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SOU EU. Esses caras. Falando de si, ele invadiu a intimidade. de uma nação e mostrou. entende daqueles sentimentos que não sabemos dar nome

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FORTALEZA - CEARÁ,SEGUNDA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2021

www.opovo.com.br/vidaearte vidaearte@opovo.com.br | 3255 61 37

Um baralho é comumen-te estampado com os símbolos espelhados. O rei, por exemplo, é um duplo que aponta para la-dos opostos. Esta imagem re-presenta bem um artista que muito cedo se dividiu entre o homem e o mito. Onipresente na cultura brasileira desde os anos 1960, ele está no rádio, TV, cinema, na missa, nos motéis, na sala, quarto, cozinha, num cruzeiro pela costa de Búzios, no estádio e no botequim. É de tal forma que essa presença nos dá uma certeza: é impossível que alguém com idade para ou-vir LP, CD ou uma plataforma de streaming nunca tenha ouvido o nome de Roberto Carlos.

O cantor e compositor que completa 80 anos neste 19 de abril construiu uma obra que tornou-se maior do que ele mesmo supõe. E não é fácil compreender esse fenômeno, se não entendendo as muitas faces da história construída por Ro-berto Carlos. Desde que saiu de Cachoeiro do Itapemirim, Es-pírito Santo, e foi para o Rio de Janeiro, seus caminhos foram se bifurcando entre um lado real e outro mágico. Talvez até para ele seja difícil compreen-der o tamanho dessa história e o quanto ela mexe com tantas histórias brasileiras.

Se não, vejam: desde os anos 1960, quando a Jovem Guarda transformou aquele rapaz de olhos melancólicos num ídolo da juventude, tudo que Roberto faz vira notícia. Romances, shows, filhos, intimidade, viagens, nada disso passa despercebido pelo público. Mas isso não o impediu de barrar na justiça uma biogra-fia que reunia essas intimidades. Escrita pelo jornalista Paulo Cé-sar de Araújo, “Roberto Carlos em detalhes” é um volumoso trabalho que consumiu mais de dez anos de pesquisa e algumas dezenas de entrevistas. Mesmo sendo um fã confesso, nada co-moveu o Rei, que foi até o fim da batalha jurídica, para a retirada dos livros das prateleiras.

Mas o mais curioso é que o biografado fez questão de dizer que nem chegou a ler o livro. Sim, ele apenas se incomodou de saber que sua história estava nas mãos de outra pessoa. Na verdade, essa história está nas mãos, pés, ouvidos e na alma de muitas pessoas. Em suas can-ções, Roberto falou de sua terra, de seus pais, da maturidade, da zoada dos filhos dentro de casa e do quanto esses filhos podem interferir na vida de um casal. Falando de si, ele invadiu a in-timidade de uma nação e mos-trou que entende muitos daque-les sentimentos a que muitas vezes não sabemos dar nome. E fez isso tudo usando palavras simples, e aí reside outra face importante de sua obra.

Não é preciso muito esforço para entender uma frase como “detalhes tão pequenos de nós

dois são coisas muito grandes pra esquecer”. E o que pensar de “você pensa que a verdade é o que sai da sua mente, mas se es-quece que no amor tudo é muito diferente”? É bem verdade que, na contramão dessa simplicida-de, ele cavalgou por toda a noi-te numa estrada colorida, mas com um pouco de maturidade você é capaz de entender onde Roberto chegou.

Tamanha simplicidade che-gou aos anos 1990 empalide-cendo uma obra que foi se mos-trando repetitiva. A partir da segunda metade dos anos 1980, mesmo sem perder a majestade, Roberto foi migrando do popular para o popularesco. Virou algo brega, ultrapassado, um objeto para consumo de massa, algo de que já se sabia o que esperar. Até as capas de discos reproduziam esse quadro imutável.

Coube a Maria Bethânia rea-vivar a memória do grande compositor quando lançou o tributo “As canções que você fez pra mim” (1993). Com um reper-tório que cabia perfeitamente na sua dramaticidade, a baiana criou um clássico e vendeu mais

de um milhão de cópias. No ano seguinte, outro marco: assi-nando como produtor, Roberto Frejat (Barão Vermelho) reuniu uma turma de roqueiros para celebrar a obra do grande ídolo da jovem guarda. O tributo “Rei” contou com nomes como Mari-na Lima, Blitz, Chico Science, e é, até hoje, um trabalho refe-rencial para fãs de Roberto.

Até Bethânia, raríssimas vo-zes tinham dedicado um disco inteiro a Roberto e seu parceiro Erasmo Carlos. Depois de Be-thânia, virou uma das fórmu-las mais requisitadas da MPB. Cauby Peixoto, Waldick Soriano, Nando Reis, Roberta Miranda, Teresa Cristina, Ângela Maria, Lulu Santos são só alguns deles.

Já o Roberto Carlos intérpre-te, uma única vez abriu mão da sua porção compositora para dedicar um disco inteiro a ou-tro artista. A convite de Caetano Veloso, ele topou dividir um tri-buto a Tom Jobim para celebrar os 50 anos da Bossa Nova. Fora isso, ele até gravou muita coi-sa de muita gente. Djavan, Luiz Ayrão, Belchior, Tim Maia, por exemplo. Mas Roberto nunca

| MÚSICA |

Romântico, crítico, ecológico, adesista, vacinado,

indiferente, ultrapassado, rebelde, múltiplo, Rei... Roberto Carlos

completa 80 anos como o nome mais popular da música brasileira

DIVULG

A

ÇÃO

sozinho dedicou um disco intei-ro a outintei-ro compositor.

O que seria interessante, uma vez que ele é um tipo raro de in-térprete, que sabe muito bem trazer para si o que está can-tando. Roberto Carlos aprendeu como poucos a usar a voz que tem, capaz de murmurar “Na paz do seu sorriso” e explorar regiões mais altas em “A ilha”, mantendo a mesma segurança.

MARCOS SAMPAIO marcossampaio@opovo.com.br

Falando de si,

Roberto invadiu

a intimidade

de uma nação

e mostrou que

entende daqueles

sentimentos que

não sabemos

dar nome

Da mesma forma, ele consegue ser dramático em “O gosto de tudo”, sedutor em “Não se afas-te de mim”, afas-teatral em “I love you”, bem-humorado em “Vista a roupa meu bem”, saudosista em “Jovens tardes de domingo” e até meio cafona em “Alô”.

Mas, goste ou não, esse é o Roberto que conquistou o Bra-sil. Ou melhor, os Robertos. Tem o roqueiro Jovem Guarda, o crooner com ares de Sinatra, o sertanejo que acompanha ca-minhoneiros, o consciente que defende a Amazônia e as ba-leias, o artista indiferente que pediu favores à ditadura e o que pediu ao seu público que fique em casa e use máscara, o amigo camarada, o terror das mulhe-res, o pai de família, o homem de fé, o cantor, o compositor, o showman, o Roberto sucesso em tantas vozes, o Roberto ain-da inédito na própria voz... São tantos e de tantas formas, que se você, leitor, ainda não encon-trou o seu, não se preocupe. Um dia Roberto Carlos vai lhe en-contrar e vai ter algo a lhe dizer.

Continua na página 6

Esses caras

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FORTALEZA - CE, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2021

􀣥

ROMEU DUARTE*

romeuduarte@opovo.com.br

*ESCREVE QUINZENALMENTE, ÀS SEGUNDAS

C O N F I R A E STA E O U T R A S C O LU N A S E M W W W. O P O V O . C O M . B R / C O LU N A S

PRÓXIMA

SEMANA

R AY M U N D O N E T T O

TERMINADO O

SERVIÇO, INDOLOR,

AGRADECI E DEI

VIVAS AO SUS. MEU

CONCUNHADO

FILMARA TUDO􀪱

‘VAI SER UM

SUCESSO NO

FACEBOOK!’

A desejada das gentes

A Henrique Baima

Recebi a notícia pelo celular através da Emí-lia, minha filha mais velha: “Pai, a primeira dose da tua vacina está marcada para o dia 03/04, às 15 horas, na UAPS Evandro Ayres de Moura, no Conjunto Palmeiras”. Pensei com meus carcomidos botões: “Ora mais, três ho-ras da tarde de um sábado, tanta coisa boa para fazer num momento deste, que agenda terrível e logo lá no cafundó de Judas “carioca” (como dizia um amigo do meu pai)!”. Mas, fazer o quê? Já era sexta-feira e, a esta altura, vacina, como dinheiro, é bicho que não aguenta desaforo. É tomar ou tomar. Meu caro concunhado Henri-que, a quem estas mal traçadas são dedicadas, ofereceu-se para ser meu condutor. “Conduzin-do Miss Duarte!”, frescou ele, como é “Conduzin-do seu fei-tio. Era conformar-se com a sorte e brá.

No dia seguinte, uma hora antes, seguimos para o compromisso. Cidade vazia, pegamos a BR-116. Viramos à direita no 4º anel viário e entramos no bairro, no limite sul de Fortaleza, pela Rua Catolé. Foi uma dureza encontrar o

local da imunização. Ninguém sabia onde fica-va, ninguém informava direito, talvez por medo do aspecto dos dois sujeitos, ambos barbados, um cabeludo e o outro de boina. Dei-me conta de que fazia mais ou menos 25 anos que não an-dava ali. A primeira e última vez foi no batizado da própria Emília, numa igreja humilde diri-gida por padres italianos ligados à Teologia da Libertação. O conjunto fervia de gente nas ruas. Lockdown, nem pensar. Lembrei-me da histó-rica luta dos seus moradores para fincar resi-dência digna ali. CP, resistência é o teu nome...

Achado o endereço redentor e no horário marcado, já identificado e submetido à condi-ção de idoso, fui gentilmente levado a uma sala de espera. Aí bateu a velha paúra de injeção. “Será a agulha grande e grossa demais? Será que vai doer? E se eu desmaiar?”. Uma senhora me olhava com uma cara de quem estava len-do os meus pensamentos. Chamalen-do ao posto, sentei-me, dei meus documentos e entreguei o braço esquerdo à aplicação do imunizante. Solícita, a enfermeira informou que me seria

inoculada a Coronavac. “E se eu me transfor-mar num jacaré?”. Ela riu e brincou: “Talvez o senhor fique melhor...”. Terminado o serviço, indolor, agradeci e dei vivas ao SUS. Meu con-cunhado filmara tudo: “Vai ser um sucesso no Facebook!”. Na volta, a tarde se despedia.

Mais tarde, fiquei refletindo sobre a expe-riência. Vi gente gritando e brigando com o se-gurança para ser fotografada com a mãe sendo vacinada, chorando por ter sido abençoada com a primeira dose, se ajoelhando e levantando as mãos para o céu dando graças a Deus, se abra-çando e danabra-çando com as atendentes, coisas que nunca havia visto antes numa vacinação. A que ponto chegamos, achar que uma mera obrigação governamental é uma dádiva divina, concedida a uns poucos felizardos... E o bom é que muitas pessoas ali haviam dado os seus vo-tos a esse cruel (des)governo que aí está, o que me deu até alguma esperança. Foi muito bom ter revisto o bravo Conjunto Palmeiras. A cida-de é um livro construído por todos. Agora, é to-mar a segunda dose. Saúde!

Ailton Krenak é importante liderança indígena DIVULG A ÇÃO Sônia Guajajara DIVULG A ÇÃO

O

MELHOR

DA A G E N DA C U LT U R A L

Q U E R D I V U L GA R S E U E V E N T O ? R E P O R T E R @ O P O V O . C O M . B R

FESTIVAL DE

CURTAS-METRAGENS

REFLEXÕES SOBRE

A LUTA INDÍGENA

CINEMA DOCUMENTÁRIO

Seguem até amanhã, 20, as inscrições para o Festival Virtual de Curtas-Metragens da 1ª edição do Festival Oikonomia - Educom SP. A participação é gratuita e é necessário enviar curtas-metragens com duração mínima de 1 minuto sobre o tema “Olhar para o território onde vivemos”. Os inscritos receberão certificado de participação e os finalistas dividirão a premiação de R$ 7.500.

Quando: inscrições até amanhã, dia 20 Onde: pelo site

www.oikonomia.educomlab.com.br/

O Canal Brasil exibirá nesta segunda-feira, 19, uma programação que busca trazer reflexões e histórias de resistência da luta indígena. O especial é realizado no Dia do Início e começa a partir das 6 horas com o documentário “Amazônia - O Despertar da Florestania” Outras obras serão exibidas em sequência, como “Amazônia Sociedade Anônima” e “Ailton Krenak, O Sonho da Pedra”.

Quando: nesta segunda-feira, 19, a partir

das 6 horas

Onde: no Canal Brasil

INFORMAÇÕES SOBRE ATRAÇÕES, DATAS E HORÁRIOS SÃO DE RESPONSABILIDADE DOS ORGANIZADORES DOS EVENTOS

AILTON KRENAK

NO RODA VIVA

DEBATES COM

LIDERANÇAS INDÍGENAS

ENTREVISTA

“A ÚLTIMA FLORESTA”

Uma das maiores lideranças indígenas do Brasil, o ambientalista, pensador e escritor Ailton Krenak será entrevistado nesta segunda-feira, 19, no Roda Viva. O programa será exibido a partir das 22 horas na TV Cultura. A entrevista ocorre no mesmo dia em que é celebrado o Dia do Índio no País.

Quando: nesta

segunda-feira, 19, a partir das 22 horas

Onde: na TV Cultura

Nesta segunda-feira, 19, ocorrerá um debate sobre o longa-metragem “A Última Floresta”, dirigido por Luiz Bolognesi e escrito em parceria Davi Kopenawa Yanomami. O evento será transmitido a partir das 19h30min. Estarão na conversa o xamã e escritor Davi Kopenawa Yanomami, a mestra em Cultura e Sociedade Sonia Guajajara e o ambientalista Ailton Krenak. A mediação será feita pela antropóloga Lídia Montanha Castro. A proposta é debater o Dia do Índio por meio de olhar crítico.

Quando: hoje, dia 19, às

19h30min

Onde: no YouTube do

Instituto Socioambiental (ISA), no Twitter do @GreenpeaceBR e no Facebook da Gullane

I SEMINÁRIO

DE DANÇA:

INFÂNCIAS

EM MOVIMENTO

DEBATE

Para comemorar os dez anos do Curso de Formação Básica em Dança da Vila das Artes, ocorre, a partir desta segunda-feira, 19, o I Seminário

de Dança: Infâncias em Movimento. A abertura será às 9 horas e serão homenageados Ernesto Gadelha e Cláudia Pires, antigos membros da coordenação da Escola Pública de Dança do complexo cultural. Na sequência, haverá palestra da coreógrafa Isabel Marques e exibição do espetáculo

“Corêo Online”, da Caleidos Cia. de Dança.

Quando: a partir desta

segunda-feira, 19, até quinta-segunda-feira, 22

Onde: no canal da Vila das Artes

no YouTube e em plataformas de videoconferência

O Canal Brasil exibirá nesta segunda-feira, 19, uma programação que busca trazer reflexões e histórias de resistência da luta indígena

DIVULG

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FORTALEZA - CE, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2021

􀢭

CLOVISHOLANDA@OPOVO.COM.BR | *ESTA COLUNA É PUBLICADA TODOS OS DIAS

CLÓVIS

HOLANDA

CLOVISHOLANDA@OPOVO.COM.BR | *ESTA COLUNA É PUBLICADA TODOS OS DIAS

HOLANDA

MADE IN

CEARÁ

Ana Cristina Machado convidou a

empresária Mariana Mota (Cerbras) para ser o rosto e compartilhar um pouco de sua essência na nova coleção da marca handmade Rosá. A linha, feita em colaboração entre as duas, chama-se “Frescor” e foi inspirada nos elementos da natureza, transmitidos através do detalhes em bordados, rechilieu e

pedrarias. As cores vivas expressam bem o espírito da garota-propaganda. Confira mais fotos em @pauseopovo, perfil da coluna no Instagram.

SE CHOREI

OU SE SORRI...

Lamento informar, mas se você

não tem nenhum momento da vida em que a trilha sonora foi Roberto Carlos, você precisa correr atrás do prejuízo...

O Rei hoje completa 80 anos, dos

quais 60 são dedicados à música. Mas não são canções quaisquer, são aquelas que exprimem os sentimentos para os quais nos faltam as palavras. E são tantos...

Vida&Arte homenageia a data

com a reportagem de capa e um especial na plataforma O POVO+. Associo-me à efeméride abrindo brechinha para contar uma das minhas passagens com a obra do astro.

Festeiro que só, fiquei

responsável por escolher e contratar um cover do RC para a festa de 70 anos da minha sogra. Ele chegaria de surpresa, cantando “Emoções”, naquele roteiro sempre piegas e delicioso que só o romantismo proporciona.

Pois bem, realizei uma busca

rapidinho, sem referências - NUNCA FAÇAM ISSO -, e eis que me chega, no momento da festa, um senhor que estava mais para o humorista Espanta (em memória).

O bafo da cachaça ainda lembro

até hoje. O que fazer? Eu também já tinha tomado uns uísques, mandei a banda segurar o repertório combinado.

A aniversariante não

escondeu inicialmente seu desapontamento, mas sabe que, na hora de qualquer festa, jogo de cintura é tudo! Umas tias metidas a cantoras começaram a pegar o microfone e acaba que terminou todo mundo cantando, em coro, “Como é grande o meu amor por você”. Ela guarda até hoje a cena como uma das mais belas que já viveu.

Da vergonha que senti,

multipliquei minhas doses e nem vi mais por onde se meteu o tal pretenso cover, deve ter saído à francesa. Apesar do “sufoco”, o que ficou mesmo foi a poesia atemporal e eterna do Rei. Viva Roberto Carlos!

FÉ EM MOVIMENTO

Responsável pelo Mosteiro de Baturité padre Eugênio Pacelli tem novidades. Pretende criar no belo prédio uma escola de gastronomia social, a fim de capacitar a população da região e gerar novas oportunidades de emprego e renda. O assunto já foi tratado numa visita, semana passada, do prefeito do Município, Herberlh Mota, e do secretário Arialdo Pinho. O Senac já sinalizou interesse em ministrar aulas no local. Parcerias com o setor privado são bem-vindas. Ainda sobre padre Eugênio, optou por não realizar missas presenciais por enquanto e desafiou os fiéis a trocarem seu lugar nos bancos da Capela do Santo Inácio, simbolicamente, por cestas básicas para doação, já tendo superado as mil cestas no combate à fome. No registro, sacerdote com autoridades e comitiva de técnicos.

Artista indígena propõe

resgate de ancestralidades

SÉRIE de pinturas digitais “Busca Ancestral”

INDJA/DIVULGAÇÃO

| ARTES VISUAIS |

Cearense INDJA realiza o projeto “Encontro Ancestral”

Neste 19 de abril, data em que é comemorado no Brasil o Dia do Índio, algumas problemáticas são postas à mesa. Em um país que não respeita delimitações de terras indígenas, a aceitação de uma ancestralidade compos-ta por esses povos se torna cada vez mais distante para boa parte dos brasileiros. A retomada des-sa aceitação é um dos objetivos do projeto “Encontro Ancestral”, iniciativa criada pela artista vi-sual e performer indígena INDJA, 24. A estudante de artes visuais busca registrar as ligações que muitos de nós temos com as an-cestralidades indígenas.

A pesquisa faz parte de um

processo digital com fotografias autobiográficas e pinturas indí-genas da série “RAIZ”, e o resul-tado dessa mistura foram as três obras digitais da série “Busca Ancestral”. A iniciativa aborda o fenótipo indígena da artista como suporte para receber as pinturas dentro da imagem e faz parte da Residência Horizonta-lidades, do Laboratório Reticên-cias de Criação.

INDJA conta que sua motiva-ção para iniciar a investigamotiva-ção artística foi a invisibilização in-dígena e os vários processos que ocorreram para a concretização dela, como a colonização, a ur-banização, a desapropriação de

terras, o apagamento da histó-ria dos povos indígenas e a relu-tância das pessoas em assumir suas origens. “O projeto busca fortalecer a retomada Indíge-na no despertar da comunida-de para suas ancestralidacomunida-des. A todas as pessoas que estão na sociedade ainda sofrendo o apagamento histórico, e que mesmo sendo descendentes de indígenas, não alcançam o sa-ber da existências de seus an-cestrais”, explica a artista.

Para INDJA, apesar de existir um dia específico para o índio, a data não passa de mera forma-lidade disfarçada de repressão. A artista argumenta que o Dia

do Índio representa seu povo como folclórico e o estereotipa. Ela convida todos que se iden-tificam como indígenas, mas não querem assumir, a perder o medo e se reencontrarem.

O projeto de INDJA se divi-de em duas partes. A primeira parte contempla cinco voluntá-rios e que é realizada dentro da Residência Horizontalidades. A segunda parte, que também contempla cinco voluntários, é produzida fora da residência. Mais informações sobre o pro-jeto estão disponíveis no Ins-tagram da artista (@indja_4).

(Euziane Bastos/Especial para O POVO)

colaboração entre as duas, chama-se “Frescor” e foi inspirada nos elementos da natureza, transmitidos através do detalhes em bordados, rechilieu e

pedrarias. As cores vivas expressam bem o espírito da garota-propaganda. Confira mais fotos em @pauseopovo, perfil da coluna no Instagram.

Responsável pelo Mosteiro de Baturité padre Eugênio Pacelli tem novidades. Pretende criar no belo prédio uma escola de gastronomia social, a fim de capacitar a população da região e gerar novas oportunidades de emprego e renda. O assunto já foi tratado numa visita, semana passada, do prefeito do Município, Herberlh Mota, e do secretário Arialdo Pinho. O Senac já sinalizou interesse em ministrar aulas no local. Parcerias com o setor privado são bem-vindas. Ainda sobre padre Eugênio, optou por não realizar missas presenciais por enquanto e desafiou os fiéis a trocarem seu lugar nos bancos da Capela do Santo Inácio, simbolicamente, por cestas básicas para doação, já tendo superado as mil cestas no combate à fome. No registro, sacerdote com autoridades e

DIVULGAÇÃO

CADA UM NO SEU QUADRADO

Depois de um início de gestão optando pela discrição, vice-prefeito Élcio Batista parece ter decidido sair da toca. Apareceu ao lado de José Sarto numa entrega de respiradores pelo Executivo. Superintendente do Instituto de Planejamento (Iplanfor), tem promovido algumas mudanças de cadeira no órgão, retirado da gaveta alguns projetos, proposto novidades. Ou seja, lembrou que na política não existe vácuo.

Aliás, falando em ocupar espaço, nunca uma primeira-dama demonstrou o fôlego que tem Natália Herculano. Ela praticamente foi eleita junto com o marido, participa de reuniões, audiências, e no fim do dia ainda dá o terceiro turno em ações sociais distribuindo alimentos e cestas básicas. Ela desconversa quando o assunto são pretensões políticas, mas fica cada vez mais evidente que a sra. Sarto não vai se resumir a “dama de companhia” para sempre.

Há uma ausência sentida, contudo, a da cadelinha Marrion. Os dog lovers, que se animaram com a cadelinha até na cerimônia de posse, perguntam por onde anda a “petsarto”. Há quem garanta que ela dá expediente, só não posa mais para fotos...

INOVAÇÃO

Ricardo Rocha, CEO da Softbox e diretor de produtos do Grupo Magazine Luiza, conversa

nesta terça-feira, a partir das 13h, com empresários cearenses. Ele é o convidado da série

de palestras “Grandes Nomes”, iniciativa da CDL

Jovem de Fortaleza.

O executivo vai falar de sua experiência nos grupos

e do trabalho à frente, também, do “LuizaLabs”, o

laboratório de tecnologia da companhia, considerado

uma das iniciativas mais inovadoras do Brasil. Transmissão aberta a todos via canal da CDL Jovem no YouTube. NARAF ASSI/ DIVULG A ÇÃO

BOM SABER...

Por ocasião do funeral sábado do príncipe Philip, empresário Silvio Frota, diretor do Museu da Fotografia de Fortaleza, recuperou em seu acervo imagem da visita do nobre a Fortaleza, no ano de 1961, sem a rainha. Juliana Fiúza Valim comemora a aprovação do filho André Fiúza Santos no curso de Engenharia Civil da Universidade Federal de Minas Gerais. Vai seguir os caminhos do avô, João Fiúza.

Passaram o fim de semana no Dom Pedro Laguna, hotel conhecido como a Veneza do Nordeste, Leonardo Albuquerque e Marina

com os filhos.

Rodrigo Thomaz e Fernanda, Gabriela Ventura e Fernando Diniz

escolheram o badalado hotel Makena, em Icaraí de Amontada.

Chegou aos 50 anos neste domingo o publicitário Duda Brígido. Diretor da EBM Quintto, conduz com

maestria e vocação a agência de publicidade, sempre antenada com a contemporaneidade da comunicação.

Também aniversariaram ontem: Pedro de Castro, padre Antonio Furtado, Bruno Menezes, Juliana Melo, Herman Hesse.

Já hoje abrem novo ciclo: Renata Pamplona, Izauro Fontenele Neto,

Patrícia Paes. Saúde!

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FORTALEZA - CE, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2021

􀏄

O que é e como jogar

1. O jogo é constituído de 81 quadrados numa grade de 9 x 9 quadrados, subdivivida em nove grades menores de 3 x 3 quadrados. 2. Cada fileira (vertical e horizontal) deverá conter números de 1 a 9. 3. Cada grade menor, de 3 x 3 quadrados, deverá conter números de 1 a 9.

4. Nas fileiras horizontais e verticais da grade maior, cada número deverá aparecer uma só vez.

SUDOKU

PALAVRAS CRUZADAS

23 DE SETEMBRO A 22 DE OUTUBRO 23 DE OUTUBRO A 21 DE NOVEMBRO 22 DE NOVEMBRO A 21 DE DEZEMBRO 21 DE JUNHO A 22 DE JULHO 23 DE JULHO A 22 DE AGOSTO 23 DE AGOSTO A 22 DE SETEMBRO

22 DE DEZEMBRO A 20 DE JANEIRO 21 DE JANEIRO A 19 DE FEVEREIRO 20 DE FEVEREIRO A 20 DE MARÇO 21 DE MARÇO A 20 DE ABRIL 21 DE ABRIL A 20 DE MAIO 21 DE MAIO A 20 DE JUNHO

Brincar

Os mundos de Liz.

DANIEL BRANDÃO

www.estudiodanielbrandao.com

Os Intrépidos.

KARLSON GRACIE E BRENO TAVEIRA

@karlsongracie

Coisinhas.

DHIOW

adivinhadindi.tumblr.com

HORÓSCOPO PERSONARE

www.personare.com.br | a.martins@personare.com.br

PEIXES

AQUÁRIO

CAPRICÓRNIO

SAGITÁRIO

ESCORPIÃO

LIBRA

VIRGEM

LEÃO

CÂNCER

GÊMEOS

TOURO

ÁRIES

Marte na casa do trabalho, que também recebe a Lua Crescente, exige proatividade e otimização de recursos. Momento de maior envolvimento nas questões que dão estrutura à vida, das materiais às sentimentais, pois Mercúrio e Sol adentram o setor ligado à intimidade e ao patrimônio.

A sede de conhecimento aumenta, levando-lhe a expandir seus interesses, devido aos trânsitos da Lua Crescente e de Marte na área espiritual. Procure intercambiar ideias e fazer acordos com suas parcerias, visto que Mercúrio e Sol adentram a casa dos relacionamentos.

O pensamento se articula com a ação, o que pode melhorar seu desempenho. O momento se mostra intenso na vivência dos aspectos relacionados ao dia a dia, considerando que Mercúrio e Sol adentram a área das rotinas, enquanto a Lua Crescente e Marte transitam no setor íntimo. A Lua Crescente sugere um

amadurecimento importante por conta dos desafi os em suas parcerias. A fase oportuniza o engajamento coletivo, enquanto eleva sua capacidade de liderança, considerando o ingresso de Mercúrio e Sol no setor de amizades e de Marte em seu signo.

Busque se preparar para encarar desafi os que lhe exigem maior dedicação e prazos curtos, pois Marte adentra a área de crise, que também recebe a Lua Crescente. O momento lhe conduz para as questões profi ssionais e os aspectos práticos do dia a dia, pois Mercúrio e Sol migram para a casa do trabalho.

Marte na área de amizades lhe deixa mais colaborativo, mas confl itos interpessoais se fazem presentes. Chegou a hora de saber lidar com as diferenças, como sinaliza a Lua Crescente. Fase de expansão mental e autoconhecimento, já que Mercúrio e Sol adentram o setor da espiritualidade.

Esta é uma fase de muita troca de conhecimento e alterações que podem lhe ajudar a aperfeiçoar sua postura no cotidiano, pois Mercúrio e Sol adentram o setor social, enquanto que a Lua Crescente e Marte transitam pelo setor de relacionamentos. Momento benéfi co para as relações humanas.

Tente crescer com o entorno. Momento dinâmico do ponto de vista cotidiano, o que favorece o aprimoramento do dia a dia e do trato interpessoal, já que Mercúrio e Sol passam a transitar pelo setor familiar, enquanto a Lua Crescente e Marte se deslocam pela área das rotinas.

A informação é dinamizada e a interação online aumenta. O momento oportuniza estudos e trocas intelectuais, visto que Mercúrio e Sol migram para a área comunicativa, ao passo em que Marte ingressa na social, que também recebe o trânsito da Lua na fase Crescente.

A Lua Crescente revela que é hora de amadurecer e se aperfeiçoar no enfrentamento dos desafi os. Marte migra para a área familiar, exigindo proatividade no cotidiano. Mercúrio e Sol adentram a área material, o que pode elevar sua percepção quanto as suas questões fi nanceiras.

A autoconfi ança elevada abre caminhos, mas não deve oprimir os outros. A Lua Crescente exige ajustes entre o individual e o coletivo. O momento se mostra expansivo para o pensamento e as relações humanas, já que Mercúrio e Sol se deslocam para seu signo, e Marte adentra o setor da comunicação.

A Lua Crescente na área material revela chances para aperfeiçoar sua relação com o dinheiro, o que é corroborado pelo ingresso de Marte nesse setor, pois suas ambições afl oram. O momento guia o olhar para os desafi os que aguardam enfrentamento, devido ao ingresso de Mercúrio e Sol no setor de crise.

O SANTO

Santo Expedito

O ANJO

Lacabel

Expedito foi chefe da legião romana na Armênia e guardava as fronteiras orientais do império contra ataque de bárbaros da Ásia. Apesar da fidelidade a Roma, Expedito e seus companheiros passaram pelo martírio em 19 de abril de 309, quando o imperador Diocleciano mudou de ideia sobre os cristãos, por não negar sua fé em Jesus Cristo diante do imperador. Expedito é um santo que desde seu

martírio tem atraído inúmeros devotos pelo mundo. É padroeiro das causas urgentes, dos militares, estudantes e viajantes. A fama de ser o padroeiro das causas urgentes se deve a história relacionada a sua conversão, onde uma tentação manifestada em forma de corvo gritava “Crás! Crás!” (“amanhã” em latim). Ele queria naquele dia sua conversão. Pisoteou o corvo gritando “Hodie! Hodie!”(“hoje” em latim). Este Anjo protege as pessoas que trabalham com a agricultura e é invocado para se obter luzes na resolução dos problemas mais difíceis. As pessoas sob sua influência são dotadas de coragem para enfrentar os mais difíceis obstáculos, mas deverá ter cautela com o poder, pois o abuso do domínio é tão prejudicial quanto a força bruta. Apreciará os livros antigos de história e arqueologia.

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FORTALEZA - CE, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2021

􀎑

LEDAMARIA@OPOVO.COM.BR | *ESCREVE ÀS SEGUNDAS E QUARTAS

LÊDA

MARIA

LEDAMARIA@OPOVO.COM.BR | *ESCREVE ÀS SEGUNDAS E QUARTAS

MAIS,

MAIS

MOLDURAS

Onélia e o governador Camilo Santana trabalham, buscando um mundo melhor para as crianças do Ceará. Antes da Pandemia, eles visitaram os pequeninos

H

á reconhecimento e avaliação positiva. O professor de Economia da Universidade de Rice (EUA) e PhD pela Universidade de Chicago, Flávio Cunha, antecipou alguns resultados positivos da avaliação de impacto do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Infantil (Padin), do Governo do Ceará, na palestra proferida no Seminário Intersetorial do Programa Mais Infância Ceará. O evento virtual, comandado pelo governador Camilo Santana e a primeira-dama Onélia, reuniu centenas de gestores municipais, políticos e parceiros.

O que eu acredito é que o Padin terá um impacto de longo prazo. Não apenas na linguagem que a gente está vendo, mas principalmente pela melhora da interação de pais e filhos”, disse Flávio. Ele ressaltou que o Padin já é conhecido na comunidade científica mundial. “Seu desenvolvimento é um caso realmente muito importante para o Brasil”. O Ceará já realizou cerca de 4,2 milhões de visitas domiciliares e atendeu a mais de 113 mil famílias com crianças na primeira infância, em parceria com o Governo Federal.

INTERAÇÃO PAIS E FILHOS􀪱

PROJETO BEM AVALIADO

ARIEL GOMES/ GOV

. DO CEARÁ/ DIVULG

A

ÇÃO.

Imersão 360º nos clássicos

TALITA Santos na Minissé rie em

Realidade Virtual aborda mestres da literatura brasileira

VITOR CECCHINO/DIVULGAÇÃO

| LITERATURA |

Minissérie em

realidade virtual aborda autores brasileiros

A Pyntado Filmes lança os primeiros episódios de “Li-teratura Imersiva”, minissé-rie em realidade virtual live action que aborda trechos de clássicos da literatura brasileira, como Machado de Assis, Lima Barreto, Gre-gório de Matos e Júlia Lopes de Almeida. A produção está disponível no canal YouTube da produtora.

O primeiro episódio da pro-dução traz “Memórias Pós-tumas de Brás Cubas”, obra de Machado de Assis, e é in-terpretado pelo ator Leandro Damatta. O segundo episódio, já disponível virtualmente, aborda a obra de Lima Bar-reto, por meio do livro “Clara

dos Anjos”, e é interpretado pela atriz Talita Santos. No dia 24 de abril, a Pyntado lan-ça os episódios “Epílogos”, de Gregório de Matos, interpre-tado pelo ator Gustavo Marti-nez, que também assina a di-reção do projeto, e “A Caolha”, obra de Júlia Lopes de Almei-da, que será interpretada pela atriz Pri Junqueira.

De acordo com o diretor da minissérie, Gustavo Martinez, em cada episódio os artis-tas terão um livro em mãos e começará uma leitura sin-gelamente interpretada. “Ele olha diretamente nos olhos do espectador e o coloca den-tro da narrativa, o envolven-do na história contada e no

ambiente virtual criado pro-priamente para favorecer a palavra”, afirma ele.

O cenário simples e intimis-ta intensifica o sentimento de acolhimento e ainda promove a união entre o moderno e o clássico. Os episódios ficarão disponíveis no canal da Pyn-tado no YouTube até dezembro de 2021. Eles podem ser assis-tidos em 360° em smartphones e computadores. Para imersão completa, também é possível assistir usando um cardboard ou headsets para realidade virtual, que potencializam a experiência. Com os car-dboards e headsets é possível acessar o conteúdo com áudio espacial (ambisonics).

“Literatura Imersiva” tem o intuito de estimular jo-vens a se aprofundarem na literatura clássica nacional e, assim, terem uma maior identificação social. A minis-série converge as ferramen-tas tecnológicas da lingua-gem imersiva com o poder de construção de pensamento social que a linguagem tem para evidenciar os valores da literatura nacional.

Literatura Imersiva

Quando: episódios novos

disponíveis no dia 24 de abril (primeiros episódios já no ar)

Onde: canal no YouTube

da Pyntado Filmes

U

MA DAS BOAS notícias do ano é a aprovação de um projeto de indicação, de autoria do deputado Salmito (PDT), visando à criação do Distrito Turístico Regional da Serra da Ibiapaba no Ceará. Querendo valorizar o grande potencial atrativo da área, destaca o município de Ubajara com uma Unidade de Conservação Federal de Proteção Integral, o Parque Nacional. Já em São Benedito fortalece-se o Turismo Religioso e a visitação aos cenários de produção e comercialização de flores. Para o deputado, os nove municípios daquela região serrana possuem potencialidades para fortalecer o turismo, inclusive o religioso, cultural e ecológico, mais o desenvolvimento da cadeia produtiva.

A

LIMENTOS para combater a fome, servindo de exemplo, inclusive para outras empresas desenvolverem projetos de doação. Ivens Júnior e demais

integrantes do Grupo M.Dias Branco espelham a solidariedade com a entrega de R$ 27 milhões (ou 5.066 toneladas de massas e biscoitos)para as comunidades e 150 instituições de assistência em 17 Estados do Brasil.

T

AMBÉM O BANCO do Nordeste lançou a nova edição de sua campanha “Juntos pela Vida - para a Solidariedade não há distância”. Objetiva arrecadar alimentos não perecíveis, em benefício de pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade neste tempo da Pandemia de Covid-19. Doações podem ser entregues, até o próximo dia 30, em qualquer agência ou unidade do banco, pelos 11 Estados da área de atuação. Ano passado em parceria com a Camed Saúde foram arrecadados R$ 123,2 mil, convertidos em mais de três mil cestas básicas, além de 300 kits de higiene pessoal.

DESBRAVANDO A NATUREZA, desde os 17 anos

por meio da canoagem, modalidade que lhe dá prazer de viver, agregado ao entusiasmo de um aventureiro marítimo, está em Fortaleza, Adelson Carneiro Rodrigues. Hoje com 59 anos ele desenvolve uma missão inédita na canoagem: cruzar o país do Oiapoque ao Chuí a bordo de um caiaque oceânico. Recepcionado no bonito Hotel Santuário das Águias (Porto das Dunas) conta sua história maravilhosa para os curiosos.

EMPRESÁRIO José Hugo Machado ausentou-se de

Lisboa quando anunciaram a Pandemia, e permanece em Fortaleza. Aqui elaborou uma nova agenda, planejando algo que nem sempre ele tem tempo de fazer em rotinas de trabalho em Portugal, agindo na hotelaria e na construção civil. Começou a escrever o seu segundo livro. O primeiro foi “Minha Vida em Construção”, editado pela escritora Joyce Cavalcante. Agora, ele faz um documentário de suas realizações, vitórias, conquistas e vida familiar, aprimorando a sua aprendizagem de conviver, nem sempre, harmoniosamente com a Pandemia da Covid-19.

ETHEL WHITEHURST,

empresária determinada e batalhadora, lembra que a crise ocasionada pela Covid-19 favorece aos novos projetos como o Baú da Vovó- Espaço Vintage e a criação da nova coleção de moda infantil desfilando os vestidinhos de passeios e ida ao shopping. Seus tradicionais mandriões para batizado (foto) continuam encantando. As vendas são on-line e as entregas em domicílio.

Delane Barreto e a filha Erla com Adelson Carneiro Rodrigues, no Santuário das Águias

OS INTEGRANTES da

Academia Cearense de Cinema manifestaram, última sexta-feira a profunda tristeza pela partida, para a Casa do Pai, do companheiro César Rossas. Sempre apaixonado pelo cinema, transmitia para todos os seus estudos e revelações, acompanhados da suavidade, do entusiasmo e da benquerença. “Sua partida em direção ao céu atendeu um convite de Deus, mas nos deixa muito tristes”, ressaltou Marcus Fernandes, diretor da ACC.

HERDEIROS de pais médicos

e devotados à missão Flavinho Leitão recebe de Edson Lopes a chefia do setor de neurocirurgia do HGF. Mais dedicação aos necessitados que ali chegam buscando socorro.

CLASSE empresarial do Ceará

lamentando a partida do líder Francisco José Andrade Silveira, pai querido de Sofia Erel, Francisco, Victoria, José Antonio, Frederico e Beatriz.

MÉDICA Márcia Medeiros

festeja a alegria do nascimento de mais um netinho, Matheus, filho de Samantha e de Amsterdan Ximenes. Vovó paterna, Claudete participa também desse coral entoando só canções de ninar.

A COMUNICAÇÃO do presidente

do Ideal Clube, Amarílio Cavalcante, prestando contas das melhorias e cuidados para o bom funcionamento da entidade, é um ato de partilha e dedicação, mostrando uma administração responsável e voltada para a prática de tornar o clube, sempre a segunda casa dos associados.

PEDRO JORGE Medeiros,

ex-presidente do Náutico, trocou de idade recebendo as mensagens carinhosas de seus companheiros da Academia Metropolitana de Letras do Ceará.

PARTIU para a Casa do Pai,

vítima de um aneurisma, o médico Geraldo Sérgio, cirurgião-plástico de muitas amizades, há tempo residindo em Orlando.

HOJE O ABRAÇO de parabéns

vai para Rui Dias. E amanhã para Cybele Pontes, Ernando Uchôa, Ionete Schmidtner e Lia Fiúza.

(6)

FORTALEZA - CE, SEgundA-FEiRA, 19 dE AbRiL dE 2021

6

Muito aléM

do horizonte

ARquivO PESSOAL/ÂngELA MARiA S

ALES

Ao fim de cada domingo, quando já está na hora do sono, a agente de saúde Ângela Maria

Sales, 58, põe o rádio para tocar. Ali perto, na

cabeceira da cama, as canções de Roberto Carlos embalam o ritual dos sonhos. Os sentimentos regressam aos tempos de infância — a melodia passeia pelas memórias da casa de sua mãe, onde havia uma radiola que tocava quase sempre os discos do rei.

influenciada pelas irmãs mais velhas, muito fãs de RC, Ângela cresceu ouvindo a discografia do artista. naquela época em que tudo era possível, elas se reuniam para ouvir a programação da rádio com as canções de Roberto. O costume segue desde aí. “As canções de Roberto Carlos me deixam feliz, me trazem alegria, saudade e boas memórias da família e dos momentos agradáveis de toda minha vida”, lembra.

Tantas músicas de RC integraram momentos da vida de Ângela — desde as circunstâncias inesquecíveis às mais cotidianas. O trabalho do rei “ninou” seus três filhos. Agora, quem acompanha a tradição é o neto, de apenas 2 meses de idade, que adormece no colo da avó. Segundo Ângela, a coletânea de RC continua marcando novos episódios da sua trajetória. É difícil definir uma música preferida, mas “Além do Horizonte”, do álbum “Roberto Carlos” (1975), transborda algo muito especial. Ao ouvir a composição de RC e Erasmo Carlos, sua mãe costumava dizer: “Além do horizonte há coisas boas para viver e ser feliz”. A filosofia de dona Maura continua guiando o coração de Ângela.

As canções de Roberto Carlos continuam pulsantes entre co-rações admirados. De diferentes fases e facetas, o rei passeia por diversos episódios memoráveis. Ou mesmo nas sutilezas do coti-diano. Quando menos se espera, muitas de suas músicas se tor-nam trilha sonora do movimen-to ordinário da vida. No abrir e fechar da porta de casa, sentar-se à mesa para um café ou sim-plesmente ao admirar a paisa-gem pela janela do ônibus. Sua obra interliga muitas histórias (direta e indiretamente) — seja de fãs, admiradores, curiosos ou mesmo alheios. Na cadência de quem tem fé no amor, há sempre mais emoções porvir.

| RC 80 ANOS |

Fãs, admiradores

e artistas contam suas histórias com

as canções de Roberto Carlos, artista

que marca diferentes gerações

Tantas

emoções

PriMeiro

aMor

ARquivO PESSOAL/SuLLing LiMA

Era década de 1980. Olhares aqui e ali, mãos entrelaçadas e a magia avassaladora do primeiro amor. “Eu pensei que pudesse ficar sem você/ Mas não posso/ Pois viver sem você, meu amor/ É difícil demais” — ouvia Sulling

lima, 55, no auge da adolescência. “não Se

Afaste de Mim”, faixa do álbum “Roberto Carlos” (1980), marcou o primeiro namoro da técnica em comercialização e logística aposentada.

À época, RC entoava aquela fase romântica, com canções que foram trilha sonora para múltiplos amores. “Meu primeiro namorado amava, era fã do Roberto Carlos. Acho que, de certa forma, eu aprendi a gostar por influência dele. A gente estava começando o namoro e teve todo um clima para gostar do Roberto”, rememora.

Apaixonar-se foi o impulso para que ela passasse a acompanhar a musicalidade desse artista — que fala, dentre tantas coisas, sobre amar, ser amado, corresponder ou até sofrer por amor. Ao longo do tempo, conheceu outros tantos “Robertos”, como o da fase religiosa. devota de nossa Senhora, se emociona sempre que escuta a clássica “nossa Senhora me dê a mão/ Cuida do meu coração/ da minha vida, do meu destino”. Amante dos discos de vinil, enquanto

compartilhava sua história à reportagem, Sulling pôs a tocar a “música da sua adolescência”. Mais de dez LPs de Roberto Carlos integram a coleção presenteada por seu tio. As prediletas continuam sendo as românticas, que ecoam o sentimento do “amor, da paixão e do sexo”. Para Sulling, RC marcou — e ainda marca — gerações.

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luane tabosa, 23, — filha caçula de Ângela

Maria — compartilha dessa relação afetiva com as canções de Roberto. A lembrança acha-se nas idas para a casa de sua avó materna. Aos domingos, a família se deslocava do bairro Messejana ao Presidente Kennedy para almoçar com dona Maura. Atravessavam a Cidade de ônibus para passar o “domingão” juntinho à matriarca. Antes disso, o aparelho de som já estava nos embalos de RC.

Ângela ligava o rádio cedinho, preparava o café da manhã e toda a família se aprontava para a viagem de quase duas horas. na morada de dona Maura, mais canções de Roberto. “Ao chegar na vó era aquele abraço super apertado e amoroso. Só saudades! desde que ela se foi, há cerca de quatro anos, essa é a melhor memória que eu tenho de nós. O Roberto Carlos fez parte dessa história. Sempre que toca no rádio, essa memória me invade”, conta Luane.

Entre outras recordações, está ouvir Roberto nos especiais de televisão a cada ano que finda. O sentimento por trás das canções, contudo, não se restringe ao seio familiar. Ainda na escola, um dos melhores amigos de Luane cantou “As Curvas da Estrada de Santos”, faixa do LP “Roberto Carlos” (1969). Ela se encantou. quando escuta a composição de RC e Erasmo, lembra com carinho do momento. E, certamente, das estradas que percorreu em tantas viagens de ônibus para ver sua vó.

“Qual o Seu roberto carloS Preferido?”

“Meu roberto carlos preferido é o do disco ‘Mensagens’, onde ele reuniu praticamente todas as suas gravações voltadas para deus. clássicos como ‘aleluia’, ‘fé’, ‘ele está pra chegar’, ‘Jesus cristo’, ‘luz divina’, ‘a Montanha’ e tantas outras desse álbum estão dentre as músicas mais ouvidas na minha vida.” — Marcos lessa, cantor e compositor

“Minha primeira lembrança de tê-lo ouvido foi o ‘calhambeque’, ainda na infância, músicas do filme ‘em ritmo de aventura’. essa fase iêiêiê eu adoro, mas o disco que me sempre vem à lembrança é o que tem ‘detalhes’, de 1971, e de onde pincei a minha favorita: ‘de tanto amor’, uma das baladas mais lindas de todos os tempos. é brasa mora???”

— Mimi rocha, músico e produtor cearense “a época de sua carreira que mais gosto é

a do começo da década de 1970, depois da Jovem Guarda. a meu ver, nesse período, suas músicas são mais maduras e têm letras com conteúdo mais elaborado. a minha canção favorita é ‘detalhes’, de 1971. bebeto, nunca vou tentar te esquecer! um beijo desta sua fã. — nina Ximenes, cantora e compositora cearense radicada em São Paulo  

“costumava implicar com o tal rei adorado por mamãe. logo ela, que não parecia apreciar tanto música, colecionava uma dúzia de álbuns dele, quase todos com a mesma capa: retrato e fundo azul. não suspeitava do roberto vibrante de ‘o inimitável’, por isso o espanto anos mais tarde, ao me deparar com o cara indignado e debochado

— raísa cristina, artista visual cearense “nossa! ‘cama e mesa’, do roberto carlos,

era minha trilha sonora de infância! acho que ela tocava todas as tardes no rádio, no ano de 1982. até hoje, basta eu ouvir os acordes iniciais dessa música e sou transportada para minha casa de infância: é uma verdadeira madeleine proustiana!”

— tércia Montenegro, escritora cearense e cronista do vida&arte

“o meu roberto carlos preferido era aquele que entrava na minha casa, todo final de ano, em novo lP que meu pai comprava para a minha mãe. Minha mãe adorava ouvir roberto carlos. aqueles lPs lançados nos anos 1970 e começo dos anos 1980. Mas só ela gostava? eu costumava colocar os discos dele para tocar na radiola portátil que tínhamos e ficava ‘cantando’ junto com ele”.

— Sérgio araújo, professor, poeta, ficcionista e letrista cearense

Luiza EstEr

luiza.ester@opovo.com.br

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