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PARA ELABORAR UM PLANO DE CONTAS O PROFISSIONAL PRECISA ANALISAR AS ATIVIDADES DA EMPRESA EM COMENTO. 6. Estrutura das Contas

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PLANO DE CONTAS

PARA ELABORAR UM PLANO DE CONTAS O PROFISSIONAL PRECISA ANALISAR AS ATIVIDADES DA EMPRESA EM COMENTO.

6. Estrutura das Contas

Um bom plano de contas deve seguir alguns preceitos básicos para ser funcional e ao mesmo tempo completo. Assim podemos afirmar que o plano de contas ideal deve:

1. Incluir o maior número possível de contas que possam ser utilizadas no ramo específico de atividade para o qual foi elaborado.

2. Ser planejado de forma a permitir a inclusão de qualquer conta nova sem alterar a codificação das já existentes.

3. Facilitar a elaboração de balancetes e balanços, evidenciando o Ativo, o Passivo e os resultados, mediante o simples relacionamento das contas, segundo a codificação planejada.

4. Utilizar codificação que facilmente identifique as contas e que exija a menor quantidade possível de dígitos.

5. Distinguir claramente as contas patrimoniais das de resultado, evidenciando as características próprias de cada Entidade (comercial, industrial, bancária, de serviços, de transportes, social, pública etc.).

6. Facilitar o levantamento de informações específicas para fins administrativos (custos, liquidez financeira, rotação de capitais, investimento específicos etc.), para fins fiscais (lucro tributável, impostos recuperáveis ou a recolher etc.), ou para fins de divulgação (Lei nº 6.404, de 15/12/1976 – Lei das Sociedades por Ações) e dezenas de outros regulamentos específicos para determinados tipos de empresas: bancos, seguros, financeiras, corretores, consórcios etc. As contas devem ser utilizadas separadamente para representar cada tipo de elemento: os patrimoniais são lançados no ativo circulante, ativo não circulante, passivo circulante, passivo não circulante e no patrimônio líquido que são os componentes do balanço patrimonial da entidade. Já os lançamentos que afetam o resultado são realizados nas rubricas de receitas, custos e despesas, componentes da demonstração de resultado do exercício, que ao final de cada período são transferidos para o patrimônio líquido da empresa.

Essas contas são os grupos que concentram um grande número de outras contas e são obrigatórias em qualquer plano de contas contábil. São elas as responsáveis pela elaboração dos relatórios contábeis obrigatórios pela legislação vigente.

Cada conta também tem uma natureza, que pode ser devedora ou credora. Uma característica marcante em algumas contas é a sua estabilidade, ou seja, a natureza

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de determinada conta deverá sempre ser respeitada, como por exemplo, a conta caixa, que pode receber lançamentos devedores e credores ao longo de todo o período, mas que ao final do exercício, deverá obrigatoriamente apresentar saldo devedor, assim como a conta salários a pagar, que pode receber lançamentos devedores e credores, mas que sempre deverá manter um saldo credor no encerramento do exercício.

Existem algumas contas instáveis, como o resultado do exercício, que pode apresentar saldo tanto devedor como credor, dependendo da movimentação que ela sofrer no ano. Mesmo assim, algumas empresas optam por criar grupos específicos para acumular os lucros e outro para os prejuízos, obedecendo, assim, claramente a natureza de cada grupo de contas contábeis.

Apesar de existirem diversas contas em um plano, apenas algumas recebem lançamentos; estas são intituladas contas analíticas, mas também existem as contas sintéticas, assim diferenciadas:

· Conta Analítica: É a conta que expressa o item específico do patrimônio e registra a existência dos vários fatos que afetam tal item. Pode ser entendida como sendo aquela que representa um tipo mais específico, sendo o objeto do lançamento contábil.

· Conta Sintética: É um tipo de conta mais genérica, envolvendo uma série de outras contas correlatas, sendo entendida como sendo o grupo centralizador das várias contas que possuem a mesma espécie ou natureza.

6.1. Definição de Conta

A escrituração contábil de uma empresa abrange um número bastante elevado de procedimentos e estes visam o registro de todos os fatos de forma sistêmica e padronizada. Assim, é necessário para que o registro comercial seja realizado, que sejam observados alguns pontos primordiais:

· Identificação dos fatos patrimoniais; · Classificação correta;

· Registro contábil;

· Geração dos demonstrativos e

· Estruturação dos fluxos das ocorrências.

Para que a classificação do fato ocorra corretamente, é necessário atribuí-lo a uma conta correspondente que esteja em consonância com a natureza do evento. Desta forma, podemos afirmar que conta é o nome técnico imputado a cada elemento patrimonial ou do resultado, que seja responsável pelo registro complexo dos fatos que mantém a mesma essência.

Em resumo, a conta tem a função de organizar o patrimônio e evidenciar os fatos que alteram sua estrutura qualitativamente ou quantitativamente. A conta é um dos instrumentos mais importantes da contabilidade e será utilizada para a efetivação dos registros através do método das partidas dobradas.

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Considerando as definições de contas tratadas, podemos facilmente dividi-las em dois grandes grupos: As Contas Patrimoniais e as Contas de Resultado.

As contas patrimoniais representam os bens, os direitos, as obrigações e o patrimônio líquido das empresas, já as contas de resultado são responsáveis por demonstrar as receitas realizadas e as despesas em cada período.

Um maior detalhamento das contas patrimoniais e de resultado, o funcionamento de cada uma delas e a estrutura proposta de planos de contas, serão assuntos tratados nos capítulos seguintes desta obra.

6.2. Codificação das Contas

A codificação das contas, além de aprimorar naturalmente o trabalho de classificação dos documentos, e elemento indispensável para efeito do processamento de dados.

Devido ao uso de sistemas de processamentos de dados e para agilizar a classificação contábil e o próprio lançamento contábil; é comum e altamente recomendável a utilização de códigos reduzidos das contas, o que normalmente é realizado de forma automática pelo próprio sistema.

As máscaras do plano de contas são personalizáveis e diferem dentre as empresas e os ramos de atividade, dependendo do número de contas que se pretende criar e até mesmo da necessidade dos controles gerenciais. Como exemplo, podemos imaginar o caso de uma empresa industrial que controla todos os seus gastos e receitas separando-os por centros de resultado; assim, terá a necessidade de criar um plano mais detalhado e conseqüentemente com um maior número de contas. As máscaras poderão ser numerais, decimais ou mistas, conforme demonstrado:

Tipo Numeral Decimal Mista

Máscara X.X.X.X.X XX.XX.XX.XX.XX X.X.XX.XX.XXXX

Código 1.1.1.1.1 01.01.01.01.02 1.1.01.02.0001

Conta Caixa Matriz Caixa Filial Banco Conta Movimento

A codificação do Plano de Contas deve ser elaborada utilizando-se de vários níveis de detalhamento, de modo a atender aos seus usuários dentro de uma lógica de classificação das diversas operações correspondentes aos atos ou fatos contábeis realizados. As contas poderão ser codificadas como contas de primeiro grau, segundo grau, terceiro grau, quarto grau e quinto grau, conforme detalhado:

Classificação Máscara Descrição

1º Grau X Identifica os grandes grupos como: Ativo,

Passivo, Receitas e Despesas, por exemplo.

2º Grau X.X Identifica os grupos específicos em que se

dividem os grandes grupos.

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grupos.

4º Grau X.X.XX.XX Identifica as contas sintéticas agregadas das contas analíticas que representam os elementos do patrimônio.

5º Grau X.X.XX.XX.XXXX Representa as contas analíticas que identificam os bens, direitos, obrigações, receitas e despesas. É o nível que receberá os lançamentos.

Assim, se utilizarmos uma máscara mista e uma classificação de quinto grau, o início do plano de contas poderia ser demonstrado da seguinte maneira:

1. Ativo 1.1. Ativo Circulante 1.1.01. Disponibilidades 1.1.01.01. Caixa 1.1.01.01.0001. Caixa Matriz 6.3. Sistemas de Contas

Um sistema de contas consiste no agrupamento de contas que possuem características comuns, com o objetivo de tornar mais fácil e organizado o acompanhamento e estudo do patrimônio e de suas mutações. Assim, podemos agrupar em um sistema apenas contas patrimoniais, por exemplo.

Esta divisão em sistemas de contas é comum de ser vista na contabilidade pública, que é aplicável às pessoas jurídicas de direito público, como a União, os estados, municípios, suas autarquias e fundações. Este tipo de contabilidade é caracterizada pelos diversos sistemas de contas contábeis, conforme descrito:

a) O Sistema Orçamentário é representado pelos atos de natureza orçamentária, registrando a receita prevista e as autorizações legais da despesa constantes da Lei Orçamentária Anual (LOA) e dos créditos adicionais abertos;

b) No Sistema Financeiro são registrados todos os ingressos e dispêndios, a arrecadação da receita e o pagamento da despesa orçamentária e extra-orçamentária;

c) O Sistema Patrimonial é constituído das contas que registram as movimentações que concorrem ativa e passivamente para a formação do patrimônio da entidade, ou seja, são registrados os bens patrimoniais (móveis, imóveis, estoques, créditos, obrigações, valores, operações de crédito, dentre outras), originadas ou não da execução orçamentária;

d) No Sistema de Compensação são efetuados os registros dos atos administrativos praticados pelo gestor da entidade, que, direta ou indiretamente, possam a vir afetar o patrimônio da entidade, ainda que de imediato, isto não ocorra, mas possa implicar em modificação futura.

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Com o advento da Lei n° 11.638/2007 e da Lei n° 11.941/2009, ocorreram algumas mudanças significativas na estrutura contábil conhecida no Brasil. Para estar de acordo com as normas aceitas internacionalmente, a contabilidade brasileira sofreu algumas mudanças legais que impactaram diretamente no plano de contas. Tendo em vista esta nova conjuntura será necessária a exposição de algumas modificações que atendem a esta nova legislação contábil e que afetaram na estrutura e usabilidade das contas contábeis.

No ativo, a Lei n° 11.941/2009 previu a inclusão de dois grandes grupos contábeis: O Ativo Circulante, que contém os bens e direitos realizáveis até o exercício seguinte; e o Ativo Não Circulante, se tiverem vencimento em prazo maior.

Antes desta, o ativo era classificado em circulante, realizável a longo prazo e permanente, sendo este último subdividido em investimento, imobilizado e diferido. Atualmente o ativo não circulante é dividido em realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível.

No que tange aos investimentos permanentes em participações societárias, a avaliação de coligadas pelo método da equivalência patrimonial passa a ser aplicada a todas as coligadas em que a investidora tenha influência significativa (dependência econômica, tecnológica, administrativa, poder de eleger administradores, etc.). A nova lei estabelece que é presumida a influência significativa quando a participação for de 20% ou mais do capital votante. Este método será aplicado para as sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou que estejam sob controle comum.

Desta forma poderá ocorrer, por exemplo, uma situação em que tenhamos um investimento com percentual inferior a 10%, com ações sem direito a voto, mas que possuam um investidor ou investida com um controlador comum; e para este caso o investimento deverá ser avaliado pelo método da equivalência patrimonial, mesmo que esse controlador seja uma pessoa física ou um conjunto de pessoas físicas agindo como controladores.

A Lei n° 11.638/07 modificou a definição do imobilizado, baseada fundamentalmente, na análise de riscos e benefícios sobre a propriedade. Com isso a alteração legal, promove a convergência às práticas internacionais (IAS 17) qualificando as operações que transferem à companhia os benefícios, riscos e o controle desses bens, como ativo imobilizado, a exemplo do que ocorre com as operações de leasing financeiro.

Também é estabelecida a obrigatoriedade das companhias em efetuarem de forma periódica o teste de recuperabilidade nos subgrupos do imobilizado e intangível. Desta forma, nenhum destes ativos pode existir por valor que não seja recuperável mediante venda ou utilização por parte da empresa. Este procedimento é também conhecido como teste de impairment.

O grupo do ativo intangível deverá registrar todos os valores não corpóreos como marcas, patentes e direitos autorais, onde sofrerão a amortização baseada em sua estimativa de vida útil econômica. As contas de ágio gerado nas aquisições de

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investimentos permanentes por conta de expectativas de rentabilidade futura, o

chamado goodwill, também será reclassificado para o ativo intangível e estarão

sujeitos ao impairment, periodicamente.

No que se refere ao ativo diferido, nova legislação contábil, regulamenta que o mesmo não pode receber débito de novos saldos a partir do exercício de 2008, mas ressalva que os saldos existentes e que não puderem ser alocados em outro grupo poderão permanecer sob esta classificação até a sua completa amortização.

No passivo, a lei estipulou a segregação entre circulante, não circulante e patrimônio líquido. Antes disso, a classificação ficava em circulante, exigível a longo prazo, resultado de exercícios futuros e patrimônio líquido.

Podemos observar inicialmente que o subgrupo do exigível a longo prazo foi totalmente incorporado pelo passivo não circulante e que a conta resultado de exercícios futuros, antes utilizada para registrar o recebimento de receitas antecipadas, uma vez que essas receitas ainda não haviam sido incorridas se observarmos o regime de competência, deixa de existir, sendo seu saldo reclassificado para o passivo não circulante. Basicamente, o passivo circulante deve registrar as obrigações a vencer até o exercício seguinte e o passivo não circulante as obrigações a vencer após esse período, da mesma forma como ocorre no ativo. No patrimônio líquido, as principais novidades são a inclusão das contas ajuste de avaliação patrimonial, ações em tesouraria, a alteração da conta lucros e prejuízos acumulados para prejuízos acumulados e a exclusão da conta reservas de reavaliação.

Serão classificados como “ajustes de avaliação patrimonial”, enquanto não computadas no resultado em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valores atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência de sua avaliação ao preço de mercado. Deste modo, foi extinta a conta de reserva de reavaliação.

Na legislação anterior, os ativos decorrentes do imobilizado poderiam ser reavaliados, tendo como contrapartida, a referida reserva de reavaliação. Com a nova legislação, poderão ocorrer “ajustes” tanto em contas de ativo quanto em contas de passivo. Este subgrupo servirá, essencialmente, para abrigar a contrapartida de determinadas avaliações de ativos a preço de mercado, ou “valor justo”, especialmente a avaliação de determinados instrumentos financeiros; os ajustes de conversão em função da variação cambial de investimentos societários no exterior; efeitos da valorização em combinação de negócios a valor de mercado ou valor equivalente de seus ativos e passivos; e outros efeitos patrimoniais gerados na adoção de normas específicas pela CVM em consonância com as normas internacionais.

A conta ações em tesouraria visa o registro da compra de ações da própria companhia emissora. Este fato é muito comum quando a empresa visa proteger a queda da cotação e, em um momento mais favorável, obter rentabilidade com a inserção dessas ações no mercado.

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Com a alteração de lucros e prejuízos acumulados para prejuízos acumulados procura fazer com que a empresa destine o lucro obtido no exercício, podendo permanecer nesta conta somente o prejuízo observado no exercício corrente, ou em alguns casos, o acúmulo dos prejuízos ao longo dos exercícios. Vale ressaltar que esta obrigatoriedade na destinação do lucro deve ser apenas observada por empresas constituídas sob a forma de sociedade anônima de capital aberto e para as sociedades tidas como de grande porte.

7. Contas Patrimoniais

As contas patrimoniais representam a situação da organização em um determinado momento, ou seja, representam o patrimônio total da empresa, subdivididas em bens, direitos e obrigações. O Patrimônio Líquido ou situação patrimonial líquida é a diferença entre o Ativo e o Passivo. As situações líquidas possíveis são:

Com relação aos recursos que circulam dentro de uma empresa, podemos afirmar que as contas patrimoniais representam então, as origens e as aplicações destes recursos, de forma que as aplicações estão diretamente relacionadas com o ativo, e as origens diretamente relacionadas com o Passivo. Esta visualização será mais bem compreendida quando analisadas no capítulo que tange sobre a classificação contábil.

A título de ilustração, será apresentada uma relação resumida de um pequeno grupo de contas patrimoniais com suas funções e forma de funcionamento.

7.1. Contas do Ativo a) Ativo Circulante

A função deste grupo é registrar os bens e direitos conversíveis no curso do exercício social corrente. O Ativo Circulante é composto, da seguinte forma:

DISPONIBILIDADES: Este grupo tem como função registrar os recursos financeiros

que se encontram à disposição de forma imediata pela organização, como caixa, depósitos bancários a vista e aplicações financeiras de liquidez imediata.

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CAIXA: Tem como principal função o registro do dinheiro que entra e sai do caixa

(tesouraria) da empresa.

A conta Caixa tem natureza devedora e será lançada a débito para registrar a entrada de dinheiro no caixa da entidade e a crédito para registrar a saída de dinheiro da tesouraria da empresa.

BANCO CONTA MOVIMENTO: Sua função é registrar a entrada e saída de dinheiro

e cheques das contas correntes da empresa, através de pagamentos e recebimentos.

As contas de bancos possuem natureza devedora e serão lançadas a débito para registrar a entrada e recebimento de dinheiro no banco e a crédito para registrar a saída de dinheiro e pagamentos da empresa.

APLICAÇÕES FINANCEIRAS: Registram os valores aplicados através de

instituições financeiras de curto prazo.

As contas de aplicações financeiras possuem natureza devedora e serão debitadas para registrar as entradas dos investimentos iniciais e dos rendimentos provenientes das aplicações e creditadas para registrar o retorno dos valores aplicados.

CLIENTES: Esta conta tem a função de registrar os valores de créditos com clientes,

decorrentes das vendas a prazo de mercadorias ou serviços.

A conta terá sempre natureza devedora e será debitada pelo reconhecimento dos valores a serem recebidos e creditada nos pagamentos efetuados pelos clientes.

Clientes Mercado Interno: Registra os valores de entradas e saídas dos

clientes no mercado interno, ou seja, clientes dentro do território nacional. A conta terá natureza devedora e será lançada a débito na entrada de valores a serem recebidos dos clientes e creditada pelo pagamento efetuado por parte dos clientes.

Clientes Mercado Externo: Tem a função de registrar os valores de entradas

e saídas dos clientes do mercado externo, ou seja, clientes de fora do território nacional. Vale lembrar que a contabilização deverá sempre ser realizada em moeda corrente, independentemente da moeda utilizada na transação comercial.

A conta também terá natureza devedora. Será lançada a débito pelo registro dos valores a receber dos clientes no exterior e é lançada a crédito no pagamento efetuado por estes clientes.

Duplicatas Descontadas: Tem a função de registrar o desconto de

duplicatas que é uma operação financeira em que o banco antecipa dinheiro em troca das duplicatas que ficam em garantia do empréstimo.

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A natureza do saldo desta conta será sempre credora, ou seja, retificadora. Os débitos ocorrerão no momento da liquidação do título pelo devedor ou quando há a falta do pagamento pelo mesmo e os créditos são realizados pelo valor de face dos títulos no momento da operação financeira.

Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa: é uma conta que tem por

função o registro de uma provisão para possíveis não recebimentos da empresa em virtude de títulos não pagos pelos clientes. Esta conta também pode ser intitulada Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa - PECLD.

A PCLD ou PECLD também é uma conta retificadora e, portanto apresentará sempre o saldo credor. Os débitos serão o registro de quando ocorre o pagamento do título por parte do cliente, ou pela realização da provisão efetuada e a conta será creditada no momento do registro dos títulos que possuem a liquidação duvidosa.

É importante se atentar para os aspectos fiscais e à dedutibilidade prevista para estes valores, de acordo com a legislação vigente.

ESTOQUES: Registram os valores das entradas e saídas de mercadoria na

empresa.

As contas do grupo estoques têm a natureza devedora e serão lançadas a débito na entrada das mercadorias e a crédito na saída dos produtos ou na transferência de estoques.

Estoque de Produtos Acabados: Pretende registrar os valores das entradas

e saídas de mercadoria prontas para a comercialização.

A conta Estoques de Produtos Acabados é de natureza devedora. Será lançada a débito na entrada de mercadorias prontas para a comercialização e será creditada na saída de mercadorias vendidas ou avariadas.

Estoque de Produtos em Elaboração: Registra os valores das entradas e

saídas de matéria-prima e mão de obra.

Esta conta possui natureza devedora, sendo debitada na entrada dos materiais utilizados no processo de produção como matéria-prima e mão de obra e creditada pela saída dos produtos elaborados do estoque ou na perda de materiais no processo de industrialização.

Estoque de Matéria-Prima: Registra os valores das entradas e saídas das

matérias-primas.

A conta também possui natureza devedora e será lançada a débito na entrada de matéria-prima. O movimento a crédito servirá para registro da saída dos materiais do estoque ou na sua avaria.

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Estoque de Embalagens: A conta irá registrar os valores das entradas e

saídas de Embalagens.

Possui natureza devedora, sendo registrada a débito na entrada das embalagens e creditada pela saída dos materiais do estoque ou na sua avaria.

Estoque em Poder de Terceiros: Esta conta tem a função de registrar os

valores das entradas e saídas de materiais estocados em poder de terceiros, ou seja, são estoques da empresa armazenados em outro local que não o utilizado normalmente.

Apesar de a empresa não contar com o estoque físico em seu poder, esta conta também possui natureza devedora. Será lançada a débito na entrada das mercadorias armazenadas em locar terceirizado; e creditadas na saída dos itens deste local, seja para venda ou transferência ao estoque físico da empresa.

VALORES A RECEBER: tem a função de registrar os montantes de entrada e saída

de outros créditos a receber.

A natureza do saldo deste grupo será sempre devedora. A conta é lançada a débito na movimentação de entrada dos valores a serem recebidos e será lançada a crédito no pagamento proveniente de cada um dos valores efetivamente recebidos.

ADIANTAMENTOS: Registra os adiantamentos feitos pela empresa, convertendo

estes montantes em um direito a receber.

O grupo de adiantamentos será formado por contas com natureza devedora. Será lançada a débito no momento em que o adiantamento ocorre e gera-se o direito a receber. Os créditos ocorrem no momento em que o valor ou direito a ser recebido, deixa de existir.

CREDITOS FISCAIS: Tem por função registrar os créditos fiscais decorrentes das

entradas de mercadorias, deduzidas dos valores a recolher nas saídas.

Este grupo de contas será sempre registrado com natureza devedora. Assim, os débitos ocorrerão pela constituição do crédito, ou seja quando existem valores a recuperar provenientes das entradas das mercadorias. Já os créditos referem-se à recuperação efetiva destes valores.

b) Ativo Não Circulante

A função deste grupo é registrar os bens e direitos que serão conversíveis em longo prazo, ou seja, é composto por todos os valores onde a realização ultrapassa o exercício social da data onde ocorreu o fato contábil. O Ativo Não Circulante é composto, da seguinte forma:

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REALIZÁVEL A LONGO PRAZO: Este grupo tem por função registrar as contas de

mesma natureza do Ativo Não Circulante, que irão ser realizadas no exercício seguinte.

VALORES A RECEBER: Objetiva registrar os créditos e valores que a empresa irá

receber em longo prazo.

O grupo de contas possui natureza devedora e, portanto será debitado no momento em que ocorrer o fato gerador do crédito e será lançado a crédito no momento que estes valores forem efetivamente recebidos.

INVESTIMENTOS: O grupo tem por função registrar os valores provenientes de

aplicações financeiras realizadas em ações ou outros títulos do mercado financeiro. As participações permanentes e os direitos não classificáveis no ativo circulante e quia não se destinem à manutenção da empresa.

A natureza do saldo das contas que compõem este grupo é devedora. As contas serão lançadas a débito no momento da emissão das ações ou da compra dos títulos financeiros e serão creditadas pelas perdas estimadas ou a alienação de investimentos, por exemplo.

IMOBILIZADO: As contas do grupo imobilizado têm como função registrar e

controlar o valor dos bens corpóreos obtidos pela empresa, destinados à manutenção das atividades da empresa ou exercidos com esta finalidade.

A natureza do saldo destas contas é devedora, sendo portando debitada no momento da aquisição dos bens e creditada na ocasião das alienações ou baixa dos bens, além do reconhecimento das depreciações, amortizações e exaustões acumuladas.

Bens em Operação: Esta conta irá registrar os valores dos bens que fazem

parte da operação da empresa.

A conta de bens em operação tem sempre natureza devedora, sendo lançada a débito para registrar a aquisição do bem e a credito para registrar a venda do item patrimonial.

(-) Depreciação, Amortização e Exaustão Acumulada: Registra os valores

inerentes ao desgaste ou uso dos bens imobilizados através dos processos de depreciação, amortização ou exaustão decorrentes nos bens imobilizados. A natureza do saldo destas contas será sempre credora, ou seja, são contas redutoras do ativo. Desta forma estas contas serão lançadas a débito no momento em que o bem é vendido para fins da baixa deste desgaste contabilizado e será lançada a crédito no momento em que é reconhecido o desgaste do bem.

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Imobilizado em Andamento: Esta conta irá registrar os valores dos bens que

já estão em uso durante a fase pré operacional da empresa ou de bens da empresa destinados à aplicação no imobilizado.

A conta de imobilizado em andamento terá natureza devedora e será lançada a débito para registrar a aquisição dos itens patrimoniais e a credito para registrar a venda, baixa ou transferência destes itens.

(-) Redução ao Valor Recuperável: Registra o reconhecimento periódico da

análise de recuperabilidade dos valores registrados no imobilizado, também chamado de teste de impairment.

A natureza do saldo destas contas será sempre credora, ou seja, também se tratam de contas redutoras do ativo. Desta forma estas contas serão lançadas a débito no momento em que o bem é baixado por venda ou alienação e serão lançadas a crédito no momento em que é registrado o resultado do teste de impairment, lembrando que devem ser mantidos controles individualizados.

INTANGÍVEL: Registra os valores de bens incorpóreos destinados à manutenção da

empresa ou exercidos com esta finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. A natureza do saldo deste grupo será sempre devedora. Desta forma as contas serão debitadas para registrar os valores dos bens incorpóreos e creditadas na venda e ou baixa destes bens. Vale salientar que tais bens também estão sujeitos aos processos de amortização e ao impairment, assim como os bens do imobilizado.

DIFERIDO: Eram registrados neste grupo as aplicações de recursos em despesas

que iriam contribuir para a formação do resultado de mais de um exercício social, no entanto por ocasião da nova legislação contábil, as sociedades de grande porte e as sociedades por ações não poderão mais reconhecer este grupo em seus balanços.

7.2. Contas do Passivo a) Passivo Circulante

A função deste grupo é registrar as obrigações da empresa cuja liquidação se espera que ocorra dentro do exercício social seguinte, ou de acordo com o ciclo operacional da empresa. O Passivo Circulante é composto basicamente pelas contas do exigível a curto prazo, da seguinte forma:

FORNECEDORES: Este grupo registra as notas fiscais ou faturas provenientes da compra de matérias primas, mercadorias ou outros materiais utilizados para industrialização ou comercialização por parte da empresa.

A conta terá sempre natureza credora e será debitada pelo pagamento dos valores ora provisionados e creditada pelo registro dos valores a pagar de forma

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individualizada. Normalmente este grupo é separado em fornecedores nacionais e estrangeiros.

Fornecedores Mercado Interno: Registra os valores de entradas e saídas

dos fornecedores no mercado interno, ou seja, compras realizadas dentro do território nacional.

A conta terá natureza credora e será lançada a débito no pagamento das notas fiscais ou faturas e creditada pela provisão dos valores a pagar.

Fornecedores Mercado Externo: Tem a função de registrar os valores de

entradas e saídas dos fornecedores do mercado externo, ou seja, compras realizadas fora do território nacional. Vale lembrar que a contabilização deverá sempre ser realizada em moeda corrente, independentemente da moeda utilizada na transação comercial.

A conta também terá natureza credora. Será lançada a débito pelo pagamento dos valores registrados anteriormente e é lançada a crédito no momento do registro dos valores a serem pagos para cada fornecedor através dos documentos de entrada das mercadorias.

OBRIGAÇÕES SOCIAIS: Este grupo controla os valores devidos à sociedade

representada principalmente pelo quadro funcional da empresa. O grupo poderá conter contas de dívidas diretas com os funcionários e também as obrigações e retenções realizadas em virtude do vínculo empregatício ou do trabalho prestado em favor da empresa.

Este grupo será formado por contas de natureza credora que será contabilizados a débito pela baixa da obrigação, ou seja, pelo pagamento da dívida e lançadas a crédito pelo registro destes valores a pagar.

Salários a Pagar: O saldo desta conta representa a obrigação da empresa

com o seu quadro funcional, através dos valores apurados pela sua folha de pagamentos mensal.

A conta sempre terá natureza credora. Será lançada a débito pelo pagamento dos valores devidos em folha de pagamento e registrados contabilmente e será lançada a crédito quando os valores forem pagos no mês seguinte ao qual forem incorridos.

Comissões a Pagar: O saldo desta conta representa a obrigação da empresa

com o seu quadro funcional, através dos valores das comissões calculadas. A conta sempre terá natureza credora. Será lançada a débito pelo pagamento das comissões e registrada a crédito quando os valores das comissões forem apurados pela entidade devedora.

IRRF sobre Salários: O saldo desta conta representa a obrigação da

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renda calculado sobre os salários e comissões pagas. Vela salientar que a retenção e não recolhimento destes valores caracteriza apropriação indébita e constitui crime.

Esta conta tem sempre natureza credora e deverá ser lançada a débito pelo recolhimento dos valores retidos e creditada quando os valores do IRRF forem apurados através da folha de pagamentos mensal ou do fechamento das comissões a pagar.

FGTS a Recolher: O saldo desta conta representa a obrigação da empresa

em recolher o fundo de garantia por tempo de serviço também apurado em sua folha de pagamentos mensal.

A conta terá natureza credora e deverá ser lançada a débito pelo pagamento dos valores do FGTS contabilizados e será lançada a crédito quando os valores do fundo de garantia forem apurados pela empresa.

Encargos Sociais a Recolher: O saldo desta conta representa as obrigações

de previdência social resultante dos salários pagos ou creditados pela sociedade, com base nas taxas de encargos incidentes.

A conta sempre terá natureza credora. Será lançada a débito pelo pagamento dos valores devidos à previdência social e será lançada a crédito pelo registro dos valores a recolher inerentes a estas obrigações.

OBRIGAÇÕES FISCAIS: Neste grupo são registradas as obrigações da empresa

para com o governo, relativas a impostos, taxas ou contribuições. Este grupo será formado por tributos das três esferas do governo ou poderá ser dividida em grupos distintos.

As contas deste grupo terão natureza credora por tratar-se de valores a pagar. O débito será lançado sempre que a obrigação for quitada para com o credor, ou seja, em função do pagamento e será creditada pelo registro dos valores a pagar ou a recolher.

ICMS a Recolher: O saldo desta conta representa a obrigação da empresa

com o governo estadual, relativa ao imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços.

A conta também terá natureza credora. Será lançada a débito pelo pagamento dos valores do ICMS anteriormente reconhecidos e será lançada a crédito pelo regime de competência, demonstrando o valor devido em cada operação.

IPI a Recolher: O saldo desta conta representa a obrigação da empresa com

o governo federal, relativa ao imposto sobre produtos industrializados.

A conta sempre terá natureza credora. Será lançada a débito pelo pagamento dos valores do IPI Provisionados anteriormente e será lançada a crédito

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também pelo regime de competência, demonstrando o valor do IPI devido em cada operação.

Imposto de Renda a Pagar: O saldo desta conta representa a obrigação da

empresa com o governo federal, relativa ao imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza.

A conta também terá natureza credora. Será lançada a débito pelo pagamento dos valores do IR anteriormente contabilizados e será lançada a crédito em consonância com o regime de competência, demonstrando o valor do IR devido.

Contribuição Social a Pagar: O saldo desta conta representa a obrigação da

empresa com o governo federal, relativa à contribuição social sobre o lucro apurada.

A exemplo das demais obrigações esta conta terá natureza credora e assim, será lançada a débito pelo pagamento dos valores da CS anteriormente reconhecidas e será lançada a crédito obedecendo ao regime de competência, demonstrando o valor da CS apurada.

IR e CS Diferidos: De acordo com o Princípio Contábil da Competência, se a

contabilidade já reconheceu uma receita ou lucro, a despesa de Imposto de Renda deve ser reconhecida nesse mesmo período, ainda que tais receitas e lucros tenham a sua tributação diferida para efeitos fiscais, ou seja, o Imposto de Renda incidente sobre elas será pago em períodos futuros.

Como das demais obrigações esta conta terá natureza credora e será lançada a débito pelo pagamento dos valores do IR e da CS anteriormente registradas e será lançada a crédito na data em que a tributação tenha sido diferida.

PIS/Pasep a Recolher: O saldo desta conta representa a obrigação da

empresa com o governo federal, relativa ao PIS ou ao Pasep, dependendo do caso.

A conta sempre terá natureza credora. Será lançada a débito pelo pagamento dos valores do PIS ou Pasep provisionados anteriormente e será lançada a crédito pelo regime de competência, demonstrando o valor do PIS/Pasep devido aos cofres públicos.

COFINS a Recolher: O saldo desta conta representa a obrigação da empresa

com o governo federal, relativa a contribuição para o financiamento da seguridade social.

A conta também terá natureza credora. Será lançada a débito pelo pagamento dos valores da COFINS e será lançada a crédito pelo regime de competência, pelos valores da contribuição da COFINS devida em cada operação.

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Retenções de Impostos a Recolher: O saldo desta conta representa a

obrigação da empresa com o governo, relativa aos impostos retidos sobre as operações da entidade.

Esta conta tem natureza credora e será lançada a débito pelo recolhimento dos valores ora retidos e já registrados contabilmente e será lançada a crédito obedecendo ao regime de competência, demonstrando o valor que deve ser repassado ao governo, inerente às retenções realizadas.

EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS: Tais contas registram as obrigações da

empresa junto a instituições financeiras do País e do Exterior, cujos recursos são destinados para financiar imobilizações ou para capital de giro para ser aplicado na empresa. Este grupo por estar incluso nos valores circulantes, terá como objeto controlar os valores a pagar em curto prazo. Os empréstimos distinguem-se dos financiamentos pelo fato de que estes representam um crédito vinculado à aquisição de determinado bem, podendo ter a intervenção de instituição financeira ou diretamente com o fornecedor do bem.

Este grupo de contas tem natureza credora por tratar-se de uma obrigação a pagar. Esta conta será debitada sempre que ocorrer a amortização dos valores através das parcelas mensais e será creditada quando a empresa receber os recursos, o que muitas vezes coincide com a data do contrato.

OUTRAS OBRIGAÇÕES: Além das obrigações já tratadas a empresa pode possuir

outras dívidas ou valores a pagar em que será necessário estimar o prazo e os valores a serem registrados para o correto reconhecimento do passivo obedecendo ao regime de competência e aos princípios fundamentais de contabilidade.

Estas contas deverão ter natureza credora em sua maioria, pois serão debitadas sempre que a obrigação for paga totalmente ou de forma parcial e os créditos ocorrerão em virtude da assunção de dívida por parte da empresa.

Adiantamentos de Clientes: Estas contas registram os valores recebidos de

forma antecipada para o fornecimento de produtos ou para a prestação de serviços, que agora passam a constituir uma obrigação da empresa para com seu cliente.

Esta conta tem natureza credora e será lançada a débito sempre que a receita for efetivamente realizada através da prestação de serviços ou da entrega dos produtos e será lançada a crédito no recebimento antecipado dos recursos remetidos pelo cliente.

Dividendos a Pagar: Estas contas registram o valor da destinação dos lucros

segundo a proposta da entidade, pagos sob a forma de dividendos.

Esta conta tem natureza credora e será lançada a débito sempre que os dividendos forem efetivamente pagos ou quitados e será registrada a crédito no momento em que forem apurados os valores individualizados a pagar.

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Aluguéis a Pagar: Nesta conta serão controlados os valores inerentes aos

alugueres que a empresa deverá pagar pelo uso de algum item móvel ou imóvel que não faz parte do imobilizado da entidade, mas que é por ela utilizado.

Esta conta deverá ter natureza credora. O lançamento a débito ocorrerá pelo pagamento das parcelas do aluguel mensal e será lançada a crédito no momento em que o contrato de aluguel do bem for firmado entre as partes.

Arrendamentos Operacionais: Nesta conta devem ser registrados os

passivos da empresa constituídos sob forma de arrendamentos mercantis contratados sob a modalidade operacional, que é semelhante a uma operação de aluguel e por isto vale salientar, que nesta operação o bem não estará contabilizado no ativo imobilizado da empresa.

Esta conta tem natureza credora e será lançada a débito sempre que for realizado algum pagamento de parcelas a vencer e será registrada a crédito no momento em que a dívida for assumida.

Contas a Pagar: Este grupo registra os passivos a pagar em curto prazo por

conta de bens ou serviços fornecidos ou recebidos pela empresa e que tenham sido faturados pelo fornecedor.

Esta conta tem natureza credora e será lançada a débito pelo pagamento dos valores ora contabilizados e será lançada a crédito obedecendo ao regime de competência, sempre que determinada dívida for assumida.

a) Passivo Não Circulante

A função deste grupo é registrar as obrigações da entidade cuja liquidação deverá ocorrer em prazo maior que seu ciclo operacional ou após e exercício social seguinte. Podemos compor o Passivo Não Circulante, da seguinte maneira:

EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS: Tais contas registram as obrigações da

empresa junto a instituições financeiras do País e do Exterior, cujos recursos são destinados para financiar imobilizações ou para capital de giro para ser aplicado na empresa. Este grupo por estar incluso nos valores não circulantes, terá como objeto controlar os valores a pagar em longo prazo. Os empréstimos distinguem-se dos financiamentos pelo fato de que estes representam um crédito vinculado à aquisição de determinado bem, podendo ter a intervenção de instituição financeira ou diretamente com o fornecedor do bem.

Este grupo de contas tem natureza credora por tratar-se de uma obrigação a pagar. Esta conta será debitada sempre que ocorrer a amortização dos valores através das parcelas mensais e será creditada quando a empresa receber os recursos, o que muitas vezes coincide com a data do contrato.

PROVISÕES: Estas contas registram os valores que significarão uma saída de

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pode ser provisionado quando a entidade tem como obrigação legal conseqüência de um evento passado, quando a saída de recursos liquida uma obrigação e quando pode-se estimar montantes confiáveis das obrigações. As provisões se distinguem dos passivos contingentes, por tratarem-se eventos futuros incertos e que não estão sob o controle total da empresa.

O grupo de contas é representado com natureza credora, por serem referências a uma obrigação a pagar. A conta será debitada sempre que ocorrer o pagamento de determinado valor anteriormente reconhecido e será creditada pela elaboração da provisão ou reconhecimento da obrigação futura a pagar.

OUTRAS OBRIGAÇÕES: Além dos valores e grupos já mencionados, o passivo não

circulante poderá registrar a maioria das contas que compõem o passivo circulante, desde que a sua exigibilidade ocorra em longo prazo de acordo com os ditames legais e os princípios e normas contábeis estabelecidos pelo Conselho Federal de Contabilidade e pelos demais órgãos regulamentadores.

7.3. Contas do Patrimônio Líquido

No balanço patrimonial, o patrimônio líquido é representado pela diferença entre o valor dos ativos e o dos passivos. Assim, o grupo do patrimônio líquido é formado pelas contas que registram o valor contábil pertencente aos acionistas ou quotistas. A partir de 01.01.2008, por força da Lei 11.638/2007, para as sociedades por ações, a divisão do patrimônio líquido será realizada da seguinte maneira:

CAPITAL SOCIAL: Esta conta representa os valores recebidos pela empresa, em

forma de subscrição ou por ela gerados. A integralização do capital poderá ser feita por meio de moeda corrente ou bens e direitos. Assim, podemos afirmar que o capital social é a parcela do patrimônio líquido de uma empresa ou entidade oriunda de investimento na forma de ações, se for sociedade anônima, ou quotas, no caso de uma sociedade limitada e abrange não somente as parcelas entregues pelos acionistas, mas também os valores obtidos pela empresa e que, por decisão dos acionistas ou proprietários, são incorporados no capital social.

O capital Social é uma conta de natureza credora. Quando a integralização do capital social é feita em moeda corrente, debita-se uma conta específica do ativo circulante (Bancos c/Movimento, por exemplo) e credita-se a conta "Capital Social". No caso de integralização de capital mediante conferência de bens, debita-se uma conta específica do ativo imobilizado e credita-se a conta "capital social".

RESERVAS DE CAPITAL: As reservas de capital são constituídas com valores

recebidos pela empresa e que não transitam pelo resultado, por não se referirem à entrega de bens ou serviços pela empresa. De acordo com o parágrafo 1º do artigo 182 da Lei nº 6.404/76, é classificado como reserva de capital as contas que registrarem:

a) Reserva de Correção Monetária do Capital Realizado; b) Reserva de Ágio na Emissão de Ações;

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d) Reserva de Alienação de Bônus de Subscrição;

e) Reserva de Prêmio na Emissão de Debêntures; (excluída desde 01.01.2008, por força da Lei 11.638/2007)

f) Reserva de Doações e Subvenções para Investimento; (excluída desde 01.01.2008, por força da Lei 11.638/2007)

g) Reserva de Incentivo Fiscal.

As contas do grupo “Reservas de Capital” terão sempre natureza credora e serão debitadas pelo uso ou destinação da reserva de acordo com o artigo 200 da Lei das S/A, que estipula as regras para utilização destas contas; e serão creditadas sempre que a reserva for constituída ou incrementada.

AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL: Serão classificadas como ajustes de

avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo nos casos previstos na Lei 6.404/1976, ou em normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários.

As contas deste grupo terão natureza credora por serem integrantes do passivo, mas podem apresentar saldos devedores, já que a conta será debitada sempre que o valor contábil registrado na escrituração estiver a maior que o valor justo. Então, o crédito será realizado neste grupamento de contas sempre que o valor contábil do bem for menor do que o seu valor justo.

RESERVAS DE LUCROS: São as contas de reservas constituídas pela apropriação

de lucros da companhia, conforme previsto no § 4º do art. 182 da Lei nº 6.404/76, para atender a várias finalidades, sendo sua constituição efetivada por disposição da lei ou por proposta dos órgãos da administração. De acordo com a Lei das S/A, classificam-se como reservas de lucros:

a) Reserva Legal; b) Reserva Estatutária;

c) Reserva para Contingências; d) Reserva de Lucros a Realizar; e) Reserva de Lucros para Expansão; f) Reserva de Incentivos Fiscais.

As contas deste grupo têm sempre natureza credora e são debitadas pelo uso ou destinação da reserva e são escrituradas à crédito sempre que a reserva for constituída complementada ou incrementada.

AÇÕES EM TESOURARIA: As ações ou quotas adquiridas pela companhia ou

sociedade limitada serão registradas em conta específica redutora do Patrimônio Líquido, intitulada "ações ou quotas em tesouraria". À medida que as ações ou quotas forem alienadas, tal operação gerará resultados positivos ou negativos e não devem integrar o resultado da empresa.

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A operação de compra das ações pela própria empresa caracteriza uma espécie de devolução do patrimônio líquido e por isto esta conta terá natureza devedora e, portanto será redutora dos saldos do seu grupo. A conta será debitada sempre que ocorrer a compra das quotas e será creditada pela venda dos valores disponíveis na tesouraria. Se da operação resultar lucro, deverá ser registrado a crédito de uma reserva de capital.

PREJUÍZOS ACUMULADOS: Os lucros ou prejuízos representam resultados

acumulados obtidos, que foram retidos sem finalidade específica (quando lucros) ou estão à espera de absorção futura (quando prejuízos).

Com o advento da Lei 11.638/2007, para as sociedades por ações, e para os balanços do exercício social terminado a partir de 31 de dezembro de 2008, o saldo final desta conta não poderá mais ser credor. Respectivos saldos de lucros acumulados precisam ser totalmente destinados por proposta da administração da companhia no pressuposto de sua aprovação pela assembleia geral ordinária. Observe-se que a obrigação de essa conta não conter saldo positivo aplica-se unicamente às sociedades por ações.

A conta Prejuízos Acumulados terá sempre a natureza devedora, já que trata de valores que reduzem o Patrimônio Líquido da entidade. Para as sociedades não obrigadas à destinação do resultado a conta poderá ser intitulada Lucros e Prejuízos acumulados e neste caso poderá também ter saldo credor, sempre que o resultado acumulado for positivo (lucro). O débito é realizado sempre que a empresa apurar prejuízo contábil e o crédito será feito em virtude dos lucros apontados.

8. Contas de Resultado

As contas de resultado são separadas em contas de receita e despesa. O que as irá distinguir das contas patrimoniais é que os valores que compõem o resultado terão sempre seu início com os exercícios econômicos e serão necessariamente encerradas ao término destes.

Assim como as Contas Patrimoniais representam a situação estática, ou seja, o Patrimônio, as Contas de Resultado representam a situação dinâmica das variações patrimoniais, ou seja, as contas que alteram o Patrimônio Líquido.

As contas de despesas e receitas possuem a função de registrar informações de gastos, dispêndios, ganhos e receitas que não representam nenhum elemento patrimonial, no entanto o seu resultado final deverá compor o patrimônio líquido da empresa.

As contas de resultado são apresentas diretamente no relatório Demonstração de Resultados do Exercício, obrigatório pela legislação societária vigente e podem ser resumidamente representadas pela seguinte fórmula:

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Receitas – Despesas = Lucro ou Prejuízo do Exercício

Sempre que a receita superar o valor das despesas o resultado será positivo e será representado pelo lucro apurado no período, já quando as receitas apresentarem valor inferior ao das despesas o resultado apurado será intitulado prejuízo.

8.1. Contas de Receita

RECEITA OPERACIONAL BRUTA: Compreende a receita bruta das vendas de

bens e serviços prestados em operações realizadas pela empresa. Na receita bruta não se incluem as vendas canceladas, os descontos incondicionais concedidos e os impostos não cumulativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante dos quais o vendedor dos bens ou o prestador dos serviços seja mero depositário. O grupo tem natureza credora e, portanto será debitado sempre pela apuração do resultado do exercício e creditado na ocorrência das vendas de mercadorias, produtos ou na prestação de serviços, tendo como base os documentos fiscais emitidos pela empresa.

DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA: Neste grupo de contas são registrados

basicamente os valores que causam a redução da receita bruta, transformando-a na receita líquida de vendas. As principais contas analíticas são:

Devoluções de Vendas: Nesta conta, de natureza devedora, são registradas

as devoluções de vendas relativas à anulação de valores registrados como receita bruta de vendas e serviços. Assim sendo, as devoluções não devem ser deduzidas diretamente da conta de vendas, mas registradas nessa conta devedora.

Estas contas tem o objetivo de reduzir o saldo das receitas obtidas e portanto tem natureza devedora, sendo debitadas na ocorrência das devoluções para a entrada da mercadoria em estoque e creditadas pela apuração do resultado do exercício.

Abatimentos: Nessa conta serão registrados os descontos incondicionais

concedidos aos clientes relativos às vendas e serviços.

Os abatimentos também reduzem o valor das vendas brutas, tento então, saldo devedor. Serão sempre debitadas na ocorrência dos descontos que serão contabilizados juntamente da receita obtida e serão sempre creditados pela apuração do resultado.

Impostos Sobre Vendas: A receita bruta deve ser registrada pelos valores

totais, incluindo os impostos sobre ela incidentes (exceto IPI e ICMS substituição tributária), que são registrados em contas devedoras. Desta forma, os valores dos impostos incidentes sobre as vendas, tais como: ISS, ICMS, PIS, COFINS, serão diminuídos da receita bruta.

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O saldo destas contas terá natureza devedora. O débito então, é realizado pela provisão dos impostos de acordo com a ocorrência das vendas da entidade e os créditos serão feitos também pela apuração do resultado do exercício.

RECEITAS FINANCEIRAS: Nesse grupo são incluídos os juros, os descontos e a

atualização monetária pré-fixada, além de outros tipos de receitas, bem como aquelas decorrentes de aplicações financeiras. Desta forma afirmamos que as Receitas Financeiras compreendem:

a) Descontos obtidos, decorrentes de pagamentos antecipados de duplicatas de fornecedores ou outros títulos;

b) Juros recebidos referentes aos juros cobrados pela empresa de seus clientes, por atraso de pagamento e outras operações similares;

c) Receitas de aplicações financeiras que englobam as receitas decorrentes de aplicações financeiras, correspondentes à diferença entre o valor aplicado e o valor resgatado, do tipo Certificado de Depósito Bancário (CDB), etc.;

d) Outras receitas de investimentos temporários.

O grupo de receitas financeiras também possuem natureza credora, assim serão debitados pela apuração do resultado e creditados na ocorrência do fato gerador da receita a que se pretende escriturar.

8.2. Contas de Despesa

DESPESAS COMERCIAIS: As despesas de vendas representam os gastos de

promoção, colocação e distribuição dos produtos da empresa, bem como os riscos assumidos pela venda, tais como:

a) Despesas com folha de pagamento da área de vendas; b) Comissões sobre vendas;

c) Propaganda e publicidade;

d) Gastos com garantia de produtos;

e) Utilidades e serviços como transporte, depreciação e manutenção de bens, energia elétrica, telefone e água consumidos pelo departamento comercial. As despesas de cunho comercial são classificadas em contas de natureza devedora. O débito é feito no momento de ocorrência da despesa e os créditos ocorrem pelo encerramento do exercício.

DESPESAS ADMINISTRATIVAS: As despesas administrativas representam os

gastos, pagos ou incorridos, para direção ou gestão da empresa, tais como:

a) Despesas com o pessoal: salários, gratificações, férias, encargos, assistência médica, transporte;

b) Utilidades e serviços: energia elétrica, água, telefone, fax, correio, seguros, etc.;

c) Despesas gerais como material de escritório, material de limpeza, viagens, alimentação, jornais e revistas, despesas legais e judiciais, serviços

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profissionais contratados, depreciação e manutenção de bens da área administrativa;

d) Impostos e taxas como IPTU, IPVA, ITR, Contribuição Sindical.

As despesas administrativas, a exemplo das comerciais, possuem natureza devedora e o seu funcionamento segue a mesma linha indicada anteriormente.

DESPESAS FINANCEIRAS: Nesse grupo são incluídos os juros, os descontos e a

atualização monetária pré-fixada, além de outros tipos de despesas. As atualizações monetárias ou variações cambiais de empréstimos são registradas separadamente no grupo variações monetárias. Assim, as Despesas Financeiras compreendem:

a) Descontos concedidos aos clientes pelo pagamento antecipado ou pontual de duplicatas;

b) Juros de empréstimos, financiamentos, descontos de títulos e outras operações;

c) Comissões e despesas bancárias cobradas pelos bancos nas operações de desconto, de concessão de crédito, etc.

d) Correção monetária prefixada de empréstimos.

As despesas financeiras também possuem natureza devedora e funcionam como as demais contas de despesa, sendo reconhecidas a débito pela ocorrência ou aumento da despesa e creditadas sempre no momento do encerramento do exercício.

8.3. Outras Contas de Resultado

CUSTOS SOBRE VENDAS: Estas contas registram os custos de bens ou serviços

vendidos. A apuração do custo das mercadorias vendidas está diretamente relacionada aos estoques da empresa, pois representa a baixa efetuada nas contas dos estoques por vendas realizadas no período. O custo da mercadoria compreenderá o valor e aquisição e demais valores agregados no produto, os transportes e seguros pagos, além dos tributos não recuperáveis, devidos na aquisição ou importação.

Os custos reduzem o valor positivo obtido com as vendas da empresa e por isso terão sempre natureza devedora. A conta será debitada pela ocorrência real do custo e creditada pela transferência do saldo na apuração final do resultado das vendas.

OUTRAS RECEITAS E DESPESAS: Em atendimento à normatização feita pela MP

449/2008 e confirmada nos itens 136 e 137 do Ofício-Circular CVM 01/2009 não deverá mais ocorrer a segregação dos resultados em operacionais e não operacionais. Assim, no âmbito do processo de convergência com as normas internacionais, as entidades deverão apresentar as “outras receitas/despesas” no grupo operacional e não após a linha do “resultado operacional”. Este grupo abrange operações, tais como:

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a) O resultado da equivalência patrimonial;

b) Ganhos e perdas na alienação de investimentos permanentes;

c) Ganhos e perdas na alienação de bens e direitos do ativo não circulante; d) Ganhos e perdas por desapropriação, baixa por perecimento, extinção,

desgaste, obsolescência de bens do ativo não circulante.

Estas contas podem ter natureza devedora, em caso de despesas ou credoras se forem receitas. O funcionamento é semelhante às demais receitas e despesas destacadas anteriormente, lembrando que tais contas também necessitam ser transferidas para a apuração final do resultado da entidade contábil.

PROVISÕES DE IRPJ E CSLL: Nessas contas devem ser registrados os valores

relativos à Contribuição Social Sobre o Lucro e do Imposto de Renda devido sobre o resultado.

As provisões dos impostos possuem natureza devedora e portanto serão escrituradas a débito sempre que a provisão for constituída e serão lançadas a crédito pela reversão dos lançamentos e pela apuração final do resultado do exercício.

9. Contas Retificadoras

Também chamadas de redutoras, são contas que, embora apareça num determinado grupo patrimonial (Ativo ou Passivo) têm saldo contrário em relação às demais contas desse grupo. Desse modo, uma conta retificadora do Ativo terá natureza credora, bem como uma conta retificadora do Passivo terá natureza devedora.

As contas retificadoras reduzem o saldo total do grupo em que aparecem.

9.1. Retificações do Ativo

No balanço patrimonial algumas contas que apresentam saldo credor devem ser agrupadas no ativo, uma vez que representam valores retificativos de elementos que integram os seus grupos.

CONTAS RETIFICADORAS DO ATIVO

· Títulos Descontados

· Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa

· Provisão para Ajuste de Estoque ao Valor de Mercado

· Provisão para Perdas (registrará os valores estimados de perdas de investimentos temporários).

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· Depreciações Acumuladas · Exaustão Acumulada · Amortizações Acumuladas

9.2. Retificações do Passivo

· Os custos e despesas relativos a receitas antecipadas, registradas em conta do grupo Resultado de Exercícios Futuros (Lei 6404-76, art. 181).

· Ações em tesouraria, que não devem ser registradas no Ativo, mas como dedução de conta no Patrimônio Líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.

· A que representa o prejuízo acumulado, que será um valor deduzido dos elementos do Patrimônio Líquido.

· A parcela do Capital a Realizar, que será deduzida do Capital Social.

10. Contas de Compensação

O sistema de compensação é um controle à parte do sistema patrimonial, ou seja, enquanto este último engloba as contas que compõem o patrimônio da empresa como um todo (ativo, passivo e patrimônio líquido), aquele abrange contas que servem exclusivamente para controle, sem fazer parte do patrimônio.

Desta forma, as contas de compensação nada têm a ver com o sistema de contas patrimoniais, tratando-se de um conjunto de contas de uso optativo e destinado a finalidades internas da empresa, podendo servir, como fonte de dados para transmitir determinadas informações a terceiros.

O uso das contas de compensação é recomendável, para as finalidades de controle interno, para registro de possíveis alterações patrimoniais futuras e como fonte de dados para a elaboração de notas explicativas.

10.1. Previsão Legal

A legislação societária anterior, ou seja, o Decreto-lei nº 2.627/40, que definia as regras de contabilidade até o advento da atual Lei das Sociedades por Ações, previa em seu artigo 135, a obrigatoriedade do uso e da publicação das contas de compensação.

A atual Lei das S/A (Lei nº 6.404/76) não proíbe o uso das contas de compensação, no entanto, ao tratar das demonstrações e demais informações publicáveis para as S/A, não especifica essas contas.

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O Conselho Federal de Contabilidade, por intermédio da Resolução CFC nº 612/85, aprovou a NBC T 2.5, que dispõe sobre as contas de compensação, nos seguintes termos:

2.5.1 - As contas de compensação constituem sistema próprio.

2.5.2 - Nas contas de compensação, registrar-se-ão os atos relevantes cujos efeitos possam se traduzir em modificações no patrimônio da entidade.

2.5.3 - A escrituração das contas de compensação será obrigatória nos casos que se obrigue especificamente.

Isso significa que toda empresa que quiser fazer uso das contas de compensação, pode fazê-lo, mas nunca misturando as contas patrimoniais com as contas desse grupo.

10.2. Controle

Quanto ao aspecto controle, esse sistema pode ser de fato útil à empresa, mas a sua ausência não significa que essa empresa não tenha controle, uma vez que o controle pode ser feito de várias formas, com sistemas próprios, planilhas, etc.

O sistema de compensação tem como objetivo propiciar maior controle à empresa, permitir o registro de possíveis futuras alterações do patrimônio e, além disso, servir como fonte de dados para a elaboração das notas explicativas.

Assim sendo, as contas de compensação podem ser utilizadas para registro, entre outras, das seguintes operações:

· Contratos de arrendamento mercantil; · Contratos de aluguel;

· Contratos de avais, hipotecas, alienações fiduciárias; · Bens dados como garantia;

· Subcontratações; · Contratos de seguros;

· Contratos de financiamentos/empréstimos não liberados; · Consignação de mercadorias;

· Remessa de títulos para caução.

As contas de compensação devem ser apresentadas com títulos bem elucidativos e com base em valores fixados em contratos ou documentação específica. Quando do término do contrato ou da operação que originou o registro contábil nas contas de compensação, as mesmas serão encerradas mediante lançamento inverso entre as contas que registram a operação.

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1) Arrendamento mercantil:

Ao receber o equipamento, a empresa arrendatária nada registra em seu balanço patrimonial, podendo, para controle, apenas efetuar o registro nas contas de compensação:

D - Bens Recebidos em Arrendamento (Conta de Compensação Ativa) C - Contratos de Arrendamento (Conta de Compensação Passiva)

2) Hipotecas:

A responsabilidade por hipoteca de imóveis pode ser registrada em conta de compensação da seguinte forma:

D - Imóveis Hipotecados (Conta de Compensação Ativa) C - Hipotecas (Conta de Compensação Passiva)

3) Contratos de alienação fiduciária:

D - Contratos de Alienação Fiduciária (Conta de Compensação Ativa)

C - Responsabilidade Por Financiamentos (Conta de Compensação Passiva)

4) Contratos de consignação mercantil:

4.1) No consignador - aquele que remete as mercadorias:

D - Consignatários (Conta de Compensação Ativa)

C - Mercadorias Consignadas (Conta de Compensação Passiva)

4.2) No consignatário - aquele que recebe as mercadorias:

D - Mercadorias em Consignação (Conta de Compensação Ativa) C - Consignadores (Conta de Compensação Passiva)

5) Responsabilidade da empresa pelo endosso de títulos:

D - Títulos Endossados (Conta de Compensação Ativa)

C - Endossos Para Desconto (Conta de Compensação Passiva)

6) Responsabilidade pignoratícia da empresa:

D - Bens Penhorados (Conta de Compensação Ativa) C - Penhores (Conta de Compensação Passiva)

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