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Análise do Produto Interno Bruto no Estado do Paraná através da Cartografia Temática.

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Academic year: 2021

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Análise do Produto Interno Bruto no Estado do Paraná através da Cartografia Temática.

Amanda Maria da Silva 1 Gleice Pereira da Silva 1 Anderson Marcolino de Santana 1 1

Universidade Federal de Pernambuco – UFPE/CTG

50740-530- Departamento de Engenharia Cartográfica- Recife- PE, Brasil amanda27mendy@gmail.com

gleice750@ig.com.br ander_marcolino@yahoo.com.br

Abstract. This article aims to analyze the conditions of the Gross Domestic Product (GDP) in the state of Parana

through Thematic Cartography from 2005 to 2009. The database was obtained through IPEADATA and analyzed using thematic maps constructed in Earth View software. The reason of choosing the state of Paraná interest lies in comparing the Mesoregions Geographic this state economically. Already reason for opting for the years 2005 to 2009 that are most current data provided by the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE). It was concluded that the Thematic Cartography is presented as an additional tool for studying the GDP in this state and most counties had a decrease of up to -100%. This research aims to contribute to the work of professionals in various fields such as economic sector (since it can serve for the State Government to observe the economy) and cartography, and other sectors, given the importance of understanding the conditions under which is the Gross Domestic Product for the state of Paraná and in any other region.

Palavras-chave: Thematic maps, GDP, Mapas temáticos, PIB. 1. Introdução

A cartografia temática é considerada um tipo de cartografia que norteou a passagem de representação das propriedades que eram apenas vistas para a representação das propriedades conhecidas dos objetos conforme Martinelli (2003, apud CASTRO, 2004).

Segundo Carvalho (2007), a cartografia vem passando por mudanças almejando representar de modo mais ágil os diagnósticos por ela produzidos. Dentre as divisões da cartografia encontra-se a Cartografia Temática que é associada à representação de temas específicos.

Em relação ao Produto Interno Bruto, enquanto instrumento de análise setorial, se faz importante devido ao fato de que estudos e planejamento serem cruciais para o desenvolvimento sustentável. Os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios permitem identificar as áreas, segundo o grau de desenvolvimento econômico e a estrutura produtiva, trazendo informações que captam as especificidades do País, propiciam estabelecer objetivos e definir prioridades, além de auxiliarem as políticas de ajuste estrutural (IBGE, 2011).

O interesse da pesquisa permeia sobre as seguintes questões: De que modo a Cartografia Temática permite a análise das condições de dados econômicos? Como se reflete o Produto Interno Bruto no período de 2005 a 2009 no estado do Paraná?

O motivo de se escolher o Estado do Paraná reside no interesse de comparar dados do PIB das Mesorregiões de Desenvolvimento do estado. Já o motivo de optar pelos anos de 2005 à 2009 é devido a tratar-se de dados mais atuais fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O objetivo geral desta pesquisa foi analisar as condições do Produto Interno Bruto no estado do Paraná através da Cartografia Temática no período de 2005 a 2009. Os objetivos

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específicos foram: Fazer levantamento do Produto Interno Bruto dos municípios do estado do Paraná referente a 2005 a 2009; Executar um mapeamento temático da evolução do Produto Interno Bruto dos municípios do estado do Paraná; Verificar o percentual de crescimento e decrescimento do Produto Interno Bruto dos municípios do Estado do Paraná; Analisar os resultados através de comparação entre as Mesorregiões Geográficas.

2. Metodologia de Trabalho

Segundo Farias (2010) a validação de uma pesquisa depende em muitos aspectos do rigor metodológico a que ela é submetida. Dessa forma, entende-se que um passo crucial para a compreensão dos dados apresentados foi conhecer o contexto e os objetivos dos instrumentos utilizados durante a coleta, bem como toda a realidade na qual o estudo transcorreu.

O percurso escolhido para o desenvolvimento deste estudo foi: planejamento e aquisição de dados; construção da base de dados espaciais; geração de mapas temáticos; análise de mapas temáticos do crescimento percentual do PIB no estado do Paraná de 2005 à 2006, de 2006 à 2007, de 2007 à 2008 e de 2008 à 2009; fazer um comparativo entre as mesorregiões geográficas, observando onde há crescimento e decrescimento percentual.

A cartografia pode ser definida como arte de conceber, de levantar, de redigir, e de divulgar os mapas Joly (1990, apud CASTRO, 2004). Outros autores dizem que a cartografia é um conjunto das ciências que produzem ao mapa (NOGUEIRA, 2008).

Há vários tipos de mapas. Dentre eles têm-se os mapas temáticos, advindo da cartografia temática.

Segundo Nogueira (2008), os mapas temáticos são mapas designados para mostrar alguns conceitos particulares.

Os produtos da cartografia temática são mapas, cartas em qualquer escala destinadas a um tema específico. O objetivo desses mapas temáticos é fornecer as informações referentes a um determinado tema ou fenômeno que está presente ou age no território mapeado como afirma IBGE (1999, apud, CASTRO, 2004).

A Cartografia temática é a principal forma gráfica utilizada para que se representar as relações que ocorrem no espaço. Tem por objetivo expressar determinados conhecimentos particulares para uso geral (CARVALHO, 2007). É o que destaca Marques (2011) ao descrever que a Cartografia Temática trata de assunto mais restritos.

A principal representação é feita através da elaboração e o uso dos mapeamentos temáticos, abrangendo desde o processo de coleta, análise, interpretação até a representação das informações.

Dickmann (2010) afirma que a Cartografia Temática é uma técnica de visualização cartográfica, que produz mapas especiais e pode fornecer de uma melhor maneira a informação.

“As informações do PIB dos Municípios permitem avaliar, dentre outros aspectos, a concentração econômica no País” (IBGE, 2011).

Conforme IBGE (2011), os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios permitem identificar as áreas, segundo o grau de desenvolvimento econômico bem como a estrutura produtiva, produzindo informações que captam as especificidades do País, propiciam estabelecer objetivos e definir prioridades, além de auxiliarem as políticas de ajuste estrutural.

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De acordo com Mateus e Duarte (2007) “O produto interno bruto é o valor total de bens e serviços produzidos na economia de um país num determinado período de tempo, independentemente de ser realizada por empresas nacionais ou estrangeiras”.

O cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios baseia-se na distribuição, pelos municípios, do valor adicionado bruto, a preços básicos, em valores correntes das atividades econômicas, obtido pelas Contas Regionais do Brasil. Não se estima o valor adicionado bruto a preços constantes no nível municipal. O trabalho fundamenta-se na identificação de variáveis que permitam distribuir o valor adicionado bruto das 20 atividades econômicas 4 de cada Unidade da Federação, pelos respectivos municípios. O nível de desagregação necessário ao cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios requer maior abertura das mencionadas atividades, chegando-se, especialmente na agropecuária, no nível de produto. A cada divulgação da série do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios é adotada uma política que determina a revisão dos resultados do ano anterior.

Já o Produto Interno Bruto-PIB per capita de cada município é estimado através do valor do Produto Interno Bruto (PIB) do município por sua população residente. Para a população usou-se a estimativa encaminhada pelo IBGE ao Tribunal de Contas da União (TCU14), em outubro de 2009 (IBGE, 2011).

A área de estudo é o estado do Paraná que localiza-se na Região Sul do Brasil. Detém 1.99.316,694 km2 e uma população de 10.444.556 uma área de, contendo 399 municípios distribuídos em dez Mesorregiões de Geográficas conforme o mapa da Figura 1.

Figura 1- Mapa de localização das Mesorregiões de Geográficas do estado do Paraná

Para a realização do estudo foi usado a pesquisa quantitativa (na qual o que é real são os dados brutos considerados dados objetivos, a compreensão é feita através de dados brutos (MINAYO, 2000).

Os instrumentos necessários para construir os mapas temáticos foi software Terra View e os recursos necessários para construção do presente estudo foram dados disponíveis no site do IPEADATA.

“O TerraView é um visualizador de dados geográficos armazenados em um banco de dados do modelo TerraLib. Além de ferramentas de visualização o TerraView possui também uma série de ferramentas de análise.”

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O software Terra View é um Sistema de Informação Geográfica (SIG) desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Ele é livre e gratuito e faz com que o usuário possa manipular informações geográficas a partir de mapas eletrônicos (INPE, 2012).

3. Resultados e Discussão

As figuras 2, 3, 4 e 5 expressam o crescimento percentual do Produto Interno Bruto.

Figura 2- Crescimento percentual PIB 2005 a 2006

Com esta Figura 2 pode-se observar que de 2005 a 2006 houve uma divisão dos municípios que cresceram e decresceram (2006 contra 193). A taxa de crescimento máxima atingida foi de 100%. No geral vê-se que as mesorregiões que tiveram mais municípios com crescimento foram: Noroeste Paranaense, Norte Central Paranaense e Centro Oriental Paranaense. Já as que tiveram mais decrescimento foram Centro Ocidental Paranaense e Oeste Paranaense.

Figura 3- Crescimento percentual PIB 2006 a 2007

A Figura 3 permite observar que de 2006 a 2007 a maioria dos municípios tiveram crescimento de até 100% (327 municípios). No entanto alguns municípios, principalmente os

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localizados nas mesorregiões: Norte pioneiro paranaense, Centro Oriental Paranaense, Norte Central Paranaense, Sudoeste Paranaense e Metropolitana de Curitiba, tiveram um decrescimento (total de 71 municípios). É observável que um município em particular da mesorregião Metropolitana de Curitiba se destacou ao ultrapassar um crescimento de 100%.

Figura 4- Crescimento percentual PIB 2007 a 2008

Por meio desta Figura 4 foi possível notar de 2007 a 2008 a maioria dos municípios teve crescimento de até 100% (295 municípios). Alguns municípios tiveram um decrescimento (total de 103 municípios). É observável que um município em particular da mesorregião Sudoeste Paranaense se destacou ao alcançar um crescimento percentual do PIB sete vezes maior se comparado ao mesmo período do ano anterior (Saudade do Iguaçu). De uma maneira mais geral as mesorregiões que mais tiveram municípios com decrescimento no valor do PIB foram: Sudeste Paranaense, Centro-Sul Paranaense, Norte Central Paranaense, Centro Oriental Paranaense e Metropolitana de Curitiba. Já as que cresceram até 100% são as mesorregiões: Centro Ocidental Paranaense, Oeste Paranaense e Sudoeste Paranaense.

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Na Figura 5 se pode analisar que de 2008 a 2009 a maioria dos municípios tiveram uma queda no valor do PIB chegando a ter decrescimentos (representado em vermelho). Nota-se, porém que houve municípios que atingiram um crescimento de até 100% referente a 2008. No geral vê-se que as mesorregiões que tiveram mais municípios com crescimento foram: Noroeste Paranaense e Metropolitana de Curitiba (totalizando 151 municípios). Já as que tiveram mais decrescimento foram Sudoeste Paranaense e Centro-Sul Paranaense (com 248 municípios).

4. Conclusões

Pode-se afirmar que a Cartografia Temática pode contribuir para efetuar análise das condições em que se encontram os dados econômicos, como neste caso a análise da evolução do PIB construindo-se mapas temáticos e efetuando as análises necessárias.

A análise dos resultados permitiu verificar que grande parte dos municípios entre 2005 e 2009 teve decrescimento de até -100%, que a maior taxa de crescimento foi de 100%.

Neste caso não há tendência de crescimento ou decrescimento no valor do PIB neste intervalo de tempo.

A mesorregião do Noroeste Paranaense foi a que mais se manteve constante.

Agradecimentos

Agradecemos aos órgãos públicos IPEADATA, IBGE e INPE que forneceram os dados e

softwares para a realização da presente pesquisa, aos colegas do curso de Pós Graduação em

Ciências Geodésicas e Tecnologias da Geoinformação, além da CAPES e o DECart do Centro de Tecnologias e Geociências-UFPE.

Referências Bibliográficas

Brasil, Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Produto Interno Bruto dos Municípos de

2005-2009. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): Rio de Janeiro, 2011, n. 36. Disponível em:

<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/pibmunicipios/2005_2009/pibmunic2005_2009.pdf> Acesso em abril de 2012.

Carvalho, G. A. Os princípios da Cartografia Temática e o papel do geoprocessamento em sua construção. Belo Horizonte: UFMG, 2007. 84 pág.

Castro, F. do V. F. de. Cartografia Temática. Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Instituto de

Geociências (IGC): Belo Horizonte, 2004. Disponível em:

http://www.geo.uel.br/didatico/omar/cartografia_tematica.pdf. Acesso em abril de 2012.

Dickmann, F. The Potential of the Lenticular Foil Technique for Thematic Cartography. The Cartographic

Journal,Vol. 47 N. 3 p. 250–256 agosto 2010.

Farias, M. R. B. de. O acompanhamento pedagógico e o ensino de matemática em escolas rurais:

analisando concepções e práticas. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal de Pernambuco. Centro de

Educação. Recife-PE, 2010. 173 p.

IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Estados. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/estadosat/perfil.php?sigla=pr.> Acesso em novembro de 2012.

INPE- Instituto nacional de Pesquisas Espaciais. Apostila TerraView.Disponível em: <http// www.dpi.inpe.br>. Acesso em abril de 2012.

IPEADATA- Disponível em: http://www.ipeadata.gov.br/ . Acesso em junho de 2012.

Marques, R. Divisão da Cartografia e suas particularidades. Universidade Federal da Paraíba. Centro de Ciências Exatas e da Natureza. Departamento de Geociências. Disciplina Cartografia Ambiental. João Pessoa – PB, 2011.

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Mateus, A.; Duarte, M. Indicadores económicos sua interpretação. Coimbra: IPC, 2007.

Minayo, M. C. de S.. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: Hucitec, 2000. 7 ª edição.

Nogueira, R. E. Cartografia:Representação, comunicação e visualização de dados espaciais. Florianópolis: Ed. Da UFSC, 2ª edição. 2008

Referências

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