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As Contribuições dos Gêneros Textuais para o Ensino Aprendizagem

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Academic year: 2021

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As Contribuições dos Gêneros Textuais para o Ensino

Aprendizagem

Autora: Edinéia Aparecida da Silva Rosa (FCSGN) * Co-Autor: Juliano Ciebre dos Santos (FSA) *

Resumo:Esta pesquisa foi desenvolvida numa escola da rede municipal no município de Matupá, tem como objetivo conhecer se os professores trabalham de forma concreta com os gêneros textuais em sala de aula, e se os alunos compreendem sobre gêneros e tipos textuais. Levando em consideração que toda sociedade letrada ou não, se comunica através dos mesmos, independente do conhecimento que utiliza na leitura de um texto e na construção dos significados, considerando que cada leitor constrói os significados, relacionados a seus interesses, valores e outros. Sendo assim este trabalho tem como propósito analisar se os professores utilizam dos diferentes gêneros textuais no seu trabalho em sala de aula de forma concreta, contribuindo para que os alunos aprendam e ou melhorema leitura,bem como reconhecer os mais diversificados gêneros textuais, dos tipos textuais. Sendo que os mesmo possuem suas formas e estrutura composicional. Neste sentido será que os alunos analisam e reconhecem os mesmo de acordo com sua composição. Em lócus percebe-se que esta pratica de ensino é pouco efetiva dificultando a aprendizagem, esta precisa de melhorias e incentivos pedagógicos para a concretização do ensino aprendizagem.

Palavras-chave: Textos; Ensino-Aprendizagem; Informação.

1. INTRODUÇÃO

A temática em discussão funda-se na busca da compreensão ao motivo dos quais os alunos não reconhecerem e distinguirem os diferentes gêneros e tipos textuais, por mais que esses sejam visto no decorrer das aulas e no seu dia a dia. No ensino de língua portuguesa o gênero tem um lugar primordial para a construção do ensino aprendizagem. Quando trabalhamos utilizamos os textos para ensinarmos aos alunos não só a ler, mas entender e interpretar os

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Edinéia Aparecida da Silva Rosa, Licenciado em Letras (FAF, Alta Floresta-MT, 2011), Especialista em Linguística Aplicada à Língua e Literatura. Atualmente docente do ensino fundamental e médio, na Escola Municipal Santo Antônio e Estadual Senador Jonas Pinheiro. Cep: 78525-000. emsantoantonio_anexa@hotmail.com / MTP.EE.Jonas.Pinheiro@seduc.gov.br

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Juliano Ciebre dos Santos , Licenciado em Informática pela Fundação Santo André (FSA, Santo André-SP, 2004), Especialista em Informática aplicada à Educação e Mestre em Educação Desenvolvimento e Tecnologias pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS, São Leopoldo-RS, 2008). Atualmente docente do ensino superior na Faculdade de Ciências Sociais de Guarantã do Norte-MT, Rua Jequitiba, nº 40, Jardim Aeroporto. Cep.: 78520-000. E-mail: jciebres@gmail.com. Maio de 2013.

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2 mesmos, levando os alunos a pensar, agir e compreender suas estruturas e utilização na sociedade e para a sociedade.

Neste contexto trabalhamos com os mais variados assuntos que fluem na sociedade, relacionado às diferenças e semelhanças existentes. Cabe ao professor promover em sala de aula diferentes situações de ensino, de modo que o aluno amplie seu universo cultural e aprimorar suas capacidades de uso da linguagem, propiciando aos alunos contato com os textos que efetivamente circulam em nossa sociedade.

Este trabalho deve ser pautado no diz respeito à aprendizagem dos mesmos onde o educador possa levar os alunos a classificar os gêneros de circulação como também os menos usuais, bem como produzir estes considerando o seu publico leitor.

Além de ampliar seu conhecimento e aprimorar as discussões em torno dos gêneros e tipos textuais, devemos criar para os alunos uma ocasião de refletir, discutir e fazer que estes momentos sejam prazerosos colocando em jogo o prazer pelas atividades de linguagem. E com base nesta consideração procura-se trazer a tona os conhecimentos sobre os gêneros textuais procurando desenvolver um trabalho de acordo com as necessidades de cada série/ano final, lembrando sempre que independente da série umas, terá maior rendimento como também, entendimento de determinado tema. Esse trabalho de reconhecimento de gêneros pode ser empregado em qualquer disciplina só depende da vontade do educador e devem ser utilizados os gêneros de maior circulação do dia-a-dia do aluno.

Procurou-se com esta pesquisa analisar o trabalho de diferentes profissionais da educação, a fim de encontrar respostas que justifiquem o porquê de muitos alunos saírem do ensino fundamental sem distinguir as formas e funções de cada gênero ou tipos textuais como também saberem produzir os mesmos.

2. GÊNEROS E TIPOS TEXTUAIS NO CONTEXTO ESCOLAR

Para se trabalhar bem os gêneros textuais deve se desenvolver nos alunos comportamentos de leitores, instigar, colocar em jogo os conhecimentos sobre a leitura e escrita e considerar as características dos mesmos. Procurando não só contar com o conhecimento prévio do aluno, mas trabalhar com tais dificuldades em relação à classificação dos gênero textuais. trabalho com base na compreensão dos gêneros textuais em sala de aula é importante que o professor tenha consciência de que um texto não se dá apenas pela significação das palavras e frases.

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3 Deve-se considerar a situação em que o texto foi produzido, de acordo com o conhecimento de mundo dos alunos. Há de atender a situação em que o texto foi produzido, analisar as inferências que se podem apresentar a partir do que se conhece.

Para Caldas (2011), trabalhar os gêneros textuais em sala de aula é uma excelente oportunidade de se lidar com a língua nos seus mais diversos usos do cotidiano. Se a comunicação se realiza por intermédio dos textos, deve-se possibilitar aos estudantes a oportunidade de produzir e compreender textos de maneira adequada a cada situação de interação comunicativa. Quando o produtor e leitor compreendem as informações expressas no texto às mesmas se interagem.

Para isso o professor deve levar para a sala textos distinto, fazendo com que o aluno perceba a forma como está sendo transmitida determinada informação e qual a sua função. E levar o aluno reconhecer para depois poder produzir determinado gênero, fazendo-o compreender a situação comunicativa de cada um, considerando os conhecimentos do aluno em relação ao mesmo.

Assim como as situações sociais são diversas, os gêneros textuais são ilimitados estes procuram atender as diferentes situações e intenções comunicativas. E ao entrar em contato com este mundo de textos diversos constrói-se sentido.Para (Koch e Elias) a leitura é, pois, uma atividade interativa altamente complexa de produção de sentidos, que realiza evidentemente com base nos elementos linguísticos presentes na superfície textual e na forma de organização, mas requer a mobilização de um vasto conjunto de saberes no interior do evento comunicativo.

Para isso torna-se necessário que o leitor conheça as diferentes formas de leitura para que a mesma faça sentido e estabeleça uma interação autor texto-leitor, a leitura exige muito de cada pessoa, pois cada um deve ter determinado conhecimento linguístico para que tais gêneros sejam evidentemente lidos e compreendidos, devemos trabalhar os mesmos a partir das leituras, debates e até mesmo uma revisão da escrita. Estas diferentes formas de realizar leitura de gêneros levam a melhorar o trabalho em sala, e na vida do educandoeste deve ser pautado de uma breve reflexão, ao inicio da leitura feita por prazer, fazendo inferências a respeito de determinado gênero, realizando e construindo conhecimentos diversificados. Na área da linguagem se trabalha com conteúdos distintos. Empregando diferentes textos/gêneros, nas mais variadaslinguagem no entanto é necessário que o aluno consiga diferenciar reconhecer os mesmos formando seus devidos conceitos para que o mesmo a partir

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4 deste trabalho possa produzir cada gênero e ou tipo textual de forma correta.Sendo que todo texto apresenta algo de igual e também algo de diferente, mas cabe ressaltar que cada gênero possui uma identificação que depende um conjunto de fatores, não só um.

2.1 AS DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS ENTRE GÊNEROS E TIPOS TEXTUAIS. Os gêneros textuais são textos que constituem diferentes situações linguísticas, e o uso dos mesmos leva a indagar os alunos a respeito da estrutura e composição textual, sendo que cada texto se realiza dentro de um gênero textual.

Neste sentido vale considerar que diversos gêneros constituem formas relativas, englobando os conteúdos temáticos estilo e composição, muitos dos gêneros são heterogêneos com características familiares.

Os gêneros textuais, orais e escritos, estão intimamente relacionados com o caráter sociodiscursivo e históricos da língua. Eles realizam-se através de enunciados pelos quais os interactantes apresentam formas típicas de se dirigir e de agir verbalmente. (ROSA, 2007, p.13).

Os gêneros de circulação são caracterizados por suas funções comunicativas e também reconhecido através das competências metagenérica ou sociocomunicativas dos seus leitores ou ouvinte. E esses são objetos que circulam diariamente na vida de qualquer ser humano podendo ser alfabetizado ou não, e amplamente distinguido por seu campo comunicacional. Toda comunicação se realiza através de textos e não de palavras ou frases, onde estas que compõe o mesmo. O texto produz significados em determinados contextos, os significados estão ligados intimamente ao conhecimento de mundo que cada um de traz, e através do estudo dos textos pode-se melhorar o conhecimento na atuação linguística.

Sabemos que pela linguagem o homem demonstra seus pensamentos, e para cada situação utiliza uma linguagem diferenciada de acordo com o lugar onde está inserido utilizando a linguagem coloquial ou informal. Cada enunciado produzido pelo homem tanto escrito quanto oral apresenta uma característica fazendo que cada um determine os gêneros, levando em consideração, o lugarsocial, os objetivos, e os papéis dos participantes nas mais diversas formas. Onde cada gênero textual referiu-se a uma linguagem específica

Cada gênero textual tem um propósito bastante claro que o determina e lhe dá uma esfera de circulação. Alias esse será um aspecto bastante interessante, pois todos os

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gêneros têm uma forma e uma função, bem como um estilo e um conteúdo, mas sua determinação se dá basicamente pela função e não pela forma. (MARCUSCHI, 2008, p. 150).

Os gêneros possuem um propósito bastante eficaz tendo um meio de circulação e atuação. Sendo que independente da forma ele produz uma função autônoma, mas toda com a intenção de instruir com ordens comunicativas procurando atingir determinado público com um objetivo determinado. Seja qual for, deve ser lido, entendido e analisado para poder caracterizar a linguagem usada, considerando que esses não se caracterizam necessariamente através de sua forma.

Os tipos textuais mais frequentes em sala de aula são: descrição, narração e dissertação. Como os gêneros eles não são puros possuem nos mesmos uma predominância de outros, pouco se fala dos injuntivos e preditivos, por mais que esses façam parte de nossa comunicação linguística em nosso dia a dia.Os tipos textuais são mais facilmente reconhecidos pela maneira de organizar suas ideias, destacando as classes gramaticais, forma e função.

Usamos a expressão tipo textual para designar uma espécie de sequência teoricamente definida pela natureza linguística de sua composição (aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas). Em geral os tipos textuais abrangem cerca de meia dúzia de categorias conhecidas como: narração, argumentação, exposição, descrição, injunção. Usamos a expressão gêneros textual como uma noção propositalmente vaga para referir os textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentam características sociocomunicativas definidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilos e composição características. Se os tipos textuais são apenas meia dúzia, os gêneros são inúmeros. (MARCUSCHI, 2010, p. 26).

Essa definição ajuda o professor compreender e ensinar a função de um determinado gênero sendo que esse modelo de distinguir os gêneros pouco está sendo utilizado por professores. Os tipos de gênero textuais mais conhecidos por nossos alunos eram as descrições, narrações e dissertação e hoje se engloba outras a argumentação e a injunção.

Na realidade a fala e a escrita estão muito relacionadas e uma depende da outra, mas quando temos que transferir a fala para a escrita necessita-se muito de definir e saber como se redigir determinados textos, ou seguir um padrão de escrita como o formal.

A forma de produção antes utilizada pelos professores não levava os alunos a produzir textos para a vida. Os alunos não tinham segurança quando redigiam e nem perspectiva de leitores, nem objetivos claros, não faziam uma reflexão sobre o que expunha no papel. Hoje temos

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6 várias formas de comunicação, bem como diversos gêneros, tipos de textos em circulação, que deve desenvolver nos alunos procedimentos de leitores escritores. E a forma mais adequada para se produzir bem é realizar leituras constantes independente do gênero ou tipo textual.

Deve-se motivar o aluno a participar mais de leituras e exposição de ideias a partir de temas ou textos lidos, como também relatar fatos corriqueiros e da realidade citados em jornais e outros. E assim ensinar que todos possuem uma finalidade e um veículo de circulação. Deve ser utilizado com uma leitura ou utilizando o áudio, e aproveitando para uma produção, destacando o que se escreve, e quem será seu possível leitor.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apartir desses estudos e observações percebeu-se que o ensino com gêneros em sala de aula se dá forma pouco concreta, o processo de ensino de linguagem está pouco pautado e planejado a partir dos usos sociais dos gêneros textuais, onde este bem trabalhado leva o aluno a desenvolver suas capacidades cognitivas.Neste sentido percebe-se que os alunos não sabem diferenciar os gêneros dos tipos textuais, pois não se trabalha com os mesmos como objeto de ensino-aprendizagem, dando embasamento para que os mesmos se apropriem das diferenças e semelhanças existentes tendo a oportunidades de construir e reconstruir os mesmos.Segundo Grossi (2009, p. 8), há professores que ainda abordam com a garotada as características dos gêneros sem, contudo propor a leitura e escrita de cada um deles nas situações em que aparecem em nosso dia-a-dia.

Como sabemos, sempre temos que incentivar os nossos alunos a ler, escrever e produzir, pois temos muitos alunos que não lêem com atenção, e ao trabalhar com gêneros não devemos somente conceituar as características, devemos ler textos diversos abordando o tipo e gênero estudado bem como produzindo, com uma finalidade assim motiva o aluno, pois temos diferentes alunos numa mesma classe. Onde alguns podem ter dificuldade com tais tarefas. Este tipo de ensino não leva o aluno a expandir seu conhecimento, simplesmente priva de saber identificar que gênero mais utiliza em seu cotidiano e sua função. Devido a isso muitos discentes chegam ao ensino médio sem saber reconhecer e produzir os gêneros/tipos textuais, pois com estes não foi realizado um trabalho efetivo.

A partir da observação feita percebe-se que o ensino não está realmente acontecendo, o ideal seria que as escolas/professores se preparassem para ensinar aos alunos os conteúdos de forma

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7 diversificada, utilizando recursos visuais, com figuras, questionários, músicas e outros, e a partir desse a escrita. Os professores precisam planejar suas aulas priorizando o ensino com gêneros textuais para que os alunos desenvolvam tanto a escrita como a interpretação e produção, este trabalho contribui para que os alunos não só os conheça, mas que possa empregar os mesmos nas variadas situações.

3. REFERÊNCIAS

CALDAS, Lilian Kelly. Trabalhando tipos/gêneros textuais em sala de aula: uma estratégia didática na perspectiva da mediação dialética. São José do Rio Preto:

IBILCE/UNESP. Disponível em: http://alb.com.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores

/anais16/sem03pdf/sm03ss16_09. pdf. Acesso em 15 mar. 2011

KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender os sentidos do texto. 3ª ed. São Paulo: Contexto, 2010.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros Textuais: Definição e funcionalidade. In: DIONISIO, Ângela Paiva; MACHADO, Anna Rachel; BEZERRA, Maria Auxiliadora (Orgs.). Gêneros Textuais & Ensino. São Paulo: Parábola, 2010.

Referências

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