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Minidicionário Trilíngue: Indígena Sateré -Mawé em Libras e Língua Portuguesa

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Academic year: 2021

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Texto

(1)

Mye’ym musu hi

t: Sateré-Mawé, Libras hawyi Karaiwa pusu

Minidicionário Trilíngue:

Indígena Sateré -Mawé em Libras

e Língua Portuguesa

(2)

MARLON JORGE SILVA DE AZEVEDO

Mye’ym musu hi

t: Sateré-Mawé, Libras hawyi Karaiwa pusu

Minidicionário Trilíngue

Indígena Sateré-Mawé em Libras e

Língua Portuguesa

MANAUS – AM. 2015

(3)

Autoria

Marlon Jorge Silva de Azevedo

Revisão de texto Língua Sateré-Mawé

Jesiel dos Santos Santos José de Oliveira

Desenhos

Raimundo Barbosa

Fotografias

Caroline Rhodis Azevedo

Ficha Catalográfica

Catalogação na fonte

Elaboração: Ana Castelo CRB11ª -314

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS – www.uea.edu.br

Av. Leonardo Malcher, 1728 – Ed. Professor Samuel Benchimol Pça. XIV de Janeiro. CEP. 69010-170 Manaus - Am

A994M Azevedo, Marlon Jorge Silva de

Minidicionário trilíngue indígena Sateré-Mawé em Libras e Língua Portuguesa = Mye’ym musu hit: Sateré-Mawé, Libras hawyi Karaiwa pusu . / Marlon Jorge Silva de Azevedo. – Manaus: UEA, 2015.

157fls. il.: 30cm.

Produto final apresentado ao Programa de Pós Graduação em Letras e Artes, da Universidade do Estado do Amazonas, como requisito para obtenção do título de Mestre em Letras, opção etnolinguística indígena.

Orientador: Prof. Dr. Valteir Martins.

1.Linguística 2.Língua de Sinais 3. Sateré-Mawé 4. Dicionário. I. Orientador: Prof. Dr. Valteir Martins. II.Título.

CDU: 81’374.4

(4)

"Quando eu aceito a língua de outra pessoa, eu aceito a pessoa. Quando eu rejeito a língua, eu rejeito a pessoa porque a língua é parte de nós mesmos. Quando eu aceito a língua de sinais, eu aceitei o surdo, e é importante ter sempre em mente que o surdo tem o DIREITO de ser surdo. Nós não devemos mudá-lo, devemos ensiná-lo, ajudá-lo, mas temos que permiti-lo SER SURDO".

(5)

Sateré-Mawé ywania torania aho’omowepi

t

A todos indígenas Sateré-Mawé, dedico.

(6)

Ho’o’ewaku hap -Agradecimentos

Imensamente grato, primeiramente à Deus que me permitiu chegar até aqui, pelas benções que me proporciona, por ter-me firmado os meus passos, e pôs em minhas mãos o dom de profetizar tua palavra e instruir-me a Língua de Sinais... No caminho, pensei que não suportaria a longa estrada... Recorri a ti, fizeste-me levantar e recomeçar uma nova vida...

Ao bispo de Parintins D. Giuliano Frigeni, pelo trabalho social e educacional desenvolvido na prelazia de Parintins.

Ao Dr. Cleinaldo de Almeida Costa Reitor da Universidade Estado do Amazonas, e Professor David Xavier Diretor do Centro de Estudos Superiores de Parintins, pela competência e excelência com a Educação do Amazonas.

Ao Dr. Carlos Alexandre Ferreira da Silva, Prefeito Municipal de Parintins - AM Ao Dr. Carlos Góes Pinheiro, Prefeito Municipal de Maués - AM

Ao Dr. Mecias Pereira Batista, Prefeito Municipal de Barreirinha - AM

Ao meu Orientador do Mestrado em Letras e Artes: Dr. Valteir Martins, a minha gratidão pelo profissionalismo e dedicação na transmissão do conhecimento. Serás uma referencia para minha vida profissional.

A Coordenadora do Curso de Mestrado Letras e Artes Dra. Juciane Cavalheiros pela competência e capacidade na formação de profissional em Letras Artes, Aos professores da turma de letras: Dra. Silvana Martins, Dr. Mauricio Mattos, Dr. Márcio e Dra. Luciane Páscoa, Dra. Gleidys Maia, agradeço pela acolhida e por acreditarem nos meus ideais.

Ao Dr. Camilo Ramos, pelas orientações e companheirismo.

A professora Maria Alcirene, amiga de todas as horas, que foi fundamental na elaboração de textos e correções de normas vigentes.

(7)

Aos meus colegas do Mestrado em Letras e Artes, especialmente a professora Joelma Carvalho, que foi muito gentil dando-me forças nas horas mais difíceis e com a turma em todo decorrer do curso.

Aos professores indígenas que contribuíram com este projeto, especialmente os professores: Josiel Santos, Jocimar Alencar e Jacob de Souza, José de Oliveira, minha eterna gratidão.

A todos meus amigos surdos e profissionais da educação, alunos da Universidade Estado do Amazonas pelo companheirismo no dia a dia, são gente querida que cada ano vem aumentando, seria uma injustiça citar uns e deixar outros de fora.

As instituições especificas e colaboradores voluntários que de algumas formas contribuíram para concretizar este produto:

MANAUS

Escola Estadual Augusto Carneiro dos Santos, Centro de Atendimento ao surdo – CAS

A Igreja Tabernáculo Batista Pastor Paulo Hatcher

PARINTINS

Fundação Nacional do Índio - FUNAI

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE Coordenadora Regional de Educação de Parintins - CREP Universidade Estadual do Amazonas – CESP

Distrito Sanitário Especial Indígena - DSEI Casa do Índio de Parintins

Escola Áudio Comunicação Pe.Paulo Manna Diocese de Parintins: Pe Henrique Uggé Escola Estadual Brandão de Amorim

Escola Estadual João Bosco Ramos de Lima Professor indígena Sateré-Mawé: José de Oliveira Professora Maria de Jesus Pacheco Ribeiro

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MAUÉS

Secretaria de Educação Estadual Secretaria de Educação Municipal Casa do estudante indígena Sr. Jusivan

Tuxaua da Comunidade de Santa Maria Sr. Helito Barbosa Professor de libras e Intérprete Maxiliano Batista Barros

BARREIRINHA

Secretaria Municipal de Educação Indígena – SEMED

Coordenador Geral de Educação Indígena: Sr. Santino Lopes

Coordenador da Escola Profa. Rosa Cabral: Sr. Dulcemar F. dos Santos Professora Indígena Sateré-Mawé: Maria Inez

NHAMUNDÁ

Casa de Saúde Indígena DSEI SecretariaEstadualde Educação

BOA VISTA DO RAMOS

Secretaria Estadual de educação Escola Estadual Princesa Izabel

Comunidade na zona urbana Sateré-Mawé Professora Erly Tereza R. Góes

URUCARÁ

Pólo Base de Urucará – DSEI Distrito Sanitário Especial Indígena

Lider Indígena Etnia Hexkaryana: Caínã Mohso Márlucia Kutasa

Enfermeiro: Jonas Pontes

Dalva H. Farias Cantalixto de Melo Luiz Cantalixto de Melo

SÃO SEBASTIÃO DO UATUMÃ

(9)

Apopik /Sumário

1 Apresentação... 09

2 Historia, cultura e língua do povo Sateré-Mawé... 12

3 Imagens de pesquisa de Campo ... 15

4 Alfabeto Sateré-Mawé ... 17

5 Vogais em Sateré-Mawé ... 18

6 Alfabeto em Libras e Números Cardinais ... 19

7 Vocabulário e Utensílios Indígenas em trilíngue ... 20

8 Pronomes Pessoais ... 36

9 Família ... 40

10 Substantivos ... 44

11 Frutas variadas ... 67

12 Animais variados ... 73

13 Frases simples trilíngues ... 83

14 Cumprimentos e saudações ... 91

15 Pronomes pessoais ... 92

16 Pronomes possessivos ... 92

17 Pronomes demonstrativos ... 93

18 Pequenas frases do cotidiano ... 93

19 Diálogos simples Sateré-Mawé ... 95

20 Utensílios usados pelo Sateré-Mawé ... 98

21 Anatomia do corpo humano ... 103

22 Animais domésticos, selvagens, aves e insetos ... 106

23 Mini vocabulário comparativo Línguas Portuguesa e Sateré-Mawé ... 110

24 Estatuto do Índio ... 118

25 Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indigenas... 132

26 Lei nº10.436 de 24 abril de 2002 ... 140

27 Decreto nº5.626 de 20 de dezembro de 2005 ... 141

28 Imagens de pesquisa de campo... 151

(10)

Henoi hap/Apresentação

Este Minidicionário didático Trilíngue traduzido nas línguas Sateré-Mawé, Libras e Língua Portuguesa, é o resultado da pesquisa de dissertação de Mestrado em Letras e Artes, promovida pela Universidade Estado do Amazonas/UEA. Trata-se de um produto direcionado ao ensino-aprendizagem dos indígenas surdos Sateré-Mawé. O material vem com um conteúdo diversificado e técnicas de traduções linguísticas de simples compreensão. Auxilia e orienta os proffisionais educacionais na elaboração de suas estratégias metodológicas de ensino possibilitando um melhor aproveitamento e resultado de ensino no ambiente escolar.

Um ensino de qualidade requer recursos didáticos próprios para a clientela de alunos surdos indígenas para que assim desenvolvam suas habilidades linguística. Portanto, se faz necessário que a língua nativa Sateré-Mawé seja incluída no currículo escolar priorizando a língua de sinais como primeira língua de ensino para que a cultura indígena seja inserida e massificada para que os alunos indígenas surdos se sintam incluídos. Concomitantemente de forma bilingue, o ensino da língua Sateré-Mawé, é imprescindível para o resgate de sua língua e cultura.

Segundo Censo Socio-demográfico realizado em 2003 (Teixeira, 2005), nas Três comunidades Uacurapá (Parintins-AM), Marau-Urupadi (Maués-AM), e Rio Andirá (Barreirinha-AM), o número de alunos indígenas Sateré-Mawé matriculados era de 4.176 (quatro mil cento e setenta e seis) e cerca de 231 professores distribuídos nos municípios.

A língua Sateré-Mawé integra o tronco linguístico Tupi, sendo membro único da família mawé, de modo que, segundo Nunes Pereira (2003, p. 85), a língua difere dos Guarani-Tupinambá, que é do mesmo tronco, e não pode ser relacionada a outras famílias linguísticas. É uma língua de rico vocabulário, falada e escrita pelos Sateré-Mawé, desde seus ancestrais até a atualidade. Com o crescimento populacional brasileiro, as comunidades de etnias indígenas também se disseminaram aparecendo assim os indígenas surdos que vivem e se interajam em suas comunidades, mas pelos números pesquisados a maioria não conhecem sua língua nativa nem a língua de sinais e se comunicam através de gestos e sinais caseiros entre seus pares.

(11)

Os Sateré-Mawé habitam em sua maioria nas comunidades dos rios Marau e Andirá que pertencem aos municípios de Maués, Barreirinha receptivamente, esses dois municípios são Mesorregiões do Médio Amazonas e fazem partes da Microrregião de Parintins que por sua vez possui outras comunidades indígenas no rio Uaicurapá. Outros municípios que fazem parte da microrregião são: Boa Vista do Ramos, Nhamundá, Urucará e São Sebastião de Uatumã, sendo esses três últimos municípios, não há registros sobre a existência de comunidade indígena Sateré-Mawé.

Há também outras comunidades que residem na divisa do Amazonas com o Estado do Pará, ressaltando-se que as terras habitadas pelos indígenas Sateré-Mawé são legais demarcadas pelo governo federal.

A Língua de Sinais assim como a Língua Portuguesa, são línguas naturais, que diferem uma da outra em suas estruturas gramaticais. Para alunos surdos indígenas a Língua Brasileira de Sinais é a primeira língua a (L1), a Língua nativa Sateré-Mawé como segunda língua ( L2).

No Brasil, muitos surdos são bilíngues; utilizam a Língua Brasileira de Sinais e a Língua Portuguesa em sua modalidade escrita, assim como muitos indígenas ouvintes a língua nativa em sua comunidade e a Língua Portuguesa nas zonas urbanas. O surdo Sateré-Mawé, este indivíduo pode ser trilíngue, já que além de sua língua nativa, há a Língua Brasileira de Sinais e a Língua Portuguesa.

No Brasil, há 347.481 mil pessoas surdas conforme o Censo demográfico (IBGE 2010), esses dados crescem a cada ano, os surdos brasileiros que convivem em comunidades surdas, são os atores para a criação dos sinais de instituições, lugares públicos, vocabulários e utensílios domésticos. No caso dos indígenas surdos que ainda não conhecem a Libras é necessário o apoio de professores surdos capacitados em Língua Brasileira de Sinais para instruírem. Na pesquisa de campo realizamos oficinas de Libras, observou-se que os surdos foram capazes e reconheceram os sinais através da gramatica adaptada à eles, mostrando-lhes alguns objetos que usam na aldeia, com receptíveis sinais, com práticas eles conseguiram se expressar e sinalizar os sinais. As comunidades visitadas para a coleta de dados foram as comunidades de Santa Maria (02) surdos no Rio Marau localizado no município de Maués, Ponta Alegre (01) surdo no município de Barreirinha, no Rio Uiacurapá (02) surdos no município de Parintins. No mapeamento, não foram encontrados casais de surdos indígenas porém, existindo mais de dois surdos em uma mesma comunidade que não se conhecem e vivem isolados, há também famílias de pais ouvintes com filhos surdos, em outra

(12)

localização existe indígena surdos adulto que reside sozinho e não tem nenhuma dificuldades de viver em seu habitat.

Este Minidicionário contou com precioso apoio de professores indígenas Sateré-Mawé para a tradução do vocabulário e significado de alguns objetos utilizados pela comunidade Sateré-Mawé, a dificuldade inicial do autor foi a compreensão de algumas palavras da língua portuguesa inexistentes na língua Sateré-Mawé.

A proposta do autor para o ensino da Língua de Sinais para indígenas surdos, abrange a gramática completa visto que os indígenas surdos residem e estudam nas zonas rurais e urbanas até mesmo na Capital do Estado, tendo assim a necessidade de conhecer e aprender tudo que está ao seu redor, assim como a comunidade de indígenas ouvintes que utilizam a Língua Portuguesa para expressar objetos que necessitam na ausência da língua nativa.

No Dicionário Trilíngue, algumas palavras da língua portuguesa não existem na língua Sateré-Mawé, neste caso a palavra da língua portuguesa é falada ou escrita, no caso do surdo é usado o sinal, mas não é necessariamente obrigar o indígena surdo a aprender a Língua Portuguesa, em outra forma de ensino, a comunidade indígena poderá usar apenas os sinais e sua língua nativa, ficando a Língua Portuguesa como a terceira língua.

Por fim, este produto foi planejado como uma ferramenta de uso didático pedagógico, para que possa contribuir com a educação e comunicação dos indígenas surdos Sateré-Mawé, e promover o pleno exercício de sua cidadania.

(13)

Sateré-Mawé ia ywania eko ko’i

História, cultura e língua do povo Sateré-Mawé

Para começarmos a história dos indígenas Sateré-Mawé, é importante mencionar a chegada dos europeus no Brasil no século XV, o início da invasão nas terras indígenas e as consequências de exploração do pau-brasil, especiarias e matérias primas, como o minério, a cana de açúcar, as drogas do sertão, os indígenas brasileiros foram em grande parte literalmente exterminados e outros escravizados, além de serem expulsos de suas terras de origens. A região dos Rios Madeira e Tapajós, citados pelos Mawé como: “Nusoken” era a morada de seus ancestrais e de seus heróis míticos. Com os indígenas Satere-Mawé, os invasores brancos não foram diferentes. Os Mawé são um povo destemido, valente e de ânimo pacífico, que vivia em harmonia em sua comunidade. Os brancos usaram armas pesadas para eliminá-los e forçarem-os à escravidão. Houve muitas mortes, sangue e lágrimas de indígenas inocentes, enfim: muito sofrimento. Impuseram suas doutrinas pagãs aos Sateré-Mawé, que não resistiram a supremacia dos europeus e fugiram de suas terras.

O povo Sateré-Mawé habita, na sua maioria, nos municípios da Região do Médio Amazonas, que tem como microrregião o munícipio de Parintins que fica na divisa com o Estado do Pará, o Território denominado como Terra Indígena Andirá/Marau, demarcada pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI) em 1986, com 788.528 hectares. A microrregião de Parintins abrange os municípios de Maués, Barreirinha, ao Boa Vista do Ramos, Nhamundá, São Sebastião do Uatumã, Urucará e Parintins no Estado do Amazonas. A Terra Indígena Andirá-Marau, demarcada pela FUNAI, ocupa uma área que se estende pelos municípios de Maués, Parintins, Barreirinha (no estado do Amazonas), Itaituba e Aveiro (no vizinho estado do Pará). Possui população estimada nos dias atuais é de 12.000 indígenas distribuídos ao longo dos rios Andirá, Marau e Uaicurapá. Corresponde a uma área cujo usufruto exclusivo pertence à etnia Sateré-Mawé, que tradicionalmente a ocupa, com base no art. 231 da constituição Brasileira, concentrada em cerca de 80 comunidades indígenas Sateré-Mawé ao longo dos ditos rios e seus afluentes, reconhecida como representativa do povo Sateré-Mawé, o Conselho Geral da Tribo Sateré-Mawé (CGTSM).

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No Rio Marau, no Município de Maués, existem 49 comunidades indígenas Sateré-Mawé, cada uma dessas aldeias tem um tuxaua que é o líder. Atualmente as aldeias são divididas por pólos. As comunidades sedes pólos são Nova Aldeia, no alto Marau, com 13 aldeias; Vila Nova, no médio Marau, com 13; Nova Esperança, no baixo Marau, com 13 aldeias; e Santa Maria, no Rio Manjuru, com 10 aldeias.

População Sateré-Mawé do município de Maués é de 5.200 indígenas, segundo dados da Casa Saúde Indígena de Maués (CASAI).

Após invasão europeia, os índios procuraram distanciamento para evitar o contato e, por isso, muitas comunidades, como as do Rio Marau, estão longe de áreas urbanas, em locais de difícil acesso, o que dificulta novas invasões.

Pertencente ao tronco linguístico Tupi, a língua Mawé como qualquer outra, é uma língua rica, com sua gramática e sistema fonético-fonológico próprio.Os Sateré-Mawé ao longo da historia receberam vários nomes dados pelos brancos: Mavoz, Malrié, Mangnés, Mangnês, Jaquezes, Magnazes, Mahués, Magnés, Mauris, Mawés, Maragná, Mahué, Magneses e Orapium, que foram ignorados pelos ancestrais. Etmologicamente, o termo Sateré, significa „‟Lagarta vermelho‟‟ e Mawé, significa„‟ Papaguaio inteligente, Guerreiro e curioso‟‟, referência ao clã mais importante é o Sateré considerado o clã dos chefes/tuxauas, aquele que indica tradicionalmente a linha sucessória dos chefes políticos. Muitos indígenas adultos masculinos estudam em faculdades, em zonas urbanas de suas localidades geográficas, e falam muito bem a língua portuguesa. No passado as mulheres eram proibidas de falar a língua portuguesa, em represálias às investidas dos portugueses que, em diversas formas, queriam civiliza-los e fazê-civiliza-los negar sua língua nativa. Com o movimento migratório causado pelas viagens exploratórias, apesar da perda de grandes quantidades de índios, os Sateré-Mawé preservaram sua língua até os dias atuais. Com escolas rurais e cursos de licenciatura intercultural nas zonas urbanas, foram formados novos professores indígenas que retornaram para suas comunidades de origem para ensinarem sua língua nativa para seus descendentes.

A cultura e as lendas Sateré-Mawé são manifestações indígenas que têm significado mítico e sagrado, de bem e de mal. Em algumas dessas manifestações, há vários segredos que nem mesmo os próprios indígenas sabem, a não ser que seja revelado pelo tuxaua, pajé ou pelo conhecedor da história Sateré-Mawé. O segredo é muito bem guardado pelos indígenas. Para citarmos um mistério, temos o Porantim, de que existem 03 cópias que são diferentes uma das outras. O original ninguém sabe

(15)

onde está e por onde andou. O Porantim tem o formato de um remo com desenhos e signos misteriosos que explica muitas origens. Fonte: Cultura, Ambiente, e Sociedade Sateré-Mawé – Governo do Amazonas – SEDUC AM – Pag. 12 – 1998. Complementado com a pesquisa do autor.

A história do guaraná é uma das bonitas histórias dos Sateré-Mawé que o município de Maués herda de seus primeiros habitantes. Com a lenda, Maués ficou internacionalmente famosa e conhecida no mundo inteiro como “ Terra do Guaraná”. Em áreas indígenas habitadas pelos Mawé, esse fruto tem um significado diferente no lar, nas comemorações e visita. Até nos dias atuais e, que para eles os brancos não compreendem o seu verdadeiro valor e significado. Em várias versões a História do Guaraná conta a historia de Uniawasap‟i que foi lambada e engravidou por uma cobra e deu a luz um bonito Curumim, que cresceu forte. Ele foi buscar frutos na floresta e foi morto pelos próprios tios. Como vingança, Uniawasap‟i prometeu que seu filho jamais iria morrer, então plantou o olho direito de seu filho que deu a origem do guaraná. Por isso a sua semente tem a forma de um olho. Em eventos culturais todo ano, preferencialmente no mês de setembro, com shows culturais, danças e concursos, Maués reverencia a lenda.

(16)

Kat’i-kat’i hap /Pesquisa de campo

Comunidade Santa Maria, indígena Sateré-Mawé no Rio Marau.

Com os surdos no município de Maués. Oficina de Libras para surdos e professores

(17)

Viagem para o município de Barreirinha no Amazonas

(18)

ALFABETO SATERÉ-MAWÉ

O alfabeto da Língua Sateré-Mawé é composta por 12 consoantes e 6 vogais que são estes: Mokyha ko‟i=Consoantes: G

. H. J

. M. N. K. P. R. S. T. W. G



G

a G

e Gi

G

y G

o G

u H Ha He Hi Hy Ho Hu



J

a J

e J

i J

y J

o J

u M Ma Me Mi My Mo Mu N Na Ne Ni Ny No Nu K Ka Ke Ki Ky Ko Ku P Pa Pe Pi Py Po Pu R Ra Re Ri Ry Ro Ru S Sa Se Si Sy So Su T Ta Te Ti Ty To Tu W Wa We Wi Wy Wo Wu ? ?a ?e ?i ?y ?o ?u

(19)

Senug

ha ko‟i=Vogais: A. E. I. Y. O.U. Ha‟ag

hap ko‟i = (exemplos):

Y E I A U O

ny

ne

ni

na

nu

no

py

pe

pi

pa

pu

po

sy

se

si

sa

su

so

g

y

g

e

g

i

g

a

g

u

g

o

Ty

te

ti

ta

tu

to

Ry

re

ri

ra

ru

ro

wy

we

wi

wa

wu

wo

j

y

j

e

j

i

j

a

j

u

j

o

hy

he

hi

ha

hu

ho

my

me

mi

ma

mu

mo

ky

ke

ki

ka

ku

ko

’y

‟e

‟i

‟a

‟u

‟o

Yp

ep

ip

ap

up

op

Yk

ek

ik

ak

uk

ok

Yt

et

it

at

ut

ot

yg

eg



ig



ag



ug



og



Ym

em

im

am

um

Om

Yn

en

in

an

un

On

(20)

ALFABETO EM LÍNGUA DE SINAIS NÚMEROS CARDINAIS B A C Ç D E F G H I J K L M N O P Q Z X Y V U T S R W M M KJ I W W

0

1

2

3

4

5

8

7

6

9

1

0

(21)

VOCABULÁRIO DE UTENSÍLIOS INDÍGENAS TRILÍNGUE

Línguas:

Sateré-Mawé Português Libras

Mory‟ywat sio/Mory‟awat Arco

(22)

Yara Wato

Barco

Libras

Man

Beiju

Libras

(23)

Yara Canoa

Libras

More

kuat

Cacique

Libras

(24)

Kywa

Chapéu

Libras

Amanta

p Cocar Libras

(25)

Kui’a

Cuia

Libras

Hairu Dança

Libras

(26)

U

’i

Farinha

Libras

Apeman Feixe

Libras

(27)

Aria

Fogo

Libras

My

p yi’a kawiat

Forno de barro Libras

(28)

Pa

tu

Gareira

Libras

Warana

Guaraná

Libras

(29)

Og

ape

Japá

Libras

Sa

ri’ape sio saripe

Luva

Libras

(30)

Yni pi

ra pytyk hap

Malhadeira Libras

Mani

Mandioca

Libras

(31)

Pinawa

Palha

Libras

Paig

ni

Pajé

Libras

(32)

Panane Peneira

Libras

Weg

ku’a

Pilão

Libras

(33)

Puratig

Porantim

Libras

Apukuita /apukuite

Remo

Libras

(34)

Wo

mat/momat Ritual da Tucandeira

Libras

Mani’ay Tapioca

Libras

(35)

Yi

Terra/solo

Libras

U

ku

Timbó

Libras

(36)

u’isa

Tuxaua

Libras

(37)

Misej

ano Pronomes Pessoais

Libras

Uito

Eu

Libras

(38)

Mi’i

Ele

Libras

Aiwo’oty

py’ok

Nós dois

Libras

(39)

Aiwo’o tukawa’ok Nós quatro Libras

Eiwo’oty

py’ok

Vocês dois (a)

Libras

(40)

Eiwo’o tukawa’ok Vocês quatro Libras

(41)

Mierohik

Família

Libras

Ihaig

nia

Homem

Libras

(42)

Ywo

t

Pai

Libras

Ny

Mãe

Libras

(43)

Ny hi

t

Tia

Libras

Iywyt

Irmão dele

Libras

(44)

Mempyt

Filho

Libras

Ase’i

Avô

Libras

(45)

Sej

uha

Substantivos

Libras

Y’y

Água Libras

(46)

Mikoi

Árvore

Libras

Avião

Libras

(47)

Yara wato

Barco

Libras

Balão

Libras

(48)

Bola

Libras

Bolo Libras

(49)

Bicicleta

Libras

Bombom

Libras

(50)

kawe

Café

Libras

Amyap

Cadeira

Libras

(51)

wawori

Carro

Libras

Sewaure ypy ra

n

Celular

Libras

(52)

Akag

nan Computador Libras

We’ã

Coração

Libras

(53)

Dado

Libras

Wemu

’e hapyat

Escola

Libras

(54)

Kyse Faca Libras

Kumana

Feijão

Libras

(55)

G

a’apy Floresta

Libras

Og

 Guarda chuva

Libras

(56)

Poti-poti

Helicóptero

Libras

A

hu

pot yat wato Hospital

Libras

(57)

Mag

kusaity

Internet

Libras

Tupana Yat

Igreja

Libras

(58)

wawori

kombi

Libras

Wan’i - wan’i ehap

Lápis

Libras

(59)

Mi

hy

Leite

Libras

Wa

ty

Lua

Libras

(60)

Paig

niran

Médico

Libras

Mag

ku kype

Mesa

Libras

(61)

Navio

Libras

akag

nan pep’i

Notbook

Libras

(62)

Wawori wato

Ônibus

Libras

Seha

Olho

Libras

(63)

Nu

Pedra

Libras

Man pewiu’i

Pizza

Libras

(64)

j

a’agkap ahyt

Quadro

Libras

A

t’ape

Relógio

Libras

(65)

y’y hy koro

Rio

Libras

Sapato

Libras

(66)

Sorvete Libras

sehaysaity

Telefone

Libras

(67)

Xícara

Libras

wemahara

p

Xadrex

Libras

(68)

wuat

i ywa koi =

FRUTAS VARIADAS

Wasa’i Açaí

Libras

(69)

Nana

Abacaxi

Libras

Pakua Banana

Libras

(70)

Coco

Libras

Wai’awa Goiaba

Libras

(71)

Limão

Libras

Maça

Libras

(72)

Manga

Libras

Melancia

Libras

(73)
(74)

Wuat’i hu

ria /

ANIMAIS VARIADOS

Awi’a Abelha

Libras

(75)

Kiã Aranha Libras

Wewato Anta Libras

(76)

morepe’i/morope’i Borboleta Libras

Burro

Libras

(77)

Cavalo

Libras

Moi

Cobra

Libras

(78)

Elefante

Libras

Sa

ri

Formiga

Libras

(79)

Pisana Gato Libras

Iaka

re Jacaré

Libras

(80)

Awyato wato Leão Libras

Hanu’a

n Macaco

Libras

(81)

Ype

ka Pato Libras

Weita

Pássaro Libras

(82)

Hamaut Porco Libras

Hapiri Rato Libras

(83)

Wawori wato Tartaruga Libras

Wewato wary’i Vaca Libras

(84)

Sateré-Mawé, Libras, Karaiwa pusu puat Ko´i sehay wempowat´koí

Frases simples nas línguas: Sateré-Mawé, Libras e Portuguesa.

Aria’yp kawiat ri yara wato.

O barco é de madeira.

Satere-Mawe ywania ti uruto.

Nós somos indígenas Sateré-Mawé.

(85)

Como é seu nome?

Ihot’ok, to’iro escola kape.

Bom dia, vai a escola?

He’a

t kosap ta’yn ti, to’iro’i ai’yat kape.

(86)

Mog

ki’ite ti womat hap e’at.

Amanhã é a celebração da tucandeira

Koity’i wuat mi’u wuat ri pi

ra.

(87)

Uity aikope toine’en.

Onde está a mamãe?

To’iro escola pake.

Vamos para a escola.

En apo tapy’yia Satere-Mawe.

(88)

Waku ti warana ahehaigte j

um hamo.

Guaraná faz bem para a saúde.

Uiwehik tuwy ti mi’i.

(89)

Tu’isa ti mi’i.

Ele é o tuxaua.

Uweig

 e’ywot.

Quem é seu pai?

En ereine’en aj

umpe.

(90)

Tawa ti iwati hawyi ikahu kahato.

A aldeia é grande é bonita.

Mani kawiat ri man.

O beiju é de mandioca.

Uhehairu Satere.

(91)

Weita hap kawiat ri uhe’amanta

p.

Meu cocar é de pena de pássaro.

Pinawa kawiat ri ui’yat.

Minha casa é de palha.

Ewehik tuwy wo teren uito.

(92)

Wo‟opohuruk hap ko‟i / Cumprimentos e Saudações

Língua Sateré-Mawé

...

Língua Portuguesa

Ihot‟ok!

...

Bom dia!

Heika‟at!

...

Boa tarde!

Wantym!

...

Boa noite!

Meiko ira‟yn aru!

...

Até já!

Mog

ki‟ite ira‟yn aru

...

Até amanhã

Hay

...

Oi/Olá

Waku se

se

...

Muito obrigado

Meke

 arekosap/mekepuo aru

...

Com licença

Yt kat hap hi

n‟i/ yt kat hap‟i

...

De nada!

Waku?

...

Tudo bem?

Waku

...

Bem/bom

(93)

Misej

ano / Pronomes Pessoais

LÍNGUA SATERÉ-MAWÉ ... LÍNGUA PORTUGUESA

Uito

...

Eu

En

...

Tu/Você

Mi‟i

...

Ele/Ela

Aito...

...

Nós

Uruto

...

Nós

Eipe...

...

Vós/Vocês

Mi‟iria

...

Eles/Elas

Miej

ano / Pronomes Possessivos

Uiat/Uiwat

...

Meu/Minha

Ewat

...

Teu/Tua

Iwat

...

Dele/Dela

Towat

...

Dele/Dela

Aiwat

...

Nosso/Nossa

Uruwat

...

Nosso/Nossa

Eiwat

...

Deles/Delas

I‟atuwat

...

Deles/Delas

Ta‟atuwat

...

Deles/delas

(94)

Pronomes Demonstrativos:

J

uewat

...

Aquele/Aquela

kowat

...

Este/Esta

J

uwat

...

Esse/Essa

Sehay wempowa

t hit ko‟i / Pequenas frases do cotidiano

Uweig

 tu‟isa?

...

Quem é tuxaua?

Uweig

 kapatai?

...

Quem é capataz?

Uweig

 e‟ywot?

...

Quem é seu pai?

Uweig

 ety?

...

Quem é a sua mãe?

Uweig

 ehary?

...

Quem é a sua vó?

Uweig

 e‟ase‟i?

...

Quem é seu avô?

Uweig

 en?

...

Quem é você?

Uhesy

‟at

...

Estou com fome

Uhe

ra /uhero

...

Estou cansado(a)

Etiky‟esat?

...

Você quer?

(95)

Areto ran

...

Eu fui

kan?

...

O quê?

Uipa

p

...

Eu quero ir

Uweig

 epuruwei?

...

Quem é seu professor?

Uweig

 epuruwei?

...

Quem é sua professora?

(96)

Wo’ehay-wo’ehay hap ko’i = Diálogos na língua Sateré-Mawé.

Diálogo 1

a) Bom dia! Ihot‟ok!

b) Bom dia! Ihot‟ok!

a) Quanto custa o peixe?

Karania upi

 etiweneru epira?

b) 20 Reais!

Ty

kat (=20) upi.

a) Vou querer.

Atiky‟esat.

b) Obrigado!

Waku se

se!

Diálogo 2

a) Olá!

Hay!

b) Boa tarde!

Heika‟at!

a) Meu nome é João e o seu? Uhet ri João‟e. Ewat?

b) Fátima! Fátima‟e!

a) Parece que te conheço? Morokuap sio‟i en?

b) Sim, sou professora! Hã,uito puruwei!

a) Que bom!

Pyno waku!

(97)

a) Já me formei! Aremomput‟ok tira‟yn neke!

a) Também sou professor! Uito wy puruwei wy!

b) Parabéns! Pyno waku!

a) Obrigado!

Waku se

se!

Diálogo 3

a) Como vai?

Aikotãig?

b) Bom dia!

Ihot‟ok!

a) Você é indígena?

En apo tapy‟yia?

b) Sim Sou!

Ta‟i,mi‟i rat!

a) Qual etnia?

Kat ywania?

b) Sateré-Mawé!

Sateré-Mawé rat!

a) Interessante!

Hentikeig

!

b) Obrigado!

Waku tirat!

Diálogo 4

a) Vamos para a caça? To‟i miat pe?

b) Quando? Karampe?

a) A noite! Wantymuo!

(98)

Paca! Pay!

Vou junto! Areto aru eupi

!

Não esquece do arco e fecha! Etiwaure tei‟o pyno mory‟a ko‟i!

Correto! A

repaig

!

(99)

Sateré-Mawé ekare’en imi’eko

wat ko’i

Utensílios usados pelos Sateré-Mawé

LÍNGUA SATERÉ-MAWÉ... LÍNGUA PORTUGUESA

Mory‟ywat/ mory‟awat

...

Arco

Ta

wa

...

Comunidade

Pina

...

Anzol

Yara Wato

...

Barco

kuiru‟a

...

Balde

Man

...

Beiju

Kamunti hi

t

...

Bilha pequena

G

etap

...

Casa

Yara

...

Casco/Canoa

More

kuat

...

Cacique

Miat ka

t…….

...

Caçar

J

a‟ampe

...

Chocalho

Wahi

...

Colar

(100)

Amanta

p

...

Cocar

Yhape

...

Colher de pau

Man ype

...

Crueira

Kui‟a

...

Cuia

Hairu

...

Dança

Muka

...

Espinguarda

Kyse

...

Faca

U

‟i

...

Farinha

Apeman

...

Feixe

Mory‟a

...

Flecha

Aria

...

Fogo

My

p u‟i nug hap

...

Forno para fazer farinha

My

p yi‟a kawiat

...

Forno de barro

Su

hu

...

Fumo

Pa

tu

...

Gareira

Warana

...

Guaraná

Tapy‟yia

...

Índio

(101)

Og

ape

...

Japá

Kuriwu

...

Jamaxi

Sa

ri ape

...

Luva de tucandeira

Awyhap/ywyhap

...

Machado

G

etap awerep‟a

...

Maloca

Yni pi

ra pytyk hap

...

Malhadeira

Mani

...

Mandioca

Pinawa

...

Palha branca

Paig

ni

...

Pajé

Wa‟ã

...

Panela

Yrysakag

...

Paneiro

Poko

...

Patrona

Hiwa

re

...

Pau de chuva

Pi

ra kat...

...

Pescar

Pi

ra kat hat

...

Pescador

Pi

ra

...

Peixe

Panane

...

Peneira

(102)

Weg

ku‟a

...

Pilão

Muse

...

Pimenta

Kamunti

...

Pote

Puratig

...

Porantin

Apukuita/Apukuite

...

Remo

Yni

...

Rede

Y‟y hy koro

...

Rio

Watyama

...

Tucandeira

Patawi

...

Suporte de cuia

Mani‟ay

...

Goma de tapioca

Tamo

ra

...

Tamborinho

Kyse‟yp

...

Terçado

Yi

...

Terra

Mo

horo

...

Tipiti

U

ku

...

Timbó

Ywania

...

Tribo

Tu‟isa

...

Tuxaua

(103)
(104)

Mi

t pit set ko’i / Anatomia do Corpo Humano:

LÍNGUA SATERÉ-MAWÉ ... LÍNGUA PORTUGUESA

My‟ampa

t

...

Articulação do joelho

J

um my‟a

...

Barriga

We

sap

...

Barba/Bigode

Sempe

...

Beiço/Lábios

We

...

Boca

Weg

kot‟a

...

Bochecha

Yke

...

Braço

Akag

...

Cabeça

Asap

...

Cabelo

Mi

t okpuk

...

Cadáver

My‟asusa

...

Calcanhar

We‟ã

...

Coração

Mopy‟akag

‟a

...

Cotovelo

Oktu/Uptu

...

Coxa

Ape

...

Costa

(105)

Pi

t

...

Corpo

Okpy

... ...

Cu/Ânus

J

aig

...

Dente

Mu‟uj

a

...

Dedo

Mo‟ape

...

Dorso da mão

My‟a

...

Estomago

J

un

...

Fezes

My‟a

...

Fígado

My‟akag

‟a

...

Joelho

Ywype

...

Lado

Seg

ku

...

Língua

Mo

...

Mão

Setu‟a

...

Nádegas/Bunda

Ampy

...

Nariz

Seha

...

Olho

Ahape

...

Orelha

Anti‟ypy

...

Ombro

Kag

...

Osso

(106)

Mopy‟apyawawa

...

Palma da mão

Sut‟yp

...

Pescoço

Moti‟a

...

Peito

Kag

‟oktu

...

Perna

My

...

Ahit

...

Pênis

Kag

 sap

...

Pelo da perna

Wori‟a

...

Pomo de adão

Nywa

...

Queixo

Sewa

...

Rosto/Face/Cara

Mi

...

Seio/Mama

Sehapopesap

...

Sílio

Myawa

...

Sola do pé

Sehapopekag

‟asap

...

Sobrancelha

Watu‟a

...

Testa

Mu‟uj

a‟ampe

...

Unha

Myrum‟a

...

Umbigo

Si‟ã

...

Vagina

(107)

Hu

ria ko’i, Ga’apypuat re, mopy haria hawyi muri -muri

Animais domésticos, selvagens, aves e insetos:

LÍNGUA SATERÉ-MAWÉ ... LÍNGUA PORTUGUESA

Awi‟a

...

Abelha

Wewato

...

Anta

Miat ko‟i

...

Animais

Mokia

...

Andorinha

kiã

...

Aranha

Hanu

n

...

Arara

Weita

...

Ave/ passarinho

Arawe/ape‟i

...

Barata

Awuru

...

Besouro

Morepe‟i

/

morope‟i

...

Borboleta

Awahuru

...

Cachorro do mato

Aware

...

Cachorro

G

ap

...

Caba

Karawo

t

...

Cigarra

Moi

...

Cobra

(108)

Akuri

...

Cutia

Sapo

t

...

Escorpião

Sa

ri

...

Formiga

Hywi

...

Gavião

Pisana

...

Gato

Pohit

...

Gafanhoto

Waipaka wa

ry‟i

...

Galinha

Awyky

...

Guariba

Iaka

re

...

Jacaré

U

re

...

Jacamim

Wawori

...

Jabuti

Wakiu‟i wato

...

Macaco velho

Hanu‟a

n

...

Macaco prego

U

wi

...

Minhoca

Haki‟i

...

Morcego

Awyato

...

Onça

Ahut

...

Papagaio

(109)

Weita hi

t

...

Passarinho

Weita

...

Pássaro

Ype

ka

...

Pato

Pay

...

Paca

Pi

ra

...

Peixe

Piriki

tu

...

Periquito

Sama

...

Pica pau

G

yp

...

Piolho

Pykasu

...

Pombo

Hamaut

...

Porco

Ariukere

...

Preguiça

J

ug

...

Pulga

Hapiri

...

Rato

Wa‟asa

...

Sapo

Sahai

...

Sauva-taia

Sahu

...

Tatu

Wawori wato

...

Tartaruga

Himpa

...

Tamanduá

J

ug

kan

...

Tucano

(110)

Watyama

...

Tucandeira

Wewato

...

Vaca

Yty

...

Veado

Hami‟i

...

Xauim

(111)

Sateré-Mawé pusu hawyi Karaiwa pusu ko’i

Mini Vocabulário Comparativo

Língua Portuguesa e Língua Sateré-Mawé

Água

...

Y‟y

Árvore

...

Mikoi

Abacaxi

...

Nana



Açúcar

...

Ukyt perup

Avó

...

Hary

Avô

...

Ase‟i

Açaí

...

Wasa‟i

Alfabeto

...

Sehay j

a‟agkap ahyt

Areia

...

Yi kyt

Algodão

...

Amog

kiusu‟ap

Agora

...

Korã

Amanhã

...

Mog

ki‟ite

Alto

...

Uwaiti

/ywaititypore

Aquele/aquela

...

Meke

wat

Acabaram

...

Ta‟atumoma



Andando

...

Hewyry

Azul

...

Ihyry

p‟i

(112)

Amarelo

...

Ika‟ay

Banho

...

Wei

Banana

...

Pakua

Batata

...

Uriuru

Bebê

...

Hirokat/hirakat

Bebida alcoólica

...

Mahy

Branco

...

Ikytsig



Bom

...

Waku

Bonito

...

G

ahu

Baixo

...

Mytu‟i

Brigar

...

Wu‟u

ka

Caminho

...

Mu‟a

p

Carne

...

Mu

‟i‟ok

Calor

...

Hakup

Cará

...

Awai‟a

Comida

...

Mi‟u

Chuva

...

I‟ama

n

Ceú

...

A

tipy

Cinza

...

Ywyrup

Carvão

...

Aria sapue



Cupim

...

Nupi‟a

(113)

Cesta

...

Urutu

Caçador

...

Miat ka

t hat

Cachaça

...

Mahy

Cadeira/banco

...

Amyap

Caju

...

Ka

su

Cortar

...

Tek

Coroa

...

Amanta

p

Computador

...

Akag

nan

Dia

...

A

thot

Dois

...

Ty

py

Escada

...

Myta

Escola

...

Wemu

‟ehap yat

Estrela

...

Waikiru

Então

...

Pyno

Feijão

...

Kumanã

Folha

...

Upip

Flor

...

Mohy

t

Família

...

Mierohik

Filho/filha

...

Mempyt

Frutas

...

Ywa ko‟i

(114)

Fósforo

...

Aria‟ahyt

Flauta

...

Kariwa

Feio

...

G

ahu‟i

Guarda chuva

...

Og

Goiaba

...

Wai‟awa

Grande

...

Wato

Gordo

...

G

yt

Homem

...

Ihaig

nia

Helicóptero

...

Poti-Poti

Hoje

...

Koity‟i

Irmão

...

seyke‟et/seywyt

Irmã

...

Seinyt

Igreja

...

Tupana yat

Igarapé

...

Y‟y hi

t‟i

Jesus

...

Iesui

Laranja

...

Sasum

Livro

...

Popera

Língua

...

Seg

ku

Leite

...

Mi

hy

Lua

...

Wa

ty

Mamãe

...

Uity

(115)

Mulher

...

Haryporia

Montanha

...

Yity‟ok‟a

Mato

...

G

a‟apy

Maracujá

...

Murukui‟a

Mel

...

Awi‟a hy

Muito

...

Se

se

Magro

...

G

ag

mot‟i

Mentira

...

So

Menino

...

Kurum hi

n

Menina

...

Pi‟ã hi

n

Milho

...

Awati

Najá

...

Pu

wi

Ontem

...

G

a‟atpo

Onda

...

Y‟y hy‟apen‟ok

Ovo

...

Hupi‟a

Oito

...

Mantumye



Pensou

...

Tuwanentup

Pai

...

Ywo

t

Pedra

...

Nu

(116)

Palmeiras

...

Ma

re

Pupunha

...

Myrawe

Primo

...

Wy

‟iran

Porta

...

Oken‟ypy

Pente

...

Kywa

Preto

...

Hu

n

Pouco

...

I‟atu‟i/kuri

n

Pano

...

Sokpekype

Pequeno

...

Iwato‟i

Padre

...

Pa‟i

Quarto

...

Oka‟apy/aka‟apy

Quatro

...

Tukawa

Quarta-feira

...

Morokymosapyry

Quinta-feira

...

Iakuaku

Quantos

...

Karania

Rio

...

Y‟y hykoro

Rapaz

...

Kurum

Remédio

...

Mohag

Rede

...

Yni

Ruím

...

Sa‟ag



Sol

...

A

t

(117)

Senhora

...

Ma

na

Semente

...

J

a

‟yig

Sogro

...

Sehamu

pot

Soldado

...

Surara

Sala

...

Okipy

Seis

...

Mantuwe

Sete

...

Mantuty

Segunda-feira

...

Moroky‟ypy

Sexta-feira

...

Supapa

Sábado

...

Sauru

Sal

...

Ukyt

Santo

...

Tupana

Sujo

...

ysyk‟a

Trabalho

...

Motpa

p

Televisão

...

Sehami‟u

Tio

...

Ywo

t hit

Tia

...

Ny hi

t

Todos

...

Torania

Trovão

...

Huru

‟e

Temporal

...

Ywyt‟uato

Treva

...

I‟ypyry

p

(118)

Tesoura

...

Sapira

Três

...

Mye‟ym

Terça-feira

...

Morokomokoig



Tem

...

Toig



Urina

...

Sy

Um

...

Wentup

Vai

...

Moto

Você

...

En

Vocês duas

...

Eiwo‟otypy‟ok

Vocês três

...

Eiwo‟omye

‟ym‟ok

Vocês quatro

...

Eiwo‟otukawa‟ok

Vento

...

Ywytu

Velho/Velha

...

Nag

‟i-nag‟i

Vassoura

...

Saware

Vermelho

...

Ihup

Verde

...

Ihyry

p

Vem

...

Eriot

Vamos

...

To‟iro

(119)

Presidência da República

Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 6.001, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1973.

Dispõe sobre o Estatuto do Índio.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , faço saber que o Congresso Nacional

decreta e eu sanciono a seguinte Lei: TÍTULO I

Dos Princípios e Definições

Art. 1º Esta Lei regula a situação jurídica dos índios ou silvícolas e das comunidades indígenas, com o propósito de preservar a sua cultura e integrá-los, progressiva e harmoniosamente, à comunhão nacional.

Parágrafo único. Aos índios e às comunidades indígenas se estende a proteção das leis do País, nos mesmos termos em que se aplicam aos demais brasileiros, resguardados os usos, costumes e tradições indígenas, bem como as condições peculiares reconhecidas nesta Lei.

Art. 2° Cumpre à União, aos Estados e aos Municípios, bem como aos órgãos das respectivas administrações indiretas, nos limites de sua competência, para a proteção das comunidades indígenas e a preservação dos seus direitos:

I - estender aos índios os benefícios da legislação comum, sempre que possível a sua aplicação;

II - prestar assistência aos índios e às comunidades indígenas ainda não integrados à comunhão nacional;

III - respeitar, ao proporcionar aos índios meios para o seu desenvolvimento, as peculiaridades inerentes à sua condição;

IV - assegurar aos índios a possibilidade de livre escolha dos seus meios de vida e subsistência;

V - garantir aos índios a permanência voluntária no seu habitat , proporcionando-lhes ali recursos para seu desenvolvimento e progresso;

VI - respeitar, no processo de integração do índio à comunhão nacional, a coesão das comunidades indígenas, os seus valores culturais, tradições, usos e costumes;

VII - executar, sempre que possível mediante a colaboração dos índios, os programas e projetos tendentes a beneficiar as comunidades indígenas;

(120)

VIII - utilizar a cooperação, o espírito de iniciativa e as qualidades pessoais do índio, tendo em vista a melhoria de suas condições de vida e a sua integração no processo de desenvolvimento;

IX - garantir aos índios e comunidades indígenas, nos termos da Constituição, a posse permanente das terras que habitam, reconhecendo-lhes o direito ao usufruto exclusivo das riquezas naturais e de todas as utilidades naquelas terras existentes;

X - garantir aos índios o pleno exercício dos direitos civis e políticos que em face da legislação lhes couberem.

Parágrafo único. (Vetado).

Art. 3º Para os efeitos de lei, ficam estabelecidas as definições a seguir discriminadas:

I - Índio ou Silvícola - É todo indivíduo de origem e ascendência pré-colombiana que se identifica e é identificado como pertencente a um grupo étnico cujas características culturais o distinguem da sociedade nacional;

II - Comunidade Indígena ou Grupo Tribal - É um conjunto de famílias ou comunidades índias, quer vivendo em estado de completo isolamento em relação aos outros setores da comunhão nacional, quer em contatos intermitentes ou permanentes, sem contudo estarem neles integrados.

Art 4º Os índios são considerados:

I - Isolados - Quando vivem em grupos desconhecidos ou de que se possuem poucos e vagos informes através de contatos eventuais com elementos da comunhão nacional;

II - Em vias de integração - Quando, em contato intermitente ou permanente com grupos estranhos, conservam menor ou maior parte das condições de sua vida nativa, mas aceitam algumas práticas e modos de existência comuns aos demais setores da comunhão nacional, da qual vão necessitando cada vez mais para o próprio sustento;

III - Integrados - Quando incorporados à comunhão nacional e reconhecidos no pleno exercício dos direitos civis, ainda que conservem usos, costumes e tradições característicos da sua cultura.

TÍTULO II

Dos Direitos Civis e Políticos CAPÍTULO I

(121)

Art. 5º Aplicam-se aos índios ou silvícolas as normas dos artigos 145 e 146, da Constituição Federal, relativas à nacionalidade e à cidadania.

Parágrafo único. O exercício dos direitos civis e políticos pelo índio depende da verificação das condições especiais estabelecidas nesta Lei e na legislação pertinente.

Art. 6º Serão respeitados os usos, costumes e tradições das comunidades indígenas e seus efeitos, nas relações de família, na ordem de sucessão, no regime de propriedade e nos atos ou negócios realizados entre índios, salvo se optarem pela aplicação do direito comum.

Parágrafo único. Aplicam-se as normas de direito comum às relações entre índios não integrados e pessoas estranhas à comunidade indígena, excetuados os que forem menos favoráveis a eles e ressalvado o disposto nesta Lei.

CAPÍTULO II

Da Assistência ou Tutela

Art. 7º Os índios e as comunidades indígenas ainda não integrados à comunhão nacional ficam sujeito ao regime tutelar estabelecido nesta Lei.

§ 1º Ao regime tutelar estabelecido nesta Lei aplicam-se no que couber, os princípios e normas da tutela de direito comum, independendo, todavia, o exercício da tutela da especialização de bens imóveis em hipoteca legal, bem como da prestação de caução real ou fidejussória.

§ 2º Incumbe a tutela à União, que a exercerá através do competente órgão federal de assistência aos silvícolas.

Art. 8º São nulos os atos praticados entre o índio não integrado e qualquer pessoa estranha à comunidade indígena quando não tenha havido assistência do órgão tutelar competente.

Parágrafo único. Não se aplica a regra deste artigo no caso em que o índio revele consciência e conhecimento do ato praticado, desde que não lhe seja prejudicial, e da extensão dos seus efeitos.

Art. 9º Qualquer índio poderá requerer ao Juiz competente a sua liberação do regime tutelar previsto nesta Lei, investindo-se na plenitude da capacidade civil, desde que preencha os requisitos seguintes:

I - idade mínima de 21 anos;

II - conhecimento da língua portuguesa;

III - habilitação para o exercício de atividade útil, na comunhão nacional; IV - razoável compreensão dos usos e costumes da comunhão nacional.

Referências

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