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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

TRANSTORNO OPOSITOR DESAFIADOR:

REFLEXÕES NEUROCIENTÍFICAS

Por: Karoline Rodrigues Bomfim Góes

Orientador Prof.ª Marta Relvas

Rio de Janeiro 2015

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

TRANSTORNO OPOSITOR DESAFIADOR:

REFLEXÕES NEUROCIENTÍFICAS

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Neurociência Pedagógica.

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AGRADECIMENTOS

Aos meus anjos sem asas... Pai, mãe e irmão, que estão sempre me apoiando nos momentos pelos quais mais preciso. Pelo amor e exemplo de vida que eles representam para mim.

A Deus e aos amigos espirituais que guiam meus passos e os caminhos de minha vida.

A meu marido Rodrigo que incansavelmente me incentiva, apoia e fez parte desta formação, dividindo comigo momentos de nossas cansativas sextas-feiras, não medindo esforços para que eu chegasse até esta etapa de minha vida.

A todos os meus familiares, encarnados ou não, pelo amor, carinho e união que nos dá força para vencer obstáculos. E principalmente ao meu pequeno Vinícius que proporcionou o “desafio” em conhecer o seu incrível mundo opositivo.

A admirável orientadora Marta Relvas pela atenção, paciência e pelas oportunidades de crescimento intelectual, com suas encantadoras obras.

A todos que contribuíram para o meu crescimento acadêmico e que de alguma forma, fazem parte destas linhas.

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DEDICATÓRIA

Dedico cada uma dessas linhas à aqueles para quem estudo, me canso, me esforço e busco ser uma pessoa melhor... Aos meus queridos alunos! Sem vocês, nada disso seria possível.

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RESUMO

Esta pesquisa busca nos estudos da Neurociência Pedagógica, bases para um olhar mais sensível sobre o Transtorno opositivo Desafiador (TOD). Inicialmente faz-se um apanhado geral, onde há considerações sobre os transtornos em geral, as especificidades do TOD, suas causas e formas de aprendizagem de acordo com o olhar Neurocientífico para este transtorno.

No presente estudo, busca-se o levantamento de subsídios para compreender como o Transtorno se percebe no cérebro e como acontece a aprendizagem em sujeitos opositores desafiadores; Apresentando teorias e vivências que vem complementar o estudos científico.

Esta pesquisa não tem por intenção traçar um percurso, um caminho a ser seguido, mas sim o de expressar as reflexões e experiências baseadas no aprofundamento de estudo da Neurociência Pedagógica.

PALAVRAS-CHAVE: Transtorno Opositivo Desafiador. Cérebro. Neurociência. Educação. Professores.

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METODOLOGIA

O presente estudo é constituído por meio de estudos bibliográficos a respeito do tema – Transtorno Opositor Desafiador e suas bases Neurocientíficas, focando na instituição escolar e análise crítico reflexiva de estudos de caso a fim de buscar e fomentar subsídios para a comprovação da teoria estudada.

Os autores principais são Marta Pires Relvas em "Neurociências e Transtornos de Aprendizagem" e outras obras, Gustavo Teixeira em "Manual dos Transtornos Escolares", “O Reizinho da Casa” entre outros, Ana Beatriz Barbosa Silva em "Mentes Inquietas", Simaia Sampaio em "Dificuldades de Aprendizagem", encontrando embasamento teórico em Vigotsky e Wallon.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I - CONHECENDO O TRANSTORNO OPOSITOR 10 DESAFIADOR E SUAS CAUSAS

1.1 – Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) 11 1.2 – Bases Neurocientíficas do Transtorno 14

Opositivo Desafiador

1.3 Transtornos Associados 15

CAPÍTULO II - A NEUROCIÊNCIA APLICADA AO ESTUDO 19 DO CÉREBRO E A FORMA DE APRENDIZAGEM DO

SUJEITO OPOSITOR

2.1 Aprendendo como o Sujeito Opositor 21 2.2 Considerações dos teóricos sobre aprendizagem 22

2.2.1 – Lev S. Vygotsky 22

2.2.2 – Henry Wallon 25

CAPÍTULO III – CONCEITOS E ESTUDOS DE CASOS 28 3.1 - Conceituando o Transtorno Opositivo Desafiador

através dos estudos de caso. 29

3.2 – Caso de João 30 3.3 – Caso de Pedro 33 CONCLUSÃO 38 BIBLIOGRAFIA 40 WEBGRAFIA 42 ÍNDICE 43

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INTRODUÇÃO

Atualmente pais, professores, educadores, vem cada vez mais se deparando com crianças que desafiam e opõem a suas autoridades, são agressivas, não aceitam regras e apresentam desempenho ruim na escola. É preciso ter muita atenção nesses casos constantes de desobediência, pois eles podem se agravar até que se transformem em doenças: trata-se de um transtorno muito comum – O Transtorno Opositor Desafiador.

Neste estudo, o tema Transtorno Opositor Desafiador: Bases Neurocientíficas, é focado, por reconhecer o assunto como uma questão bastante relevante no espaço escolar. E por acreditar que a Neurociência pode contribuir na compreensão de suas causas, evolução e melhores opções de convívio e tratamento deste e outros transtornos mentais.

Assim sendo o processo de pesquisa, buscará responder a perguntas, tais como: Saber de que forma o Transtorno Opositor afeta no desenvolvimento cerebral e como ocorre a aquisição da aprendizagem; Apresentar quais as especificidades de comportamentos que um sujeito opositor apresenta;

Qual a relação de motivação e aprendizagem presente no sujeito portador de TOD e se existe relação entre o desprazer em aprender com a incapacidade cognitiva no portador de TOD. Perceber as relações entre o TDAH e o TOD e

Compreender os possíveis fatores de desencadeamento do TOD, de acordo com a Neurociência.

Esta monografia está dividida em três capítulos. No primeiro apresento

“Conhecendo o Transtorno Opositor Desafiador e suas causas” – onde serão

relatadas as especificidades do TOD e sua descrição de acordo com a Neurociência, suas possíveis causas e quais os transtornos associados ao TOD. No segundo capítulo, descrevo “O cérebro e a forma de aprendizagem do sujeito

opositor” – analisando que aspectos e estruturas funcionais e emocionais do

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o terceiro capítulo “Relato de casos” – onde apresenta-se o estudo de sujeitos Opositores em sala de aula, com desafios distintos a fim de analisar e avaliar como ocorre a aprendizagem e como esta é percebida dentro do contexto social;

Tal estudo não tem por finalidade traçar um caminho a ser seguido. Apenas há a apresentação de possibilidades, reflexões e questionamentos sobre o Transtorno Opositor Desafiador.

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CAPÍTULO I

CONHECENDO O TRANSTORNO OPOSITOR DESAFIADOR

E SUAS CAUSAS

Para conhecimento dos fatos e compreensão da descrição exata do termos - Dos Transtornos e dificuldades de aprendizagem, Marta Relvas (2010 p.52), esclarece que os educadores precisam, os conhecer, pois quando mal avaliados, trazem grandes prejuízos ao indivíduo, bem como a todos os envolvidos.

Ainda em Relvas (2010), os Transtornos são descritos em manuais internacionais de diagnóstico de doenças: CID 10 e DSM-IV. Estes manuais reconhecem a falta de um termo exato que justifique o uso do termo “transtorno”.

O termo Transtorno é utilizado por profissionais das áreas de saúde e educação, para definir um transtorno no comportamento onde há oscilações de sentimentos e comumente percebido na faixa da infância e/ou adolescência, sem causa específica.

Este termo é usado para agrupar sinais e sintomas que estão ligados a alterações de funcionamento, formados por fatores biológicos, psicológicos e socioculturais.

Tal fato resulta na soma de muitos sinais, tais como: alterações no funcionamento do cérebro, fatores genéticos, personalidade do indivíduo, condições de educação, estresses, agressões físicas e psicológicas, perdas, decepções, frustrações e sofrimentos físicos e psíquicos que perturbam o equilíbrio emocional.

Este capítulo, inicia-se especificando o uso da sigla. Onde se lê TOD, leia-se Transtorno Opositor Desafiador. Feito isto, se segue a conceituação deste assunto. Ainda conforme Relvas (2009):

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A classificação dos transtornos de aprendizagem através dos manuais, não leva em consideração a base anatomopatológica da área cerebral envolvida no processo.

O aprendizado é um processo complexo e dinâmico que resulta em modificações estruturais e funcionais do sistema nervoso central. As modificações ocorrem a partir de um ato motor e perceptivo que, elaborado no córtex cerebral, dá origem a cognição.

A dificuldade de aprendizagem pode ser classificada, levando-se em conta as funções afetadas que são as psicológicas superiores. Estas são aprendidas desde o nascimento e são fundamentais para o aprendizado formal.

1.1 – Transtorno Opositivo Desafiador (TOD)

Partindo de uma definição científica para este estudo, Teixeira (2014) relata que o Transtorno Opositor Desafiador é uma condição comportamental comum entre crianças de idade escolar e pode ser definido como um padrão persistente de comportamentos negativistas, hostis, desafiadores e desobedientes, observado nas interações sociais da criança com adultos e figuras de autoridade de uma forma geral, como pais, tios, avós e professores, podendo estar presente também em seus relacionamentos com amigos e colegas de escola. Esse transtorno pode estar relacionado com outras condições comportamentais e frequentemente precede o desenvolvimento do transtorno de conduta e comportamento delinquencial.

As principais características do Transtorno Opositor Desafiador são a perda frequente da paciência, discussões com adultos, desafio, recusa a obedecer a solicitações ou regras, perturbação e implicância com as pessoas, que podem ser

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responsabilizadas pela criança e pelos seus erros ou mau comportamento. O portador deste transtorno se aborrece com facilidade e em geral se mostra enraivecida, agressiva, irritada, ressentida e vingativa. São crianças que apresentam uma dificuldade no controle do temperamento e das emoções, uma teimosia persistente; elas são resistentes a ordem e parecem estar testando limites a todo momento.

Uma importante característica é o aspecto dimensional do transtorno: apesar de haver alguns sintomas que são observados no desenvolvimento normal, a alta frequência e a intensidade dos sintomas transformam comportamentos considerados normais, em comportamentos disfuncionais, geradores de forte impacto negativo sobre a dinâmica familiar e a vida social e escolar dos indivíduos afetados.

Observa-se ainda, teimosia persistente, resistência a ceder ou negociar. É comum a testagem dos limites impostos por figura que represente autoridade e há também a agressão verbal gratuita, porém isenta de agressão física.

O comportamento opositor desafiador é uma característica típica de certos estágios do desenvolvimento, na infância ou adolescência. O TOD está em sua maioria, associado a conflitos psicológicos e a outros transtornos disruptivos da criança; O Transtorno Déficit de Atenção/ Hiperatividade (TDAH), Transtorno de Humor, Transtorno de Ansiedade, Transtorno Psicótico, Transtorno de Conduta e Transtornos da Aprendizagem e da Comunicação. De acordo com o Manual

Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV):

“A característica essencial do Transtorno Desafiador Opositivo é um padrão recorrente de comportamento negativista, desafiador, desobediente e hostil para com figuras de autoridade, que persiste por pelo menos seis meses e se caracteriza pela ocorrência frequente de pelo menos quatro dos seguintes comportamentos:

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perder a paciência, discutir com adultos, desafiar ativamente ou recusar-se a obedecer a solicitações ou regras dos adultos, deliberadamente fazer coisas que aborrecem outras pessoas, responsabilizar outras

pessoas por seus próprios erros ou mau

comportamento, ser suscetível ou facilmente

aborrecido pelos outros, mostrar-se enraivecido e ressentido, ou ser rancoroso ou vingativo”.

Para ser considerado TOD, esses comportamentos acima citados, precisam ocorrer com frequência, resultando em consequências significativas no funcionamento social, acadêmico ou ocupacional.

Para facilitar a compreensão do quadro clínico, alguns critérios de diagnóstico, baseado no Manual Diagnóstico Estatístico dos Transtornos Mentais da Associação Americana de Psiquiatria para o TOD:

A. Um padrão de comportamento negativista, hostil e desafiador que dure pelo menos seis meses, durante os quatro (ou mais) das seguintes características estão presentes:

(1) frequentemente perde a paciência. (2) frequentemente discute com adultos.

(3) com frequente desafia ou se recusa ativamente à obedecer solicitações ou regras dos adultos.

(4) frequentemente perturba as pessoas de forma deliberada.

(5) frequentemente responsabiliza os outros por seus erros ou mau comportamento.

(6) mostra-se frequentemente suscetível ou é aborrecido com facilidade pelos outros.

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(8) está frequentemente rancoroso ou vingativo.

Obs.: Considerar o critério satisfeito apenas se o comportamento ocorre com maior frequência do que se observa tipicamente em indivíduos de idade e nível de desenvolvimento comparáveis.

B. A perturbação do comportamento causa prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, escolar ou ocupacional.

C. Os comportamentos não ocorrem exclusivamente durante o curso de um transtorno psicótico ou transtorno de humor.

1.2 Bases Neurocientíficas do Transtorno Opositivo Desafiador

Conforme Teixeira (2014), pesquisas cientificas não são conclusivas com relação a origem genética do TOD, entretanto diversos artigos descrevem a possível relação genética familiar em seu desencadeamento, assim como reforçam a ideia de que o sistema emocional e o temperamento da criança modulam o surgimento do transtorno no futuro.

Estudos identificaram que as mulheres que fumam durante a gravidez, assim como gestantes abusadoras de álcool, apresentam maiores chances de gerar filhos com o diagnóstico de TOD. Outros dados apontam que crianças prematuras, com baixo peso no nascimento, complicações na gestação ou no momento do parto, além de crianças com doenças crônicas, apresentam mais chances de desenvolver a alteração comportamental.

Ainda em Teixeira (2014):

Como descrições Neurocientífica do transtorno são consideradas algumas alterações estruturais no córtex pré-frontal, região cerebral responsável pelo controle das emoções e da impulsividade, alterações no funcionamento de substancias neurotransmissoras dos

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sistemas serotoninérgicos, dopaminérgicos e noradrenérgicos, baixa de cortisol e níveis elevados de testosterona, entretanto, o resultado da pesquisa sobre estas descrições não são conclusivos.

É relevante informar e esclarecer que não existem exames laboratoriais ou de imagem, capazes de realizar o diagnóstico, sendo este efetuado através de uma avaliação clínica criteriosa envolvendo a criança, a família e a escola.

1.3 Transtornos Associados

Crianças com TOD podem apresentar algumas condições comportamentais associadas, como transtorno déficit de atenção/hiperatividade. Essa associação é muito comum, estando presente em até 14% dos casos. Essas crianças apresentam maior agressividade, maior impulsividade, mais conflitos com outros estudantes, maior dificuldade nos relacionamentos sociais e pior desempenho acadêmico. Essa associação piora o prognóstico de tratamento e ainda pode facilitar a evolução do TOD para o Transtorno de Conduta.

Outros problemas comportamentais associados ao transtorno desafiador opositivo, são os transtornos ansiosos, depressão, transtorno bipolar do humor e a prática de bullying no ambiente escolar.

Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade

Baseando-se em SILVA (2009), não devemos raciocinar como se estivéssemos diante de um cérebro “defeituoso”. Devemos sim, olhar sob um foco diferenciado, pois, na verdade, o cérebro do indivíduo com Transtorno Déficit de Atenção apresenta um funcionamento bastante peculiar, que acaba por lhe trazer um comportamento típico, que pode ser responsável tanto por suas melhores características como por suas maiores angústias e desacertos vitais.

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O comportamento TDA nasce do que se chama trio de base alterada. É a partir desse trio de sintomas – formado por alterações da atenção, da impulsividade e da velocidade da atividade física e mental – que irá desvendar todo o universo TDA, que, muitas vezes oscila entre o universo da plenitude criativa e o da exaustão de um cérebro que não para nunca.

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é uma síndrome ligada ao desenvolvimento neurobiológico que interfere diretamente no comportamento, contudo, por desequilibrar os mecanismos de atenção e memória, muito utilizados na aprendizagem, o TDAH tem contribuído de forma considerável ao fracasso escolar.

Conforme Rohde e Benczik (1999):

O Transtorno é caracterizado por um conjunto de

sintomas e sinais por meio de uma tríade sintomatológica clássica: desatenção, hiperatividade e impulsividade. Esta deve permanecer durante pelo menos seis meses e manifestar-se nos diversos ambientes sociais frequentados por quem apresenta as características. Pode ainda estar associado a outros transtornos ou distúrbios.

As pessoas com esse déficit apresentam sinais de desatenção acima do esperado. Estes refletem principalmente na sala de aula, não focando a atenção nos assuntos apresentados pelo professor, principalmente nos detalhes, deixando tarefas incompletas, “saltando” folhas nos cadernos, deixando tarefas incompletas, “saltando” folhas nos cadernos, deixando materiais caírem ao chão com frequência, sendo desorganizadas no seguimento de instruções. Não se lembram de realizar tarefas importantes e outras ligadas à vida diária, parecem estar “desligados” do mundo, ou mesmo, “no mundo da lua”, esquecem brinquedos e

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materiais. Por isso, exigem muito de quem as orientam, principalmente na sala de aula, ou seja, há um nível de atenção incompatível à referencia esperada para a idade.

É comum que crianças e adolescentes com TDAH consigam manter a atenção em algumas atividades com mais estímulos, com jogos de vídeo game ou computador, o que não exclui a presença de algum déficit de atenção.

(Neto .2010)

Transtorno de Ansiedade Generalizada

O transtorno de Ansiedade generalizada é caracterizado por grande e excessiva preocupação, muita ansiedade e intensa dificuldade para controla-la. Essas preocupações causam dificuldade no funcionamento social, acadêmico ocupacional dessas crianças e adolescentes. O transtorno está relacionado com sentimentos de apreensão e dúvida, cansaço, fadiga, tensão muscular, distúrbios do sono, dificuldade de concentração e irritabilidade.

Crianças com transtorno de ansiedade generalizada apresentam grande preocupação diante de eventos futuros, grande ansiedade relacionada com aceitação pelo grupo escolar, por amigos e colegas do condomínio ou clube, por exemplo.

Essas crianças encontram-se frequentemente preocupadas com múltiplos assuntos, como se o mundo fosse repleto de perigos e problemas, superestimam situações problemáticas, são negativistas, pessimistas e parecem estar sempre aguardando por eventos catastróficos.

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Transtorno de Conduta

O transtorno de conduta é um conjunto de alterações comportamentais apresentado principalmente em crianças e adolescentes agressivos, desafiadores, antissociais, em que violam os direitos básicos alheios, as regras e as normas sociais. Trata-se de uma condição mais grave quando comparado ao Transtorno Opositivo Desafiador, sendo responsável por frequentes encaminhamentos aos serviços de psiquiatria infanto-juvenil.

A violação de regras é o componente principal desse transtorno, e jovens que o possuem apresentam comportamento antissocial, agredindo pessoas e animais fisicamente e sendo cruéis.

Não demonstram sentimento de culpa ou remorso pelos seus atos, são sádicos, negativistas, desafiadores, hostis e podem realizar atos de vandalismo, furtos e destruição de patrimônio alheio. Em quadros iniciais do transtorno de conduta, podem ser observados repetidos roubos em lojas de departamentos ou de objetos pessoais de colegas em sala de aula, além de violência e intimidação de outros estudantes.

Outros sintomas graves, como fuga de casa, mentira, consumo de álcool ou outras drogas e comportamento sexual de risco, são comuns. Em sua maioria, os detentores de tal transtorno apresentam dificuldades em interações sociais e possuem poucos amigos, e os sintomas de baixa autoestima, baixa tolerância à frustração, irritabilidade e explosões de raiva podem estar presentes.

Outros transtornos comportamentais da infância e da adolescência apresentam-se frequentemente associados ao transtorno de conduta, sendo os mais comuns os do humor, os ansiosos, o uso de drogas e o transtorno de déficit de atenção/hiperatividade.

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CAPÍTULO II

A NEUROCIÊNCIA APLICADA AO ESTUDO DO CÉREBRO

E A FORMA DE APRENDIZAGEM

DO SUJEITO OPOSITOR

A Neurociência investiga o processo de como o cérebro aprende e lembra, desde o nível molecular e celular até as áreas corticais. A formação de padrões de atividade neural baseia-se no fato de que correspondam a determinados estados e representações mentais.

O ensino bem sucedido provocando alteração na taxa de conexão sináptica, afeta a função cerebral. Por certo, isto também depende da natureza do currículo, da capacidade do professor, do método de ensino, do contexto da sala de aula e da família e comunidade.

Todos estes fatores interagem com as características do cérebro dos indivíduos.

Os avanços e descobertas na área da neurociência ligada ao processo de aprendizagem é sem dúvida, uma revolução para o meio educacional. A Neurociência da Aprendizagem, em termos gerais, é o estudo de como o cérebro aprende. É o entendimento de como as redes neurais estão estabelecidas no momento da aprendizagem, bem como de que maneira os estímulos chegam ao cérebro, da forma como as memórias de consolidam, e de como temos acesso a essas informações armazenadas.

Quando falamos em educação e aprendizagem, estamos falando em processos neurais, redes que se estabelecem, neurônios que se ligam e fazem novas sinapses (ligações entre neurônios, ondem passam os estímulos).

Aprendizagem nada mais é do que o complexo processo pelo qual o cérebro reage aos estímulos do ambiente, ativa sinapses tornando-as mais “intensas”. A cada estímulo novo, a cada repetição de um comportamento que queremos que seja

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consolidado, temos circuitos que processam informações, que deverão ser então consolidadas.

A Neurociência vem nos desvendar o que antes desconhecíamos sobre o momento de aprendizagem. Principalmente quando relacionada ao portador de determinada síndrome ou transtorno.

O cérebro, como um órgão fantástico e misterioso, é matricial nesse processo do aprender. Suas regiões, lobos, sulcos, reentrâncias tem sua função e real importância num trabalho em conjunto, onde cada um precisa e interage com o outro. Conhecer o papel do hipocampo na consolidação de nossas memórias, a importância do sistema límbico, responsável pelas nossas emoções, desvendar os mistérios que envolvem a região frontal, sede da cognição, linguagem e escrita, poder entender os mecanismos atencionais e comportamentais de nossas crianças com TOD ou quaisquer transtornos de aprendizagem, as funções executivas e o sistema de comando inibitório do lobo pré-frontal é hoje fundamental na educação assim como compreender as vias e rotas que norteiam a leitura e escrita - regidas inicialmente pela região visual mais específica (parietal), que reconhece as formas visuais das letras e depois acessando outras áreas para que a codificação e a decodificação dos sons sejam efetivas. As áreas na região temporal, onde relacionamos a percepção, identificação e reconhecimento dos sons e a região occipital que tem como uma de suas funções, coordenar e reconhecer os objetos assim como o reconhecimento da palavra escrita, faz parte da função de aprendizagem. Assim, cada órgão se conecta e se interliga nesse trabalho onde cada estrutura com seus neurônios específicos e especializados desempenham um papel fundamental no processo de aprendizagem.

Os professores e educadores podem utilizar-se dos conhecimentos da neurociência para deles extrais respaldo para estabelecer novas estratégias de conduta profissional, que facilitam a promoção de condição facilitadora da aprendizagem dos alunos.

O aprender e o lembrar do estudante ocorre no seu cérebro. Conhecer como o cérebro funciona não é a mesma coisa do que saber qual é a melhor maneira de

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ajudar os alunos a aprender. A aprendizagem e a educação estão intimamente ligadas ao desenvolvimento do cérebro, o qual é moldável aos estímulos do ambiente. Os estímulos do ambiente levam os neurônios a formarem novas sinapses. Assim, a aprendizagem é o processo pelo qual o cérebro reage aos estímulos do ambiente, ativando sinapses, tornando-as mais “intensas”. Como consequência, estas se constituem em circuitos que processam as informações.

2.1 Aprendendo como o Sujeito Opositor

O pesquisador e psicólogo Skinner realizou estudos importantes na área da análise do comportamento e descreveu o aprendizado como uma causa desse comportamento, considerando a possibilidade de modifica-lo à medida que aprendemos. Skinner ainda afirmava que a aprendizagem do ser humano poderia ser realizada a partir de estratégias de recompensa e punição para a modificação do comportamento, denominado de condicionamento operante, acreditando que o comportamento humano poderia ser modulado basicamente por estratégias, também chamadas de reforçadores positivos, isto é, as pessoas seriam capazes de aprender melhor através de recompensas ou premiações por seu comportamento.

Dentro deste contexto, o ser humano ao ser punido, seria capaz de aprender a evitar determinado comportamento, embora acreditasse que reforçadores positivos eram bem mais eficientes.

As técnicas comportamentais, que possibilitam a aprendizagem no cérebro opositor, abordadas neste capítulo são diretas e indiretamente relacionadas aos estudos realizados pelo professor Skinner e sua equipe entre as décadas de 1950 e 1990; repetidas, experimentadas e utilizadas até hoje com muito sucesso em todo o mundo.

Uma primeira regra para estimular o bom comportamento, e automaticamente a aprendizagem da criança com TOD, é premiar comportamentos positivos. Essa

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técnica parte do principio de que todo comportamento estimulado, elogiado ou reforçado, terá probabilidade aumentada de vir a se repetir no futuro.

2.2 Considerações de teóricos sobre a aprendizagem

2.2.1 – Lev S. Vygotsky

São descritas algumas abordagens a respeito de fatores biológicos e sociais no desenvolvimento psicológico onde reconhecer a dimensão social é pressuposto para sua teoria de progresso humano.

Vygotsky apresenta como um de seus testes a ideia de que o ser humano constitui-se enquanto tal na sua relação com o outro social. Para ele a cultura faz parte de sua natureza e à medida que de constrói historicamente e se desenvolve como indivíduo, é que é formado seu funcionamento psicológico.

Com sua proposta sobre a base biológica do funcionamento psicológico, o teórico influenciou seu discípulo e colaborador A.R. Luria que aprofundou e estruturou uma teoria neuropsicológica sobre o funcionamento do cérebro humano. E através desta obra que tomamos conhecimento de concepções de Vygotsky sobre a base biológica.

São utilizados termos “função mental” para referir-se a pensamento, memória percepção e atenção. Já “funções mentais elementares” como atenção involuntária e “funções mentais superiores” como atenção voluntária e memória lógica.

Tais ideias se fundamentam em funções psicológicas e superiores que são construídas ao longo da história social do homem. Ele despreza a ideia de serem as funções mentais fixas e imutáveis, ao contrário, o cérebro é visto como um sistema aberto de grande

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plasticidade, cuja estrutura e modos de funcionamento são moldados ao longo do desenvolvimento individual.

(Oliveira, 1992)

Ainda de acordo com Oliveira, há de se ressaltar que quando se fala em mudança no cérebro, não se fala em mudança no órgão físico. O homem tem grandes possibilidades de realização, essa plasticidade é essencial: o cérebro pode servira novas funções, criadas na sua própria história, sem que sejam necessárias transformações morfológicas.

Logo as funções mentais não são localizadas em pontos específicos do cérebro ou um grupo isolado de células. Elas são organizadas a partir da ação de diversos elementos que atuam de forma conjunta, cada um fazendo seu papel no complexo sistema cerebral.

É fato que estruturas, processos e o funcionamento do cérebro se transformam ao longo do tempo. Nos primeiros anos de vida as atividades mentais são mais elementares. Na medida em que crescemos e desenvolvemos, a participação de funções superiores se torna necessária por seus processamentos mais complexos.

Os postulados de Vygotsky deixam claras as fortes ligações entre processos psicológicos e a inserção de um indivíduo num determinado contexto social e histórico. Pois instrumentos e símbolos construídos socialmente definem quais das inúmeras possibilidades de funcionamento cerebral serão efetivamente concretizadas ao longo do desenvolvimento e mobilizadas na realização de diferentes tarefas.

Conforme Oliveira(1992):

Durante a vida o ser humano internaliza suas formas culturais (comportamento, religião, linguagem, etc.). Logo as “atividades externas, relações interpessoais, transformam-se em processos internos,

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intrapsicológicos, ou seja, são construídas de fora para dentro do indivíduo”.

Esse mesmo ser, dotado de um aparato biológico que estabelece limites e possibilidades para seu funcionamento psicológico, interage simultaneamente com o mundo real e as formas dadas pela sua cultura.

Vygotsky reconhece na instituição escola um espaço propício para a construção dos processos psicológicos. Sobre a intervenção pedagógica (acertada), Oliveira (1992) diz que “provoca avanços que não ocorreriam espontaneamente”. E nesse sentido o postulado básico de Vygotsky diz: a aprendizagem é fundamental para o desenvolvimento desde o nascimento da criança, pois desperta processos internos que só acontecem na interação.

Em Vygotsky pode-se confirmar e complementar as bases neurocientíficas sobre o Transtorno Opositivo Desafiador. Nos pressupostos teóricos, afirma-se que o meio social modula processos internos psicológicos, ou seja, recebe estímulos externos e a partir deles são elaboradas respostas em forma de expressão, linguagem, ato motor.

A questão levantada por Vygotsky aponta para a necessidade de a escola repensar o valor que as interações sociais representam para a aprendizagem, uma vez que são encaradas como condições indispensáveis para a produção de conhecimento por parte do educando, já que possibilitam o diálogo, a cooperação, a troca de informações, o confronto de ideias, entre outros tipos de relacionamento. Portanto cabe ao professor, em sala de aula, não apenas oferecer espaço para que elas aconteçam mas também incentivá-las.

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A Neurociência contempla a mesma ideia e especificamente no Transtorno Opositivo Desafiador, visualiza a possibilidade, quando percebida, diagnosticada e tratada de forma correta, a mudança no ambiente social (entendendo-se como mudança na dinâmica familiar, prática pedagógica e até mesmo se necessária, a mudança no espaço geográfico), para que então, gradativamente, possa ocorrer a mudança de comportamento e nos sintomas.

2.2.2 – Henry Wallon

Baseado em algumas considerações sobre emoção, segundo o teórico Henri Wallon, percebe-se que sua formação traz a marca da filosofia e da medicina e sua teoria tem suas bases neurológicas, sendo assim, mais se aproxima de uma definição baseada na Neurociência.

Para ele, o ser humano é organicamente social, isto é, sua estrutura orgânica supõe a intervenção da cultura para se atualizar. Então sua pesquisa se baseia na análise genética, única forma, a seu ver, de não deixar perder a interinidade do objeto. (Dantas, 1992)

Um dos sintomas do portador de TOD é a inquietação, o levantar a todo instante, andar pela sala de aula. Há que de levar em consideração o fator conforto. Muitas escolas ou espaços sociais não oferecem assentos adequados, fazendo com que, até quem não possui Transtorno parecer que possui.

Em Wallon encontra-se embasamento para afirmar que “quietação é um produto

difícil, depende da maturação dos centros corticais de inibição assim como das estruturas responsáveis pelo controle automático do tônus (em particular, o cerebelo).”. (Dantas,1992)

Há que se fazer algumas considerações, baseando-se em Wallon, sobre os movimentos. Os movimentos reflexos são controlados no nível subcortical pelo

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sistema extrapiramidal; e os movimentos voluntários são controlados no nível cortical pelo sistema piramidal.

Pode-se dizer que o indivíduo com TOD, pode controlar seus movimentos voluntários, por que como já dito, passa pelo nível cortical, logo pode ser treinado, tendo em vista que no córtex reside o centro de tomada das decisões.

A linguagem, mas especificamente verbal, é capaz de conduzio o pensamento e alimenta-lo, sendo produto da razão humana (nível cortical). Por isso, Wallon alerta que e precioso preservá-la, tanto quanto discipliná-la.

A emoção é capaz de mobilizar todo um ambiente, seja ela positiva ou negativa. É fundamental para a sociedade e espaços sociais, pois os indivíduos estabelecem entre si, um forte vinculo e supre ainda, a insuficiência de comunicação verbal.

Segundo Dantas (1992), a emoção constitui uma conduta com profundas raízes na vida orgânica: os componentes vegetativos dos estados emocionais são bem conhecidos e Wallon mergulha neles até descobrir sua origem na função tônica.

Regulado por estruturas nervosas que perdem a autonomia ao longo da maturação cerebral, ou seja, quanto mais amadurecido maior domínio das emoções terá. Ela manterá sempre, com atividade reflexiva, uma relação de opostos entre os dois níveis de funcionamento cerebral: o cortical e o subcortical. É comum vermos alguém “perder a cabeça” quando experimenta de estado emocional intenso.

Embora a emoção intensa seja devastadora, quer no campo cerebral ou físico., visto que são liberadas pela corrente sanguínea hormônios que em excesso e continuamente provocam o que conhecemos como doenças psicossomáticas, podendo até evoluírem para doenças crônicas.

Não obstante a esse quadro, a emoção deve passear entre esses dois opostos, o cortical e o subcortical.

De acordo com Dantas (1992), em sua origem, a conduta emocional depende do centro subcortical (sua expressão é involuntária e incontrolável) e com a maturação

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cortical, torna-se suscetível de controle voluntário. A emoção descontrolada corresponde à atuação subcortical.

Baseando-se nessas informações, compreendem-se melhor os sinais que acompanham a vida emocional. Wallon analisa os componentes fisiológicos, as alterações viscerais e metabólicas que a acompanham.

Toda alteração emocional corresponde a uma flutuação tônica (modulação afetiva e muscular). Ela te controles cerebrais, que pode ser aumentada ou reduzida por agentes químicos que agem diretamente ali.

(Dantas, 1992)

O comportamento emocional traz características que permite facilmente ser detectada. A ansiedade infantil, por exemplo, pode produzir no adulto também, a angústia ou irritação. Resistir a esta forte tendência implica conhece-la, isto é, corticalizá-la, condição essencial para reverter o processo.

Na escola ou até mesmo no ambiente familiar, o indivíduo que é dominado pela emoção ou o subcortical, sente-se mais a vontade para expressar, quando na presença de outros, sendo esses o oxigênio que alimenta a chama emocional.

Segundo Relvas (2010), cabe o professor, em vez de se deixar contagiar pelo descontrole emocional das crianças, procurar contagiá-las com sua racionalidade.

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CAPÍTULO III

CONCEITOS E ESTUDOS DE CASO

Os comportamentos antissociais apresentados por crianças são responsáveis por grande parte das indicações a serviços de psiquiatria infantil e hoje através dos estudos com base na Neurociência Pedagógica, há um aprofundamento na análise de tais transtornos. Diante disso, a quarta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV-TR) propõe categorias diagnósticas relacionadas que representem essa problemática, que são: o transtorno desafiador opositivo (TDO) e o transtorno de conduta (TC).

Diversos autores educação e em psicologia afirmam que um ambiente desestruturado e práticas parentais falhas são críticos para essa problemática. A análise funcional, ferramenta comportamental para se avaliar a relação do comportamento com variáveis ambientais, poderia ser útil para a avaliação dos efeitos de ambientes parentais desestruturados sobre os comportamentos disruptivos.

Dessa forma, este capítulo propõe o desenvolvimento de uma avaliação funcional em um estudo de caso.

Durante o curso de Pós Graduação em Neurociência Pedagógica, o tema – Transtorno Opositivo Desafiador – esteve presente, devido ao convívio diário com duas crianças portadoras deste.

Baseando-se neste estudo e no relato do acompanhamento da rotina e comportamento infantil, apresenta-se a seguir dois casos para reflexão do assunto estudado.

Serão utilizados nomes fictícios para preservar a identidade das crianças. A primeira criança é João, 10 anos e a segunda é Pedro de 8 anos.

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3.1 – Conceituando o Transtorno Opositivo Desafiador através dos estudos de caso.

Deve-se ressaltar que estas crianças apresentam um quadro clínico sugestivo de maiores cuidados, por exibirem recorrentes comportamentos de desobediência, desafio e hostilidade em relação às figuras de autoridade.

Pontua-se, também, que a criança com o transtorno desafiador de oposição deve ser assim considerada, ao apresentar este tipo de perfil, no mínimo, por seis meses (LUISELLI, 2005). Segundo a Classificação do DSM-IV- TR (APA, 2014) o transtorno desafiador de oposição se encaixa na mesma categoria de “Transtornos do déficit da atenção e do comportamento perturbador”, incluído na sessão “Transtornos geralmente diagnosticados na infância ou adolescência” (DSM – IV-TR, 2000).

Consideram-se oito os critérios de ocorrência frequente deste comportamento, segundo o DSM – IV – TR para o TDO. São eles:

“... perder a calma; discutir com adultos; negar-se a obedecer aos pedidos ou regras dos adultos; fazer coisas que incomodem, gratuitamente, os outros; culpar os outros por seus erros ou comportamentos inadequados; ser suscetível

à irritação; ficar enraivecido e ressentido; ser rancoroso e vingativo” (DSM- IV- TR, 2000).

Considerando-se a necessidade de se fazer um diagnóstico, em termos de manifestação, o transtorno se apresenta em casa, na escola e em lugares públicos, revelado diferentes teorias que justifiquem seu surgimento.

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3.2 - Caso de João

João é uma criança inteligente, ativa e comunicativa.

É filho de mãe portadora de Transtorno de Conduta, que durante sua menor infância apresentou diversas crises presenciadas por João.

Acredita-se que o fato de a disponibilidade genética tenha algum tipo de relação na formação da conduta e possíveis transtornos.

Relacionado à família, o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV), afirma que:

“O Transtorno Desafiador Opositivo parece ser mais comum em famílias nas quais pelo menos um dos pais tem uma história de Transtorno de Humor, Transtorno

Desafiador Opositivo, Transtorno de Conduta,

Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, Transtorno da Personalidade Antissocial ou um Transtorno Relacionado a Substâncias. Além disso, alguns estudos sugerem que as mães com Transtorno Depressivo estão mais propensas a terem filho com comportamento opositivo, mas não está claro o grau em que a depressão materna é causa ou consequência

do comportamento opositivo nas crianças. O

Transtorno Desafiador Opositivo é mais comum em famílias nas quais existe séria discórdia conjugal. [...] O Transtorno Desafiador Opositivo é mais prevalente em família nas quais os cuidados da criança são

perturbados por uma sucessão de diferentes

responsáveis ou em famílias nas quais práticas rígidas, inconsistentes ou negligentes de criação dos filhos são comuns.”.

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Aos 3 anos de idade, João perdeu um irmão com oito meses, devido a má formação genética. Fato pelo qual João teve sua vida desestabilizada. Devido à doença da mãe, que não apresentava condições de ficar sozinha, a família passou a morar com bisavó, mudando-se assim, de residência.

O pai não tem muito contato com João, devido a seus horários e quando possui a oportunidade, não estreita laços afetivos, sendo uma pessoa rígida e que não interage com a criança, tratando-o como um adulto.

Ao início de sua infância, houve certo atraso no desenvolvimento. A fala foi desenvolvida bem lentamente até então a comunicação principal era feita através de gestos e apontamentos. O mesmo atraso obteve-se no andar. A locomoção através do ato de engatinhar e os primeiros passos foram tardios em comparação ao desenvolvimento típico.

Na vida escolar, João teve facilidade em se alfabetizar, porém todas as questões referentes à sua organização pessoal, cuidado e capricho em seus afazeres são pontos preocupantes até hoje, devido a falta de autonomia.

João teve laudo de TOD e TDAH aos 8 anos, faz acompanhamento Psicológico, também há o acompanhamento de seu caso com o auxílio de Psicopedagoga e Neurologista Pediátrico. Faz uso do medicamento Ritalina o que hoje faz com que se perceba grande diferença no comportamento apresentado.

No período anterior a medicação, notava-se uma criança agitada, ansiosa que dotada de um constante mau humor e irritabilidade sempre que contrariado.

Grande parte dos anos de escolaridade, anteriores ao tratamento, foram contemplados com insegurança, mesmo sendo uma criança inteligente, pois devido a algumas alterações emocionais, teve medo de errar.

Apresenta letra ilegível, e constantemente recusa na hora de fazer atividades e registros.

Durante a aula nota-se dificuldades em trabalhar em grupo, devido a sua dificuldade de concentração, pois a todo momento, sente necessidade de chamar a atenção, não respeitando regras e organização.

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O relacionamento com os colegas oscila de acordo com seu humor e tolerância. Por ora há um bom relacionamento com as crianças e relações de amizade, porém, ao ser contrariado, este comportamento seguia-se ruim com brigas e discussões constantes e até mesmo agressões físicas.

Por vezes, João demonstrava atitudes inconvenientes e chocantes, como se despir, urinar ou provocar reações de nojo, achando graça da irritação alheia.

É uma criança geniosa e cheia de vontades. Quer que as coisas aconteçam conforme sua própria vontade. Caso contrário, argumenta até cansar a pessoa com quem conversa, fazendo com que esta desista. Fala compulsivamente. Para incomodar, faz perguntas óbvias repetitivamente esperando atenção exclusiva.

Tal fato resulta na repulsa dos colegas que constantemente apresentam queixas, desavenças ou impossibilitava qualquer tipo de relacionamento com ele.

Em casa, João não tinha uma rotina ou uma autoridade a se respeitar, devido a grande quantidade de pessoas “dando ordens” e tentando auxiliar o comportamento difícil.

Devido a orientações fornecidas no tratamento Psicológico, tentava-se manter uma rotina adaptável às conturbações diárias. O fato de manter-se à mesa para refeições, o incentivo a responsabilidade pela higiene pessoal, a ida até o banheiro, ou o ato de tomar banho somente eram realizados com a presença da avó , pois a recusa em realizar tais tarefas de forma autônoma, eram uma constante no dia a dia.

Com o auxílio da medicação, ao passar do tempo o sentimento de insegurança diminuiu um pouco, mas ainda presente quando há quebra de rotina, demonstrando nervosismo ao tratar de atividades importantes.

Já consegue manter concentração, mesmo que durante pouco tempo, mas o amadurecimento em seu comportamento é notável.

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3.3 - Caso de Pedro

Pedro tem 8 anos e é um menino alegre e ativo.

Seus pais são casados e trabalham em período integral. Devido a isso, Pedro fica a maior parte do seu tempo na casa de sua avó.

Pedro não possui laudo concluído de TOD, porém nota-se um Transtorno em seu comportamento a ser investigado.

Devido ao comportamento desafiador, resistente a ordens e ausência de limites, percebem-se características de Transtorno Opositivo Desafiador.

De acordo com relatos familiares, os sintomas inicialmente eram percebidos somente em casa, principalmente quando em companhia da avó, porém com o passar do tempo alguns problemas de relacionamento apareceram na escola e em outros espaços.

No ambiente escolar tem um bom relacionamento com professores e os demais funcionários. Com a turma constantemente surgem alguns conflitos, pois Pedro se excede um pouco nas brincadeiras e nem sempre aceitas. Apresenta comportamentos disruptivos como: fazer bullying com colegas, maltratar animais, destruir patrimônios, não comparecer à escola e invadir a casa de um vizinho.

Pedro possui grande resistência e dificuldade em aceitar intervenções para que reveja sua postura, pois mantem constantemente uma postura de vítima, não assumindo seus erros e confusões causadas por sua irritação.

As constantes mediações acontecem, fazendo-o refletir sobre seus atos não prejudicando sua participação na dinâmica da sala de aula. Percebe-se que colabora pouco com ideias e opiniões, mesmo que seja valorizado nas contribuições e sinalizações sobre o quanto perde ao manter seu aborrecimento, demonstrando cansaço ou descontentamento por coisas tão simples, como o lápis

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que está pequeno ou porque não conseguiu pegar emprestado uma caneta ou outro objeto de um colega.

A escrita ainda é um entrave, principalmente quando se refere ao registro no caderno, quase sempre sinaliza insatisfação, impaciência e cansaço, demonstrando descontentamento constante.

Há por parte dos profissionais que orientam o caso, a sinalização à criança, no estímulo a reflexão sobre a importância do momento em que o registro de ideias torna-se de grande valor para a construção de conhecimentos.

É notável que o afeto produz em Pedro uma oportunidade de aprendizagem propícia, já que consegue controlar um pouco sua irritação e descontentamento.

Conforme Saltini(2008):

A serenidade e a paciência do educador, mesmo em situações difíceis, faz parte da paz que a criança necessita. Observar a ansiedade, a perda de controle e a instabilidade no humor vai assegurar a criança ser o continente de seus próprios conflitos e raiva, sem explodir, elaborando-os sozinha ou em conjunto com o educador. A serenidade faz parte de um conjunto de sensações e percepções que garantem a elaboração de nossas raivas e conflitos. Ela conduz ao conhecimento do si mesmo, tanto do educador, quanto da criança.

Diante de dúvidas ou questionamentos em relação às atividades propostas, Pedro ainda não se mobiliza para esclarecê-las. Fica parado e não expõe o que está pensando. Nesses momentos o diálogo individual tem por finalidade a importância da busca de informações para esclarecer o que não compreendeu, seja solicitando o auxílio ou trocando ideias com colegas mais próximos. Pedro raramente toma essa iniciativa, necessitando da interferência de um referencial profissional ou de companheiro de classe, no intuito do auxílio.

(35)

Nota-se que o apoio e incentivo da família, valorizando as produções e o estimulo à reflexão sobre algumas das atitudes também são importantes para o desenvolvimento diante das dificuldades e instabilidades decorrentes do TOD.

Para Piaget (apud CUNHA, 2000) o desenvolvimento cognitivo resulta da interação entre criança e as pessoas com quem ela mantém contatos regulares, no caso da escola, o aluno e os professores. Ele enfatiza as construções realizadas pelo sujeito, ou seja, essas construções passam a ser possíveis através da interação do aluno com o seu meio, havendo assim a modificação do papel do professor, o qual passa a ser um facilitador, enquanto o aluno assume a posse das ideias.

Vivenciar comportamentos e as necessidades dos sujeitos opositores foi uma experiência de grande valia, com avanços e maior clareza em saber conviver com as necessidades e especificidades de um transtorno não tão conhecido como o TOD.

Conhecer profundamente o TOD é uma tarefa que nos auxilia a lidar com a situação, sendo necessário no entanto, conhecer a vida de cada sujeito, visto que este não é um comportamento de situações completamente iguais.

É importante permanecer em estudo, que visa auxiliar a prática e o convívio diário, confiando nos embasamentos pedagógicos teóricos e práticos dando conta dos caminhos e das respostas.

A literatura revela, portanto, que os diversos problemas comportamentais que costumam aparecer associados ao TDO, podem ser influenciados por variáveis de natureza diversa. Segundo Dessen e Szelbracikowski (2006):

“Estudar os fatores que contribuem para a origem e evolução dos transtornos de comportamento é importante, de forma a compreender os processos de adaptação do indivíduo no curso da vida e nas sociedades contemporâneas;

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Dessa maneira, ter a possibilidade de rea lizar um planejamento de programas de prevenção e intervenção, destinados a crianças e jovens com problemas de comportamento.

Segundo Barros e Silva (2006), o desenvolvimento de condutas agressivas ao longo da infância e adolescência está sendo alvo de vários estudos que almejam responder, essencialmente, questões referentes à origem e à manutenção da agressividade durante a trajetória da vida. Os autores salientam que é preciso analisar, ao longo do processo de maturação, se essas crianças apresentam comportamentos agressivos. Assim, se essas condutas se apresentarem de formas severas e frequentes, então, isto poderá indicar sinais de psicopatologia.

São vários os fatores e situações que podem originar crenças e estados emocionais, que predispõem às atitudes agressivas. Os mesmos autores, com base em revisão da literatura, consideram várias fontes de estresse: perda de um dos pais, brigas entre eles, o nascimento de um irmão, solidão ou abandono da criança, ser o último a conseguir algo, ser ridicularizado em classe, mudança de casa ou escola, ir ao dentista ou ao hospital, ou, ainda, possuir alguma diferença marcante.

Existem múltiplos determinantes de problemas de comportamento exteriorizado: biológicos, sociais, cognitivos, acadêmicos, educacionais e familiares (DESSEN E SZELBRACIKOWSKI, 2006

“Os fatores acadêmicos e educacionais são, também, tão importantes quanto os fatores cognitivo-sociais na determinação e evolução dos comportamentos exteriorizados. A literatura revela consistência, nesse sentido: Para identificar as causas de diversos transtornos psicológicos, devemos analisar a interação de todas as dimensões relevantes: as contribuições genéticas,

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o papel do sistema nervoso, os processos cognitivos e comportamentais, as influencias emocionais e interpessoais e os fatores de desenvolvimento. Assim, chegamos a uma abordagem multidimensional integrada para as causas dos transtornos psicológicos (BARLOW; DURAND , 2008, p. 70).

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CONCLUSÃO

A tarefa de conhecer as especificidades do portador de TOD é fundamental para que o educador tenha um planejamento de situações problema para cada momento em sala de aula.

Mesmo que com as dificuldades em se diagnosticar este transtorno, bem como suas possíveis ações neurocientíficas e psicopedagógicas, é possível, baseando-se em estudos, perceber que cada sujeito manifesta suas reações de maneira singular, dependendo das condições sociais, comportamentais, culturais, emocionais, psicológicas, ambientais, etc., onde o indivíduo sofre interferências de vários fatores no seu processo de aprendizagem, tendo maior influência nos aspectos emocionais relacionados.

Em relação a aprendizagem do sujeito Opositivo, o “aprender” está diretamente relacionada ao “querer”, ao “desejar”. Podemos e devemos auxiliar, mediar, estimular, criar diversificados modos para modificar o fazer pedagógico, de maneira que o sujeito opositivo de interesse por aprender.

Os incentivos e recompensas dão ao sujeito opositivo um maior interesse em “querer aprender”, visto que este indivíduo é motivado desta forma.

Ao portador de TOD, observa-se a emoção de forma intensa, uma postura de enfrentamento constante e um desrespeito as regras estabelecidas para determinado ambiente social. Se faz necessário, da parte do educador e “aos olhos” da Neurociência, ter o controle primeiro, de sua própria emoção, usando as ferramentas corticais. Então pode ir de encontro à situação/problema para tentar minimizá-la. Em seguida, deve indica-lo para o profissional da área de saúde, pois somente deve-se atribuir diagnósticos o profissional habilitado para tal.

Enfim, a Neurociência Pedagógica vêm contribuir para o entendimento de um Transtorno onde há a disseminação de inverdades que o consideram “caso perdido”. Se tratado e acompanhado, pode dar bons resultados e fazer diferente a dinâmica social.

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No entanto, nenhuma ação terá efeito, caso o sujeito não queira fazer com que o aprendizado venha a florescer. Um bom caminho, será a consciência desse sujeito como ator principal de seu processo de aprendizagem.

Acompanhar, por meio de anamneses e/ou conversas informais com familiares e profissionais atuantes em auxiliar a este aluno a conhecê-lo e assim, melhor auxiliá-lo.

As habilidades parentais deficientes, como não prestar atenção a sinais significativos da criança ( por exemplo, quando está claro o mal-estar), não colocar limites ao comportamento impróprio e não vigiar de forma constante o nível de atividade podem funcionar também como acontecimentos antecedentes que provoquem e mantenham o desafio(p.42).

As crianças com um TDO e seus pais realizam inúmeros intercâmbios interpessoais que são ‘reforçados negativamente’. A pesquisa de Patterson e seus colaboradores, por exemplo, demonstra que quando as crianças atuam de maneira desafiadora, negativa e agressiva para com seus pais, tal comportamento frequentemente produz consequências favoráveis, como o fim das demandas, a retirada da atenção não desejável ou a obtenção de algo agradável (...) Como resultado, esses comportamentos são fortalecidos e ocorrerão com maior probabilidade no futuro. Do mesmo modo, quando os pais são severos, punitivos ou negativos em suas interações com a criança, às vezes são reforçados, porque esse comportamento produz obediência ou elimina uma fonte de irritação(por exemplo, a criança ‘cede’). Com efeito, tanto a criança quanto os pais aprendem a realizar comportamentos negativos e coercitivos quando enfrentam acontecimentos desagradáveis ou aversivos (p. 42)

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I - CONHECENDO O TRANSTORNO OPOSITOR 10 DESAFIADOR E SUAS CAUSAS

1.1 – Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) 11 1.2 – Bases Neurocientíficas do Transtorno 14

Opositivo Desafiador

1.3 Transtornos Associados 15

CAPÍTULO II - A NEUROCIÊNCIA APLICADA AO ESTUDO 19 DO CÉREBRO E A FORMA DE APRENDIZAGEM DO

SUJEITO OPOSITOR

2.1 Aprendendo como o Sujeito Opositor 21 2.2 Considerações dos teóricos sobre aprendizagem 22

2.2.1 – Lev S. Vygotsky 22

2.2.2 – Henry Wallon 25

CAPÍTULO III – CONCEITOS E ESTUDOS DE CASOS 28 3.1 - Conceituando o Transtorno Opositivo Desafiador

através dos estudos de caso. 29

3.2 – Caso de João 30 3.3 – Caso de Pedro 33 CONCLUSÃO 38 BIBLIOGRAFIA 40 WEBGRAFIA 42 ÍNDICE 43

Referências

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