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Manipulação de resultados e revitalização de empresas

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Manipulação de resultados e revitalização de empresas

Dília Carreira

Mestrando em Controlo de Gestão, Escola Superior de Tecnologia e Gestão, Instituto Politécnico de Leiria.

dL_carreira@hotmail.com Inês Lisboa

Escola Superior de Gestão e Economia, Centro de Investigação e Gestão para a Sustentabilidade, Instituto Politécnico de Leiria.

ines.lisboa@ipleiria.pt

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Resumo:

A informação financeira comunicada pelas empresas nem sempre é verdadeira e espelha

a sua situação real. As empresas tendem a manipular resultados com o intuito de obter

benefícios, ludibriando todas as partes interessadas. O presente estudo visa analisar se as

empresas que recorreram ao plano de revitalização, na modalidade PER (Plano Especial

de Revitalização), no ano de 2012, manipularam resultados e se essa manipulação foi

superior antes ou após a entrada no programa. Para tal foi analisada informação financeira

de 1019 empresas no período de 2009 a 2015. O período foi posteriormente dividido em

dois: antes da entrada no programa e após. Utilizando os modelos de Jones (1991) e de

Kothari, Leone and Wasley (2005), na vertente de manipulação através dos “accruals”,

os resultados evidenciam que existe uma maior manipulação de resultados antes de

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1. Introdução

A manipulação de resultados não é um tema novo, mas os estudos sobre esta temática

têm-se intensificado nos últimos anos. A crise financeira de 2007/2008 veio atrair

atenções para esta temática dado que muitas empresas consideradas solventes entraram

em falência, questionando sobre a veracidade da informação financeira comunicada.

De facto, as empresas, por vezes, utilizam a flexibilidade do normativo contabilístico para

apresentarem a informação financeira que seja mais conveniente para comunicar às partes

interessadas (Beneish, 1999). São diversos os motivos que levam as empresas a manipular

os seus resultados, sendo que se podem agrupar essencialmente em três grupos: mercados

de capitais, incentivos contratuais e incentivos regulatórios (Healy e Wahlen, 1999).

Em Portugal, a generalidade das empresas são de pequena e média dimensão (PME),

existe uma proximidade entre os acionistas e os gestores das empresas e as estas estão

muito dependentes de endividamento bancário (Alves, 2014). Assim, o principal motivo

para manipular resultados refere-se ao cumprimento de contratos, nomeadamente de

contratos bancários. As empresas alteram a informação financeira quer para aceder a

financiamento bancário e assim reforçar a sua tesouraria e/ou necessidades de

financiamento, quer para obterem taxas de juro mais baixas (Moreira, 2006). Esta situação

pode ser exacerbada quando as empresas apresentam problemas de solvência.

Em 2012 que o conselho de ministros Português criou o programa revitalizar nas medidas

PER e SIREVE (Sistema de Recuperação de Empresas por Via Extrajudicial) com o

objetivo de revitalizar empresas em risco de insolvência, mas consideradas

economicamente viáveis (Programa Revitalizar, 2012). Analisando 1019 empresas que

recorreram ao PER em 2012, o objetivo deste trabalho é analisar se as empresas em

insolvência manipulam os seus resultados. Koschtial e Franceschetti (2013) verificaram

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empresas solventes. A ideia destas empresas é mostrar ao exterior que a sua situação

financeira não é tão crítica e, deste modo, não terem consequências como dificuldade no

acesso ao crédito, dificuldades em estabelecer parcerias com fornecedores e clientes, etc.

Adicionalmente, visamos verificar se as empresas manipulam mais os resultados antes de

entrarem no programa ou após. Para entrarem no programa de revitalização as empresas

têm de ser consideradas economicamente viáveis, logo é normal que a tendência seja para

manipular mais os resultados antes da entrada no programa para aceder ao mesmo.

Adicionalmente, após a entrada as empresas são acompanhadas por um gestor de

insolvência. Este controlo irá evitar que as empresas manipulem os resultados, logo a

qualidade da informação financeira deverá ser superior (Dechow, Sloan e Sweeney,

1996).

Analisando a informação financeira das referidas empresas no horizonte temporal de

2009 a 2015, e aplicando os modelos de Jones (1991) e de Kothari et al. (2005), na

vertente de manipulação através dos “accruals”, os resultados evidenciam manipulação de resultados destas empresas. Adicionalmente, o período analisado foi subdividido: antes

da entrada no programa (2009-2011) e após a entrada no programa (2013-2015). Os

resultados sugerem que, apesar de existir manipulação depois das empresas recorrerem

ao programa, a manipulação efetuada antes de pedirem apoio é bastante maior.

Este trabalho é relevante quer em termos académicos, quer em termos práticos. Do que é

do nosso conhecimento é o primeiro trabalho a analisar os tópicos revitalização de

empresas e manipulação de resultados. A revitalização de empresas é um tópico

relativamente novo e por isso menos analisado. Assim, este estudo contribui para ampliar

a literatura existente. Adicionalmente, permite às entidades competentes perceberem que

nem sempre a informação transmitida pelas empresas é a verídica. Deste modo, a

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não deverá ser apenas a dos últimos anos e também não deverá ser apenas informação

financeira. Por fim, é certo que a resolução definitiva da manipulação de resultados vai

ser difícil de alcançar, mas mais conhecimento irá permitir um maior controlo e aplicação

de medidas que poderão desmotivar as empresas para estas práticas.

2. Revisão de bibliografia e hipóteses em estudo

Num mercado extremamente globalizado as empresas têm de enfrentar diversas

adversidades económico-financeiras para conseguirem desenvolver os seus produtos e

serviços e conseguirem deter uma posição competitiva no mercado. Por vezes, a

informação que disponibilizam através das suas demonstrações financeiras nem sempre

é a mais correta, verdadeira e apropriada, mas é a que pretendem demonstrar. É neste

contexto que surge a manipulação de resultados.

Não existe uma única definição de manipulação de resultados, evidenciando a

complexidade da temática (Beneish, 1999). Segundo Dechow, Sloan e Sweeney (1995) a

manipulação de resultados é definida como um processo nos quais os gestores optam de

forma deliberada, mas de acordo com os normativos contabilístico, tomar certas opções

contabilísticas com a finalidade de obter um determinado resultado. Para Schipper (1989)

“earnings management”, ou em português: manipulação de resultados, é a aptidão que um gestor tem de intervir na informação financeira e na sua divulgação com o propósito

de conseguir vantagens, disfarçando a realidade da atividade da empresa de forma a

disponibilizar informação mais atrativa.

A manipulação de resultados não é mais do que uma forma de chegar a um determinado

resultado, seja ele positivo ou negativo, de forma a conseguir atingir um objetivo num

futuro próximo. A flexibilidade existente nas normas contabilísticas faz com que a prática

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determinantes da atividade das empresas (Davidson, Stickney e Weil, 1987,

Koumanakos, Siriopoulos e Georgopoulos, 2005).

No presente trabalho entende-se como manipulação de resultados o conjunto de situações

sobre as quais os gestores interferem nas demonstrações financeiras de uma entidade com

o objetivo de as modificar, influenciando o cumprimento de obrigações que resultam dos

relatórios contabilísticos.

A manipulação de resultados ocorre porque existem diversos incentivos que permitem

apresentar resultados superiores ou inferiores aos que iriam ser apresentados sem

intervenção por parte dos gestores (Beneish 2001). Esta intervenção pode ser vista como

resultados de pré-gestão. Segundo Healy e Wahlen (1999) os incentivos podem

agrupar-se em três grupos: incentivos relacionados com o mercado de capitais, incentivos

contratuais e incentivos regulatórios. O primeiro grupo de incentivos, derivados dos

mercados de capitais, resulta pelo facto dos gestores pretenderem influenciar os

investidores sobre o valor da empresa obtendo. Uma vez que os investidores não têm

acesso a toda a informação sobre as empresas, mas apenas à disponível, a manipulação

visa influenciar os investidores e assim alterar o preço das ações (Dechow e Skinner,

2000). Empresas com resultados negativos podem ver a cotação das ações afetadas

negativamente, uma vez que os investidores terão menores expectativas sobre as mesmas.

Deste modo a manipulação ocorre com vista a exercer pressão sobre as previsões

efetuadas (e.g., Degeorge, Patel e Zeckhauser, 1999; Matsumoto, 2002). Este

comportamento por parte dos gestores é efetuado para conseguir proteger a reputação da

empresa e a perceção de risco para os investidores (Kasznik, 1999). Por sua vez, no caso

dos resultados excederem as expectativas dos analistas e estas mesmas expectativas serem

revistas em alta, os gestores tendem a gerir negativamente os resultados, pois pode ser

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alguns gestores manipulam resultados no sentido de melhorar as expetativas dos

investidores sobre uma empresa antes da emissão de ações (Viana, 2009).

Em modo de conclusão podemos afirmar que os gestores manipulam resultados com o

objetivo de apresentar lucros, resultados ou satisfazer as previsões financeiras. Porém,

segundo Burgstahler, Hail e Leuz (2004) as empresas cotadas divulgam resultados com

maior detalhe informativo que as não cotadas, sendo menos sujeitas a manipulação de

resultados. Em linha com esta ideia, Healy e Wahlen (1999) sugerem que os investidores

institucionais, que são orientados para o longo prazo, exercem um papel de controlo sobre

os gestores, “bloqueando” assim a manipulação de resultados.

Relativamente aos incentivos contratuais, indicados por Healy e Wahlen (1999), surgem

como resultado da informação financeira ser utilizada para regular contratos efetuados

entre as empresas e as partes interessadas. Um tipo de incentivos contratuais referem-se

a bónus ou prémios contratuais dos gestores (Schipper, 1989, Healy e Wahlen, 1999). Os

gestores podem ter uma componente variável da remuneração, normalmente indexada a

medidas de desempenho. Consequentemente surge incentivo de manipular resultados de

forma a aumentar o desempenho da empresa e incrementar a riqueza pessoal dos gestores.

Segundo Watts e Zimmerman (1990) estes contratos são efetuados não apenas para

aumentar a riqueza dos gestores, perspetiva económica, mas também e principalmente

para aumentar a riqueza das diversas partes, numa perspetiva da informação. O segundo

tipo de incentivos contratuais diz respeito aos contratos de dívida (Healy e Wahlen, 1999,

Moreira e Pope, 2007). Antes de existir um contrato de dívida as empresas podem praticar

manipulação de forma a obter uma variação do resultado menor e com isto conseguir

financiamento a custos menores. Quando o contrato de dívida já existe, a manipulação de

resultados pode ser praticada para evitar a violação de cláusulas contratuais (Watts e

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resultados líquidos negativos têm mais tendência para manipular os resultados, pois são

essas que vêm normalmente o custo da dívida aumentar.

O último grupo de incentivos, os regulatórios, têm como finalidade contornar a legislação

ou as leis da concorrência (Healy e Wahlen, 1999). Quando a contabilidade e a fiscalidade

estão relacionadas a manipulação de resultados surge de forma a reduzir o imposto sobre

o rendimento a pagar. Outros motivos são: cumprir contratos de trabalho, normas

governamentais, políticas ambientais, influenciar os auditores da empresa, entre outros,

com o objetivo de evitar intervenção das autoridades reguladoras as quais implicam

custos políticos. De acordo com Schipper (1989) quer o ambiente regulatório quer o

ambiente legal influenciam a prática de manipulação de resultados dado que o objetivo é

cumprir as normas.

Hipóteses

A insolvência das empresas tem sido também apontada como incentivo para a

manipulação de resultados (Koschtial e Franceschetti, 2013). De facto, quando surge o

termo manipulação de resultados existe a ideia de empresas que se encontram numa

situação financeira e económica difícil ou até mesmo complexa. Essas empresas têm mais

incentivos para influenciar os stakeholders de forma a mostrar ao exterior que a sua

situação financeira não é tão crítica. Os principais objetivos centram-se: em acederem à

dívida ou reduzirem os custos com a mesma, que são fundamentais normalmente para a

continuidade do negócio, principalmente em Portugal onde o crédito bancário é muito

relevante (Alves, 2014), em cumprirem regulamentos governamentais e setoriais e assim

conseguirem manter-se competitivos, e em influenciarem os investidores financeiros e

assim obterem maior financiamento por via do aumento do preço das suas ações (apenas

(9)

De acordo com a literatura existente são alguns os estudos que mostram que os gestores

destas empresas utilizam as normas contabilísticas e a flexibilidade existente nas mesmas

com o objetivo de aumentar resultados reportados em períodos anteriores à insolvência

da empresa (e.g. Sharma e Stevenson, 1997, Rosner, 2003; García-Lara, Osma e

Neophytou, 2009). Desta forma espera-se que as empresas em insolvência manipulem de

forma mais intensiva os seus resultados.

Koschtial e Franceschetti (2013) tentaram validar a tese da Deloitte Forensic Center

Report de 2008 de que as empresas com maior probabilidade de insolvência têm três

vezes mais tendência para agir de forma fraudulenta do que as empresas solventes.

Embora não tenham conseguido validar a hipótese, estes autores confirmam manipulação

de resultados nas empresas insolventes, embora tenham verificado que esta tende a

diminuir no período anterior à falência efetiva.

No caso em questão, são analisadas empresas em risco de insolvência, mas ainda

consideradas economicamente viáveis. Assim a questão de entrar em falência efetiva não

está em causa. Os factos anteriores dão então origem à seguinte hipótese:

Hipótese 1: As empresas em insolvência manipulam os seus resultados.

A propensão para a manipulação de resultados não é normalmente constante e pode ser

distinta antes e após as empresas entrarem no programa de Revitalização. Para nosso

conhecimento esta questão ainda não foi analisada, mas situações análogas foram

estudadas. Por exemplo, Moreira (2006) verificou que são as empresas com situações

financeiras mais débeis que visam manter “aparências” essencialmente para conseguirem

crédito bancário. Deste modo, manipulam os resultados numa dada altura para

conseguirem reverter a situação financeira em que se encontram. Deste modo é expectável

(10)

Revitalização para mostrar que ainda têm viabilidade financeira futura e assim terem

acesso ao mesmo.

Adicionalmente, após receberem o apoio as empresas ficam sujeitas a um controlo por

parte do gestor de insolvência. Estudos anteriores verificaram que empresas com contas

auditadas, principalmente pelas Big4 (PricewaterhouseCoopers, Deloitte, Ernest &

Young, KPMG) têm menos tendência para manipular resultados, pois os auditores para

além de controlarem as contas e assim conseguirem detetar manipulação, têm uma

reputação a manter para sustentar e aumentar a sua carteira de clientes (Dechow et al.,

1996, Alves, 2014). Assim espera-se que após a entrada no programa de Revitalização as

empresas manipulem menos os resultados.

Pelo exposto surge a segunda hipótese do presente estudo:

Hipótese 2: As empresas em insolvência manipulam mais resultados antes de recorrerem aos planos de recuperação.

3. Amostra, variáveis e modelos 3.1 Amostra

Este estudo analisa as empresas Portuguesas que recorreram ao plano Revitalizar na sua

medida PER em 2012. O PER foi introduzido em Portugal através da Lei n.º 16/2012, de

20 de abril. Este instrumento veio permitir às empresas que se encontrem numa situação

económica difícil ou em insolvência iminente, mas com possibilidade de recuperação,

negociar com os credores um plano de recuperação que conduza à sua revitalização

económico-financeira (Direção-Geral da Política de Justiça, 2012). De acordo com o n.º

1 e nº 2 do art.º 3º do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas (CIRE) “É considerado em situação de insolvência o devedor que se encontre impossibilitado de

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por cujas dívidas nenhuma pessoa singular responda pessoal e ilimitadamente, por forma

direta ou indireta, são também consideradas insolventes quando o seu passivo seja

manifestamente superior ao ativo. Equipara-se à situação de insolvência atual a que seja

meramente iminente, no caso de apresentação pelo devedor à insolvência.”

Este instrumento pode ser iniciado por vontade do devedor conjuntamente com pelo

menos um credor de começar as negociações para a revitalização ou o devedor apresenta

um acordo extrajudicial de recuperação acordo com a maioria dos credores ao tribunal

(art.º 17º do CIRE). Após as negociações o juiz ou homóloga ou recusa o acordo, sendo

que neste último caso o processo é encerrado. Caso o processo seja homologado o tribunal

elege um administrador de insolvências que será responsável para tratar da recuperação

dentro de um prazo estabelecido. Após decorrido o prazo a empresa decreta falência ou

recuperação.

A informação sobre as empresas em PER foram obtidas junto da IGNIOS. A informação

financeira, que permitiu recolher informação para o cálculo dos rácios incluídos nos

modelos foi obtido na base de dados SABI da Bureau Van Dijk. Os dados foram

recolhidos para os anos de 2009 a 2015. A escolha do período analisado foi para se

conseguir ter duas subamostras com o mesmo número de anos, uma antes da entrada no

programa Revitalizar (2009-2011) e outra após a entrada no programa (2013-2015). Para

o ano de 2008 foi também recolhida informação com o objetivo de calcular as variações

anuais de algumas rubricas.

A amostra final inclui 1019 empresas. Mais de 50% da amostra refere-se a sociedades por

quotas, seguindo-se as sociedades anónimas com pouco mais de 30%. Os setores da

secção C do código das atividades económicas, indústrias transformadores, são os que

recorreram ao PER, com 26,30%, seguindo-se da secção G, comércio por grosso e a

(12)

construção, com 21,4%. Verifica-se que Porto, Lisboa, Braga e Aveiro são os distritos

com mais processos PER, o que também seria esperado dado que são os maiores distritos.

Por fim, cerca de 37% dos processos é detido por 11 administradores o que evidencia uma

grande concentração de processos em poucos administradores.

3.2 Modelos

Existem diversos métodos que são recorrentemente utilizados em estudos sobre o tema

de manipulação de resultados. Uns têm por base a distribuição de frequências (Hayn,

1995,Burgstahler e Dichev, 1997), outros a análise de variáveis e rácios (Penman, 2012,

Rosner, 2003) e outros ainda a aplicação de modelos probit.

A manipulação de resultados é normalmente analisada de 2 modos distintos: por

“accruals” e por operações reais. O primeiro modo é mais utilizado, dado que a manipulação de resultados através de operações reais é mais difícil de detetar (Peasnell,

Pope e Young, (2000). Os “accruals” são a componente não monetária dos ganhos dado

que são registo de transações financeiras antes destas gerarem receitas ou despesas.

Segundo Ronen e Yaari (2007) os “accruals” surgem quando há uma diferença entre o

instante do fluxo de caixa e o instante do reconhecimento do resultado. São exemplos

destas práticas a alteração de métodos de depreciação ou do método de valorização de

inventários, a redução de imparidades, a alteração da vida útil dos ativos fixos, os

diferimentos, entre outros (Healy e Whalen, 1999). Os “accruals” podem-se dividir em

dois tipos: discricionários e não discricionários. Os “accruals” não discricionários estão

relacionados coma atividade normal da empresa, dependem da variação nos níveis de

receitas e dos valores dos ativos tangíveis. Os “accruals” discricionários correspondem

às intervenções intencionais dos gestores no sentido de produzirem os efeitos desejados

(13)

No que diz respeito a operações reais, segundo Roychowdhury (2006) resultam dos

desvios das práticas operacionais normais, motivados pelo desejo dos gestores de induzir

determinadas partes interessadas a acreditar em determinados objetivos dos relatórios

financeiros atendidos no curso normal das operações. Estas práticas não contribuem

necessariamente para o valor da empresa. São exemplos destas práticas o aumento das

vendas derivada de descontos temporários ou alargamento das condições de crédito dos

clientes, a redução dos gastos de investigação e desenvolvimento e com publicidade e a

redução da margem bruta derivado da produção ser superior às vendas (Roychowdhury,

2006).

Dentro de cada grupo de manipulação de resultados surgiram diversos modelos para a

detetar. Aqui vamos focar-nos na manipulação de resultados através de “accruals”, por

serem os mais abordados na literatura empírica e os mais fáceis de detetar. Aqui

destacam-se os modelos de Healy (1985), DeAngelo (1986), Jones (1991), Dechow et al.

(1995), Kothari et al. (2005).

No presente trabalho selecionamos dois modelos para validar as hipóteses definidas: o

modelo de Jones (1991) por ser o principal modelo na literatura empírica e o de Kothari

et al. (2005) que é uma adaptação do modelo de Jones, dado que introduz uma nova variável para controlar o desempenho das empresas. De seguida explicamos sucintamente

ambos os modelos.

O modelo de Jones (1991) supõe que os “accruals” dependem da variação das receitas e

do montante de ativos fixos, ou seja, o volume de “accruals” correntes necessários

dependem da receita e os “accruals” não correntes (depreciação) dependem do

valor/montante de ativos fixos. O modelo é então o seguinte:

𝐴𝐶𝑇𝑖,𝑡 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜𝑖,𝑡−1 = 𝑘1× 1 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜𝑖,𝑡−1 + 𝑘2× ∆𝑉𝑁𝐷𝑖,𝑡 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜𝑠𝑖,𝑡−1 + 𝑘3× 𝐼𝐶𝑖,𝑡 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜𝑖,𝑡−1 + 𝜀𝑖,𝑡

(14)

Em que:

ACT: “accruals” totais da empresa que resultam da variação dos ativos correntes outros

que não caixa e equivalentes, deduzido da variação dos passivos correntes, e adicionado

das depreciações do período.

VND: Variação no volume de negócios;

IC: Ativo fixo bruto;

Ativo: Ativo total;

i: empresa

t: período analisado.

Os coeficientes obtidos na equação anterior são utilizados (𝑘̂) para estimar os “accruals”

não discricionários (ACND), utilizando a expressão seguinte:

𝐴𝐶𝑁𝐷𝑖,𝑡 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜𝑖,𝑡−1 = 𝑘̂ ×1 1 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜𝑖,𝑡−1 + 𝑘̂ ×2 ∆𝑉𝑁𝐷𝑖,𝑡 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜𝑠𝑖,𝑡−1 + 𝑘̂ ×3 𝐼𝐶𝑖,𝑡 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜𝑖,𝑡−1 + 𝜀𝑖,𝑡

Por fim, os “accruals” discricionários (ACD) resultam da diferença entre os “accruals”

totais e os “accruals” não discricionários:

𝐴𝐶𝐷𝑖,𝑡 =

𝐴𝐶𝑇𝑖,𝑡 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜𝑖,𝑡−1

− 𝐴𝐶𝑁𝐷𝑖,𝑡

O modelo de Kothari et al. (2005) tem por base o modelo de Jones, introduzindo a

variável ROA (Return on assets – rendibilidade do ativo), para controlar o desempenho

financeiro das empresas. O modelo apresentado é então o seguinte:

𝐴𝐶𝑇𝑖,𝑡 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜𝑖,𝑡−1 = 𝑘1+ 𝑘2× 1 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜𝑖,𝑡−1 + 𝑘3× ∆𝑉𝑁𝐷𝑖,𝑡 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜𝑠𝑖,𝑡−1 + 𝑘4× 𝐼𝐶𝑖,𝑡 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜𝑖,𝑡−1 + 𝑘5× 𝑅𝑂𝐴 + 𝜀𝑖,𝑡 𝑇𝐴𝑖𝑡 = 𝛼0+ 𝛼1( 1 𝐴𝑖𝑡−1) + 𝛼2 ∆𝑉𝑁𝐷𝑖𝑡+ 𝛼3𝐼𝐶𝑖𝑡+ 𝛼𝑅𝑂𝐴𝑖𝑡 (𝑜𝑢 𝑖𝑡−1)+ 𝜀𝑖𝑡

(15)

Em que:

ROA: resultado liquido a dividir pelo total do ativo

O modo de estimação do modelo é igual ao anterior.

4. Resultados

Numa primeira abordagem analisámos as principais estatísticas descritivas relativamente

aos “accruals”. Na tabela seguinte são evidenciados a média, mediana, máximo, mínimo e desvio padrão do total dos “accruals” e dos “accruals” discricionários e não discricionários obtidos através da aplicação dos dois modelos anteriormente

apresentados: modelo de Jones (1991) e modelo de Kothari et al. (2005).

Tabela 1: Estatísticas Descritivas

Média Mediana Máximo Mínimo Desvio

Padrão

ACT/Ativo -0,0103 0,0176 8,1089 -127,5607 1,9162

Modelo de Jones (1991)

ACND -0,0132 -0,0104 1,5971 -0,7874 0,0373

ACD -0,0000 0,0300 2,6464 -127,5265 1,9482

Modelo de Kothari et al. (2005)

ACND -0,0132 -0,0103 1,5988 -0,7668 0,0375

ACD 0,0000 0,0301 2,6466 -127,5253 1,9482

Estatísticas descritivas de ACT/Ativo (“Accruals” totais a dividir por ativo), ACND (“accruals não discricionários), ACD (“accruals discricionários).

Analisando a tabela anterior no que diz respeito aos valores dos “accruals” totais

verifica-se que valores variam entre os -128 e os 8, situando-verifica-se a média nos -0,0103.

No que diz respeito aos “accruals” não discricionários os valores são muito similares,

quer utilizando o modelo de Jones (1991), quer utilizando o modelo de Kothari et al.

(2005), rondando em média -0,0132. Já os “accruals” discricionários rondam o valor zero.

Resultados similares foram encontrados por estudos anteriores como de Alves (2014), Xu

(16)

Verifica-se ainda que há um maior desvio padrão nos “accruals” discricionários face aos

“accruals” não discricionários sugerindo que nem todas as empresas seguiram a mesma tendência de manipulação de resultados, mas que houve manipulação. As evidências

encontradas sugerem a existência de manipulação de resultados, indo de encontro à

hipótese 1.

Para analisar o impacto da entrada no programa de revitalização na manipulação de

resultados a amostra foi subdividida em duas: antes da entrada no programa, período de

2009 a 2011, e após a entrada, anos de 2012-2015. Os resultados são apresentados na

tabela seguinte:

Tabela 2: Comparação dos valores antes e depois da entrada no programa Revitalizar

Média Desvio Padrão

Antes 2012 Após 2012 Antes 2012 Após 2012

Modelo de Jones (1991)

ACD -0,0039 0,0012 1,8530 0,5849 ***

Modelo de Kothari et al. (2005)

ACD -0,0037 0,0012 1,8530 0,5849 ***

Média e desvio padrão dos valores de ACD (“Accruals” discricionários). *** evidencia a significância estatística ao nível de 1%.

Por observação da tabela 2 podemos ver que, em média, o valor dos “accruals” discricionários antes de recorrer ao programa Revitalizar era negativo, de -0,004 e após

positivo, de 0,001, mas a diferença não é estatisticamente significativa. Se analisarmos

em valor em termos absolutos verificamos que o valor é superior para o período antes de

2012 comparando com o período posterior o que sugere maior manipulação no período

antes da entrada no programa de Revitalização.

Analisando o desvio padrão confirmamos que para os dois modelos analisados: Jones

(1991) e Kothari et al. (2005) há diferenças significativas, sendo este superior para o

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confirmada para todas as empresas da amostra em análise. Como sugerido por Dechow

et al. (1996) as empresas controladas apresentam qualidade da informação financeira superior e logo menor manipulação de resultados.

Constata-se ainda que os resultados são similares para os dois modelos analisados.

Resultados similares foram obtidos na análise anterior (tabela 1), quando analisámos a

amostra total.

Por fim, os “accruals” discricionários, que na amostra total eram aproximadamente zero,

quando calculados separadamente para o período 2009/2011 e para 2013/2015 são

distintos. Em termos médios, para o período antes do pedido de ajuda são negativos

sugerindo manipulações de resultados em sentido negativo, enquanto para o período após

a ajuda são positivos. Relativamente ao desvio padrão os valores apresentados

anteriormente são ligeiramente superiores antes da ajuda e menores depois da ajuda em

comparação com a tabela 1.

5. Conclusão

A manipulação de resultados é um tema notório na literatura financeira. Muitos estudos

têm-se debruçado sobre esta temática de forma a perceberem se as empresas apresentam

a imagem verdadeira e apropriada da sua situação económico-financeira e quais os

motivos e variáveis que conduzem os gestores à manipulação de resultados.

O presente estudo tem dois objetivos principais. Em primeiro lugar pretendemos

averiguar se as empresas em situação económico-financeira difícil, nomeadamente as

empresas em situação de insolvência, mas como viabilidade económica, manipulam ou

não os resultados. Para tal foram analisadas 1019 empresas que recorreram ao programa

de Revitalização na sua medida PER em 2012, no período de 2009 a 2015. Koschtial e

(18)

tendência para manipular resultados do que as empresas solventes. São as empresas com

situação financeira crítica que mais precisam de aceder ao crédito e estabelecer parcerias

com fornecedores e clientes.

O segundo objetivo é apurar se a tendência para a manipulação de resultados é superior

antes da entrada no programa de Revitalização ou após. É espectável que as empresas

manipulem mais resultados antes da entrada no programa de Revitalização, pois para

acederem ao mesmo têm de ser consideradas economicamente viáveis. Adicionalmente,

após a entrada no programa as empresas são controladas por um gestor de insolvência e,

segundo por Dechow et al. (1996), quando há controlo das empresas a informação

financeira apresentada é mais fiável e, portanto, menos manipulada. Para analisarmos este

objetivo subdividimos a amostra em duas, antes da entrada no programa, período

compreendido entre 2009 e 2011 e após a entrada, de 2013 a 2015.

A manipulação de resultados foi testada através dos “accruals”, nomeadamente dos “accruals” discricionários. Estes foram calculados utilizando dois modelos: o de Jones (1991) e o de Kothari et al. (2005).

Os resultados obtidos sugerem que as empresas da amostra tendem a manipular os seus

resultados quando se encontram em dificultardes financeiras, e que existe uma maior

prática de manipulação de resultados antes das empresas pedirem ajuda ao programa

especial de revitalização. As hipóteses previstas foram então confirmadas.

Este estudo contribui para a literatura empírica na medida em que analisa um tema: a

revitalização de empresas, que é relativamente novo e por isso menos estudado.

Adicionalmente é de extrema relevância em termos práticos dado que permite verificar

se houve ou não melhorias na situação económico-financeira das empresas com esta

(19)

Embora cumpridos os objetivos do presente estudo, este apresenta limitações como todos

os estudos. Em primeiro lugar a própria crise financeira, que se verificou no país durante

o período analisado, pode causar inferências nos resultados obtidos. Deste modo esta será

uma variável a considerar para futuros trabalhos. Adicionalmente a manipulação foi

apenas analisada na perspetiva dos “accruals” embora as empresas possam usar operações reais para manipularem os seus resultados. Por fim, seria relevante analisar se num

período mais longo e para outra amostra similar as conclusões se confirmam.

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