, quantidades e exigências estabelecidas no Edital e seus anexos RESPOSTA À IMPUGNAÇÃO

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MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO

SUBSECRETARIA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E ADMINISTRAÇÃO

COORDENAÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E RECURSOS HUMANOS

COORDENAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATOS

PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 55000.002092/2014-68

PREGÃO ELETRÔNICO Nº 01/2015

Objeto: Registro de preços para eventual contratação de empresa de eventos e

correlatos para organização de Entregas das Máquinas do Programa de Aceleração e

Crescimento – PAC, Workshops, capacitações, força-tarefa, atos, oficinas, reuniões,

encontros, lançamentos, cursos e outros eventos do Ministério do Desenvolvimento

Agrário, em âmbito nacional, SOB DEMANDA, abrangendo planejamento operacional,

organização, execução, montagem de infraestrutura, fornecimento de bens,

mão-de-obra

e

apoio

logístico,

independentemente

da

prestação

de

serviços

concomitantemente, conforme condições, quantidades e exigências estabelecidas no

Edital e seus anexos

RESPOSTA À IMPUGNAÇÃO

IMPUGNANTES:

VIVER REPRESENTAÇÕES, TURISMO, ASSESSORIA E

CONSULTORIA LTDA.– CNPJ: 04.274.005/0001-63, UNICOM COMUNICAÇÃO E

PROMOÇÃO EIRELLI – CNPJ: 05.326677/0001-38 e VMO EVENTOS LTDA. –

CNPJ: 13.520.672/0001-70.

O Pregoeiro do Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA, no exercício

das suas atribuições regimentais e por força dos art. 4º, incisos XVIII e XX da Lei nº

10.520, de 17 de julho de 2002; art. 8º, inciso IV do Decreto nº 5.450, de 31 de maio

de 2005 e, subsidiariamente, do inciso II do art. 109 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de

1993, apresenta para os fins administrativos a que se destinam suas considerações e

decisões acerca da Impugnação recebida em 16/01/2015, por meio eletrônico (via

e-mail).

1. DA IMPUGNAÇÃO

As licitantes impugnam itens editalícios, no que se referem a qualificação

econômico-financeira, conforme a seguir:

A)

VIVER REPRESENTAÇÕES, TURISMO, ASSESSORIA E CONSULTORIA

LTDA.

(CNPJ: 04.274.005/0001-63)

“Ao Senhor

André dos Santos Santana Assistente do Setor de Licitações Pregoeiro do Pregão n.º 01/2015 Coordenação de Licitações e Contratos

Coordenadoria-Geral de Administração e Recursos Humanos

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO - MDA

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A Viver Representações, Turismo, Assessoria e Consultoria Ltda., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o 04.274.005/0001-63, estabelecida em Brasília – DF, com endereço em SHIN CA 01 Lote A, Bloco A, Salas 429/430, Shopping Deck Norte – Lago Norte – CEP 71.503.501, por sua representante legal Priscila de Mattos Rocha, portador da carteira de identidade RG n.º -2.660.775 - SSP/DF e inscrito sob o CPF n° 000.979.831-52, vem, respeitosamente, à presença de V. Exa., com fulcro no art. 41, da Lei n° 8.666/1993, e item 20 do Edital de convocação (01/2015), interpor a presente IMPUGNAÇÃO AO EDITAL Do PREGÃO ELETRÔNICO Nº 01/2015

(Processo Administrativo

n.°55000.002092/2014-68)

Pelos seguintes fundamentos de fato e de direito:

I - Da tempestividade

Preliminarmente, é de se assinalar que a presente impugnação é tempestiva, tendo em vista que a data marcada para a sessão de abertura da licitação é 21.1.2015 (quarta-feira), e hoje é dia 16.1.2015 (sexta-feira), portanto, mais de 2 (dois) dias úteis antes da data de abertura das propostas, consoante o disposto no item 20 do Edital em comento e do artigo 41, § 2º, da Lei nº 8.666/93, como segue: § 2o Decairá do direito de impugnar os termos do edital de licitação perante a administração o licitante que não o fizer até o segundo dia útil que anteceder a abertura dos envelopes de habilitação em concorrência, a abertura dos envelopes com as propostas em convite, tomada de preços ou concurso, ou a realização de leilão, as falhas ou irregularidades que viciariam esse edital, hipótese em que tal comunicação não terá efeito de recurso.

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O Pregão Eletrônico em referência tem por objeto o registro de preços para eventual contratação de empresa de eventos e correlatos para organização de Entregas das Máquinas do Programa de Aceleração e Crescimento – PAC, Workshops, capacitações, força-tarefa, atos, oficinas, reuniões, encontros, lançamentos, cursos e outros eventos do Ministério do Desenvolvimento Agrário, em âmbito nacional, SOB DEMANDA, abrangendo planejamento operacional, organização, execução, montagem de infraestrutura, fornecimento de bens, mão-de-obra e apoio logístico, independentemente da prestação de serviços concomitantemente, conforme condições, quantidades e exigências estabelecidas neste Edital e seus anexos.(grifos nossos).

III - Da observância aos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade

A licitação objetiva garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração, de maneira a assegurar oportunidade igual a todos os interessados e possibilitar o comparecimento ao certame do maior número possível de concorrentes.

O princípio da isonomia tem fundamento no art.5º da Constituição Federal e está preceituado no art.3º da Lei nº 8.666/93 como segue:

“Art.3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

§1º É vedado aos agentes públicos:

I – admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo e estabeleçam preferências

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ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato;”

Considerando que um dos princípios balizadores do processo licitatório é a busca pela proposta mais vantajosa pela Administração Pública e o atendimento do interesse público, as normas que disciplinam as licitações públicas devem ser interpretadas em favor da ampliação da disputa entre os interessados, desde que informadas no edital e não comprometam o interesse da administração, o princípio da isonomia, a finalidade e a segurança da contratação. A seguir, nos motivos da impugnação perceber-se-á claramente a não observância dos referidos princípios, pois as exigências contidas nos editais de licitação devem ser isonômicas, garantindo a participação de todas as empresas que tem real condição de fornecimento, e serem razoáveis e proporcionais ao objeto licitado.

IV - Dos fatos

O instrumento convocatório traz em seu item 9, relativo à habilitação, as seguintes exigências de qualificação econômico-financeira, respectivamente:

9.5.5.As licitantes deverão ainda complementar a comprovação da qualificação econômica-financeira por meio de:

9.5.5.1. Capital Circulante Líquido ou Capital de Giro (Ativo Circulante - Passivo Circulante) de, no mínimo, 16,66% (dezesseis inteiros e sessenta e seis centésimos por cento) do valor estimado da contratação, tendo por base o balanço patrimonial e as demonstrações contábeis do último exercício social;

9.5.1.2. Comprovação de patrimônio líquido de 10% (dez por cento) do valor estimado da contratação, por meio da apresentação do balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício social, apresentados na forma da lei, vedada a substituição por balancetes ou balanços provisórios, podendo ser atualizados por índices oficiais, quando

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encerrados há mais de 3 (três) meses da data da apresentação da proposta.

Nada obstante o reconhecido esmero dos servidores desse órgão na condução do presente procedimento licitatório, a recorrente não tem como se resignar com essas exigências, pois, apesar de terem amparo na Instrução Normativa n. 06/2013, publicada pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e no artigo 31 da Lei 8.666/1993, não há imposição legal que obrigue sua adoção, tratando-se de medida facultativa, a ser utilizada ou não, nos termos do poder discricionário da Administração.

No caso concreto, fica evidente que as aludidas exigências afrontam os princípios da isonomia, da razoabilidade, da proporcionalidade e da competitividade, uma vez que impedem que Microempresas e Empresas de Pequeno Porte ingressem no certame, bem assim restringem a participação de quase a totalidade das demais empresas que possuem condições de honrar a execução e fornecimento do objeto contratual, atentando, também, contra a exigência legal de preservação do caráter competitivo do procedimento licitatório, positivado no inciso I do § 1º, do art. 3º da Lei de regência, in verbis: Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

§ 1º É vedado aos agentes públicos:

I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo e estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato; (grifos nossos)

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Isto porque, em razão do valor estimado da licitação (R$ 148.307.411,60 (cento e quarenta e oito milhões trezentos e sete mil trezentos e quatrocentos e onze reais e sessenta centavos), divididos em 5 lotes, as empresas participantes teriam que apresentar os seguintes valores para cada região:

. Região Sul – valor médio global de R$ 30.455.357,62 (Trinta milhões quatrocentos e cinquenta e cinco mil trezentos e cinquenta e sete reais e sessenta e dois centavos); exigindo um capital circulante líquido ou capital de giro no montante de R$ 5.073.862,57 e de um patrimônio líquido de R$ 3.045.535,76; . Região Norte –valor médio global de R$ 26.097.787,90 (vinte seis milhões noventa e sete mil e setecentos e oitenta e sete reais e noventa centavos), exigindo um capital circulante líquido ou capital de giro no montante de e um patrimônio líquido de R$ 4.347.891,46 e de um Patrimônio líquido de R$ 2.609.778,79; . Região Sudeste–valor médio global de R$ 30.109.547,44 (trinta milhões cento e nove mil quinhentos e quarenta e sete reais e quarenta e quatro centavos), exigindo um capital circulante líquido ou capital de giro no montante deR$ 5.016.250,60e um patrimônio líquido de R$ 3.010.954,74;

. Região Nordeste – com valor médio global de R$ 31.132.306,55(trinta e um milhões cento e trinta e dois mil trezentos e seis mil duzentos e cinquenta e cinco centavos); exigindo um capital circulante líquido ou capital de giro no montante de R$ 5.186.642,27 e um patrimônio líquido de R$ 3.113.230,06;

. Região Centro-Oeste – com valor médio global de R$ 30.512.412,08(trinta milhões quinhentos e doze mil quatrocentos e doze reais e oito centavos); exigindo um capital circulante líquido ou capital de giro no montante de R$ 5.083.367,85 e um patrimônio líquido de R$ 3.051.241,20.

Após análise dos valores correspondentes aos percentuais exigidos, constata-se que, mesmo para participação em apenas um lote, a possibilidade de concorrência permanece reduzida, a ponto de

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comprometer o objetivo maior do certame, que é a busca da melhor proposta para a Administração Pública.

Tratando-se de licitação relativa e empresas de eventos, cuja principal atividade encontra-se na prestação de serviços, a imposição de apresentação dos percentuais acima mostra-se irreal frente à realidade brasileira.

Além disso, o próprio edital, em seus itens 18 e 19, respectivamente, trazem as seguintes orientações, verbis:

18. DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA (...)

18.2 O MDA se reserva o direito de, a seu critério, utilizar ou não a totalidade das verbas previstas.

19. CUSTO

19.1 Os itens apresentados no Anexo I deste Termo de Referência SÃO MERAMENTE ESTIMATIVOS, sendo o quantitativo máximo que o MDA poderá utilizar, podendo sofrer alterações quantitativas de acordo com a necessidade e interesse da Administração.(grifos nossos).

Ou seja, apesar de os valores constantes do edital serem meramente estimativos, sendo apenas limitadores dos valores máximos aceitos pelo órgão e não haver obrigatoriedade de contratação, eles servem para impedir a participação dos licitantes.

Aliado a isso, a prática do mercado demonstra que os preços finais dos contratos oriundos de licitações, em regra, finalizam em torno de 40% do valor inicial estimado para contratação, em razão da competitividade dos licitantes.

Em que pese o esforço da Administração Pública em buscar a segurança de contratar uma empresa que apresente uma qualificação econômico-financeira que garanta a execução do objeto da licitação, em observância ao interesse público, no caso concreto, a exigência de comprovação dos percentuais de 16,66% do capital circulante líquido ou de capital de giro e de patrimônio líquido de 10%

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em relação aos valores estimados da contratação, acaba por limitar demasiadamente a participação de licitantes, podendo resultar em licitação fracassada ou deserta, ou ainda propiciar o surgimento de cartel, pela quase inexistência da concorrência propriamente dita, o que tem como consequência preços mais elevados, pela ausência de competitividade, dominação do mercado por poucas empresas, aumento arbitrário dos lucros, não havendo que se falar em proposta mais vantajosa para a Administração Pública.

Há que se considerar, ainda, que a almejada segurança da Administração na efetiva prestação dos serviços a serem contratados pode ser conseguida pela exigência de garantia de execução, prevista no item 13.1 do aludido Edital, no valor correspondente a 5% (cinco por cento) do valor do Contrato, que somente será liberada de acordo com as condições previstas neste Edital, conforme disposto no art. 56 da Lei nº 8.666, de 1993, desde que cumpridas as obrigações contratuais, e ainda, bem assim pela imposição de eventuais multas, sanções e restrições cadastrais, que inclusive podem impedir a empresa de participar de outras licitações.

Ressalta-se, outrossim, que nossa empresa manteve contratos de prestação de serviços de eventos com esse órgão, no período de 2013/2014, nas Regiões Norte (nº 49/2013), Sudeste (nº 51/2013) e Centro Oeste (nº 56/2013), no valor aproximado de R$ 18.000.000,00 (dezoito milhões de reais), tendo os serviços prestados atendido plenamente à demanda, conforme atestados emitidos por esse Órgão, sem que houvesse necessidade de apresentação dos aludidos percentuais. Outro ponto a ser considerado, é a clara divergência entre as disposições contidas no item 9.5.4 e no item 9.5.5, subitem 9.5.1.2, porquanto no primeiro, a comprovação de 10% do patrimônio líquido sobre o valor estimado da contratação somente seria exigida das empresas que apresentassem quaisquer dos índices de liquidez igual ou inferior a 1 (um). Já no item 9.5.1.2 a exigência é para todas as empresas participantes, ou seja, nesse ponto o Edital torna-se confuso e contraditório,

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conforme se verifica da transcrição dos aludidos itens:

9.5.4. As empresas, cadastradas ou não no SICAF, que apresentarem resultado inferior ou igual a 1(um) em qualquer dos índices de Liquidez Geral (LG), Solvência Geral (SG) e Liquidez Corrente (LC), deverão comprovar patrimônio líquido de 10% (dez por cento) do valor estimado da contratação ou item pertinente.

9.5.5.As licitantes deverão ainda complementar a comprovação da qualificação econômico-financeira por meio de:

(...)

9.5.1.2. Comprovação de patrimônio líquido de 10% (dez por cento) do valor estimado da contratação, por meio da apresentação do balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício social, apresentados na forma da lei, vedada a substituição por balancetes ou balanços provisórios, podendo ser atualizados por índices oficiais, quando encerrados há mais de 3 (três) meses da data da apresentação da proposta. (grifos nossos)

Por todo o exposto, requer-se o conhecimento e o provimento da presente impugnação, a fim de que esse Órgão licitante exclua ou modifique os itens 9.5.5.1.e 9.5.1.2., da presente licitação, sanando a contradição apontada, para que assim, o maior número de fornecedores possa participar do certame, de forma a propiciar a escolha da proposta mais vantajosa para a Administração Pública, por ser tal medida de mais inteira, lídima e impostergável justiça, porquanto as exigências constantes nos aludidos itens do Edital SRP 01/2015 está (de certa forma) criando obstáculos para a livre participação de empresas interessadas no fornecimento de serviços de eventos.

Nestes termos, pede e aguarda deferimento. Brasília, 16 de janeiro de 2015.”

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Esse foi o relato dos fatos, na íntegra da impugnação anexada aos autos

do processo, com vistas franqueadas, conforme previsto no Edital.

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2. DA APRECIAÇÃO

Inicialmente, cabe apreciar o requisito de admissibilidade da referida

impugnação, ou seja, apreciar se a mesma foi interposta dentro do prazo estabelecido

para tal. Dessa forma, o Decreto 5.450/05, em seu artigo 18, dispõe: “Até dois dias

úteis antes da data fixada para abertura da sessão pública, qualquer pessoa poderá

impugnar o ato convocatório do pregão, na forma eletrônica”.

Os impugnantes deram entradas as presentes impugnações no MDA, em

tempo hábil, portanto, merecem ter seu mérito analisado, visto que respeitaram os

prazos estabelecidos nas normas sobre o assunto. A resposta estará disponível

publicamente no Comprasnet, e no processo do pregão, conforme endereço e horários

constantes em Edital.

Passando à análise do mérito das Impugnações, quanto aos pontos

levantados/impugnados pelo licitante, conforme posicionamento da Coordenação de

Licitações e Contratos e da comissão de licitações deste MDA tem-se as seguintes

considerações e entendimentos:

O item 9.5 do Edital em epígrafe, que trata da qualificação

econômico-financeira, deve ser observado da seguinte forma:

9.5.4: o subitem será suprimido do Edital, não sendo necessária a

comprovação do Patrimônio Líquido de 10% do valor estimado da contratação, caso a

empresa não atinja os índices do subitem superiores a 1 na Liquidez Geral Liquidez

Corrente Solvência Geral. Isso ocorre, tendo em vista, que será obrigatória a

comprovação dos requisitos do subitem 9.5.5.

9.5.5: as disposições contidas neste subitem, bem como todo o conteúdo

do Edital, encontram-se no padrão de minutas da Advocacia Geral da União – AGU,

para serviços continuados sem mão de obra exclusiva. Ressalta-se este Ministério ao

classificar, sob aprovação de Parecer Jurídico, o objeto do Pregão Eletrônico SRP n°

01/2015 como serviço de natureza continuada, está sob as orientações da IN n°

02/2008, alterada pela IN n° 06/2013. Tal alteração traz atualizações em relação à

habilitação nos procedimentos licitatórios.

A IN n° 06/2013, elaborada pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e

Gestão – MPOG, teve por base o Acórdão TCU nº 1.214/2013 – Plenário e

especificamente sobre a habilitação econômico-financeira, nos diz:

“III.a –Qualificação econômico-financeira 84. De acordo com o art. 27, inciso III, da Lei nº 8.666/93, para a habilitação nas licitações deverá ser exigida das licitantes a qualificação econômico-financeira, que será composta por um conjunto de dados e informações condizentes

com a natureza e as

características/especificidades do objeto, capazes de aferir a capacidade financeira da licitante com referência aos compromissos que terá de assumir caso lhe seja adjudicado o contrato.

85. No intuito de conhecer a abrangência das exigências de qualificação econômico-financeira nos processos licitatórios para

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contratação de serviços terceirizados foram, consultados editais de vários órgãos federais e percebeu-se que, embora a legislação permita exigência maior, somente tem-se exigido a comprovação de patrimônio líquido mínimo de 10% (dez por cento) do valor estimado da contratação quando quaisquer dos índices de Liquidez Geral, Liquidez Corrente e Solvência Geral são iguais ou inferiores a 1 (um).

86. Ocorre que, via de regra, as empresas não apresentam índices inferiores a 1 (um), por consequência, também não se tem exigido a comprovação do patrimônio líquido mínimo, índice que poderia melhor aferir a capacidade econômica das licitantes.

87. Por certo, este aparente detalhe, tem sido o motivo de tantos problemas com as empresas de terceirização contratadas que, no curto, médio e longo prazos, não conseguem honrar os compromissos assumidos com os contratantes.

88. O problema está no fato de que o cálculo de índices contábeis pelo método dos quocientes, tal como disponibilizado no SICAF, por si só, não tem demonstrado adequadamente a capacidade econômico-financeira das licitantes, eis que não a evidenciam em termos de valor. Assim, tem-se permitido que empresas em situação financeira inadequada sejam contratadas.

89. Com o propósito de salvaguardar a administração de futuras complicações, entendeu-se que há de se complementar as avaliações econômico-financeiras dos licitantes por meio de critérios ou índices que expressem valores como percentuais de outro valor, dentro do limite legalmente autorizado. Por exemplo, patrimônio líquido mínimo de 10% do valor estimado para a nova contratação ((ativo total – passivo)/10 > valor estimado da contratação), ou pelo método da subtração, como no caso do cálculo do capital de giro ou capital circulante líquido (ativo circulante – passivo circulante). 90. A título de exemplificação, em tese, na avaliação da liquidez corrente, uma empresa com R$ 1,50 (um real e cinquenta centavos) no ativo circulante e R$ 1,00 (um real) no passivo circulante terá o mesmo índice de liquidez de outra empresa com R$ 1.500.000.000,00 (um bilhão e quinhentos mil reais) no ativo circulante e R$ 1.000.000.000,00 (um bilhão) no passivo circulante, qual seja, liquidez corrente igual a 1,5. 91. Observa-se que, embora tenham o mesmo índice, são empresas com capacidades econômico-financeiras totalmente distintas. Todavia, se não fosse conhecido o ativo e o passivo circulante em termos de valor monetário,

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seriam elas, equivocadamente, consideradas como equivalentes do ponto de vista econômico-financeiro. Daí a utilidade do capital circulante líquido – CCL.

92. Em contratos de fornecimento de bens permanentes e de consumo a diferença entre os capitais circulantes líquidos – CCL´s das duas empresas hipotéticas citadas acima não seria tão relevante, pois o licitante tem espaço para negociar preços e prazos de pagamento com seu fornecedor e não carece, por exemplo, de liquidez ou patrimônio, eis que figura como espécie de intermediário e sua situação financeira não é determinante para o contratante, mas sim a efetiva entrega do bem. Além disso, não encargos previdenciários e/ou trabalhistas vinculados diretamente ao objeto. 93. Ao contrário das empresas de fornecimento de bens, as de terceirização de serviços são altamente demandantes de recursos financeiros de curto prazo e de alta liquidez, como moeda corrente, pois se faz necessário que disponham de recursos suficientes no ativo circulante para suportar despesa com a folha de pagamento e outros encargos a cada mês, independentemente do recebimento do pagamento do órgão para o qual presta os serviços.

94. Cabe consignar que, no âmbito da administração pública, salvo pequenas exceções, não há a figura do pagamento antecipado e nem seria razoável, pois a administração funcionaria como financiadora a custo zero de empresas de terceirização e não como contratante propriamente dita. Além disso, se assim o fosse, as empresas trabalhariam com risco zero, situação incompatível com as atividades da iniciativa privada, que pressupõem sempre a existência do risco do negócio.

95. O pagamento somente pode ocorrer após o ateste do serviço realizado, normalmente no decorrer do mês posterior à prestação dos serviços. Assim, faz sentido exigir das licitantes que tenham recursos financeiros suficientes para honrar no mínimo 2 (dois) meses de contratação sem depender do pagamento por parte do contratante. Uma empresa que não tenha esta capacidade quando da realização do processo licitatório, certamente terá dificuldades de cumprir todas as obrigações até o fim do contrato.

96. Além da avaliação da capacidade econômico-financeira da licitante por meio do patrimônio líquido e do capital circulante líquido, há que se verificar ainda se a mesma tem patrimônio suficiente para suportar compromissos assumidos com outros contratos sem comprometer a nova contratação.

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Essa condição pode ser aferida por meio da avaliação da relação de compromissos assumidos, contendo os valores mensais e anuais (contratos em vigor celebrados com a administração pública em geral e iniciativa privada) que importem na diminuição da capacidade operativa ou na absorção de disponibilidade financeira em face dos pagamentos regulares e/ou mensais a serem efetuados.

97. Considerando que a relação será apresentada pela contratada, é importante que a administração assegure-se que as informações prestadas estejam corretas. Desse modo, também deverá ser exigido o demonstrativo de resultado do exercício – DRE (receita e despesa) pela licitante vencedora.

98. Como, em tese, grande parte das receitas das empresas de terceirização é proveniente de contratos, é possível inferir a veracidade das informações apresentadas na relação de compromisso quando comparada com a receita bruta discriminada na DRE. Assim, a contratada deverá apresentar as devidas justificativas quando houver diferença maior que 10% entre a receita bruta discriminada na DRE e o total dos compromissos assumidos.

99. Por fim, comprovada a correlação entre o valor total dos contratos elencados na relação de compromissos e o montante da receita bruta discriminada na DRE, o valor do patrimônio líquido da contratada não poderá ser inferior a 1/12 do valor total constante da relação de compromissos.

100. Nos termos do artigo 31, parágrafos 1º e 5º, da Lei nº 8.666/93, no que diz respeito aos índices, somente é vedada a exigência de valores mínimos de faturamento anterior, índices de rentabilidade ou lucratividade, bem como índices e valores não usualmente adotados para a correta avaliação de situação financeira suficiente ao cumprimento das obrigações decorrentes da licitação.

“Art. 31. A documentação relativa à qualificação econômico-financeira limitar-se-á a:

....

§ 1º A exigência de índices limitar-se-á à demonstração da capacidade financeira do licitante com vistas aos compromissos que terá que assumir caso lhe seja adjudicado o contrato, vedada a exigência de valores mínimos de faturamento anterior, índices de rentabilidade ou lucratividade.

...

§ 5º A comprovação de boa situação financeira da empresa será feita de forma objetiva, através

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do cálculo de índices contábeis previstos no edital e devidamente justificados no processo administrativo da licitação que tenha dado início ao certame licitatório, vedada a exigência de índices e valores não usualmente adotados para correta avaliação de situação financeira suficiente ao cumprimento das obrigações decorrentes da licitação.” grifos nossos.

101. No mesmo sentido, a fixação do limite mínimo de 10% (dez por cento) do patrimônio líquido em relação ao valor da contratação está literalmente autorizada no art. 31, § 3º, da Lei nº 8.666/93, sem quaisquer exigências de justificativas ou outras restrições; bem assim a relação de compromissos, a qual deve ser calculada em função do patrimônio líquido atualizado, conforme dispõe o art. 31, § 4º, da Lei nº 8.666/93.

“Art. 31. A documentação relativa à qualificação econômico-financeira limitar-se-á a:

...

§ 3º O capital mínimo ou o valor do patrimônio líquido a que se refere o parágrafo anterior não poderá exceder a 10% (dez por cento) do valor estimado da contratação, devendo a comprovação ser feita relativamente à data da apresentação da proposta, na forma da lei, admitida a atualização para esta data através de índices oficiais.

...

§ 4º Poderá ser exigida, ainda, a relação dos compromissos assumidos pelo licitante que importem diminuição da capacidade operativa ou absorção de disponibilidade financeira, calculada esta em função do patrimônio líquido atualizado e sua capacidade de rotação.”

...

As licitantes deverão apresentar a seguinte documentação complementar:

Capital Circulante Líquido – CCL:

1.1. Balanço patrimonial e demonstrações contábeis do exercício social anterior ao da realização do processo licitatório, comprovando índices de Liquidez Geral (LG), Liquidez Corrente (LC) e Solvência Geral (SG) superiores a 1 (um), bem como Capital Circulante Líquido (CCL) ou Capital de Giro (Ativo Circulante – Passivo Circulante) de, no mínimo, 16,66% (dezesseis inteiros e sessenta e seis centésimos por cento) do valor estimado para a contratação; Patrimônio Líquido – PL mínimo de 10%:

(44)

1.2. Comprovação de patrimônio líquido não inferior a 10% (dez por cento) do valor estimado da contratação, por meio da apresentação do balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício social, apresentados na forma da lei, vedada a substituição por balancetes ou balanços provisórios, podendo ser atualizados por índices oficiais, quando encerrados há mais de 3 (três) meses da data da sessão pública de abertura do processo licitatório;

Relação de Compromissos e Demonstração do Resultado do Exercício – DRE:

1.3. Comprovação, por meio de declaração, da relação de compromissos assumidos, conforme modelo constante do Anexo X, de que 1/12 (um doze avos) do valor total dos contratos firmados com a Administração e/ou com a iniciativa privada, vigentes na data da sessão pública de abertura do processo licitatório, não é superior ao Patrimônio Líquido do licitante, podendo este ser atualizado na forma da subcondição anterior; 1.3.1. A declaração de que trata a subcondição 1.3 deverá estar acompanhada da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) relativa ao último exercício social;

1.3.2. A declaração de que trata a subcondição 1.3 que apresentar divergência percentual superior a 10% (dez por cento), para cima ou para baixo, em relação à receita bruta discriminada na Demonstração do resultado do Exercício (DRE) deverá estar acompanhada das devidas justificativas.

Certidão Negativa de Falência:

1.4. Certidão negativa de feitos sobre falência, recuperação judicial ou recuperação extrajudicial, expedida pelo distribuidor da sede do licitante;”

3. DA CONCLUSÃO

Do transcrito acima, conclui-se que:

O Patrimônio Líquido de 10% do valor estimado da contratação

está em conformidade com o art. 31 § 3° e 5° do art. 31 da Lei 8.666/93,

conforme abaixo:

“§ 3oO capital mínimo ou o valor do patrimônio

líquido a que se refere o parágrafo anterior não

poderá exceder a 10% (dez por cento) do valor estimado da contratação, devendo a

comprovação ser feita relativamente à data da apresentação da proposta, na forma da lei, admitida a atualização para esta data através de índices oficiais.” (O grifo é nosso)

(45)

“§ 5oA comprovação de boa situação financeira

da empresa será feita de forma objetiva, através do cálculo de índices contábeis previstos no edital e devidamente justificados no processo administrativo da licitação que tenha dado início ao certame licitatório, vedada a exigência de índices e valores não usualmente adotados para correta avaliação de situação financeira suficiente ao cumprimento das obrigações decorrentes da licitação.”

A adoção do Capital Circulante Líquido não está entre as vedações

do § 1º e 5º do art. 31 da Lei 8.666/93, conforme abaixo:

“§ 1o A exigência de índices limitar-se-á à demonstração da capacidade financeira do licitante com vistas aos compromissos que terá que assumir caso lhe seja adjudicado o contrato, vedada a exigência de valores mínimos de faturamento anterior, índices de rentabilidade ou lucratividade.”

“§ 5oA comprovação de boa situação financeira

da empresa será feita de forma objetiva, através do cálculo de índices contábeis previstos no edital e devidamente justificados no processo administrativo da licitação que tenha dado início ao certame licitatório, vedada a exigência de índices e valores não usualmente adotados para correta avaliação de situação financeira suficiente ao cumprimento das obrigações decorrentes da licitação.”

A exigência da Relação de Compromissos com a Administração

Pública está prevista no § 4° do art. 31 da Lei n° 8.666/93, conforme

a seguir:

“§ 4o Poderá ser exigida, ainda, a relação dos

compromissos assumidos pelo licitante que

importem diminuição da capacidade operativa ou absorção de disponibilidade financeira, calculada esta em função do patrimônio líquido atualizado e sua capacidade de rotação.”

Assim, pelo acima exposto, em justificativa apresentada pela Coordenação

de Licitações e Contratos, entendo que as condições previstas no Edital devem ser

mantidas parcialmente e, por conseguinte, que a impugnação interposta será

parcialmente deferida, no que trata do subitem 9.4 do Edital, sendo retirada a

exigência do mesmo. E indeferida em relação ao subitem 9.5 do Edital.

Brasília, 22 de janeiro de 2015.

ANDRÉ DOS SANTOS SANTANA

Pregoeiro

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