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INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DO INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA - CEUN-IMT

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Academic year: 2021

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Realização: IES parceiras:

CATEGORIA: EM ANDAMENTO

ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: Pedagogia

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DO INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA - CEUN-IMT AUTOR(ES): FELIPE PAES BEKMAN

ORIENTADOR(ES): PATRICIA ANTONIO DE MENEZES FREITAS

COLABORADOR(ES): ANGELO EDUARDO BATTISTINI MARQUES, HECTOR ALEXANDRE CHAVES GIL,

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1 – Resumo

Neste trabalho, analisamos algumas competências essenciais a serem desenvolvidas por estudantes ingressantes nos cursos de engenharia e propomos a formulação de instrumentos de avaliação destas competências. Assim, foram criadas rubricas, tanto para avaliação de professores sobre os estudantes quanto para a autoavaliação dos próprios, que melhor determinem o nível de desenvolvimento do estudante nestas competências. Junto às rubricas, foi formulada uma atividade, usando o método de ensino PBL (Project Based Learning), para a verificação qualitativa da formação das competências definidas neste projeto.

2 – Introdução

Com o avanço de tecnologias, ferramentas e mudanças socioambientais, a indústria e a sociedade demandam de engenheiros novas competências em sua formação. Para adequar à essa nova realidade o governo brasileiro, através do Ministério da Educação (MEC) e a partir do trabalho de entidades como CNI (Confederação Nacional da Indústria), CONFEA (Conselho Federal de Engenharia) e ABENGE (Associação Brasileira de Educação em Engenharia) publicou novas diretrizes curriculares nacionais (DCNs) pela Resolução CNE/CES nº 2, de 24 de abril de 2019 para cursos de engenharia que entrarão em vigor no ano de 2022. A principal mudança presente nestas novas DCNs, reforçando o que já estava nas Diretrizes de 2002, é a mudança de foco de um ensino fundamentado em conteúdos a serem tratados para o enfoque em competências a serem desenvolvidas. Vale salientar o acréscimo das seguintes competências: cooperação e multidisciplinaridade. Também se espera de novos profissionais um comprometimento com o desenvolvimento sustentável e responsabilidade social. Por fim, as novas DCNs estimulam a todas as instituições de ensino superior a utilização de um sistema de ensino ativo e que aproximem os estudantes ao ambiente profissional, gerando uma interação entre a instituição e o campo de atuação dos egressos. Deste modo, o grande desafio atual para instituições de ensino de engenharia é o desenvolvimento de aulas e disciplinas que melhor desenvolvam competências.

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Podemos definir competências pelo conhecimento coletivo de uma organização, ou seja, pelas habilidades produtivas e assimilação de novas tecnologias para o processo produtivo, dando à esta instituição uma vantagem sobre seus competidores (Prahalad & Hamel, 1990).

Na educação, a definição mais abrangente é a de Perrenoud (1999) que afirma

“Competência é a capacidade de mobilizar conhecimentos na busca de solução de problemas complexos, sem se limitar a eles”.

Assim, para o desenvolvimento de competências de estudantes de engenharia para uma formação profissional superior, é necessário a utilização de métodos ativos de ensino que estimulem um interesse pessoal do estudante na matéria estudada.

Torna-se de extrema importância o uso de instrumentos de avaliação do desenvolvimento destas competências para a medição da qualidade da aprendizagem que os estudantes estão recebendo para essas áreas formativas e para a adequação da instituição às demandas atuais da sociedade, governo e profissionais (Marinho-Araujo & Rabelo, 2015). Para isso, devem ser considerado procedimentos que possibilitem a observação de processos, estratégias e relações que estudantes fazem entre os problemas contextualizados usando de diversos indicadores formativos como: conhecimentos, habilidades, atitudes, escolhas, entre outros (Marinho-Araujo & Rabelo, 2015). Portanto é dever da instituição de ensino reformular sua matriz disciplinar a fim de atender essas novas exigências da sociedade.

3 – Objetivos

Neste projeto, tem-se como objetivo o desenvolvimento de rubricas que avaliem o desenvolvimento de competências específicas de estudantes no curso de engenharia, para a adequação às novas DCNs instituídas pelo MEC.

4 – Metodologia

Devido a necessidade do desenvolvimento de um novo processo de avaliação de alunos, será feita uma pesquisa aplicada.

Para a geração de dados sobre a validade das rubricas criadas, será montada uma aula piloto baseada na metodologia PBL onde será possível determinar o nível do desenvolvimento da competência de cada aluno. Os dados qualitativos serão

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observados tanto por uma avaliação dos estudantes pelo professor, identificando os indícios das competências analisadas, quanto por uma autoavaliação dos estudantes, em forma de questionário, onde serão questionados sobre como se sentem quanto ao desenvolvimento das competências nesta atividade comparando a aulas de metodologia passiva.

5 – Desenvolvimento

Para o início deste processo é preciso definir as competências a serem monitoradas ao longo desta atividade. Na área de engenharia, alguma das principais competências usadas por egressos são: Trabalho em Equipe, Compreensão Teórica e Pensamento Crítico (Passow, 2012).

Critérios de desempenho para Trabalho em Equipe podem ser definidos em dimensões que relacionam o sucesso de um grupo atingir o objetivo determinado durante sua formação, tendo como base o comportamento e interações de seus integrantes (Baker, 1992).

Compreensão Teórica é determinada pela capacidade do estudante em identificar ferramentas matemáticas, relações e conceitos teóricos a serem utilizados em um determinado problema (Camarena, 2011).

Critérios de Pensamento Crítico são fundamentados na relação que um indivíduo observa entre os dados e temas envolvidos em um problema, na criação de uma sequência lógica de passos a serem tomados para sua resolução e pela concordância entre a decisão tomada com a solução encontrada ao fim do processo anterior (Snyder, 2008).

Devido à situação atual de aulas mediadas à distância, não seria possível obter facilmente evidências sobre Trabalho em Equipe, visto que esta competência depende de uma observação profunda sob as interações entre indivíduos de vários grupos e a plataforma utilizada pela instituição não permite este tipo de observação. Também, por utilizar o método PBL, há uma intenção de apresentar novos temas e conceitos para os estudantes. Assim, para esta atividade, foi formulada uma rubrica para avaliar as competências Pensamento Crítico, com a dimensão “Tomada de Decisão”, e Compreensão Teórica, com a dimensão “Conhecimento”.

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Definidas as duas competências a serem observadas neste estudo, foram formuladas as seguintes rubricas:

Pensamento Crítico

Insatisfatório Em Desenvolvimento Satisfatório Exemplar

Tomada de Decisão

Não tomou uma decisão correta condizente com as informações presentes

Tomou uma decisão correta, mas não conseguiu explicar logicamente sua escolha

Tomou uma decisão correta condizente com a explicação da

escolha

Tomou uma decisão correta com as informações presentes e explicou claramente o porquê de sua escolha

comparando com outras alternativas

Tabela 1 - Rubrica da competência Pensamento Crítico - Tomada de Decisão Compreensão teórica

Insatisfatório Em Desenvolvimento Satisfatório Exemplar

Conhecimento Não conseguiu identificar conceitos e ferramentas matemáticas a serem utilizadas no problema Identificou alguns conceitos e ferramentas matemáticas a serem utilizadas e teve dificuldade em usá-las durante o problema Identificou todos os conceitos e ferramentas matemáticas a serem utilizadas e conseguiu usá-las durante o problema sem dificuldade Identificou, usou e justificou todos os conceitos e ferramentas matemáticas necessárias para a resolução do problema, mostrando todo o raciocínio lógico.

Tabela 2 - Rubrica da competência Compreensão Teórica - Conhecimento

As rubricas aqui demonstradas são alguns elementos de um conjunto maior de rubricas que estão sendo desenvolvidas e que devem abranger uma quantidade maior de aspectos, tanto ao nível das competências de trabalho em equipe, pensamento crítico e de compreensão teórica. Cada rubrica deve analisar uma dimensão diferente, sendo que a avaliação final deve levar em conta o conjunto das respostas.

Em seguida, a atividade foi construída à modo de apresentar uma área de engenharia em que os estudantes não estão familiarizados e exemplificar alguns significados físicos e usos das ferramentas matemáticas que estão aprendendo em outras disciplinas do curso de engenharia.

Assim foi montado um evento contextualizado na área de engenharia naval, onde os estudantes usarão conhecimentos de derivadas e integral para calcular o valor máximo de tensão que um petroleiro sofre com uma carga usual e, com esse

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resultado, tomar a decisão de qual material deve ser escolhido na estrutura do navio para sustentar esta carga.

Por último, será formulado um questionário para a autoavaliação dos estudantes, onde poderão indicar seu nível de concordância com as afirmações sobre o desenvolvimento das competências acima quando comparadas a uma aula com um método clássico de ensino.

6 - Resultados Preliminares

Até o momento de entrega deste relatório preliminar, não há dados da pesquisa. Pois a aula piloto onde serão testadas as rubricas irá ocorrer no mês de outubro.

7 – Fontes Consultadas

David P. Baker, Eduardo Salas. (1992). Principles for Measuring Teamwork Skills.

Human Factors, pp. 469-475.

Lisa Gueldenzoph Snyder, Mark J. Snyder. (2008). Teaching Critical Thinking and Problem Solving Skills . The Delta Pi Epsilon Journal, pp. 90-99.

Marinho-Araujo, C. M., & Rabelo, M. L. (Julho de 2015). Avaliação educacional: a abordagem por competências. Revista da Avaliação da Educação Superior, 20, 443-466.

Passow, H. J. (Janeiro de 2012). Which ABET Competencies Do Engineering Graduates Find Most Important in their Work? Journal of Engineering

Education, pp. 95-118.

Patricia G. Camarena, Elia T. Trejo. (2011). La Matemática en el Contexto de las

Ciencias y los invariantes operatorios. Durango: REDIE.

Perrenoud, P. (Novembro de 1999). Construir competências é virar as costas aos saberes? Pátio. Revista pedagógica, pp. 15-19.

Referências

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