AS AGÊNCIAS DE COMUNICAÇÃO, NA TEORIA E NA PRÁTICA
Ética, transparência e co‐responsabilidade
Prof. Dr. Enio Leite
O objetivo geral do presente estudo é pesquisar teoria x prática das Agências de Comunicação e verificar que habilidades e conhecimentos são necessários para o bom desempenho do profissional de Comunicação Social ‐ mais especificamente o jornalista e o publicitário na área corporativa. Problema: A importância crescente do mercado de trabalho na área de comunicação corporativa, no Brasil e no mundo é traduzida pelo fato de atualmente 50% das notícias veiculadas na mídia geral e especializada serem provenientes das recém conceituadas Agências de Comunicação. A rápida expansão desse segmento que une: jornalismo, relações públicas e imagem corporativa, sobretudo a partir dos anos 2000, demonstram que o profissional graduado em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas deve ampliar a sua capacitação diante das novas exigências do mercado e desenvolver um perfil de flexibilidade e capacidade de gestão. O desconhecimento desta realidade poderá levar a uma formação deficiente do futuro profissional.
A situação das Agências
1 ‐ ABRACOM em janeiro de 2010, existiam cerca de 1100 Agências de Comunicação atuando no mercado de comunicação corporativa no Brasil. Carlos Carvalho, secretário geral da ABRACOM, informou que em 2005 o ICOM ‐ Indicador de Comunicação Organizacional apurou um faturamento global do setor na ordem de R$ 600 milhões. Os dados de 2006 ainda não foram finalizados. Atualmente, cerca de 10 mil profissionais atuam nas Agências brasileiras, sendo 70% deles jornalistas e 20% relações públicas, os demais 10% são profissionais oriundos de diversas áreas.
2 ‐ O ponto fundamental de tal orientação para o mercado por parte das Agências condiz com o próprio crescimento do mercado da comunicação corporativa nos últimos anos, mas, igualmente com a necessidade de expansão dos públicos, cujas demandas por informação se diversifica e amplia a cada dia, na medida em que cresce a influência da mídia e das formas de comunicação em rede, fenômeno característico das sociedades atuais.
3 ‐ O levantamento de serviços e produtos oferecidos pelas Agências de Comunicação ao mercado foi outro objetivo específico proposto no projeto e concretizado plenamente pela pesquisa, o que resultou na produção de um glossário contendo 108 serviços identificados e descritos em verbetes, parte integrante deste relatório. Muitos desses serviços usam terminologias estrangeiras para designar as atividades, tendência já existente nos mercados de publicidade e propaganda, relações públicas e outras áreas afins.
4 ‐ Dentre as 119 pesquisas enviadas, 6 e‐mails retornaram por erro e foram obtidas 11 respostas, um índice de retorno de 9,2%, índice este considerado muito bom, ainda mais levando‐se em consideração que uma média de 5% já é considerada boa para pesquisa eletrônica.
5 ‐ Foram entrevistados os seguintes profissionais: Carlos Henrique Carvalho (Secretário Executivo, ABRACOM), Cacilda Nunes Casado (membro do Conselho Fiscal, ABRACOM), Décio Paes Leme (Diretor, Maxetron/Maxpress), Maristela Mafei (Diretora Sócia, Máquina da Notícia) e Lalá Aranha (Diretora da Companhia de Notícias – CDN). Além desses, foram entrevistados profissionais da área de Publicidade, de duas das maiores Agências do país, são eles: Vera Silvieri (Diretora de Atendimento, McCann), Cláudia Rezende (Diretora de Comunicação, McCann) e Lisandro Gentil (Planejador, Rino).
6 ‐ Uma etapa complementar foi constituída de entrevistas informais obtidas mediante conversas realizadas com profissionais da área de comunicação corporativa, a saber: Rivaldo Chinem, jornalista e autor de diversos livros relacionados ao tema; Luciana Bacellar, profissional da área de Media Training; Ionei Martins, jornalista e especialista em Consultoria Política na área governamental, Eduardo Otaviano diretor de Comunicação da TIM e Jennifer Bullock, Adida Cultural e de Imprensa do Consulado Americano em São Paulo. Todos esses profissionais foram convidados no primeiro semestre de 2006[1] para realizarem palestras para os alunos do curso de jornalismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie. As informações obtidas serviram para confirmar as tendências identificadas na pesquisa, como também sua importância e ineditismo.
7 ‐ Um novo perfil do profissional de comunicação passou a ser delineado a partir dos desafios impostos pelas mudanças sociais no novo milênio, que configuram questões paradigmáticas as mais diversas: valorização da cidadania, multiplicidades de públicos, consumo responsável, questões planetárias, concorrência global, minorias sociais, entre outras. Diante disso, esse novo perfil ganhou contornos mais amplos e complexos a partir da demanda de desempenhos baseados na capacidade gerencial e de liderança dos processos comunicativos nos setores tanto privado quanto público.
* Informação
Tida como a matéria prima de toda Comunicação o conceito de informação passa a adquirir um valor estratégico que atravessa todo um processo de problematização, investigação, confirmação, produção e difusão.Com a mudança do monopólio da Mídia a partir do advento da Internet, qualquer pessoa pode produzir informação para difundir na Rede.
* Maior transparência nas ações
Vale dizer que não basta ter a informação, mais importante que isso é saber e poder veicular a informação certa, na hora certa. No caso de uma crise, não existe nada mais perigoso para a imagem da empresa ou a instituição do que a falta de informação. Essa premissa é válida tanto para o setor público quanto para o setor privado, quer a comunicação seja gerida direta ou indiretamente, ou ambas as situações. Hoje em dia, com a multiplicidade de serviços existentes na área da comunicação corporativa, o que é mais comum acontecer é uma organização ou instituição possuir um setor responsável pela sua comunicação e, paralelamente, contratar serviços terceirizados.
* Formação cultural: diversidade, amplitude e internacionalização
Ser um profissional de comunicação requer contato nas mais diversas áreas de conhecimento. Um aspecto da maior relevância para o novo perfil de atuação desse profissional é investir numa formação cultural cada vez mais ampla e diversificada. Vale dizer que não basta possuir conhecimentos gerais sobre história mundial, sociologia e política, esses considerados aspectos elementares. É preciso conhecer os principais sistemas do pensamento filosófico do clássico à modernidade, os marcos jurídicos que regem os sistemas econômico, políticos e sociais da era da globalização. Paralelamente, é fundamental saber reconhecer as principais manifestações no campo da arte, da ciência e da tecnologia, as novas linguagens das redes multimidiáticas, questões relacionadas com as minorias e as dimensões planetárias.
* Capacidade de análise, reflexão e de crítica
A premissa de uma ampla e diversificada formação cultural é o pressuposto para o desempenho da capacidade de análise, reflexão e de crítica. Exigência prioritária para o bom desempenho de um profissional de comunicação na nova sociedade global, onde tais capacidades são prioridades para o exercício das funções de assessoramento, consultoria e liderança.Toda ação deve ser precedida de reflexão para a elaboração do diagnóstico e da análise de situações e conjunturas diversas, visando uma posterior tomada de decisão. A capacidade crítica deve ser aliada à análise e à reflexão, notadamente nos processos de avaliação de desempenho e criação de novos cenários para a ação.
* Visão geral do mercado e da concorrência
Conhecer o mercado e a concorrência são requisitos sem os quais se torna impossível prever e agir de forma estratégica e sistêmica a comunicação corporativa. O profissional deve conhecer muito bem a empresa em que trabalha ou o cliente a quem atende, os seus concorrentes e o mercado, para ser capaz de opinar, fazer críticas e propor soluções. Sem um pleno conhecimento dessa tríade – cliente, concorrência e mercado – poderá colocar em risco todo o negócio.
* Capacidade de trabalhar em equipe
A multiplicidade de profissionais que na maioria das vezes está envolvida num programa, projeto ou ação de comunicação exige do profissional uma grande capacidade de articular e se relacionar com os mais variados tipos de pessoas nas mais diversificadas funções. Assim, a
capacidade de trabalhar em equipe é um requisito da maior relevância para o êxito do trabalho.
* Saber pesquisar, trabalhar com método e planejar
Conhecer as diversas fontes de pesquisa que as novas tecnologias colocam à disposição e saber buscar informações fazem parte de um conjunto de habilidades do novo perfil do profissional de comunicação. Para desempenhar uma boa pesquisa é necessário conhecer métodos de trabalho e saber planejar as atividades, propor e cumprir prazos e organizar tarefas visando atingir objetivos e metas propostas. Lidar com as habilidades de pesquisa, uso de métodos e saber planejar se constituem diferenciais no mercado.
* Linguagem e expressão: texto, síntese, argumentação e oratória
A idéia não é que o profissional de comunicação tenha que ser um “perfomer”, as é fundamental desenvolver a sua própria linguagem e expressão. Não são habilidades que se encontram nos manuais de “boas maneiras” ou naqueles readers digest que ensinam “como fazer amigos e conquistar pessoas”. Nada disso. Estamos falando do desenvolvimento de um estilo pessoal onde a criação de um bom texto para exprimir idéias, utiliza a síntese na apresentação de novos projetos, uso da argumentação na defesa e no convencimento de que é algo bom e que mudará alguma realidade, são habilidades fundamentais ao bom profissional de comunicação. Ter uma boa oratória, saber falar bem não é necessariamente usar um vocabulário rebuscado nem simplório demais para apresentar ou defender idéias. O bem falar inclui desde o texto, a síntese, o argumento até o tom da voz, os movimentos do corpo, o olhar, enfim é um conjunto que une linguagem e expressão, singular a alguém, mas que cria uma empatia com o público.
* Resolução de problemas
Diante da complexidade de problemas no cotidiano da empresa e da sua relação com os diversos públicos, a capacidade de reflexão, análise e crítica deve estar intimamente relacionada com a habilidade de propor soluções. De nada adiantaria uma crítica vazia se não for acompanhada de propostas para a melhoria do desempenho e a resolução de situações críticas e/ou de crise. Para tanto, saber se distanciar das circunstâncias e encontrar novas formas de encarar os problemas serve para produzir o equilíbrio fundamental à resolução de problemas.
* Inteligência emocional
Um conceito já amplamente difundido por conta do best seller de Daniel Colemann “Inteligência Emocional” não se constitui uma panacéia que resolve todos os problemas mas, com certeza, é hoje um elemento que determina o bom desempenho do profissional de comunicação. Ser inteligente emocionalmente é manter‐se em consonância com o ambiente de trabalho e saber lidar com as pessoalidades, as idiossincrasias, as diferenças, e, ao mesmo tempo, manter um comportamento equilibrado e compatível com o bom convívio social.
* Desenvolver talentos fora da sua área
Ampliar o âmbito de atuação profissional e pessoal é um desafio pouco explorado até o momento no Brasil. Nos Estados Unidos, a capacidade de promover ações filantrópicas, culturais e esportivas fora da atividade profissionais em prol da sociedade ou de segmentos menos privilegiados é um valor agregado há muito consolidado no currículo profissional. * Avaliar processos e projetos
A área de projetos a serem financiados pelas empresas, em nome das suas estratégias de comunicação com os públicos de interesse vem crescendo a cada dia. Empresas dos mais diversos setores desenvolveram nos últimos dez anos Programas de Responsabilidade Social muito amplos que abrangem as áreas da Cultura, do Esporte, as Saúde e do Meio Ambiente, só para ficar nas mais conhecidas. O novo perfil profissional deve estar preparado para proceder à análise de projetos e avaliar os processos de desenvolvimento e resultados. Assim como deve saber acompanhar e redirecionar objetivos e metas de programas e projetos relacionadas à comunicação corporativa em geral.
* Criar redes de relacionamentos e produzir transformações e cadeias de sustentabilidade Devido à complexidade da sociedade global é um grande desafio trabalhar com a Comunicação Corporativa hoje. Esse trabalho requer a criação de redes de relacionamentos, sem contatos nada repercute junto à opinião pública. Ao lado das redes de relacionamentos existe a necessidade de produzir transformações em consonância com os novos desafios planetários. Entidades nacionais e internacionais buscam repercutir suas ações e querem difundir e fazer conhecer sua missão e os novos princípios norteadores de cidadania mundial:água, energia, aquecimento global, minorias, exclusão, catástrofes, entre outros temas de relevância.
* Ética
Pensar a idéia de uma ética geral na atualidade torna‐se importante na medida em que no debate contemporâneo a ética é entendida de maneira difusa, como se fora uma normatização de nossa relação com os acontecimentos. Como entende SAROLDI (2006), tal normatização se multiplica nos mais variados discursos: bioética, ética dos direitos humanos, ética dos negócios, ética da comunicação. Na perspectiva de BADIOU (1995), o discursos “ético” passa a percorrer todos os debates, só havendo consenso sobre uma questão: o significado do Mal e a nossa incapacidade de perseguir e escolher a noção de Bem.
8 ‐ Ao final, a pesquisa levantou algumas tendências que já estão consolidadas no mercado e outras que apontam para novas perspectivas para a área da Comunicação Corporativa e que estão intrinsecamente relacionadas à prática das Agências de Comunicação, portanto devem ser consideradas como fatores primordiais na formação do novo perfil do profissional de comunicação.
* Comunicação e Educação
Para Marta Dourado, da Fundamento Comunicação Empresarial o papel das Agências de Comunicação é educar o cliente (Apud. Eduardo, 99‐2005). Ressalvadas as limitações dessa
prática e das polêmicas decorrentes, o que importa registrar enquanto perspectiva é a função educativa do profissional de comunicação e, por analogia, das Agências.
* Visão de Comunicação, Terceirização e Internacionalização
Uma tendência que aparece de forma clara, porém ainda não acelerada, é a internacionalização das empresas quer das Agências de Publicidade quer das Agências de Comunicação. A internacionalização se concretiza normalmente mediante acordos formais e parcerias e, algumas vezes, pode estar aliada a processos de fusão de grandes grupos de comunicação ‐ formação de redes de relacionamento (parcerias) das Agências em nível globalizado.
* Interesse Público
Washington Luiz Olivetto defende que a Comunicação de Interesse Público é um novo universo que começa a ser percebido pelo setor privado dentro de estratégias de comunicação que podem fazer a diferença num mercado competitivo. Para o autor, a tendência para os próximos anos é trabalhar nessa, pois somente a comunicação que leva em conta o interesse público poderá agregar verdadeiramente novos valores e diferenciais às marcas,e, por analogia, à imagem da empresa ou instituição, sejam elas públicas ou privadas.
* Novos Ideais, Novos Negócios
Atualmente estudantes de jornalismo já cursam as Faculdades com o intuito de se tornarem assessores de imprensa e gestores de comunicação. Mais que isso, vários projetos de conclusão de curso de alunos já incluem estudos analíticos de novas linguagens e comportamento, projetos de criação de Agências de Comunicação voltadas para o trabalho na área de Responsabilidade Social, setores culturais, esportes, entre outros. Vale registrar, outro aspecto interessante, mais voltado a propostas relacionadas à comunicação alternativa, de criação de veículos de comunicação voltados para segmentos de públicos minoritários, como jovens da periferia, grupos de mulheres da maior idade, entre outros.
Ética, Transparência e Co‐responsabilidade
A globalização trouxe consigo uma necessidade urgente de desenvolver‐se a co‐ responsabilidade e o compromisso mútuos, onde as ações de uns dizem respeito a outros que podem estar geograficamente distantes. (HUBER MOREIRA, 2001). Temas da atualidade devem estar presentes na pauta das empresas e essas já não podem ser incoerentes e deixar de lado essas questões. Assim, ética, transparência e co‐responsabilidade são valores que partem da cobrança do público e que tendem a estar presentes na formulação do planejamento estratégico de comunicação, tanto no setor público quanto no privado. Não basta apenas ter a informação mas saber manuseá‐la e produzir junção de todas as áreas de comunicação. Para KUNSCH (1997), a questão da responsabilidade social pode ser definida como as obrigações da empresa com a sociedade. Assim, surgem novas concepções das organizações utilitárias, que deixam de ser meras unidades econômicas para se tornarem unidades sociais interessadas nos aspectos coletivos.Com certeza, o marco histórico mais significativo na direção da institucionalização da ética e da responsabildade social como missão
e filosofia corporativa ocorreu com a criação do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social.
Conforme GIDDENS (1991) a globalização trouxe consigo a necessidade de desenvolver‐se a co‐responsabilidade e o compromisso mútuos onde as ações de uns dizem respeito a outros que podem estar distantes geograficamente. É mister ter em mente o fato de que os acontecimentos locais são parte da globalização porque eles são modelados por eventos que acontecem em locais distantes e vice‐versa.
PRODUÇÃO DE CERVEJA
Com glicerina e espuma de barbearCom glicerina e espuma de barbear novamente 50% GLICERINA, 50% ÁGUA, BORRIFADA NA GARRAFA DE CERVEJA
Hazy por cima com lona preta contornando. Use rebatetor preto, também conhecido como rebatedor negativo, de ambos os lados, para tirar reflexos da garrafa.
COMO LIDAR COM CLIENTES QUE NÃO PAGAM
Infelizmente existem clientes que demoram demasiado tempo a pagar. Por vezes não
pagam mesmo. Isto acaba por ser frustrante para o seu trabalho como freelancer,
perdendo tempo com projetos que vão não lhe vão trazer retorno. Além disso, não
poderá dedicar‐se a outros trabalhos que possivelmente lhe pagariam a tempo e
horas. Para quem não tem outra fonte de rendimento, pode representar uma situação
complicada ao final do mês. Para que isso não aconteça, existem algumas regras que
poderá seguir. Apesar de não garantirem que os seus clientes lhe paguem quando
quer, a verdade é que diminui em muito as probabilidades de ficar com pagamentos
pendentes.
Quando o seu cliente fica numa situação de dívida, possivelmente não o fez por mal.
Estava à espera de alguns investimentos que não tiveram retorno, não recebeu do seu
negócio ou simplesmente fez mal as contas. São vários os motivos que o podem levar a
não lhe pagar o que deve. Mas acima de tudo tem que por na sua cabeça que você,
enquanto freelancer, não tem culpa nenhuma disso. Se não receber, não vive.
Portanto, uma das primeiras coisas que deverá ter na sua cabeça é que os pagamentos
têm que ser uma coisa muito bem organizada. Uma boa organização é essencial para
que consiga receber a tempo e horas.
Arrisco dizer que grande parte das dívidas que são geradas pelos clientes derivam de
um mau esquema de pagamento. Funcionam como “eu faça isto e depois preocupo‐
me como vou receber”. Se pensar assim, o mais certo é preocupar‐se demasiado tarde
quando vai receber. O que faz com que..não receba. Coloque uma coisa na sua cabeça:
receber é tão ou mais importante que o trabalho que você realiza. Já trabalhei em
algumas empresas e garanto‐lhe uma coisa. Aquelas que são rígidas com os seus
pagamentos e que gostam de pagar e receber a tempo e horas, são aquelas que
sobrevivem. As outras mais tarde ou mais certo acabam por desaparecer. Portanto,
siga estes cinco passos para que consiga mais facilmente receber dos seus clientes.
ACERTE UM PREÇO FIXO COM O SEU CLIENTE
Detesto quando mando realizar um projeto e me dizem, “talvez este trabalho fique
entre X e Y, mas ainda não sei o valor ao certo, no final tratamos disso”. Geralmente, o
trabalho final fica sempre no valor mais caro. Sabe qual é a vontade que me dava
nessas situações? A de não pagar. Se você toma essa atitude nos seus projetos, o mais
certo é que muitos clientes deixem de lhe pagar porque sentem‐se frustrados com o
valor final que você lhe dá. Quando fala em dois valores, as pessoas têm sempre
tendência em pensar no mais baixo. Quando você cobra o mais caro, o choque é muito
e a maioria das pessoas sentem‐se na vontade de não cumprir com o que foi acordado.
Para evitar situações desse género, defina um preço fixo logo ao início. Saber o que o
cliente vai pagar, evita algumas surpresas desagradáveis, tanto para si como à pessoa
que lhe encomendou o trabalho. Escolher um preço um pouco acima do valor real do
trabalho pode ser uma boa ideia. Por dois motivos. Primeiro porque evita situações em
que você tenha que trabalhar mais horas. Se cobrar a mais, esse tempo despendido já
estará contabilizando, evitando que receba menos do que o que realmente produziu.
Em segundo lugar, se realmente conseguiu concluir o projecto nas horas estabelecidas,
consequentemente, com um valor mais baixo do que aquele que propôs, poderá
realizar um desconto ao cliente, o que certamente lhe deixará muito satisfeito.
PEÇA UM ADIANTAMENTO
Estou neste momento a realizar um projeto paralelo a este, que vai me obrigar a um
investimento de certo forma avolumado. A empresa à qual encomendei o trabalho,
pediu‐me um adiantamento de 20%. Na altura talvez pensei que fosse uma loucura e
ponderei no momento desistir de tudo. Depois parei um pouco para pensar. Este
adiantamento seria bom para mim e para eles. Para mim porque obriga‐me desde o
início a dedicar‐me ainda mais ao meu projeto, pois sei que tenho dinheiro lá
investido, obrigando‐me a não desistir daquilo que já foi feito. Para a empresa é bom
porque, mesmo que o projeto não seja concluído, já recebeu uma entrada inicial, o
que faz com que mesmo que eu não pague mais, eles não saiam completamente no
prejuízo.
Quando realizar algum trabalho peça um adiantamento. O mínimo que lhe sugiro é de
20%. O máximo deve andar por volta dos 50. Isto porque não deve ser benevolente
demais, correndo o risco de lhe pagarem muito pouco. Mas também não deve ser rude
demais, cobrando além dos 50%. Não se pode esquecer que afinal de contas este valor
que você cobra no início é um entrave para que os seus clientes negoceiem consigo. A
chave está em conseguir um equilíbrio entre os seus clientes não desistirem do projeto
devido a este valor e você não sair prejudicado em termos financeiros.
USE SITES DE COBRANÇA
Depois de cobrar aquele valor inicial, é importante que divida o resto em prestações. O
acordo boca‐a‐boca falha demasiadas vezes. O mais indicado será dividir o seu
trabalho em várias vezes através de algum site. A meu ver, o Pagseguro é o mais
indicado e seguro no mercado. Lá poderá dividir os pagamentos em várias vezes,
recebendo depois confortavelmente na sua conta sem ter que se preocupar muito
com isso. As comissões não são muito elevadas. O Paulo Faustino do Escola Dinheiro
tem utilizado este site para a venda do seu ebook e até ao momento tem obtido
excelentes resultados.
Se não quiser optar por deixar o seu cliente pagar em prestações e preferir um
pagamento final, utilize o Paypal ou o Moneybookers. São dois sites completamente
seguros e que facilitam em muito a vida. Além disso as comissões são muito baixas. É
preferível perder alguma percentagem do seu trabalho mas no final ter o seu dinheiro
garantido e sem atrasos relativos aos seus clientes. Se as pessoas com quem trabalha
tiverem receio em utilizar estes sites, mostre‐lhes como fazer, explique‐lhes que são
seguros e mostre‐lhe exemplos de outros clientes que os tenham utilizado.
Normalmente as pessoas são receosas quanto ao fato de utilizar estas formas de
pagamentos. Sem razão, mas são. Cabe a si mostrar‐lhes o contrário.
DEFINA DATAS FIXAS
Tal como as mensalidades das academias ou da faculdade, você deve definir uma data
fixa do mês para receber os seus pagamentos. O que aconselho é que o dia 10 de cada
mês sirva para concentrar‐se a verificar se recebeu ou não dos seus clientes. Isto faz
com que planeie o seu mês de uma forma organizada e saiba o que esperar deste dia.
É claro que não quero que seja demasiado rígido com estas datas. Se ele não pagou no
dia 10, talvez pague no dia 11 ou 12. Não é por aí que o seu trabalho sairá prejudicado.
Mas não se deverá alargar muito desse prazo.
O problema surge quando o cliente realmente não lhe paga até esses dias. Nesse caso
digo‐lhe para que, caso não use o Pagseguro, envie um email a todos os que lhe devem
informando que existe o valor em dívida. Quando define uma data e não recebe nesse
período, tem duas hipóteses: cobrar juros ou deixar de trabalhar. Eu prefiro a segunda
opção. Isto porque cobrar juros faz com que os seus clientes acumulem ainda mais
dívida, levando os que têm pouco dinheiro já mais dificilmente lhe paguem. O mais
correto será mesmo deixar de se aplicar nesse projeto. Deixe‐o de parte até receber
aquilo que lhe devem. Lembra‐se da Lei de Pareto? Concentre‐se naqueles 20% dos
projetos que lhe trazem 80% dos rendimentos.
ÚLTIMA OPÇÃO: ADVOGADO
Recorrer a um advogado deve ser mesmo a sua última opção. Isto porque existem
muitos contras em considerar esta hipótese. Perde muito dinheiro, tempo e entra num
mundo que não é o seu. Apesar de poder conseguir reaver o seu dinheiro, o mais certo
é que perca sempre grande parte daquilo que investiu. Esta opção apenas compensa
se for um empresa de renome e utilizar um advogado para várias assuntos de dívidas.
Caso contrário deverá ser mesmo a última hipótese. Só utilize um advogado se
realmente tiver um trabalho muito caro e que tenha quase a certeza que irá ganhar o
caso.
USO DE FLASH EMBUTIDO (POP UP) EM
MACROFOTOGRAFIA
A utilização do flash pop up apresenta dois tipos de problemas:
1)
Limite de alcance: 2 metros.
2)
Por ser pequeno sua luz é mais concentrada iluminando partes
da imagem com maior intensidade, conforme exemplos abaixos.
Making off – note que a luz á esquerda da imagem apresenta maior intensidade.
Imagem final
Para solucionar este problemas, iremos utilizar rebatedores de
isopor para refletir e suavizar a luz do flash, conforme ilustração
abaixo:
Imagem final
Para pontencializar e suaviar melhor a luz, podemos ainda incluir
dois rebatedores laterais: Observe a ilustração abaixo:
Imagem Final
A maior reflexão de luz permitiu utilizar abertura menor (f/8),
melhorando a profundidade de campo.
As fotos deste exercício foram feitas em modo P. Para monitorar
melhor o efeito de profundidade de campo, trabalhe com o flash
Pop Up, em prioridade de abertura (A ou AV).
Enio Leite
Focus Escola de Fotografia
http://www.escolafocus.net
ESTUDIO ALTERNATIVO – FOTOGRAFANDO PRATOS COM
FLASH POP UP, PAPEL VEGETAL E PEDAÇO DE ISOPOR PARA
OBRIGAR A DESCIDA DA LUZ
RESULTADOS. OBSERVE A SOMBRA SOB O PRATO, CAUSADO
PELO PEDAÇO DE ISOPOR SOBRE O FLASH POP UP
ESTUDIO FOTOGRAFICO – LUZ DE ESTUDIO – PONTOS DE VISTA
Primeira diferença: Luz e a questão do ponto de vista.
O primeiro passo a tomar antes de produzir qualquer imagem para fins
publicitários, é procurar responder duas perguntas iniciais:
1) Qual é a finalidade da foto ?
Normalmente perguntamos ao cliente como ele visualiza seu produto.
Procure investigar de que angulo de visão. Em seguida, investigue também
qual e a finalidade da foto. Veja se trata de uma foto técnica, ilustrativa ou
publicitária e principalmente qual é o veiculo ou mídia, pois o ponto de vista do
observador também e importante. A imagem destinada a cartazes, posters etc.
tem um ponto de vista pré-determinado, enquanto que uma imagem para
folheto, ou catálogo, já possui outro meio de visualização.
Estas perguntas são fundamentais para determinar o ponto de vista da
câmera, ou seja, onde ela deverá ficar. Não esqueça que o ponto de vista da
câmera é o ponto de visualização do leitor, consumidor etc. Este quer ter uma
visão privilegiada do produto, que deverá estar em sintonia com a utilidade,
beleza e utilização do produto. Assim, procure imaginar qual o melhor plano de
enquadramento para objeto ser fotografado.
Making off c/ câmara 4 x 5 polegadas.
ESQUEMA DE ILUMINAÇÃO:
1) Posição da câmera
2) Rebatedor Branco (Para preencher área de sombra lado esquerdo)
3) Fundo Opaco
4) Snoot (Funil de Luz – pode ser improvisado com funil de cartolina preta
opaca)
Making off luz dura + rebatedorres.
Luz Frontal
Dois Rebatedores
Três Rebatedores
Imagem final
O brilho do haze pode ser evitado, utilizando cone de papel vegetal.
Cone de Papel Vegetal para fotografar tesoura
Imagem final com cone de papel vegetal.
Making off – Aplicando spray anti reflexo na lata de “Coca Diet”
Making Off com 2 hazys + isopores para proteger e escurecer o fundo.
Resultado final
USO DE SITEMA DE REBATEDORES PARA SUAVIZAR LUZ:
Esquema de Iluminação
Mini estúdio ou estúdio básico:
O miniestúdio é composto de 4 luzes: Uma luz superior, duas luzes laterais e
uma inferior. Neste primeiro exercício vamos utilizar apenas contra luz, luz por
O propósito desta iluminação é eliminar excesso de brilho e criar volume em
vidros ou frascos, conforme ilustrações:
O ministudio pode ser também improvisado com fundo de acrílico
branco,cartolina branca, l flash de estúdio ou luminárias, rebatedores e o que a
sua imaginação permitir...
Imagem com muita profundidade de campo. A altura destes frascos de perfume
não excede a 3 cm. O balanço de branco foi ajustado propositadamente em
Imagem final, com embalagem
Making off – Luz lateral + Luz de fundo difusa.
Imagem final, com WB corrigido em modo personalizado.
Outro exemplo, com o mesmo esquema de iluminação e fundo.
Making off com luz lateral, inferior, por detrás e rebatedor. Fundo de papel
celofane.
Imagem final. Observe que o reflexo foi produzido com papel alumínio sob o
celofane amarelo.
Making off – Luz lateral, rebatedor + luz de fundo + papel celofane azul.
Imagem final, idem fundo com celofane vermelho.
Making off: Sabonetes, com fundo papel alumínio + 2 hazys laterais
Making off: Frasco com luz de fundo rebatida + dois rebaterores de isopor
lateriais
Imagem final, garrafa com luz inferior + papel celofane laranja
Imagem final: Vaso de Flores - Hazy superior + 2 rebatedores de isopor
laterais
.
QUANDO A COZINHA VIRA ESTÚDIO
Estúdio improvisado na pia da cozinha. Neste caso, o hazy light é a própria
luminária
.
Imagem final: faltou um rebatedor para iluminar melhor a pedra do anel. Seja
criativo, use recursos disponíveis em sua volta!
FOTOGRAFIA DE CULINÁRIA:
Para enfatizar cor e textura, trabalhe a luz principal por detrás ou pela lateral
Foto Final: O espelho por trás aumenta brilho e textura.
Making off do Morango – rebatedor + espelho
Imagem final
PÃES E DOCES
Imagem Final
Imagem Final
Imagem final
Making off: Hazy pequeno + 2 rebatedores prateados.
Making Off
Splash, com velocidade de sincronismo 1/60.
Esquema básico de iluminação. Uma única fonte d eluz
O propósito é realçar cores e textura, para isto a luz
deve vir de lado, por detrás do produto. Rebatedores
de isopor ou cartolinas brancas são necessários para
produzir luz de preenchimento. Veja os resultados:
Foto típica de Hamburger. O pão, após fatiado ao meio, foi congelado, para se
manter firme. As fatias de queijo são derretidas com secador de cabelo, na
montagem do sanduíche. A carne do hamburger é descongelada e pintada com
calda de caramelo, pois caso seja frita irá diminuir de espessura e tamanho.
Luz lateral com hazy e rebatedor branco.
TÉCNICA COM DOIS HAZES
EXEMPLOS:
GARRAFAS E BEBIDAS
Making off: Hazy superior, fundo cartolina branca + 2 rebatedores lateriaos de
isopor
Foto Final
Uso de spray para simular suor nas garrafas de cervejas Solução %0% de
glicerina + 50% de água
Making off: Hazy superior + bandeira de cartolina preta para escurecer fundo +
rebatedor de isopor lateral. Foi utilizado fita crepe para manter a cariotina preta
paralela ao fundo.
O efeito de “suor” foi produzido com borrifador, utilizando solução de 50% água
+ 50% glicerina, adquirida em farmácia.
Foto final: Detalhe dos rótulos
Observe suor e transparência nas garrafas A transparência pode ser obtida
colando papel alumínio no fundo de cada frasco.
Imagem final,luz do fundo com gelatina azul: bolhas de chamapagne
Imagem Final
Making off – Luz no fundo branco. Isopor como parasol de fonte para escurecer
o fundo
Imagem Final com fundo branco.
Making Off – Perfumes
Imagem final
EFEITOS COM GELATINAS OU PAPEL CELOFANE:
Making off – Vidro de esmalte. 1Haze superior rebatendo no fundo branco,
com 2 isopores laterais
Imagem Final
Heineken, Making of.
Nos exemplos abaixo, até a Foto 8, imaginei um briefing de um cliente que
fosse elaborar um material publicitário para supermercado. As imagens seriam
para folhetos de promoção, distribuídos nas lojas.
Foto 1 Foto 2
A foto 1 foi o resultado sem tratamento do fundo. Na foto 2 fiz um tratamento
básico criando uma camada de ajuste de curvas para conseguir um fundo
totalmente branco.
Pergunta:
Foto 3 Foto 4
Obs. Na foto 3 fiz o mesmo que na foto 2 e na 4 percebo os rebatedores de
isopor na parte cinza da embalagem.
Foto 5
Foto 6
Foto 7
Foto 8
Novo esquema abaixo com objetos transparentes. Usei rebatedores pretos
para definir as bordas.
Abaixo, objetos de decoração. Hazy com rebatedores brancos, para a
produção de luz suave.
Mais dois esquemas com os mesmos objetos de decoração. Agora, com um
snoot produzindo uma luz mais dura, ângulo mais alto, destacando a textura e
fazendo sombras. Imaginei que o cliente quisesse espaço para escrever
alguma redação publicitária, inclusive por cima da sombra
.
EXEMPLOS DE ESTUDIOS COMERCIAIS
Estúdio de Mobiliário
Estúdio de Moveis e Mobiliário em geral
Estúdio para Modelos e Manequins – Observe espaço par recuo.
Estudio e Oficina de Instrumentos Musicais. Os instrumentos são
fotografados no próprio local.
Estúdio de Ambientes
Making off de Produtos: Vista Superior
DICAS BÁSICAS DE ORÇAMENTOS
por Enio Leite
O orçamento nunca deve ser passado na hora, a não ser que tenha certeza do trabalho que realizará ou se o fechamento do mesmo dependa disso por questões de prazo, mas não se deixe intimidar pelo cliente. Na maioria das vezes, o cliente estará pesquisando o melhor preço e você pode correr o risco de dar um orçamento errado na tentativa de fechar o negócio. Peça pelo menos um dia para calcular os custos do trabalho e só depois envie o orçamento por fax ou portador.
Estrutura de um orçamento base
Existem três tipos de orçamento básicos: 1. Estimativa de custos.
2. Orçamento. 3. Contrato.
1. Estimativas de custos
Normalmente usa-se a estimativa de custo quando o trabalho é muito grande e deve ser cumprido em várias etapas e, principalmente, quando seu prazo de duração é longo. Por exemplo, você está fazendo uma campanha para uma
construtora que durará 20 dias e fotografará vários locais ainda não definidos pelo cliente pois dependem da autorização dos proprietários e da administradora do imóvel. Em uma estimativa de custos existem dois tipos de custos, os fixos e os flutuantes.
Fixos: É o valor de sua saída para a realização de um trabalho. Este custo envolve
a preparação do material para foto externa, compra de filmes, locação de
equipamento, combustível e cachê de assistente. O custo de cada saída vai variar de acordo com cada profissional e com a dificuldade e a distância onde será realizado o trabalho. Procure montar uma tabela de distâncias e horas de trabalho.
Flutuantes: São os valores que não podem ser mensurados antes do trabalho,
como fotos excedentes na mesma locação, número de filmes utilizados fora da programação, provas e cópias adicionais e despesas extras decorrentes da produção.
Como funciona: Uma estimativa de custos é sempre precedida de um orçamento
complementar onde as despesas extras estão envolvidas.
2. Orçamento
Um orçamento reúne todos os detalhes de uma produção fotográfica e nele devem constar todos os detalhes referentes à produção da foto que será realizada.
- Nome do cliente - Data
- Nome da agência contratante - Nome do contato - Data da produção - Local - Profissionais envolvidos - Número de filmes - Número de revelações - Número de provas e cópias - Despesas complementares.
- Data de validade e tempo de veiculação.
3. Contrato
Todo contrato de trabalho, veiculação ou prestação de serviço deve ser bem elaborado e, se for realizado para uma grande empresa ou se fizer parte de uma campanha que envolva veiculação em mídia e envolvimento de modelos e outros profissionais, o detalhamento é considerado fundamental.
Você pode encontrar modelos de contratos de produção fotográfica no website da
Abrafoto - Associação Brasileira de Fotografia (http://www.abrafoto.com.br)
- Nome da empresa contratante / Cliente - CGC / Inscrição.
- Data de assinatura do contrato. - Nome da agência contratante. - Nome do contato. - Data da produção. - Local. - Profissionais envolvidos. - Número de filmes. - Número de revelações. - Número de provas e cópias.
- Despesas complementares.
- Data de validade e tempo de veiculação das imagens. - Valor.
Por fim, não deixe de consultar também os preços praticados no mercado. Esta comparação é importante para orientá-lo.
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RELATORIO
FOTO O1- Rebatedor Superior FOTO 2 – Dois rebatedores laterais
FOTO 3 – Dois rebatedores laterais e um por cima, como se fosse uma casinha. Levante a frente do rebatedor superior para facilitar a entrada de luz
A FOTO DE NUMERO dois COM REBATEDORES E LIGHTSPHERE APRESENTOU MAIS NITIDEZ. SUAS CORES/BRILHO MAIS UNIFORME
MARIA ALCIONE
RELATORIO
FOTOS:
01= Com rebatedores e lightsphere (fundo escuro)
02= Sem rebatedores e com lighstphere (fundo escuro)
03=Sem rebatedores e lightsphere (fundo claro)
Avaliação:
Primeira produção, com fundo claro: Melhor foto: n.4.
Segunda produção com fundo escuro: melhores resultados são
fotos 1 e 4.
ATENÇÃO: Quando fotografar não se esqueça de levantar o
isopor de cima, para que a luz possa entrar e iluminar
MARIA ALCIONE
No lugar de flash experimente também com luminária luz fluorescente e dois isopores brancos como rebatedores.
Foto 1 (com refletor parabólico e sem tratamento)
Consegui um estojo de maquiagem para fazer o exercício. Foi o mais parecido que arrumei. Fiz dois esquemas: o primeiro, com um refletor parabólico e um difusor, mais dois rebatedores de isopor branco. São as fotos 1 (sem tratamento) e a 2 (foto final, com tratamento usando a
ferramenta curvas).
A foto 3 é o resultado final feita com um Hazy. Foi só substituir o refletor pelo hazy.
O resultado que preferi foi a foto 2, feita com o refletor parabólico, que produz uma luz mais dura e contrastada.
No briefing era permitida uma leve sombra e o estojo que usei tinha duas abas suspensas, que produziram mais sombras que o estojo do exemplo, todo rente.
Foto 2 (FINAL com refletor parabólico e tratamento com curvas para suavizar as sombras e melhorar o contraste.
INSPIRAÇÃO COLETIVA FOTOS EXPRESSIONAISTAS
As fotos de Modernist Cuisine mostram a cozinha por um ângulo que nunca se viu: o de dentro da panela. As lentes captam alterações mínimas nos ingredientes durante o processo de preparação, registram texturas, temperaturas, etapas dos processos. Mas não fazem apenas registros técnicos. As 2.900 imagens do livro são tecnicamente impecáveis e esteticamente incríveis.
O fotógrafo americano Ryan Matthew Smith diz que é tudo resultado de trabalho de grupo, fruto de "inspiração coletiva". Smith, que faz hoje 29 anos, contou ao Paladar um pouco dos bastidores do trabalho, que durou três anos. Foi contratado por Nathan Myhrvold depois de ver um anúncio num site de empregos de Seattle. Os bastidores estão na entrevista abaixo, feita por e‐mail.
Como se envolveu no projeto?
O anúncio buscava um editor de fotografia para trabalhar em tempo integral num livro de cozinha. Era para ser assistente de fotografia digital de Nathan Myhrvold - ele tem fotos de natureza premiadas e originalmente imaginava fazer ele mesmo as fotos do livro. Eu editaria o material. Mas logo o projeto ficou monumental, e eu comecei a fotografar e editar.
Quanto tempo você levou para fotografar tudo?
Pouco menos de três anos, às vezes trabalhando a noite toda.
Como funcionava o trabalho?
Em equipe. O chef Maxime Bilet foi fundamental na conceituação das fotos, assim como um importante estilista de comida. Bilet também dirigiu o dia a dia das fotos e trabalhou muito perto de mim no set. A inspiração era um esforço coletivo. Recebi muitas ideias de nossa equipe supercriativa. Além disso, sempre me interessei por arte e fotos de publicidade, e é fácil ver influências delas no livro.
Quem preparava as comidas para as fotos?
Grant Crilly se encarregou das tarefas técnicas, fossem elas desconstruir uma lagosta para retirar a casca, ou construir os cenários. Anjana Shanker, Sam Fahey-Burke e Johnny Zhu prepararam lindos pratos e ajudaram a criar as imagens dos passo a passos do livro. Melissa Lehuta cuidou da logística.
Quantas fotos fizeram?
Tirei 140 mil fotos durante o projeto. Cerca de 2.900 entraram no livro.
Como fizeram as imagens das panelas cortadas ao meio?
Foram as mais difíceis. Repetimos cada take muitas vezes. Mas, no fim, só precisávamos de dois cliques: um de dentro da panela durante o cozimento e outro usando um vidro para segurar os ingredientes dentro da panela.
Como abriam as panelas e ingredientes?
Trabalhávamos como se estivéssemos em uma serralheria. Construímos nossas próprias serras e usamos serradeiras a jato d’água, que dão maior precisão ao corte.
Como está a vida pós-livro?
No momento estou envolvido na promoção do livro e trabalhando para a segunda edição. Depois, pretendo continuar com o grupo. Ainda não estamos prontos para anunciar oficialmente o novo projeto. Mas já temos diversas ideias bastante excitantes.
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DIREITO AUTORAL
DIREITO AUTORAL Na composição dos direitos autorais, existe uma divisão: direitos morais e direitos patrimoniais. Esses direitos protegem e orientam o autor, no que diz respeito à obra criada por ele. Como autor, há coisas que você pode e coisas que não pode fazer e esta é a chave para toda a questão ética. Os direitos morais são inalienáveis e irrenunciáveis, enquanto os direitos patrimoniais poderão ser cedidos defi nivamente ou por prazo determinado. 1. Direitos Morais
São direitos que o autor não poderá vender, dar, emprestar, fazer leasing, desistir etc. Eles são parte inseparável da obra criada, seja ela feita por encomenda, co-autoria, colaboração ou outras, pertencendo esses direitos única e exclusivamente ao autor. Portanto, pelo art.24 da Lei dos Direitos Autorais, o fotógrafo pode:
Reivindicar, a qualquer tempo, a autoria da foto;
Ter seu nome, pseudônimo ou sinal convencional, indicado ou anunciado, na utilização da foto - é o que chamamos de crédito;
Conservar a foto inédita;
Opor-se a qualquer modifi cação na sua foto;
No entanto, o fotógrafo pode modifi car sua foto, antes ou depois de utilizada;
Retirar de circulação a sua foto ou suspender qualquer forma de utilização já autorizada, quando considerar a circulação ou utilização indevida; Ter acesso, para reprodução, a original único e raro da foto de sua autoria, mesmo quando se encontre legitimamente em poder de outro.
2. Direitos Patrimoniais
São aqueles que permitem que você possa comercializar a sua foto, da forma que quiser. Seja ela encomendada ou não. É isso o que vai permitir sua profi ssionalização e sua inclusão no mercado.
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DIREITO AUTORAL DIREITO AUTORAL
Quem for utilizar uma foto deverá ter autorização prévia e expressa do fotógrafo, por exemplo, para:
Reprodução parcial ou integral; Edição;
Quaisquer transformações; Inclusão em produção audiovisual;
Distribuição fora do contrato de autorização para uso ou exploração; Distribuição mediante cabo, fi bra ótica, satélite, ondas ou qualquer meio que permita acesso pago à foto, inclusive a Internet;
Utilização, direta ou indireta, da foto, através de inúmeros meios de exibição: audiovisual, cinema ou processo assemelhado, satélites artifi ciais, sistemas óticos, fi os telefônicos ou não, cabos ou quaisquer meios de comunicação;
Quaisquer outras modalidades de utilização existentes ou que venham a ser criadas.
1. A FOTOGRAFIA É PROTEGIDA POR LEI?
É. A fotografi a é considerada obra intelectual, e como tal está protegida pelo art. 7º, inc. VII da Lei nº 9.610/98: “Art.7º: São obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fi xadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro, tais como: VII - As obras fotográfi cas e as produzidas por qualquer processo análogo ao da fotografi a.
2. COMO É COMPROVADA A SUA AUTORIA?
O artigo 18 da Lei dos Direitos Autorais exime a obrigação de registro da obra. No caso específi co do fotógrafo publicitário, a autoria de uma foto
pode ser comprovada de muitas maneiras: o orçamento que gerou a foto, o pedido da agência ou cliente, a nota fi scal, as sobras de cromos ou negativos, enfi m, tudo o que ligue a foto ao solicitante e/ou ao fotógrafo. 3. SITUAÇÕES QUE O FOTÓGRAFO PODE ENFRENTAR
A encomenda de uma foto sempre desperta, no cliente, a idéia de que, pelo pagamento, ele adquire todos os direitos sobre ela.
Os direitos patrimoniais da fotografi a podem pertencer ao cliente, dependendo do contrato assinado.
Os direitos morais não.
Como já falamos, os direitos morais são inalienáveis e irrenunciáveis, pertencendo única e exclusivamente ao autor.
O direito de exploração da obra precisa sempre de autorização formal, a qualquer tempo.
A comercialização de um trabalho intelectual dá origem a uma concessão de direitos autorais, por tempo e veículo determinados.
É possível se fazer uma cessão patrimonial de direitos, mas, para isso, a Lei exige um contrato específi co à parte (v. cap. VII A Utilização da Fotografi a na Publicidade).
Se o contrato não estipular, a Lei limita o prazo em 05 (cinco) anos, no máximo.
A Lei também restringe a somente uma , caso o contrato não especifi que as modalidades de utilização.
O prazo de proteção aos direitos patrimoniais sobre obras fotográfi cas é de setenta anos, a contar de 1º de janeiro do ano subseqüente ao de sua divulgação.
Muitas vezes o cliente quer “buy-out”. O que é isso? Legalmente não é nada.
Moralmente, é uma cilada para todos os envolvidos. O “buy-out” não existe na lei brasileira de direitos autorais.
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DIREITO AUTORAL DIREITO AUTORAL
Morais da foto, direitos estes dos quais ele não pode se livrar, nem que queira.
O cliente compra o direito de utilizar a foto, porque o fotógrafo pode explorá-la comercialmente, mas por um tempo/espaço/veículo que podem ser qualquer um, porém sempre determinados.
Para haver cessão total de direitos, esse é o nome legalmente correto, é necessário um contrato especial, com todos os detalhes possíveis, inclusive prazo.
O valor dessa utilização é arbitrada pelo fotógrafo e pelo seu mercado. A Abrafoto sugere critérios e percentuais, mas defende que a livre negociação e o bom senso devem prevalecer.
O artigo 79, em seu parágrafo 1º, da Lei de Direito Autoral, estabelece que “a fotografi a, quando utilizada por terceiros, indicará de forma legível o nome do seu autor”.
A ausência de crédito só é possível, quando o autor exige o anonimato. A aplicação da Lei, nos casos em que ela é necessária, deve ser indicada e defendida por todos aqueles que, de alguma forma, têm nos direitos patrimoniais uma forma de remuneração, pelo trabalho desenvolvido, o que, em última análise é a sua profi ssão.
4. A LEI GARANTE SEUS DIREITOS?
O autor é a pessoa física que cria a obra literária, artística ou científi ca, sendo, neste caso, o próprio fotógrafo. O autor da obra fotográfi ca poderá ser identifi cado pelo seu nome civil, completo ou abreviado até por suas iniciais, pelo pseudônimo ou qualquer outro sinal convencional.
O fotógrafo de publicidade também é considerado autor. A Lei prevê duas hipóteses específi cas para o caso.
A primeira está prevista na Lei 9610/98, art. 5º, inc. VIII, que se refere à defi nição da obra feita em co-autoria, ou seja, aquela obra criada em comum por dois ou mais autores.
E a segunda, está prevista neste mesmo artigo, letra “g” que se refere à obra derivada, ou seja, aquela que constitui criação intelectual nova,
resultando da transformação da obra originária.
Na utilização da obra feita em co-autoria será sempre necessária a autorização dos autores que integram essa obra.
A foto é sempre o produto de um autor, portanto objeto de um direito. Nos casos onde haja manipulação digital (retoque, fusão etc) posterior, necessariamente autorizada, o direito passa a ser compartilhado.
5. TUTELA JURÍDICA DA OBRA FOTOGRÁFICA E DOS DIREITOS DE IMAGEM
I – A OBRA FOTOGRÁFICA
1 - A obra fotográfi ca é, como qualquer outra obra da criação intelectual de alguém, protegida pelo Direito de Autor, desde que tenha um mínimo de criatividade e originalidade..
2 - Os direitos autorais se subdividem em MORAIS e PATRIMONIAIS. Dentre os chamados Direitos Autorais Morais, estão:
a) o de reivindicar a autoria da obra
b) o de exigir que seu nome ou sinal identifi cador seja sempre indicado junto à obra ou com a obra. É o chamado “crédito autoral”.
c) O de opor-se a alterações por terceiros na sua obra em qualquer circunstância, inclusive quando for, a seu critério, atingir a obra na sua qualidade ou quando atingi-lo – fotógrafo – na sua reputação como autor da obra;
d) O de retirar a obra de circulação.
Dentre os chamados Direitos Autorais Patrimoniais, estão:
a) o de usar e dispor da obra como lhe aprouver, inclusive conceder sua utilização por terceiros;
b) o de ceder seus direitos autorais patrimoniais sobre a obra, até de forma defi nitiva.
3 - A lei autoral estabelece que todos os negócios que envolvam direitos autorais, devem ser interpretados restritivamente. Isso quer dizer que se no contrato foi concedida a utilização para determinada fi nalidade, não há