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HEALTH PROMOTION IN PERSPECTIVE OF PHYSICAL EDUCATION PUBLIC NETWORK SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO/MG

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Academic year: 2021

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PROMOÇÃO DE SAÚDE NA PERSPECTIVA DE PROFESSORES DE

EDUCAÇÃO FÍSICA DA REDE PÚBLICA DE SÃO SEBASTIÃO DO

PARAÍSO/MG

Carlos Henrique de Freitas Lima Marlon Garcia Robson Pimenta Rogério de Melo Grillo Faculdade Calafiori – São Sebastião do Paraíso/MG

RESUMO

Diante do aumento expressivo nas ocorrências de morbimortalidades relacionadas a hábitos inadequados em seu estilo de vida como má alimentação e sedentarismo, é que a cada dia, busca-se mecanismos que possam impactar positivamente a saúde da população. Este estudo trata-se de uma pesquisa qualitativa de cunho descritivo, tendo como objetivo geral identificar o que os professores de Educação Física da cidade de São Sebastião do Paraíso/MG entendem por “Promoção de saúde e qualidade de vida” e se trabalham esse tema em suas aulas. Participaram 21 professores que responderam questões pertinentes à temática. As informações obtidas foram analisadas mediante literatura científica específica, verificou-se que a maioria dos docentes possui uma concepção sobre Promoção de Saúde estritamente relacionada à prática de atividade física. Alguns, porém, apresentam divergências no que se refere às metodologias para trabalhar a respectiva temática. Os professores também reconhecem que mudanças procedimentais com vistas a trabalharem de forma mais efetiva a promoção de saúde na escola e a educação em saúde, somente serão alcançadas se os mesmos passarem por um processo de capacitação.

Palavras-chave: Promoção de saúde. Qualidade de vida. Educação Física.

HEALTH PROMOTION IN PERSPECTIVE OF PHYSICAL

EDUCATION PUBLIC NETWORK SÃO SEBASTIÃO DO

PARAÍSO/MG

ABSTRACT

Given the significant increase in the occurrence of morbi-mortality related to inadequate habits in your lifestyle such as poor diet and physical inactivity, is that every day, we seek mechanisms that can positively impact the health of the population. This study deals with a qualitative study of descriptive nature with the overall objective to identify what teachers of Physical Education of São Sebastião do Paraíso/MG mean by “Health promotion and quality of life” and work on this topic their classes. Participants were 21 teachers who responded issues relevant to the theme. The information obtained was analyzed by specific scientific literature, it was found that most teachers have a conception of Health Promotion strictly related to physical activity. Some, however, have differences with regard to the methods to work the respective subject. Teachers also recognize that procedural changes in order to work more effectively to health promotion in schools and health education, will only be achieved if they go through a training process.

Keywords: Health promotion. Quality of life. Physical education.

LI M A , C .H .F .; G A RC IA , M .; P IM EN TA , R .; G R IL LO , R .M .; P ro m oç ão d e s aú de n a p er sp ec tiv a d e p ro fe ss or es d e e du ca çã o f ís ic a d a r ed e p úb lic a d e S ão Se ba st iã o d o P ar aí so /MG . C ol eçã o P es qu is a e m E du ca çã o F ís ica , V ár ze a P au lis ta , v . 1 4, n . 1 , p . 1 31 -1 38 , 2 01 5. I SS N : 1 98 1-43 13 .

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INTRODUÇÃO

O conceito de saúde mudou muito ao longo dos anos, de acordo com o contexto vivenciado, a cultura em questão e os avanços em pesquisas na área. Diante disso, várias são as interpretações inerentes ao tema saúde, educação em saúde e a própria promoção de saúde.

Segundo a Primeira Conferência Mundial de Promoção de Saúde realizada em Ottawa no Canadá, promoção de saúde é definida como o processo de capacitação da comunidade e do indivíduo para atuar na melhoria de sua condição de saúde e qualidade vida, incluindo uma maior participação neste processo (WHO, 1986). Nesse sentido, evidencia-se que o conceito de promoção de saúde possui implícito alguns aspectos que devem ser considerados como uma busca pela autonomia do sujeito para buscar por ele próprio melhorias de sua condição de saúde. Além de uma mudança na maneira de interagir com a população que altera as ações do plano individual para ações que contemplem o coletivo e a comunidade.

Diante do aumento expressivo nas ocorrências de morbimortalidades relacionadas a hábitos inadequados em seu estilo de vida como má alimentação e sedentarismo, é que a cada dia, buscam-se mecanismos que possam impactar positivamente a saúde da população.

Guedes e Guedes (1993), ressaltam que atualmente mais de 40% das causas de mortes são decorrentes de um estilo de vida pouco saudável em termos de hábitos relacionados à alimentação e atividade física. Essas mudanças, de imediato, já se refletem na elevação dos índices de obesidade na infância em todo o mundo esses efeitos são transferidos à vida adulta, onde muitas doenças crônicas têm as suas raízes na infância.

Vários estudos indicam que crianças e adolescentes que se mantêm fisicamente ativos apresentam uma probabilidade menor de se tornarem adultos sedentários. Na escola através das aulas de Educação Física o professor tem a oportunidade de inserir o hábito a prática de atividade física nas crianças e jovens, transformando o comportamento dos indivíduos e colaborando para mudança do quadro atual de saúde.

A grande maioria dos estudos realizados com o objetivo de determinar o papel da atividade física em relação à saúde demonstrou que a prática de exercícios regulares em bases crônicas aponta para um benefício real, como protetor contra doenças crônico-degenerativas, especialmente as de origem cardiovascular. Existem evidências de que ao exercitar-se o indivíduo assume uma postura positiva em relação a outros fatores de risco, procurando assumir um hábito de vida mais saudável.

Se não bastasse o valor de uma vida saudável que sempre esteve associado à Educação Física, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) também apontam para a educação para a saúde: “desenvolver ações educativas para levar os jovens a adquirir hábitos de vida que favoreçam a prática de atividades físicas de forma continuada, oportunizando a prevenção e controle do excesso de peso corporal” (BRASIL, 1999, p. 84).

O conceito ’’Qualidade de Vida’’ está ligado vontade humana de conseguir seus objetivos que tem sido aproximada ao grau satisfação encontrado na vida familiar, amorosa, social e ambiental e à própria estética existencial. Pressupõe a capacidade das pessoas terem êxito ao efetuar ações de todos os elementos que determinada um padrão que sociedade considera desde conforto e bem-estar.

Martin e Stockler (1998) acreditam que o termo qualidade de vida está ligado diretamente entre distância de expectativas individuais e a realidade, sendo que quanto menor a distância, melhor a qualidade de vida.

Enfim as aulas de Educação Física são muito importantes na formação de um individuo, como ferramenta pedagógica que juntamente com as outras matérias auxiliam na formação do cidadão como um todo, auxiliando na construção de um habito de se exercitar, através da cultura corporal de movimento investindo em prevenção, pois essas crianças terão o habito de praticar atividade física e terão a possibilidade de serem adultos ativos, resultado do investimento em promoção de saúde que feito.

A presente pesquisa buscou avaliar o conhecimento dos professores de educação física do município de São Sebastião do Paraíso – MG em relação ao tema promoção de saúde, e educação em saúde no contexto escolar.

METODOLOGIA

Como percurso metodológico optou-se por pesquisa qualitativa de cunho descritivo com a intenção de avaliar o conhecimento que os professores de educação física da cidade de São Sebastião do Paraíso, possuem sobre “promoção de saúde e qualidade de vida” no contexto escolar e fora da escola.

Foi utilizado como instrumento de coleta de dados o questionário desenvolvido por Mustafa (2006) composto por 4 perguntas, a saber:

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1. O que você entende por Educação para saúde?

2. Você trabalha conteúdos relacionados à saúde em suas aulas? Por quê?

3. Quais as estratégias de trabalho desenvolvidas por você a fim de Educar para saúde?

4. Quais as propostas que você faria sobre ações de educação, no sentido de mudar atitudes relacionadas aos procedimentos de educação e saúde nas escolas?

Participaram do estudo, 21 professores de educação física da cidade de São Sebastião do Paraíso MG, todos atuantes na própria cidade de São Sebastião do Paraíso, conforme perfil apresentado na tabela 1 que aponta a faixa etária, sexo e titulação dos participantes.

Após aprovação pelo Núcleo Interno de Pesquisa da Faculdade Calafiori, os professores assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido concordando com a participação no presente estudo e cientes do objetivo do mesmo foi aplicado para os docentes de Educação Física das escolas públicas e municipais da cidade de São Sebastião do Paraíso, MG.

Após coleta das informações os dados foram tabulados e analisados estatisticamente (Programa Excell) e discutidos frente à literatura científica específica.

RESULTADOS

O grupo de estudo foi composto por 21 docentes, sendo que a maioria (n=11) é do sexo (Feminino). A faixa etária dos participantes, bem como o sexo e titulação são apresentados na tabela abaixo:

Tabela 01. Entrevistados segundo faixa etária, sexo e titulação. Faixa etária Titulação

Graduado Especialista Mestre 20-24 1 masculino

1 feminino 1 feminino 0

25-29 3 feminino 1 masculino 0

30-33 2 masculino 3 feminino2 masculino 0

34-37 2 masculino 1 feminino 1 masculino

38-41 0 0 0

42-45 0 1 masculino 0

46-50 0 1 feminino 0

51-54 0 1 feminino 0

Fonte: Dados da pesquisa (2014).

Conforme se verifica na tabela de perfil dos participantes, a maioria dos professores (n=11) é especialista. Em relação a faixa etária que apresentou maior número de ocorrências foi a de 30 a 33 anos com sete professores.

Outro dado que este estudo julgou relevante apresentar foi o tempo de experiência profissional dos docentes participantes da pesquisa.

Dos 21 professores participantes do estudo, a grande maioria (n=17) possui até doze anos de experiência profissional na área. E destes, 9 professores possuem até seis anos de experiência na área. Os demais professores (n=4) apresentam mais de 13 anos de experiência profissional.

Em seguida, serão apresentadas as respostas dos professores em relação ao questionário.

Considerando as respostas obtidas na pergunta feita aos professores sobre a questão 1 "O que você entende por Educação para saúde"? Quatorze respostas estavam ligadas à mudança nos hábitos de vida; 10 respostas estavam ligadas à atividade física; 6 respostas estavam ligadas à alimentação; 7 respostas estavam

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ligadas a investimentos em programas de saúde; 2 respostas estavam ligadas à capacitação dos profissionais da área; conforme demonstra Figura 01.

Figura 01. Número de docentes segundo cinco respostas apresentadas para o conceito de Educação para

a saúde. Fonte: Dados da pesquisa (2014).

As respostas dos professores demonstraram certa preocupação em realizar mudanças de hábito nos alunos para uma vida mais saudável e incremento nos níveis de atividade física.

Tais respostas corroboram um equívoco de grande parcela da população ao atribuírem exclusi-vamente aos indivíduos a responsabilidade por sua condição de saúde. Como se bastasse para a pessoa, uma mudança significativa em seu estilo de vida para atingir o mais alto grau de saúde e qualidade de vida. De acordo com Lalonde (1974), o alcance de um alto grau de satisfação em termos de saúde e qualidade de vida, é resultado da combinação de quatro fatores como os bens serviços de saúde que a pessoa tem acesso em sua vida, a sua própria herança biológica, o seu estilo de vida e o meio ambiente em que esta pessoa vive. Portanto, partindo de uma visão mais ampla em termos de saúde e de educação para saúde, vê-se que a atuação em apenas uma dessas quatros linhas de frente, pode ajudar, mas por si só, não traz mudanças significativas na condição de saúde do indivíduo.

Ao serem questionados sobre a questão 2 “Você trabalha conteúdos relacionados à saúde em suas aulas? Por quê?” Quatorze respostas estavam ligadas à atividade física; 2 das respostas estavam ligadas à preocupação com a obesidade; 1 resposta estava ligada à alimentação; 9 respostas estavam ligadas a investimentos em programas de saúde; 7 respostas estavam ligadas à qualidade de vida (figura 02).

Figura 02. Respostas dos docentes em relação aos tipos de conteúdos trabalhados em sala de aula sobre

promoção de saúde. Fonte: Dados da pesquisa (2014).

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É possível perceber uma relação, apesar de modesta, entre a prática dos professores e os preceitos estabelecidos pela Carta de Ottawa em 1986, que definiu as principais diretrizes em promoção de saúde. De acordo com a Carta de Ottawa (WHO,1986), deve-se desenvolver e implantar políticas públicas saudáveis, o desenvolvimento de habilidades pessoais, reforço da ação comunitária, reorientação dos serviços de saúde e a criação de ambientes favoráveis à saúde.

Percebe-se tal relação ao analisarmos o discurso dos professores e a evidente preocupação em incrementar os níveis de atividade física dos educandos e a necessidade de desenvolver nos alunos uma visão crítica em relação ao tema "investimentos em saúde" e sua estreita relação com a melhoria da qualidade de vida e saúde da população em geral.

Considerando as respostas obtidas na pergunta feita aos professores sobre a questão 3 “Quais as estratégias de trabalho desenvolvidas por você a fim de Educar para saúde?” Nove respostas estavam ligadas a informação; 11 respostas estavam ligadas a investimento em programas de saúde; 9 respostas estavam ligadas à atividade física; 11 respostas estavam ligadas à vídeos, palestras e debates; 2 respostas estavam ligadas a trabalhos em grupos e socialização (figura 03).

Figura 3. Respostas dos docentes em relação as estratégias de trabalho desenvolvidas a fim de educar

para a saúde. Fonte: Dados da pesquisa (2014).

A promoção de saúde é definida como o processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo (WHO, 1986).

Diante de tal conceituação, percebe-se a importância de ações que busquem capacitar as pessoas em torno do tema, para que os mesmos sejam capazes de advogarem em prol de sua própria causa em saúde. Nesse sentido, faz-se de suma importância que os professores desenvolvam trabalhos em grupo, discussões, utilizem conceitos universais, para que os alunos tenham uma vivência significativa em educação e saúde no âmbito escolar.

Todavia, é importante que tais conceituações não descartem o conhecimento prévio apresentado pelos envolvidos no processo. Muito pelo contrário, é de suma importância, que tal conhecimento seja ouvido pelo professor, discutido e ressignificado dentro de uma nova visão dos conceitos de promoção de saúde e qualidade de vida.

Considerando as respostas obtidas na pergunta feita aos professores sobre a questão 4 “Quais as propostas que você faria sobre ações de educação, no sentido de mudar atitudes relacionadas aos procedimentos de educação e saúde nas escolas?” Dez respostas novamente estavam ligadas a investimento em programas de saúde; 3 respostas estavam ligadas a programas sociais; 2 respostas estavam ligadas à alimentação; 8 respostas estavam ligadas à capacitação dos docentes; 7 respostas estavam ligadas a palestras; 4 respostas estavam ligadas a conscientização conforme demonstrado na figura 04.

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Figura 4. Respostas dos docentes em relação às propostas para mudar as atitudes relacionadas aos

procedimentos de educação e saúde nas escolas. Fonte: Dados da pesquisa (2014).

Mais uma vez fica evidente a relação que os professores enxergam entre educação, capacitação, investimentos em programas de saúde e a educação e promoção de saúde na escola.

O que nos chama a atenção aqui, é o fato de grande parte dos professores citarem a capacitação como algo primordial para se atingir mudanças no trabalho em educação em saúde no ambiente escolar.

Tal fato corrobora o que nos aponta Guimarães (2009) ao afirmar que os professores, em sua grande maioria, não apresentam uma visão ampla sobre saúde na escola e que a relação entre o conceito de saúde e de promoção da saúde precisa ser profundamente discutida entre os professores e comunidade escolar, para que de fato tais conceitos sejam desenvolvidos no âmbito escolar.

Uma das reflexões que os próprios Parâmetros Curriculares Nacionais destacam nesse sentido, é de que não basta a criança aprender o que é saúde, mas que a mesma deve ser capaz de aprender para a saúde (BRASIL, 1997). Ou seja, para além de conceitos sem grandes implicações no universo da criança, a mesma deve ser capaz de reconhecer e diferenciar o que lhe traz benefícios e o que é prejudicial em termos de uma condição saudável.

Ao iniciar sua jornada escolar, a criança apresentará como referencial para suas atitudes, o que ela vivenciou até aquele momento através de sua família. Seus hábitos, seus valores, seus costumes, refletirão na escola, toda a vivência anterior com seus parentais. Hábitos saudáveis ou não para a saúde, também serão em grande parte, reflexo do que lhe foi transmitido. Horas excessivas em frente a TV, consumo exagerado de guloseimas, a ausência de atividade física, o testemunho do hábito de fumar ou ingerir bebidas alcoólicas pelos pais, brigas familiares, todo este universo de informações indiretas farão parte do universo da criança. Ainda de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais a escola assume um papel fundamental e de destaque, devido à sua função social e por sua potencialidade de um trabalho contínuo e sistematizado durante a infância e que se estende pela adolescência, épocas decisivas na construção de condutas e formação de hábitos (BRASIL, 1997).

CONCLUSÃO

Com base nas respostas obtidas pelos professores no presente estudo, podemos concluir que os mesmos entendem a atividade física como uma premissa para a promoção de saúde e para a adoção de um estilo de vida saudável, e que buscam desenvolver em suas aulas estratégias para que os alunos participem de forma mais ativa em atividades físicas.

Os professores também reconhecem que mudanças procedimentais com vistas a trabalharem de forma mais efetiva a promoção de saúde na escola e a educação em saúde, somente serão alcançadas se os mesmos passarem por um processo de capacitação.

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Evidenciamos no presente trabalho a necessidade de se aprofundar a discussão em torno do real papel da educação física na escola e sua possível contribuição para a promoção de saúde dos alunos.

Para tanto, faz-se necessário que estudos posteriores busquem uma reflexão teórica aprofundada que possam de fato nortear o trabalho do professor de educação física em relação a temática saúde e qualidade de vida.

Verificamos através dos questionários aplicados nos professores da rede de ensino da cidade de São Sebastião do Paraíso, que as ideias e concepções dos professores no geral se concordam, porém o que se diverge são as metodologias aplicadas durante as aulas.

Percebemos que os professores especialistas trabalham o tema promoção na saúde em suas aulas, eles acreditam que o real significado das aulas de educação física está ligado a saúde, que para promover saúde devem trabalhar os alunos como um todo, ensinando hábitos e práticas saudáveis que os alunos vão levar para seu cotidiano fora da escola, ensinam também através de aulas teóricas a formar o lado crítico-reflexivo dos alunos. Já os professores graduados quando se fala em “Promoção de saúde e qualidade de vida”, a primeira coisa que pensam é a prática de atividade física, porém estudos revelam que a simples prática de atividade física isolada não traz resultados significativos, atividade física deve estar cercada de hábitos saudáveis para que se tenha resultados satisfatórios e que garantam uma melhor qualidade de vida ao praticante.

Candeias (1997) nos aponta que os conceitos de educação em saúde e promoção de saúde, exigem respectivamente mudanças individuais e mudanças organizacionais. De uma maneira geral, os professores demonstraram apesar de parca, uma noção do que se configura cada uma dessas duas modalidades conceituais. Ao apresentarem suas compreensões em relações às temáticas, os mesmos indicam como necessário, mudanças de hábitos, incremento dos níveis de atividade física, ações estas que se configuram dentre das mudanças individuais de educação em saúde.

Os mesmos professores também evidenciam uma noção do que venha a serem ações em promoção de saúde ao citarem maiores investimentos em programas de saúde e no nível de capacitações dos profissionais envolvidos no processo.

Segundo Candeias (1997), a educação em saúde procura desencadear mudanças de comportamento individual, enquanto que a promoção de saúde, muito embora inclua sempre a educação em saúde, visa provocar mudanças de comportamento organizacional, capazes de beneficiar a saúde de camadas mais amplas da população.

Fica-nos evidente que uma maior discussão em torno da temática educação e promoção em saúde, deve fazer parte do processo de capacitação dos professores de educação física participantes da pesquisa e que esta discussão deve extrapolar as aulas de educação física e envolver toda a comunidade escolar. Um dos preceitos da promoção de saúde é o processo de capacitação da comunidade para advogarem a favor de uma melhor condição de saúde qualidade de vida, portanto uma causa mais que justa que não deve ficar restrita à atuação dos profissionais de educação física e sim toda comunidade escolar.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: meio ambiente e saúde. Brasília DF. Ministério da Educação, 1997. BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Brasília DF. Ministério da Educação, 1999.

CANDEIAS, N.M.F. Conceitos de educação e promoção em saúde: mudanças individuais e mudanças organizacionais. Revista Saúde Pública, n. 31, v. 02, p. 209-213, 1997.

GUEDES, D.P., GUEDES, J.E.R.P. Subsídios para implementação de programas direcionados à promoção de saúde através da educação física escolar. Revista da Associação dos Professores de Educação Física de Londrina. Londrina, n. 15, v. 8, p. 03-11, 1993.

GUIMARÃES, C.C.P.A. Educação física escolar e promoção da saúde: uma pesquisa participante. Dissertação de Mestrado – Universidade São Judas Tadeu, 2009. Disponível em: http://www.usjt.br/biblioteca/mono_ disser/mono_diss/101.pdf Acesso em: 12 de junho 2014.

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LALONDE, M. A New Perspective on the Health of Canadians. A Working Document, Ottawa, 1974. MARTIN, A.J, STOCKLER, M. Quality of life assessment in health care research and practice. Evaluation & Health Professions, n. 21, v. 2, p. 141-156, 1998.

MUSTAFA, Z.H. A Educação Física e a Educação para a Saúde nas Escolas Públicas da Cidade de Dourados/ MS. Dissertação de Mestrado – Universidade de Brasília, 2006. Disponível em: http://bdtd.bce.unb.br/ tedesimplificado/tde_arquivos/6/TDE-2006-11-30T122320Z-501/Publico/Dissertacao_Zeina.pdf Acesso em: 12 de junho 2014.

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Carta de Ottawa, p. 11-18. In Ministério da Saúde/ FIOCRUZ. Promoção da Saúde: Cartas de Ottawa, Adelaide, Sundsvall e Santa Fé de Bogotá. Ministério da Saúde/IEC, Brasília, 1986.

Av. José Pio de Oliveira, 10 Jardim Industrial São Sebastião do Paraíso, MG 37950-000

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