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MEMORIAL DESCRITIVO
OBRA: Reforma na Unidade de Polícia Militar de Guarujá do Sul (SC) PROPRIETÁRIO: Prefeitura Municipal de Guarujá do Sul (SC)
LOCAL: Rua Presidente Vargas, n° 739, Guarujá do Sul (SC) ÁREA: 75,08 m²
1 DESCRIÇÃO
O presente memorial discorre a respeito de uma obra de reforma em uma sala da Polícia Militar de Guarujá do Sul (SC), visando a sua adaptação para um novo uso, a saber, um sistema de videomonitoramento. Memorial e projetos abrangem apenas a parte civil do serviço, não contemplando a instalação do sistema em si.
2 GENERALIDADES
A CONTRATADA deverá manter a obra permanentemente limpa e organizada, em condições de visitação constante, sem resíduos ou entulhos no canteiro de obra.
Cada tarefa a ser executada será dada como concluída somente quando for aceita pela Fiscalização da CONTRATANTE, sendo que a etapa seguinte só deve ser iniciada mediante tal aceitação. A Fiscalização da CONTRATANTE poderá paralisar os serviços, ou mesmo exigir que sejam refeitos, caso estejam aquém das especificações de projeto e memorial ou em desconformidade com as normas de boa técnica.
Todos os serviços compreenderão fornecimento de mão-de-obra, equipamentos e materiais, bem como dos equipamentos de proteção para todos os funcionários, de acordo com as Normas Regulamentadoras de Segurança e Saúde no Trabalho vigentes. Todos os materiais deverão ser de boa qualidade, durabilidade e resistência.
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3 SERVIÇOS
3.1 RETIRADA DE ELEMENTOS EXISTENTES
Deverão ser removidas as divisórias existentes (indicadas em projeto na cor amarela), incluindo-se as duas portas anexas a elas. As instalações elétricas aparentes também serão retiradas. Uma das portas externas existente (indicada em projeto na cor amarela na recepção do layout existente) também será removida, e posteriormente o vão deixado será fechado.
Além disso, o piso existente em tacos de madeira nas futuras salas de recepção e de videomonitoramento deverá ser retirado, uma vez que posteriormente será substituído por outro revestimento. Este especificado no item 3.5, bem como no projeto de reforma.
3.2 ALVENARIA
As alvenarias a serem construídas (indicadas em vermelho no projeto) deverão ser executadas respeitando as premissas de nivelamento, prumo, alinhamento e amarração, apresentando juntas verticais e horizontais com espessura uniforme, não ultrapassando 10 mm.
Os tijolos utilizados para tal serviço serão cerâmicos furados, obtendo-se espessura acabada da parede de aproximadamente 15 cm. Deverão ser de procedência conhecida e idônea, bem cozidos, com textura homogênea, dimensões regulares, arestas vivas, faces planas, sem fendas e isentos de quaisquer fragmentos estranhos.
As características técnicas dos tijolos deverão estar em conformidade com NBR 15270-1 (ABNT, 2005), a qual trata a respeito da terminologia e requisitos dos blocos cerâmicos para alvenaria de vedação.
Os tijolos serão assentados com argamassa mista de cimento, cal e areia, podendo ser dosada em central ou feita na obra, com traço 1: 2: 8. Antes do assentamento e aplicação da argamassa, os tijolos deverão ser umedecidos, de maneira a não absorver a água de amassamento da argamassa.
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Além disso, sobre todos os vãos das esquadrias deverão ser executadas vergas e sob os vãos de janelas, contravergas, ambas ultrapassando o vão em 30 cm de cada lado. Nos casos onde houver vãos muito próximos em uma mesma parede, deverá haver uma verga ou contraverga única, contemplando a parede inteira, de um extremo ao outro. Ela deverá ser de concreto armado moldada in loco ou pré-moldada, com a mesma espessura da parede e 20 cm de altura, concreto 15 MPa e 4 barras de aço 8 mm, com estribos de 5 mm a cada 19 cm. Em vãos de até 1,0 m, as vergas ou contravergas poderão ser executadas conforme figura 1.
Nos locais de ligação entre alvenaria nova e alvenaria existente deverá buscar-se a melhor amarração entre elas. Deverão ser aplicadas telas metálicas nas arestas de encontro, nas camadas de revestimento. A tela deverá ser do tipo soldada galvanizada para reforço de argamassa com malha de 25 mm x 25 mm, fio de 1,24 mm de diâmetro, sendo fixada com pinos ou pregos de aço.
Figura 1 – Execução de vergas em vãos menores de 1 metro
Pilares e vigas existentes que encontrarem-se com nova alvenaria, terão seu revestimento removido e superfície chapiscada, para proporcionar melhor aderência. Nos pilares, a ligação será efetuada com tela metálica, fixada com pinos de aço, a cada 60 cm, conforme figura 2.
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Enquanto isso, entre a alvenaria e a viga será deixado um espaço de 2 a 3 cm, que após a alvenaria trabalhar, será preenchido com argamassa acrescida de aditivo expansor.
Figura 2 – Ligação entre alvenaria e pilar
3.3 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Na sala de recepção e videomonitoramento a fiação elétrica, de telefone e internet aparente (inclusive as canaletas) será retirada, afinal, no novo layout toda fiação deverá ser embutida. As figuras 3-a, 3-b, 3-c e 3-d ilustram as fiações elétricas aparentes, que serão retiradas. A maioria dos pontos de tomadas serão removidos. As duas lâmpadas existentes (na cor preta em projeto) serão mantidas. Porém, uma delas será reposicionada (na sala de videomonitoramento), além de ser acrescentada uma nova lâmpada, e novos interruptores para atenderem a nova configuração. Duas tomadas altas e duas tomadas baixas existentes (na cor preta em projeto) também deverão ser mantidas onde encontram-se, porém, sendo substituídas por novas caixas. Novos pontos de tomadas e de telefone e internet também serão instalados, conforme indicações de projeto.
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Serão utilizados os dois circuitos reserva existentes no quadro de distribuição (numerados como 27 e 28) e acrescentados os circuitos 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37 e 38. Para as lâmpadas e tomadas existentes e mantidas no mesmo local foram previstos novos circuitos, porém, em obra deverá ser verificada a viabilidade de mantê-los em circuitos existentes no quadro de distribuição e correspondentes às salas em questão. Todos os disjuntores acrescentados ao quadro deverão ser devidamente identificados, conforme instruções da Fiscalização da CONTRATANTE. Serão utilizados condutores de cobre isolado em PVC resistente a chama e os eletrodutos, a serem embutidos nas paredes e sobre o forro, serão em PVC flexível corrugado anti-chama.
Figura 3 – (a; b; c; d) Fiação elétrica aparente a retirar.
(a) (b)
(c) (d)
Nos dois pontos atendidos pelo circuito 35, correspondentes aos monitores de televisão, serão deixados plugues fêmeas, e não tomadas propriamente ditas, de modo que quando da instalação dos televisores não fiquem elementos proeminentes na parede, que possam prejudicar o alinhamento dos monitores.
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Existem ainda duas caixas de passagem (figuras 4-a, 4-b e 4-c) para fiação de internet e telefone embutidas na parede indicada em projeto na vista 1. Tais caixas deverão ser retiradas dessa parede, sendo que uma nova caixa será locada no depósito, e dessa caixa irá partir a nova fiação que irá abastecer os pontos. Os pontos existentes fora da sala de videomonitoramento deverão ser mantidos onde se encontram; e na sala de videomonitoramento os pontos existentes serão retirados, sendo instalados novos pontos de telefone e internet conforme projeto.
Figura 4 – (a; b; c) Caixas para fiação telefônica e de internet.
a) b)
c)
Na sala onde será instalada a Central de Processamento de Dados (CPD) e no depósito, as lâmpadas existentes serão mantidas, havendo, contudo uma mudança nos interruptores. Atualmente, as duas lâmpadas são atendidas por um único interruptor, mas na nova
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configuração deverão ter interruptores separados, permitindo que uma lâmpada atenda ao CPD e outra ao depósito, sendo acionadas separadamente.
Na sala de CPD também será locada uma caixa de embutir para a futura instalação do sistema de videomonitoramento. Dela partirão dois dutos até a sala de videomonitoramento, que servirão de espera para posterior implantação do sistema.
Das estações de trabalho até os televisores afixados a parede também será deixado um duto de 50 mm de espera para posterior passagem de fiação (duto verde em projeto). Esse duto partirá dos televisores, descendo embutido na parede, até chegar a uma caixa 4”x4”.
Da sala de videomonitoramento partirão ainda dois dutos (fiação em rosa no projeto) que servirão como uma espécie de extensão até a sala do CPD, onde posteriormente será posto um nobreak. Desse modo, os elementos necessários poderão ser alimentados pelo nobreak.
As aberturas ocasionadas em qualquer elemento existente (forro, paredes, etc) por conta dos serviços elétricos serão fechadas com os elementos que se fizerem necessários para tal, a exemplo de alvenaria, revestimento, sistema de pintura, etc.
3.4 REVESTIMENTO DE PAREDE
As novas alvenarias serão revestidas com argamassa inorgânica (ou argamassa de revestimento), composta de cimento, cal e areia, através das camadas de chapisco e massa única. O revestimento seguirá as prescrições de NBR 7200 (ABNT, 1998).
A argamassa poderá ser dosada em central ou produzida no canteiro, desde que sejam empregados materiais de boa qualidade.
A argamassa de chapisco, aplicada sobre superfície devidamente limpa, terá uma consistência fluida, assegurando maior facilidade de penetração da pasta de cimento na base a ser revestida e melhorando a aderência na interface revestimento-base. O traço será 1: 3 (cimento e areia grossa).
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Para massa única a argamassa será no traço 1: 2: 8 (cimento, cal e areia fina). O plano de revestimento ocorrerá mediante a execução de taliscas, mestras, preenchimento da superfície, regularização por meio de sarrafeamento com régua, desempeno através da passagem de desempenadeira e, por fim, acabamento camurçado, obtido pelo alisamento da superfície desempenada por meio da passagem de esponja ou desempenadeira apropriada.
O revestimento de argamassa sobre as paredes terá espessura de até 20 mm. Deverá apresentar acabamento perfeitamente plano, aprumado e nivelado, com arestas vivas e alinhadas, textura uniforme, sem imperfeições, tais como cavidades, fissuras, manchas e eflorescências.
3.5 REVESTIMENTO DE PISO
O piso irá receber revestimento de peças cerâmicas, nas dimensões 45 x 45 cm, com PEI 3, absorção II, resistência ao manchamento 4 e coeficiente de atrito entre 0,4 e 0,7. A execução do serviço deverá ser efetuada em conformidade com as especificações de NBR 13753 (ABNT, 1996).
Antes do assentamento das peças, será feita a limpeza da superfície a ser revestida, de modo que esta se apresente isenta de materiais estranhos, a exemplo de pó, óleos, tintas, etc.
Para o assentamento da cerâmica deverá ser utilizada argamassa colante ACII, cuja aplicação realizar-se-á com auxílio de desempenadeira dentada de aço com aberturas de 8 mm, formando cordões que facilitem o nivelamento e fixação das peças. É necessário que a argamassa colante seja aplicada no piso e também no tardoz das placas.
Salienta-se ainda a necessidade de colocação de rodapés com altura de 70 mm em todo perímetro das paredes, utilizando para tal a mesma argamassa colante. Sobre a parte superior dos rodapés deverá ser feito adequado acabamento.
Entre as peças cerâmicas devem ser empregados espaçadores plásticos de 3 mm, para garantir o seu posterior rejuntamento, o qual será efetuado com rejunte flexível.
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3.6 PINTURA
Este serviço será norteado por NBR 13245 (ABNT, 1995) e NBR 11702 (1992). Todas as superfícies serão examinadas e corrigidas de quaisquer defeitos de revestimento, antes do início dos serviços de pintura, propriamente ditos, sendo que deverão apresentar-se coesas, livres de partículas soltas, óleos, gorduras ou graxas, microorganismos, etc.
Nas alvenarias novas o sistema de pintura será composto por selador acrílico e tinta acrílica semi-brilho. Após o lixamento (com lixa grossa) e limpeza do substrato, o selador será aplicado em duas demãos, havendo intervalo de cura de 24 horas e lixamento (com lixa fina) entre as demãos.
Serão aplicadas tantas demãos de tinta acrílica, quantas forem julgadas necessárias pela Fiscalização da CONTRATANTE, sendo, no mínimo, duas demãos, até que se obtenha acabamento uniforme. As demãos de tinta aplicadas apresentarão um intervalo entre elas de, pelo menos, 24 horas, de maneira a garantir que a película anterior esteja completamente seca.
Enquanto isso, as paredes de alvenaria existentes e o teto, deverão passar por lixamento e remoção da poeira gerada, seguido da aplicação de fundo preparador de paredes. Após a secagem deste, poderá ser feita a aplicação da tinta acrílica semi-brilho. Do mesmo modo que nas novas alvenarias, as demãos de tinta serão aplicadas em quantidade julgada suficiente pela Fiscalização da CONTRATANTE, observando um intervalo de 24 horas entre as demãos.
Com exceção das paredes voltadas para sala de videomonitoramento e indicadas em projeto conforme figura 5, que terão coloração preta fosca, as demais paredes receberão pintura na cor areia, e o teto será na cor branco neve. Receberão pintura as paredes novas e as paredes existentes na sala de videomonitoramento e recepção, além de locais onde houver fechamento de vãos ou rasgos.
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Serão evitados escorrimentos ou respingos de tinta em superfícies não destinadas à pintura, recomendando-se protegê-las com papel, fita crepe ou materiais equivalentes. Quaisquer respingos inevitáveis serão removidos com solvente adequado.
3.7 ESQUADRIAS
Conforme especificado em projeto, as portas novas a serem instaladas serão em madeira semi-oca, enquanto na sala de CPD será reaproveitada a porta previamente retirada da recepção do layout existente. Para o atendimento ao público também será colocado na parede entre a recepção e a sala de videomonitoramento, um painel fixo em vidro temperado 10 mm, com acessórios em alumínio.
3.8 LIMPEZA FINAL DA OBRA
Qualquer entulho gerado durante a execução dos serviços é de responsabilidade da CONTRATADA, devendo ter acondicionamento e destinação em conformidade com a Legislação vigente.
Na entrega dos serviços, todos os elementos executados deverão estar completamente limpos e em condições de funcionamento e uso imediato. Será feita a vistoria da obra, pelo responsável pelo Setor de Engenharia da Prefeitura de Guarujá do Sul (SC).
Guarujá do Sul (SC), 05 de Agosto de 2015.
_______________________________ Edineia Rontani Chiele
Engenheira Civil da Prefeitura Municipal de Guarujá do Sul CREA SC – 133.714-9
_______________________________ Prefeitura Municipal de Guarujá do Sul CNPJ: 83.027.045/0001-87
José Carlos Foiatto
