UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
NATHÁLIA VAZ VASCONCELLOS
DISCLOSURE DE INFORMAÇÕES SÓCIO-AMBIENTAIS DE
EMPRESAS BRASILEIRAS:
UM RECORTE NAS SIDERÚRGICAS LISTADAS NA B3
Volta Redonda 2017
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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
NATHÁLIA VAZ VASCONCELLOS
DISCLOSURE DE INFORMAÇÕES SÓCIO-AMBIENTAIS DE
EMPRESAS BRASILEIRAS:
UM RECORTE NAS SIDERÚRGICAS LISTADAS NA B3
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Graduação em Ciências Contábeis do Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis.
Orientadora: Prof.ª MARIANA PEREIRA BONFIM
Volta Redonda 2017
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiro a Deus por estar sempre comigo, me dando força e iluminando nos momentos mais difíceis. Agradeço aos meus pais e irmã que sempre me apoiaram nas minhas decisões. Ao meu namorado que está sempre do meu lado me apoiando e sabendo me acalmar nos dias de estresse. As "maravitops" que fizeram com que a faculdade ficasse mais leve mesmo quando todas estavam preocupadas com suas respectivas atividades. Aos meus amigos de Valença por compreenderem minha ausência e sempre que estamos juntos renovamos nossas energias. Aos professores que tive nessa trajetória por terem passado seus conhecimentos e principalmente a Professora Mariana, por ter tido a calma, paciência e sabedoria de me orientar nesse trabalho e dizendo que tudo daria certo.
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RESUMO
Os danos ambientais causados pelas empresas vêm preocupando cada vez mais a população que busca soluções a respeito da degradação dos recursos naturais. As empresas podem usar a contabilidade para mostrar informações de prestação de contas e melhorar a sua imagem através de relatórios já existentes. A presente pesquisa aborda sobre disclosure de informações sócio-ambientais das empresas do ramo de siderurgia listadas na B3. A proposta desta pesquisa foi o de averiguar o nível de divulgação de informações sócio-ambientais dessas empresas, de acordo com os modelos de balanços sociais do GRI, NBC T15 e IBASE, em seus relatórios. A pesquisa mostrou que muitas informações que seriam necessárias para ter um disclosure de informações sócio-ambientais completo, não são divulgadas.
Palavras-chave: Balanço Social; Siderúrgicas; Informações Sócio-Ambientais.
1. INTRODUÇÃO
Cada vez mais surgem notícias de empresas que causaram algum tipo de dano ambiental o que preocupa a população que busca soluções das empresas para a degradação dos recursos naturais. Para tentar amenizar essa situação, as empresas podem utilizar a contabilidade através de modelos existentes de relatórios socioambientais anuais nos quais podem mostrar informações de prestação de contas e também melhorar a sua imagem demonstrando a intenção de crescimento econômico.
Foi na década de 70 que surgiram as primeiras pressões sociais no sentido de estimular a responsabilidade social das empresas com a intenção de proteção social e disseminação de políticas do meio ambiente. Com isso, buscou-se a obtenção de informações, por parte das companhias, dos efeitos das atividades humanas sobre a sociedade e o meio ambiente para estabelecer orientações relacionadas ao produto informativo a ser elaborado pelas empresas, pois até então, tais efeitos sociais e ambientais decorrentes das suas atividades eram ignorados.
O crescimento da conscientização ecológica resulta na exigência de desempenho e da legislação ambiental (DAROIT; NASCIMENTO, 2000), com isso, existe uma obrigação que as organizações, responsáveis por inovações ambientais, tenham um equilíbrio de recursos e responsabilidade ambiental por inovações, pois quanto mais produtiva for a organização, mais inovação tecnológica voltada para o meio ambiente terá. Essa preocupação é importante porque modifica o processo e também o produto de forma que fiquem menos impactantes para o meio ambiente.
A Comissão Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento – CMMAD (1991) informa que a tecnologia sempre continuará mudando seu contexto social, cultural e econômico porque cada vez mais elas oferecem oportunidades de levar produtividade e melhorias para os padrões de vida e saúde conservando a base dos recursos naturais.
Olhando de uma forma empresarial, os impactos negativos podem afetar o equilíbrio entre as dimensões ambientais, sociais e econômicas e também na capacidade da empresa reagir e superar os obstáculos. Para isso é necessário que a empresa identifique internamente quais seriam esses impactos e fortalecer as condições de enfrentá-los se organizando com comportamentos futuros e medidas que ajudem na continuidade dos negócios e levem em consideração essas condições nas atividades contábeis, estruturando, de uma forma geral, a problemática sócio-ambiental no contexto das atividades da empresa mantendo um equilíbrio entre o social e o funcional.
Para a contabilidade, os conceitos para definir as variáveis ambientais em relação às atividades econômicas evoluem incentivados pelas demandas de informações para a
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sustentabilidade, podendo se distinguir os aspectos básicos que influenciam historicamente na evidenciação da informação contábil de cunho ambiental baseado na perspectiva econômica e social. Para poder justificar a informação de caráter ambiental utilizam-se questões que estão relacionadas ao mercado contendo aspectos associados ao oferecimento de informações que sejam úteis em termos dos impactos econômicos que sejam contábeis e com natureza ambiental.
Existem duas teorias da contabilidade que se aplicam a realidade sócio-ambiental segundo Cosenza, Mamede e Laurencel (2010): a Teoria do Verdadeiro Benefício e a Teoria da Utilidade. A primeira defende a ideia de que é o mercado quem determina o comportamento das empresas na elaboração e divulgação de informações sócio-ambientais. Já a segunda teoria, está situada no paradigma da utilidade da informação contábil para a tomada de decisão dos usuários. A utilidade da informação ambiental para o mercado de capitais tenta associar o que existe de informação divulgada pela contabilidade sócio-ambiental.
Diante dessa perspectiva de uma maior divulgação das informações sociais e ambientais por parte das empresas e ciente da existência de diversos modelos contábeis para tal, surgiu o seguinte problema de pesquisa: Qual o nível de divulgação das informações
sócio-ambientais, das empresas siderúrgicas brasileiras de capital aberto, com base nos modelos de Balanços Sociais existentes?
Com o objetivo de analisar o nível de disclosure dos dados sociais e ambientais das empresas de siderurgia listadas na B3, esse trabalho se justifica não só pelos poucos papers existentes na área, logo o mesmo se propõe a incrementar as pesquisas na área de Contabilidade Sócio-Ambiental, como também apresenta os dados dos Balanços Sociais existentes compilados em um único modelo e busca verificar se as empresas pesquisadas divulgam esse tipo de informação. Essa pesquisa auxilia no entendimento de como as informações sociais e ambientais das empresas vêm sendo divulgadas, uma vez que as mesmas não são obrigatórias, o que pode contribuir para incrementar as pesquisas sobre o assunto e ajudar na compreensão das exigências contidas nos relatórios sócio-ambientais e na falta de aderência das empresas sob os mesmos.
O setor de siderurgia foi escolhido porque de acordo com Soares, Lanzarin e Casagrande (2010) é um ramo responsável por uma boa parte da produção extrativo-industrial do país, o que desperta a curiosidade de saber se essas empresas estão ajudando na responsabilidade sócio-ambiental, uma vez que extraem recursos do meio ambiente e ainda colaboram na poluição.
A presente pesquisa está dividida da seguinte maneira além dessa introdução: no próximo capítulo está presente o referencial teórico que aborda sobre os diferentes modelos de Balanços Sociais existentes e pesquisas anteriores realizadas sobre essa temática; em seguida, são apresentados os métodos utilizados para a elaboração dessa pesquisa; a análise dos resultados pode ser encontrada na sequência; e, por fim, as considerações finais.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
De acordo com Rohrich e Cunha (2004) foi constatado em estudos feitos em empresas do setor produtivo que elas possuem diversidades de práticas de gestão ambiental que variam com os tipos de produtos e processos e também fatores como o porte, setor, região de atuação e inovação tecnológica da própria empresa. Para os autores, a sociedade brasileira pouco tem reagido perante a destruição ambiental, devido ao entendimento de que essa degradação seria uma consequência para se obter o crescimento econômico.
O crescimento da conscientização ecológica resulta na exigência de desempenho e da legislação ambiental, segundo Daroit e Nascimento (2000), e com isso existe uma obrigação
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que as organizações, responsáveis por inovações ambientais, tenham um equilíbrio de recursos e responsabilidade ambiental, pois quanto mais produtiva for a organização, mais inovação tecnológica voltada para o meio ambiente a mesma deverá ter. Essa preocupação é importante porque modifica o processo e também o produto de forma que impacte menos o meio ambiente.
A CMMAD (1991) informa que a tecnologia sempre continuará mudando seu contexto social, cultural e econômico porque cada vez mais ela oferece oportunidades de levar produtividade e melhorias para os padrões de vida e saúde, conservando a base dos recursos naturais.
De acordo com Soares (2004), a responsabilidade social corporativa pode ser entendida como uma resposta a crise econômica porque com a mudança nos padrões da concorrência, as organizações são forçadas a adaptarem seu processo de trabalho às novas exigências do mercado globalizado e a adequarem sua estrutura aos padrões de parceiros internacionais ou aos requisitos decorrentes de processos de fusão e incorporação.
Para David (2003), as necessidades de informações sociais podem vir de vários grupos como, consumidores, ambientalistas, serviços comunitários, entre outros. Isso influencia as formas de evidenciação desde um relatório anual – o qual é o preferido e mais confiável pela maioria dos respondentes – até rótulos e manuais de produtos. Porém existe um consenso de que a divulgação de tais informações ainda é insuficiente assim como a regulamentação a respeito do assunto que tem trazido muitas variáveis às pesquisas como, por exemplo, nível de regulamentação, tentando determinar as circunstâncias em que favorecem a sua apresentação.
Com relação à Legislação Ambiental a influência política sobre a responsabilidade Social das empresas começa a surgir na década de 70 com pressão para igualdade de oportunidades, integração social e desenvolvimento sustentável. Com isso, surgiram legislações emitidas pelo IASB, União Europeia e ONU.
Ribeiro e Lisboa (1999) informam que a contabilidade é a originadora das informações econômico-financeiras das empresas evidenciando no balanço social os instrumentos necessários para poder identificar a posição da responsabilidade social dos agentes econômicos. Informa também que o balanço social pode não ser visto apenas como um demonstrativo contábil, mas também como uma forma de exibir a preocupação das empresas com a realização da responsabilidade social.
No Brasil são utilizados os seguintes modelos de Balanços Sociais: o IBASE (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas), o do GRI (Global Reporting Initiative) e o do Instituto Ethos onde foi adaptado com base no GRI para um panorama brasileiro. Existe também o modelo da Norma Brasileira de Contabilidade, NBC T15 – Informações de Natureza Social e Ambiental. Os relatórios de sustentabilidade são importantes como forma de prestação de contas empresariais, que são feitos em um período anual, e nesses documentos as empresas dialogam com seus clientes e parceiros.
O Balanço Social do IBASE foi criado em 1997, pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, que era o presidente do Instituto na época e queria incentivar tais divulgações voluntárias do balanço social, pelas empresas. Sua história institucional está ligada a grandes movimentos e a campanhas cívicas que criaram momentos históricos de lutas entre a cidadania e a constituição civil nas últimas décadas, logo, está também ligado ao processo de democratização do Brasil. O modelo foi desenvolvido em parceria com vários representantes de empresas públicas e privadas a partir de reuniões e debates. Este Balanço é um demonstrativo das empresas feito anualmente com informações de projetos, benefícios e ações sociais feitas aos empregados, acionistas e à comunidade devendo ser um resultado do processo participativo que envolve pessoas internas da empresa e também externas, tornando pública a responsabilidade social entre a empresa, a sociedade e o meio ambiente.
A intenção do longo prazo do modelo é criar paradigmas biocivilizatórios de cuidado, e compartilhar convivências entre todos com alternativas ao modelo capitalista, combinando
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formas de ações que sejam diretas e participativas respeitando o princípio da sustentabilidade do local ao mundial e apoiar a economia produzindo as necessidades no limite da integridade da vida no planeta onde serão compartilhados o trabalho e o resultado.
A história do IBASE está vinculada as lutas que envolvem a cidadania nas últimas décadas, relacionadas a democratização no Brasil, onde os grandes movimentos e campanhas cívicas foram compromissos do Ibase. O instituto define a própria missão, desde sua fundação, como de uma organização de cidadania ativa produzindo e formulando conhecimentos, análises e argumentos para a ação democrática transformadora, visando movimentos políticos e culturais que tenham os direitos a cidadania e a sustentabilidade sócio-ambiental como principais objetivos. Atualmente, o Ibase tem se engajado em movimentos de cidadania de dimensões planetárias, e de 2015 a 2019, atuará em áreas de incidências que funcionam como espaço de reunião de projetos e atividades.
A norma do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) NBC T15 – Informações de Natureza Social e Ambiental –, estabelece procedimentos de divulgação para informações de natureza social e ambiental que demonstre à sociedade a participação e a responsabilidade social da empresa devendo evidenciar informações extraídas ou não da contabilidade, e ser elaborada de acordo com os procedimentos determinados pela própria norma que além das contidas nesta, a entidade pode também acrescentar as que julgar importantes.
Tais informações incluem a geração e a distribuição de riqueza, os recursos humanos, a interação da empresa com o ambiente externo e com o meio ambiente, devendo ser elaborada com informações complementares às demonstrações contábeis e não podendo ser nas notas explicativas. Essas informações são de responsabilidade técnica do contador, registrado no Conselho Regional de Contabilidade, e devem ser indicadas as informações de fontes não contábeis, evidenciando o critério de controle para garantir a integridade da informação. Essa demonstração deve ser objeto de revisão por auditor independente e ser publicada com os relatórios deste, quando a entidade for submetida a esse procedimento.
A Global Reporting Initiative (GRI) iniciou-se em 1997 como iniciativa de organizações não governamentais para desenvolver e incentivar as diretrizes adequadas para a elaboração de relatórios de sustentabilidade com o intuito de melhorar a qualidade e a utilidade dos relatórios de sustentabilidade com divulgações de contas às varias partes interessadas sobre o desempenho da organização. Esse relatório surgiu a partir de uma reunião de investidores em Amsterdã, Holanda, e hoje é considerado o modelo mais completo mundialmente podendo ser aplicado em empresas de todos os tamanhos.
Segundo o relatório GRI de Sustentabilidade (2011), suas diretrizes propõem uma elaboração do relatório fazendo da metodologia um instrumento de promoção de sustentabilidade mais do que uma ferramenta para elaborar o relatório. As diretrizes, que também são chamadas de G4, ajudam a identificar os impactos das operações da entidade no meio ambiente, na economia e na sociedade civil. Também tem o objetivo de mostrar as informações confiáveis que sejam relevantes para que a entidade avalie a oportunidade e o risco e possa tomar as decisões. Os indicadores são ordenados em módulos inter-relacionados e representam as práticas que geram impacto econômico, ambiental e social do negócio.
Os relatórios GRI, além de resultados, divulgam também as consequências que ocorreram durante o período relatado, com relação aos compromissos, as estratégias e a abordagem de gestão adotados pela organização. No Brasil, conta com a parceria da UniEthos e do núcleo de estudos em sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas, sendo também um núcleo oficial de colaboração do programa das nações Unidas para o Meio Ambiente.
Pesquisas anteriores sobre a divulgação de relatórios sócio-ambientais, como a de Soares, Lanzarin e Casagrande (2010), que analisaram os balanços sociais do modelo Ibase de uma siderúrgica de Minas Gerais, entre os períodos de 1998 a 2007, constataram que a receita líquida da empresa possui uma forte relação com os indicadores sociais.
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Em outra pesquisa feita por Dias et al. (2014) relacionada ao disclosure sócio-ambiental de empresas mineradoras, foi analisado até que ponto a evidenciação das informações nos relatórios anuais e de sustentabilidade são semelhantes. Para isso, os autores utilizaram tabelas com informações da NBC T15 com recomendações do Instituto Ethos e Ibase e também do GRI. Foram analisados 10 relatórios anuais e de sustentabilidade, entre 2009 e 2012, e foi verificado um aumento no volume de informações sócio-ambientais.
3. METODOLOGIA DE PESQUISA
Para resolver o problema de pesquisa e alcançar o objetivo pretendido, foi usada a metodologia de pesquisa descritiva que para Cervo, Bervian e Silva (2007, p.61), este tipo de pesquisa ocorre quando se “registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos, sem manipulá-los”. Neste sentido, o presente estudo teve como objetivo investigar e fazer uma análise das informações sócio-ambientais nas empresas de siderurgia de capital aberto do Brasil.
A pesquisa é exploratória, ou seja, não requer a formulação de hipóteses para serem testadas, ela se restringe por definir objetivos e buscar mais informações sobre determinado assunto de estudo. A pesquisa exploratória é recomendada quando há pouco conhecimento sobre o problema a ser estudado (CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007). Portanto, buscou-se averiguar se e o quanto essas empresas divulgam de suas informações, sejam em investimentos, sejam em projetos, em seus balanços sociais.
Desta forma, primeiramente foi escolhido um ramo específico de atuação para que a comparação entre as empresas pudesse ser de forma mais justa e coerente. Devido a preocupação ambiental e o nível de poluição emitido pelas grandes empresas no Brasil foi escolhido o ramo de siderurgia. As empresas selecionadas fazem parte da listagem da B3 e são as seguintes:
Quadro 1: Lista das empresas pesquisadas de siderurgia da B3
RAZÃO SOCIAL SIGLA ou NOME FANTASIA
Cia de Ferro Ligas da Bahia Ferbasa
Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. Usiminas
Gerdau S.A. Gerdau
Metalúrgica Gerdau S.A. Metalúrgica Gerdau
Companhia Siderúrgica Nacional CSN
Fonte: Dados da pesquisa.
Nos sites das respectivas empresas foram buscados os balanços sociais mais recentes possíveis. Na Ferbasa, Usiminas e Gerdau foram encontrados informações do ano de 2015/2016, sendo que Gerdau e Metalúrgica Gerdau divulgam o balanço em conjunto, por se tratarem de empresas do mesmo grupo empresarial. Já a CSN, publicou o último Balanço Social no ano de 2004, com algumas informações atualizadas no site da Fundação CSN, portanto uma parte dos dados está desatualizada.
Os dados encontrados foram organizados e dispostos em uma tabela que se originou dos dados presentes nos modelos de Balanços Sociais mais comuns: o do Ibase, do GRI e da NBC T15.
Os dados encontrados foram compilados e separados em 16 grandes grupos: a) Informações e Identificação; b) Origem dos Recursos; c) Aplicação dos recursos; d) Informações de indicadores sociais internos; e) Projetos ações e contribuições para a sociedade; f) outros indicadores; g) indicadores do corpo funcional; h) qualificação do corpo funcional; i) número de funcionários em relação ao corpo técnico administrativo; j) informações sobre Ética; k) Ações trabalhistas feitas por empregados contra a entidade; l) interação com a comunidade;
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m) informações sobre interação com os clientes; n) informações sobre interação com o meio ambiente; e o) o desempenho econômico e efluentes e resíduos.
Abaixo de cada classe existem várias subclasses, e, para cada empresa, existe uma coluna com: “SIM” (existe informação no Balanço Social) e “NÃO” (não existe ou não foi encontrada informação no Balanço Social).
4. ANÁLISE DOS RESULTADOS
Compilando os dados presentes nos modelos de Balanços Sociais do IBASE, GRI e da NBC T15 em um único demonstrativo, foi possível extrair as seguintes informações de cada companhia pesquisada: com relação à Identificação dessas empresas, tem-se:
Quadro 2: Informações de Identificação
Identificação FERBASA USIMINAS GERDAU CSN
Natureza jurídica NÃO NÃO NÃO NÃO
Sem fins lucrativos? (sim ou não) NÃO NÃO NÃO NÃO
Isenta da cota nacional de INSS? ( sim ou não ) NÃO NÃO NÃO NÃO
Possui Certificado de Entidade Beneficente de Assistência
Social (CEAS)? (sim ou não) NÃO NÃO NÃO NÃO
Possui registro no: (CNAS, CEAS ou CMAS) NÃO NÃO NÃO SIM
De utilidade pública? (não, federal, municipal ou estadual) NÃO NÃO NÃO NÃO
Classificada como Oscip (Lei 9.790/99)? (sim ou não) NÃO NÃO NÃO NÃO
Fonte: Dados da pesquisa.
Pode-se observar que no quadro 2 foram colocadas todas as informações cadastrais e jurídicas das empresas analisadas: todas são empresas de capital aberto, com fins lucrativos e nenhuma é de utilidade pública.
Em seguida foi feita a análise da origem dos recursos utilizados pelas empresas:
Quadro 3: Origem dos Recursos
Origem dos recursos (anual com base no do total) % FERBASA USIMINAS GERDAU CSN
Recursos governamentais (subvenções) NÃO NÃO NÃO NÃO
Doações de pessoas jurídicas NÃO NÃO NÃO NÃO
Doações de pessoas físicas NÃO NÃO NÃO NÃO
Contribuições NÃO NÃO NÃO NÃO
Patrocínios NÃO NÃO NÃO NÃO
Patrocínios NÃO NÃO NÃO NÃO
Prestação de serviços e/ou venda de produtos NÃO NÃO NÃO NÃO
Outras receitas NÃO NÃO NÃO NÃO
Fonte: Dados da pesquisa.
No quadro 3 estão dispostas informações sobre a origem dos recursos das empresas, de onde vem toda a parte financeira. Como mostrado, não foi encontrado nenhuma informação.
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Quadro 4: Aplicação dos recursos
Aplicação dos recursos (anual com base do total) % FERBASA USIMINAS GERDAU CSN
Despesas totais NÃO NÃO NÃO NÃO
Projetos, programas e ações sociais (excluindo pessoal) SIM SIM NÃO SIM
Pessoal (salários + benefícios + encargos) SIM SIM SIM NÃO
Despesas diversas (somatório das despesas abaixo) NÃO NÃO NÃO NÃO
Operacionais NÃO NÃO NÃO NÃO
Impostos e taxas (*b) SIM NÃO NÃO NÃO
Financeiras SIM NÃO NÃO NÃO
Capital (máquinas + instalações + equipamentos) SIM NÃO NÃO NÃO
Outras (que devem ser discriminadas conforme
relevância) SIM NÃO NÃO NÃO
Fonte: Dados da pesquisa.
Gráfico 1: aplicação dos recursos
Fonte: Dados da pesquisa.
No quadro 4 foram dispostos todos os dados em relação a aplicação dos recursos: como também mostra o gráfico 1, a Ferbasa teve uma maior divulgação, com mais de 60% de transparência, em contrapartida a Gerdau e CSN ficaram abaixo de 20%.
Quadro 5: Informações de indicadores sociais internos
Indicadores sociais internos (anual com base no total
com metas) % FERBASA USIMINAS GERDAU CSN
Alimentação SIM NÃO SIM SIM
Educação SIM SIM SIM SIM
Capacitação e desenvolvimento profissional SIM NÃO NÃO SIM
Creche ou auxílio-creche SIM NÃO NÃO SIM
Saúde SIM NÃO SIM SIM
Segurança e medicina no trabalho SIM NÃO SIM SIM
Transporte SIM NÃO SIM NÃO
Bolsas/estágios SIM NÃO NÃO NÃO
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Previdência Privada SIM NÃO SIM NÃO
Cultura SIM NÃO NÃO SIM
Participação nos lucros ou resultados SIM NÃO SIM SIM
Remuneração bruta segregada por empregados, administradores, terceirizados e autônomos;
SIM NÃO NÃO NÃO
Passivos trabalhistas da entidade SIM NÃO NÃO NÃO
Outros SIM NÃO SIM NÃO
Fonte: Dados da pesquisa.
Gráfico 2: Informações de indicadores sociais internos
Fonte: Dados da pesquisa.
Nos indicadores sociais internos o grande destaque ficou por conta da Ferbasa, que divulgou todos os dados pesquisados. Em contrapartida a Usiminas divulgou menos de 10% dos dados.
Quadro 6: Projetos ações e contribuições para a sociedade
Projetos, ações e contribuições para a sociedade
(anual, base no total com metas) % FERBASA USIMINAS GERDAU CSN
Alternativas Democráticas à Globalização NÃO NÃO NÃO NÃO
Debate Público/Comunicação NÃO NÃO NÃO NÃO
Desenvolvimento e Direitos NÃO NÃO NÃO NÃO
Direito à Cidade NÃO NÃO NÃO NÃO
Economia Solidária NÃO NÃO NÃO NÃO
Processo Fórum Social Mundial NÃO NÃO NÃO NÃO
Juventude, Democracia e Participação: (Direitos e
Diversidade) NÃO NÃO NÃO NÃO
Responsabilidade Social Ética nas Organizações NÃO NÃO NÃO NÃO
Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional NÃO NÃO NÃO NÃO
Fonte: Dados da pesquisa.
No quadro 6 foram distribuídas as informações sobre projetos para a sociedade. Todas as empresas pesquisadas não divulgaram as informações, todas com 0%.
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Quadro 7: Outros indicadores
Outros indicadores (anual com metas) FERBASA USIMINAS GERDAU CSN
Nº total de alunos(as) NÃO NÃO NÃO SIM
Nº de alunos(as) com bolsas integrais NA NÃO NÃO NÃO NÃO
Valor total das bolsas integrais NÃO NÃO NÃO SIM
Nº de alunos(as) com bolsas parciais NÃO NÃO NÃO NÃO
Valor total das bolsas parciais NÃO NÃO NÃO NÃO
Nº de alunos(as) com bolsas de Iniciação Científica e de
Pesquisa NÃO NÃO NÃO NÃO
Valor total das bolsas de Iniciação Científica e de
Pesquisa NÃO NÃO NÃO NÃO
Fonte: Dados da pesquisa.
Pode-se observar que sobre outros indicadores apenas a CSN informa sobre alunos e bolsas integrais dando uma margem de aproximadamente 28% de divulgação sobre os dados relacionados acima.
Quadro 8: Indicadores do corpo funcional.
Indicadores sobre o corpo funcional (anual com
metas) FERBASA USIMINAS GERDAU CSN
Nº total de empregados(as) ao final do período SIM SIM SIM NÃO
Nº de admissões durante o período NÃO NÃO NÃO SIM
Nº total de demissões NÃO NÃO NÃO NÃO
funcionário menores de 18 anos NÃO NÃO NÃO NÃO
18 a 35 anos NÃO SIM NÃO NÃO
36 a 60 anos NÃO SIM NÃO NÃO
acima de 60 anos NÃO SIM NÃO NÃO
% de empregados(as) acima de 45 anos NÃO NÃO SIM SIM
Nº de mulheres que trabalham na instituição NÃO SIM SIM SIM
% de cargos de chefia ocupados por mulheres NÃO NÃO SIM SIM
Idade média das mulheres em cargos de chefia NÃO NÃO NÃO NÃO
Salário médio das mulheres NÃO NÃO NÃO NÃO
Nª de homens que trabalham na instituição NÃO NÃO NÃO NÃO
% de cargos de chefia ocupados por homens NÃO NÃO NÃO NÃO
Idade média dos homens em cargos de chefia NÃO NÃO NÃO NÃO
Salário médio dos homens NÃO NÃO NÃO NÃO
Nº de negros(as) que trabalham na instituição NÃO NÃO NÃO SIM
% de cargos de chefia ocupados por negros(as) NÃO NÃO NÃO SIM
Idade média dos(as) negros(as) em cargos de chefia NÃO NÃO NÃO NÃO
Salário médio dos(as) negros(as) NÃO NÃO NÃO NÃO
Nº de brancos(as) que trabalham na instituição NÃO NÃO NÃO NÃO
Salário médio dos(as) brancos(as) NÃO NÃO NÃO NÃO
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Nº de voluntários(as) NÃO NÃO NÃO NÃO
Nº de pessoas com deficiência NÃO NÃO NÃO SIM
Total de prestadores de serviços terceirizados no final do
exercício SIM NÃO SIM SIM
Salário médio das pessoas com deficiência NÃO NÃO NÃO NÃO
Fonte: Dados da pesquisa.
Gráfico 3: Indicadores do corpo funcional.
Fonte: Dados da pesquisa.
Como pode se observar, o gráfico 3 dos indicadores do quadro de funcionários, a CSN foi a que mais divulgou informações, ainda que tenha apresentado um percentual abaixo de 40%. Já a Ferbasa foi a que menos divulgou, com menos de 10%.
Quadro 9: Qualificação do corpo funcional
Qualificação do corpo funcional (anual com metas) FERBASA USIMINAS GERDAU CSN
Nº total de docentes NÃO NÃO NÃO NÃO
Nº de doutores(as) NÃO NÃO NÃO NÃO
Nº de mestres(as) NÃO NÃO NÃO NÃO
Nº de especializados(as) NÃO NÃO NÃO NÃO
Nº de graduados(as) NÃO NÃO SIM NÃO
Nº de técnicos(as) NÃO NÃO NÃO NÃO
Nº de ensino médio NÃO NÃO SIM NÃO
Nº de ensino fundamental NÃO NÃO SIM NÃO
Nº de analfabetos NÃO NÃO NÃO NÃO
Fonte: Dados da pesquisa.
No que tange a qualificação do corpo funcional, apenas a Gerdau divulgou informações, mas com percentual bem baixo, menos de 40%.
Quadro 10: Número de funcionários em relação ao corpo técnico administrativo
Nº total de funcionários(as) no corpo técnico é
administrativo FERBASA USIMINAS GERDAU CSN
Nº de pós-graduados (especialistas, mestres e doutores) NÃO NÃO NÃO NÃO
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Nº de graduandos(as) NÃO NÃO NÃO NÃO
Nº de pessoas com ensino médio NÃO NÃO NÃO NÃO
Nº de pessoas com ensino fundamental NÃO NÃO NÃO NÃO
Nº de pessoas com ensino fundamental incompleto NÃO NÃO NÃO NÃO
Nº de pessoas não-alfabetizadas NÃO NÃO NÃO NÃO
Fonte: Dados da pesquisa.
Não foram encontrados informações sobre a qualificação funcionários do corpo técnico e administrativo. Nenhuma empresa fez a divulgação.
Quadro 11: Informações sobre Ética
Informações relevantes quanto à ética, transparência e
responsabilidade social (anual e metas) FERBASA USIMINAS GERDAU CSN
Relação entre a maior e a menor remuneração NÃO NÃO NÃO NÃO
O processo de admissão de 0% por indicação 0% por indicação
empregados(as) é: (indicação ou concurso em %) NÃO NÃO NÃO NÃO
A instituição desenvolve alguma política ou ação de valorização da diversidade em seu quadro funcional? (sim ou não)
(institucionalizada ou não)
NÃO NÃO NÃO NÃO
Se “sim” na questão anterior, qual? (negros, gênero, pessoas com deficiência, opção sexual, outro_________)
NÃO NÃO NÃO NÃO
A organização desenvolve alguma política ou ação de valorização da diversidade entre alunos(as) e/ou
beneficiários(as)? (sim ou não) (institucionalizada ou não)
NÃO NÃO NÃO NÃO
Se “sim” na questão anterior, qual? (negros, gênero, pessoas
com deficiência, opção sexual, outro_________) NÃO NÃO NÃO NÃO
Na seleção de parceiros e prestadores de serviço, critérios éticos e de responsabilidade social e ambiental: (não considerados, não sugeridos ou não exigidos)
NÃO NÃO NÃO NÃO
Fonte: Dados da pesquisa.
Não foram encontrados informações quanto a ética, transparência e responsabilidade social.
Quadro 12: Ações trabalhistas feitas por empregados contra a entidade
Ações trabalhistas movidas pelos empregados contra
a entidade FERBASA USIMINAS GERDAU CSN
Número de processos trabalhistas movidos contra a
entidade NÃO NÃO NÃO NÃO
Número de processos trabalhistas julgados procedentes NÃO NÃO NÃO NÃO
Número de processos trabalhistas julgados
improcedentes NÃO NÃO NÃO NÃO
Valor total de indenizações e multas pagas por
determinação da justiça NÃO NÃO NÃO NÃO
Fonte: Dados da pesquisa.
Não foram encontrados informações sobre ações trabalhistas movidas por empregados contra a entidade
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Quadro 13: Interação com a comunidade
Interação com a comunidade (ambiente externo) FERBASA USIMINAS GERDAU CSN
Educação, exceto a de caráter ambiental SIM SIM SIM SIM
Cultura SIM SIM SIM SIM
Saúde e saneamento SIM SIM SIM SIM
Esporte e lazer, não considerados os patrocínios com
finalidade publicitária SIM SIM SIM SIM
Alimentação SIM SIM NÃO NÃO
Fonte: Dados da pesquisa.
Gráfico 4: Interação com a comunidade
Fonte: Dados da pesquisa.
Na interação com a comunidade, todas as empresas tiveram destaque, com no mínimo 80% de divulgação, sendo a Ferbasa e Usiminas com 100% de informação divulgada.
Quadro 14: Informações sobre interação com os clientes
Interação com os clientes FERBASA USIMINAS GERDAU CSN
Número de reclamações recebidas diretamente na entidade NÃO NÃO NÃO NÃO
Número de reclamações recebidas por meio dos órgãos de
proteção e defesa do consumidor NÃO NÃO NÃO NÃO
Número de reclamações recebidas por meio da Justiça NÃO NÃO NÃO NÃO
Número das reclamações atendidas em cada instância arrolada
NÃO NÃO NÃO NÃO
Montante de multas e indenizações a clientes, determinadas por órgãos de proteção e defesa do consumidor ou pela Justiça
NÃO NÃO NÃO NÃO
Ações empreendidas pela entidade para sanar ou minimizar
as causas das reclamações NÃO NÃO NÃO NÃO
Informações relativas aos fornecedores NÃO NÃO NÃO NÃO
Informar se utiliza critérios de responsabilidade social para
a seleção de seus fornecedores. NÃO NÃO NÃO NÃO
Fonte: Dados da pesquisa.
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Quadro 15: Informações sobre interação com o meio ambiente
Interação com o Meio Ambiente FERBASA USIMINAS GERDAU CSN
Investimentos e gastos com manutenção nos processos
operacionais para a melhoria do meio ambiente NÃO SIM NÃO SIM
Investimentos e gastos com a preservação e/ou recuperação de
ambientes degradados NÃO NÃO NÃO SIM
Investimentos e gastos com a educação ambiental para empregados, terceirizados, autônomos e administradores da entidade
NÃO NÃO NÃO NÃO
Investimentos e gastos com educação ambiental para a comunidade
NÃO NÃO SIM NÃO
Investimentos e gastos com outros projetos ambientais NÃO NÃO NÃO NÃO
Quantidade de processos ambientais, administrativos e judiciais
movidos contra a entidade NÃO NÃO NÃO NÃO
Valor das multas e das indenizações relativas à matéria ambiental,
determinadas administrativa e/ou judicialmente NÃO NÃO NÃO NÃO
Passivos e contingências ambientais NÃO NÃO NÃO NÃO
Fonte: Dados da pesquisa.
Gráfico 5: Informações sobre interação com o meio ambiente:
Fonte: Dados da pesquisa.
Sobre a interação com o meio ambiente, observa-se que a CSN e a USIMINAS são as únicas que informam sobre gasto com manutenção nos processos para melhoria do meio ambiente, e apenas a CSN informa sobre investimentos feitos para preservação ou recuperação do ambiente. A GERDAU é a única que informa sobre investimentos feitos com educação ambiental para a comunidade. Observa-se também que, das informações necessárias, a FERBASA não divulga nada, a USIMINAS e a GERDAU divulgam 12,5% e a CSN divulga 25% das informações.
Quadro 16: Desempenho econômico
Desempenho econômico FERBASA USIMINAS GERDAU CSN
Valor econômico direto gerado e distribuído, incluindo receitas, custos operacionais,
NÃO NÃO NÃO NÃO
remuneração de empregados, doações e outros investimentos na comunidade, lucros acumulados
18 Presença no Mercado
Variação da proporção do salário mais baixo comparado ao salário mínimo local em unidades
NÃO NÃO NÃO NÃO
operacionais importantes; políticas, práticas e proporção de gastos com fornecedores locais em
unidades operacionais importantes; Impactos econômicos indiretos
Desenvolvimento e impacto de investimentos em infra-estrutura e serviços oferecidos,
NÃO NÃO NÃO NÃO
principalmente para benefício público, por meio de engajamento comercial, em espécie;.
Materiais
Materiais usados por peso ou volume; e percentual dos materiais
usados provenientes de reciclagem; NÃO NÃO NÃO NÃO
Energia
Consumo de energia direta discriminado por fonte de energia primária; consumo de energia indireta
NÃO NÃO NÃO NÃO
discriminado por fonte primária; energia economizada devido a melhorias em conservação e
eficiência; iniciativas para fornecer produtos e serviços com baixo consumo de energia;
Água
Total de retirada de água por fonte; fontes hídricas significativamente afetadas por retirada de água; e percentual e
volume total de água reciclada e reutilizada; NÃO NÃO NÃO NÃO
Biodiversidade
Localização e tamanho da área possuída, arrendada ou administrada dentro de áreas protegidas, ou
NÃO NÃO NÃO NÃO
adjacentes a elas, e áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas; descrição de
impactos significativos na biodiversidade de atividades, produtos e serviços em áreas protegidas e em
áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas; Fonte: Dados da pesquisa.
Não foram encontrados informações sobre o desempenho econômico das entidades pesquisadas.
Quadro 17: Efluentes e resíduos
Emissões, efluentes e resíduos FERBASA USIMINAS GERDAU CSN
Total de emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa, por peso; outras emissões indiretas relevantes de gases do efeito estufa, por peso; iniciativas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e as reduções obtidas; emissões de substâncias destruidoras da camada de ozônio, por peso;
NÃO NÃO NÃO NÃO
NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas, por tipo
e peso; descarte total de água, por qualidade e destinação; NÃO NÃO NÃO NÃO
19 Iniciativas para mitigar os impactos ambientais de produtos e
serviços e a extensão da redução desses impactos; e percentual de produtos e suas embalagens recuperados em relação ao total de produtos vendidos, por categoria de produto;
NÃO NÃO NÃO SIM
Conformidade
Valor monetário de multas significativas e número total de sanções não-monetárias resultantes da não-conformidade com
leis e regulamentos ambientais; NÃO NÃO NÃO NÃO
Transporte
Impactos ambientais significativos do transporte de produtos e outros bens e materiais utilizados nas operações da organização,
bem como do transporte de trabalhadores; NÃO NÃO NÃO NÃO
Geral
Total de investimentos e gastos com proteção ambiental. NÃO NÃO NÃO NÃO
Fonte: Dados da pesquisa.
No quadro 17 percebe-se que a CSN é a única que informa um dado sobre produtos e serviços. Sobre as demais informações não foram divulgadas sobre emissões, efluentes e resíduos; produtos e serviços; conformidade e transporte pelas empresas pesquisadas.
5. CONCLUSÃO
O objetivo deste trabalho foi de analisar o nível de disclosure referente aos dados sociais e ambientais das siderúrgicas brasileiras listadas na B3. A conclusão observada na pesquisa foi que muitas informações que as empresas deveriam divulgar sobre dados sócio-ambientais, não são divulgadas, fazendo com que o referido relatório fique incompleto e a sociedade sem informações. A falta de informações pode ocorrer especialmente em decorrência da não uniformização dos relatórios sócio-ambientais, bem como da não obrigatoriedade de divulgação dos mesmos.
Algumas limitações da pesquisa diz respeito ao último balanço social da CSN que só foi divulgado em 2004, portanto os resultados estão desatualizados, o balanço social da Gerdau é o de 2014 e a Gerdau S.A. e Metalúrgica S.A não divulgam balanço social separados.
A contribuição desta pesquisa constitui que os resultados observados possam ser utilizados pelas próprias empresas para uma melhoria em suas divulgações sócio-ambientais. Para trabalhos futuros, sugere-se que sejam realizadas comparações nos próximo anos a fim de averiguar se as empresas melhoraram suas divulgações sócio-ambientais dando continuidade a este trabalho utilizando as mesmas tabelas para futuras comparações. Também podem ser realizadas comparações em outros ramos de empresas, também listadas na B3, com objetivo de se ter um panorama a respeito da divulgação de informações sócio-ambientais pelas empresas brasileiras.
20
6. REFERÊNCIAS
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Científica, v. 6, 2007.
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Contábil, v. 29, n. 1, 2010.
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