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Metodologia de. B.Z. Leite 1, U. Pawlowsky 2. Objetivo

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Resumo

Em todo processo industrial parte-se de matérias-primas e insumos para se obter produtos. Porém, esta conversão nunca é completamente eficiente, existin-do sempre a geração de resíduos. Atualmente as empresas vêem-se obrigadas a ser mais responsáveis e cuidadosas com o meio-ambiente e, portanto, os resí-duos gerados não são bem vistos e devem ser eliminados. A minimização de resíduos focaliza o problema na maneira de como evitar que determinado resíduo seja gerado, ou seja gerado na menor quantidade possível. As etapas a serem seguidas na aplicação de um programa de minimização, são: planejamento, le-vantamento de dados, priorização dos resíduos, elaboração de medidas de mini-mização, aplicação e monitoramento. Para a priorização utiliza-se um modelo matemático que avalia todas as considerações ambientais, técnicas, de risco e econômicas pertinentes ao resíduo. Este artigo apresenta uma metodologia de minimização e um modelo matemático bastante flexíveis, podendo ser adaptados de acordo com as necessidades de cada empresa.

A

preocupação

am-biental é cada vez maior em todos os se-tores da sociedade e o respeito que uma em-presa tem pelo meio-ambiente está direta-mente relacionado à sua aceitação pública. A necessidade das em-presas ser mais cuida-dosas e responsáveis para com o meio-ambi-ente é uma tendência mundial que se apre-senta na crescente pressão do governo, consumidores, acionis-tas e financiadores. Além disso, os

trata-mentos de fim-de-tubo não eliminam o pro-blema, mas apenas o transferem e modifi-cam o tipo de resíduo a ser disposto. Jun-tando-se a isso, a prevenção à poluição está substituindo as tecnologias de fim-de-tubo com numerosas vantagens, tanto ambientais como econômicas. Neste pon-to, a minimização de resíduos focaliza o problema na maneira de como evitar que determinado resíduo seja gerado, ou seja gerado na menor quantidade possível.

Baseando-se no conceito de desen-volvimento sustentável, que tem como premissa o crescimento econômico e social duradouro, acompanhado da pre-servação do patrimônio natural de to-dos os países e do equilíbrio ecológico, vê-se de suma importância a prevenção à poluição e redução do desperdício de recursos naturais.

Objetivo

O objetivo deste artigo foi desenvolver uma metodologia de minimização baseada nas metodologias já consagradas e na apli-cação de um modelo matemático para a valoração dos resíduos.

Minimização de resíduos

A Agencia de Proteção Ambiental Nor-te-americana (EPA) definiu a minimização como toda a ação tomada para reduzir a

quantidade e/ou a to-xicidade dos resíduos que requerem disposi-ção final (EPA, 1988).

A minimização de resí-duos visa uma raciona-lização dos processos e esta, por sua vez, for-nece uma economia significativa, pois o uso de metodologias de tecnologia limpa reduz o uso de água, energia e matérias-primas, oti-miza os processos, evi-tando desperdícios e poluição (SENAI, 2001). Como comple-mentam Matos e Schalch (2000), mini-mização de resíduos é a redução, tanto quanto possível, de resíduos gerados, tra-tados, estocados ou dispostos. Inclui qual-quer atividade de redução na fonte, ou re-ciclagem nas quais o resíduo é submeti-do a operações que reduzam seu volume total ou sua toxicidade e também a não transferência de um poluente de um meio para outro e o atendimento das legisla-ções ambientais. O programa de mini-mização de resíduos, assim como a maio-ria dos programas da área ambiental, pos-sui uma grande flexibilidade, permitindo

Metodologia de

minimização de resíduos

B.Z. Leite1, U. Pawlowsky2

1- Departamento de Engenharia Química – Universidade Federal do Paraná.

Email: barbara@engquim.ufpr.br

2- Departamento de Engenharia Química – Universidade Federal do Paraná.

Email: pawl@cwb.matrix.com.br

(2)

BRASIL ALIMENTOS - nº 14 - Julho de 2002 Quantidade total do resíduo ... WTotal Número de produtos analisados simultaneamente ... p Número de equipamentos onde o resíduo é gerado ... e Número de materiais que compõem o resíduo ... m Número de destinações finais dadas ao resíduo ... d Classificação do resíduo conforme a periculosidade...Π Relação do resíduo com o processo ...Ω Valor unitário1 do material genérico “i” ... $+

i 2 Alteração percentual admissível para o valor do

Material genérico “i” ...∆$% i 3 Percentual do material genérico “i” na composição do resíduo gerado no equipamento genérico “j”,

para o produto genérico “k” ... Xijk Percentual do total de resíduo gerado no equipamento genérico “j”, para o produto genérico “k”,

que sofre a disposição genérica “h” ... Yhjk Percentual do total do resíduo que é gerado no equipamento genérico “j”, para o produto genérico “k” ... Zjk Percentual do total do resíduo gerado para o produto genérico “k” ... Wk Custo unitário de beneficiamento do resíduo gerado no equipamento genérico “j”, para o produto genérico “k”,

que sofre a disposição genérica “h” ... $ -Bhjk Custo unitário de transporte do resíduo gerado no equipamento genérico “j”, para o produto genérico “k”,

que sofre a disposição genérica “h” ... $ -Thjk Custo unitário de tratamento e disposição do resíduo gerado no equipamento genérico “j”,

para o produto genérico “k”, que sofre a disposição genérica “h” ... $ -TDhjk Custo unitário de geração e permanência do resíduo proveniente do equipamento genérico “j”,

para o produto genérico “k”, que sofre a disposição genérica “h” ... $ -GPhjk Retorno4 obtido por destinar o resíduo gerado no equipamento genérico “j”, para o produto genérico “k”,

à disposição genérica “h” ... $+ Rhjk Calcula $+ ? ... DS/N $+ Calcula $ -B? ... D S/N $ -B Calcula $ -T?...D S/N $ -T Calcula $ -TD?...D S/N $ -TD Calcula $ -GP?...D S/N $ -GP Calcula $+ R?...D S/N $ + R Valor unitário do resíduo ... $+ Alteração percentual admissível para o valor unitário do resíduo ...∆$% Custo unitário de beneficiamento do resíduo ... $

-B Custo unitário de transporte do resíduo ... $

-T Custo unitário de tratamento e disposição do resíduo ... $

-TD Custo unitário de geração e permanência do resíduo ... $

-GP Retorno obtido conforme as disposições do resíduo ... $+

R Valor unitário do resíduo não corrigido ... $’ Índice de priorização hierárquica de minimização de resíduos (IPHMR) ...ξ Base do IPHMR, ponderada entre todos os equipamentos onde o resíduo é gerado e para todos os produtos

considerados para análise ...ξB Base do IPHMR da classe a que pertence a disposição genérica “h” ...ξBh Fator de constância do resíduo gerado no equipamento genérico “j”, para o produto genérico “k” ... Kjk Constância do resíduo ponderada entre todos os equipamentos onde o mesmo é gerado,

e para todos os produtos considerados para análise ... K Fator de correção para valores positivos do resíduo ...δ+ Fator de correção para valores negativos do resíduo ...δ -Valor unitário do resíduo corrigido ... $ Valor total do resíduo corrigido ... $Total Número de perguntas para análise por riscos cuja resposta é “Em potencial” ... q Peso da pergunta da análise por riscos no equipamento genérico “j”, para o produto genérico “k” ... Qjk Risco global do resíduo ... R Número de perguntas da análise por facilidade de minimização ... f Peso da pergunta da análise por facilidade de minimização do resíduo no equipamento genérico “j”,

para o produto genérico “k” ... Fjk Custo para minimizar a geração do resíduo proveniente do equipamento genérico “j”, para o produto genérico “k” ... CMjk Facilidade de Minimização global do Resíduo ... F Fonte: Adaptado de Cercal, 2000.

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que toda e qualquer empresa faça uso de seus benefícios, adaptando-o à sua reali-dade (Matos e Schalch, 2000).

Etapas de um Programa Minimização de Resíduos

As técnicas de minimização envolvem desde a mais simples mudança operacional até o restabelecimento do estado da arte de um equipamento, não exigindo o uso de altas tecnologias obrigatoriamente (Ma-tos e Schalch, 2000).

A empresa pode implantar um programa de minimização através de uma metodologia própria ou fazer uso de metodologias já conhecidas e instituições que possam auxiliá-las na implantação (SENAI, 2001).

As etapas a serem seguidas na aplica-ção de um programa de minimizaaplica-ção de resíduos são: planejamento, levantamen-to de dados, priorização dos resíduos, ela-boração de medidas de minimização, apli-cação e monitoramento (EPA, 1988, Matos e Schalch, 2000, Baptista, Zeny e Macha-do, 2000, Pawlowsky, 1983). Segue-se o detalhamento de cada uma destas etapas.

Planejamento: nesta etapa devem ser

definidos os objetivos e metas do progra-ma de minimização de resíduos, e também deve ocorrer a sensibilização e o envolvi-mentos de todos os funcionários da em-presa. Diretores, acionistas, gerentes e demais funcionários devem estar envolvi-dos desde o planejamento do programa, passando pela coleta de dados e

implanta-ção até o monitoramento do mesmo. A sensibilização pode ocorrer de acor-do com: o desejo da empresa de possuir uma certificação ambiental, ou devido aos altos custos com tratamento e dis-posição dos resíduos, ou a pressão do órgão ambiental, ou uma postura pró-ativa em que a empresa reconhece a pre-venção como a melhor alternativa na gestão de resíduos (SENAI, 2001).

Levantamento de dados: deve-se

conhe-cer as diversas localizações de saídas de efluentes líquidos, águas de processo, águas de utilidades, pluviais e esgoto sa-nitário; deve ser feita a medição de vazão e amostragem das diversas fontes de efluentes sólidos, líquidos e atmosféricos, de acordo com metodologia adequada. O

Letra Algarismo Características

1 Reutilização direta do resíduo com os materiais em sua função original 2 Reutilização direta do resíduo com os materiais em função diferente da original 3 Reutilização do resíduo após beneficiamento, com os materiais em sua função original 4 Reutilização do resíduo após beneficiamento, com os materiais em função diferente da original

5 Disposição final adequada

6 Disposição final inadequada

7 Resíduo sem disposição definida.

A Na fonte

B Em outro equipamento na mesma unidade produtiva

C Em outra unidade produtiva na mesma fábrica

D Em outra fábrica

E Em outra fábrica, porém com beneficiamento na unidade fabril onde o resíduo é gerado

Fonte: Adaptado de Cercal, 2000.

Quadro 2 - Características das classes de diposição de resíduos

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BRASIL ALIMENTOS - nº 14 - Julho de 2002

preparo de balanço de massa das des-cargas da indústria para os vários pro-cessos de geração auxilia bastante, se não é fundamental para a coleta de da-dos (Jordão e Pes-soa, 1995, Paw-lowsky, 1983).

Para se obter va-lores que possibili-tem uma avaliação contínua, o registro deve ser anual, con-siderando as varia-ções diárias, horári-as e sazonais típichorári-as do processo de pro-dução. Ressalta-se a importância da rastreabilidade e exatidão dos dados. Estimativas podem ser usadas, mostran-do-se sempre me-lhores que a ausên-cia dos dados (Paw-lowsky, 1983 e Schianetz, 2000).

Priorização dos resíduos: para se

descobrir com qual dos resíduos a empresa deverá se ocupar, inicialmente utiliza-se um modelo matemático que avalia as con-siderações ambientais, técnicas, de risco e econômicas pertinentes ao resíduo.

Este modelo considera “produtos” os conjuntos de dados referentes a uma de-terminada situação de produção e “equi-pamentos”, os objetos físicos por onde passam e/ou são processados e/ou trata-dos os materiais. Os resíduos são proveni-entes de um único ou vários equipamen-tos e possuem diferentes composições e quantidades. Cada resíduo pode ter uma ou mais disposição final. Serão analisa-dos três aspectos básicos: a análise do re-síduo por valor, risco e facilidade de minimização (Cercal, 2000).

O Quadro 1 contém a descrição das va-riáveis utilizadas no modelo matemático, com suas respectivas identificações.

Para tratar a disposição final dada aos resíduos, Cercal (2000) desenvolveu 25 classes englobando a natureza e a locali-dade do destino final, a existência ou não

de um beneficiamento antes da disposi-ção final e a fundisposi-ção, ou seja, a utilizadisposi-ção do resíduo, seja como matéria-prima, uti-lidade ou subproduto. No Quadro 2 apre-sentam-se a natureza, o beneficiamento e a função da disposição final, represen-tada por algarismos, e por letras a locali-dade desta disposição final. A partir deste quadro será feita a identificação da clas-se do resíduo para que posteriormente possa ser valorado.

• Análise do Resíduo por Valor: conside-ra os aspectos ambientais (legislações per-tinentes) e técnico. Neste tópico o resí-duo mais prioritário, ou seja, aquele que deve ser escolhido para se iniciar a minimização é o que apresentar o menor valor global. Logo, o valor global, quando positivo representa lucro que a empresa está tendo com o resíduo, e quando nega-tivo representa prejuízo; então, a disposi-ção final deste resíduo não é adequada do ponto de vista não só econômico mas tam-bém ambiental e técnico. As equações 1 a 16 calculam a análise do resíduo por valor

e estão apresenta-das no Quadro 3.

• Análise do

Re-síduo por Riscos:

considera os aspec-tos de riscos que a geração dos resíduos traz para os funcio-nários, vizinhos e população em geral. Para tanto, são fei-tas uma série de quatro perguntas:

1. Existem

da-dos reais ou esti-mados referentes ao resíduo? 2. Existe relação com a ocorrência de danos à saúde humana? 3. Existe relação com a ocorrência de reclamações de mo-radores vizinhos? 4. Existe relação com a ocorrência de penalidades aplicadas (ou apli-cáveis) por insti-tuições públicas?

Para a pergunta 1 as possíveis respos-tas são SIM ou NÃO e para as demais as respostas são “já ocorreu”, “em potencial” ou “isento”. Se uma das perguntas 2, 3 ou 4 tiver a resposta “já ocorreu”, o resíduo é diretamente classificado como prioritário. Para as respostas “não” e “isento”, o mo-delo atribui o peso ZERO; e para as respos-tas “em potencial”, o peso é tabelado. A análise por riscos segue a equação 17 e no Quadro 5 estão os respectivos parâmetros matemáticos. Na análise do resíduo por riscos, quanto maior for o valor obtido mais prioritário é o resíduo.

• Análise do Resíduo por Facilidade de

Minimização: onde são considerados a

dis-ponibilidade de recursos técnicos, huma-nos e financeiros para a minimização. Assim como no caso de análise por ris-cos, a análise por facilidade de minimização é feita com base em pergun-tas, porém aqui são aceitas apenas as res-postas SIM ou NÃO e os pesos também são diferenciados. No Quadro 6 tem-se as questões com os respectivos pesos. Como os pesos da variável Custo de Minimização

Classe DS/N $+ DS/N$-B DS/N$-T DS/N$-TD DS/N$-GP DS/N$+R ξB 1-A 1 0 0 0 0 0 +1,00 1-B 1 0 0 0 1 0 +0,97 1-C 0 0 0 0 1 1 +0,95 1-D 0 0 0/15 0 1 1 +0,92 2-A 0 0 0 0 0 1 +0,90 2-B 0 0 0 0 1 1 +0,87 2-C 0 0 0 0 1 1 +0,85 2-D 0 0 0/1 0 1 1 +0,82 3-A 1 1 0 0 0 0 +0,80 3-B 1 1 0 0 1 0 +0,77 3-C 1 1 0 0 1 0 +0,75 3-D 0 0/1 0 0 1 1 +0,72 3-E 0 1 1 0 1 1 +0,60 4-A 0 1 0 0 1 1 +0,50 4-B 0 1 0 0 1 1 +0,45 4-C 0 1 0 0 1 1 +0,40 4-D 0 0 0/1 0 1 1 +0,20 4-E 0 1 0/1 0 1 1 ZERO 5-A 0 0 1 1 1 0 -0,20 5-B 0 0 0 1 1 0 -0,40 5-C 0 0 1 1 1 0 -0,60 6-A 0 0 1 1 1 0 -1,00 6-B 0 0 0 1 1 0 -1,20 6-C 0 0 1 1 1 0 -1,40 7 0 0 0 0 1 0 -1,80

Fonte: Adaptado de Cercal, 2000.

Quadro 04 – Análise do resíduo por valor:

parâmetros matemáticos das classes de disposição

(5)

são maiores para os custos mais altos, temos um somatório positivo das pergun-tas, então multiplicamos pelo custo. Em contrapartida, se temos um somatório negativo das perguntas, dividimos pelo

custo. Neste caso, quanto menor for o

valor obtido mais fácil será para minimizá-lo; a análise por facilidade de minimização segue as equações 18 e 19.

No Quadro 3 são apresentadas as equa-ções desenvolvidas para a valoração dos resíduos. Faz-se importante ressaltar que a definição do significado de cada variá-vel foi apresentada no Quadro 1.

Na seqüência estão apresentados os Quadros 4 a 7, propostos por Cercal (2000), que contêm os parâmetros matemáticos a serem utilizados no modelo matemático.

Após ter sido feita a valoração dos resí-duos de acordo com as equações propos-tas, deve-se realizar a análise global dos resíduos. Cada empresa deve decidir qual dos fatores é mais importante, de acordo com a sua realidade e suas necessidades. Sugere-se que o valor global de priorização do resíduo seja feito de acordo com a equa-ção 20, onde A, B e C são os pesos atribu-ídos para cada aspecto avaliado. Assim, o valor global do resíduo deve ser multipli-cado pelo peso A, o risco global deve ser multiplicado pelo peso B e a facilidade glo-bal de minimização pelo peso C.

Equação 20 – Valor global de priorização do resíduo

G = $Total * A + R * B + F * C (20)

Elaboração de Medidas de Minimização:

a análise das alternativas existentes deve seguir uma hierarquia de minimização, um modelo bastante simples, porém eficiente, é o sugerido por SENAI, 2001. Os seguin-tes índices de prioridade são estabelecidos: primeiramente deve-se não gerar resíduos; depois, se isto não for possível, minimizá-los; e, como última alternativa, reciclá-los fora da empresa. Baseando-se nesta hie-rarquia, as técnicas de minimização ficam, então, divididas em redução na fonte e re-ciclagem. Dentro de reciclagem, pode-se incluir o uso e reuso ou a recuperação do resíduo. Com relação à redução na fonte, tem-se o controle na fonte e as mudanças no produto, mudanças estas que podem es-tar relacionadas com os materiais utiliza-dos, as tecnologias ou a mudança das prá-ticas operacionais (Matos e Schalch, 2000).

Valor unitário do resíduo p e d m (01) $+ = Σ Σ (ΣY hjk. D$+ S/N hjk).(Σ$ + i .Xijk).Zjk.Wk k=1 j =1 h=1 i=1 Alteração percentual p e m (02)

admissível para o valor ∆$% = Σ Σ Σ ($%

i .Xijk).Zjk.Wk unitário do resíduo k=1 j =1 i=1

Custo unitário de p e d (03) beneficiamento $ -B =Σ Σ Σ (Yhjk .D$-BS/Nhjk .$-Bhjk).Zjk.Wk do resíduo k=1 j =1 h=1 Custo unitário de p e d (04) transporte do $ -T = Σ Σ Σ (Yhjk .D$ -T S/N hjk .$ -Thjk).Zjk.Wk resíduo k=1 j =1 h=1 Custo unitário de p e d (05) tratamento e $ -TD =Σ Σ Σ (Yhjk. D$-TDS/Nhjk. $-TDhjk).Zjk.Wk disposição do resíduo k=1 j =1 h=1

Custo unitário de geração p e d (06)

e permanência $ -GP = Σ Σ Σ (Yhjk. D$ -GP S/N hjk. $ -GPhjk).Zjk.Wk do resíduo k=1 j =1 h=1

Retorno obtido conforme p e d (07)

a disposição dada $+ R =Σ Σ Σ (Yhjk. D$ + R S/N hjk .$ + Rhjk).Zjk.Wk ao resíduo k=1 j =1 h=1 Base do IPHMR p e d (08) ξB =Σ Σ Σ ξBh .Yhjk. Zjk.Wk k=1 j =1 h=1 IPHMR ξ = ξB . ∆$% (09)

Valor unitário do resíduo $’ = $+ - $

B - $T - $TD - $GP + $+R (10) não corrigido

Constância do resíduo p e (11)

K = ΣΣ Kjk .Zjk.Wk k=1 j =1

Relação do resíduo com o processo Ω = cte (12) Fator de correção para δ+ = ( 1 + ξ ) / K . // ξ ≠ (-1) (13) valores positivos do resíduo

Fator de correção para δ- = ( 1 - ξ ) . K . Ω // ξ ≠ (+1) (14) valores negativos do resíduo

Valor unitário do resíduo Se $’ > 0 ⇔ $ = $’ . δ+ (15) não corrigido Se $’ < 0 $ = $ . δ

Se $’ = 0 ⇔ $ = 0

Valor total do resíduo corrigido $Total = W Total . $ (16) Equações da Análise por Riscos

Risco global do resíduo p e q (17)

R = (Σ Σ Σ Qjk . Zjk.Wk) ¸ Π k=1 j =1 q =1 Equações da Análise por Facilidade de Minimização

Facilidade de minimização global p e f (18) do resíduo para Σ Fjk > 0 F = Σ Σ(ΣFjk X CMjk).Zjk.Wk se Σ Fjk > 0

k=1 j =1 f =1

Facilidade de minimização p e f (19)

global do resíduo F = Σ Σ(ΣFjk ¸CMjk).Zjk.Wk se Σ Fjk < 0 para Σ Fjk < 0 k=1 j =1 f =1

Fonte: Adaptado de Cercal, 2000.

Quadro 3 - Equações da análise por valor

Descrição Equação Número

Equações da Análise por Valor

(6)

BRASIL ALIMENTOS - nº 14 - Julho de 2002

Relação com W Constância K D$%

o processo

Intrínseco 0,8 Fixo 1,1 Máximo = ¥

Semi-intrínseco 1,0 Semi-fixo 1,0 Mínimo = 50

Extrínseco 1,2 Variável 0,9

Fonte: Adaptado de Cercal, 2000.

Quadro 5 - Análise do resíduo por valor:

parâmetros matemáticos gerais

Classificação do Resíduo Π PERGUNTAS Qjk

Classe I (Perigoso) 1 Existem dados?

—-Classe II (Não-inerte). 2 Danos à saúde? 4

Classe III (Inerte) 3 Reclamações de vizinhos? 2

Penalidades? 1

Fonte: Adaptado de Cercal, 2000.

Quadro 6 - Análise do resíduo por riscos:

parâmetros matemáticos

Como medidas gerais de minimi-zação tem-se as melhorias no pro-cesso produtivo: uso racional da água, reciclagem de sistemas de res-friamento, elimina-ção de vazamentos e também a substitui-ção de matéria-pri-ma e reagentes por outros menos po-luidores, desde que sejam adequados ao processo produ-tivo, e por fim, a operação mais cui-dadosa (Pawlowsky, 1983 e 2001).

Aplicação e

moni-toramento: após a análise e escolha das medidas de minimização, estas devem ser postas em prática e o monitoramento exis-te, por ser necessário verificar se a minimização de resíduos está ocorrendo efetivamente e também se observar novas possibilidades de minimização.

Assim sendo, o monitoramento porciona uma melhoria contínua dos pro-cessos, seja pela apresentação de no-vas formas de redução de poluentes ou pelo aumento da eficiência do processo (SENAI, 2001).

Conclusão

• Partindo-se do pressuposto que ne-nhum processo consegue operar com efici-ência de 100%, os resíduos sempre existi-rão, sendo então necessário minimizá-los; • Para a implantação de um programa de minimização de resíduos é fundamen-tal saber quais são os resíduos, onde eles ocorrem, por que e em que quantidade;

• Observa-se que a metodologia de minimização e o modelo matemático apre-sentam-se bastante flexíveis, podendo ser adaptados de acordo com as necessidades e anseios de cada empresa.

Referências

BAPTISTA, M.V.S.; ZENY, A.S.; MACHADO, G.E.. Proposta do SENAI para implantação de sistemas de gestão ambiental na indústria. In: Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, 19.,

2000, Porto Alegre. Relação de Trabalhos. Porto Alegre: ABES, 2000. p. 2354-2361. 1 CD-ROM.

CERCAL, S.R. Proposição de modelo matemá-tico de seleção de prioridades de minimização de resíduos industriais. Curitiba, 2000. 78f. Dis-sertação (Mestrado em Tecnologia de Alimen-tos ) – Setor de Tecnologia Química, Universi-dade Federal do Paraná.

EPA. Waste minimization opportunity

assessment manual. Ohio: ENVIRONMENTAL PROTECION AGENCY, 1988, 96p.

JORDÃO, E.P.; PES-SOA, C.A. Tratamento de esgotos domésticos. 3ª ed. Rio de Janeiro: ABES, 1995, p. 665-677. MATOS, S.V.; SCHALCH, V. Alterna-tivas de minimização de resíduos da indús-tria de fundição. In: : Congresso Interameri-cano de Ingenieria Sanitaria y Ambiental, 27., 2000, Porto Ale-gre. Relação de Traba-lhos. Porto Alegre: ABES, 2000. p. 1742-1753. 1 CD-ROM. PAWLOWSKY, U. Reaproveitamento de resí-duos industriais. Curitiba: SUREHMA, 1983, 63p. PAWLOWSKY, U. Minimização de resíduos industriais. Apostila de Tecnologia Limpa do Programa de pós-graduação de tecnologia química da Universidade Federal do Paraná. Curitiba: 2001.

SCHIANNETZ, K. O eco-balanço – um ins-trumento de gestão ambiental para a verifica-ção sistemática de aspectos ambientais significantes de acordo com a ISO 14 001. In: : Congresso Interamericano de Ingenieria Sanitaria y Ambiental, 27., 2000, Porto

Ale-gre. Relação de Trabalhos. Porto Alegre: ABES,

2000. p. 2366-2373. 1 CD-ROM.

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM IN-DUSTRIAL. Centro nacional de tecnologias lim-pas. Porto Alegre, 2001. Catálogo Oficial. Por-to Alegre, 2001.

1 O termo unitário se refere a um quilogra-ma, um metro cúbico, uma tonelada ou outra unidade qualquer de quantidade do material.

2 O símbolo “$” indica valor monetário. O índice “+” representa ganho monetário, enquan-to que o “-” indica prejuízo.

3 O símbolo “D”, anteposto a “$”, indica

alteração do valor, e o símbolo “%”, sobrescri-to, indica que a alteração é percentual.

4 O retorno representa o ganho monetário obtido com a venda, reaproveitamento, reutili-zação ou reciclagem de uma unidade de quantificação do resíduo.

5 Utilizar zero (0), ou um (1), conforme o frete seja pago por terceiros, ou pela empre-sa, respectivamente. Questão Peso Parar equipamento? ... 01 Parar processo? ... 02 Parar unidade? ... 03 Modificar equipamento? ... 02 Modificar processo? ... 04 Modificar unidade? ... 06 Implantar equipamento? ... 04 Implantar processo? ... 08 Implantar unidade? ... 12 Tecnologia Disponível? ... - 10,1 Mão de Obra Disponível? ... - 7,1 Recursos Disponíveis? ... - 15,1 CUSTO CMjk Muito alto ... 4 Alto ... 3 Baixo ... 2 Muito baixo ... 1 Fonte: Adaptado de Cercal, 2000.

Quadro 7

Análise do resíduo por facilidade de minimização:

questões e parâmetros matemáticos

Referências

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