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Popular Objectivo Rendimento 2015 Fundo de Investimento Alternativo Aberto de Obrigações

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

1º Semestre 2015

do

Popular Objectivo Rendimento 2015

Fundo de Investimento Alternativo Aberto de

Obrigações

(anteriormente designado como Fundo Especial de Investimento

Aberto Não Harmonizado)

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Relatório de Gestão

Enquadramento Macroeconómico

O mês de Janeiro foi um período em que os índices accionistas europeus valorizaram bastante mais do que os restantes devido à divulgação do plano de apoio à economia (QE) por parte do Banco Central Europeu. Assistiu-se à estabilização do preço do petróleo por volta dos 48$. Em Portugal, o destaque vai para a Portugal Telecom que teve uma queda mensal de -26,97%. Num mês em que a Polícia Judiciária fez buscas na sede da PT SGPS, investigando o investimento de € 900 milhões na Rio Forte, que em 2014 entrou em incumprimento. A empresa fez mínimos históricos antes da segunda assembleia geral, onde se confirmou, com larga maioria, a venda da operação em Portugal à Altice. O BPI apresentou os números de 2014 nos quais obteve um prejuízo anual de -€ 161,6 milhões, em consequência do impacto negativo de -€ 246,3 milhões, por resultados não recorrentes. Na Europa, assistimos ao regresso do terrorismo pelos tristes acontecimentos ocorridos em França. A Grécia continuou a ser tema de preocupação nos mercados pela incerteza que gerou a sua instabilidade política e mais se acentuou quando o Syriza ficou a dois deputados da maioria absoluta. Já se esperava uma vitória, mas não tão expressiva. O Banco Central Europeu (BCE) agiu de acordo com as expectativas e manteve a taxa de juro directora no mínimo histórico de 0,05%, bem como a Taxa de Depósitos negativa (-0,2%), com o objectivo dos bancos financiarem a economia ao invés de depositarem dinheiro no Banco Central. Em conferência de imprensa, o presidente Mario Draghi anunciou, como era esperado, um plano para revitalizar a economia europeia (QE), para isso a entidade iniciou um programa de compras de € 60 mil milhões mensais em activos a partir de Março, programa esse que deverá durar até Setembro de 2016. Assim sendo, o montante total do programa de Quantitative Easing deverá rondar os € 1,1 biliões de euros. Nos EUA tivemos a revelação das actas da reunião da Reserva Federal, que tinha ocorrido no dia 17 de Dezembro. Ficou evidente que um possível aumento da taxa de juro de referência só deveria acontecer depois de Abril, altura da 3ª reunião de 2015. Este dado impulsionou de certa forma não só os mercados nos EUA, como no resto do mundo. Foi também o início da apresentação de resultados de 2014 que ficou marcada pelos fracos valores da JPMorgan, do Bank of America, do Citigroup e da Goldman Sachs. A justificação da queda dos resultados do sector bancário esteve relacionada com a queda nos resultados das receitas de trading, nomeadamente, nos produtos de renda fixa.

O mês de Fevereiro foi um período em que os índices accionistas europeus valorizaram pelo segundo mês consecutivo, antecipando assim o efeito do plano de apoio à economia (QE) por parte do Banco Central Europeu e o facto da aparente resolução da crise grega. Em Portugal, o BCP apresentou resultados. O seu resultado líquido consolidado anual foi de -€ 217,9 milhões, o que representou uma melhoria de 70,6% face a 2013. A Galp também apresentou resultados referentes a 2014, a petrolífera obteve um lucro de € 373 milhões, mais 20% do que no ano anterior. O CaixaBank apresentou um anúncio preliminar de oferta de aquisição das acções do BPI, propondo-se pagar € 1,329/acção. Na Europa, o tema principal em discussão foi a situação grega. Num primeiro momento houve uma moderação nos discursos, tanto do ministro das finanças, como do primeiro-ministro grego, o que de certa forma acalmou os mercados. De seguida estas duas individualidades tiveram algumas reuniões com várias personalidades da Zona Euro para debater a forma de ultrapassar a situação de grave crise que a Grécia atravessa, sendo a mais importante, com o

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ministro das finanças alemão, que aparentemente não levou a nenhuma conclusão. Seguiram-se reuniões do Eurogrupo no qual se chegou a um acordo para o alargamento do prazo dos empréstimos por mais 4 meses. Relativamente ao conflito no Leste da Ucrânia foi obtido um cessar-fogo entre as partes, que teve o seu início a 15 de Fevereiro. Nos EUA foram divulgados alguns dados económicos menos positivos, nomeadamente, as encomendas às fábricas que caíram mais do que o esperado. Foi conhecida a 2ª estimativa do PIB do 4º trimestre de 2015, que aponta para um crescimento de 2,2% (em termos anualizados), ritmo inferior ao preliminarmente antecipado (2,6%), mas, ainda assim, superior aos 2% projectados pelos analistas. A Apple tornou-se na primeira empresa com uma capitalização bolsista acima dos $ 700 mil milhões. A gigante tecnológica encerrou numa sessão a valer $ 710,7 mil milhões.

No mês de Março os índices accionistas voltaram a valorizar, no mês em que foi iniciado o plano de apoio à economia (QE) por parte do Banco Central Europeu, sendo o terceiro mês consecutivo de valorizações para esta classe de activos. Em Portugal, os CTT reportaram um crescimento nos lucros, em 2014, de 26,5% para os € 77,2 milhões, a Administração anunciou ainda uma alteração da política de dividendos, passando a ter como objectivo um crescimento estável e sustentado dos dividendos a distribuir pela empresa (ao invés de um payout mínimo de 90% do lucro distribuível apurado no exercício). A segunda maior accionista do BPI, a empresária Isabel dos Santos, propôs que se iniciassem conversações entre o BPI e o BCP com vista a uma fusão. Na Europa, o Dax, não só ultrapassou, como fechou acima dos 12 mil pontos pela primeira vez na sua história. Na segunda reunião de 2015 o presidente do BCE, Mario Draghi, reviu em alta as perspectivas de crescimento económico para a Zona Euro. O Quantitative Easing da Zona Euro iniciou-se no dia 9 de Março com a aquisição de activos alemães, italianos, belgas, espanhóis e franceiniciou-ses. O presidente do BCE afirmou que este programa de compra de activos pode vir a estender-se para lá de Setembro de 2016, se necessário. A Arábia Saudita liderou uma coligação de 10 países, na sua maioria de países muçulmanos sunitas, que iniciaram o bombardeamento aos rebeldes xiitas Houthis, que se têm insurgido no Iémen, numa tentativa de parar a proliferação da influência iraniana na sua fronteira a Sul. Nos EUA o índice S&P 500 atingiu máximos históricos, tendo o índice Nasdaq Composite ultrapassado os 5000 pts pela primeira vez em 15 anos. Todas as 31 instituições financeiras dos EUA, avaliadas nos stress tests da Fed, passaram a barreira mínima de 5% para o seu rácio de capital de activos ajustados pelo risco. Na reunião da Reserva Federal foi anunciado, sem surpresas, a manutenção das taxas de juro no mínimo histórico de 0,25%, o que mereceu a unanimidade entre os 10 membros. Também indo ao encontro do esperado, a FED abandonou do seu discurso a palavra “paciente”. No entanto, Janet Yellen referiu que essa retirada não significa que será “impaciente”. De fora está um aumento da taxa de juro de referência já na próxima reunião, mas na seguinte em Junho, a presidente da Fed disse que não pode rejeitá-lo.

O mês de Abril ficou marcado pela correcção em alguns dos principais índices accionistas europeus, quebrando assim o comportamento do primeiro trimestre de 2015. Na base desta reversão estiveram os maus dados macroeconómicos dos EUA, que demonstravam uma quebra maior do que a esperada da economia norte americana e a situação na Grécia que não teve nenhum avanço significativo, numa altura em que o tempo escasseava para obtenção de algum acordo. Na Europa, os mercados foram influenciados de forma positiva no início do mês pelos comentários, tanto da FED, como do Banco Central Chinês. A primeira afirmou que espera que o aumento das taxas ocorra de forma gradual e sem um “caminho” previsível, enquanto o segundo referiu que o governo chinês ainda tem margem para estimular mais a economia. Os índices DAX e Stoxx 600 atingiram máximos de sempre. A transportadora holandesa TNT

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Express concordou em ser adquirida pela norte-americana FedEx por € 4,4 mil milhões. A Nokia, se adquirir a Alcatel-Lucent por € 15,6 mil milhões, criará a maior fornecedora de equipamentos para redes móveis do mundo. Em Portugal, o destaque foi o comportamento da Galp que nesse mês obteve uma valorização de 21,11%.Esta valorização foi consequência dos bons resultados, onde obteve um crescimento de 157% em termos homólogos, e da aquisição por parte da Shell da BG (British Gas) por cerca de £ 47 mil milhões, transformando-se assim no maior negócio da indústria energética da última década. A empresa britânica adquirida é um dos parceiros da Galp no consórcio no Brasil. A Jerónimo Martins também teve um bom comportamento com um ganho mensal de 11,32%, muito devido aos resultados, onde registou um crescimento de receitas de 9,4% em termos homólogos, no 1º trimestre de 2015, atingindo € 3,19 mil milhões, acima dos € 3,12 mil milhões esperados pelos analistas. Nos EUA o destaque vai para os dados macroeconómicos que foram maioritariamente decepcionantes ao longo do mês, dado que a Economia criou menos empregos do que o esperado, gerando 126.000 novos empregos em Março, uma queda de 52% em relação a Fevereiro. No sector imobiliário as licenças de construção caíram -5,7%, quando era esperado que esse valor fosse de apenas -1,9%. Já as casas em início de construção subiram 2%, bastante abaixo do valor esperado, +15,9%, e o PIB do 1º trimestre de 2015 ficou muito aquém do esperado, 0,2% vs 1% estimados. A Reserva Federal norte-americana deixou em aberto a possibilidade de começar a aumentar os juros no 2º semestre deste ano. A Apple voltou a bater as estimativas no que toca aos seus resultados trimestrais.

O mês de Maio foi marcado pela correcção em alguns dos principais índices accionistas europeus. Em consequência das indefinições por parte da Grécia, dos resultados das eleições regionais em Espanha e dos resultados macroeconómicas dos EUA que não demonstram consistência em torno do crescimento. Na Europa, ocorreram eleições no Reino Unido, cujo resultado foi uma maioria absoluta dos Conservadores. As eleições regionais em Espanha deram ao PP o pior resultado em 24 anos, sendo a novidade o resultado dos novos partidos, com o “Podemos” a conseguir a vitória em Barcelona e com possibilidade de governar Madrid em coligação com o PSOE. Estas eleições foram vistas como indicadoras para as próximas eleições legislativas no final deste ano. Quanto à situação na Grécia, apesar de muitas “ameaças” de um acordo eminente entre as partes, nada foi realmente concretizado. O único facto efectivo foi o pagamento por parte do governo Grego ao FMI de € 750 milhões, que se venceram, no entanto cerca de € 650 milhões já se encontravam no Fundo Monetário Internacional, alocados à quota de emergência do país no fundo. A Grécia deverá agora ter de repor esse montante num curto prazo de tempo. Surgiram notícias de que a Ahold e a Delhaize estariam em conversações iniciais sobre uma possível fusão. Em Portugal, o destaque foi para a apresentação de resultados das empresas. Pela positiva tivemos a EDP Renováveis que reportou uma subida de 7% nos lucros do 1º trimestre, para os € 70 milhões. A NOS obteve um lucro de € 23,2 milhões, também no mesmo período, e o Banif obteve um lucro de € 6,5 milhões. O CEO da instituição, Jorge Tomé, revelou que há vários investidores interessados em tomar posições relevantes no capital da empresa. Pela negativa a Mota-Engil obteve uma quebra nos lucros do 1º trimestre de -53,7% para os € 3,4 milhões. Quanto às receitas, estas caíram -0,9% para os € 483 milhões, e o EBITDA tombou -13,5% para os € 65,5 milhões. A Balança Comercial registou um aumento do défice comercial para $ -51,4 mil milhões. A influenciar este registo esteve a subida de 7,7% nas importações. Em consequência de dados menos consistentes da economia, o que afastou uma subida de taxas de juros pelo menos para já, o S&P 500 renovou máximos históricos. A Verizon concordou em adquirir a AOL, num negócio avaliado em cerca de $

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4,4 mil milhões. A Netflix está a ter conversações com a Wasu Media sobre a possibilidade de entrar no mercado de vídeos online da China, avaliado em cerca de $ 5,9 mil milhões.

O mês de Junho teve um comportamento idêntico ao mês de Maio, mas com quedas mais fortes, principalmente nos mercados europeus. O motivo deste comportamento continuou a ser a situação na Grécia, sem fim à vista. Ao longo do mês houve a ideia de que a obtenção de um acordo estaria próximo, algo que não se concretizou. Na Europa, a Zona Euro voltou a registar Inflação, algo que já não se verificava desde Novembro do ano passado. O registo de variação homóloga dos preços foi de 0,3%, superando mesmo os 0,2% antecipados pelo mercado. Da reunião do BCE é de ressalvar, que Mario Draghi disse que o Quantitative Easing está a “correr bem” e que se irá manter até que se atinja um nível sustentado de inflação. Relativamente à situação na Grécia não houve a obtenção de um acordo, o que levou ao não pagamento por parte da Grécia ao FMI no final do mês de Junho, de uma prestação vincenda de 3.6 mil milhões de euros. As posições extremaram-se mais e o seu auge foi atingido com a decisãode marcação de um referendo com resultado imprevisível. As cadeias de supermercados Ahold e Delhaize com operações concorrentes na área do Benelux e nos Estados Unidos chegaram finalmente a acordo pela qual a primeira vai comprar a rival por 9,32 mil milhões de euros. Os accionistas da Delhaize recebem 4,75 acções da Ahold por cada acção detida. Em Portugal a Mota-Engil, a Ascendi e a Ardian chegaram a um acordo para o estabelecimento de uma parceria para o desenvolvimento de parte da rede de auto-estradas geridas pela ASCENDI em Portugal. A SUMA, participada da Mota-Engil para o sector do ambiente, ganhou um contrato em Omã, num valor a rondar os € 67,6 milhões. A Portugal Telecom mudou de nome para Pharol, SGPS e teve nos dias seguintes fortes desvalorizações. Os accionistas do BPI, em nova sessão da Assembleia Geral, decidiram pela não aprovação do fim da limitação de direitos de voto a 20% presentes nos estatutos daquele banco. Posteriormente, em comunicado à CMVM, o CaixaBank informou ter desistido do registo da sua oferta pública de aquisição (OPA) sobre as acções do BPI, anunciada no passado dia 17 de Fevereiro. Surgiram rumores de que a venda do ActivoBank estará já numa fase final, com os CTT, o Banco Popular e o Atlântico Europa como potenciais compradores.Nos EUA assistimos à reunião da FED na qual, sem surpresas, foi mantida a taxa de juro directora em 0%-0,25%. Sobre a subida de juros, o comité antecipou que o mais apropriado seria fazê-lo quando se verificarem novas melhorias no mercado de trabalho e houver relativa confiança de que a inflação de médio prazo consiga aumentar para um patamar perto dos 2%. Foi divulgada a terceira estimativa do PIB que confirmou uma contracção de -0,2% no 1º trimestre de 2015, quando a 1ª projecção apontava para uma contracção de -0,7%. A Nike divulgou os resultados relativos ao 4º trimestre fiscal de 2015 que superaram as estimativas do mercado. O resultado líquido cresceu 24% para os $ 865 milhões.

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Actividade do Fundo

O Fundo iniciou a sua actividade em 15 de Outubro de 2012, como um Fundo Especial de Investimento (FEI) Aberto. De acordo com o respectivo Prospecto Completo, o Fundo visa proporcionar aos investidores o acesso a uma carteira de investimento, cujo património será aplicado, em obrigações emitidas por estados soberanos ou entidades supranacionais, obrigações hipotecárias, obrigações sobre o sector público e obrigações emitidas por uma instituição financeira sediada num estado membro da União Europeia, ao abrigo do Decreto-Lei nº59/2006, de 20 de Março. O Fundo visa ainda proporcionar aos seus participantes o recebimento anual de um capital. Assim, será permitido aos participantes o resgate isento de comissão, até ao montante correspondente a 4,5% do número de UP´s detidas à data do pedido de resgate nos períodos de 28 de Junho a 05 de Julho de 2013, de 30 de Junho a 07 de Julho de 2014 e de 30 de Junho a 07 de Julho de 2015. Fora das referidas datas também é possível resgatar, mas com cobrança de uma comissão de resgate de 5%.

Em 30 de Junho de 2015, o património do Fundo encontrava-se já investido de acordo com o que foi referido acima para a sua aplicação e a composição do Fundo apresentava-se repartida pelas seguintes classes de activos:

Volume sob Gestão, Nº Up´s em circulação e valor da UP

O património do Fundo, a 30 de Junho de 2015 era de 2,17 milhões de euros. O número de participantes era de 169.

O quadro seguinte apresenta o volume sob gestão, o número de unidades de participação e o respectivo valor unitário, verificado no final do ano da constituição do Fundo.

Final Volume sob Gestão € Nº. Ups Valor UP € 1º Sem 2015 2.167.266 415.210,65 5,2197

2014 2.219.501 422.897,82 5,2483

2013 2.418.167 439.748,40 5,4990

2012 2.431.490 478.078,97 5,0860

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Nos gráficos seguintes poderá ser observada a evolução do valor da UP e a evolução do Volume sob Gestão:

Rendibilidade1 e Risco

A evolução da rendibilidade e risco do Fundo, por ano civil completo desde a sua criação, foi a que a seguir se indica. O valor da UP utilizado para o cálculo das rendibilidades corresponde ao valor divulgado no último dia útil dos períodos mencionados.

Ano Rendibilidade Risco

12 Meses -5,46% 3

2014 -4,56% 3

2013 8,12% 4

Toda a informação relativa ao Fundo encontra-se nos respectivos prospectos, os quais se encontram disponíveis em todos os locais de comercialização do Fundo (balcões e site do Banco Popular) e no site da CMVM.

Factos relevantes ocorridos durante o semestre

Não ocorreram factos relevantes durante o semestre.

Factos relevantes ocorridos após o termo do semestre

O Fundo será liquidado em 29 de Outubro de 2015. No vencimento os participantes obterão o capital correspondente ao valor inicial da unidade de participação para efeitos de constituição do Fundo (5 euros), adicionado ou subtraído de eventuais ganhos ou perdas de capital e rendimentos obtidos pelo Fundo. A partir de 1 de Julho passou a vigorar o novo regime fiscal dos fundos de investimento, a partir do qual estes deixam de ser tributados, passando esse ónus para a esfera do participante, aquando da realização do resgate.

1

As rendibilidades divulgadas representam dados passados, não constituindo garantia de rendibilidade futura, porque o valor das unidades de participação pode aumentar ou diminuir em função do nível de risco que variava entre 1 (risco mínimo) e 7 (risco máximo).

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Evolução previsível da actividade do Fundo

Após a aparente resolução da situação Grega, deverá haver uma redução da volatilidade nos mercados accionistas europeus e internacionais. Esperemos que a forma como a crise Grega foi resolvida venha a ter um impacto positivo, dado que fundamentais da Europa têm vindo a melhorar ao longo do ano e é expectável que haja continuidade dessa tendência.

Nos EUA a grande incógnita é saber quando irá ser a subida de taxa de juro de referência, que segundo a Reserva Federal Americana deverá ocorrer ainda este ano. Contudo tudo dependerá da evolução dos dados macroeconómicos ao longo do 2º semestre do ano. A acontecer, esse facto não deixará de ser um bom indicador para os mercados, uma vez que será a consequência da recuperação económica efectiva. Na China, e apesar da recente turbulência no mercado accionista interno, com resolução aparente, deverá assistir a um crescimento anual perto dos 7%, em linha com o previsto, facto que não deverá decepcionar os mercados.

Em suma, esperamos assistir a um segundo semestre positivo apesar dos três principais blocos económicos se situarem em diferentes fases do ciclo económico, contudo com contributo positivo em todos eles.

Custos e Proveitos do Fundo

No quadro seguinte estão indicados os custos e proveitos do Fundo, bem como as principais rubricas de comissões, com referência a 30 de Junho de 2015.

2012 2013 2014 1º Sem. 2015

Custos 86.603 186.918 442.369 74.446

Proveitos 127.808 377.715 335.113 62.504

Comissão suportada pela OIC

Comissão de Gestão 3.804 18.474 17.467 8.190

Comissão de Depósito 1.522 7.389 6.987 3.276

Comissão Carteira Títulos - - - -

Taxa de Supervisão 600 - 2.400 1.200

Comissão suportada pelos participantes

Comissão Subscrição / Resgate 303 9.920 4.343 2.015

O Fundo suporta todas as despesas relativas à compra, venda e outras operações de activos por conta do Fundo, encargos legais e fiscais, bem como a taxa de supervisão e os relativos aos honorários do Auditor do Fundo que sejam devidos por força da legislação em vigor, conforme definido no prospecto do Fundo.

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No quadro seguinte apresenta-se a demonstração do património em 30 de Junho de 2015: Montante (euros) Valores Mobiliários 2.081.088 Saldos Bancários 68.766 Outros Activos 31.474 Total Activos 2.181.328 Passivo 14.062

Valor liquido do Inventário 2.167.266

O quadro seguinte apresenta-se a demonstração dos activos por % do Activo em 30 de Junho de 2015:

Nome ISIN Montante % Act liquido

Gencat 3,875 15/09/15 ES0000095861 326.566 14,97% Cgd 8 28/09/15 PTCG32OM0004 405.100 18,57% Sglt 0 18/09/15 ES0L01509188 299.979 13,75% Btps 3,75 01/08/15 IT0003844534 300.915 13,80% Sapec Agro Sa PTS61CJM0001 100.000 4,58% Pc Sapec Portugal PTS1PDJM0005 98.798 4,53% Pc Pestana 10/15 PTG14CJM0003 100.000 4,58%

Pc Sonae Ind. 94ª Em. PTSO11JM0016 150.000 6,88%

Pc Sag Gest Sgps 2ª Em. PTSA9UJM0004 99.730 4,57%

Pc Esporão Sa 8ª Em. PTFI14JM0008 200.000 9,17%

Montantes de entradas e saídas de 31 de Dezembro de 2014 a 30 de Junho de 2015:

titulos Entradas Saidas

Obrigações - 524.873

Composição discriminada da carteira do Fundo:

A composição descriminada da carteira encontra-se na nota 3 do anexo às demonstrações financeiras.

Lisboa, 30 de Julho de 2015

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Demonstrações Financeiras

(e m eu ro s ) C Ó D IG O A C T IV O A C T IV O M E N O S -V A L IA S A C T IV O 3 0 .0 6 .2 0 1 4 C Ó D IG O P A S S IV O 3 0 .0 6 .2 0 1 5 3 0 .0 6 .2 0 1 4 B R U T O M A IS -V A L IA S E P R O V IS Õ E S L IQ U ID O C A R T E IR A D E T ÍT U L O S C A P IT A L D O O IC 2 1 O b ri g a ç õ e s 1 3 1 3 0 6 2 4 7 2 1 3 2 7 7 1 5 1 3 3 2 5 6 0 2 3 3 1 1 4 4 6 1 U n id a d e s d e P a rti c ip a ç ã o 2 0 7 6 0 5 3 2 1 5 2 2 4 0 2 6 O u tr o s In s tr u m e n to s D ív id a 7 4 8 5 2 8 7 4 8 5 2 8 6 2 V a ri a ç õ e s P a tr im o n ia is - 2 1 5 9 1 - 1 7 8 2 9 T O T A L D A C A R T EI R A D E T ÍT U LO S 2 0 6 1 5 9 0 4 7 2 1 3 2 7 7 1 5 2 0 8 1 0 8 8 2 3 3 1 1 4 4 6 4 R e s u lta d o s T ra n s ita d o s 1 2 4 7 4 6 2 3 2 0 0 2 6 5 R e s u lta d o s D is tr ib u id o s 6 6 R e s u lta d o s L íq u id o s d o P e rí o d o - 1 1 9 4 2 1 2 1 2 3 T E R C E IR O S T O T A L D O C A P IT A L D O O IC 2 1 6 7 2 6 6 2 3 7 8 5 3 6 4 1 8 C o n ta s d e D e v e d o re s P R O V IS Õ E S A C U M U L A D A S T O T A L D O S VA LO R ES A R EC EB ER 0 0 0 0 0 4 8 1 P ro v is õ es pa ra En c ar go s 4 7 8 7 9 5 8 6 T O T A L D A S P R O VI SÕ ES A C U M U LA D A S 4 7 8 7 9 5 8 6 D IS P O N IB IL ID A D E S T E R C E IR O S 1 2 D e p ó s ito s à O rd e m 6 8 7 6 6 6 8 7 6 6 2 8 0 2 1 4 2 1 R e s g a te s a P a g a r 1 3 D e p ó s ito s a P ra z o e c o m P ré -A v is o 4 2 3 C o m is s õ e s a P a g a r 2 0 7 5 2 2 7 3 T O T A L D A S D ISP O N IB ILI D A D ES 6 8 7 6 6 0 0 6 8 7 6 6 2 8 0 2 1 4 2 4 + 4 2 9 O u tr a s C o n ta s d e C re d o re s 6 2 0 1 1 0 0 1 8 T O T A L D O S VA LO R ES A P A G A R 8 2 7 6 1 2 2 9 1 A C R É S C IM O S E D IF E R IM E N T O S A C R É S C IM O S E D IF E R IM E N T O S 5 1 A c ré s c im o s d e P ro v e ito s 3 1 4 7 4 -3 1 4 7 4 3 6 7 7 2 5 5 A c ré s c im o s d e C u s to s 9 9 9 9 9 9 5 2 D e s p e s a s c o m C u s to D if e ri d o 5 6 R e c e ita s c o m P ro v e ito D if e ri d o 5 8 O u tr o s A c ré s c im o s e D if e ri m e n to s 5 8 O u tr o s A c ré s c im o s e D if e ri m e n to s 5 9 C o n ta s T ra n s itó ri a s A c tiv a s 5 4 7 5 5 9 C o n ta s T ra n s itó ri a s P a s s iv a s -T O T A L D E A C R É S C IM O S E D IF E R IM E N T O S A C T IV O S 3 1 4 7 4 0 0 3 1 4 7 4 4 2 2 4 7 T O T A L D E A C R É S C IM O S E D IF E R IM E N T O S P A S S IV O S 9 9 9 9 9 9 T O T A L D O A C T IV O 2 1 6 1 8 3 0 4 7 2 1 3 2 7 7 1 5 2 1 8 1 3 2 8 2 4 0 1 4 1 2 T O T A L D O C A P IT A L E P A S S IV O 2 1 8 1 3 2 8 2 4 0 1 4 1 2 T o ta l d o N ú m e ro d e U n id a d e s d e P a rt ic ip a ç ã o e m c ir c u la ç ã o 4 1 5 2 1 1 4 3 0 4 4 8 V a lo r U n itá ri o d a U n id a d e d e P a rt ic ip a ç ã o 5 ,2 1 9 7 5 ,5 2 5 7 B A L A N Ç O E M 3 0 D E J U N H O D E 2 0 1 5 3 0 .0 6 .2 0 1 5 O T É C N IC O O F IC IA L D E C O N T A S O C O N S E L H O D E A D M IN IS T R A Ç Ã O

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(e m e u ro s ) C Ó D IG O C U S T O S E P E R D A S 3 0 .0 6 .2 0 1 5 3 0 .0 6 .2 0 1 4 C Ó D IG O P R O V E IT O S E G A N H O S 3 0 .0 6 .2 0 1 5 3 0 .0 6 .2 0 1 4 C U S T O S E P E R D A S C O R R E N T E S P R O V E IT O S E G A N H O S C O R R E N T E S JU R O S E C U S T O S E Q U IP A R A D O S JU R O S E P R O V E IT O S E Q U IP A R A D O S 7 1 2 D a C a rte ir a d e T ítu lo s 4 7 0 8 -811 D e O p e ra ç õ e s C o rr e n te s 3 1 3 7 1 1 O u tr o s , d e O p e ra ç õ e s C o rr e n te s -812 D a C a rte ir a d e T ítu lo s 4 5 5 7 1 5 5 9 9 5 C O M IS S Õ E S E T A X A S 7 2 2 D a C a rte ir a d e T ítu lo s e O u tr o s A c tiv o s R E N D IM E N T O D E T ÍT U L O S 72 4+ … +7 28 O u tr a s , d e O p e ra ç õ e s C o rr e n te s 1 2 6 6 6 1 3 7 9 3 822 D a C a rte ir a d e T ítu lo s e O u tr o s A c tiv o s P E R D A S E M O P E R A Ç Õ E S F IN A N C E IR A S 7 3 N a C a rte ir a d e T ítu lo s e O u tr o s A c tiv o s 4 0 2 9 3 7 0 0 0 5 G A N H O S E M O P E R A Ç Õ E S F IN A N C E IR A S IM P O S T O S 83 N a C a rte ir a d e T ítu lo s e O u tr o s A c tiv o s 1 4 9 1 5 4 7 0 5 7 7 4 1 1 + 7 4 1 2 I m p o s to S o b re o R e n d im e n to 9 9 9 5 1 3 5 5 2 7 4 1 2 + 7 4 2 2 I m p o s to In d ir e c to s R E P O S . E A N U L A Ç Ã O P R O V IS Õ E S P R O V IS Õ E S D O E X E R C ÍC IO 851 D e P ro v is õ e s p / E n c a rg o s 0 1 3 8 0 5 7 5 1 P ro v is õ e s p a ra E n c a rg o s 4 7 8 7 7 6 3 3 7 7 O U T R O S C U S T O S E P E R D A S C O R R E N T E S 1 9 9 7 2 3 5 2 87 O U T R O S P R O V E IT O S E G A N H O S C O R R E N T E S 2 0 1 5 2 5 8 8 T O T A L D O S C U S T O S E P E R D A S C O R R E N T E S 7 4 4 4 6 1 0 7 3 3 5 T O T A L D O S P R O V E IT O S E G A N H O S C O R R E N T E S 6 2 5 0 4 1 1 9 4 5 8 R E S U L T A D O L ÍQ U ID O D O P E R ÍO D O 0 1 2 1 2 3 R E S U L T A D O L ÍQ U ID O D O P E R ÍO D O 1 1 9 4 2 0 T O T A L 7 4 4 4 6 1 1 9 4 5 8 T O T A L 7 4 4 4 6 1 1 9 4 5 8 R e s u lta d o s d a C a rt e ir a d e T ítu lo s e O u tr o s A c tiv o s 1 5 4 8 5 3 3 0 4 7 R e s u lta d o s E v e n tu a is R e s u lta d o s d a s O p e ra ç õ e s E x tr a p a tr im o n ia is R e s u lta d o s A n te s d e Im p o s to s /o R e n d im e n to - 1 9 4 7 2 5 6 7 5 R e s u lta d o s C o rr e n te s - 1 1 9 4 2 1 2 1 2 3 R e s u lta d o L íq u id o d o P e rí o d o - 1 1 9 4 2 1 2 1 2 3 O C O N S E L H O D E A D M IN IS T R A Ç Ã O D E MO N ST R A Ç Ã O D E R E SU L T A D O S E M 3 0 D E J U N H O D E 2 0 1 5 O T É C N IC O O F IC IA L D E C O N T A S

(12)

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA DO PERÍODO FINDO em 30 de JUNHO DE 2015 (em euros)

DISCRIMINAÇÃO DOS FLUXOS 30-06-2015 30-06-2014

OPERAÇÕES SOBRE AS UNIDADES DO OIC

RECEBIMENTOS: 0 0

Subscrição de unidades de participação 0 0

PAGAMENTOS: - 40 293 - 51 755

Resgates de unidades de participação - 40 293 - 51 755

Fluxo das operações sobre as unidades do OIC - 40 293 - 51 755

OPERAÇÕES DA CARTEIRA DE TÍTULOS E OUTROS ACTIVOS

RECEBIMENTOS: 1 804 191 106 167

Venda de títulos e outros activos 1 772 960 54 147

Resgates de unidades de participação 2 015 2 587

Juros e proveitos similares recebidos 29 216 49 433

PAGAMENTOS: -1 709 675 - 1 200

Compra de títulos e outros activos -1 703 767 0

Juros e custos similares pagos - 4 708 0

Comissões de corretagem 0 0

Outras taxas e comissões - 1 200 - 1 200

Fluxo das operações da carteira de títulos e outros activos 94 516 104 967 OPERAÇÕES DE GESTÃO CORRENTE

RECEBIMENTOS: 592 9

Juros de depósitos bancários 3 9

Outros recebimentos correntes 589 0

PAGAMENTOS: - 22 278 - 31 781

Comissão de gestão - 8 263 - 9 059

Comissão de depósito - 3 305 - 3 624

Impostos e taxas - 8 712 - 16 392

Outros pagamentos correntes - 1 998 - 2 706

Fluxo das operações de gestão corrente - 21 686 - 31 772

Saldo dos fluxos de caixa do período (A) 32 537 21 440

Disponibilidades no início do período (B) 36 229 6 581

Disponibilidades no fim do período (C)=(B)+/-(A) 68 766 28 021

(13)

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO PERÍODO FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2015

(Valores expressos em euros)

INTRODUÇÃO

A constituição do Fundo de Investimento Mobiliário Popular Objectivo Rendimento 2015 – Fundo Especial de Investimento Aberto Não Harmonizado foi autorizada pela Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (“CMVM”) em 30 de Julho de 2012 por tempo determinado e iniciou a sua actividade em 15 de Outubro de 2012. O Fundo constitui-se como Fundo Especial de Investimento Aberto, de duração limitada, ocorrendo a sua dissolução e liquidação em 29 de Outubro de 2015.

O Fundo tem como objectivo criar uma carteira diversificada de activos que permita, por um lado, a diluição do risco inerente a cada um deles e, por outro, a obtenção de rendibilidades positivas.

O Fundo é administrado pela POPULAR GESTÃO ACTIVOS - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A., com sede na Rua Ramalho Ortigão, 51, em Lisboa, sendo as funções de banco depositário exercida pelo Banco Popular Portugal, S.A..

A actividade do Fundo encontra-se regulamentada pela Lei nº 16/2015 de 24 de Fevereiro, o regime geral dos organismos de investimento colectivo.

A Entidade Gestora é uma sociedade anónima, cujo capital social, inteiramente realizado, é de 675.000 Euros.

Em relação à sua política de investimento, o Fundo Popular Objectivo Rendimento 2015, visa proporcionar aos seus participantes o recebimento anual de um capital. Para isso, será permitido aos participantes o resgate isento de comissão, até ao montante correspondente a 4,5% do número de UP´s detidas à data do pedido de resgate, nos seguintes períodos:

28 de Junho a 5 de Julho de 2013; 30 de Junho a 7 de Julho de 2014; 30 de Junho a 7 de Julho de 2015.

Fora destas datas é igualmente possível resgatar unidades de participação, sendo cobrada uma comissão de 5%, conforme definido no prospecto completo do Fundo.

O Fundo poderá ainda constituir Depósitos a Prazo e investir noutros instrumentos financeiros de curto prazo (€), na medida adequada para fazer face ao movimento normal de resgate de UP’s e a uma gestão eficiente do fundo.

(14)

BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As demonstrações financeiras foram preparadas com base nos registos contabilísticos do OIC, processados de acordo com o Plano de Contas dos Organismos de Investimento Colectivo, estabelecido pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários através do regulamento nº06/2013.

O regulamento nº 1/2013 veio introduzir o reconhecimento do montante de imposto diferido passivo incidente sobre o saldo positivo entre as mais e menos-valias potenciais geradas a partir de 1 de Abril de 2013 pela carteira de títulos.

Até à data de introdução desta alteração, apenas era registado o montante de imposto apurado incidente sobre o saldo positivo entre as mais e menos-valias efectivas, quando não isentas de imposto (ver nota g)). Com as alterações ao regime fiscal dos organismos de investimento colectivo previsto no Decreto-Lei nº 7/2015, o impacto fiscal sobre o saldo positivo das mais e menos-valias apurado até 31 de Março de 2013 foi considerado no âmbito do apuramento do imposto a efectuar, com referência a 30 de Junho de 2015. As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras, foram as seguintes:

a) Especialização de exercícios

O OIC regista as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização de exercícios, sendo reconhecidas à medida que são geradas, independentemente do momento do seu recebimento ou pagamento.

b) Aplicações em títulos

Os títulos são registados pelo respectivo valor de aquisição sendo valorizados, de acordo com as regras estabelecidas no prospecto completo do Fundo, que têm por base o disposto no Regulamento nº 15/2003 da CMVM, conforme segue:

• Títulos cotados

Para efeitos de determinação dos preços aplicáveis aos valores mobiliários cotados, admitidos à negociação numa bolsa de valores ou transaccionados num mercado regulamentado, será utilizada a cotação de fecho divulgada pela entidade gestora do mercado onde os valores se encontram admitidos à negociação, com excepção dos mercados estrangeiros cujo fecho ocorra após as 17 horas, caso em que a cotação utilizada será a disponível até àquela hora.

• Títulos não cotados

Para efeitos de determinação dos preços aplicáveis aos valores mobiliários não cotados, no caso de obrigações, adoptar-se-ão os seguintes critérios:

(15)

i) Tratando-se de obrigações admitidas à negociação numa bolsa de valores mas que não tenham sido negociadas em bolsa nos últimos quinze dias, ou que estejam em processo de admissão à cotação, utilizar-se-á, para cada um desses valores, o preço de oferta de compra oferecido por “market-makers”, difundido regularmente por meios de informação especializados (nomeadamente Reuters, Bloomberg ou equivalente), desde que o seu volume e preços de tais ofertas sejam representativos e tenham em conta o seu presumível valor de realização;

ii) Tratando-se dos mesmos valores atrás mencionados e existindo obrigações da mesma espécie, emitidas pela mesma entidade e admitidas à cotação, utilizar-se-á a valorização destes activos como preço aplicável àqueles valores, desde que as emissões sejam fungíveis entre si e assegurem a mesma liquidez;

iii) Tratando-se de obrigações não cotadas, utilizar-se-ão os preços de oferta de compra, ou na impossibilidade da sua obtenção, o valor médio das ofertas de compra e venda atrás mencionados, difundidos por aqueles meios de informação especializados anteriormente referidos, desde que o volume e preços de tais ofertas sejam representativas e tenham em conta o seu presumível valor de realização.

As mais e menos-valias assim apuradas são registadas nas rubricas de mais e menos-valias no activo a acrescer e a deduzir, respectivamente, ao valor bruto da carteira de títulos por contrapartida de resultados.

Os juros decorridos dos títulos em carteira são registados na rubrica de Acréscimos de proveitos do activo por contrapartida de resultados.

Os valores relativos a operações de compra e venda de títulos realizadas, mas cuja liquidação ainda não ocorreu à data do balanço, encontram-se registados nas rubricas de Contas de devedores, do Activo, e Outras contas de credores, do Passivo.

Na venda de títulos, o método utilizado no custeio das saídas é o FIFO, independentemente da sua natureza.

c) Valorização das unidades de participação

O valor da unidade de participação é calculado mensalmente, com referência ao último dia de cada mês determina-se pela divisão do valor líquido global do OIC pelo número de unidades de participação em circulação. O valor líquido global do OIC é apurado através da dedução, à soma dos valores que o integram, do montante de comissões e encargos até ao momento da valorização da carteira.

d) Comissão de gestão

A comissão de gestão corresponde à remuneração da sociedade responsável pela gestão do património do OIC. A Sociedade Gestora apura e imputa diariamente, uma comissão de gestão à taxa nominal 0,75% ao ano, calculado sobre o valor do património liquido do Fundo . Este custo é registado na rubrica “Comissões”, sendo o mesmo liquidado mensalmente até ao quarto dia útil.

(16)

A comissão de depositário corresponde à remuneração do Banco Popular Portugal, S.A., pelo exercício dos seus serviços de banco depositário. De acordo com o regulamento de gestão do OIC, esta comissão é cobrada mensalmente até ao quinto dia útil e, por aplicação de uma taxa nominal fixa de 0,30% ao ano, calculado sobre o valor património liquido global do fundo. Este custo é registado na rubrica “Comissões”.

f) Outros encargos

Os custos de auditoria obrigatórios são pagos pelo Fundo, que suportará igualmente a taxa de supervisão à CMVM, liquidada mensal e postecipadamente, calculada sobre o valor líquido global do Fundo, correspondente ao último dia do mês.

g) Impostos sobre o rendimento

 Regime aplicável até 30 de Junho de 2015

Os rendimentos respeitantes a unidades de participação de fundos de investimento constituídos de acordo com a legislação nacional estão isentos de tributação.

Os rendimentos de capitais (incluindo juros de depósitos bancários) obtidos em território português são tributados, por retenção na fonte, à taxa de 28%.

Os rendimentos obtidos fora do território português, que não sejam mais-valias, são tributados, autonomamente, à taxa de 20%, tratando-se de rendimentos de fundos de investimento, incidente sobre o respectivo valor líquido obtido em cada ano.

Tratando-se de mais-valias, obtidas em território português ou fora dele, há lugar a tributação, autonomamente, nas mesmas condições que se verificariam caso os titulares desses rendimentos fossem pessoas singulares, residentes em território português, à taxa de 25% sobre a diferença positiva entre as mais-valias e as menos-valias obtidas em cada ano.

De referir que, com as alterações ao Código do IRS introduzidas pela Lei nº 82-E/2014, de 31 de Dezembro (reforma da tributação das pessoas singulares), que entrou em vigor a 1 de Janeiro de 2015, os ganhos obtidos no resgate de unidades de participação em fundos de investimento ou decorrentes da liquidação desses fundos bem como os reembolsos de obrigações passaram a ser considerados para efeitos fiscais como mais-valias (até 31 de Dezembro de 2014 os referidos ganhos eram considerados rendimentos de unidades de participação).

(17)

O Decreto-Lei n.º 7/2015 procedeu à reforma do regime de tributação dos OIC – Organismos de Investimento Colectivo.

À semelhança do regime de tributação aplicável às sociedades, sobre o lucro tributável apurado pelos OIC incide a taxa geral de IRC (actualmente 21%). Para efeitos de apuramento do lucro tributável, não são considerados os rendimentos de capitais, rendimentos prediais e mais-valias (exceto se provenientes de jurisdição sujeita a regime fiscal claramente mais favorável), assim como os gastos ligados àqueles rendimentos.

Os prejuízos fiscais apurados pelos OIC são reportáveis por 12 anos com o limite de 70% do lucro tributável apurado em cada exercício. Os OIC encontram-se isentos de derrama municipal e de derrama estadual, sendo-lhes no entanto aplicáveis as regras de tributação autónoma previstas no Código IRC. Com o novo regime, passa a incidir Imposto do Selo sobre o valor líquido global dos OIC, trimestralmente, à taxa de:

 0,0025% - para os OIC que invistam, exclusivamente, em instrumentos do mercado monetário e depósitos;

 0,0125% - para os outros OIC.

Os rendimentos resultantes da distribuição ou resgate são sujeitos a retenção na fonte, podendo esta não ser aplicada em função da natureza do participante ou da sua residência fiscal.

 Regime transitório

O regime de tributação dos OIC consagra um regime transitório.

O imposto com referência ao período compreendido entre 1 de janeiro e 30 de junho de 2015 é apurado de acordo com as regras do anterior regime e pago no prazo de 120 dias.

Para tal, foi considerado o impacto fiscal sobre o saldo positivo das mais-valias e menos-valias apurado até 31 de Março de 2013 no âmbito do apuramento do imposto a pagar e das alterações ao regime fiscal dos OIC – Organismos de Investimento Colectivo.

As mais-valias e menos-valias de elementos patrimoniais adquiridos na vigência do regime anterior são apuradas e tributadas de acordo com as regras do anterior regime, considerando-se como valor de realização o seu valor de mercado a 30 de Junho de 2015 e entregue o imposto através da Declaração Modelo 22 do ano em que os elementos patrimoniais sejam realizados. A diferença entre o valor de realização e o valor de mercado a 30 de Junho de 2015 é isenta de IRC.

(18)

NOTA 1 – SALDOS E MOVIMENTOS NAS CONTAS DE CAPITAL DO OIC

Quadro 1 – Número de unidades de participação emitidas, resgatadas e em circulação no 1º semestre de 2015. Valor líquido global do OIC e da unidade de participação no primeiro semestre de 2015, bem como dos factos geradores das variações ocorridas.

No Início Subscr. Resgates Dist. res. Outros Res. Per. No Fim

Valor base 2 114 489 - 38 436 - - - 2 076 053

Diferença p/ Valor base - 19 734 - 1 857 - - - - 21 591

Resultados distribuídos - - - 0

Resultados acumulados 232 002 - - - - 107 256 - 124 746

Resultados do exercício - 107 256 - - - 107 256 - 11 942 - 11 942

Soma 2 219 501 0 40 293 0 0 - 11 942 2 167 266

Nº unidades participação 422 898 - 7 687 415 211

Valor unidade participação 5,2483 - 5,2416 5,2197

Quadro 2 – Número de participantes por escalão

ESCALÕES UPs ≥ 25% 10% ≤ UPs < 25% 5% ≤ UPs < 10% 2% ≤ UPs < 5% 0,5% ≤ UPs < 2% UPs < 0,5% -13 120 36

Quadro 3 – Evolução do valor da unidade de participação, do valor global e do número de UP’s em circulação do OIC desde o início da actividade.

Anos 2015 Março Junho 2014 Março Junho Setembro Dezembro 2013 Março Junho Setembro Dezembro Nº de U.Ps e m Circulação VLGF Valor da UP 5,2483 422.898 2.219.501 2.213.188 5,2433 2.499.432 5,2412 2.410.283 5,3817 447.867 422.098 2.167.266 5,2197 415.211 2.426.995 5,5864 434.448 2.378.536 5,5257 430.448 2.238.490 5,2274 428.223 2.418.167 5,4990 439.748 476.879 2.453.609 5,2746 465.178

(19)

NOTA 3 – INVENTÁRIO DA CARTEIRA DE TÍTULOS

Preço de Mais Menos Valor da Juros

aquisição valias valias carteira corridos

1. VALORES MOBILIÁRIOS COTADOS

Merc Cot. Ofic. B.V. estados Membros U.E.

- Títulos de Dívida Pública 306 012 0 5 097 300 915 3 674 304 589

BTPS 3,75 01/08/15 306 012 - 5 097 300 915 3 674 304 589

- Outros Fundos Públicos e Equiparados 579 332 47 213 0 626 545 7 928 634 473

GENCAT 3,875 15/09/15 280 070 46 496 - 326 566 7 928 334 494

SGLT 0 18/09/15 299 262 717 - 299 979 - 299 979

- Obrigações diversas 427 718 0 22 618 405 100 17 311 422 411

CGD 8 28/09/15 427 718 - 22 618 405 100 17 311 422 411

2. OUTROS VALORES

Outros Instrumentos de Dívida

- Papel Com ercial 748 528 0 0 748 528 2 561 751 089

SAPEC AGRO SA 100 000 - - 100 000 1 393 101 393

PC SAPEC PORTUGAL 98 798 - - 98 798 603 99 401

PC PESTANA 10/15 100 000 - - 100 000 293 100 293

PC SONAE IND. 94ª Em. 150 000 - - 150 000 213 150 213

PC SAG GEST SGPS 2ª Em. 99 730 - - 99 730 52 99 782

PC ESPORÃO SA 8ª Em. 200 000 - - 200 000 7 200 007

Total 2 061 590 47 213 27 715 2 081 088 31 474 2 112 562

Descrição dos títulos Som a

DISCRIMINAÇÃO DA LIQUIDEZ DO OIC

Contas Saldo inicial Aum entos Reduções Saldo final

Depósitos à ordem 36 229 1 804 782 1 772 245 68 766

Total 36 229 1 804 782 1 772 245 68 766

NOTA 4 – CRITÉRIOS DE VALORIZAÇÃO DOS ACTIVOS

Os critérios utilizados na valorização dos activos integrantes da carteira do Fundo encontram-se explicitados no capítulo “Bases de apresentação e principais políticas contabilísticas” deste Anexo. Durante o período não foram utilizados critérios diferentes dos previstos no prospecto do Fundo.

(20)

NOTA 12 – EXPOSIÇÃO AO RISCO DE TAXA DE JURO

SALDO (A)+/-(B)

FRA SWAPS(IRS) Futuros Opções

de 0 a 1 ano 2 081 088 2 081 088 MATURIDADES MONTANTE EXTRA-PATRIMONIAIS (B) EM CARTEIRA (A)

NOTA 15 – INDICAÇÃO DOS CUSTOS IMPUTADOS AO OIC NO PERÍODO

Comissão de Gestão Componente Fixa 8 190 0,3719% Componente Variável - -Comissão de Depósito 3 276 0,1488% Taxa de Supervisão 1 200 0,0545% Custos de Auditoria 1 997 0,0907% Outros Custos - -Total 14 663

Taxa Global de Custos(TGC) 0,6659%

(1) M édia relativa ao perío do de referência

% VLGF ( 1)

Valor Custos

(21)
(22)

Referências

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