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CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS MAIKE ALISSON PERUSSOLO DA SILVA

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Academic year: 2021

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“Missão: Formar profissionais capacitados, socialmente responsáveis e aptos a promoverem as transformações futuras”

CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

MAIKE ALISSON PERUSSOLO DA SILVA

UTILIZAÇÃO DOS MÉTODOS DE CUSTEIO POR ABSORÇÃO E VARIÁVEL PARA PRECIFICAÇÃO EM HOTÉIS DA CIDADE DE FOZ DO IGUAÇU-PR

FOZ DO IGUAÇU 2017

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“Missão: Formar profissionais capacitados, socialmente responsáveis e aptos a promoverem as transformações futuras”

CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

UTILIZAÇÃO DOS MÉTODOS DE CUSTEIO POR ABSORÇÃO E VARIÁVEL PARA PRECIFICAÇÃO EM HOTÉIS DA CIDADE DE FOZ DO IGUAÇU-PR

Trabalho de Conclusão de Curso elaborado como requisito para obtenção do grau de Bacharel Ciências Contábeis do Centro Universitário Dinâmica das Cataratas - UDC. Profª. Me. Fernanda Marcia Kumm

Profº. Orientador Dauri Braga Brandão.

FOZ DO IGUAÇU 2017

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TERMO DE APROVAÇÃO

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado e aprovado como requisito parcial para a obtenção do Título de Bacharel em Ciências Contábeis pelo Centro Universitário Dinâmica das Cataratas.

________________________________________ Profª. Me. Leonor Venson, de Souza

Coordenadora do Curso de Ciências Contábeis ________________________________________

Orientador: Prof º. Esp. Dauri Braga Brandão Centro Universitário Dinâmica das cataratas - UDC

Aprovado em: 27 de Novembro de 2017

BANCA EXAMINADORA:

________________________________________ Prof.º. Dauri Braga Brandão

Centro Universitário Dinâmica das Cataratas - UDC

________________________________________ Prof.º. Hiago Ricardo De Mello Francisco Centro Universitário Dinâmica das Cataratas - UDC

________________________________________ Prof.ª. Me. Fernanda Marcia Kumm

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABC - Custeio baseado em atividade

CPC - Comitê de Pronunciamentos Contábeis CPV - Custo do produto vendido

CF - Custos Fixos CV - Custo Variável DV - Despesas Variáveis

EMBRATUR - Instituto Brasileiro de Turismo GF - Gastos Fixos

GV - Gastos Variáveis

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ISSQN - Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza LB - Lucro Bruto

LL - Lucro Líquido

MC - Margem de Contribuição MTUR - Ministério do Turismo

OMT - Organização Mundial do Turismo ONU - Organização das Nações Unidas PEC - Ponto de Equilíbrio Contábil PEE - Ponto de Equilíbrio Econômico PEF - Ponto de Equilíbrio Financeiro PIB - Produto Interno Bruto

PR - Paraná

PV - Preço de Venda RV - Receita de Vendas

TCCA - International Congress and Convention Association

UN - Unitário

US$ - Dólares

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LISTA DE FÍGURAS

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Fórmulas de margem de contribuição...23

Tabela 2 – Fórmulas de ponto de equilíbrio...25

Tabela 3 – Exemplo de custeio pelo método de absorção...29

Tabela 4 – Exemplo de custeio pelo método variável...30

Tabela 5 – DRE comparativa dos métodos de custeio por absorção e variável...31

Tabela 6 – Exemplo do método Mark-up e formação do preço de venda...35

Tabela 7 – Resultados obtidos por intermédio de aplicação do questionário...44

Tabela 8 – Dados contábeis coletados com aplicação do formulário...45

Tabela 9 – Custeio variável...46

Tabela 10 – Custeio por absorção...47

Tabela 11 – Precificação pelo método mark-up...48

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Cidades Brasileiras mais visitadas em eventos internacionais...38

Gráfico 2 – Meios de hospedagem utilizados pelos turistas ...38

Gráfico 3 – Quantidade de diárias vendidas...46

Gráfico 4 – Comparação da receita total com o lucro líquido...47

Gráfico 5 – Análise comparativa dos resultados...49

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RESUMO

O presente estudo tem como principal objetivo identificar os impactos dos métodos de custeio por absorção e variável para precificação em hotéis na cidade de Foz do Iguaçu-PR, assim fez-se uso da pesquisa explicativa. O referencial teórico contextualiza os aspectos relativos aos sistemas de custos, a metodologia de custos, precificação e o uso destes no setor hoteleiro. Os métodos utilizados nesta pesquisa são os métodos de custeio por absorção, no qual se destaca por se apresentar numa ferramenta importante para fins fiscais e apuração de imposto de renda, regulamentado pela legislação brasileira, e método de custeio variável que auxilia na tomada de decisões gerenciais, porém, não atende aos princípios fundamentais da contabilidade e não é aceito pelo fisco. A presente pesquisa, quanto à abordagem classifica-se como qualitativa, pois realiza coleta de dados por meio de respostas e depoimentos que, a partir dai, se transformam em dados para análise, e quantitativa pelo motivo de aplicar métodos matemáticos para medir resultados obtidos através de análises estatísticas e numéricas através do software

Microsoft Excel, versão 2010. Quanto aos procedimentos, utilizou-se o bibliográfico,

que com base em pesquisas em livros, artigos e revistas visa explicar os métodos presentes nesta pesquisa, utilizou-se também o procedimento de estudo de caso nos hotéis que se dispuseram a fornecer informações contábeis para realizar o processo de precificação, e por fim, para obtenção dos dados foi aplicado um questionário seguido de um formulário em 30 hotéis da cidade em estudo, dos quais cinco forneceram as informações necessárias para segmento da pesquisa. Os resultados obtidos demonstram o grau de importância dos custos no momento de realizar a precificação das diárias e o impacto causado para obtenção da receita.

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ABSTRACT

The main objective of the present study was identify the impacts of absorption and variable conservation methods for hotel pricing at the Foz do Iguaçu city, thus using the explanatory research. The theoretical framework contextualizes the costs related to custody systems, a methodology of custody, pricing and the use of these in the hotel sector. The methods used in the research are absorption costing methods, whose qualify by means of a solution for tax purposes and income tax calculation, regulated by Brazilian legislation, and variable costing method that assists in management decision making, however, this method does not meet the fundamental principles of accounting and is not accepted by the tax authorities. A present research, as an approach is classified as qualitative, as it performs a quotation of data through answers and statements, from a measurement of data by analysis, and quantitative by reason of applying mathematical methods to measure results obtained through of statistical and numerical analysis through Microsoft Excel software, version 2010. About the procedures, the bibliographic was used, which based on researches in articles, journals and journals, also show the research procedure, a case study at hotels that provided information to perform the pricing process, and finally to obtain data for a questionnaire followed by a form in 30 hotels in the study city, a research segment. The results obtained demonstrate the degree of importance of the costs in the moment of realizing a pricing of the daily and the impact caused to obtain the revenue.

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 12 1.1 PROBLEMA DE PESQUISA ... 14 1.1.1 Questão de pesquisa ... 14 1.2 OBJETIVOS ... 14 1.2.1 Objetivo geral ... 15 1.2.2 Objetivos específicos ... 15 1.3 JUSTIFICATIVA ... 15 2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 17 2.1 CONTABILIDADE DE CUSTOS ... 17

2.2 OBJETIVOS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS ... 17

2.3 ORIGEM DOS CUSTOS ... 18

2.4 CUSTOS COMO INSTRUMENTO DE CONTROLE ... 19

2.5 CONCEITOS BÁSICOS EM CUSTOS ... 19

2.5.1 Gasto ... 19 2.5.2 Desembolso ... 20 2.5.3 Investimento... 20 2.5.4 Custos ... 21 2.5.5 Despesas ... 21 2.5.6 Perda ... 21

2.6 CUSTOS QUANTO A APROPRIAÇÃO AOS PRODUTOS ... 22

2.7 CUSTOS QUANTO AO NÍVEL DE ATIVIDADE ... 22

2.8 OUTROS CONCEITOS ... 23

2.8.1 Margem de Contribuição ... 23

2.8.2 Ponto de Equilíbrio ... 24

2.8.2.1 Ponto de Equilíbrio operacional ... 25

2.8.2.2 Ponto de Equilíbrio em quantidade ... 26

2.8.2.3 Ponto de Equilíbrio em valor ... 26

2.8.3 Metas do Ponto de Equilíbrio ... 27

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2.9.1 Conceito ... 27

2.9.2 Definição ... 28

2.10 CUSTEIO POR ABSORÇÃO ... 28

2.11 CUSTEIO VARIÁVEL (DIRETO) ... 29

2.11.1 Razões do não uso do custeio variável...30

2.12 DISTINÇÃO ENTRE OS MÉTODO DE CUSTEIO POR ABSORÇÃO E VARIÁVEL ... 31

2.13 CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES (ABC) ... 32

2.14 CUSTEIO RKW ... 32 2.15 CUSTEIO-PADRÃO ... 33 2.16 PRECIFICAÇÃO ... 33 2.17 HOTELARIA E TURISMO ... 35 2.18 TURISMO NO MUNDO ... 36 2.19 TURISMO NO BRASIL ... 37

3 MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA ... 39

3.1 DELINEAMENTO DE PESQUISA ... 39

3.2 SUJEITO DE PESQUISA ... 40

3.3 PROCEDIMENTO DE COLETA DE DADOS ... 41

3.4 PROCEDIMENTO DE ANÁLISE DOS DADOS ... 42

3.5 LIMITAÇÕES DE PESQUISA...43

4 ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA ... 44

4.1 ANÁLISE DESCRITIVA DOS DADOS ... 44

4.2 MÉTODOS DE CUSTEIO ... 46

4.3 PRECIFICAÇÃO ... 48

4.4 ANÁLISE COMPARATIVA DA PRECIFÍCAÇÃO ... 48

5 CONCLUSÃO ... 51

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ... 52

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1 INTRODUÇÃO

A contabilidade de custos tem um enorme peso na decisão Gerencial, relata com transparência o entendimento das funções e responsabilidades para a controladoria industrial com eficiência e eficácia a todo o momento. O foco desse estudo é avaliar, verificar e aplicar duas formas de custeio em cinco hotéis na cidade de Foz do Iguaçu-PR, são eles métodos de custeio por absorção e o método de custeio direto ou variável, trazendo importantes informações para o setor a ser aplicado e verificando qual o melhor método para ser utilizado. As duas metodologias de apuração dos custos dos produtos, custeamento direto/variável e custeamento por absorção, foram desenvolvidos baseados nos conceitos de custos com comportamentos diferentes em relação à quantidade produzida, ou seja, nos custos fixos e variáveis (PADOVEZE, 2009).

A principal questão em pesquisa é identificar como ocorre a utilização da contabilidade de custos por intermédio dos métodos de custeio por absorção e variável na gestão empresarial em relação à precificação em cinco hotéis na cidade de Foz do Iguaçu, tendo como principal objetivo identificar a utilização da contabilidade de custos por intermédio dos métodos de custeio por absorção e variável para precificação nesta cidade em estudo. A busca pelo conhecimento da identificação de como os hotéis dessa cidade turística realiza a precificação dos seus serviços é a justificativa desta pesquisa.

A importância da utilização de métodos de custos é indispensável, pois com esses métodos é possível alocar, distribuir e contabilizar cada centro de custos. Os métodos por Absorção e Variável, são ferramentas importantíssimas para os analistas de custos, vale ressaltar que o método aceito no Brasil para fins fiscais e apuração do imposto de renda é o método de Absorção, onde são alocados todos os custos de fabricação, tanto fixos como os variáveis. Custeio por absorção é o método derivado da aplicação dos princípios fundamentais de contabilidade e é, no Brasil, adotado pela legislação comercial e pela legislação fiscal (CREPALDI, 2010).

Já o método de custeio variável, tem sua principal utilização para fins gerenciais onde para o custeio é utilizado apenas os custos variáveis excluindo-se

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os custos fixos, lembrando que os custos variáveis variam de acordo com o volume de produção. “Só são alocados aos produtos os custos variáveis, ficando os fixos separados e considerados como despesas do período, indo diretamente para o resultado” (MARTINS, 2010).

Como estudo secundário abordamos a formação do preço de venda ou

mark-up, este é o método utilizado pelas empresas para pressupor uma porcentagem de

lucro desejado na formação da receita da empresa gerada pelos produtos comercializados. O conceito de mark-up, que traduzimos como multiplicador sobre os custos, é uma metodologia para se calcular o preço de venda de forma rápida a partir do custo por absorção de cada produto, o conceito de mark-up amplamente utilizado pelas empresas, tanto as de grande porte como as microempresas, parte do pressuposto de que a base para a diferenciação de preços de venda de diversos produtos produzidos pela empresa é o custo por absorção (PADOVEZE, 2009).

Esses relatórios são de extrema importância para decisões gerenciais, pelo fato de se verificar, comparar e aplicar o método que lhe traz melhores resultados e aplicação correta do mark-up, quando calculado com exatidão, certamente obterá o lucro desejado agregando a receita da indústria com eficiência e eficácia.

O setor que será aplicado esta pesquisa é a indústria hoteleira, descrita como a maior indústria do mundo, traz um grande número de benefícios à sociedade e às partes interessadas. Este emprega mais de 262 milhões de pessoas no mundo, 10% da força produtiva mundial e tem expectativa de crescimento mais acelerado dentre todos os setores de trabalho do mundo, por isso contribui grandemente para a geração do Produto Interno Bruto (PIB) de cada país. No Brasil o mercado de hotelaria e turismo é responsável por mais de 3,5% do PIB (WALKER, 2002).

Diante do exposto o objetivo deste trabalho de conclusão de curso visa identificar como ocorre utilização da contabilidade de custos por intermédio dos métodos de custeio por absorção e variável para precificação em cinco hotéis na cidade de Foz do Iguaçu-PR.

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1.1 PROBLEMA DE PESQUISA

Existem distintas formas de realizar a precificação na indústria hoteleira, leva-se em conta a demanda, alta e baixa temporada, concorrência, localização geográfica e os custos. Devido a isso, surgiu a motivação para elaboração da presente pesquisa. Com o gerenciamento dos custos a empresa torna-se mais rentável, quando melhor alocados e distribuídos os custos fixos e variáveis. Direcionando a precificação para o lucro utiliza-se o método mark-up, que auxilia a identificação do preço ideal. A principal questão em estudo é de como os métodos de custeio por absorção e variável impactam na gestão empresarial em relação à precificação do setor hoteleiro na cidade de Foz do Iguaçu-PR.

A contabilidade é uma ferramenta indispensável para gestão de negócios. Há muito tempo, contadores, administradores e gestores de empresas se convenceram de que as informações contábeis vão muito além do simples cálculo de apuração de imposto e atendimento ao fisco (DA SILVA; MARTINS; BOSIO, 2015).

Esta pesquisa pretende evidenciar as distintas formas de precificação, levando em consideração os custos como base para o referencial teórico e prático, destacando que a indústria hoteleira é um dos principais setores que influenciam a geração de renda dos moradores da cidade. Com base no problema de pesquisa, o presente estudo visa identificar como ocorre a utilização da contabilidade de custos por intermédio dos métodos de custeio por absorção e variavel para precificação em cinco hotéis na cidade de Foz do Iguaçu-PR.

1.1.1 Questão de pesquisa

O presente estudo visa responder a seguinte questão de pesquisa: Como ocorre a utilização da contabilidade de custos por intermédio dos métodos de custeio por absorção e variável para precificação em cinco hotéis na cidade de Foz do Iguaçu-PR.

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1.2 OBJETIVOS

Nesta etapa serão apresentados os objetivos, comparando o objetivo geral que procura determinar o propósito da pesquisa com os objetivos específicos.

1.2.1 Objetivo geral

Identificar a utilização da contabilidade de custos por intermédio dos métodos de custeio por absorção e variável, em relação à precificação em cinco hotéis de Foz do Iguaçu-PR.

1.2.2 Objetivos específicos

A) Identificar métodos utilizados para precificação em cinco hotéis da cidade em estudo;

B) Analisar a utilização dos métodos de custeio por absorção e variável para precificação dos serviços prestados pelos hotéis em estudo;

C) Comparar o método de precificação utilizado pelos cinco hotéis com o

Mark-up.

1.3 JUSTIFICATIVA

Os atrativos turísticos naturais e construídos, junto com a localização geográfica da cidade, atraem milhões de turistas ano a ano, assim, o setor hoteleiro é um dos mais movimentados de Foz do Iguaçu, em todas as estações do ano, seja para descanso, compras ou lazer. A importância econômica da indústria hoteleira local é uma das justificativas para elaboração do presente estudo.

Abordando a imagem da cidade no âmbito internacional, esta recebe visitantes de todas as partes do mundo. Nas últimas décadas, Foz do Iguaçu passou a ser mundialmente conhecida, devido a ser cenário de diversos filmes, aos eventos

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esportivos internacionais que acontecem no Brasil, e ao crescente investimento público e privado na divulgação das atrações da cidade, sendo atualmente, um dos maiores destinos turísticos do mundo.

Para que os meios de hospedagem sejam atrativos e competitivos, mesmo em um cenário com demanda crescente, os gestores devem gerir eficientemente os custos e preços nos hotéis, através dos métodos de custeio e precificação, pois o intuito das empresas é a geração de emprego e renda, e a maximização do lucro.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Nesta etapa serão abordadas as bases teóricas para concretização desta pesquisa.

2.1 CONTABILIDADE DE CUSTOS

A contabilidade de custos é um ramo da contabilidade que surgiu da necessidade de alocação e controle dos custos durante a produção ou comercialização de produtos e serviços, para que os empresários possam identificar corretamente os custos. A contabilidade de custos nasceu da contabilidade financeira, partindo da necessidade de avaliar estoques na indústria, seus princípios se originam dessa primeira finalidade, e por este motivo, nem sempre conseguem atender completamente à suas outras duas tarefas recentes e provavelmente mais importantes: controle e decisão (MARTINS, 2010, p. 19).

A Contabilidade de custos pelo fato de fazer parte da contabilidade gerencial, não se encontra presa aos requisitos fiscais, sua criação partiu da necessidade de resolver os problemas de mensuração monetária dos estoques e do resultado. Por fazer parte da contabilidade gerencial, não está presa aos requisitos fiscais ou legais, nem a convenções padronizadas. A primeira preocupação dos contadores foi a de fazer da contabilidade de custos uma forma de resolver seus problemas de mensuração monetária dos estoques e do resultado, não a de fazer dela um instrumento gerencial (CREPALDI, 2010, p.1).

2.2 OBJETIVOS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS

A Contabilidade de custos atua sobre a empresa, seus produtos e seus serviços, os componentes operacionais e administrativos que compõem sua estrutura funcional e sua estrutura objetiva (normalmente setores ligados ao segmento industrial e ao segmento comercial que, numa empresa típica, constituem suas atividades substantivas), os seus segmentos de distribuição, as atividades

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especiais, sobre planos alternativos, programas e promoções. A Contabilidade de Custos para cada um desses segmentos deve preocupar-se em estudá-los para ser capaz de produzir informações gerenciais de custos mais úteis para os diversos gerentes ou encarregados que se responsabilizam por cada um desses segmentos. A contabilidade de custos surge da necessidade de alocar os custos, avaliar estoques e apurar o resultado das indústrias, ou seja, controlar os custos durante a produção. O sistema de custos auxilia na obtenção de dados para uma redução dos custos e até mesmo conhecer a lucratividade de cada produto. A contabilidade de custos é a técnica utilizada para identificar, mensurar e informar os custos dos produtos ou serviços. Exerce a função de gerar informações precisas e rápidas para a administração, para tomada de decisão e é voltada para análise de gastos da entidade no decorrer de suas operações. A Contabilidade de Custos identifica, classifica, aloca, acumula, organiza, registra, analisa, interpreta e relata os custos dos produtos fabricados e vendidos. Uma organização necessita ter uma contabilidade de custos bem estruturada para acompanhar e atingir seus objetivos em um mercado dinâmico e globalizado (CREPALDI, 2010).

2.3 ORIGEM DOS CUSTOS

É de grande importância para a empresa conhecer a composição dos custos sobre cada produto, alocá-los e distribuí-los corretamente. A necessidade do controle fez com que a apuração dos custos ganhasse importância desde o capitalismo. Era por meio da contabilidade de custos que o comerciante obtinha resposta se estava lucrando, pois bastava confrontar as receitas com as despesas do mesmo período.

A Contabilidade de custos era usada como um instrumento seguro para controlar as variações de custos e de vendas e também para avaliar o crescimento ou retrocesso do negócio. A evolução da atividade econômica exigiu registros mais precisos para escriturar as operações da atividade mercantilista. No século XX, surgiram várias obras que contribuíram para enriquecer os métodos de apuração de custos e resultados. Tal crescimento se deu a partir da metade do século XX para cá, pois havia grande procura por literatura contábil, especialmente voltada para

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apuração e análise de custos que pudessem auxiliar o administrador na gestão do negócio (SANTOS, 2011, p. 12).

2.4 CUSTOS COMO INSTRUMENTO DE CONTROLE

Toda atividade que resulte em valores, lucros ou prejuízos, necessitam de um esquema básico de contabilidade. A contabilidade de custos auxilia justamente na forma de como controlar e analisar e principalmente na tomada de decisão gerencial.

Conforme o relato de Santos (2005, p. 23) “qualquer atividade que manipule valores e volumes necessita de controle de custo, que nada mais é do que a verdadeira contabilidade”.

2.5 CONCEITOS BÁSICOS EM CUSTOS

Na contabilidade de custos existem diferentes terminologias, que muitas vezes, acabam sendo confundidas, por isso se faz necessário definir cada um de seus conceitos. Para que haja então uma uniformização de seus conceitos.

De acordo com critérios relatados por Martins (2010, p. 27) demonstra que “Custo e despesa não são sinônimos, tem sentido próprio, assim como investimento, gasto e perda. A utilização de uma terminologia homogênea simplifica o entendimento e a comunicação”.

2.5.1 Gasto

A compra de um produto ou serviço qualquer caracteriza um gasto. De acordo com Crepaldi (2010, p. 6) “gasto é um termo genérico que pode representar tanto um custo como uma despesa, somente é considerado gasto no momento que existe o reconhecimento contábil da dívida ou da redução do ativo dado em pagamento”.

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Exemplos: gastos com compras de matérias primas, gasto com salários, gasto com comissões sobre vendas.

2.5.2 Desembolso

Se caracteriza como desembolso o momento em que efetuamos o pagamento de determinado bem ou serviço.

Conforme os critérios descritos por Crepaldi (2010, p.6) “é o pagamento resultante da aquisição de um bem ou serviço, Pode ocorrer antes, durante ou após a entrada da utilidade comprada”.

Desembolso, tem o significado de extrair um montante do caixa para pagar algo que a empresa adquiriu (DUBOIS; KULPA; SOUZA; 2006, p. 14).

2.5.3 Investimento

Investimento se caracteriza como gastos incorridos para benefícios futuros. Segundo Crepaldi (2010, p.7), “são todos os gastos ativados em função da atividade futura de bens ou serviços obtidos”.

Os critérios definidos ainda por Crepaldi (2010, p. 7), relatam que “os investimentos em função da época classificam-se em circulantes (estoques de matérias-primas e produtos para revenda) e permanentes (máquinas, equipamentos e instalações)”.

Investimento, de acordo com Martins (2010, p.25), pode ser conceituado como:

Todos os sacrifícios havidos pela aquisição de bens ou serviços que são “estocados” nos ativos da empresa para baixa ou amortização quando de sua venda, de seu consumo, de seu desaparecimento ou de sua desvalorização são especificamente chamados de investimentos.

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2.5.4 Custos

Os custos estão diretamente ligados à produção do bem ou serviço. Segundo Cogan (2002, p. 19) “é utilizado para gastos na produção, diferente do termo despesa, que são gastos referentes às etapas pós-fabrica, nas fases de despendido de vendas, gerais e administrativos”. São gastos relativos a bens ou serviços utilizados na produção de outro bem ou serviço, ele também é um gasto só que reconhecido como custo no momento da fabricação de um produto ou execução de um serviço (CREPALDI, 2010, p. 7).

2.5.5 Despesas

Despesas são os gastos que não estão diretamente ligados a produção, são gastos relacionado com esforço de vendas. De acordo com Crepaldi (2010, p.7), “são gastos com bens e serviços não utilizados nas atividades produtivas e consumidos direta ou indiretamente para obtenção de receita que provoca redução do patrimônio”. São sacrifícios financeiros realizados na obtenção da receita, sendo assim são gastos da empresa necessários ao desenvolvimento de suas operações (ZAHAIKEVITCH; MATOS; GAPINSKI, 2013).

2.5.6 Perda

É um gasto considerado anormal, que acorre de forma ocasional na empresa. Perdas são bens ou serviços consumidos de forma anormal e involuntária (CREPALDI, 2010, p. 7).

De acordo com os critérios de Martins (2010, p. 26) “são itens que vão diretamente para a conta de Resultado, porem, não representam sacrifícios normais ou derivados de forma voluntária das atividades destinadas á obtenção da receita”.

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2.6 CUSTOS QUANTO À ALOCAÇÃO AOS PRODUTOS

É de grande importância a separação dos custos, os custos diretos são aqueles que não necessitam de critérios de rateio, pois estão diretamente ligados aos produtos. No caso dos custos indiretos, se faz necessário a utilização de algum critério de rateio. De acordo com Crepaldi (2010, p. 8), “na prática, a separação dos custos em diretos e indiretos, além de sua natureza, leva em conta a relevância e o grau de dificuldade de medição”.

a) Custos Diretos: São os que podem ser diretamente apropriados aos produtos, ou seja, não precisam de rateio, bastando existir uma medida de consumo (CREPALDI, 2010, p.8).

b) Custos indiretos: É o custo que embora não esteja diretamente ligado a produção, necessita de rateio para ser atribuído ao custo do produto (ZAHAIKEVITCH; MATOS; GAPINSKI, 2013).

2.7 CUSTOS QUANTO AO NIVEL DE ATIVIDADE

Os custos são relacionados quanto ao nível de atividade, os custos fixos serão sempre fixos independentes do nível de produção. Já o custo variável é aquele que sofre alteração conforme o volume de produção.

a) Custos Fixos: São os custos que não variam de acordo com o volume de produção, como, por exemplo, o aluguel do prédio de produção, o custo fixo existe mesmo que não exista produção. É um custo fixo no total, mas variável nas unidades produzidas. Quanto mais produzir, menor será o custo por unidade (CREPALDI, 2010, p. 9). Esse custo é fixo no montante e variável unitariamente (ZAHAIKEVITCH; MATOS;GAPINSKI, 2013).

b) Custos Variáveis: seguindo os critérios de Crepaldi (2010, p.9) “Custo variável é aquele que sofre variação de acordo com a quantidade produzida,

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diferente do custo fixo, que independente do volume de produção o valor será o mesmo”. Exemplo: matéria-prima, embalagem.

c) Custos semifixos ou semivariáveis: é o custo que varia em função do volume de produção ou venda, mas não exatamente nas mesmas proporções. São considerados fixos até uma determinada parcela, e a partir desse ponto passam a ser variáveis (CREPALDI, 2010, p. 9).

2.8 OUTROS CONCEITOS

2.8.1 Margem de Contribuição

A margem de contribuição, basicamente é o valor que sobra das vendas para arcar com os Gastos Fixos. Segundo Padoveze (2009, p. 370), “a margem de contribuição é a margem bruta obtida pela venda de um produto que excede seus custos variáveis unitários”.

De acordo com Crepaldi (2010, p. 236), “a margem de contribuição representa o valor que cobrirá os custos e despesas fixos da empresa e proporcionará o lucro”.

As fórmulas da margem de contribuição podem ser observadas na tabela 1, como segue:

Tabela 1 - Fórmulas de margem de contribuição.

MC Unitária MC/Un = PV/ Un – CV/Un

MC Total MC= RV – CV

MC (%) MC% = MC / VENDAS

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2.8.2 Ponto de Equilíbrio

O ponto de equilíbrio, ou ponto de ruptura identifica o ponto em que a empresa precisa vender para ter lucro igual à zero. Ou seja, o ponto onde não se tem lucro nem prejuízo. Existem três formas de ponto de equilíbrio, são eles Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC), Ponto de equilíbrio Financeiro (PEF) e Ponto de equilíbrio Econômico (PEE). O PEC demonstra à empresa o quanto precisa vender para que não tenha nem lucro, nem prejuízo; no PEE se soma o valor do lucro desejado para a empresa, ou seja, o quanto a empresa precisa vender para alcançar o lucro desejado; e o PEF demonstra o resultado excluindo as depreciações.

Podemos observar por intermédio da figura 1, uma demonstração do ponto de equilíbrio:

Figura 1 - Demonstração do ponto de equilíbrio

Fonte: Adaptado de Iudícibus e Marion (1995).

Ponto de equilíbrio é o ponto em que o total da margem de contribuição da quantidade vendida/produzida se iguala aos custos e despesas fixas, assim, o ponto de equilíbrio calcula os parâmetros que mostram a capacidade mínima em que a empresa precisa operar para não ter prejuízo, mesmo que ao custo de um lucro zero (PADOVEZE, 2009, p.383).

Para Iudícibus (2008, p. 143), o Ponto de Equilíbrio “mostra o momento em que as receitas de vendas cobrem os custos e as despesas totais da empresa, se obtendo, a partir daí, a formação do lucro”.

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O PEC pode ser calculado em unidades a serem produzidas e vendidas, em termos monetários, ou seja, representa o mínimo de vendas que a empresa precisa operar para não ter prejuízo (CARDOSO, MARIO, AQUINO; 2007)

O PEE inclui as despesas financeiras, subtraindo das receitas financeiras e ainda um lucro desejado. Segundo Padoveze (2009, p. 383), “incluímos as despesas e receitas financeiras, mais o saldo de correção monetária, que serão considerados como despesas fixas”. O lucro econômico é igual a zero, sendo que o lucro econômico considera a remuneração do capital próprio como uma despesa. (CARDOSO, MARIO, AQUINO; 2007).

O PEF demonstra o quanto a empresa precisa vender para não ter prejuízos em caixa, exclui-se da fórmula as depreciações. É uma variante do ponto de equilíbrio econômico, excluindo-se apenas a depreciação, pois momentaneamente ela é uma despesa não reembolsável. É importante em situações de eventuais reduções da capacidade de pagamento da empresa (PADOVEZE, 2009, p. 387). As fórmulas relacionadas ao ponto de equilíbrio podem ser observadas por intermédio da tabela 2:

Tabela 2 - Fórmulas ponto de equilíbrio.

PEC GF/MC Um

PEE GF + Lucro Desejado / MC Un

PEF GF – Depreciações / MC Un

Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados da pesquisa (2017).

2.8.2.1 Ponto de Equilíbrio operacional

O ponto de equilíbrio operacional é denominado como a quantidade de vendas que precisa ser efetuada para cobrir todos os seus custos e despesas fixas, deixando de lado as necessidades financeiras e não operacionais.

O ponto de equilíbrio operacional considera os seguintes fatores:

a) Receita de vendas

b) Gastos Variáveis (despesa e custo variável) c) Gastos Fixos (despesa e custo fixo).

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Portanto, ponto de equilíbrio operacional é a quantidade de vendas que deve ser efetuada para cobrir todos os custos e despesas fixas, deixando de lado os aspectos financeiros e não operacionais (PADOVEZE, 2015).

2.8.2.2 Ponto de Equilíbrio em Quantidade

O objetivo é determinar a quantidade mínima que a empresa precisa produzir e vender, pois abaixo desta quantidade a empresa estará operando com resultados negativos.

2.8.2.3 Ponto de Equilíbrio em Valor

Ponto de equilíbrio em valor é o resultado monetário que a empresa precisa atingir para que obtenha um lucro igual a zero, enquanto o ponto de equilíbrio em valor, como visto anteriormente, demonstra a quantidade que a empresa precisa vender para obter lucro zero.

Em determinadas situações, notadamente quando o leque de produtos é muito grande e há dificuldades de se obter o mix ideal de produtos e suas quantidades no ponto de equilíbrio, bem como quando existem dificuldades de se identificar os custos e as despesas fixas para cada produto, temos de nos valer de uma informação de caráter global expressa em denominados monetário (PADOVEZE, 2015, p. 297).

A fórmula do ponto de equilíbrio em valor se apresenta da seguinte forma:

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2.8.3 Metas do Ponto de Equilíbrio

A meta do ponto de equilíbrio baseia-se em identificar qual o esforço mínimo de vendas que precisa ser realizado, o quanto seu faturamento precisa crescer e qual a distância atual em relação ao mínimo de vendas.

As metas do ponto de equilíbrio identificam as diversas variantes de cálculos de metas de ponto que são elaboradas com a retirada de alguns custos e despesas fixas da fórmula de cálculo ou da introdução de valores mínimos de lucros que se imagina colocarem como meta (PADOVEZE, 2015, p. 288).

O ponto de equilíbrio é definido, de acordo com Crepaldi (2010, p. 124), “como a quantidade de vendas em que a receita total se iguala ao custo total”.

2.9 MÉTODOS DE APURAÇÃO DOS CUSTOS

É a forma que se utiliza para apropriar os custos à produção e comercialização de seus produtos e serviços. Assim, existe, Custeio por absorção, Custeio variável, Custeio padrão e ABC. (ZAHAIKEVITCH; MATOS; GAPINSKI, 2013).

2.9.1 Conceito

É a forma utilizada pela empresa para alocar os custos dos produtos e serviços, e com isso realizar a precificação e gerar receita.

A apuração dos custos, seguindo os critérios de Dutra (2010, p. 237), “consiste em sua acumulação em cada tipo de unidade ou função diferente de custo, cujo valor se deseja conhecer, deve-se definir antes do estabelecimento de qualquer sistema de controle, quais unidades pretendem apurar os custos”.

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2.9.2 Definição

Os métodos de custos são utilizados para realizar uma alocação dos custos aos produtos ou serviços, identificando corretamente quanto equivale o custo de cada unidade.

Métodos de custos, Para Crepaldi (2010, p. 229), “é o método utilizado para apropriação dos custos, existem dois métodos básicos de custeio, são eles custeio por absorção e custeio variável e eles podem ser utilizados em qualquer sistema de acumulação de custos”.

2.10 CUSTEIO POR ABSORÇÃO

É o método aceito pela Legislação Brasileira, na questão de apropriação dos custos, esse método utiliza todos os custos de produção para sua apropriação aos produtos. Custeio por Absorção é o método derivado da aplicação dos princípios fundamentais de contabilidade e é, no Brasil, adotados pela legislação comercial e pela legislação fiscal. Não é um princípio contábil em si, mas uma metodologia decorrente da aplicação desses princípios. Dessa forma, o método é válido para a apresentação de demonstrações financeiras e obedece a legislação. Nesse método de custeio, todos os custos de produção são apropriados aos produtos do período. Os custos de produção podem ser apropriados diretamente, como é o caso do material direto e mão-de-obra direta, ou indiretamente, como é o caso dos custos indiretos de fabricação. Os gastos que não pertencem ao processo produtivo, como as despesas, são excluídos. Nele, todos os custos de produção fixos ou variáveis são incluídos no custo do produto para fins de custeio dos estoques e por sua vez todas as despesas fixas e variáveis são incluídas (CREPALDI, 2010. p.229).

Este método, segundo Padoveze (2009, p. 335), “está de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade, pois considera todos os gastos industriais como relacionados com os produtos”. Este método de custeio de acordo com os critérios de Zahaikevitch, Matos e Gapinski (2013), “é considerado o mais simples,

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pois nele são apropriados todos os custos da empresa, tanto diretos como indiretos, sendo o único método aceito pelo fisco”.

O Custeio por absorção está contemplado no pronunciamento técnico do CPC 16, do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), que trata da valorização de estoques, nos itens 12 a 14 (MARTINS, 2010, p. 37). Exemplo do método de absorção: uma empresa “Delta” no ano X1 produziu e vendeu 200.000 unidades de seu produto a um preço unitário de R$ 7,00, tendo um custo fixo a R$ 75.000,00 e R$ 4,00 de custo variável por unidade. Os resultados podem ser observados na tabela 3:

Tabela 3 - Exemplo de custeio pelo método de absorção.

Vendas: 200.000 um x R$ 7,00 R$ 1.400.000,00

(-) CPV: R$ 875.000.00

Custo Variável: R$ 800.000,00 Custo Fixo: R$ 75.000,00

Lucro Bruto R$ 525.000,00

Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados da pesquisa (2017).

2.11 CUSTEIO VARIÁVEL (DIRETO)

Como visto anteriormente, os gastos fixos não são integrados no custeio variável, pois para a apropriação dos custos por esse método se utiliza apenas os gastos variáveis incorridos. Este método de custeio fornece maior poder de informação, pelo fato de tratar os custos fixos separados como se fossem despesas, não necessitando da realização de rateio. É um tipo de custeamento, de acordo com Crepaldi (2010, p. 232), “que considera como custo de produção de um período apenas os custos variáveis incorridos, deixando de lado os custos fixos”. Esse método também pode ser chamado de custeio direto, pois nele são apropriados somente os custos diretos envolvidos na produção e comercialização dos produtos (ZAHAIKEVITCH; MATOS; GAPINSKI, 2013).

Considerando as informações acima, Segundo Martins (2010, p. 198), “pode se diagnosticar que o custeio variável utiliza-se apenas os custos variáveis,

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deixando de lado os custos fixos, ficando separados e considerados como despesa do período indo diretamente para o resultado”.

A defesa do custeio variável repousa em três argumentos principais, sendo eles: Os custos fixos, por sua própria natureza, existem independentemente do volume de produção, podem ser encaradas como encargos necessários para que a empresa tenha condições de produzir e não como encargo de um produto específico; por não estarem vinculados a nenhum produto específico ou a uma unidade de produção, eles sempre são distribuídos aos produtos por meio de critérios de rateio, que contêm, em maior ou menor grau, a arbitrariedade. A maioria dos rateios é feita através de utilização de fatores, que, na realidade não vinculam cada custo a cada produto. Em termos de avaliação de estoque, o rateio é mais ou menos lógico, “todavia, para a tomada de decisão, o rateio (por melhor que sejam os critérios) mais atrapalha que ajuda, basta verificar que a simples modificação de critérios de rateio pode fazer um produto não rentável passar a ser rentável e é claro, isto não está correto”. E finalmente, o valor dos custos fixos a ser distribuído a cada produto depende além dos critérios de rateio, do volume de produção, assim, qualquer decisão em base de custo deve levar em conta, também, o volume de produção. Por essas razões e por sua grande utilidade para aperfeiçoar decisões, o custeio variável tende a ser cada vez mais utilizado, porém, tendo em vista que este método não atende aos princípios fundamentais de contabilidade e não é aceito pelas autoridades fiscais, sua utilização é limitada à contabilidade para efeitos internos da empresa (CREPALDI, 2010).

Utilizando os dados do exemplo anterior pelo método por absorção, vamos elaborar a demonstração do resultado exercício pelo método de custeio variável: Uma empresa “Delta” no ano X1 produziu e vendeu 200.000 unidades de seu produto a um preço unitário de R$ 7,00, tendo um custo fixo a R$ 75.000,00 e R$ 4,00 de custo variável por unidade, segue demonstrado na tabela 4:

Tabela 4 - Exemplo de custeio pelo método de variável.

Vendas: 200.000 um x R$ 7,00 R$ 1.400.000,00 (-) CPV: Custo Variável: R$ 800.000,00 Margem de Contribuição R$ 600.000,00 (-) Custo Fixo R$ 75.000,00 Lucro Bruto R$ 525.000,00 Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados da pesquisa (2017).

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2.11.1 Razões do não uso do custeio variável

Como visto anteriormente, o método aceito pela Legislação Brasileira para fins de apurações fiscais, é o método de absorção. O custeio variável tem condições de propiciar rapidamente condições vitais da empresa, porém de acordo com Martins (2010, p. 202), “o custeio variável fere os princípios contábeis, principalmente o regime de competência e a confrontação. Segundo estes devemos apropriar as receitas e delas deduzir todos os sacrifícios envolvidos para sua obtenção.” O autor define ainda que, apesar da não aceitação do custeio variável, nada impede que a empresa utilize para efeito interno, ou mesmo que formalize completamente na contabilidade durante o período todo. Basta realizar ao final, lançamentos de ajuste para que fique tudo de acordo com os critérios exigidos (MARTINS, 2010, p. 203).

2.12 DISTINÇÃO ENTRE OS MÉTODO DE CUSTEIO POR ABSORÇÃO E VARIÁVEL

Para ter uma ideia de quais as diferenças que existiriam na demonstração de resultados do exercício e no balanço patrimonial com o uso alternativo do custeio variável e de custeio por absorção, façamos a seguinte hipótese, como observado na tabela 5:

Tabela 5 - DRE comparativa dos métodos de custeio por absorção e variável.

CUSTEIO VARIÁVEL CUSTEIO POR ABSORÇÃO

Vendas: R$ 1.400.000,00 Vendas: R$ 1.400.000,00

(-) CPV: (-) CPV:

Custo Variável: R$ 800.000,00 (-) Custo Variável: R$ 800.000,00 Margem de

Contribuição R$ 600.000,00 (-) Custo Fixo R$ 75.000,00 (-) Custo Fixo R$ 75.000,00 Lucro Bruto R$ 525.000,00 Lucro Bruto R$ 525.000,00

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Observa-se, na tabela 5, a utilização da margem de contribuição no caso do custeio variável, distinguindo-se do custeio por absorção.

2.13 CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES (ABC)

O método de custeio baseado em atividades (ABC) objetiva reduzir as distorções causadas pelo rateio arbitrário do custeio por absorção. Sua regra consiste em apropriar todos os custos e todas as despesas aos produtos, porém esse método não é aceito pela legislação societária e fiscal. O custeio baseado em atividades, ou Activity Based Costing (ABC), é um método de custeio baseado na análise das atividades significativas desenvolvidas na empresa. Visa eliminar as limitações impostas pelos métodos mais tradicionais de custeio (Absorção e Variável). O principal objetivo desse método, é a alocação racional dos gastos indiretos aos bens e serviços produzidos , proporcionando um controle mais apurado dos gastos da empresa e melhor suporte nas decisões gerenciais (CARDOSO; MARIO; AQUINO, 2007, p. 97).

Este método, partindo dos princípios de Dutra (2010, p. 249), “originou-se da tentativa de melhorar a qualidade da informação contábil para a tomada de decisões e não pode ser utilizado para apuração de impostos nem distribuição de dividendos, tendo em vista ser ele um método exclusivamente gerencial”.

2.14 CUSTEIO RKW

Neste método tanto os custos como as despesas são rateados e alocados aos produtos, as técnicas de rateio assemelham-se as práticas do custeio por absorção. O método de custeio RKW (Reichs kuratoriumfur Wirtschaftslichkeit - Curadoria para Economia) foi desenvolvido na Alemanha no período entre guerras, especificamente no ano de 1937, este método teve por objetivo uniformizar as praticas de custeio dos produtos para que o governo pudesse monitorar as alterações de preços praticadas e, consequentemente, desacelerar a inflação alemã, a preocupação com o preço levou o Ministro da Justiça afirmar que “quanto mais

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barato as firmas operarem, mais será economizado para a nação como um todo”, dessa forma o custeio RKW considera como custo dos produtos todos os gastos associados com a produção e venda do produto, afinal, o preço cobrado dos clientes deveria ser capaz de cobrir todos os gastos e, ainda, remunerar o capital aplicado (CARDOSO; MÁRIO; AQUINO, 2007, p. 112).

2.15 CUSTEIO-PADRÃO

É o método mais eficiente de planejar e controlar os custos. O custo-padrão, segundo Dutra (2010, p. 251), “é a determinação antecipada dos componentes do produto e do serviço em quantidade e valor, apoiada na utilização de dados de várias fontes, com validade para determinado espaço de tempo”.

O custo padrão, conforme Padoveze (2015, p. 268), tem as seguintes características:

a) Compõe-se de elementos físicos e monetários;

b) Utiliza dados e informações que devem acontecer no futuro; c) Deve ser cuidadosamente predeterminado em bases unitárias;

d) Aplica-se basicamente às operações repetitivas, servindo de medida predeterminada estável para processos e atividades organizacionais específicas;

e) Deve servir de modelo de comparação ou meta.

O autor define ainda as finalidades do custo padrão como sendo uma técnica para avaliar e substituir a utilização do custo real, independentemente se a empresa utilizar o método do custeio direto ou por absorção, ela pode fazer uso do conceito do custo padrão, que se diferencia do custo real no sentido de que é normativo, objetivo, proposto ou um custo que se deseja alcançar (PADOVEZE, 2015, p. 268).

2.16 PRECIFICAÇÃO

A precificação está basicamente ligada ao método que a empresa utiliza para obter receita, cobrindo seus custos, despesa, gastos e para obter lucro. O método

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em estudo nesta pesquisa é o mark-up. De acordo com Padoveze (2009, p. 420) “a ideia para tal técnica, é que o mercado está disposto a absorver os preços de venda determinados pela empresa, que por sua vez, são calculados em cima de seus custos reais ou orçamentos”.

A precificação, de acordo com Vieira (2008, p. 69):

Está diretamente ligada ao volume de vendas, do grau de eficiência do mix em termos de resultado direto, do nível de despesas de vendas e administrativas, bem como das necessidades financeiras para o atendimento do volume de operação projetada.

A palavra Mark-up é um método utilizado para fazer precificação de determinado bem ou serviço. Neste se usa um índice formado com base nos gastos fixos e variáveis, lucro desejado e impostos. Este índice nos permite obter o preço de venda (ZAHAIKEVITCH; MATOS; GAPINSKI, 2013).

Como visto anteriormente, podemos concluir que o preço de venda de um bem ou serviço é atribuído para obter lucro e cobrir seus custos. A precificação tem o objetivo de trazer como resultado o maior lucro possível, proporcionando maior estabilidade para a empresa. Os principais objetivos da formação do preço é proporcionar, em longo prazo, o maior lucro possível, permitir a maximização lucrativa da participação de mercado, maximizar as capacidades produtivas, evitando ociosidade e desperdício operacional, e maximizar o capital empregado para perpetuar os negócios de modo auto-sustentado (BRUNI; FAMÁ, 2003).

Existem duas formas de se calcular o Mark-up, são eles multiplicador e

divisor. O método multiplicador é o mais utilizado onde, segundo Santos e Flores

(2017), nele multiplica os custos variáveis pelo índice do Mark-up para obter o preço de venda. A fórmula para o cálculo é simples:

Mark-up = 1 / 100% - (soma das taxas percentuais da estrutura de custos )

Já o método divisor é o menos utilizado, ao percentual do custo variável para chegar ao preço de venda. A fórmula para esse método é a seguinte:

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As taxas percentuais influenciam na formação do preço de venda, como exemplificado na tabela 6:

Uma empresa delta tem como custo direto de seu produto principal R$ 840,00, a parcela referente às despesas variáveis é 14%, sobre comissões é destinada uma parcela de 4%, a parcela que é destinada para os custos fixos é de 19%, a empresa deseja ter um lucro de 15%. Qual o Mark-up e o preço de venda?

Tabela 6 - Exemplo do método Mark-up e formação do preço de venda.

Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados da pesquisa (2017).

Sendo assim, com os devidos cálculos obtidos por intermédio da tabela 6, o preço de venda para tal produto seria de R$ 1.253,73.

2.17 HOTELARIA E TURISMO

A Hotelaria está diretamente ligada ao turismo, sendo o setor que mais cresce e emprega no mundo, assim acaba influenciando fortemente o crescimento do Produto Interno Bruto de cada país. É o maior setor industrial de serviços do planeta. Levando em consideração o pensamento Duduche, Costa, Silva, Igarashi & Góis (2011, p.106), “a indústria hoteleira são empresas prestadoras de serviço que possuem como atividade principal à hospedagem”.

Mark-up 1 / 100% - ( DV% + LP% + COMISSÕES%)

Mark-up 100 / 100% - 33%

Mark-up 100 / 67

Mark-up 1,492537

Preço de Venda Custo Direto x Mark-up

Preço de Venda R$ 840,00 x 1,492537

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2.18 TURISMO NO MUNDO

O turismo é a maior indústria do mundo. Segundo Walker (2002), o turismo é uma atividade cuja expansão e dinamismo se encontra em relação direta com o interesse do consumidor. Segundo o World Travel and Tourism Council – WTTC a contribuição total do turismo para o PIB mundial em 2013 foi de US$ 6,9 bilhões de dólares, correspondendo a 9,5% do PIB global e, em 2014, ouve um aumento de 5,7%, correspondendo a uma contribuição de US$ 7,3 bilhões de dólares. Esse fenômeno ocorre, motivado pelas atividades econômicas desenvolvidas pela trade, que inclui a indústria hoteleira, agências de viagens, companhias aéreas, serviços locomoção, restaurante e entretenimento entre outros ofertados ao turista (WTTC, 2014).

O turismo pode ser definido, de acordo com Walker (2002), “como ciência, a arte e a atividade comercial especializada em atrair e transportar visitantes, acomodá-los e atender, com cortesia, as suas necessidades e desejos”.

O turismo veio a se desenvolver com mais afinco a partir de 1950 por diferentes fatores, como o aparecimento do avião a jato, baixo preço do petróleo, maior renda da população de países desenvolvidos, entre outros (LUNKES, 2004, p. 19). O turismo compreende, segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT, 1994) “as atividades realizadas pelas pessoas durante viagens e estadas em lugares diferentes de seu entorno habitual”.

O significado do turismo, segundo Cooper (2000):

Pode ser avaliado em termos dos percentuais do total global de visitantes que pode ser atribuído a países individualmente, já que assim, se avalia a importância relativa de cada país na determinação do volume total nas viagens. Por outro lado o significado de turismo pode ser examinado com relação a importância da atividade para a economia para cada destino.

Para muitos países, de acordo com Walker (2002), o turismo é responsável por uma porcentagem relativamente alta do Produto Interno Bruto (PIB), além de ser uma maneira de equilibrar a balança comercial com outros países. Como fenômeno social, o turismo evolui paralelamente à industrialização em razão direta do conceito

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de uso do tempo livre e unido às facilidades que o mundo moderno apresenta no que se refere a transporte e hospedagem. Os fatores técnicos e os fenômenos naturais devidamente conjugados proporcionam o perfil da infra-estrutura turística, cujo diagnóstico obedece à análise e à avaliação quantitativa e qualitativa de ambos (CAVASSA, 2001, p.1).

O turista moderno dispõe de ampla variedade de tipos de alojamento, os quais variam de uma hospedaria ou um modesto hotel, até um hotel de luxo com muitos quartos e modernas instalações (TORRE, 2001, p. 29).

2.19 TURISMO NO BRASIL

O turismo é responsável por uma atividade de grande importância para a economia no Brasil e grande parte do crescimento do PIB nacional.

O Brasil é descrito como país privilegiado segundo Pezco e Turolla (2007), “com a existência de exuberantes recursos naturais, pelo clima agradável e pela cultura receptível, por si só, essas características poderiam ser razão suficiente para o país atrair um elevado número de turistas”. Com todo esse contexto, segundo Lunkes (2004, p. 24), “turismo é uma grande indústria, pois o setor movimenta bilhões de dólares anualmente no mundo, agregando a geração de empregos direta e indiretamente nos locais de origem e destinos dos turistas”.

Uma pesquisa realizada pelo Ministério do Turismo (2017) demonstra que cidades do sul são destaques nos indicadores de turismo internacional no Brasil:

Cidades do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina estão entre as 10 mais visitadas pelos turistas estrangeiros que estiveram no país a lazer e a negócios em 2016. No ano passado, segundo pesquisa do Ministério do Turismo, o Brasil recebeu 6,6 milhões de visitantes internacionais, dos quais 56,8% em viagens de lazer. Dos 10 destinos mais visitados com essa motivação, 4 foram da Região Sul. Florianópolis ficou em segundo lugar, abaixo somente do Rio de Janeiro, principal destino de lazer do país; e Foz do Iguaçu (PR), em terceiro. Juntas, as duas sulistas receberam 31% dos visitantes a passeio (MTUR, 2017).

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Uma pesquisa realizada pela Embratur (2014), que tinha como público-alvo os visitantes internacionais que visitaram o Brasil em eventos internacionais demonstram, no gráfico 1, as cidades mais visitadas:

Gráfico 1 - Cidades brasileiras mais visitadas em eventos internacionais.

Fonte: Dados Embratur (2014).

Os resultados ilustrados da figura 2 demonstram que Foz do Iguaçu ocupa a terceira colocação com 6,0% das cidades brasileiras mais visitadas pelos turistas em eventos internacionais. Por intermédio do gráfico 2, ainda com base nos dados da pesquisa realizada pela Embratur (2014), podemos observar qual meio de hospedagem foi mais utilizado pelos turistas:

Gráfico 2 - Meios de hospedagem utilizados pelos turistas em eventos internacionais.

Fonte: Dados Embratur (2014).

Por intermédio do gráfico 2, tem-se que o meio de hospedagem mais utilizado pelos turistas em eventos internacionais ao Brasil naquele ano foram os hotéis, somando 88,2% do total dos entrevistados, uma vez que a amostra total da pesquisa foi de 1659 entrevistados (EMBRATUR, 2014).

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3 MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA

Descreve-se neste capítulo o delineamento da pesquisa, que tem por objetivo identificar o método de precificação em hotéis de Foz do Iguaçu-PR.

3.1 DELINEAMENTO DE PESQUISA

Quanto à abordagem, a presente pesquisa se classifica em qualitativa, pois realiza coleta de dados por meio de respostas e depoimentos que, a partir daí, se transformam em dados para análise e quantitativas pelo motivo de aplicar métodos matemáticos para medir resultados obtidos através de análises estatísticas e numéricas através do software Microsoft Excel, versão 2010.

A pesquisa qualitativa se refere à complexidade da realidade, não imaginando dados evidentes e sim o levantamento de depoimentos que se transformam em dados relevantes, sendo apropriada a avaliação formativa, quando se trata de melhorar a efetividade de um programa ou plano (RAMPAZZO, 2005). Segundo o positivismo, a lógica e a matemática seriam válidas por estabelecerem as regras de linguagem, constituindo-se um conhecimento a priori, independente da existência. Um contraste, o conhecimento empírico deve ser obtido a partir da observação e por meio do raciocínio indutivo. Os positivistas entendem que cada conceito de uma teoria deve ter como referência algo observável, defendem e verificam a habilidade dos enunciados científicos e o estabelecimento de relações lógicas entre os mesmos, impondo um critério “ideal” de agir e pensar (TERENCE; FILHO; 2006)

Quanto aos objetivos da pesquisa, visa identificar e explicar as formas de custeio e precificação utilizadas pelos cinco hotéis da cidade em estudo, assim fez-se uso da pesquisa explicativa. A pesquisa explicativa tem como preocupação principal a identificação de fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos, aprofundando o conhecimento da realidade (GIL; 2002, p. 42).

Quanto aos procedimentos, se fez uso de questionário e formulário como meio de coleta de dados, utilizando os softwares Microsoft Excel, versão 2010, para

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tabulação e análise dos dados. Utilizou-se também o procedimento bibliográfico, que com base em pesquisas em livros, artigos e revistas, visa explicar os métodos presente nesta pesquisa, e por fim, utilizou-se o procedimento de estudo de caso nos cinco hotéis que se dispuseram a fornecer informações contábeis para realizar o processo de custeio e precificação.

3.2 SUJEITO DE PESQUISA

A presente pesquisa tem por finalidade realizar levantamento de informações baseados em precificação de cinco hotéis na cidade de Foz do Iguaçu-PR, analisar as possíveis formas de se realizar a formação do preço de venda e, a partir deste ponto, aprofundar os estudos sobre os hotéis que levam os custos como base para precificação.

Foz do Iguaçu é uma cidade situada no Oeste do Paraná, mundialmente conhecida por seus atrativos turísticos e belezas naturais, lugar que abriga as Cataratas do Iguaçu, uma das sete maravilhas da natureza, a Itaipu Binacional, maior hidrelétrica em geração de energia do mundo, Parque das Aves, Refúgio Biológico e o Parque Nacional do Iguaçu. A cidade abriga aproximadamente 80 das 192 nacionalidades existentes no mundo. Foz do Iguaçu conta com uma população estimada de 263.915 em, 2016 segundo o Instituto Brasileiro de Geográfica e Estatística (IBGE). A cidade é conhecida também por fazer fronteira com o Paraguai e Argentina, além de ser um dos maiores destinos turísticos do mundo.

Segundo o site da Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu, a cidade é considerada uma das cidades mais multiculturais do Brasil, onde mais de 72 grupos étnicos estão presentes na população, provenientes de diversas partes do mundo. Os principais grupos étnicos de Foz do Iguaçu são italianos, alemães, hispânicos (argentinos e paraguaios), chineses, ucranianos, japoneses, e libaneses, que possuem na cidade, a 2ª maior comunidade libanesa do Brasil.

A economia da cidade tem como base o turismo e com tais atrativos a cidade recebe turistas de várias partes do país e do mundo. De acordo com uma pesquisa publicada pelo Portal Brasil (2017) “o Parque Nacional do Iguaçu, recebeu em janeiro o maior número de visitantes desde sua criação, há 78 anos. Ao todo,

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216.465 pessoas foram ao parque para visitar as Cataratas do Iguaçu, que, desde 2011 são consideradas uma das sete maravilhas da natureza”. Por esse motivo, o sujeito da presente pesquisa são os hotéis situados na cidade em estudo.

3.3 PROCEDIMENTO DE COLETA DE DADOS

Através de questionário estruturado disposto no Apêndice 1, e o formulário estruturado disposto no Apêndice 2, foram coletados dados das características dos hotéis de Foz do Iguaçu e informações contábeis dos mesmos. Para Cervo (2007, p. 53), “o questionário é um meio de obter respostas às questões por uma fórmula que o próprio informante preenche”, onde “possibilita medir com mais exatidão o que se deseja”.

O questionário foi elaborado com base no estudo de Holanda (2006), sendo incluídas e excluídas algumas questões, devido ao foco do presente estudo ser diferente deste, uma vez que, analisava somente a questão da precificação, e não custeio e precificação.

O questionário fora elaborado no Google Formulários, uma plataforma online e gratuita, e o formulário fora elaborado no Microsoft Excel, sendo enviado por e-mail ao setor financeiro dos hotéis. Este questionário contou com 15 perguntas de múltipla escolha e 05 perguntas descritivas, separado em duas partes, a primeira contemplando informações da empresa, e na segunda as informações contábeis. Posteriormente, os dados foram analisados estatisticamente no Microsoft Excel, versão 2010.

Com a aplicação do questionário, buscou-se identificar a forma de precificação utilizada, considerando os fatores: a demanda, localização geográfica, alta e baixa temporada, concorrência e os custos, por exemplo. Sendo assim, possível identificar quais hotéis levam os custos em consideração para a precificação, e quais aplicam os dois métodos mais utilizado no Brasil (método de custeio por absorção e variável).

Como os custos são de extrema importância para elaboração do preço correto de venda (precificação), o presente estudo realizou também o procedimento bibliográfico. De acordo com Cervo, Bervian e Da Silva (2007, p. 60), “a pesquisa

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bibliográfica procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em artigos, livros, dissertações e teses”. O referencial bibliográfico do presente estudo foi composto por pesquisas em livros, artigos nacionais e sites, ambos sobre os métodos de custeio e precificação existentes, destacando os métodos de custeio por absorção e variável, e o Mark-up. Foram consultadas as bases de dados do município de Foz do Iguaçu-PR, Ministério do Turismo, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O estudo de caso, segundo Gil (2008, p. 57) “é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado”. Assim, foi aplicado o estudo de caso nos hotéis que se dispuseram a fornecer informações contábeis para realizar o processo de precificação, por meio do Método Mark-up.

Para aplicação deste estudo de caso, foi aplicado um formulário, para levantamento das informações contábeis de cada um dos hotéis. Seguindo os critérios estabelecidos por Gil (2002, p. 119), “o formulário constitui a técnica mais adequada para coleta de dados em pesquisas de opinião pública e de mercado, situa-se entre o questionário e a entrevista”.

3.4 PROCEDIMENTO DE ANÁLISE DOS DADOS

Os dados foram analisados estatisticamente no Microsoft Excel, versão 2010. O Microsoft Excel é um software que objetiva editar e trabalhar com planilhas, assim, utilizando esse software, pretende-se obter dados estatísticos e quantitativos com maior agilidade e precisão para a presente pesquisa, o período analisado foi a competência do mês de Julho de 2017. Inicialmente foi aplicado um questionário em 30 hotéis da cidade em estudo, dos quais cinco forneceram informações que influenciaram no segmento deste estudo.

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3.5 LIMITAÇÕES DA PESQUISA

Tendo em vista que o presente estudo tem por objetivo, por meio de aplicação de questionário e formulário, obter informações dos hotéis da cidade em estudo, analisa-las e tratar dos resultados aplicando os métodos estudados, por meio de ferramentas e softwares, pode-se concluir que a limitação de pesquisa está vinculada com os hotéis que por motivos maiores não responderem o questionário e o formulário, ferramentas essas, que são de extrema importância para que o presente estudo tenha o correto e continuo andamento. Na sequência aborda-se a análise quantitativa deste trabalho de conclusão de curso.

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4 ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA

No presente capítulo serão abordadas as análises dos dados da pesquisa, com a utilização dos dados colhidos por intermédio do questionário e do formulário.

4.1 ANÁLISE DESCRITIVA DOS DADOS

Por intermédio da análise dos questionários respondidos pelos cinco hotéis estudados, identificou-se como estratégia de capitação de clientes, a parceria com sites de busca (principalmente com Booking, Decolar, Trivago e Desbravador), além de seus sistemas próprios de reserva e parceria com agências de viagens (TAM Viagens, CVC, Frontur, STTC e outros). O perfil dos gestores destes hotéis é de jovens entre 30 e 50 anos, com formação superior e experiência no setor hoteleiro. A maior parte dos hóspedes destes hotéis é de brasileiros, representando cerca de 80% do total. As características e as informações contábeis estão dispostas na Tabela 7, demonstrando que estas variam devido à classificação por estrelas. Onde o maior hotel (H1), tem 130 leitos com capacidade para hospedar 302 pessoas, e o menor (H5), tem 39 leitos com capacidade para hospedar 100 pessoas.

Tabela 7 - Resultados obtidos por intermédio de aplicação do questionário.

Informação H1 H2 H3 H4 H5

Número de quartos 130 85 70 45 39

Número de leitos 302 271 200 120 100

Classificação (estrelas) 4 3 2 2 2

Valor Médio (alta temporada) R$ 260,00 R$ 180,00 R$ 140,00 R$ 100,00 R$ 80,00 Valor Médio (baixa temporada) R$ 220,00 R$ 130,00 R$ 120,00 R$ 60,00 R$ 65,00 Taxa de ocupação (alta temporada) 95% 80% 100% 65% 90% Taxa de ocupação (baixa

temporada)

45% 40% 50% 35% 30%

Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados da pesquisa (2017).

Os hotéis classificados com 2 estrelas (H3, H4 e H5) possuem diárias médias entre R$ 80,00 e R$ 140,00 em alta temporada, já em baixa temporada possuem um valor médio entre R$ 60,00 a R$ 120,00. Os outros dois hotéis (H1 e H2), possuem

Referências

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