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A IMPORTÂNCIA DA CULTURA E IDENTIDADE SURDA NA FORMAÇÃO BILÍNGUE NO ENSINO REGULAR

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Academic year: 2021

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GT8 – Espaços Educativos, Currículo e Formação Docente (Saberes e Práticas).

Maria Patrícia Vieira Martins Lima¹ John Lima da Conceição²

RESUMO

O presente artigo discute a importância da cultura e identidade surda na formação bilíngue no ensino regular, relacionada como recurso para uma educação plena e significativa. A pesquisa foi desenvolvida com base em fontes bibliográficas e sites especializados. Discorre sobre a necessidade de considerar a pessoa surda como sujeito diferente e cultural, possuidor de identidade própria, além de entender um pouco mais sobre a abordagem educacional na formação bilíngue no ambiente escolar e social. Além de discutir sobre o conhecimento cultural da comunidade surda, dando ênfase ao fortalecimento de sua identidade. É necessário reconhecer a LIBRAS- Língua Brasileira de sinais, como forma de expressão comunicativa e de representação linguística de transmissão de ideias e fatos. Portanto é nas comunidades que se discutem sobre o bem-estar de todos, a fim de que tais possam atuar politicamente, tendo em vista seus direitos linguísticos e cidadãos reconhecidos.

Palavras-chave: Cultura e Identidade Surda. Formação Bilíngue. Ensino Regular. Libras.

ABSTRACT

This article discusses the importance of culture and deaf identity in bilingual education in regular schools, related as a resource for a full and meaningful education. The research was developed based on bibliographic sources and specialized sites. Discusses the need to address the deaf person as different cultural and subject own identity possessed, and understand a little more about the educational approach to bilingual education in the school and social environment. Besides discussing about the cultural knowledge of the deaf community, emphasizing the strengthening of their identity. It is necessary to recognize the pounds- Brazilian sign language as a means of communicative expression and linguistic representation of transmission of ideas and facts. Therefore it is in the communities that are discussed on the well-being of all, in order that these can act politically in view of their linguistic rights and recognized citizens.

Keywords: Deaf Culture and Identity. Bilingual training. Regular education. Pounds.

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¹ Graduanda em Letras/FSL. Especialista em Educação Especial com Ênfase em LIBRAS- Língua Brasileira de Sinais. Graduada em Pedagogia pela Faculdade São Luís de França.

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1 INTRODUÇÃO

Este artigo foi elaborado com o objetivo de discutir a Importância da Cultura e Identidade Surda na Formação Bilíngue no Ensino Regular, relacionada como recurso para uma educação plena e significativa. O estudo pauta-se da necessidade de considerar a pessoa surda como um sujeito diferente e cultural, possuidor de identidade própria. Além disso, entendermos sobre a abordagem educacional na formação bilíngue no ambiente escolar e social. A metodologia da pesquisa contemplou pressupostos constituídos através de fontes bibliográficas e sites especializados.

Skliar (1998) citado por Souza (2014) defende que é possível aceitar o conceito de Cultura Surda, por meio de uma leitura multicultural, tendo em vista que tal possui sua própria historicidade em seus processos e produções. É através destas ações que se constrói a Identidade.

A comunidade surda é um complexo de relações e interligações sociais, pois tais necessitam da língua de sinais e das experiências visuais para realizar uma comunicação satisfatória com as pessoas.

Segundo Souza (2014) é importante notar que a educação dos alunos surdos, é relatada pela legislação que assegura uma educação que contemple os surdos em virtude da necessidade da língua. Assim, a Libras- Língua Brasileira de Sinais foi regulamentada pela Lei 10.436 e oficializada em 24 de abril de 2002, relata em seu Art. 1o como sendo reconhecida como meio legal de comunicação e expressão em que o sistema linguístico de natureza visual-motora, contendo estrutura gramatical própria, constitui um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil. (BRASIL, 2002).

É fato que a comunidade surda tem lutado diligentemente pela igualdade e respeito de sua cultura, especialmente aos diretos no campo linguísticos educacional, econômico e social.

Já no Decreto nº 5.626 de 22 de Dezembro de 2005, relata em seu Art. 5o, a respeito da formação de docentes para o ensino de Libras na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, em que Libras e Língua Portuguesa escrita tenham constituído línguas de instrução, viabilizando a formação bilíngue. (BRASIL, 2005)

Uma vez inserida na escola, a Libras oferece ao aluno surdo um melhor aprendizado, principalmente no que tange a compreensão ao ensino de língua portuguesa. É

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muito importante que o professor busque uma formação contínua que viabilize novas abordagens metodológicas educacionais.

De acordo com Souza (2014) surda é a pessoa que tem perda total ou parcial da audição. Percebe o mundo através das vivências visuais, além de utilizar a língua de sinais para comunicação, no entanto necessita da língua portuguesa como modalidade escrita no intuito de poder exercer diversas funções como cidadãos.

Assim o aluno surdo tem todo o direito de ser assistido, por um professor bilíngue principalmente no ensino regular, a fim de acompanhar e atender suas necessidades educacionais como asseguradas em lei.

Enfim, é preciso observar e respeitar a cultura e a identidade surda, sobretudo, reconhecendo o valor da sua forma de expressão comunicativa, a da língua de sinais como representação linguística.

2 CULTURA E IDENTIDADE SURDA

Os povos surdos através dos movimentos sociais vêm contribuindo para que haja um novo olhar no processo histórico cultural, com conquistas como a inserção do currículo surdo, a valorização da Língua de Sinais e pedagogia surda nos espaços educacionais.

De acordo com Salles (2005) é através da cultura que uma comunidade se constitui, integra e identifica as pessoas. Ou seja, a existência de uma cultura fortalece a identidade.

Para Pereira (2011), assim como qualquer outra cultura, os membros das comunidades surdas compartilham valores, crenças, comportamentos e o mais importante, uma língua diferente.

A cultura surda vem sendo um enigma para os sujeitos ouvintes da sociedade. É uma preocupação em que muitos ouvintes tentam entender os muitos caminhos que conduzem os povos surdos às suas relações culturais presentes, como também nas organizações de suas comunidades surdas.

Segundo Strobel (2015), a cultura surda se refere a comportamentos, valores, regras e crenças, que permeiam e preenchem nas comunidades surdas. Dentre os elementos principais da cultura surda estão às experiências visuais e as linguísticas que são essenciais para os indivíduos surdos.

Conforme Pereira (2011), os surdos constituem uma comunidade linguística minoritária cujos elementos são as línguas de sinais, em cultura própria visual-gestual. O

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conhecimento cultural da comunidade surda envolve também a informações culturais, a partir de expressões artísticas como na literatura através de poesias, lendas, contos, piadas onde exploram a expressão facial e corporal, além da utilização da língua de sinais como principal componente de interação social. Portanto é nas comunidades onde tais apresentam suas próprias condutas linguísticas associadas a seus valores culturais.

Segundo Skliar (1998) citado por Souza (2014) a cultura surda, assim como a de ouvinte é determinada por um grupo de pessoas localizado no tempo e no espaço, para refletir sobre o fato de que nessa comunidade surgem processos culturais específicos.

O objetivo do movimento surdo é rever as forças subjacentes nos estereótipos encontrados nas diversas instituições sociais, bem como, interpretações de surdos ou ouvintes isolados não constantes da cultura surda; questionar a natureza ideológica de suas experiências, ajudar os surdos a descobrirem interconexões entre a comunidade cultural e o contexto social em geral; em suma, engajar-se na dialética do sujeito surdo. (SKLIAR, 2011.p.70)

Os indivíduos surdos têm lutado pelo o respeito e pela a igualdade de seus direitos à vida, à cultura, à politica, juntamente com o apoio da comunidade ouvinte. A comunidade surda é uma forma para que mais pessoas surdas reflitam sob a importância desta caminhada política.

Para Skliar (2011), a identidade é algo em questão, em construção que pode frequentemente ser transformado ou simplesmente estar em movimento empurrando assim o sujeito em diferentes posições. Ainda segundo Skliar a identidade surda possui múltiplas categorias, que podem ser definidas como:

Flutuante Estão presentes onde os surdos vivem, e se manifestam a partir da hegemonia dos ouvintes.

Incompleta Surdos que vivem uma ideologia ouvinista, na tentativa de uma reprodução da identidade dominante (ouvinte).

Transição A passagem do mundo ouvinte, com representação da identidade ouvinte para a identidade surda no contexto mais visual.

Híbrida São surdos que nasceram ouvintes e com o tempo se tornaram surdos. Estes terão presentes às duas línguas numa dependência dos sinais e do pensamento na língua oral.

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Surda Fazem uso da experiência visual dentro de um espaço cultural diverso. A identidade política surda.

SKLIAR, Carlos. A surdez: um olhar sobre as diferenças. 5. ed. Porto Alegre: Mediação, 2011

Portanto, entende-se que todos os surdos possuem entre outras como vimos acima, uma identidade surda, porém esta se apresenta de formas variadas e/ou conforme as representações.

A preferência destes em se relacionar com seus semelhantes fortalece a identidade surda. Tendo em vista que, é no contato que se identificam, onde compartilham as experiências e dificuldades estas atreladas à comunicação enfrentada no dia a dia, seja em casa, na escola ou em locais sociais.

Conforme Skliar (2011) é por meio de encontros surdo-surdo onde acontece o surgimento da Comunidade Surda, a partir daí surgem associações que se relacionam em diversos ambientes para interagirem principalmente no que tange a comunicação.

É nas comunidades que discutem sobre o bem-estar de todos, a fim de que tais possam atuar politicamente, tendo em vista seus direitos linguísticos e cidadãos reconhecidos. Enfim, caracterizar a Cultura e Identidade Surda como multicultural é o passo para admitir que tal comunidade partilhe com a comunidade ouvinte em todos os sentidos, no que tange ao espaço físico ou geográfico, da alimentação, do vestuário, hábitos e costumes, sobretudo, em seus aspectos peculiares, inclusive na educação.

3 CULTURA SURDA NA EDUCAÇÃO

Antes de se tratar da Cultura Surda na Educação e vice-versa, é importante ressaltar que a cultura de uma sociedade não se constrói a partir da escolarização dos conhecimentos, mas contribuem para as constituições de diferentes significados culturais.

Segundo Skliar (2011) pensar no multiculturalismo na educação de indivíduos surdos ou ouvintes, a partir de uma visão crítica, seja uma alternativa para aqueles que pesquisam e atuam na educação surda.

Desta forma, ser plenamente multicultural é ter a oportunidade nos dois mundos, surdo e ouvinte ser um veículo eficaz para as trocas sociais. É importante que os sujeitos aprendam a apropriar-se criticamente do conhecimento que existe, o qual muitas vezes, está além de suas experiências imediatas. Aprender a língua de sinais da comunidade surda na qual

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esta inserida significa ter maior facilidade em aprender a língua oral-auditiva da comunidade ouvinte.

A surdez é uma experiência visual, isso significa que todos os mecanismos da informação compreendem-se através do universo em torno do que se constroem por experiência visual. (Skliar, 2011)

Língua de sinais – São línguas que são utilizadas pelas comunidades surdas. As línguas de sinais apresentam as propriedades específicas das línguas naturais, sendo, portanto, reconhecidas enquanto línguas pela Linguística. As línguas de sinais são visuais-espaciais captando as experiências visuais das pessoas surdas. (QUADROS, 2005, p.8)

Enfim segundo os autores é nesse sentido que se deve discutir criticamente a questão das diferentes abordagens didáticas dentro do contexto escolar relacionado ao ensino do aluno com surdez no ensino regular.

Segundo Gesser (2009) a língua de sinais, tem sua gramática própria e se apresenta de forma estruturada em todos os níveis, como na língua oral: fonológico, morfológico, sintático e semântico.

Conforme Pereira (2011) a língua de sinais é o principal elemento de interação social para a maioria das pessoas surdas é por este que se tem todo o acesso ao conhecimento do mundo em geral. Tal conhecimento inclui vários assuntos como notícias e acontecimentos do mundo, matérias de jornais, nomes de lideres surdos dentre outros.

A pessoa surda possui maior dificuldade escolar, em relação aos ouvintes, isso porque falta a estes, a oportunidade de ter acesso a uma escola que reconheça as diferenças linguísticas, que promova o ensino de Língua Brasileira de Sinais- LIBRAS.

Conforme Quadros (2005) a LIBRAS é uma língua utilizada pelas comunidades surdas brasileiras. É uma língua visual-gestual articulada através das mãos, das expressões faciais e do corpo. Tais sinalizadores estabelecem referentes associados com uma localização no espaço.

Conforme Gesser (2009) a Libras é uma língua que expressa movimentos gestuais e expressões faciais que são percebidas pela visão, tornando-se uma modalidade oral-auditiva.

Logo, a língua de sinais tem todas as características linguísticas como de qualquer língua natural. É preciso entender que o canal comunicativo é visual-gestual e que o surdo

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utiliza deste para se comunicar isto porque a deficiência auditiva impede os surdos de elevar-se à oralidade.

Para Skliar (2011) a maior dificuldade para os surdos é encontrar profissionais da educação que estejam preparados para recebê-los em sala de aula e ainda capaz de rever continuamente suas práticas metodológicas.

Enfim o aluno precisa compreender que sua cultura surda esta sendo incluso no meio educacional especificamente em sala de aula é preciso rever questões relevantes que permita atendê-lo com uma educação efetiva e significativa tornando assim seu aprendizado pleno. Logo, recomenda-se que a educação dos surdos seja efetivada em Libras, uma vez entendida como língua materna do surdo, dentro da escola ou em qualquer outro meio social.

3.1 Educação Bilíngue para Surdos

Segundo Quadros (1997), o bilinguismo é uma proposta de ensino utilizada por escolas que propõem a tornar acessível a duas línguas no contexto escolar. Têm apontado para essa proposta como sendo mais adequada para o ensino de alunos surdos.

Atualmente, tem-se tornado muito forte as reivindicações destes, por uma escola bilíngue, cuja proposta esta inclusa no Projeto de Lei 8035-2010 do Plano Nacional de Educação (PNE), que garante a oferta de educação bilíngue, aos alunos surdos e deficientes auditivos de zero a dezessete anos, em escolas e classes inclusivas. (Souza, 2014)

A proposta bilíngue surgiu baseada nas reivindicações dos próprios surdos pelo direito à sua língua e pelas pesquisas linguísticas sobre a língua de sinais. Na adoção do bilinguismo, deve-se optar pela apresentação simultânea das duas línguas: a Libras como a primeira-L1 e a Língua Portuguesa como a segunda- L2.

O Decreto nº 5.626/05 declara-nos que:

Regulamenta a Lei nº 10.436/2002, visando ao acesso à escola dos alunos surdos, dispõe sobre a inclusão de LIBRAS como disciplina curricular, a formação e a certificação de professor, instrutor e tradutor/intérprete de Libras, o ensino da Língua Portuguesa como segunda língua para alunos surdos e a organização da educação bilíngue no ensino regular. (SOUZA, 2014, p.15)

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Portanto, o aluno deve ter no ensino regular uma formação bilíngue como proposto em lei e adquirir como língua oficial a Libras-L1 e como e o Português-L2.

Segundo Souza (2014) à proposta do bilinguismo no meio escolar permite que a pessoa surda tenha a oportunidade de aprender a Libras desde os anos iniciais, inserindo aos poucos vários conceitos a partir da Língua Portuguesa. Quadros (1997) a língua portuguesa não será a língua que acionará naturalmente o dispositivo da aquisição de linguagem, por conta da falta de audição. É importante entender que poderá aprender essa língua, porém nunca de forma natural e espontânea como é o caso de Libras.

Segundo Salles (2005) o ensino de língua portuguesa, faz-se necessário como segunda língua, na utilização de materiais e métodos específicos no atendimento às necessidades educacionais do surdo.

A língua de sinais, uma vez entendida como língua materna do surdo, será, dentro da escola, o meio de instrução por excelência. A instrução deve privilegiar a visão, por meio do ensino da língua portuguesa escrita, que, por se tratar de disciplina de segunda língua, [...]. (SALLES, 2005, p. 47)

No que tange a escola, os profissionais envolvidos com o ensino de língua portuguesa para surdos, devem ser conscientes dessa realidade e ofertar ao aluno um ensino que o permita usufruir de forma qualitativa o direito de aprender.

Segundo Skliar (2011) embora a escola seja um espaço de produção e reprodução de sujeitos, também é um espaço onde os surdos podem reproduzir outras representações sobre si. Ainda segundo Skliar é nas atividades diárias da escola que essa produção e reprodução acontecem ao sujeito, enfim é neste espaço que se constrói as tais representações.

A escola precisa ser um espaço para que o aluno através de seus valores linguísticos desenvolva seu processo de aprendizagem, a troca de experiência com os professores, colegas e/ou em comunidade, tais relações promovem o sucesso do aluno.

Logo segundo Souza (2014), torna-se urgente refletir sobre o aprendizado de língua portuguesa pelos surdos, além de desenvolvimento de estratégias de ensino, voltadas para uma contextualização mediante as visuais, a fim de garantir o promover uma educação com qualidade.

Enfim, a comunidade surda almeja uma educação bilíngue, para tanto é necessário por parte dos professores uma formação continuada que saiba Libras, tenha conhecimento da cultura surda, e consequentemente, recursos didáticos e metodológicos de aprendizagem

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adaptadas para maior compreensão e interesse do aluno na escola, provendo assim, a interação entre professor e aluno.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Entender que os surdos possuem sua própria historicidade é fazer conhecida sua cultura, proporcionando assim, o fortalecimento de sua identidade politicamente quanto cidadão. Vale lembrar que todo cidadão tem o direito a ser educado em sua própria língua, o acesso a Libras assegura as relações afetivas e sociais.

Muito embora, mesmo com tantas barreiras sociais, políticas e culturais, isso não os impede em nada, a comunidade surda tem estado firme na luta por seus direitos, pelo contrário, tornam-se ainda mais fortes para ultrapassarem todos os obstáculos encontrados pelo caminho.

No que tange a Libras, uma vez inserida na escola permite ao aluno aprender e desenvolver suas habilidades mediante o aprendizado. De modo que possa ser inserido diante do contexto escolar e social. Visto que, ao fazer uso de Libras-L1 o próprio terá maior facilidade para aprender outras línguas principalmente à língua portuguesa-L2. O não uso da língua de sinais atrapalha o adiantamento do aluno, no que diz respeito à aprendizagem por meio da L2.

De fato, percebe-se a importância da atuação profissional, em virtude da possibilidade de compartilhar angústias e dificuldades vivenciadas no cotidiano pelo aluno. O aprendizado é o mais importante neste processo, tendo em vista que a libras é mais fácil do que o português devido a sua complexidade.

Sendo assim, o aluno surdo tem todo o direito em sala de aula ao acesso de Libras como representação linguística, sendo o canal comunicativo visual-gestual. Cabe por parte dos profissionais entender melhor as necessidades culturais e educacionais destes. O papel do professor bilíngue é de instruir e facilitar ao máximo de forma contextualizado o aprendizado do aluno com surdez. Daí a importância de uma formação continuada, a fim de garantir seus direitos como previstos em lei.

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5 REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Senado Federal, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm >. Acesso em: 19 de abril de 2015.

_______. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Senado Federal, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm >. Acesso em: 19 de abril de 2015.

GESSER, Audrei. LIBRAS Que língua é essa: crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda. 6. ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.

PEREIRA, Maria Cristina da Cunha et al. Libras conhecimento além dos sinais. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.

QUADROS, Ronice Müller de. Educação de surdos: a aquisição da linguagem. Porto Alegre: Artmed, 1997.

__________. O tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais e língua portuguesa. Secretaria de Educação Especial. Brasília: MEC, SEESP, 2005, p.8.

SALLES, Heloisa Maria Moreira et al. Ensino de língua portuguesa para surdo: caminho para prática pedagógica. Brasília: MEC, SEESP, 2005, p.47.

SKLIAR, Carlos. A surdez: um olhar sobre as diferenças. 5.ed. Porto Alegre: Mediação, 2011, p. 70.

SOUZA, Rita de Cácia Santos et al. Introdução aos estudos sobre educação dos surdos. Aracaju: Editora Criação, 2014, p.15.

STROBEL, Karin. Revista virtual de cultura surda e diversidade. Disponível em:> http://www.editora-arara-azul.com.br/revista/03/perfil.php>. Acesso em 12 Mai. 2015.

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