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ANÁLISE DO PROJETO DE SÉRGIO BERNARDES PARA O PARC DE LA VILLETTE

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Academic year: 2021

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ANÁLISE DO PROJETO DE SÉRGIO BERNARDES

PARA O PARC DE LA VILLETTE

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO – UFRJ

FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO – CENTRO DE LETRA E ARTES BOLSA PIBIAC

ORIENTADOR: ELIZABETE RODRIGUES DE CAMPOS MARTINS

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INTRODUÇÃO

Sérgio Bernardes é um importante arquiteto para a história da Arquitetura Moderna brasileira, que ampliou a sua contribuição nesta área com a elaboração de projetos para outros países. Após o seu falecimento, para assegurar a conservação dos seus projetos, bem como dos demais registros de sua produção, foi estabelecido um trabalho junto ao Núcleo de Pesquisa e Documentação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro para a custódia, preservação e guarda do arquivo. Este trabalho tem permitido redescobrir projetos do arquiteto há bastante tempo fora de condições de consulta, além de inserir o arquivo em um âmbito acadêmico de pesquisa e de divulgação.

Nesta linha de redescoberta de projetos, pretendemos desenvolver um trabalho que tem como objetivo, a partir do processo de identificação, descrição e conservação dos documentos de arquitetura, fazer uma análise crítica de um de seus projetos proposto para o concurso da criação do Parc la Villette na França, em 1982. O projeto em questão não foi o ganhador, entretanto analisaremos seus pontos positivos e negativos.

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PARC DE LA VILLETTE

Situado entre Avenida Jean Jaurès e Boulevard Macdonald, na Zona Leste de Paris, França.

O concurso internacional, entre os anos de 1982 e 1983, tinha a

finalidade de revitalizar a área de 55 hectares obtida com a

demolição dos abatedouros

municipais na área da região leste de Paris.

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CONCEITO

O livro "Viagem ao centro da terra", do autor francês Jules Verne, foi a inspiração para o projeto, em

resposta ao edital proposto pela instituição pública Park em junho de 1982.

Jules Verne descreveu as crateras de vulcões como entrada e saídas de um submundo, vendo a erupção como uma forma de afloramento constante, capaz de alterar a superfície do planeta.

O parque é visto por Sergio Bernardes como um local vulcânico em atividade contínua, um equipamento destinado a ser um espaço de mudança. Sendo assim, tentou dar-lhe uma potencialidade de

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PREMISSAS

• Potencializar o uso da área livre com a menor ocupação possível do parque.

• Criar núcleos de atividades culturais para atração da população local e dos demais habitantes da cidade.

• Possibilitar um uso intenso nas mais diversas condições climáticas, levando em consideração o alto índice pluviométrico e o rigor do inverno parisiense.

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PROPOSTA: VULCÕES DE PARIS

"O plano se desenvolvia de modo eminentemente subterrâneo com erupções de elevações que, feitas de acordo com a necessidade, possibilitariam um uso lúdico, dinâmico e não fixo do espaço. " ( BERNARDES; CAVALCANTI, 2011, p.18)

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Os vulcões se desenvolviam de modo a tentar criar no usuário um sentimento de descoberta.

Exteriormente os vulcões apresentam uma preocupação da construção contar o menos possível na paisagem, a partir do forte uso de vegetação para a camuflagem da arquitetura. "Os caminhos em espiral ladeados por vegetações rasteiras, arbustos e pequeno fio d’agua, conduziriam o visitante a um passeio que lhe descortinaria a visão, cada vez mais ampla, da planície do parque, coberto por arvores de mais de vinte variedades." ( BERNARDES; CAVALCANTI, 2011, p.18)

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Sensação essa perpetuada até seu interior, quando é feita a abertura para um novo mundo, um espaço no subsolo repleto de atividades e com arquitetura contrastando com a aparência bucólica do vulcão.

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COMPOSIÇÃO

• É composto por 5 polos: Cidade da Música, Cidade da Ciência, Cidade das Águas, Cidade dos Povos e Cidade das Plantas.

• Manteve os edifícios existentes, como o Grande Halle e o Museu da Ciência.

• Novas arquiteturas: Observatório, Museu da Música. Ponte do Astrônomo, Lago Nemo.

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• É composto por 5 polos: Cidade da Música, Cidade da Ciência, Cidade das Águas, Cidade dos Povos e Cidade das Plantas.

• As crateras se localizam em um nível inferior ao do restante do parque.

• Todos os vulcões são conectados entre si.

• O acesso aos vulcões pode se dar por rampas externas que os circundam, com 4% de

inclinação, adaptada para melhor

acessibilidade, ou por escadas helicoidais laterais aos vulcões.

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ACESSOS

O Parc de la Villette seria aberto ao público por seus dois grandes portões, o de La

Villette e o de Pantin, e por outros

sete portões menores: Porte de la Science, Porte des Peuples, Porte des Eaux, Porte de la Musique, Porte des Plantes, Porte du

Marché e Porte des Sports, com suas

entradas em formato de espiral e pontes. Estas portas permitiriam que o usuário se encaminhasse diretamente para a atração pela qual veio para o parque.

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O terreno em que está situado apresenta um grande desnível sendo assim, grande parte do parque necessita de escadas de acesso que façam sua ligação com as ruas do entorno.

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ESPAÇOS LIVRES

De acordo com o programa, o Parque de la Villete teria 548.202 m ², mas

Sérgio Bernardes projetou os Vulcões de Paris com 614 593 m ² de parque ao ar livre.

O arquiteto acreditava que os espaços livres teriam grande importância para atrair a população francesa, tanto dos bairros periféricos quanto mais nobres.

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EQUIPAMENTOS

Em toda a sua plenitude de

experiência, fechaduras de águas claras e mantidas, formam o Lago Nemo, um domínio para

mergulhadores em Paris.

Um espaço para mergulhadores

aprendizes, crianças em passeios da escola, e executivos, que depois de um dia de trabalho preso entre quatro paredes, pode levar sua esposa e seus equipamentos de mergulho e dirigir para o Parc de la Villette para

participar de um vernissage

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COMPOSIÇÃO ESTRUTURAL

• Constituído por 17 vulcões, com um sistema construtivo constituído por uma base circular moldada no local, ao qual seria acrescentadas sete fileiras pré-fabricadas de lâminas, solidarizadas entre si para compor o arco da abóbada

invertida. Possuem 20 metros de altura com 33 metros de diâmetro, coberto com uma cúpula de vidro.

• Esses ambientes seriam termicamente controlados abaixo do solo, com iluminação zenital provinda das aberturas das crateras.

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INVISIBILIDADE: A "NÃO-ARQUITETURA"

"Quem não tem a parte conceitual quer fazer uma arquitetura que apareça

mais que do que a natureza" – Sergio Bernardes

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BERNARDES, Kykah; CAVALCANTI, Lauro. Sergio Bernardes. Rio de Janeiro: Art viva, 2011.

CAVALCANTI, Lauro. Sergio Bernardes: Herói de uma Tragédia Moderna. Rio de Janeiro: Remule-Dumara, 2004

• NÚCLEO DE PESQUISA E DOCUMENTAÇÃO. Acervo Sérgio Bernardes. Rio de Janeiro, 2017.

• BERNARDES, Sérgio. Memorial Justificativo. Tradução por Gabriela Zago e Mariana von Paumgartten. Les Volcans de Paris, Parc de la Villette, 1982.

Referências

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