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A PRÁTICA PEDAGÓGICA DE ALFABETIZAÇÃO NO COTIDIANO ESCOLAR.

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Academic year: 2021

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Área Temática: Formação de educadores.

Adriana de Almeida* Pedagogia – DEPED. Universidade Estadual do Centro Oeste – UNICENTRO. Resumo

O tema proposto reflete os estudos realizados em uma, dentre tantas, escolas públicas que contam com uma realidade caracterizada por dificuldades de natureza social e econômica. O objeto de estudo da pesquisa caracteriza-se por conhecer os saberes docentes construídos em práticas pedagógico-metodológicas de alfabetização, compreendendo o processo histórico de alfabetização e letramento, destacando as dificuldades e práticas bem sucedidas dos professores alfabetizadores. A observação e a reflexão do cotidiano escolar têm demonstrado alguns dilemas na prática pedagógica e na formação continuada dos professores. Desse modo, é importante priorizar a ação docente centrada na reflexão sobre a ação pedagógica executada na área de alfabetização, de modo a reconhecer na relação professor-aluno, um contexto muito favorável à construção de saberes. Nesse sentido, é preciso que o professor alfabetizador reflita sobre o significado e a importância de formação nessa direção, dialogando com os saberes construídos nos cotidianos das práticas pedagógicas alfabetizadoras e considerando que os alunos são sujeitos sociais, portanto sujeitos históricos. Sendo assim, por meio da reflexão na ação presente na pesquisa, pode viabilizar-se a (re)significação do ato pedagógico, para além das questões metodológicas e didáticas, direcionando o olhar para questões de natureza ética, política, econômica, cultural e social presentes na ação de alfabetizar crianças das escolas populares brasileiras. Tais questões, constituindo eixos, nortearão o diálogo entre o professor-pesquisador-reflexivo e o cotidiano das práticas pedagógicas. A metodologia utilizada para o desenvolvimento da pesquisa é a abordagem qualitativa e a pesquisa etnográfica devido a abranger profundamente o tema idealizado, compreendendo-o na amplitude de sua complexidade.

Palavras-chave: saberes docentes, alfabetização, prática pedagógica.

1 Saberes docentes e o cotidiano escolar.

A observação e a reflexão do cotidiano escolar têm demonstrado alguns

* Graduanda do curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Centro Oeste, UNICENTRO, Campus de Guarapuava. E-mail: adryanaalmeida@hotmail.com

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dilemas na prática pedagógica e na formação continuada dos professores. Desse modo, é importante priorizar a ação docente centrada na reflexão sobre a ação pedagógica executada na área de alfabetização, de modo a reconhecer na relação professor-aluno, um contexto muito favorável à construção de saberes.

Nesse sentido, Freire (2002, p.33) indica que: “ensinar exige respeito aos saberes dos educandos”.

Para esse autor, o professor, e, especificamente as escolas, têm o dever de respeitar os saberes com que os educandos, sobretudo das classes populares, chegam ao ambiente escolar, visto que esses saberes são construídos na prática comunitária. Esta afirmativa permeia o desafio de pensar a formação docente e o professor como um intelectual transformador, capaz de repensar e reestruturar a ação docente, pois, na prática pedagógica, diferentes saberes são utilizados: multifacetados, plurais e heterogêneos.

Estas questões conduzem-me a referenciar Alarcão (2003) enfatizando a formação do professor reflexivo, permeada pela discussão de alguns elementos essenciais para a prática docente. A autora menciona ser necessário descobrir o que somos como professores e como nos sentimos nesta profissão.

Face a estas constatações, Alarcão (2003) afirma que a noção de professor reflexivo baseia-se na consciência da capacidade de pensamento e reflexão que caracteriza o ser humano como criativo e não como mero reprodutor de idéias e práticas que lhe são exteriores.

Aprofundando as questões sobre a formação do professor alfabetizador, Garcia (1998) destaca a função do profissional docente enquanto professor-pesquisador, evidenciando que:

A professora no exercício da prática docente é portadora de uma teoria adquirida em seu curso de formação inicial, teoria atualizada a cada dia, em sua relação com as crianças em sala de aula e com suas colegas professoras nas reuniões pedagógicas, nas experiências que vive dentro e fora da escolas, nas leituras que faz, nos cursos de que participa, nas reflexões que produz. (GARCIA, 1998, p. 21)

Ao se tornar pesquisadora, essa professora vai se tornando capaz de encontrar e construir novas explicações para os problemas que enfrenta em seu cotidiano.

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As professoras, como sujeitos históricos que são, constroem significados sobre o viver-fazer da profissão a partir de suas experiências de vida e em situações de interação com os outros, tais significações estão em permanente processo de negociação e revisão.

Para a compreensão dos rumos determinados pelo processo histórico e os desdobramentos das metodologias de alfabetização adotadas pelas instituições é importante destacar os estudos de Mortatti (2000), que realiza uma retrospectiva histórica da alfabetização no Brasil, do período republicano à modernidade, com análise minuciosa dos fatos, retratando as políticas educacionais adotadas perante o contexto social vigente. Para a pesquisadora os documentos e estudos realizados revelam muitas possibilidades de desdobramentos e aprofundamento, sendo caminhos a serem trilhados à busca de soluções, com vistas ao ensino de língua e literatura no Brasil, e, em particular, no que se refere à alfabetização.

Em função das pesquisas realizadas por diversos autores alargando o conceito de alfabetização, onde os sujeitos devem apropriar-se da leitura e da escrita, sabendo utilizar estas duas habilidades e conhecimentos visando a transformação social, é imprescindível destacar o conceito de letramento.

Nesta perspectiva, Soares (2003) aborda o conceito das palavras letramento e alfabetização, dialogando sobre a urgência de apreensão do termo letramento no processo de alfabetização, isto é, aprender a ler e a escrever, significa adquirir uma tecnologia, a de codificar a língua escrita e a de decodificar a língua escrita, mas é necessário que o aluno se aproprie da escrita, torne própria a escrita, assumindo-a como sua propriedade.

Assim, teríamos alfabetizar e letrar como duas ações distintas, mas não inseparáveis, ao contrário: o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja: ensinar a ler e a escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o indivíduo se tornasse ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado. (SOARES, 2003, p. 47)

Ainda nesta direção, focalizando a linguagem escrita, Vygotsky (1991) esclarece que a escrita ocupou durante muito tempo um lugar estreito na prática escolar, em relação ao papel fundamental que ela desempenha no desenvolvimento cultural da criança. A primeira tarefa de uma investigação científica é revelar a pré-história da linguagem escrita; mostrando o que motiva as

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crianças a escrever, demonstrando os pontos relevantes pelos quais passa o desenvolvimento pré-histórico e qual é a sua relação com o aprendizado escolar. O autor enfatiza a prioridade do ensino ser organizado de tal forma, que a leitura e a escrita se tornem necessárias às crianças.

[...] a escrita deve ter significado para as crianças, de que uma necessidade intrínseca deve ser despertada nelas e a escrita deve ser incorporada a uma tarefa necessária e relevante para a vida. Só então poderemos estar certos de que ela se desenvolverá não como hábito de mão e dedos, mas como uma forma nova e complexa de linguagem [...] o que se deve fazer é ensinar às crianças a linguagem escrita, e não apenas a escrita de letras. (VYGOTSKY, 1991, p. 133-134)

Nesse sentido, é preciso que o professor alfabetizador reflita sobre o significado e a importância de formação nessa direção, dialogando com os saberes construídos nos cotidianos das práticas pedagógicas alfabetizadoras e considerando que os alunos são sujeitos sociais, portanto sujeitos históricos.

2 Práticas Pedagógicas construídas em sala de aula.

As crianças estão em contato com a linguagem escrita através de livros, jornais, embalagens, cartazes, placa de ônibus, estando imersas no conhecimento de materiais gráficos, aprendendo a partir do intercâmbio social e segundo as suas próprias ações, elaborando assim hipóteses sobre a escrita. Dependendo da importância que tem a escrita no meio em que as crianças vivem e as suas interações com objetos de conhecimento, essas hipóteses da escrita podem evoluir lentamente ou rapidamente.

O papel de um ambiente alfabetizador para as crianças das classes de educação popular no Brasil, é introduzir a re-significação do aprender a ler e a escrever, priorizando o universo que a criança está inserida, pois o ambiente escolar pode favorecer a construção de sujeitos históricos que confiam em sua capacidade de criar, de inovar, de interferir e de mudar os rumos da história do país.

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Ao apresentar as falas e reflexões dos professores, como forma de preservar a identidade de cada uma delas, optei por classificá-las com a letra P e números.

Para as professoras alfabetizadoras entrevistadas o ambiente propício para a alfabetização consiste em:

Um ambiente próprio onde possam acontecer os momentos sistemáticos, e, principalmente vontade de aprender o novo, por parte da criança, se ela não tiver vontade é preciso despertá-la, do contrário o trabalho ficará comprometido. (P1).

Enfatizando, as etapas percorridas pelos alunos durante o processo de alfabetização, foi relevante contextualizar a afetividade e o relacionamento professor/aluno, num envolvimento que ocorre individualmente.

“O ambiente favorável deve ser mediado no humor e no afeto, estes fazem prodígios no processo de alfabetização. As etapas devem ser consideradas como uma educação de base, levando a criança a tomar consciência do corpo, da lateralidade, situar-se no espaço, a dominar o tempo, adquirir a coordenação de seus gestos e movimentos.” (P2).

“Fazer das atividades um processo de interações sociais de comunicação adulto/criança, oferecendo a criança, oportunidades de desenvolvimento global. O ambiente deve ser: uma sala de aula acolhedora e um ambiente de material variado e alfabetizador. “(P3).

Para as professoras entrevistadas é importante destacar que o processo de alfabetização inicia desde os primeiros anos de vida do ser humano:

“O processo de alfabetização inicia quando a criança nasce, desde então recebe muitos estímulos do mundo a sua volta, que são indispensáveis neste processo. O sujeito (aprendiz) observa, estabelece relações, organiza, interioriza conceitos, duvida deles, reelabora até chegar ao código alfabético usado pelos adultos.” (P4). “A aprendizagem está ligada diretamente à parte afetiva da criança. Não se pode separar aprendizagem de afeto. É importante que o professor conheça cada um de seus alunos e esteja atento as dificuldades de cada um, para que estas não se transformem num problema.” (P2).

Neste contexto, entende-se que a criança escreve o que ela já lê do mundo, o que ela busca conhecer. É da leitura dos símbolos que mais tarde ela

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chega à leitura do signo da palavra. Sendo assim, o espaço escolar tem por objetivo educar para que a criança seja atuante e governante, levando-a a planejar, executar e avaliar seu próprio projeto, conscientizando-se de que é capaz com valores e talentos individuais. Para tanto, é necessário dar sentido às atividades, sabendo que cada atividade traz a possibilidade de novas aprendizagens e provoca novos desenvolvimentos.

A aprendizagem da leitura e da escrita são indispensáveis para que as crianças ampliem suas possibilidades de inserção e de participação nas diversas práticas sociais. O trabalho com a linguagem define a formação do sujeito para a interação com as pessoas, estimulando a orientação de ações, construção do conhecimento e desenvolvimento do pensamento. É necessário esclarecer que a educação deveria promover experiências significativas da aprendizagem, pois a aquisição da linguagem oral e escrita é o acesso ao mundo letrado.

A ampliação das capacidades de comunicação e expressão estão relacionadas com o desenvolvimento gradativo destas capacidades associadas às competências lingüísticas básicas: falar, escutar, ler e escrever.

Para que o aprender a ler e a escrever aconteça a criança precisa construir o conhecimento de natureza conceitual, compreendendo não apenas o que a escrita representa, mas a forma que ela representa graficamente a linguagem, afirmando que a alfabetização não significa o desenvolvimento de capacidades tais como: percepção, memorização e treino de um conjunto de habilidades sensório-motoras. Antes, a alfabetização é um processo pelo qual as crianças precisam resolver problemas de natureza lógica até atingirem um estágio de compreensão de que forma a escrita alfabética em português representa a linguagem e poderem escrever e ler por si mesmas.

Nesse processo, a criança adquire consciência de sua própria fala, de seu pensamento, da estrutura da língua, da função e do ato de escrever. A aprendizagem da leitura e da escrita dá ao desenvolvimento infantil um novo ritmo, pois a superação das necessidades postas por essa aprendizagem e a incorporação dos novos instrumentos por ela proporcionados definem sua atividade mental. O domínio da escrita representa a possibilita de a criança se inserir numa

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nova rede de comunicação social e significa uma nova condição para sua atividade interna.

A proposta curricular além de proporcionar as crianças que se alfabetizem, deve oferecer subsídios para que estas compreendam para que serve a escrita e o seu modo de construção interna, garantindo a oportunidade de se tornarem leitores e escritores conscientes de seu espaço na sociedade.

A alfabetização deve estar na intencionalidade de ensino contudo em outro contexto, refletindo que ler não é decifrar código alfabético e sim extrair significado das palavras e textos. O importante é a modalidade e diversidade de atividades e não atividades prontas e acabadas, pois o ambiente das estratégias de ensino-aprendizagem é aquele da criação do professor e alunos.

A intenção educativa deveria assumir é aquela que deriva da constatação que as crianças já escrevem, porém escrevem uma outra escrita, construída de forma diferenciada da nossa, mas o propósito comunicativo é o mesmo, cada criança tem a sua escrita que deve ser respeitada e valorizada. Num outro plano, o professor interagindo pedagogicamente na produção escrita, consegue transformar atividades em atos reais de escrita. Desse modo, a alfabetização é resultado do processo de interação sujeito/mundo.

No que concerne aos saberes docentes construídos em sala de aula os professores enfatizam a necessidade da reflexão e da pesquisa na sua prática metodológico-pedagógica.

“Criativo, dinâmico, flexível, aberto...o alfabetizador irá ajudar a criança concretizar o saber, dar forma (conhecimento da escrita convencional) a tudo aquilo que ela já conhece e expressa verbalmente ou pictoricamente.” (PP1)

“O perfil do professor alfabetizador consiste em organizar e estimular situações de aprendizagem. Envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho. Saber trabalhar em equipe. “(PP2).

“Deve ser um professor com responsabilidade, compromisso, ser pesquisador, dinâmico, criativo, aberto a mudanças.” (PP3).

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Esse questionamento constante revela que cada uma possui um saber-fazer, construído a partir da teoria a que se teve acesso e da ação cotidiana, dentro e fora da escola.

Revivendo e reavaliando as diversas realidades presenciadas em cada sala de aula, o corpo docente pode perceber a possibilidade de construção de novos conhecimentos, superando os conhecimentos já elaborados e mantidos como verdades absolutas nas metodologias e práticas realizadas.

Neste contexto, é importante enfatizar a vontade de superação através da pesquisa, para garantir um espaço escolar significativo. Superar algumas vezes implica negação, no entanto, tem um sentido positivo. Não é simplesmente desconsiderar o que cada um sabe, mas é a sinalização de que o conhecimento vai sempre além do limite já alcançado, estabelecendo novos objetivos.

Ao refletir sobre as dificuldades e práticas bem sucedidas na alfabetização a professora alfabetizadora, PP2, afirma:

“Um dos atendimentos bem sucedidos realizados, foi com um estudante que estava cursando a 2ª etapa do 1ª ciclo e ainda não estava alfabetizado. Foi muito estimulado para criar novos hábitos, potencializado para perceber sua capacidade de ler e escrever. Recursos usados mostram que ele é capaz e que progredir é possível. O educador deve acreditar em milagres...”

Essa perspectiva vem reforçar a relevância de um processo de formação permanente dos professores, pois quanto mais matizes do processo de aprendizagem/desenvolvimento vivido pelos alunos puderem ser percebidos pelos professores, melhor poderá ser a qualidade da intervenção docente.

Portanto, o diálogo é o eixo do processo ensino/aprendizagem. Pois, Legitimar a palavras do outro significa legitimar sua cultura, conhecimento, sua forma de interpretar a vida e se inserir no mundo.

Propiciar um espaço para o diálogo, consiste em uma tarefa educativa, que garante que as diversas formas de expressão sejam ditas e ouvidas, proporcionando reflexão e mudança, confronto e recriação.

Os dados desta pesquisa reafirmam e visam re-significar a importância da professora alfabetizadora e os saberes docentes construídos, no processo de aprendizagem/desenvolvimento de seus alunos.

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Ainda nesta perspectiva, procurar conhecer o movimento de cada um, na sua construção individual de conhecimentos, reconhecendo suas possibilidades e limites, procurando proporcionar uma expectativa cada vez mais favorável em relação a eles, pois essa expectativa perpassa sua intervenção docente.

A ação docente tem um papel relevante nas expectativas criadas sobre as crianças num âmbito intra e extra-escolar. Nesse sentido, é preciso que a professora encontre meios e estabeleça metas, para trabalhar com seus alunos e para dialogar com as famílias, expondo o trabalho que realiza e o processo desenvolvido pelas crianças em sala de aula.

Para que ocorram novas possibilidades de conhecimentos, é preciso o confronto de conhecimentos e um processo compartilhado de construção do novo . Desse modo, é possível superar os limites já alcançados.

Todo o movimento vivido e trabalho realizado nos pequenos momentos em sala de aula, evidenciam a existência de um processo de mudança, que muitas vezes não é percebido.

Muitas vezes as discussões ficam na superfície e, mais que isto, os temas são trabalhados, muitas vezes, equivocadamente porque faltam conhecimentos específicos sobre os assuntos discutidos e terminamos por reproduzir aprendizagens alheias as realidades encontradas na escola, sendo assim aprendidas acriticamente.

O próprio processo vivido pelo grupo de professoras durante o desenvolvimento da pesquisa permite-nos exemplicar que o diálogo, a interação e a reflexão sobre os procedimentos metodológicos e pedagógicos concretizados nas práticas em sala de aula, permite um novo nível de consciência da ação e essa reflexão coletiva sobre a ação poderá redirecioná-la de um modo mais eficaz.

Em busca de síntese, podemos entender que os diversos conhecimentos confrontados, negados e rearticulados, geram novos conhecimentos.

Diante desse desafio, o professor alfabetizador poderá trabalhar a partir do saber dos educandos, problematizá-lo e confrontá-lo com os saberes da experiência e científicos. Esses confrontos, possibilitarão em termos epistemológicos, o diálogo que permeia todos os instantes do processo dialético de produção do conhecimento. Nesse sentido, o aluno, sujeito de aprendizagem

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pertencente a uma determinada cultura e portador de uma certa subjetividade, precisa ser provocado a construir a sua reflexão, a sua forma de pensar a ação e como agir de forma autônoma e responsável com ele e com o Mundo.

Referências

ALARCÃO, I. Professores Reflexivos em uma escola reflexiva. São Paulo: Cortez, 2003. BARBOSA, J. J. Alfabetização e Leitura. São Paulo: Cortez, 1991.

BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundamental.

Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1997.

CAGLIARI. L. C. Alfabetização e Lingüística. 10. ed. São Paulo: Scipione, 2002.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 21. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002.

GARCIA, R. L. (org.). A formação da professora alfabetizadora: reflexões sobre a prática. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1998.

KLEIMAN (org.) Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. 2. ed. São Paulo: Mercado de letras, 2001.

LÜDKE, M.; ANDRÉ, M.E.D.A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.

OLIVEIRA, S.L. Tratado de Metodologia Científica: projetos de pesquisa, T.G.I., TCC, monografias, dissertações e teses. 2. ed. São Paulo: Pioneira, 1999.

PÉREZ, C. L. V. Professoras alfabetizadoras: histórias plurais, práticas singulares. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.

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MOLL, J. Alfabetização possível: reinventando o ensinar e o aprender. 4. ed. Porto Alegre: Mediação, 1996.

MORTATTI, M. R. L. Os sentidos da alfabetização. São Paulo: UNESP, 2000.

SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. SMOLKA, A. L. A criança na fase inicial da escrita: a alfabetização como processo discursivo. 8. ed. São Paulo: Cortez, 1999.

VYGOTSKY, L. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

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