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A criação da cidade de Presidente Prudente e seu desenvolvimento até a atualidade

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Academic year: 2021

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Anais do XVIII Encontro de Iniciação Científica – ISSN 1982-0178 Anais do III Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – ISSN 2237-0420 24 e 25 de setembro de 2013

A criação da cidade de Presidente Prudente e seu

desenvolvimento até a atualidade.

1917 – 1970

Prof. Dr. Luiz Augusto Maia Costa

Cultura Urbanística na Tradição Clássica

História do Pensamento Urbanístico CEATEC – PUC Campinas luiz.augusto@puc-campinas.edu.br

Mateus Dias da Silva

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo CEATEC

Mateus_dsilva@hotmail.com

Resumo: Este artigo pretende abordar os dados históricos de formação e organização do município de Presidente Prudente. Propõe-se a identificar suas grandes transformações e a sua evolução urbana. Além da descrição do desenvolvimento e do processo urbanistico da cidade, o artigo contará com um levantamento de dados populacional identificando ao longo dos anos o crescimento da mesma. Fará comparações de dados entre a cidade, à

A partir dessa data a cidade se mantém com tal status e passa a se desenvolver e crescer partir de tal reconhecimento na região.

comparações de dados entre a cidade, à região e o estado e relatará como foi o processo de industrialização da região e quais foram os principais produtos cultivados em suas terras.

Palavras – Chaves: Presidente Prudente, Industrialização Prudentina,

Desenvolvimento de Presidente Prudente. Área de Conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas - Fundamentos da Arquitetura e Urbanismo – FAPIC/ Reitoria

Introdução:

Presidente Prudente está situada no extremo oeste do Estado de São Paulo. Fundada em 1917, constituiu - se como município em 1921. Segundo dados do IBGE de 2010, possui 207.610 habitantes. A cidade é a Capital da Alta Sorocabana e sede da décima Região Administrativa do Estado, formando a Região de Governo de Presidente Prudente. Nesse artigo será descrito o processo de desenvolvimento urbano da cidade. A pesquisa se desenvolve até o ano de 1970, fase de consolidação da cidade no Oeste Paulista.

A Fundação Do Município: Vila Goulart, Vila Marcondes e Estrada de Ferro Sorocabana. O desenvolvimento da cafeicultura se inicia no Rio de Janeiro e em seguida se espalha por São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. O Vale do Paraíba é, nesse momento, a primeira área ocupada em grande extensão. Por volta do século XIX o plantio de café começa se expandir para uma nova região ainda pouco conhecida: extremo oeste do Estado. A conquista do mercado internacional e a diminuição da produção no Vale do Paraíba devido ao esgotamento do solo e mão de obra precária levaram o plantio a avançar pelo oeste em busca de terras férteis. A ocupação dessas pela produção do café incentiva a criação de ferrovias no Estado de São Paulo. Os fazendeiros, preocupados com o escoamento da safra, se empenhavam para a

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estabelecido desde 1917 com a junção de duas vilas criadas para auxiliarem nas vendas de terras dos Coronéis Francisco de Paula. Goulart e José Soares Marcondes que foram os responsáveis por sua fundação e sistemática colonização, respectivamente.

Essas glebas de vendas de terras eram duas fazendas: a Pirapó - Santo Anastácio que era propriedade da família do Coronel Goulart e a Montalvão, da família do Coronel Marcondes. As duas famílias, com as vendas de terras, deram inicio ao povoamento e o aparecimento de Presidente Prudente. Dessa ocupação, nasce a Vila Goulart, um núcleo urbano criado para auxiliar os compradores de terras da região. Um local de “troca” dos produtos vindos pela Estrada de Ferro Sorocabana. Do lado direito da linha férrea, paralela às terras de Goulart, com estruturação bem diferente, localizava-se a outra colonização: a de Marcondes, Fazenda Moltalvão. As vendas de terras pelo Coronel Marcondes, em decorrência da estrutura de negócios que oferecia, ajudou na produção do café e a valorização da cultura cafeeira. A empresa vendia pequenos pedaços de terras, em busca de futuros investidores. Todas as vezes que Marcondes visitava seus negócios em Presidente Prudente, apresentava a região, enfatizando o crescimento e os bons negócios para aqueles que comprassem terras no local. Os instalação das redes ferroviárias. Tal fato se

explica pela distância dos portos, quando mais longe mais era o incentivo dos produtores, inclusive financeiro. Várias companhias ferroviárias são criadas nesse período, a Paulista, Mogiana, Ituana e a São Paulo Railway. Entretanto, a estrada de Ferro Sorocabana, principal motivação para a criação da cidade de Presidente Prudente, não nasce como necessidade de escoar o café, mas sim para, de acordo com Abreu [1], para o escoamento de ferro da fábrica São João do Ipanema, assim abastecendo a capital, o Brasil e o mercado estrangeiro.

O motivo que fez a ferrovia Sorocabana crescer e fundir-se à produção cafeeira foi à expansão do plantio de café para oeste do Estado em meados do Século XIX. No ano de 1905, quando a ferrovia Sorocabana passa para as mãos do Governo do Estado, cria-se a Comissão do Prolongamento e Desenvolvimento da Estrada de Ferro Sorocabana.

Segundo Dióres Santos Abreu [1], a ferrovia foi importante na economia cafeeira, sendo um dos principais apoios de sua infraestrutura. Ela significou o transporte eficiente, seguro e barato para o café, a comunicação fácil com os grandes

centros. No caso do extremo oeste de São Paulo, para aqueles que comprassem terras no local. Os dois coronéis trabalhavam com vendas de terras, e, como eram concorrentes, a criação de outro núcleo urbano oposto ao instalado por Goulart, foi necessária. Uma organização que viesse suprir as necessidades de infraestrutura básica para os compradores de terras que vinham de São Paulo. Foi criada por Marcondes a Vila Marcondes. Os dois povoados cresciam e a busca por terras e negócios fazia com que todos os dias novos compradores parecessem.

Antes da criação de Presidente Prudente, as duas vilas se unem e solicitam ao governo do Estado uma proteção: a criação de um Distrito Policial, o que acontece em 1921. A cidade é criada posteriormente, ainda em 1921, e os coronéis não poderiam ficar de fora das decisões administrativas sobre o município, são eles, então, Goulart e Marcondes que “brigam” para o cargo de administrador da cidade. Os candidatos Goularistas assumem o poder de 1923 -1925 e os Marcondistas de 1926 - 1930. Acidade vive sob um regime de coronelismo durante toda a década de 1920.

centros. No caso do extremo oeste de São Paulo, acrescentam-se outras circunstâncias: a ferrovia foi a melhor maneira para os negociantes de terras levarem seus compradores em potencial a conhecerem suas glebas; favoreceu a penetração de novos investidores, trabalhadores, os loteamentos, a ocupação e o aproveitamento da terra. Rodeando as ferrovias, multiplicaram-se vilarejos. A ferrovia permitiu também, o abastecimento da rede de manufaturas inclusive importadas. Sem a ferrovia, não haveria o interesse de tantos compradores, colonos em busca de fortunas, aventureiros de toda espécie. Foi um fator marcante do progresso na região. E no caso particular de Presidente Prudente, foi fundamental para seu desenvolvimento.

Por consequência do plano de expansão, a Estrada de Ferro Sorocabana se estende entre 1906 a 1909, até Salto Grande e atingiu a área chamada de Alta instalação das redes ferroviárias. A estrada chega até Presidente Prudente em 1919 e o município já havia se

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A Evolução da Urbanização De Presidente Prudente

Na década de 20, todo investimento na infraestrutura era de iniciativa privada. A construção de edifícios essenciais, de madeira ou tijolos, era financiada pelos donos das terras. A cidade permaneceu muito tempo sem melhoras urbanísticas, como calçamento, água, esgoto e prédios para os setores públicos. Até 1930, a política coronelista, foi marcada como o período mais carente de auxílio, segundo Abreu [1], da “atenção dos poderes públicos”.

Nos anos seguintes as administrações coronelistas, apresentam uma mudança. As novas administrações aumentam a arrecadação de impostos e proporcionam infraestrutura para a cidade. Uma lei promulgada pela administração do Prefeito Brizolla, Lei 16 de 25 de novembro de 1936, garante a isenção de impostos, com intuito de estimular a construção no quadrilátero central da cidade. O município passou a ter calçamento, muros, a construção de um Paço Municipal, do Mercado Municipal e as primeiras obras Estaduais financiadas pelo Governo do Estado: Grupo Escolar, água e esgoto, Prédio para o Fórum, entre outros.

No fim da década de 30 já se nota características

mantendo até a década de 40 e inicio da década de 50. No entanto, a industrialização da cidade é mais escassa do que no período anterior. Além das grandes indústrias de grãos, a cidade era constituída exclusivamente por pequenas oficinas e fábricas domésticas.

A População De Presidente Prudente Figura 2: Estação Ferroviária Sorocabana em sua inauguração, a partir de então a cidade passa a crescer em ritmo acelerado, 1940.

da expansão da cidade que se estende em direção a Vila Goulart. Esse crescimento se mostra sem planejamento, sem preocupações de regularização e documentos de propriedade e, na década de 30, a cultura de grãos, faz com que apareçam novas indústrias na região, algodão, amendoim, mamona, entre outras.

O algodão e amendoim tiveram grande importância no processo de urbanização da cidade. Presidente Prudente era o centro de comercialização desses produtos.

A expansão territorial, apesar da falta de organização, é intensa na década de 30, se

Um caso curioso encontrado na população da Alta Sorocabana era o baixo percentual de negros e mulatos e, em contrapartida, relativamente alta a presença de indivíduos de olhos amendoados de origem japonesa. Nas áreas periféricas da cidade, a presença dos mesmos, aumentava mais ainda devido ao cultivo da horticultura. Nas áreas rurais os japoneses eram responsáveis pela engorda de bovinos. O Censo de 1960 apresenta uma elevada porcentagem de pretos e pardos no Brasil sendo que os amarelos não passavam de 1%.

Figura 3: Início da cidade de Presidente Prudente com, ainda, pouca infraestrutura, mostrando ruas e estradas de terra 1920.

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Segundo Leite, o processo de hipertrofiamento populacional nos arredores da capital do Estado continua, pois a influir nas zonas interioranas. Analisando o Censo demográfico de 1970, verificou-se que das 17.775.889 pessoas residentes no Estado, nada menos de 45,7 % residiam na região da Grande São Paulo e, enquanto a densidade demográfica média estadual era de 71,8 hab/ km², naquela área elevava-se a 1.023,4 hab/ km².

A saída da população dessa região acontece para as regiões de colonização mais nova, sobretudo para o Norte do Paraná, Alta Paulistana e, mais recentemente, para o sul de Mato Grosso.

Na década de 70, a população não se distribui igualmente pela região, concentrando-se principalmente ao longo da ferrovia, e rarefazendo-se à medida que se distancia do espigão divisor das águas do Peixe e do Paranapanema.

A Formação Da Rede Urbana.

Com o objetivo de tornar mais acessível o oeste aos centros litorâneos, a Estrada de Ferro Sorocabana, antes do café, cortou os sertões do Sudoeste em busca do Rio Paraná, em 1917 atingiu o espigão, na altura das nascentes do Ribeirão Santo Anastácio, onde florescia um jovem patrimônio conhecido por uns como Patrimônio do Veado e, mais usual, por Vila Goulart [2].

de Monte Alegre e à oeste o Rio Paraná.

Os pequenos patrimônios que foram surgindo, a partir de 1925, foram elevados à categoria de sedes de distritos e incorporados ao município de Presidente Prudente. Entretanto, com o vasto território, a Prefeitura não podia cuidar de todos os seus distritos; neste mesmo ano, começam a se destacar do território prudentino, tornando-se autônomos e elevados à categoria de municípios. Em 1930, a área de Presidente Prudente era já de 6.980 / km², sendo então sua população calculada em cerca de 80.000 pessoas.

Os últimos distritos, dos quais se originaram municípios, foram criados no Vale do Paranapanema, em direção ao Pontal.

Vila Goulart [2].

Em janeiro de 1919, foi construída a pequena estação pela ferrovia, esta passa a se chamar Estação de Presidente Prudente e assim inaugura-se o tráfego normal de trens. Esta instalação deu condição de vida e movimentação ao povoado. Multiplicaram-se os edifícios, sobressaindo-se o grande numero de casas comerciais. Era, então, a Vila Goulart, o ponto mais avançado do Sudoeste Bandeirante. Local obrigatório de abastecimento dos sítios e fazendas recém abertos, dos viajantes, dos bandeirantes, dos colonos e dos trabalhadores da ferrovia.

Com a instalação da ferrovia o aumento da população do povoado cresceu muito e assim, foi surgindo à necessidade de um governo local que administrasse o povoado e organizasse os serviços urbanos.

Dessa maneira, em 28 de novembro de 1921, era criado o município de Presidente Prudente pela Lei número 1.798, com terras desmembradas dos municípios de Campos Novos do Paranapanema e Nossa Senhora da Conceição de Monte Alegre. Ao ser instalado, em 27 de agosto de 1923, possuía mais um distrito, Santo Anastácio. Sua extensão territorial era de, aproximadamente, 15.600 km². Seus limites atingiram, ao norte, o divisor de águas do Aguapeí-Peixe; ao sul, o Rio Paranapanema; à leste, os municípios de Campos Novos e Conceição

Nota-se na Alta Sorocabana a repartição maior do antigo território do município prudentino, enquanto que, nas terras de Campos Novos e Conceição de Monte Alegre. Os alongados cerradões aí situados parece ser responsáveis pelo menos povoamento, embora ao sul do espigão interfluvial apareçam as excelentes terras roxas, nas quais se situam os municípios de Maracaí, Iepê, e os limites meridionais de Paraguaçu e Rancharia.

Evidenciam-se também, na divisão administrativa que os menores municípios são aqueles que se limitam com Presidente Prudente, o que demonstra uma maior condensação da população regional em torno deste núcleo.

A Estrada de Ferro Sorocabana estabeleceu um novo ramal rodoviário, a partir de Presidente Prudente, que hoje alcança o Porto Euclides, no Paranapanema, depois de passar por Teodoro Sampaio e cujo objetivo é alcançar Rosana, na confluência dos rios mencionados, e daí atingirem Dourados, destacado centro sul-mato-grossense. A ferrovia, no entanto, já não correspondia, na Figura 4: No mapa a cima nota-se que as últimas cidades criadas no Vale do Paranapanema foram estabelecidas no sentido do Pontal do Paranapanema.

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urgência dos negócios modernos, ao transporte de passageiros, pois nos seus 710 km de percurso de Presidente Prudente a São Paulo, demorava de 15 a 20 horas de viagem. Por outro lado, as estradas de rodagem, utilizáveis somente em período de seca, tornavam uma aventura à viagem até São Paulo.Tais fatos vieram tornar o aeroporto de Presidente Prudente no mais movimentado do interior paulista, que servia a toda a Alta Sorocabana.

No fim da década de 50 asfalta-se a Rodovia Raposo Tavares, facilitando o transporte rápido aos centros litorâneos. Também é pavimentada a estrada que serve de acesso à Alta Paulista, Noroeste e Alta Araraquarense. Na mesma época são asfaltadas as ligações rodoviárias com o Norte do Estado do Paraná, que também se acha hoje retalhado de municípios. Suas sedes, algumas já transformadas em focos de atração regional, disputam entre si zonas de influência. Entre elas, Londrina, Maringá e Paranavaí mantêm-se na vanguarda, em impressionante crescimento urbano.

Segundo Leite [1], com base na pesquisa feita pelos alunos do Curso de Geografia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Presidente Prudente em 1967, quanto aos equipamentos de cada cidade, no que se refere a hospitais, como médico, escolas secundárias com primeiro e segundo ciclos, curso normal, comércio atacadista e varejista, usinas de beneficiamento de algodão ou amendoim, telefones, acesso com estrada asfaltada, as melhores cidades

dentro dessa classificação, Presidente Prudente pode ser considerada como um grande centro de serviços, categoria esta que lhe é garantida pelos setores

Presidente Prudente e sua ação na Alta Sorocabana Presidente Prudente é uma cidade que surpreende no quadro urbano da Alta Sorocabana e isso, graças a um conjunto de fatores físicos, históricos e econômicos, em grande maioria citados no artigo. Contudo, a posição geográfica privilegiada, facilmente observada num mapa do Estado de São Paulo, em situação estratégica no sudoeste, lhe confere a proximidade com os Estados do Paraná e com o Mato Grosso. Tal condição garantiu a presença comercial de Presidente Prudente, a partir das décadas de 30 e 40, no Norte Novo do Paraná e posteriormente, nas frentes pioneiras do sul Mato Grossense.

Na cidade de Presidente Prudente os coronéis Goulart e Marcondes cuidaram justamente da fixação do colono comprador de suas terras, oferecendo-lhe condições já citadas no artigo.

Ao mesmo tempo, Goulart e Marcondes procuravam ligas suas vilas aos outros patrimônios, em geral instalados por eles mesmos, abrindo as primeiras vias em direção ao Rio do Peixe, a Álvares Machado, Presidente Bernardes, Pirapózinho, à Fazenda Indiana e outros.

Foi na evolução da Alta Sorocabana que Presidente Prudente impôs sempre sua presença. Isso pelo fato de acesso com estrada asfaltada, as melhores cidades

alcançariam, no máximo, a categoria de centros intermediários, que seriam: Paraguaçu Paulista, Presidente Epitácio, Presidente Venceslau, Rancharia e Santo Anastácio.

Situados ainda, hierarquicamente abaixo, na categoria de pequenos centros e serviços às cidades: Alfredo Marcondes, Álvares Machado, Iepê, Indiana, Maracaí, Martinópolis, Mirante do Paranapanema, Pirapózinho, Presidente Bernardes, Quatá e Regente Feijó.

Prudente impôs sempre sua presença. Isso pelo fato de manter-se na primazia da produção do café, e posteriormente, algodão e amendoim.

Muitas casas comerciais paulistas montaram suas filiais em Presidente Prudente, ocorrendo o mesmo com algumas indústrias, que a escolheram como centro distribuidor dos seus produtos, como cigarros, artigos dentários, derivados de petróleo, as agencias de automóveis e caminhões, os produtos químicos, e farmacêuticos, materiais para construção, bebidas entre outros.

Como consequência, tornou-se o grande centro residencial da Alta Sorocabana, sendo procurada, sobretudo pelos grandes e médios proprietários rurais, cujas casas destacam-se na paisagem urbana da capital.

A Industrialização Em Presidente Prudente.

De acordo com Leite [1], deve-se reconhecer que o crescimento do número das pequenas indústrias em Presidente Prudente, principalmente nos últimos 20 anos (1952 a 1972), é, quando não ainda ideal, bastante animador. De forma que dos 74 estabelecimentos industriais existentes em 1949, a cidade passou a ter 329 em 1967. No intervalo de 1963 a 1970, o consumo de energia elétrica em Presidente Prudente mostrou um aumento de certa de 93% nos últimos oito anos

Figura 5: No mapa a cima é possível localizar algumas das cidades classificadas como pequenos centros e serviços.

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Segundo Leite, no âmbito Federal, o valor da produção industrial de Presidente Prudente, correspondia a 0,12% do país, ombreando-se, com a mesma porcentagem cada com: Jacareí (SP), Ouro Preto (MG), Franca (SP), Guarapuava (PR), Nova Friburgo (RJ). Essa indústria é formada preponderantemente por capitais nacionais, excetuando-se algumas ligadas ao beneficiamento do algodão e amendoim (Sambra, Anderson Clayton, Lotus).

Em 1967, a indústria prudentina já empregava 2.400 operários, ou seja, mais que o dobro que em 1960. Igualmente o numero de estabelecimentos elevava-se a 329, enquanto o valor de sua produção aumentava mais de 100 vezes. Uma análise nessa relação perime verificar que a indústria prudentina esta basicamente ligada ao aproveitamento de matérias primas agropecuárias.

A indústria em Presidente Prudente que consome matéria prima proveniente dos setores agropastoris é abastecida, não somente pela Alta Sorocabana, porém, de forma preponderante, pelo Sul do Mato Grosso e Norte do Paraná. Assim ocorre o abastecimento dos estabelecimentos ligados a extração de óleos vegetais, do couro e da madeira, esta com o estoque regional, inteiramente exaurido.

Atualmente Presidente Prudente conta com o Distrito Industrial Antônio Crepaldi que é caracterizada por indústrias, áreas de lazer e áreas de preservação

Com a leitura dos livros e artigos pode-se concluir que a Estrada de Ferro Sorocabana foi fundamental para o surgimento dos primeiros tipos de assentamento no extremo oeste paulista. Além disso, a forma com que os coronéis Goulart e Marcondes dispuseram e distribuíram suas terras fez com que o vilarejo ao redor da ferrovia fosse crescendo e tomando novas proporções. As excelentes condições oferecidas a investidores fez com que muitos interessados viessem instalar seus negócios na cidade de Presidente Prudente, o que fez com que a mesma crescesse muito rápido, tendo um aumento populacional maior até que toda a Alta Sorocabana. Graças a esse grande crescimento e evolução industrial e agrícola, a cidade se tornou a principal no Vale do Paranapanema fazendo negociações não apenas com as cidades vizinhas e a região, mas também, com o Norte do Paraná e o Sul de Mato Grosso, além do escoamento de produtos até os portos. Com tais conquistas hoje Presidente Prudente é uma cidade de extrema importância no Oeste Paulista, sendo um centro administrativo, econômico e industrial da região.

Agradecimentos

Agradeço a PUC Campinas pela cessão da Bolsa de Iniciação Científica FAPIC/ Reitoria.

indústrias, áreas de lazer e áreas de preservação permanente. Através do levantamento dos dados cadastrais dos empreendimentos, classificou-se cada unidade industrial de acordo com sua tipologia. E conhecendo tal tipologia, foi possível inferir quais são os principais tipos de resíduos gerados nas empresas.

Iniciação Científica FAPIC/ Reitoria. Referências

[1] ABREU, Dióres Santos. Formação histórica de uma

cidade pioneira Paulista: Presidente Prudente.

Presidente Prudente: FFCLPP, 1972.

[2] LEITE, José Ferrari. A Alta Sorocabana e o espaço

polarizado de Presidente Prudente. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Presidente Prudente. São Paulo, 1972, pg. 119.

Figura 6:Tabela de indústrias de Presidente Prudente separada por tipologias, número de indústrias e principais resíduos gerados. Nota-se que o principal tipo de indústria da cidade é a metalúrgica e em seguida a de equipamentos automotivos. Os resíduos gerados em sua maioria podem ser reutilizados através da reciclagem, evitando o acumulo de resíduos sem função. Em Presidente Prudente hoje há, também, em pequena quantidade, refinaria de óleos e gás que geram gases e poluentes atmosféricos. Devido a tais tipologias de indústria e, além do comércio, Presidente Prudente tem a melhor economia da região, sendo a mais desenvolvida do Oeste Paulista,

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