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2.4. AVIFAUNA
2.4.1. Introdução
Os estudos sobre a avifauna brasileira ainda são extremamente deficientes, considerando a diversidade da avifauna e as amostragens de curta duração; somado a isso, temos a grande extensão territorial do nosso país, a grande diversidade habitats da região Neotropical, bem como o pequeno número de pesquisadores trabalhando na área. Na região neotropical, nenhum grupo de vertebrados é tão bem conhecido quanto às aves, reunindo pré-requisitos que as tornam particularmente úteis como indicadoras da qualidade ambiental, servindo como parâmetro para a proteção de outros organismos e ecossistemas (Willis & Oniki, 1992).
As alterações ambientais determinam mudanças drásticas na composição de diversos organismos, as aves, em especial, funcionam como bioindicadores da qualidade ambiental, acumulando uma diversa gama de agentes poluentes e tóxicos em seus corpos. Além disso, um elevado número de espécies de aves encontra-se intimamente relacionadas a ambientes específicos, sendo bastante sensíveis a ligeiras modificações nos seus habitats (Sick, 1997).
A atividade de extração mineral acarreta uma série de impactos positivos e negativos ao meio ambiente de uma forma geral. Dentre alguns dos impactos ambientais ditos positivos temos, por exemplo, geração de renda e emprego, fornecimento de insumos para a indústria de construção civil ou mesmo para a indústria de um modo geral, o aproveitamento racional de recursos minerais, a geração de impostos, a contribuição para um processo de desenvolvimento econômico regional, etc. Como
alguns dos impactos negativos termos a questão do desmatamento, da poluição de
recursos hídricos, a produção de minerais inertes de difícil descarte, a modificação da paisagem, os efeitos sobre a fauna, dentre outros (Gonçales, 2004).
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No Estado de Mato Grosso, em especial em sua porção norte, estudos mais detalhados que avaliam o impacto de mineração sobre a avifauna são escassos ou inexistentes. Nesse contexto, faz-se absolutamente necessário a execução dos estudos sobre a avifauna regional e suas respostas ecológicas aos distúrbios antrópicos.
2.4.2. Objetivo
O objetivo deste estudo foi elaborar o Estudo de Impacto Ambiental através da realização de inventário da avifauna nas áreas de influência direta e indireta do empreendimento Projeto Aripuanã – Mineração e Beneficiamento de Minério Polimetálico de Zn, Cu e Pb, da Mineração Dardanelos Ltda., no Município de Aripuanã/MT, enfocando as espécies de aves de sub-bosque e aquelas ameaçadas de extinção, raras, endêmicas e migratórias, sendo levantados dados da ADA (Área Diretamente Afetada) e seu entorno, além de investigar e selecionar espécies de aves de sub-bosque com potencial de estudo para o programa de monitoramento.
2.4.3. Materiais e Métodos
A coleta de dados foi realizada em duas campanhas de campo contemplando a estação chuvosa (maio) e a seca (agosto).
2.4.3.1. Pontos de coleta
Foram estudadas sete áreas de amostragem, contemplando áreas de influência direta e indireta do empreendimento (Quadro 2.4.3-1). Para a segunda campanha foram considerados os mesmos pontos amostrados na primeira campanha e áreas alteradas no Município de Aripuanã/MT.
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Quadro 2.4.3-1. Caracterização dos pontos amostrados pela avifauna nas áreas de influência do empreendimento, na Serra do Expedito, Município de Aripuanã/MT. Legenda: P, pontos amostrados; EA, esforço amostral.
Ponto Habitat Coord. Geog.
Lat. Long EA Descrição
I Floresta
Ombrófila
10º 03’ 11,7”S
59º 29’ 38,9”W 8 h
AID; próximo ao topo da Serra do Expedito. Floresta ombrófila densa com serapilheira espessa e palmeiras
II Floresta
Ombrófila
10º 04’ 16,3” S
59º 29’ 17,5” W 8 h
AII; 2 km sudeste da Serra do Expedito. Floresta ombrófila aberta com árvores esparsas de 20 m de altura, muitos babaçus, tucuns e serapilheira rala.
III Floresta
Ombrófila
10º 02’ 34,8” S
59º 29’ 33,8” W 8 h
AII; 1 km noroeste da Serra do Expedito Floresta ombrófila aberta com árvores esparsas de 20 m de altura, muitos babaçus, tucuns e serapilheira espessa.
IV Floresta
Estacional
10º 04’ 16,3” S
59º 29’ 17,6” W 8 h
AID; Mata ombrófila aberta com palmeiras, árvores com mais de 20 m de altura e serapilheira densa.
V Vegetação
secundária
10º 02’ 05,0” S
59º 30’ 07,1” W 8 h
Área degradada, antigo garimpo, com lagoas e nascente de córregos.
VI Floresta de
encosta
10º 03’ 17,4” S
59º 29’ 32,5” W 8 h
AID; Mata de encosta aberta com
perturbação antrópica.
VII Área de
pasto 8 h
AID; Área de pastagem com poucas espécies vegetais.
A vegetação nos pontos amostrados caracteriza-se como floresta ombrófila, mais densa ou mais aberta, com presença de palmeiras em algumas delas e áreas alteradas por ação antrópica, como garimpo e exploração de madeira e palmito (Fotos 1, 2.4.3-2, 2.4.3-3, 2.4.3-4, 2.4.3-5; 2.4.3-6).
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Foto 2.4.3-1. Via de acesso, dentro do empreendimento, na Serra do Expedito, Município de Aripuanã/MT.
Foto 2.4.3-2. Vista parcial do entorno do empreendimento, com Floresta de Encosta e pastagens, na Serra do Expedito, Município de Aripuanã/MT.
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Foto 2.4.3-3. Área de Floresta Ombrófila no entorno do empreendimento, na Serra do Expedito, Município de Aripuanã/MT.
Foto 2.4.3-4. Área de pastagem no entorno do empreendimento, na Serra do Expedito, Município de Aripuanã/MT.
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Foto 2.4.3-5. Área de garimpo no entorno do empreendimento, na Serra do Expedito, Município de Aripuanã/MT.
Foto 2.4.3-6. Área de acampamento de retirada de palmitos, em floresta ombrófila, no entorno do empreendimento, na Serra do Expedito, Município de Aripuanã/MT.
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2.4.3.2. Métodos
As metodologias utilizadas para o registro das espécies de aves nas áreas amostradas foram:
2.4.3.2.1. Captura com redes de neblina
Foram utilizadas 18 redes de neblina (“mist-nets”) de 10 m de comprimento por 2,70 m de altura, malha de 36 mm, abertas durante 5 horas/dia em cada ponto amostral (Foto 2.4.3.2.1-1), totalizando aproximadamente 540 horas/rede (Quadro 2.4.3-1).
Foto 2.4.3.2.1-1. Rede de neblina instalada em uma das áreas de amostragem, na Serra do Expedito, Município de Aripuanã/MT.
2.4.3.2.2. Capturas com armas de pressão
Espécies de identificação complexa e de especial interesse científico foram coletadas com arma de pressão, taxidermizadas e depositadas na Coleção de Vertebrados do Instituto de Biociências da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
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2.4.3.2.3. Censos visuais e acústicos
Foram realizadas caminhadas ao longo de trilhas nas matas e das margens dos riachos, sendo as espécies observadas identificadas à vista desarmada ou com auxílio de binóculos. Os transectos foram realizados a pé, através das estradas de acesso e trilhas pré-existentes, passando por vários ambientes com paradas a cada dez minutos, totalizando aproximadamente 24 horas/homem de observação. Todos os indivíduos observados e/ou escutados (zoofonia) foram anotados. Caminhadas aleatórias foram realizadas nas áreas de influência direta e indireta do empreendimento. Nestas áreas foram realizadas gravações das vocalizações e logo a seguir feito playback (reprodução do seu canto) para atrair as aves, anotando-se os indivíduos ali encontrados. Tais gravações foram realizadas com um gravador digital Sony TCM e microfone direcional.
A listagem contendo todas as espécies de aves Passeriformes e não-Passeriformes registradas nas áreas de influência direta e indireta do empreendimento foi elaborada adotando listagem sistemática sugerida pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO, 2007). O status (residente no Brasil ou visitante) das espécies seguiu, também, sugestões do CBRO. O grau de ameaça das espécies foi adotado a lista oficial do IBAMA (Brasil, 2003).
2.4.3.3. Análise de dados
Através do estimador não-paramétrico Jackknife de primeira ordem, do programa EstimateS versão 6.0 B1 (Colwell, 2000), calculamos o valor estimado da riqueza de espécies de aves na área estudada. Uma curva de acumulação de espécies foi construída para cada ponto amostrado, sendo os valores estimados em cada uma associados a um intervalo de confiança de 95%.
A análise de similaridade foi utilizada para compararmos a composição da comunidade de aves nos pontos de coleta. Para tanto utilizamos uma matriz de dados que se baseia em dados de presença e ausência das espécies, retirando, dessa forma, a influência da abundância de cada uma. Como método de análise (medida de distância),
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empregou-se o Índice de Similaridade Qualitativo de Sorensen (Magurram, 1988), usando o pacote estatístico MVSP (Multi-Variate Statistical Package).
2.4.4. Resultados e Discussões
Considerando as áreas amostradas do empreendimento, foram registradas 190 espécies de aves pelos métodos, distribuídas em 48 famílias, sendo 105 (55%) espécies de ordens não-Passeriformes e 85 (45%) espécies da Ordem Passeriformes. As famílias melhor representadas foram Psittacidae com 17 espécies, Thamnophilidae e Thraupidae com 14 espécies cada, Columbidae com 12 e Trochilidae com 11 espécies (Tabela 2.4.4-1).
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Tabela 2.4.4-1. Lista das espécies de aves registradas pelos métodos utilizados nos sete pontos amostrados, na Serra do Expedito, Município de Aripuanã/MT, com nomes científico e popular, ponto do registro (P1 a P7), status e forma de registro. Legenda: r, residente no Brasil; v, registro visual e/ou vocal; c, coleta com rede de neblina.
TÁXON NOME POPULAR LOCAL STATUS FORMA DE
REGISTRO P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7
Ordem TINAMIFORMES Família TINAMIDAE
Tinamus guttatus inhambu-galinha x x x r v
Tinamus tao azulona x x x x r v
Crypturellus soui tururim x x x r v
Crypturellus tataupa inhambu-chintã x x r v
Ordem ANSERIFORMES Família ANATIDAE
Amazonetta brasiliensis pé-vermelho x x r v
Ordem GALLIFORMES Família CRACIDAE
Penelope superciliares aracuã-de-sobrancelhas x x x r v
Ordem CICONIIFORMES Família ARDEIDAE
Butorides striata socozinho x x r v
Bulbucus ibis garça vaqueira x r v
Tigrisoma lineatum soco boi x r v
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TÁXON NOME POPULAR LOCAL STATUS FORMA DE
REGISTRO P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7
Família CATHARTIDAE
Sarcorhamphus papa urubu-rei x x r v
Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha x x x r v
Cathartes burrovianus urubu-de-cabeça-amarela x x x r v
Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta x x x r v
Ordem FALCONIFORMES Família ACCIPITRIDAE
Elanoides forficatus sovi x x x r v
Ictinia plumbea gavião-vaqueiro x x x x r c
Leucopternis kuhli gavião-ripina x x x x r c
Harpagus bidentatus sovi x r v
Gampsonyx swainsonii gavião-carijó x x r v,c
Rupornis magnirostris gavião-carijó x x x x x r v,c
Spizaetus ornatus gavião de penhaço x x x r v
Buteogallus urubitinga gavião-preto x x x r v
Família FALCONIDAE
Milvago chimachima gavião carrapateiro x r v
Caracara plancus caracará x x r v
Herpetotheres cachinnans acauã x x r v
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TÁXON NOME POPULAR LOCAL STATUS FORMA DE
REGISTRO P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7
Falco femoralis quiriquiri x x r v
Falco sparverius falcão-relógio x r c
Ordem GRUIFORMES Família PSOPHIIDAE
Psophia viridis jacamim de costas verde x x x r v
Família RALLIDAE
Porphyrio martinica frango-d'água-azul x r v
Ordem CHARADRIIFORMES Família JACANIDAE
Jacana jacana cafezinho x x r v
Família CHARADRIIDAE
Vanellus chilensis quero-quero x x x r v
Ordem COLUMBIFORMES Família COLUMBIDAE
Columbina talpacoti rolinha-roxa x x x r v
Columbina picui rolinha-picui x r v
Patagioenas speciosa pomba-trocal x x x x x r v
Patagioenas plumbea pomba-amargosa x x x r v
Patagioenas cayennensis pomba-galega x x x x r v
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TÁXON NOME POPULAR LOCAL STATUS FORMA DE
REGISTRO P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7
Claravis pretiosa pararu-azul x r v
Scardafella squammata fogo-apagou x r v
Leptotila verreauxi juriti-pupu x x x r v
Leptotila rufaxilla juriti-gemedeira x x r v
Geotrygon montana juriti-vermelha x x x r v
Geotrygon violacea pariri x x x x r v
Ordem PSITTACIFORMES Família PSITTACIDAE
Ara ararauna arara-canindé x x x x r v
Ara macao araracanga x x x x r v
Aratinga aurea periquito-rei x r v
Aratinga weddelli periquito-de-cabeça-suja x x r v
Brotogeris chrysoptera periquito-de-encontro-amarelo x x x x r v
Pionus menstruus maitaca-de-cabeça-azul x x x r v
Pionus maximiliani maitaca-verde x x r v
Orthopsittaca manilata maracanã-do-buriti x x x r v
Diopsittaca nobilis maracanã-pequena x r v
Ara severus maracanã-guaçu x x r v
Aratinga leucophthalma periquitão-maracanã x x r v
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TÁXON NOME POPULAR LOCAL STATUS FORMA DE
REGISTRO P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7
Amazona amazonica curica x x x r v
Amazona farinosa papagaio-moleiro x x x x r v
Pyrrhura molinae tiriba-de-cara-suja x x x x r v
Pyrrhura snethlageae tiriba-do-madeira x r
Ordem CUCULIFORMES
Família CUCULIDAE x x
Piaya cayana alma-de-gato x x x r v
Piaya melanogaster chincoã-de-bico-vermelho x r v
Família CROTOPHAGINAE
Guira guira anu-branco x x r v
Crotophaga ani anu-preto x r v
Família NEOMORPHINAE
Tapera naevia saci do campo x x r v
Ordem STRIGIFORMES Família TYTONIDAE
Tyto alba coruja-da-igreja x x x r v
Família STRIGIDAE
Bubo virginianus murucutu x x x r v
Otus choliba corujinha-do-mato x x r v
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TÁXON NOME POPULAR LOCAL STATUS FORMA DE
REGISTRO P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7
Ordem
CAPRIMULGIFORMES Família CAPRIMULGIDAE
Nyctidromus albicollis bacurau x x x r v
Caprimulgus parvulus bacurau-chintã x x x r v
Ordem APODIFORMES Família APODIDAE
Cypseloides senex taperuçu-velho x r v
Streptoprocne zonaris taperuçu-de-coleira-branca x x r v
Família TROCHILIDAE
Phaethornis malaris besourão-de-bico-grande x x x r
Phaethornis ruber rabo-branco-rubro x x x r v,c
Phaethornis subochraceus rabo-branco-de-barriga-fulva x x x x r v,c
Phaethornis hispidus beija-flor-tesoura-verde x x x r v
Thalurania furcata beija-flor-de-garganta-verde x x r v
Campylopterus largipennis asa-de-sabre-cinza x r v
Anthracothorax nigricollis beija-flor-de-veste-preta x x r v Chlorostilbon aureoventris esmeralda-de-cauda-azul x x r v
Hylocharis cyanus beija-flor-roxo x x r v
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TÁXON NOME POPULAR LOCAL STATUS FORMA DE
REGISTRO P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7
Amazilia versicolor beija-flor-de-banda-branca x x r v
Ordem TROGONIFORMES v
Família TROGONIDAE
Trogons curucui surucuá-de-barriga-vermelha x x x x r v,c
Trogon melanurus surucuá-de-cauda-preta x x x r v,c
Trogon viridis surucuá-grande-de-barriga-amarela x x x r v,c
Ordem CORACIIFORMES
Família ALCEDINIDAE
Ceryle torquatus martim-pescador-grande x r v
Chloroceryle amazona martim-pescador-verde x r v
Chloroceryle inda martim-pescador-da-mata x x r v
Família MOMOTIDAE
Momotus momota udu-de-coroa-azul x x x r v
Ordem GALBULIFORMES Familia GALBULIDAE
Galbula dea ariramba-do-paraíso x r c
Galbula cyanicollis ariramba-da-mata x x x r v,c
Família BUCCONIDAE
Monasa nigrifrons chora-chuva-preto x x x x x r v
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TÁXON NOME POPULAR LOCAL STATUS FORMA DE
REGISTRO P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7
Ordem PICIFORMES Familia RAMPHASTIDAE
Ramphastos tucanus tucano-grande-de-papo-branco x x x x r v
Pteroglossus castanotis araçari-castanho x x x r v,c
Pteroglossus inscriptus araçari-miudinho-de-bico-riscado x x x r v Família PICIDAE
Picumnus aurifrons birro, pica-pau-branco x x x r v
Melanerpes cruentatus pica-pau-anão-dourado x x x x r v
Piculus chrysochloros pica-pau-dourado-escuro x x r v
Celeus flavus pica-pau-amarelo x x r v
Dryocopus lineatus pica-pau-de-banda-branca x x x r v
Campephilus rubricollis pica-pau-de-barriga-vermelha x x x r v Ordem PASSERIFORMES
Família THAMNOPHILIDAE
Thamnophilus punctatus choca-bate-cabo x x r c
Thamnomanes saturninus uirapuru-selado x r c
Thamnophilus doliatus choca-barrada x x x r
Thamnophilus schistaceus choca-cantadora x x x r c
Pygiptila stellaris choquinha-de-barriga-ruiva x x r c
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TÁXON NOME POPULAR LOCAL STATUS FORMA DE
REGISTRO P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7
Myrmothera campanisona tovaca-patinho x x r c
Cercomacra nigrescens chororó-negro x x x r v
Microrhopias quixensis papa-formiga-de-bando x x r c
Hylophilax poecilenota rendadinho x x r c
Hypocnemis cantator papa-formiga-cantador x r c
Hylophylax naevia papa-formiga-do-igarapé x r c
Formicivora grisea papa-formiga-pardo x x x r c
Phlegopsis nigromaculata mãe-de-taoca x x x r c
Família DENDROCOLAPTIDAE
Glyphorynchus spirurus arapaçu-de-bico-de-cunha x x x r c
Xiphorhynchus spixii arapaçu-de-spix x x x r v
Sitassomus griseicapillus arapaçu-verde x x r
Deconychura longicauda arapaçu-rabudo x x x r v,c
Família FURNARIIDAE
Synallaxis rutilans joão-teneném-castanho x r v
Furnarius rufus João de barro x r v
Phacellodomus ruber graveteiro x r v
Família TYRANNIDAE
Mionectes oleagineus abre-asa x x x x r v
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300
TÁXON NOME POPULAR LOCAL STATUS FORMA DE
REGISTRO P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7
Myiozetetes similis bentevizinho-de-penacho-vermelho x x x r
Myiozetetes cayanensis bentevizinho-de-asa-ferrugínea x x r v
Pitangus sulphuratus bem-te-vi x r c
Philohydor lictor bentevizinho-do-brejo x x x r v
Tyrannus melancholicus suiriri x x x x r v
Myiarchus ferox maria-cavaleira x x x x x r v
Myiopagis gaimardii maria-pechim x x x r v
Machetornis rixosus suiriri cavaleiro x r v
Família COTINGIDAE
Lipaugus vociferans cricrió x x x x r c
Gymnoderus foetidus anambé-pombo x x x x r c
Família PIPRIDAE
Lepidothrix nattereri uirapuru-de-chapéu-branco x x r c
Pipra fasciicauda uirapuru-laranja x x r c
Pipra rubrocapilla cabeça-encarnada x x r c
Família TITYRIDAE
Schiffornis turdina flautim-marrom x r c
Tityra semifasciata anambé-branco-de-máscara-negra x r v
Família VIREONIDAE
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301
TÁXON NOME POPULAR LOCAL STATUS FORMA DE
REGISTRO P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7
Vireo olivaceus juruviara x x x r v
Familia HIRUNDINIDAE
Progne tapera andorinha-dosmestica-grande x x x x r v
Atticora fasciata andorinha-doméstica-grande x x r v
Stelgidopteryx ruficollis andoriha-de-coleira x x r v
Família TROGLODYTIDAE
Campylorhynchus turdinus catatau x x r c
Thryothorus genibarbis garrinchão-pai-avô x x x r
Troglodytes musculus corruíra x x x x r v
Família POLIOPTILIDAE
Polioptila dumicola balança-rabo-de-máscara x x r v
Família TURDIDAE
Turdus fumigatus sabiá-da-mata x x x r v
Turdus amaurochalinus sabiá-poca x x r v
Família MIMIDAE
Mimus saturninus sabiá do campo x r v
Familia COEREBIDAE
Coereba flaveola cambacica x x x x r v,c
Família THRAUPIDAE
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302
TÁXON NOME POPULAR LOCAL STATUS FORMA DE
REGISTRO P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7
Tachyphonus cristatus tiê-galo x x r c,v
Ramphocelus carbo pipira-vermelha x x x x x r v
Thraupis palmarum sanhaçu-do-coqueiro x x x x x x r c,v
Thraupis episcopus sanhaçu-da-amazônia x x x x x r c,v
Tangara chilensis tangara-sete-cores-da-amazônia x r v
Tersina viridis saí-andorinha x x x r v,c
Eucometis penicillata pipira-da-taoca x x r v
Cissopis leverianus tietinga x r v
Conirostrum speciosum figuinha-de-rabo-castanho x x r v
Euphonia laniirostris gaturamo-de-bico-grosso x r v
Cyanerpes caeruleus saí-de-perna-amarela x x r v
Cyanerpes cyaneus saíra-beija-flor x x r v
Euphonia pectoralis ferro-velho x x x r v
Família EMBERIZIDAE
Arremon taciturnus tico-tico-de-bico-preto x x r c
Volatinia jacarina tiziu x x x r v
Paroaria gularis cardeal-da-amazônia x x r c
Zonotrichia capensis x r c
Família CARDINALIDAE
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303
TÁXON NOME POPULAR LOCAL STATUS FORMA DE
REGISTRO P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7
Saltator maximus tempera-viola x x r v
Passerina cyanoides azulão-da-amazônia x x x r c
Cyanocompsa brissonii azulão x r c
Família PARULIDAE
Parula pitiayumi mariquita x x r v
Família ICTERIDAE
Cacicus cela xexéu x x x x x r c,v
Icterus cayanensis encontro x x r v
Sturnella superciliaris polícia-inglesa-do-sul x r
Psarocolius viridis japu-verde x x r v
Psarocolius decumanus japu x r v
Gnorimopsar chopi graúna x r v
Família FRINGILLIDAE
Sicalis flaveola canário da terra x r v
Volatinia jacarina tziu x x x r c,v
Sporophila collaris coleiro-do-brejo x x r v
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O setor noroeste do Estado de Mato Grosso (região de Aripuanã) foi alvo de vários inventários, entre eles destaca-se o realizado pelo Instituto da de Pesquisas Amazônia (INPA), dirigido pelo ornitólogo brasileiro Fernando Novaes, entre 26 de setembro a 21 de outubro de 1975. A expedição do INPA colecionou um número grande de pássaros, registrando 116 espécies para o município de Aripuanã (Novaes, 1976). Mais recentemente, a região de Aripuanã foi visitada duas vezes durante a elaboração do “Zoneamento Sócio-Economico-Ecológico do Estado Mato Grosso”. A primeira campanha foi administrada durante a estação chuvosa (24 outubro a 15 de novembro de 1996) e a outra durante a estação seca (22 de julho a 05 de agosto de 1997). Esta expedição registrou 399 espécies para o mesmo município (Mato Grosso, 2002). Pinho et al. (submetido), em duas campanhas de campo (chuva e seca, 11 a 15 de novembro de 2003 e 14 a 25 de setembro de 2004) em Aripuanã registraram 496 espécies e 229 no município de Castanheira (11 a 21 de novembro de 2002).
2.4.4.1. Riqueza de espécies
A maior riqueza foi observada para o Ponto 3 (floresta ombrófila), seguido pelos Pontos 4, 2 (ambos de floresta ombrófila) e pelo Ponto 6, de floresta de encosta. Esta riqueza pode ser explicada pelo grau de conservação dos habitats amostrados. Os Pontos que apresentaram menor riqueza de espécie foram o 5 e 7 (Figura 2.4.4.1-1). Nas áreas de pastagens e abandonada pelo garimpo obtivemos baixa riqueza de espécies, sendo registradas apenas espécies como Vanellus chilensis, Pitangus sulphuratus, Myiozetes cayanensis e Volatina jacarina, todas comuns de áreas abertas e antropizadas.
A diferença da riqueza entre os habitats amostrados provavelmente deve-se ao fato do grau de exploração; o Ponto 3 apesar da extração de palmeiras para retirada de palmitos, ainda abriga a maior parte da avifauna local, o ponto 4 apesar da proximidade com a Mineração, ainda conserva grande área continua de floresta. Outras áreas se apresentam como grandes fragmentos de floresta, muitas vezes isolados por porções de
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terras com pastagens ou que foi retirada de madeira, o que dificulta o deslocamento de indivíduos entre fragmentos, levando a essa diferença de riqueza observada.
Figura 2.4.4.1-1. Número de espécies de aves observadas por ponto de amostragem, nas áreas de influência direta e indireta da do empreendimento, na Serra do Expedito,
Município de Aripuanã/MT.
O isolamento como causa da menor riqueza, pode ser observado nos Pontos 5, 6 e 7, sendo que a área 5 e 7 perderam a maior parte de sua vegetação e a 6 se apresenta como uma grande ilha de vegetação isolada por pastagens e áreas abandonadas por garimpo. Os dados sugerem que habitats com maior integridade e maior faixa vegetacional servem como corredores para fauna fazendo ligação entre os habitats, evidenciando a importância do papel das florestas contínuas na manutenção da avifauna local, através da oferta de recursos alimentares, abrigo para espécies de áreas abertas e manutenção de corredores de dispersão para espécies de outros biomas (Karr & Roth, 1971). Atualmente, as áreas de preservação permanente vêm se tornando ilhas isoladas, imersas numa matriz de espaços totalmente antropizados pela exploração de madeira e expansão da pecuária intensiva. Populações animais e vegetais, isoladas nesses fragmentos, estão sujeitas a perda de variabilidade genética, levando ao desaparecimento local de muitas espécies na região. Os dados suportam a ideia de
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reforçar a manutenção de áreas continuas e de áreas de preservação permanente ao longo dos rios e áreas de encostas abrigando assim a avifauna regional.
Todos os pontos de amostragem tiveram incremento de espécies na campanha da estação seca em relação à campanha da estação chuvosa, sendo o período de seca o mais rico em espécies. Observamos uma variação sazonal (período chuvoso e seco) quanto à abundância total das aves em todas as fisionomias estudadas, sendo também o período de seca o mais abundante. Esta variação deve estar relacionada com o deslocamento das espécies em função da disponibilidade de recursos, proteção contra altas temperaturas e sítios disponíveis para reprodução e forrageamento nos habitats mais estruturados.
As curvas do coletor revelam que, apesar do esforço de amostragem, o número de espécies de aves de cada área não foi totalmente estimado, representando 38,5 % do total de aves registrado para o Município de Aripuanã. A curva do coletor gerada para os dados não indica a proximidade de uma assíntota, sugerindo que em um estudo mais detalhado este número poderá ser substancialmente aumentado (Figura 2.4.4.1-2).
Figura 2.4.4.1-2. Curva do coletor para as espécies de aves, para os métodos de censo por pontos e captura por redes de neblina, estimado em função do esforço amostral em sete
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No geral, a avifauna da região de Aripuanã, segundo ZSEE (Mato Grosso, 2002), é de caráter amazônico e mais de 70% do total de espécies registradas são dependentes de ambientes florestados, as restantes são mais generalistas. Segundo Karr & Roth (1971), em termos de número de indivíduos, a mata aparenta ser o habitat que suporta mais aves que outros ambientes, devido à sua maior complexidade estruturais. A utilização de mais de um habitat por algumas espécies de aves mostra insuficiência à conservação de um só habitat para manutenção destas populações.
Tendo como referência a lista oficial do IBAMA, não foi registrada nenhuma espécie ameaçada de extinção. Nessa localidade foi registrado um grande número de aves com alta sensibilidade às perturbações antrópicas, evidenciado pelas amostras das aves (Stotz et al., 1996), Estas espécies são de extrema importância para conservação da área (Fotos 2.4.4.1-1; 2.4.4.1-2; 2.4.4.1-3; 2.74.4.1-4), mas podem se extinguir localmente, uma vez que a área vem sendo alterada pela expansão da pecuária, retirada de madeira e exploração do ouro.
Foto 2.4.4.1-1. Hylophilax naevius (papa-formiga-do- igarapé), espécie com sensibilidade antrópica, registrada na Serra do Expedito, Município de Aripuanã/MT.
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Foto 2.4.4.1-2. Hypocnemis cantator (papa-formiga-cantador), espécie com sensibilidade antrópica, registrada na Serra do Expedito, Município de Aripuanã/MT.
Foto 2.4.4.1-3. Hylophilax poecilenota (rendadinho), espécie com sensibilidade antrópica, registrada na Serra do Expedito, Município de Aripuanã/MT.
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Foto 2.4.4.1-4. Cercomacra nigrescens (chororó-negro), espécie com sensibilidade antrópica, registrada na Serra do Expedito, Município de Aripuanã/MT.
Não foram encontradas espécies migratórias que não se reproduzem no Brasil, mas houve o registro de espécies parcialmente migratórias. Estas fazem mudança das populações dentro do próprio Brasil, em determinadas épocas do ano, e outras populações ficam residentes. Correspondem a espécies como urubu-da-cabeça-vermelha (Cathartes aurea), urubu-de-cabeça-amarela (Cathartes burrovianus), bem-te-vi-pirata
(Legatus leucophaius), bem-te-vi (Pitangus sulphuratus), bem-te-vi-rajado
(Myiodynastes maculatus), garrincha (Troglodytes musculus) e tico-tico (Zonotrichia capensis). A importância destas migrações é o de estabelecer uma troca de material genético entre as populações brasileiras, funcionando como metapopulações.
Dentre as categorias alimentares registradas na área estudada, os insetívoros foram os mais bem representados, seguidos por granívoros, frugívoros, onívoros, carnívoros, nectarívoros, piscívoros e necrófagos (Figura 2.4.4.1-3).
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Figura 2.4.4.1-3. Dieta alimentar das espécies de aves registradas na Serra do Expedito, Município de Aripuanã/MT.
2.4.4.2. Espécies bioindicadoras
Aves de sub-bosque respondem rapidamente a distúrbios em seus habitats. As espécies seguidoras de correição são excelentes indicadores ambientais, tais como Phlegopsis nigromaculata, Thamnomanes saturninus, Hylophylax poecilinotus, Deconycura longicauda, sendo as duas primeiras particularmente adaptadas a isto. Foram observados também bandos mistos de aves insetívoras forrageando em estrato médio e dossel da floresta, como Xenops rutilans, Piaya cayana, Myiopagis gaimardii, Cyanerpes cyaneus e Tacphonus cristatus. Espécies de frugívoros como os traupídeos, cardinalídeos e fringilídeos foram bem representados na região. Para Foster (1978) estas espécies são muito sensíveis às alterações do ambiente, pois em relação a outros recursos alimentares, os frutos são temporais e com distribuição espacial.
Espécies generalistas foram registradas em sítios com maior fragmentação florestal (ex., Pontos 5, 6 e 7); estas espécies (p. ex., Rupornis magnirostris, Caracara plancus, Milvago chimachima, Vanellus chilensis, Columbina talpacoti, Crotophaga ani, Tyrannus melancholicus, entre outros) se destacam por sua maior capacidade de adaptação a fragmentação de paisagens e exploração de recursos. Foram registradas
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várias espécies de aves com alto valor cinegético, entre elas alguns tinamídeos (Tinamus solitarius) e cracídeos (Penelope superciliares). Segundo Thiollay (1994) muitas destas espécies se alimentam de frutos e sementes caídos no solo e, por serem habitantes de sub-bosque, são particularmente vulneráveis à alteração ambientais.
2.4.4.3. Similaridade
A Figura 2.4.4.3-1 apresenta o dendrograma com a semelhança entre as áreas amostradas. A similaridade mais forte está entre os Pontos 1 e 4, seguidas pelo grupo 2 e 6. A área mais dissimilar do grupo foi o Ponto 7. O primeiro grupo é explicado pela melhor integridade do habitat e semelhança na composição florística. Para o segundo, existe também uma semelhança na composição avifaunística específica de cada formação (ex. maior riqueza de espécies de aves de sub-bosque presente no Ponto 2 - floresta ombrófila). A dissimilaridade no último grupo é explicada pelo grau de antropização e baixa riqueza de espécies de aves. Para Martin (1995) a qualidade e a disponibilidade de habitat atuam diretamente sobre a sobrevivência e sucesso reprodutivo de aves, agregando maior número de espécies.
Figura 2.4.4.3-1. Índice de similaridade na composição de espécies de aves (análise de cluster), para os dados dos Pontos de Amostragem, na Serra do Expedito, Município de
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2.4.5. Considerações Finais
A área de influência indireta do empreendimento encontra-se bem modificada pelas atividades de extração de madeira, ouro, palmitos e agropecuária. A avifauna da área de influência direta e indireta do empreendimento pode ser considerada uma das mais ricas da Amazônia, abrigando espécies de aves endêmicas do “centro Rondônia”, além de ser uma área prioritária para a conservação da avifauna na Amazônia Brasileira (Oren, 2001; Capobianco et al., 2001; Brasil, 2002).
Na área de influência direta, a riqueza de espécies também se mostrou elevada, com a existência de espécies endêmicas e daquelas que atestam à boa qualidade das florestas ainda existentes na região. Nesse contexto, vale ressaltar a importância das áreas de floresta ombrófila aberta submontana, onde ainda são encontradas espécies endêmicas, grandes rapinantes e aves seguidoras de formigas de correição. Tais espécies indicam que essas áreas ainda apresentam um bom estado de conservação. As áreas de floresta ombrófila aberta submontana abrigam diversas espécies que estão intimamente associadas a esse tipo de ambiente na região Amazônica.
Os micro-habitats especiais existentes, como lagoas, brejos e afloramentos rochosos, que sofrem a influência da Bacia do Rio Aripuanã são extremamente importantes para aves migratórias. Isso ocorre porque existem nesses locais várias poças d’água onde tais espécies se alimentam. É possível que a maioria dessas espécies migrantes dependa desses ambientes para fazer paradas regulares durante suas longas jornadas migratórias.
As pastagens abrigam espécies de aves comuns e de ampla plasticidade ambiental, sendo que algumas dessas espécies têm expandido suas áreas de distribuição originais em virtude dos desmatamentos, como é o caso do anu-branco (Guira guira), do anu-preto (Crotophaga ani), bem-te-vi (Pitangus sulphuratus), entre outros.
Resumidamente, os resultados indicam que a comunidade de aves na região está bem estruturada nas áreas de florestas contínuas, com uma comunidade de aves de
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bosque diversa e representativa. Os dados de aves para a área indicam que o ambiente parece estar equilibrado, sustentando uma avifauna rica e representativa da fauna amazônica. Pode-se concluir que os ambientes florestais amostrados, principalmente na região norte, noroeste e sul da área do empreendimento, apesar de certo grau de preservação, já vem sendo ocupado por atividades de retirada de madeira e exploração de ouro, o que pode descaracterizar as florestas de entorno do empreendimento, causando grandes prejuízos à fauna local.
2.4.6. Monitoramento da Avifauna (1ª Campanha – chuva/2012)
2.4.6.1. Introdução
Os conhecimentos atualmente disponíveis no Brasil sobre a fauna de aves são incipientes, dada a grande diversidade de espécies e habitats. A região noroeste do Estado de Mato Grosso (área atribuída ao domínio amazônico) foi pouco visitada por pesquisadores e pouca informação se tem sobre a avifauna desta região. A falta de informações quantitativas e qualitativas sobre as comunidades de aves dessa região dificulta a mensuração das perdas e, consequentemente, inviabiliza ações de conservação, planos de manejo da fauna e flora silvestres e o uso dos recursos naturais. As aves são conhecidas por ser um grupo de grande ferramenta para análises ambientais, desempenhando um papel chave no diagnóstico de comunidades biológicas integrais.
Uma vez que as aves são consideradas excelentes bioindicadores e que o custo para o monitoramento de um grupo de espécies não é muito maior que o custo para o monitoramento de uma única espécie, recomenda-se que seja feito o monitoramento das espécies semidependentes e dependentes de floresta já que qualquer atividade de desmatamento na área pode vir a prejudicar uma ou mais destas espécies. Outro fator relevante no monitoramento das aves é a possibilidade de utilização deste grupo de animais em técnicas de nucleação como base para incrementar processos sucessionais (Reis et al., 2003). Deste modo, o monitoramento de um grupo de espécies de aves
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florestais na área torna-se necessário a fim de se obter dados básicos sobre a conservação das espécies, através do conhecimento da dinâmica sazonal da avifauna local, além de compreender melhor o impacto causado por atividades antrópicas sobre as populações de aves silvestres e, também, da possibilidade de uso deste grupo de animais em medidas de recuperação de áreas degradadas.
Portanto, a execução de um Programa de Monitoramento de espécies de aves dependentes e semidependentes de floresta e de sítios chave para reprodução, tornam-se importantes para o conhecimento a respeito do tamanho de suas populações, visando identificar as alterações que o empreendimento possa vir a causar sobre estas espécies.
2.4.6.2. Métodos
A primeira campanha do monitoramento foi realizada durante a estação chuvosa de 2012. Foram amostrados os mesmos pontos (7) de amostragem utilizados para o Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (EIA/RIMA) contemplando as áreas direta e indiretamente afetadas pelo empreendimento. Esta campanha foi considerada complementar ao EIA/RIMA e teve como objetivo caracterizar a avifauna atual na área estudada, para a retomada do processo de licenciamento ambiental do empreendimento “Projeto Aripuanã - Mineração e Beneficiamento de Minério Polimetálico – Zn, Cu e Pb”, da Mineração Dardanelos Ltda., na Serra do Expedito, Município de Aripuanã/MT. O Quadro 2.4.3-1 apresenta as localizações das áreas e suas descrições.
Os métodos para o registro da avifauna, assim como os métodos de análise, foram os mesmos utilizados durante a execução do EIA.
2.4.6.3. Resultados e Discussões
Foram registradas 182 espécies de aves pelos métodos utilizados, distribuídas em 46 famílias, sendo 97 (55%) espécies de ordens não-Passeriformes e 85 (45%) espécies da Ordem Passeriformes nas áreas do empreendimento. As famílias melhor
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representadas foram Psittacidae com 16 espécies, Thamnophilidae e Thraupidae com 14 espécies cada, Columbidae com 12 e Trochilidae com 10 espécies (Tabela 2.4.6.3-1).
A riqueza de espécies nas áreas estudadas teve o mesmo padrão de riqueza dos estudos realizados em 2008. Considerando os métodos usados na amostragem (captura com rede de neblina, coleta com arma de pressão e transectos de varredura), o Ponto 3 apresentou a maior riqueza observada de espécies, seguido pelos Ponto2 4 e 2 (Figura 2.4.6.3-1).
Figura 2.4.6.3-1. Número de espécies de aves observadas por ponto de amostragem na primeira campanha do monitoramento, na Serra do Expedito, Município de
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Tabela 2.4.6.3-1. Lista das espécies de aves registradas na primeira campanha do monitoramento pelos métodos utilizados nos sete pontos amostrados, na Serra do Expedito, Município de Aripuanã/MT, com nomes científico e popular, ponto do registro (P1 a P7), status e forma de registro. Legenda: r, residente no Brasil; v, registro visual e/ou vocal; c, coleta com rede de neblina.
TÁXON NOME POPULAR LOCAL STATUS FORMA DE
REGISTRO
P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7
Ordem TINAMIFORMES Família TINAMIDAE
Tinamus guttatus inhambu-galinha x x x r v
Tinamus tao azulona x x x x r v
Crypturellus soui tururim x x x r v
Crypturellus tataupa inhambu-chintã x x r v
Ordem ANSERIFORMES Família ANATIDAE
Amazonetta brasiliensis pé-vermelho x x r v
Ordem GALLIFORMES Família CRACIDAE
Penelope superciliares aracuã-de-sobrancelhas x x x r v
Ordem CICONIIFORMES Família ARDEIDAE
Butorides striata socozinho x x r v
Bulbucus ibis garça vaqueira x r v
Tigrisoma lineatum soco boi x x r v
Ordem CATHARTIFORMES Família CATHARTIDAE
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TÁXON NOME POPULAR LOCAL STATUS FORMA DE
REGISTRO
P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7
Cathartes burrovianus urubu-de-cabeça-amarela x x x r v
Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta x x x r v
Ordem FALCONIFORMES Família ACCIPITRIDAE
Ictinia plumbea gavião-vaqueiro x x x x r c
Harpagus bidentatus sovi x r v
Gampsonyx swainsonii gavião-carijó x x r v,c
Rupornis magnirostris gavião-carijó x x x x x r v,c
Spizaetus ornatus gavião de penhaço x x x r v
Buteogallus urubitinga gavião-preto x x x r v
Família FALCONIDAE
Milvago chimachima gavião carrapateiro x r v
Caracara plancus caracará x x r v
Herpetotheres cachinnans acauã x x r v
Falco rufigularis cauré x x r
Falco femoralis quiriquiri x x r v
Falco sparverius falcão-relógio x r c
Família RALLIDAE
Porphyrio martinica frango-d'água-azul x r v
Ordem CHARADRIIFORMES Família JACANIDAE
Jacana jacana cafezinho x x r v
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TÁXON NOME POPULAR LOCAL STATUS FORMA DE
REGISTRO
P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7
Vanellus chilensis quero-quero x x x r v
Ordem COLUMBIFORMES Família COLUMBIDAE
Columbina talpacoti rolinha-roxa x x x r v
Columbina picui rolinha-picui x r v
Patagioenas speciosa pomba-trocal x x x x x r v
Patagioenas plumbea pomba-amargosa x x x r v
Patagioenas cayennensis pomba-galega x x x x r v
Patagioenas subvinacea pomba-botafogo x x x x r v
Claravis pretiosa pararu-azul x r v
Scardafella squammata fogo-apagou x r v
Leptotila verreauxi juriti-pupu x x x r v
Leptotila rufaxilla juriti-gemedeira x x r v
Geotrygon montana juriti-vermelha x x x r v
Geotrygon violacea pariri x x x x r v
Ordem PSITTACIFORMES Família PSITTACIDAE
Ara ararauna arara-canindé x x x x r v
Ara macao araracanga x x x x r v
Aratinga aurea periquito-rei x r v
Aratinga weddelli periquito-de-cabeça-suja x x r v
Brotogeris chrysoptera periquito-de-encontro-amarelo x x x x r v
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TÁXON NOME POPULAR LOCAL STATUS FORMA DE
REGISTRO
P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7
Pionus maximiliani maitaca-verde x x r v
Orthopsittaca manilata maracanã-do-buriti x x x r v
Diopsittaca nobilis maracanã-pequena x r v
Ara severus maracanã-guaçu x x r v
Aratinga leucophthalma periquitão-maracanã x x r v
Amazona aestiva papagaio-verdadeiro x x x r v
Amazona amazonica curica x x x r v
Amazona farinosa papagaio-moleiro x x x x r v
Pyrrhura molinae tiriba-de-cara-suja x x x x r v
Pyrrhura snethlageae tiriba-do-madeira x r
Ordem CUCULIFORMES
Família CUCULIDAE x x
Piaya cayana alma-de-gato x x x r v
Piaya melanogaster chincoã-de-bico-vermelho x r v
Família CROTOPHAGINAE
Guira guira anu-branco x x r v
Crotophaga ani anu-preto x r v
Família NEOMORPHINAE
Tapera naevia saci do campo x x r v
Ordem STRIGIFORMES Família TYTONIDAE
Tyto alba coruja-da-igreja x x x r v
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TÁXON NOME POPULAR LOCAL STATUS FORMA DE
REGISTRO
P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7
Bubo virginianus murucutu x x x r v
Otus choliba x x r v
Athene cunicularia coruja-buraqueira x x r v
Ordem CAPRIMULGIFORMES Família CAPRIMULGIDAE
Nyctidromus albicollis bacurau x x x r v
Caprimulgus parvulus bacurau-chintã x x x r v
Ordem APODIFORMES Família APODIDAE
Cypseloides senex taperuçu-velho x r v
Streptoprocne zonaris taperuçu-de-coleira-branca x x r v
Família TROCHILIDAE
Phaethornis malaris besourão-de-bico-grande x x x r
Phaethornis ruber rabo-branco-rubro x x x r v,c
Phaethornis subochraceus rabo-branco-de-barriga-fulva x x x x r v,c
Thalurania furcata beija-flor-de-garganta-verde x x r v
Campylopterus largipennis asa-de-sabre-cinza x r v
Anthracothorax nigricollis beija-flor-de-veste-preta x x r v
Chlorostilbon aureoventris esmeralda-de-cauda-azul x x r v
Hylocharis cyanus beija-flor-roxo x x r v
Amazilia fimbriata beija-flor-de-garganta-verde x r v
Amazilia versicolor beija-flor-de-banda-branca x x r v
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321
TÁXON NOME POPULAR LOCAL STATUS FORMA DE
REGISTRO
P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7
Família TROGONIDAE
Trogons curucui surucuá-de-barriga-vermelha x x x x r v,c
Trogon melanurus surucuá-de-cauda-preta x x x r v,c
Trogon viridis surucuá-grande-de-barriga-amarela x x x x r v,c
Ordem CORACIIFORMES Família ALCEDINIDAE
Ceryle torquatus martim-pescador-grande x r v
Chloroceryle amazona martim-pescador-verde x r v
Chloroceryle inda martim-pescador-da-mata x x r v
Família MOMOTIDAE
Momotus momota udu-de-coroa-azul x x x r v
Ordem GALBULIFORMES Família GALBULIDAE
Galbula cyanicollis ariramba-da-mata x x x r v,c
Família BUCCONIDAE
Monasa nigrifrons chora-chuva-preto x x x x x r v
Chelidoptera tenebrosa urubuzinho x x x x x r v
Ordem PICIFORMES Família RAMPHASTIDAE
Ramphastos tucanus tucano-grande-de-papo-branco x x x x r v
Pteroglossus castanotis araçari-castanho x x x r v,c
Pteroglossus inscriptus araçari-miudinho-de-bico-riscado x x x r v
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322
TÁXON NOME POPULAR LOCAL STATUS FORMA DE
REGISTRO
P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7
Picumnus aurifrons birro, pica-pau-branco x x x r v
Melanerpes cruentatus pica-pau-anão-dourado x x x x r v
Piculus chrysochloros pica-pau-dourado-escuro x x r v
Celeus flavus pica-pau-amarelo x x r v
Dryocopus lineatus pica-pau-de-banda-branca x x x r v
Campephilus rubricollis pica-pau-de-barriga-vermelha x x x r v
Ordem PASSERIFORMES Família THAMNOPHILIDAE
Thamnophilus punctatus choca-bate-cabo x x r c
Thamnomanes saturninus uirapuru-selado x r c
Thamnophilus doliatus choca-barrada x x x r
Thamnophilus schistaceus choca-cantadora x x x r c
Pygiptila stellaris choquinha-de-barriga-ruiva x x r c
Myrmotherula hauxwelli
choquinha-de-garganta-clara x x x r v
Myrmothera campanisona tovaca-patinho x x r c
Cercomacra nigrescens chororó-negro x x x r v
Microrhopias quixensis papa-formiga-de-bando x x r c
Hylophylax poecilenota rendadinho x x r c
Hypocnemis cantator papa-formiga-cantador x x x r c
Hylophylax naevia papa-formiga-do-igarapé x r c
Formicivora grisea papa-formiga-pardo x x x r c
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TÁXON NOME POPULAR LOCAL STATUS FORMA DE
REGISTRO
P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7
Família DENDROCOLAPTIDAE
Glyphorynchus spirurus arapaçu-de-bico-de-cunha x x x r c
Xiphorhynchus spixii arapaçu-de-spix x x x r v
Sitassomus griseicapillus arapaçu-verde x x r
Deconychura longicauda arapaçu-rabudo x x x r v,c
Família FURNARIIDAE
Synallaxis rutilans joão-teneném-castanho x r v
Furnarius rufus João de barro x r v
Phacellodomus ruber graveteiro x r v
Família TYRANNIDAE
Mionectes oleagineus abre-asa x x x x r v
Legatus leucophaius bem-te-vi-pirata x x x x r v
Myiozetetes similis
bentevizinho-de-penacho-vermelho x x x r
Myiozetetes cayanensis
bentevizinho-de-asa-ferrugínea x x r v
Pitangus sulphuratus bem-te-vi x r c
Philohydor lictor bentevizinho-do-brejo x x x r v
Tyrannus melancholicus suiriri x x x x r v
Myiarchus ferox maria-cavaleira x x x x x r v
Myiopagis gaimardii maria-pechim x x x r v
Machetornis rixosus suiriri cavaleiro x r v
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TÁXON NOME POPULAR LOCAL STATUS FORMA DE
REGISTRO
P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7
Querula purpurata anambé-una
Cotinga cayana anambé-azul
Lipaugus vociferans cricrió x x x x r c
Gymnoderus foetidus anambé-pombo x x x x r c
Família PIPRIDAE
Lepidothrix nattereri uirapuru-de-chapéu-branco x x r c
Pipra fasciicauda uirapuru-laranja x x r c
Pipra rubrocapilla cabeça-encarnada x x r c
Família TITYRIDAE
Schiffornis turdina flautim-marrom x r c
Tityra semifasciata anambé-branco-de-máscara-negra x r v
Família VIREONIDAE
Cyclarhis gujanensis pitiguari x x x r v
Vireo olivaceus juruviara x x x r v
Família HIRUNDINIDAE
Progne tapera andorinha-dosméstica-grande x x x x r v
Atticora fasciata andorinha-doméstica-grande x x r v
Stelgidopteryx ruficollis andoriha-de-coleira x x r v
Família TROGLODYTIDAE
Campylorhynchus turdinus catatau x x r c
Thryothorus genibarbis garrinchão-pai-avô x x x r
Troglodytes musculus corruíra x x x x r v
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TÁXON NOME POPULAR LOCAL STATUS FORMA DE
REGISTRO
P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7
Polioptila dumicola balança-rabo-de-máscara x x r v
Família TURDIDAE
Turdus fumigatus sabiá-da-mata x x x r v
Turdus amaurochalinus sabiá-poca x x r v
Família MIMIDAE
Mimus saturninus sabiá do campo x r v
Família COEREBIDAE
Coereba flaveola cambacica x x x x r v,c
Família THRAUPIDAE
Tachyphonus luctuosus tem-tem-de-dragona-branca x x x r v
Tachyphonus cristatus tiê-galo x x r c,v
Ramphocelus carbo pipira-vermelha x x x x x r v
Thraupis palmarum sanhaçu-do-coqueiro x x x x x x r c,v
Thraupis episcopus sanhaçu-da-amazônia x x x x x r c,v
Tangara chilensis
tangara-sete-cores-da-amazônia x r v
Tersina viridis saí-andorinha x x x r v,c
Eucometis penicillata pipira-da-taoca x x r v
Cissopis leverianus tietinga x r v
Conirostrum speciosum figuinha-de-rabo-castanho x x r v
Euphonia laniirostris gaturamo-de-bico-grosso x r v
Cyanerpes caeruleus saí-de-perna-amarela x x r v
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TÁXON NOME POPULAR LOCAL STATUS FORMA DE
REGISTRO
P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7
Euphonia pectoralis ferro-velho x x x r v
Família EMBERIZIDAE
Arremon taciturnus tico-tico-de-bico-preto x x r c
Volatinia jacarina tiziu x x x r v
Paroaria gularis cardeal-da-amazônia x x r c
Zonotrichia capensis x r c
Família CARDINALIDAE
Saltator similis trinca-ferro-verdadeiro x x x r v
Saltator maximus tempera-viola x x r v
Cyanocompsa cyanoides azulão-da-amazônia x x x r c
Família ICTERIDAE
Cacicus cela xexéu x x x x x r c,v
Icterus cayanensis encontro x x r v
Sturnella superciliaris polícia-inglesa-do-sul x r
Psarocolius viridis japu-verde x x r v
Psarocolius decumanus japu x r v
Gnorimopsar chopi graúna x r v
Família FRINGILLIDAE
Sicalis flaveola canário da terra x r v
Volatinia jacarina tziu x x x r c,v
Sporophila angolensis curió x x x
Sporophila collaris coleiro-do-brejo x x r v