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MUltiplexação por Divisão em Frequências Ortogonais

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Academic year: 2021

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Influˆencia do Deslocamento de Frequˆencia em

OFDM/QPSK Devido ao Efeito Doppler

Jo˜ao Fonseca Neto

, Leocarlos Bezerra da Silva Lima

Instituto Federal de Educac¸˜ao, Ciˆencia e Tecnologia de Sergipe

Av. Eng. Gentil Tavares, 1166, Get´ulio Vargas, 49055-260, Aracaju-SE, Brasil

E-mail: jfonsecaneto@gmail.com

Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Engenharia El´etrica

Av. Mal. Rondon, s/n, 49100-000, S˜ao Crist´ov˜ao-SE, Brasil

E-mail: leocarlos@ufs.br

Resumo—Este artigo apresenta uma avaliac¸˜ao da influˆencia do deslocamento de frequˆencia de sinal OFDM/QPSK em canal com desvanecimento Rayleigh devido ao efeito Doppler. Curvas de desempenho do sistema foram obtidas por simulac¸˜ao e com-paradas para diferentes frequˆencias m´aximas de deslocamento Doppler.

Palavras-chave—OFDM, canal com desvanecimento Rayleigh, simulac¸˜ao, deslocamento Doppler.

I. INTRODUC¸ ˜AO

M

Ultiplexac¸˜ao por Divis˜ao em Frequˆencias Ortogonais (OFDM) ´e uma t´ecnica de transmiss˜ao de sinais que emprega simultaneamente diversas subportadoras ortogonais e tem sido usada em sistemas de comunicac¸˜ao com fio ou sem fio, especialmente na comunicac¸˜ao m´ovel, com altas taxas de dados, em canais com multipercursos e com desvanecimento seletivo em frequˆencia [1]–[3].

A OFDM tem sido adotada em diversos padr˜oes de comunicac¸˜ao [4]:

• IEEE 802.11a/n, padr˜ao de rede local sem fio desenvol-vido pelo IEEE (Institute of Electrical and Electronic Engineers);

• 3GPP LTE (3rd Generation Partnership Project – Long Term Evolution), padr˜ao de telefonia m´ovel celular de 4a gerac¸˜ao desenvolvido pela 3GPP [5];

• Sistemas de televis˜ao digital terrestre:

– Europeu, DVB-T/H e DVB-T2 (Digital Video Bro-adcasting for Terrestrial and Handheld);

– Japonˆes, ISDB-T (Integrated Services Digital Bro-adcasting – Terrestrial);

– Brasileiro, SBTVD-T (Sistema Brasileiro de Tele-vis˜ao Digital – Terrestre) [6], [7];

• ADSL (Asymmetric Digital Subscriber Line), tecnologia de comunicac¸˜ao de dados atrav´es de linhas telefˆonicas convencionais que permite taxas de transmiss˜ao maiores do que por modem convencional;

• Rede de frequˆencia ´unica, SFN (Single Frequency Network) [6].

Artigo recebido em 10 de outubro de 2013. Artigo aceito em 26 de novembro de 2013.

Dentre as vantagens desta t´ecnica, destaca-se sua grande robustez `a ISI (Intersymbol Interference) e a interferˆencias interportadoras, ICI (Intercarrier Interference), devido a sua capacidade de suportar efeito Doppler e espalhamentos por atrasos do sinal produzidos pelo efeito propagac¸˜ao do canal com multipercursos [1] [3].

Comparando-se o sistema OFDM com o sistema FDM (Frequency Division Multiplexing) convencionais, destaca-se uma reduc¸˜ao da largura de faixa de transmiss˜ao do primeiro em relac¸˜ao ao segundo de at´e 50%.

Em OFDM, em raz˜ao da presenc¸a do intervalo de guarda que ajuda a eliminar a ISI, utiliza-se uma equalizac¸˜ao simples com apenas um tap, no dom´ınio da frequˆencia, para recuperar os s´ımbolos transmitidos, especialmente visando compensar o deslocamento de fase sofrido pelo sinal ao longo do canal de comunicac¸˜ao [8] [9].

A sequˆencia de dados a ser transmitida, a uma taxa R bit/s, em OFDM, ´e dividida e multiplexada em N subportadoras dispostas em paralelo, formando um s´ımbolo OFDM que resulta em uma transmiss˜ao a R/N bit/s por subportadora [10]. Cada subportadora ´e modulada utilizando PSK ou QAM, ou suas variantes, fixa ou adaptativa [8], [11].

A reduc¸˜ao na taxa de transmiss˜ao, com o consequente aumento na durac¸˜ao dos s´ımbolos, reduz a sensibilidade do sistema OFDM `a seletividade em frequˆencia causada pelo canal. Para melhorar ainda mais essa caracter´ıstica, cada s´ımbolo OFDM ´e estendido mediante a incorporac¸˜ao de um intervalo de guarda [1].

Geralmente, o tempo de guarda ´e escolhido maior ou igual ao valor RMS (Root Mean Square) dos espalhamentos por atrasos do sinal recebido devido aos multipercursos. Contudo, alguns autores calculam esse tempo de guarda como sendo um valor fixo maior do que o maior dos espalhamentos por atrasos. Para a reduc¸˜ao da ICI a valores toler´aveis, utiliza-se o artif´ıcio denominado extens˜ao c´ıclica, que ´e o preenchimento do tempo de guarda com parte do pr´oprio s´ımbolo a ser transmitido [3]. A extens˜ao c´ıclica poder´a ser colocada tanto no in´ıcio, quanto no final de cada s´ımbolo OFDM, a depender das caracter´ısticas do sistema [9].

A OFDM, como toda t´ecnica de comunicac¸˜ao digital, apre-senta acentuada sensibilidade aos problemas de sincronismo

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entre o transmissor e o receptor [2]. Dessa forma, em se tratando de processamento digital de sinais, se n˜ao houver um n´umero inteiro de comprimentos de onda de cada componente do sinal espalhado dentro da janela da FFT (Fast Fourier Transform), empregada no processamento da OFDM, diz-se que na recepc¸˜ao n˜ao h´a ortogonalidade entre as subportadoras e, consequentemente, h´a ICI [1]. Na pr´atica, al´em do problema de se encontrar o instante ´otimo para o in´ıcio da janela da FFT, h´a o deslocamento da frequˆencia das subportadoras devido ao espalhamento Doppler, h´a o deslocamento de fase devido ao espac¸o percorrido e o erro (de fase e frequˆencia) no rel´ogio de amostragem no receptor. Esses parˆametros tˆem que ser estimados e compensados [2].

A OFDM ´e muito sens´ıvel ao deslocamento de frequˆencia e ru´ıdo de fase, al´em de ter alta PAPR (Peak-to-Average Power Ratio), reduzindo a eficiˆencia de potˆencia do amplificador de RF (radiofrequˆencia) na sa´ıda do transmissor [3].

De forma geral, os receptores OFDM necessitam de es-timativas do estado do canal de comunicac¸˜ao para poder realizar a detecc¸˜ao coerente dos sinais. H´a in´umeros traba-lhos sobre t´ecnicas de estimac¸˜ao de canal (utilizando pilotos, sequˆencia de pulsos, cega etc.) e sincronizac¸˜ao para os siste-mas OFDM operando sob canais com desvanecimento seletivo em frequˆencia [2], [6], [9], [12]–[22].

Mais comumente, para estimac¸˜ao do canal, utiliza-se a t´ecnica de transmiss˜ao de s´ımbolos pilotos, cuja an´alise faz-se no dom´ınio da frequˆencia ou no tempo. Quanto ao sincro-nismo, pode este ser realizado por aproveitamento das carac-ter´ısticas da extens˜ao c´ıclica do s´ımbolo OFDM. Por´em, h´a trabalhos que aplicam algoritmos que possibilitam a utilizac¸˜ao dos mesmos pilotos para fazer tanto a estimac¸˜ao do canal, quanto a sincronizac¸˜ao de tempo e frequˆencia [2], [6], [9], [12]–[22].

Este artigo avalia a influˆencia do deslocamento de frequˆencia das subportadoras dos sinais OFDM/QPSK devido ao efeito Doppler, em canal com desvanecimento Rayleigh. A avaliac¸˜ao d´a-se pela comparac¸˜ao entre curvas de desempenho BER×Eb/N0, obtidas por simulac¸˜ao dos respectivos sistemas, variando o deslocamento de frequˆencia Doppler m´aximo, em raz˜ao da velocidade do receptor m´ovel: 0,7 m/s (uma pessoa caminhando), 2 m/s (uma pessoa correndo) e 4,1 m/s (deslocamento a 15 km/h). N˜ao encontrou-se na literatura trabalho similar que permitisse comparac¸˜ao com os resultados aqui apresentados.

II. OFDM

A t´ecnica OFDM ´e um caso especial de transmiss˜ao multi-portadoras, na qual grandes taxas de dados s˜ao particionadas e transmitidas em paralelo pela modulac¸˜ao de um conjunto de subportadoras ortogonais, minimamente espac¸adas, cada uma suportando pequena parte da taxa total e podendo ser separadas na recepc¸˜ao com t´ecnicas de correlac¸˜ao [3], [8].

Escolhendo o espac¸amento entre as subportadoras propor-cionalmente `a banda de coerˆencia do canal, OFDM pode-se converter um canal de comunicac¸˜ao seletivo em frequˆencia em v´arios subcanais estreitos e planos. Dessa forma, t´ecnicas aplic´aveis a canais planos podem ser utilizadas [8]. Define-se banda de coerˆencia de um canal como Define-sendo o inverso do

m´aximo espalhamento por atrasos, τm´ax, das componentes do sinal provocadas pelos multipercursos [23], ou seja,

BD≈ 1 τm´ax

.

Como as subportadoras s˜ao ortogonais, amostrando-se o sinal a cada per´ıodo correspondente `a durac¸˜ao de um s´ımbolo realiza-se sua superposic¸˜ao no dom´ınio da frequˆencia, podendo-se obter economia de banda de frequˆencia de at´e 50% quando comparada com sistemas FDM convencionais [8] (veja a Figura 1).

f Multiplexac¸˜ao por divis˜ao em frequˆencias (FDM),

Largura de faixa economizada f Multiplexac¸˜ao por divis˜ao em frequˆencias ortogonais (OFDM),

Figura 1. Superposic¸˜ao das subportadoras OFDM com economia de banda, em relac¸˜ao `a FDM convencional.

Em um sinal OFDM as N subportadoras senoidais possuem espac¸amento ∆f = 1 N T = 1 Ts ,

em que T ´e o per´ıodo de amostragem e Ts´e a durac¸˜ao de um s´ımbolo OFDM [1] (veja a Figura 2).

∆f

. . . .

Figura 2. Espectro do sinal OFDM com espac¸amento ∆f entre as subporta-doras.

Para suportar os espalhamentos por atrasos produzidos pelo canal com desvanecimento e minimizar ISI, a OFDM introduz um tempo de guarda em cada s´ımbolo (veja a Figura 3). Contudo, a inserc¸˜ao do intervalo de guarda produz uma perda, em dB, da SNR que ´e dada por

SNRperdida= −10 log  1 − Tg Ts+ Tg  ,

em que Tg ´e a durac¸˜ao do tempo de guarda e Ts ´e a durac¸˜ao do tempo de s´ımbolo OFDM [1].

Para evitar o surgimento de ICI, em raz˜ao do acr´escimo do tempo de guarda, ele ´e preenchido com parte do pr´oprio s´ımbolo OFDM. Com esse preenchimento, um s´ımbolo OFDM torna-se ciclicamente estendido, garantindo que as r´eplicas

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Parte final do símbolo OFDM é inserida no início para preenchimento do intervalo de guarda.

Símbolo OFDM estendido Tempo de símbolo, Ts. Símbolo OFDM Extensão Cíclica Tempo de guarda, Tg.

Figura 3. Tempo de guarda acrescido a um s´ımbolo OFDM.

atrasadas sempre possuam um n´umero inteiro de comprimen-tos de onda dentro da janela da FFT. Isso ocorre desde que os espalhamentos por atrasos do canal sejam menores do que o tempo de guarda [3].

A. Processamento digital do sinal OFDM

Esta sec¸˜ao apresenta o conceito b´asico de formac¸˜ao do s´ımbolo OFDM, no qual utilizam-se osciladores locais para a modulac¸˜ao das subportadoras paralelas (veja a Figura 4).

Dados de entrada em série d0, d1, … dN-1 Série / Paralelo d0 dN-1 d1 so s1 sN-1 PSK/ QAM Símbolo OFDM sin(ω0t) sin(ω1t) sin(ωN-1t)

Figura 4. Conceito b´asico de formac¸˜ao de s´ımbolo OFDM utilizando osciladores locais.

Observando a Figura 4, pode-se escrever o sinal OFDM na forma s(t) = N −1 X k=0 Skej2πfkt, para 0 ≤ t ≤ Ts,

em que N ´e o n´umero de subportadoras utilizadas, Ts a durac¸˜ao do s´ımbolo OFDM, Sk ´e o s´ımbolo mapeado na constelac¸˜ao escolhida (PSK, QAM), e fk ´e uma das frequˆencias ortogonais.

Realizando o processo de amostragem do sinal s(t) no intervalo Tsa= Ts/N , obt´em-se Sn = N −1 X k=0 skej2πfknTs/N.

Sem perda de generalidade, fazendo f0 = 0, e fkTs = k. Assim, Sn= N −1 X k=0 skej2πkn/N= IDFT(sk),

em que IDFT (Inverse Discrete Fourier Transform) denota a transformada inversa discreta de Fourier. Portanto, o transmis-sor OFDM pode ser implementado empregando uma IDFT e, pela mesma raz˜ao, o receptor pode ser implementado usando-se a DFT (Discrete Fourier Transform) [8].

O processamento digital do sinal OFDM caracteriza-se, as-sim, pela aplicac¸˜ao no transmissor da IDFT, implementada por uma IFFT, e pela operac¸˜ao inversa na recepc¸˜ao implementada por uma FFT [3], [8] (veja a Figura 12).

Dessa forma, para a formac¸˜ao dos s´ımbolos OFDM, os dados em forma de bits dispostos em s´erie sofrem con-vers˜ao s´erie-paralela. Esse conjunto de bits paralelos modula as respectivas subportadoras formando um conjunto paralelo de s´ımbolos complexos associados a pontos da constelac¸˜ao definida pelo mapeamento empregado (PSK ou QAM). Pos-teriormente, inserem-se subportadoras-pilotos, que s˜ao utili-zadas na estimac¸˜ao do canal, quando da recepc¸˜ao. Caso o n´umero de subportadoras (dados mais pilotos) n˜ao seja uma potˆencia de dois, costuma-se acrescentar subportadoras nulas para completar uma quantidade equivalente a uma potˆencia de dois, o que possibilita a aplicac¸˜ao do algoritmo IFFT com maior eficiˆencia computacional. Em seguida, aplica-se a IFFT a esses conjuntos de valores complexos, formando assim um s´ımbolo OFDM. Com a adic¸˜ao da extens˜ao c´ıclica, produz-se um s´ımbolo OFDM estendido em banda b´asica.

Em sistemas sem fio, esses s´ımbolos OFDM estendidos po-dem ser trasladados para uma faixa de frequˆencias de radiac¸˜ao, de acordo com o servic¸o de telecomunicac¸˜oes que emprega essa t´ecnica: radiodifus˜ao de sons e imagens, telefonia m´ovel celular, rede local sem fio (IEEE 802.11a/n) etc. Nesses casos, eles s˜ao transmitidos serialmente aplicando t´ecnica de transmiss˜ao anal´ogica (veja as Figuras 5 e 6) [1], [3].

Em muitos sistemas sem fio s˜ao utilizadas nas subportadoras constelac¸˜oes de baixa cardinalidade como QPSK e 16QAM que possuem maior eficiˆencia de potˆencia. Em sistemas confi-nados, nos quais a SNR geralmente ´e maior e varia de acordo com a faixa de frequˆencias, o n´umero de n´ıveis de modulac¸˜ao pode ser maior [1].

P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P i Tempo Espectro do n-´esimo s´ımbolo OFDM . .. Espectro do 2o s´ımbolo OFDM Espectro do 1o s´ımbolo OFDM

Figura 5. Sequˆencia de s´ımbolos OFDM estendidos, no dom´ınio da frequˆencia, propagando no canal de comunicac¸˜ao.

A recepc¸˜ao do sinal OFDM ´e realizada como processo inverso ao da transmiss˜ao. Ap´os ser recebido, o sinal sofre a convers˜ao anal´ogico-digital e extrac¸˜ao da extens˜ao c´ıclica. Ent˜ao, aplica-se a FFT, obtendo-se um bloco de s´ımbolos complexos. Em seguida, extrai-se as subportadoras nulas, se foram utilizadas na gerac¸˜ao dos s´ımbolos OFDM, e estima-se o canal utilizando os s´ımbolos pilotos. Em seguida, realiza-se uma equalizac¸˜ao, com um tap, para correc¸˜ao de farealiza-se. Posteriormente, ocorre a demodulac¸˜ao dos s´ımbolos PSK ou

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tempo . . . 1º símbolo OFDM estendido 2º símbolo OFDM estendido n-ésimo símbolo OFDM estendido Tg + Ts Tg + Ts Tg + Ts

Figura 6. Sequˆencia de s´ımbolos OFDM estendidos, no dom´ınio do tempo, propagando no canal de comunicac¸˜ao.

QAM, de acordo com a modulac¸˜ao empregada na gerac¸˜ao do s´ımbolo, obtendo-se um conjunto de palavras (bits) paralelas. Finalmente, converte-se de paralelo para s´erie obtendo-se os dados transmitidos [1].

III. FENOMENOS QUE DEGRADAM O SINALˆ OFDM O sinal OFDM sofre com distorc¸˜oes n˜ao lineares provocadas pelo transmissor devido `a grande relac¸˜ao entre a potˆencia de pico e a potˆencia m´edia do sinal, PAPR. Sofre ainda com distorc¸˜oes de fase ao percorrer o canal de comunicac¸˜ao imper-feito, al´em do deslocamento da frequˆencia das subportadoras devido ao efeito Doppler [8].

As imprecis˜oes do receptor produzem deslocamentos de frequˆencia e fase, erro na estimac¸˜ao do instante de in´ıcio do s´ımbolo e no rel´ogio de sincronismo.

Os receptores OFDM, de forma geral, necessitam de uma estimativa de canal para realizar a detecc¸˜ao coerente dos sinais. A qualidade dessa estimac¸˜ao influencia a eficiˆencia do sistema e pode ser realizada por diversas t´ecnicas:

• Assistida por meio de sequˆencia de treinamento; • Por explorac¸˜ao da extens˜ao c´ıclica dos s´ımbolos, quando

a banda de frequˆencias n˜ao ´e um parˆametro cr´ıtico; • Por estimac¸˜ao cega ou semi-cega do canal, valendo-se

apenas de algumas informac¸˜oes a respeito das carac-ter´ısticas estat´ısticas do canal [9].

A. Espalhamento Doppler

O efeito Doppler ´e um fenˆomeno que quando o receptor se movimenta em relac¸˜ao ao transmissor, e contribui para a alterac¸˜ao da frequˆencia da portadora. Pode ocorrer tamb´em quando o transmissor e o receptor estiverem parados, mas os objetos refletores ou difratores do sinal ao longo do percurso se movimentarem [24].

A frequˆencia da portadora do sinal recebido, f0, sofre um desvio, fD, que depende da velocidade de deslocamento relativa entre transmissor e receptor, v, e do ˆangulo espacial de incidˆencia do sinal na antena receptora, θ. Ou seja,

fD= − f0

c v cos θ,

em que c ´e a velocidade da luz no espac¸o livre.

Quando o deslocamento do receptor se d´a na direc¸˜ao do transmissor, contr´aria `a propagac¸˜ao do sinal, com θ = 180◦, h´a um aumento da frequˆencia da portadora recebida. Caso o receptor esteja se afastando do transmissor, com θ = 0◦, a frequˆencia da portadora recebida diminui [25].

Um novo m´etodo de estimac¸˜ao do deslocamento Doppler para sistemas OFDM ´e apresentado em [26] objetivando melhorar sua performance.

B. Deslocamento de frequˆencia das subportadoras

Sendo OFDM uma t´ecnica multiportadoras, em que os dados s˜ao transmitidos por um conjunto de subportadoras ortogonais, a recepc¸˜ao coerente ´e critica, podendo levar `a perda de qualidade em raz˜ao de ICI. O sistema ´e sens´ıvel a pequenos desvios na frequˆencia das respectivas subportadoras, pois quanto maior o n´umero de subportadoras, menor o espac¸amento entre elas. Contudo, os sistemas OFDM atuais n˜ao utilizam osciladores locais, mas t´ecnicas de processa-mento digital de sinais, DSP (Digital Signal Processing). A modulac¸˜ao ´e realizada pela IDFT com a aplicac¸˜ao da IFFT e a demodulac¸˜ao pela operac¸˜ao inversa [8].

A Figura 7 ilustra o efeito da ICI em raz˜ao do deslocamento da frequˆencia da subportdadora na recepc¸˜ao. Verifica-se que, tomada uma amostra em um ponto diferente do pico de de-terminada subportadora, as outras n˜ao ser˜ao nulas, quebrando, assim, a ortogonalidade entre elas.

∆f

f

Figura 7. Efeito do deslocamento de frequˆencia na recepc¸˜ao de s´ımbolo OFDM.

Na recepc¸˜ao, a ortogonalidade das subportadoras ´e garantida quando, dentro do intervalo de processamento da FFT, cada subportadora possuir n´umero inteiro de comprimento de onda [3].

Contudo, quando se conhece a velocidade e a direc¸˜ao do m´ovel, o deslocamento de frequˆencia (frequency offset) ´e um fenˆomeno determin´ıstico que, uma vez conhecido, pode ser corrigido por t´ecnicas de estimac¸˜ao e correc¸˜ao [8].

C. Canal de Rayleigh

Na pr´atica, as caracter´ısticas do canal de comunicac¸˜ao va-riam com o tempo e tˆem origem em alterac¸˜oes semiperi´odicas e aleat´orias das caracter´ısticas do meio de transmiss˜ao. Como consequˆencia, a func¸˜ao resposta ao impulso do canal varia semiperi´odica e aleatoriamente, causando atenuac¸˜ao aleat´oria do sinal, cujo fenˆomeno ´e conhecido como desvanecimento [27].

O desvanecimento pode apresentar grande dependˆencia com a frequˆencia do sinal, afetando suas diversas componentes de frequˆencia de modo n˜ao uniforme. Esse tipo de desva-necimento ´e conhecido como desvadesva-necimento seletivo em frequˆencia e, normalmente, ´e originado pela propagac¸˜ao em

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multipercursos, causando s´erios problemas `as comunicac¸˜oes via r´adio [27].

O desenvolvimento de simuladores de canais de r´adio, geralmente, ´e estimulado pelos altos custos, imprecis˜oes e falta de reprodutibilidade dos resultados obtidos, quando da realizac¸˜ao de testes de campo. O objetivo prim´ario do simu-lador de canal ´e reproduzir realisticamente suas propriedades estat´ısticas, possibilitando o projeto e a an´alise de desempenho de sistemas de comunicac¸˜ao [28].

O canal com desvanecimento Rayleigh ´e uma das mais populares modelagem de canal de r´adio m´ovel, e a literatura especializada tem diferentes m´etodos para a sua gerac¸˜ao [28]. Sabendo que a resposta ao impulso definida em tempo discreto de um canal complexo, com multipercursos, pode ser descrita pela func¸˜ao

h(τ, t) = a0(t)δ (τ − τ0(t)) + a1(t)δ (τ − τ10(t)) + · · · + aM −1(t)δ τ − τM −10 (t) ,

em que ai(t) ´e o ganho complexo variante no tempo do i-´esimo percurso, τi(t) ´e o excesso de atraso do i-´esimo percurso, τi0(t) = τi(t) + τi−1(t) e δ(t) ´e o pulso de Dirac, um canal com desvanecimento resultante de M percursos pode ser descrito como um filtro de resposta finita ao impulso, FIR (Finite Impulse Response), variante no tempo [29]. A Figura 8 ilustra o modelo de Clarke de representac¸˜ao de um canal multipercursos na forma de um filtro FIR variante no tempo.

. . . . . . Σ Σ Σ Σ Σ Σ Σ a0( t ) a1( t ) aM-2( t ) aM-1( t ) Entrada Saída Ƭ0(t) Ƭ1(t) ƬM-1(t)

Figura 8. Modelo de espalhamento de Clarke representado por um filtro FIR variante no tempo.

Dessa forma, um canal de comunicac¸˜ao com desvaneci-mento por multipercursos pode ser implementado como um filtro FIR pela gerac¸˜ao de ganhos complexos, a(t, τi), e defasagens, τi(t). A implementac¸˜ao do modelo pode ainda ser facilitada considerando o atraso τi invariante no tempo [29].

Um m´etodo simples para implementar um simulador de desvanecimento ´e gerar dois ru´ıdos brancos gaussianos inde-pendentes que se somam de forma complexa (veja a Figura 9). Os filtros de resposta em frequˆencia G(f ) s˜ao tipicamente de primeira ordem. Nesse caso, o processo de desvanecimento ´e conhecido como processo de Markov [29].

Para produzir a envolt´oria desvanecida de Rayleigh, as duas fontes de ru´ıdo branco gaussiano devem ter m´edia zero e variˆancias iguais. Devido `a simplicidade, esse modelo apre-senta limitac¸˜ao quanto ao espectro Doppler. Para melhorar

Ruído Branco Gaussiano Ruído Branco Gaussiano FPB G(f) FPB G(f) Ʃ

g

Real(t)

g

Imag(t)

g

Real(t) +

jg

Imag(t)

Figura 9. Simulador de desvanecimento baseado em filtro de ru´ıdo gaussiano com ´unico tap.

o modelo ´e necess´aria a implementac¸˜ao de filtros passa-baixas com ordens superiores. Nesse caso, por´em, h´a aumento significativo do tempo de simulac¸˜ao [29].

D. Sincronismo do s´ımbolo OFDM

No processo de demodulac¸˜ao, a estimac¸˜ao do in´ıcio do s´ımbolo OFDM e o instante ´otimo de processamento da FFT s˜ao fundamentais para minimizar os efeitos da ICI e da ISI. Em um sistema OFDM, as subportadoras s˜ao exatamente ortogo-nais somente se o transmissor e o receptor usam exatamente as mesmas frequˆencias. Assim, o receptor tem que estimar e corrigir o deslocamento da frequˆencia do sinal recebido. Tamb´em, quando a recepc¸˜ao ´e coerente, o receptor tem que recuperar a informac¸˜ao de fase do sinal transmitido.

Se a FFT for processada fora da regi˜ao do s´ımbolo, ocorrem ICI e ISI. Por´em, em raz˜ao da extens˜ao c´ıclica adicionada ao s´ımbolo OFDM ser maior do que o m´aximo tempo de retardo das componentes do sinal, devido aos multipercursos, que ´e a condic¸˜ao de projeto, existe uma faixa desse intervalo de guarda que n˜ao ´e atingida pelo s´ımbolo adjacente, portanto livre de ISI. Esta margem de tolerˆancia faz com que o erro na estimac¸˜ao do in´ıcio do s´ımbolo produza apenas rotac¸˜ao de fase do sinal, sem contudo afetar a ortogonalidade entre as subportadoras. A perda de ortogonalidade ocorrer´a somente se o processamento da transformada de Fourier iniciar-se fora da margem de tolerˆancia (veja a Figura 10) [13].

-Tempo   H H HH H H H H     Tsup Ttol TFFT Tg TFFT T = Tg+ TFFT H H H H       H H HH S´ımb. n + 1 S´ımb. n − 1 - - - - -

-Figura 10. Janela da transformada de Fourier, em que T ´e o tempo de s´ımbolo, Tg ´e o tempo de guarda, TFFT´e a janela de tempo da transformada de Fourier,

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E. Sincronismo do intervalo de amostragem

Se na recepc¸˜ao n˜ao houver sincronismo no processo de amostragem, a subportadora a ser demodulada deixa de ser amostrada em seu ponto de pico, havendo reduc¸˜ao do valor da amplitude. Assim, as demais subportadoras ficam fora dos respectivos nulos, surgindo ICI, similarmente ao problema gerado pelo deslocamento da frequˆencia (veja a Figura 7) [13].

F. Ru´ıdo de fase

O ru´ıdo de fase manifesta-se na forma de uma modulac¸˜ao aleat´oria da fase da subportadora. Tanto o ru´ıdo de fase, quanto o deslocamento da frequˆencia da subportadora causam ICI no receptor OFDM. O uso de esquemas de estimac¸˜ao eficientes para frequˆencia e fase das subportadoras podem ajudar a reduzir esses efeitos. Como a frequˆencia ´e a derivada temporal da fase, o ru´ıdo de fase introduz variac¸˜ao aleat´oria de frequˆencia comum a todas as subportadoras e tamb´em faz aparecer ICI [3].

G. Distorc¸˜ao n˜ao linear e PAPR

Um sinal OFDM consiste em n´umero grande de sub-portadoras independentes moduladas que, quando somadas coerentemente, produzem uma grande PAPR, pois possuem uma potˆencia de pico muito maior do que sua potˆencia m´edia. A PAPR ´e proporcional ao n´umero de subportadoras [3].

Alta PAPR produz aumento na complexidade dos conver-sores anal´ogico-digital e digital-anal´ogico, al´em de reduzir a eficiˆencia do amplificador de potˆencia do est´agio final do transmissor [3].

Uma reduc¸˜ao da PAPR pode ocorrer pelo ceifamento do pico do sinal, por´em com o custo de introduzir distorc¸˜oes n˜ao lineares no sistema. Pode-se reduzir a PAPR ainda pela aplicac¸˜ao de codificac¸˜ao que exclua os s´ımbolos com alta PAPR, ou ainda pelo embaralhamento aplicado a cada sequˆencia de s´ımbolo e para diferentes sequˆencias com a selec¸˜ao daquela que produz menor PAPR (veja a Figura 11) [3]. Pm´ed Ppic Tempo Pot ˆencia do s´ımbolo OFDM

Figura 11. Relac¸˜ao entre a potˆencia de pico e a potˆencia m´edia do sinal OFDM (PAPR).

IV. SIMULAC¸ ˜AO

A escolha de v´arios parˆametros OFDM torna-se uma ac¸˜ao conflitante. Normalmente, inicia-se com largura de faixa, taxa de bits e espalhamento por atrasos. O espalhamento por atrasos determina o tempo de guarda. Como regra, ele deve ser de dois a quatro vezes o valor RMS do espalhamento por atrasos devido aos multipercursos. Contudo, como na literatura, calcula-se o tempo de guarda como sendo maior do que o valor m´aximo dos espalhamentos por atrasos.

Quando se trabalha com o valor RMS dos espalhamen-tos por atrasos, o fator multiplicativo depende do tipo de modulac¸˜ao empregada. Quanto maior a ordem da modulac¸˜ao, mais o sistema se torna sens´ıvel `a ICI e a ISI [3].

Tendo o valor do tempo de guarda, fixa-se o tempo de s´ımbolo OFDM. Para minimizar a perda na SNR causada pela inserc¸˜ao do tempo de guarda, ´e desej´avel fazer a durac¸˜ao de s´ımbolo OFDM muito maior do que o tempo de guarda. Por´em, a durac¸˜ao desse s´ımbolo n˜ao poder´a ser arbitrariamente longa, pois durac¸˜ao longa de s´ımbolo implica necessidade de mais subportadoras, com menor espac¸amento, aumentando a complexidade da implementac¸˜ao e a sensibilidade ao ru´ıdo de fase e deslocamento de frequˆencia. Ocorre ainda aumento da PAPR. Na pr´atica, escolhe-se uma durac¸˜ao do s´ımbolo OFDM com pelo menos cinco vezes o tempo de guarda [3]. Neste trabalho, adotou-se o tempo de guarda como sendo cinco vezes o valor m´aximo dos espalhamentos por atrasos e tendo 25% do tamanho do s´ımbolo OFDM.

Depois de fixado o tempo de guarda e a durac¸˜ao do s´ımbolo OFDM, o n´umero de subportadoras segue diretamente da largura de faixa de 3dB do sinal OFDM dividida pelo espac¸amento entre as subportadoras, que ´e o inverso da durac¸˜ao do s´ımbolo [1], [3].

A Figura 12 apresenta um diagrama de blocos simplificado do sistema de comunicac¸˜ao digital simulado.

Dados, Bits em série S / P . . . PSK / QAM . . . . . . iFFT Dados + Pilotos + Zeros . . . Símbolo OFDM . . . Ext. cíclica Símbolo OFDM estendido Símbolo OFDM Inserção de pilotos e subportadoras nulas Transmissão Serial de Símbolos OFDM estendidos Dados recebidos P / S . . . Desma- peamen-to PSK / QAM Equaliza- ção baseada em pilotos . . . FFT Dados + Pilotos + zeros . . . Símbo- lo OFDM Ext. Cíclica . . . . . . Recepção dos símbolos OFDM estendidos Remove a extensão cíclica Remove as subportadoras nulas

Figura 12. Diagrama de blocos do sistema OFDM.

Neste trabalho, foram adotados os cen´arios de simulac¸˜ao descritos na Tabela I.

V. RESULTADOS OBTIDOS

As Figuras 13, 14 e 15 ilustram as curvas de desempenho (BER×Eb/N0) obtidas para os doze cen´arios simulados: re-ceptor parado, com velocidades de 0,7 m/s, 2 m/s e 4,1 m/s.

(7)

Tabela I

CENARIOS DE SIMULAC´ ¸ ˜AO ADOTADOS.

Modulac¸˜ao QPSK

Faixas de frequˆencias 700MHz, 900MHz, 1.8GHz M´aximo espalhamento por atrasos 4us

Velocidade do receptor m´ovel 0, 0,7m/s, 2m/s, 4.1m/s Doppler m´aximo para 700MHz 0, 1.6Hz, 4.6Hz, 9.6Hz Doppler m´aximo para 900MHz 0, 2Hz, 6Hz, 12.3Hz Doppler m´aximo para 1.8GHz 0, 4.4Hz, 12.6Hz, 25Hz

Extens˜ao c´ıclica 1/4

Node blocos transmitidos 103

Largura de faixa 5MHz

NoTotal de subportadoras 2048

Modelo de canal Rayleigh

Node percursos 1

Nesses cen´arios, as curvas sem deslocamento Doppler s˜ao os referenciais de comparac¸˜ao da degradac¸˜ao causada por este efeito de canal.

Na Figura 13, observa-se que, para uma BER de 10−2, o cen´ario com deslocamento Doppler de 1,6 Hz apresentou perda de 2,5dB. O cen´ario considerando o deslocamento Doppler de 4,6 Hz apresentou perda de 4,3dB. J´a o cen´ario considerando deslocamento Doppler de 9,6 Hz apresentou perda de 5,3dB, todos em relac¸˜ao `a curva de referˆencia (sem deslocamento Doppler). A Tabela II resume os resultados obtidos.

Figura 13. Curvas BER×Eb/N0 obtidas nos cen´arios de simulac¸˜ao: f =

700 MHz, BW = 5 MHz, R = 6 Mbps, com deslocamento Doppler de 0 Hz, 1,6 Hz, 4,6 Hz e 9,6 Hz.

Tabela II

PERDAS OBTIDAS NOS CENARIOS DE SIMULAC´ ¸ ˜AO: f = 700 MHZ, BW = 5 MHZ, R = 6 MBPS,COM DESLOCAMENTODOPPLER DE

1,6 HZ, 4,6 HZ E9,6 HZ. Deslocamento Doppler (Hz) Perda (dB)

1,6 2,5

4,6 4,3

9,6 5,3

Na Figura 14, observa-se que, para uma BER de 10−2, o cen´ario com deslocamento Doppler de 2 Hz apresentou perda de 3,2dB. O cen´ario considerando deslocamento Doppler de 6 Hz apresentou perda de 4,4dB. J´a o cen´ario considerando deslocamento Doppler de 12,3 Hz apresentou perda de 7dB, todos em relac¸˜ao `a curva de referˆencia (sem deslocamento Doppler). A Tabela III resume os resultados obtidos.

Na Figura 15, observa-se que, para uma BER de 10−2, o cen´ario com deslocamento Doppler de 4,4 Hz apresentou perda

Figura 14. Curvas BER×Eb/N0 obtidas nos cen´arios de simulac¸˜ao: f =

900 MHz, BW = 5 MHz, R = 6 Mbps, com deslocamento Doppler de 0 Hz, 2 Hz, 6 Hz e 12,3 Hz.

Tabela III

PERDAS OBTIDAS NOS CENARIOS DE SIMULAC´ ¸ ˜AO: f = 900 MHZ, BW = 5 MHZ, R = 6 MBPS,COM DESLOCAMENTODOPPLER DE2 HZ,

6 HZ E12,3 HZ.

Deslocamento Doppler Perda (em dB)

2Hz 3,2

6Hz 4,4

12.3Hz 7

de 4,4dB. O cen´ario considerando deslocamento Doppler de 12,6 Hz apresentou perda de 7,4dB. J´a o cen´ario considerando deslocamento Doppler de 25 Hz apresentou perda elevada, a qual, da curva obtida, n˜ao se pode precisar o valor. Contudo, qualitativamente pode-se atestar a degradac¸˜ao do sistema. Todas as perdas s˜ao em relac¸˜ao `a curva de referˆencia (sem deslocamento Doppler). A Tabela IV resume os resultados obtidos.

Figura 15. Curvas BER×Eb/N0 obtidas nos cen´arios de simulac¸˜ao: f =

1, 8 GHz, BW = 5 MHz, R = 6 Mbps, com deslocamento Doppler de 0 Hz, 4,4 Hz, 12,6 Hz e 25 Hz.

Tabela IV

PERDAS OBTIDAS NOS CENARIOS DE SIMULAC´ ¸ ˜AO: f = 1, 8 GHZ, BW = 5 MHZ, R = 6 MBPS,COM DESLOCAMENTODOPPLER DE

4,4 HZ, 12,6 HZ E25 HZ. Deslocamento Doppler Perda (em dB)

4.4Hz 4,4

12.6Hz 7,4

(8)

-VI. CONCLUSOES˜

Foram realizadas simulac¸˜oes e an´alises da degradac¸˜ao cau-sada pelo efeito Doppler em sistemas de comunicac¸˜ao que empregam OFDM/QPSK. Foram simulados cen´arios consi-derando o receptor parado (sem deslocamento Doppler) e deslocando-se a 0,7 m/s (indiv´ıduo andando), 2 m/s (indiv´ıduo correndo) e 4,1 m/s (deslocamento a 15 km/h). Observou-se um aumento progressivo no n´ıvel de degradac¸˜ao do sistema implementado com o aumento do deslocamento Doppler.

Os resultados obtidos ilustram a importˆancia do efeito Doppler como fator de degradac¸˜ao de sistemas m´oveis que empregam OFDM/QPSK.

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