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O Sr. Isaac Cohen é diretor da repartição de Washington da Comissão Econômica das Nações

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Academic year: 2021

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SESSÃO PLENÁRIA 3

Relatório síntese Síntese da sessão plenária 3 Presidente: Sr. Jean-Pierre Charbonneau

Presidente da Assembléia Nacional de Quebec Presidente da Conferência Parlamentar das Américas Relatores: Sr. Isaac Cohen

Diretor da repartição de Washington da

Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina e Caribe (CEPALC)

Sr. André Franco Montoro

Deputado na Câmara dos Deputados da República Federativa do Brasil Mestra de cerimônia: Sra. Michaëlle Jean

Jornalista-Apresentadora da Rede de Informação, Radio-Canada Secretário: Sr. Gaston Bernier

Assembléia Nacional de Quebec

O Sr. Isaac Cohen é diretor da repartição de Washington da Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina e Caribe (CEPALC).  Anteriormente foi encarregado dos assuntos econômicos da CEPALC no México. Nascido na Guatemala, fez seu doutorado em Ciência Política no Instituto Superior de Estudos Internacionais da Universidade de Genebra. Além disto, age como consultor diante da secretaria permanente do Sistema de Integração Econômica da América Central e do Banco Central da Guatemala. O Sr. Cohen foi também professor de Ciências Políticas e Sociais na Universidade Autônoma do México.

Em sua síntese dos trabalhos de 19 de setembro, o Sr. Cohen dedicou-se em salientar, dentre os temas apresentados para discussão, os grandes condutores do dia. O primeiro tema que reteve a atenção dos parlamentares foi o fato que a Conferência da cidade de Quebec "deve sua existência à volta da democracia" na América Latina. Teria sido impossível, segundo o Sr. Cohen, realizar esta Conferência na ausência do atual contexto democrático.

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As preocupações econômicas expressas pelos parlamentares desde o início dos intercâmbios e dos debates constituem o segundo elemento recorrente. Foi longamente questionado para saber se a integração econômica podia tornar-se um instrumento e um motor de prosperidade e de crescimento. Porém, segundo o Sr. Cohen, é exatamente assim que a integração deve ser concebida: como uma ferramenta de crescimento econômico que, pela criação de empregos, conduzirá a uma maior prosperidade e a uma melhoria do bem-estar da população. As sociedades que não conhecem crescimento algum não geram emprego nenhum. O emprego permanece, de fato, o único meio de fazer uma pessoa sair da pobreza.

Entretanto, a criação de empregos revela-se produtiva apenas se baseada na educação e na saúde da população. Além disto, no conjunto dos grupos de trabalhos, a educação insere-se no âmago das preocupações dos participantes. Portadoras de equidade e de justiça, esta constitui a chave para superar os problemas de pobreza da população e de produtividade de nossas economias. Uma pessoa instruída ganha mais, melhora suas condições de vida, incrementa sua produtividade e gera um crescimento maior. Eis o tipo de integração que nos interessa: uma integração que melhora o crescimento e que permite superar a pobreza. Quanto à saúde, trata-se também de um setor crucial cujos gastos estão intimamente relacionados às despesas improdutivas. Como o Sr. Arias mencionou em seu discurso de abertura enunciado os princípios que inspiraram os debates, "se quisermos aumentar as despesas sociais dentro de nossas economias, precisamos diminuir as despesas improdutivas."

O Sr. Cohen relembra, em seguida, que também foi abordada a questão da imputabilidade dos parlamentares em relação aos cidadãos no processo de integração. São eles que têm, de fato, o dever de assegurar a transparência do processo e prestar contas aos cidadãos.

Finalmente, o Sr. Cohen estima que os debates da Conferência foram muito ricos e portadores de futuro. Eles refletiram o que os parlamentares desejam para as Américas, ou seja uma integração que favoreça a prosperidade. "Não queremos um outro tipo de integração", eis, segundo o Sr. Cohen, a mensagem de Quebec.

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O Sr. André Franco Montoro é presidente do Comitê consultivo do Parlamento Latino-Americano e presidente do Instituto Latino-Americano.  Em política ativa desde 1955, foi suscessivamente deputado na Assembléia Legislativa de São Paulo e depois na Câmara dos Deputados do Brasil, senador federal e governador do Estado de São Paulo. Em 1995, foi novamente eleito na Câmara dos Deputados de seu país. Doutor em Direito e em Filosofia e autor de numerosas publicações, também é professor na Universidade de São Paulo, na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e na Universidade de Brasilía. O Sr. Montoro representou o Brasil em numerosas ocasiões quando de congressos e conferências internacionais.

O Sr. André Franco Montoro tentou por seu lado destacar o papel das mulheres e dos homens políticos na integração em andamento, identificando o papel deles através das funções parlamentares, quer dizer a função política ou representativa, a função legislativa ou normativa e, enfim, a função de controle ou de supervisão.

O Sr. Montoro relembra que os parlamentos das Américas preocuparam-se bastante com a integração, referindo-se aqui não só ao processo de liberalização dos intercâmbios, mas também à integração cultural, política e social, facetas igualmente importantes do processo.

Para tratar destas questões, os parlamentares criaram, no quadro de suas funções de representantes dos povos, uma série de organizações parlamentares internacionais. Estas últimas lhes permitem atuar para a integração econômica, cultural, social e política dos países da América Latina e também possibilitam combater o maior problema da América Latina, ou seja a luta contra a miséria. O Sr. Montoro salienta que é através da criação de empregos que os Estados das Américas conseguirão vencer este problema de extrema pobreza e mais exatamente, através da criação de pequenas empresas, do apoio à exploração agrícola familial, da criação de cooperativas, do desenvolvimento turístico, da preservação do meio ambiente e da sensibilização da importância da educação.

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O relator também salienta que os parlamentos devem se inspirar do exemplo do Mercosul que, dando prosseguimento às pressões exercidas pelos parlamentares, tiveram de montar um fórum representativo da sociedade civil, a fim de que os empregadores, os universitários, as mulheres e os jovens possam participar no processo de integração regional. O parlamentares exerceram assim sua função de representantes da população.

No exercício da sua função legislativa, os parlamentares aprovam e adotam tratados internacionais. Eles têm assim a possibilidade de influenciar os processos de integração, adotando, rejeitando ou vetando modificações às compreensões aos acordos propostos. Cabe a eles também, harmonizar as legislações, a fim de assegurar uma maior coerência entre elas e facilitar a implementação dos processos de integração.

Porém, segundo o Sr. Montoro, de todas as atividades parlamentares, a função de controle é a mais importante, que pode ser exercida de cinco maneiras diferentes: 1) o controle das verbas através do voto nas prioridades orçamentárias; 2) a luta contra a corrupção, que requer uma transparência, acusações formais e sanções respeitadas; 3) a defesa dos direitos humanos, através principalmente das Comissões dos Direitos Humanos, a fim de que os direitos sejam respeitados e as violações reprimidas; 4) o controle das despesas militares, que não diminuiram apesar do fim da guerra fria; 5) a resolução do problema da dívida externa cujos juros consomem uma parte cada vez mais importante das verbas nacionais.

Na realidade, segundo o Sr. Montoro, trata-se de um mandato que envolve tudo: a defesa da democracia, que ele qualifica de "via real", mas uma democracia que ao mesmo tempo seja social, participativa e pluralista. Ele conclui mencionando que a Conferência é o melhor exemplo do que é preciso fazer para a integração das Américas e agradece o presidente Charbonneau de ter convocado os parlamentares para estas sessões.

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