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ms&i. y^l ^^^. ..fi ' Ift.' 41 ' -S : CÂMARA MUNICIPAL DA VILLSdO BETHLÉM DO DESCALVAÇr RECEITA

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Auno. V,

Quarta-feira, 13 de Oulf>ro de 1869

|^ fmmm\ fl ^^ ^Stt^fihi CAPITAL Anno 120000 Semestre 60000 Trimestre .... 30000

PARTE OFFICIAL

LEIS PROVINCIAES

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§41°' -S •:¦

N. 123^.

As assignaturas, pagas adiantadas, abrerafte em qualquer dia e finalisâo em

Janeiro, Abril, Julho e Outubro.—Subsqfeve-se na rua das Flores n.° 47

PROPRIETÁRIO—Capitão I»aulo felfino da Fonseca

PAULO

ri ., i PARA FORA Anno . . Semestre Trimestre 15$000 70500 40000

CÂMARA MUNICIPAL DA VILLSdO BETHLÉM DO DESCALVAÇr RECEITA DESPEZA Gratificação ao Secretario. „ Fiscal. . „ Porteiro . Luzes e limpeza da Cadèa Expediente da Câmara . Eventuaes Extincção de formigueiros Commissão ao Procurador Obras publicas . . . 1503000 I2O3OOO 303000 303000 103000 508000 503000 319*1515 2.3053643 3.0653158 §39°

CÂMARA MUNICIPAL DA VILLA DE SANTO ANTONIO DA CACHOEIRA

RECEITA

Imposto sobre lojas armazéns e tabernas animaes que pastão soltos pelas ruas .

cabeças de rezes •

aguardente, carne verde e subsidio lit-terario

Aferições . . . ... . • • • • • • • • Licença para espectaculos publicos. .'¦"~~.*r""t-^?*-:m

„ „ mascates

Multas diversas. • •

Imposto sobre escravos fugidos

» II » DESPEZA Gratificação ao Secretario » Fiscal „ Porteiro Aluguel de casa para prisão. . .

„ » „ „ quartel . . .

Custas em geral

Eventuaes, inclusive festas nacionaes. Porcentagem ao Procurador. . . Obras publicas ... 8O3O00 1673000 UO3OOO 463000 953000 203000 > 243O0O 160000 3O3O0O 6O3OOO 6783000 1503000 1003000 3J3000 48$000 243000 658000 4O3000 453360 1753640 6783000

Saldo do anno anterior. . . . Imposto sobre aguardente . . . .' . „'¦¦¦¦•; „ fumo . . . .''.... ,1 • •

jj jj r6ZGS • • * t t • *

„ carros ".

„ padarias

„ casas que de novo se abrirem „ carne e toucinho . . . Novo imposto de 63400 Aferições '. Licenças diversas Multas diversas §40°

CÂMARA MUNICIPAL Da VILLA DE PARNAHIBA

RECEITA

Saldo do anno anterior .

Avenças para armazéns e botiquins Licenças a mascates Aluguel das casinhas Licenças a bandeiras Novo imposto, carnes verdes e subsidio litterario. Aferições

Foros de terrenos Multas diversas Cobrança da divida activa

1093497 4OO3O0O 9J3030 20^000 400000 153000 308000 33580 403000 3583474 DESPEZA Gratificação ao Secretario. „ Porteiro . Fiscal Carpas de ruas . .

Concertos de pontes e fontes Luzes para a Cadêa

Custas e meias custas .... . .

Porcentagem de 6 por cento ao Procurador Eventuaes Obras publicas . . ... . . . 1.106^5.51 1003000 383000 3O3O00 16O;>O00 2003000 2O|J0O . 1003000 0O3OOO • 2493 54 1593497 l. Í06jf551 8743075 4OO3O0O 203000 15O3O0O 2O300O 103000 3603000 3O3O00 3008000 608000 1203000 2003000 DESPEZA Gratificação ao Secretario. ,, Fissal. .

Porteiro, com obrigação de entregar officios.

„ Fiscal de Santa Rita Luzes e limpeza da Cadêa Custas e meias custas Expediente da Câmara e Jury Porcentagem de 10 por cento ao Procurador . Obras publicas e desapropriações de terrenos. Eventuaes 2.5243075 2003000 1200000 1208000 608000 1003000 2008000 1008000 1778000 1.3478075 1008000 3.5248075 §42° f.|»*:--_-r-.~-^ -#,!-.... ^LtÕ'* ....„,..., .. .. ..., ,.,_

CÂMARA MUNICIPAL DA VILLA DE XIRIRICA

RECEITA

Licenças para casas de negócios Direitos de engenhos de pilar arroz. . .

„ „ fabricas de aguardente . . Aferição por 4 annos

Direitos importados do mar fóra ....

„ de fumo

Infracção de posturas Direitos de algodão Licença para negociar nos sitios

„ mascates.

Carne verde, subsídios e direitos de aguardente

Direitos de rezes . 428400 18O800O 4508000 3O800O 428O0O 5O800O 1208000 8§000 588000 42^000 6O80JO 298300 1.1118700 DESPEZA Gratificação ao Secretario „ Fiscal „ Porteiro Luzes para a Cadêa

Expediente para o Jury e aposentadoria ao Juiz de

Direito »

Rocio da Villa e obras publicas Custas de processos 1208000 8O800O 308000 4O80C0 1808000 3318700 3308000 1.1118700 §43'

CÂMARA MUNICIPAL DA VILLA DE PIRASSUNUNGA

RECEITA

Aberturas de negócios. . . Imposto sobre carne verde .

Novos impostos ....

Imposto provincial . .. Ramos de aguardente. . Multas em geral .... Aferições

Imposto sobre cabeças de rezes. Saldo do exercicio lindo.

DESPEZA Gratificação ao Secretario. „ Fiscal. Porteiro. 1503000 3008000 3003000 3OO800O 1.0008000 500.0GO 888000 6O800O 1.4548648 4.1528648 2508000 15O8000 708000

Commissão de 10 por cento ao Procurador. .

„ »,.„»» Fiscal das multas

Ao Advogado da Câmara. . . ... ;

Expediente do Jury e eleições Extincção de formigueiros .

Meias custas

Expediente da Câmara e illuminaçao . . . Eventuaes.

Obras publicas, inclusive reparos de ruas. . .

2948800 50800O 150JJO0O 508000 1508000 1508000 1000000 1878848 2.550$OOO 4.1520648 §44»

CÂMARA MUNICIPAL DA VILLA DE SANTO ANTONIO

RECEITA

Saldo constante do balanço de 1867 a 1868 . . 4640220 Imposto de 260 rs. sobre canada de aguardente e 400

rs. sobre cabeça de rez em todo o municipio. 1508000

Licenças para tabernas e botiquins 1608000

Aferições de pesos e medidas. . . 20JJOOO

Taxa de 28 rs. sobre carros 180JO0O

Multas por infracção de posturas . . . ... 24^000

DESPEZA Gratificação ao Secretario. „ Fiscal. . „ Porteiro . Custas em geral . Eventuaes Obras publicas. . . . 9988220 1288000 30$000 208000 30800O 1468000 6448220 9988220 * .-* i""..- --z, — ¦ . ..¦ r. A ¦.&:¦:¦: §45» ¦

CÂMARA MUNICIPAL DA VILLA DE UNA

RECEITA

Saldo constante do balanço Avenças sobre lojas, armazéns e tabernas .... Imposto sobre mascates, olarias, espectaculos publicos,

officinas de ferreiros e botiquins. j, „ rezes e porcos cortados para consumo .

„ cargueiros de aguardente

Aferições de pesos e medidas ... Multas diversas 4698696 150JOOO 508OOO 4080OO 308OOO 50JÍOOO 1300000 DESPEZA Gratificação ao Secretario . . .' „ Fiscal. „ Porteiro

Commissão ao Procurador, Fiscal e Aferidor. . . . Luzes para a Cadêa e custas em geral Eventuaes

Obras publicas, inclusive a continuação da obra da Cadêa e casa da Câmara

9198696 1008000 20,^0)0 128000 5080O0 303000 578696 6503OOO 919S696 §46°

CÂMARA MUNICIPAL DA VILLA DE SANTA IZABEL

RECEITA

Saldo constante do balanço Imposto de armazéns

„ sobre vendas e tabernas

» lojas

„ mascates

„ cabeças de rezes cortadas. .

„ aguardente

„ carne verde e subsidio litterario.

,, escravos fugidos

Novo imposto sobre negócios Aferições de pesos e medidas Multas diversas 1.3468086 1158200 528500 488000 258000 88640 1168000 348560 108000 1280000 528200 278000 1.9638186 (Continua.)

MANCHADA 10BBADA

(2)

è-.

)

2

Expraiciite da presidência

Dia 9 âe Outubro

—Ao dr. inspector geral da instrucção pu-blic—Autorisando-o a mandar fornecer ápro-fessora de primeiras letras do seminário da Gloria as 20 graramaticas da lingua portugue-za, de que trata em officio n. 428, da presente data.

Dia 11

—Portaria.*—Nomeando o cidadão Barnabé Ferreira de Abreu Costa para servir, durante o resto do corrente quatriennio, olug*arde6° supplente do juiz municipal e de orphiíos do termo da cidade de Taubaté.

—A Francisco Xavier de Assis Moura, sup-plente do juiz municipal da cidade de Taubaté. —Communicando, ern resposta, que não tendo o cidadão Joao Carneiro da Silva Braga pres-tado juramento do lugar-de 6 o supplente do juiz municipal e de orphaos do termo daquella cidade, nesta data nomeou' pára áubstituil-o o o cidadão Bãrniibe Ferreira de Abreu Costa. ¦

—Ao commandante militar de Santos.—Sig-nificando que, em-vista da litteral disposição do dec. n. 2,779 de 20 de Abril de 1861 fixando a regra acerca do tratamento que.devem.entre si usar os officiaes do exercito e armada, nao permitte a presidência dar-lhe na correspon-dencia official o tratamento do senhoria.

—Ao mesmo.—Coimnuuicando, em resposta ao seu officio n. 204 de 5 do corrente, que, por aviso do ministério da guerra, de 31 de Agosto ultimo, foi communicado ter sido soli-citado do ministério da fazenda expedição de ordens para que fosse concedido á thesouraria de fazenda desta provincia o credito de 254#640 para as obras do quartel militar dessa cida-de, etc.

—Ao commandante superior de Mogy-mi-rim.—Devolvendo a proposta, que acompanhou o seu officio de 18 do mez findo, para preen-chimento dos postos vagos no batalhão de in-fantaria n..26 da guarda nacional dessa cidade e que nao pôde ser approvada, porquanto nao foi comprehendido no batalhfio o municipio de S. Joao da Boa-Vista á elle pertencente, etc.

—Ao commandante do batalhão de infanta-ria n. 23 de S. Sebastião,—Communicando a expedição de ordem ao commandante superior desse districto para que lhe sejao prestados os livros da qualificação da parochia de S. Fran-cisco, como solicitou em officio de 19 do mez findo.

—A' thesouraria de fazenda.— üeterrainaudo que providencie era ordem a que na expedição de cartas de liberdade em favor de escravos da nação, haja toda a celeridade, pára que nflo se reprodüza o facto que ultimamente se deu a respeito da escrava Albina, empregada no es-tabelecimento do Itapura, cuja carta de liber-dade, mandada passar no dia 14 de Junho ulti-mo, só foi expedida por essa repartição a 8 do

torrente. .,.¦„-. a- , ,

Officios despachados pela

presi-dencia

Dia 11 ãe Outubro

Do subdelegado da villa da Cutia, de 7 do corrento, sollicitando a expedição das preci-sas ordens para quo seja recolhida ao hospi-cio de alienados a demente Anna Joaquina da Silva moradora daquella villa.~Ào sr. admi-nistrador do hospício de alienados para

infor-mar.

De Joaquim Flòriano do Amaral, de 4 do corrente, pedindo exoneração do cargo de 5 ° supplente do delegodo de policia do termo do Amparo.—Ao sr. dr, chefe de policia para in-formar.

Do dr. chefe de policia, de 9 do corrente, consultando se pôde ser enviado para o hos-picio de alienados um demente de nome Gal-dino Antônio de Oliveira, que se acha reco-lhido á cadêa da villa de Santo Amaro, cou-formo participa o subdelegado de policia de Itapecerica.—Ao sr.administrador do hospi-cio de alienados para informar.

Da mosa da santa casa de misericórdia da cidade de Lorena, datado de 2 do corrento mez.—Ao thesouro provincial para informar.

De Valencio A.T.Leomil, datado de 10 do corrente mez.—Ao sr.dr. chefe de policia para informar.

Da camara municipal da villa de Santa Bar-bara, datado de 8 do corrente mez.—Ao sr. commandante superior para informar.

Requerimentos despachados

Dia 12 âe Outubro

De Antônio Francisco Dias Pacotilha.— Ao sr.inspector geral de obras publicas para informar.

Do vigário de Campinas, José Joaquim de Souza je Oliveira.—A' vista da informação, indeferido.

Officios despachados pelo

the-souro provincial

Dia 8 âe Outubro

Do collector de Itapetininga, apresentando o balancete da receita o despeza da colletoria no 1 ° trimestre do corrente exercicio—A' couta-doria.

Do collector de Parnahyba, communicando que no trimestre decorrido de 1 ° de Julho ao ultimo de Setembro nao houve arrecadação. —A' contadoria.

Do professor de Tatuhy, pedindo que seus vencimentos sejao pagos pela collectoria da-quella cidade.—Informe a contadoria.

1

Do 1° tabellião do Tietê, remettendo âirela-, çao dos contractos sujeitos á meia-siza que ti- j verão lugar pelo seu cartório.—A' .conta£'>ria, aceusando-se a recepção do presente o"icio e

do documento junto. , *

Do dr. chefe de policia com despacho do exm. governo, sobre o pagamento da dêipeza com luzes para o quartel de Santos.—Ex|>eça-se ordem de pagamento á estação competente e a respectiva communicaçâo ao dr. chpfe de policia, nos*termos do despacho do govprno e de conformidade com a informação da

conta-doria. £

Do inspector geral interino de obras publi-cas com despacho do exm. governo, sobre o officio de Joaquim Leonel Ferreira pedindo au-torisaçao para os reparos da ponte sobre o rio Sarapuhy na estrada a seu cargo.—Expéça-se ordem de pagamento á estação competente, e a respectiva communicaçâo, noa termo^uo des-pacho do governo e de conformidade com a

in-formação da contadoria. v

..- Do administrador interino do regido dp Ribeirão da Serra, em que pede ordem para satisfazer ao destacamento do mesmo registro no corrente exercicio.—Expeça-se ordem de pagamento nos termos da informação, da con-tadoria.

Do collector de Jundiahy, enviando o bálan-cete da receita e despeja da collectoria no 1 ° trimestre do corrente exercicio.—A'contadoria.

Contas da despeza com o expedieute do the-souro apresentadas pelo porteiro.—Expeça-se ordem de pagamento era favor do porteiro so-bre a quantia de 278*760, saldo das contas juntas, que se lhe deve, nos termos da infor-mação da contadoria.

de

Repartição de policia

Secretaria de policia de S. Paulo, 9 Outubro de 1869.

CAPITAL Dia 2 ãe Outubro

Pela subdelegacia do districto de Santa Iphi-genia foi posto em custodia Theodoro Augusto, colhido era flagrante delicto de furto,

Dia 3

Pela delegacia foi posto era liberdade o réo Octavio Pereira da Cunha, por haver prestado fiança, e bem assim a presa Maria Catharina. Pela subdelegacia de Santa Iphigenia foi posto em liberdade Theodoro Augusto.

Pela delegacia foi mandado recolher Joao, escravo de Joaquim Rodrig*ues, por ebrio.

Dia i

Foi solto Joao, escravo de Joaquim Rodri-gues.

Pelo juizo municipal, Antônio Pinto Revo-gado.

A' ordem desta chefia, foi preso Benedicto, escravo de Joao Maria de Moraes Pinto, da Cutia; e Carlos Mendel, colhido em flagrante

delicto de furto. 0. o——

A' ordem da delegacia, Poliquili, por ebrio e turbulento.

Dia 5

Pela delegacia foi solto Carlos Mendel; e re* colhido à prisão Luiz, escravo do exm. barSo de Iguape, por demência.

Pela subdelegacia de Santa Iphigenia foi solto Felippe Migier.

A' ordem do juizo municipal foi preso Diogo Antônio Garcia.'

A' ordem du subdelegacia de Santa Iphige-nia Prudência Ro.-a, por suspeita de andar fu-gida; foi logo solta por verificar ao qiie é

li-vre.

J)ia 6

Falleceu na enfermaria da cadêa osenten-ciado Custodio, escravo de Joao de Souza Mei-relles.

Dia 7

Por ordem desta chefia forao recolhidos á prisão Fructuoso, escravo do dr. Antônio Ro-driguesde Azevedo Ferreira, por fugido ; Tho-mé, escravo do alferes Esequiel Álvaro, de Campinas, condemnado á morte.

Pela delegacia, Maria Caetana Guilhermina, por ebria, Josepha Maria Fernandes, por igual motivo.

Florinda do Nascimento, por desobediência. Foi posta era liberdade Maria Caetana Gui-lhermina;

O secretario, Antônio Manoel dos Reis.

|uMicaç«» §tíUm.

Companhia IPaulista

A directoria da Companhia Paulista, tendo de contractar a construcçao da estrada de fer-ro de Jundiahy a Campinas, declara que fica aberto um prazo, que correrá da data de hoje a findar-se no dia 31 de Dezembro próximo futuro, para dentro delle se apresentarem as respectivas propostas, as quaes podem ser era globo, ou por empreitadas geraes e parciaes por unidade do preço. Os cóncurrentes, que quizerem se apresentar, devem sujeitar-se ás condições abaixo transcriptas, ofíerecidas pelo engenheiro ein chefe. Para qualquer-esclare-cimento acha-se aberto o escriptorio da Com-panhia na cidade de S.Paulo, á rua do Carmo n.72, onde podem comparecer os concurren-tes em todos os dias úteis das 10 horas dama-nhã ás 3 da tarde. As propostas devem vir em cartas fechadas, que serão abertas á vista dos interessados em dia para isso annunciado, de-pois de terminado o concurso.

Escriptorio da Companhia Paulista, em S. Paulo, 1 ° de Outubro de 1869.

Pelo secretario, Francisco Martins âe Almeiâa.

CONDIÇÕES PARA A EMPREITADA DOS TRABALHOS DE CONSTRUCÇAO Dà ESTRADA DE FERRO DE

JUNDIAHY A CAMPINAS

Disposição geral âos trabalhos

Os trabalhos de construcçao da estrada de ferro de Jundiahy a Campinas comprehendem: 1. ° A preparação do leito da estrada, desde a estação terminal de Jundiahy na es-trada de ferro de Santos a Jundiahy (S.Paulo Raylway Company), até a cidade de Campi-nas em um comprimento de 4 ,k063.

2. ° A construcçao de pontes, pontiliiões; boeiros. ou outra qualquer obra de arte de cantaria ou alvenaria.

3.° A collocação de lastro sobre o loito de toda a estrada.

. ° O fornecimento e assentamento de dormentes.

5. ° O assentamento de carris.

6. ° A construcçao da estação terminal de Campinas e das intermediárias em numero de ...entre a cidade deste nome o a de Jun-diáhy.

7. ° A construcçao de cercas mortas, e plantação de cercas vivas,

CAPITULO I

Das. conãições geraes a que ficão sujeitos os em-preitèiros âos trabalhos acima mencionaâos

Art.l.°

Os licitantes dos trabalhos, que fazem o objecto desta empreitada, no caso de não se-rem perfeitamente conhecidos da directoria, deveráõ mostrar cow documentos authenticos: § i. ° Que achão-se habilitados a ofíere-cer a caução necessária para o íiel cumpri-mento de todas as obrigações a que só sujeitão pelas condições do contracto de execução das obras, ou que podem apresentar fiador idôneo segundo as leis em vigor.

§2.° Que por si, ou por seus represen-tantes, possuem as habilitações technicas ne-cessarias para a execução dos trabalhos ante-riormonte mencionados, e os necessários meios para o fornecimento de materiaes ; de-veráõ apresentar provas de terem sido bons e

íieis empreiteiros.

Art.2. °

Na proposta, que os licitantes apresenta-rem, deveráõ ser escriptas por extenso era linguagem ordinária, e depois em algarismos, os.preços específicos ou unidades de serviço.

Art. 3. °

A directoria reserva-se o direito de esco-lher d'entre as propostas aque julgar mais conveniente, independente do maior ou menor preço, que qualquer dellas apresente.

__Ss^ilQDtficor que nenhuma das propqatns apresentadas satisfaça as condições, que a di-rectoria julgar convenientes, esta, ou chamará novos licitantes, ou contractará independente disto com quem julgar mais acertado.

Durante tres semanas, contadas do dia da abertura das propostas, os licitantes se consi-deraráõ ligados ás obrigações contrahidas na sua proposta.

Passado, porém, este tempo, não recebendo communicaçâo alguma da directoria, conside-raiáõ não aceita a sua propostA, ficando livres de qualquer obrigação.

Se a proposta abraçar diversas porções ou divisões de trabalhos, ou fornecimento de dif-ferentes materiaes, e na mesma proposta não estiver bem expressamente declarado que os preços nella contidos são para a totalidade das ditas divisões ou fornecimentos, a directo-ria terá a faculdade do repartil-os pelas mes-ma3 divisões e fornecimentos, quer em seu nu-mero completo, quer parcialmente. Igual fa-cuidade terá a directoria quanto á porcenta-gem de que se trata no art. 2.'°

Art4. °

Os licitantes terão de apresentar as suas propostas no escriptorio da Companhia e da-rão o seu endereço exacto para que nenhuma duvida possa haver na remessa das communi-cações que tenhão de ser-lhes feitas.

Art.5. °

Depois de aceita qualquer proposta pela di-rectoria, o contracto definitivo de empreitada será feito em duplicata e assignado pelo presi-dente da directoria e pelo empreiteiro.

Este contracto será reduzido á escriptura publica, e ficaráõ a cargo do empreiteiro to-das as despezas por isso oceasionato-das, e pela sua impressão e publicação em folheto ou jor-naes, como a directoria melhor entender.

A este contracto serão juntos, o fornecidos grátis pela directoria, cópias authenticas das condições geraes, especificações, plantas, por-fil longitudinal, secções transversaes, orça-mentos, cálculos, etc, etc, que serão assigna-dos pelo empreiteiro.

Art. 6. °

O valor dos trabalhos é regulado pela ta-bella de preços annexa ao contracto, sendo elles applicaveis á exncta medição das obras, mas deduzir-se-ha daquelle valor qualquer quantia que .i favor da Companhia o emprei-teiro tiver offerecido na sua proposta abaixo dos preços marcados na dita tabeliã.

Art. 7.°

O empreiteiro não poderá obter augmento de preço, quer para a mão de obra, quer para I materiaes, allegando alta, que uma ou outros i possão ter p >3teriornieute á assignatura do !

seu contracto, e nem a directoria poderá obte abatimento aobre as mesmas cousas allegando baixa.

Art. 8.°

O empreiteiro é obrigado a principiar as obras no dia que lhe fôr designado por escrip-to pelo engenheiro em chefe.

Se, porém, por circumstancias imprevistas, e justi fícádtis a contento do dito engenheiro, o empreiteiro não puder começar o serviço no dia marcado, se lhe concederá um prazo de 15 dias, findos os quaes, cumprirá a ordem que lhe foi dada.

Oito dias depois de encetados os trabalhos, elles devem áchnr-se em completo andamtn-to, tendo o numero de operários e outros meios de execução que a juizo do engenheiro em chefe exigir a importância das obras em-preitadas.

Os operários, tanto quanto fôr possivel, se-rão pagos nos lugares onde estiverem estabe-leeidos os trabalhos ou era edifícios a elles ad-jacentes, mas por nenhum motivo o serão em tavernas, ou outro qualquer lugar, onde se vendão ou distribuão bebidas alcoólicas.

O empreiteiro sujeita-se a qualquer medida policial, nâo excedente ás leis do paiz, que o engenheiro em chefe, ou seus prepostos nos trabalhos, julgarem conveniente tomar para que nelles mantenha-se a precisa segurança, ordem e tranquillidade.

. Art.9. °

Sem autorisação expressa, e por escripto, do engenheiro em chefe, ou de seu primeiro ajudante, ou finalmente do chefe de cada uma das diversas secções em que forem divididos os trabalhos da linha, o empreiteiro não poderá por motivo algum, afastar-se, na construcçao das obras, ou no fornecimento dos materiaes, das plantas e outros documentos annexos ao contracto, devendo os materiaes ter as dimen-soes prescriptas nas mesmas plantas, ser da melhor qualidade e obtidos de qualquer loca-lidado, fabrica, oííicina ou outra fonte de pro-d ucção pro-designapro-da pelo engenheiro em chefe. So o empreiteiro obrar em contravenção do que acaba de ser estabelecido, pagará uma multa, que lhe será imposta pelo engenheiro em chefe a favor da Companhia; demolirá por sua conta o trabalho feito, fal-o-ha de no-vo conforme os projectos e as ordens do en-genheiró em chefe, e no caso de desobediência o dito engenheiro mandará proceder á demo-lição e reconstrucçao da obra, com os mate-naes dos lugares previamente marcados, lan-çando todas as despezas para isso necessárias a debito do empreiteiro.

Se a obra tiver sido construída com dimen-iões maiores do que as designadas nos projec-tos, tendo "porém os materiaes conforme forão ordenados, eo engenheiro em chefe julgar que ella pôde ser aceita, o empreiteiro não terá, por este facto, direito algum a pagamento su-. perior ao que lhe caberia se executasse stricta-mente os projectos.

No caso, porém, do serem aceitas obras com dimensões menores do que as determinadas, o engenheiro em chefe deduzirá, a favor da com-panhia, do valor do Orçamento anterior, uma parte proporcional á reducção feita nas di-raensõüs da obra.

Art. 10

Se o engenheiro em chefe, ou qualquer de seiis ajudantes, encontrar na linha, ou qualquer obra pertencente a estrada de ferro, materiaes què julgai' de má qualidade, ordenará que se-jão immediatamente removidos do lugar onde

se achão e o empreiteiro cumprirá a ordem. Em caso de desobediência, o mesmo enge-nheiro em chefe, ou qualquer dos seus ajudan-tes, mandará proceder á remoção, como julgar mpis conveniente, e todas as despezas feitas para este fim serão lançadas a debito, do em-preiteiro, deduzindo-se a quantia, em que montarem, do primeiro pagamento, quea com-panhia depois daquelle facto tiver de fazer-lhe.

. Art. 11

Todos os engenheiros ás ordens do enge-nheiro em chefe, quando empregados em qual-quer trabalho da liuha, para as obras de arte terão um diário de construcçao acompanhado do plantas, e perfis cotados.

Neste diário será lançado dia por dia pelos mesmos engenheiros o adiantamento de todas as obras, cujas dimensões ou importância pos-teriormentenão possão ser verificadas, e darão delle vista ao empreiteiro, o qual, se não con-cordar sobre a quantidade de serviço notado no mesmo diário, poderá apresentar as suas observações ao engenheiro em chefe no prazo de oito dias, contados daquelle em que teve vista do adiantamento marcado pelo enge-nheiro.

Passado este prazo, nenhuma reclamação poderá ser attendida, e os supraditos diários, depois de verificados e approvados pelo enge-nheiro em chefe, ser.viráõ de base definitiva para os pagamentos, que, por conta das obras, a que elles se referem, tiverem de ser feitos ao empreiteiro.

Art. 12

Antes do encetado qualquer trabalho, o en-genheiró em chefe poderá alterar, como julgar mais cunveniente, qualquer plano, perfil ou outro desenho, pelo qual o dito trabalho

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yerá ser executado, e o empreiteiro o executa-rá com as alterações feitas sem dar-lhe seme-lhante facto direito a reclamação de espécie

alguma.

Se, porém, o trabalho já tiver sido encetado, e o engenheiro em chefe entender conveniente fazer alterações, ellas serão executadas pelo empreiteiro, que só terá direito a reclamar da Companhia o pagamento do trabalho feito e abandonado em conseqüência dasjditas alie-rações.

Art. 13

O empreiteiro é obrigado á sua custa e sem indemnisação alguma por parte dacompanhia: § 1. ° A fornecer todos os utensis, ferramen-tas, meios de transporte, e construir pontes e caminhos provisórios, que, a juizo do enge-nheiro em chefe, forem necessários ao serviço; devendo os caminhos e pontes ser taes que cora segurança se possa ir a cavalio a qual-quer ponto da linha

§ 2. ° A fornecer barracões para agasalho de todos os operários empregados nos traba-lhos, tendo os ditos barracões todas as con-dições de segurança e commodidade, que, a juizo do engenheiro em chefe, forem necessa-rias.No caso de moléstia dos operários, ou de accidentes a estes occorridos no serviço da empreitada, o empreiteiro pagará a cura e tratamento dos mesmos.

§ 3. ° Fornecer ao engenheiro chefe da sec-ção, em que se acharemas obras, os operários necessários para o serviço de medição, bem como as estacas, etc, que para tal serviço lhe forem requisitados pelo mesmo engenhoiro.

§ 4. ° A ter em bom estado de conservação, a juizo do engenheiro chefe de secção, até concluir-se o trabalho de sua empreitada, to-das as estacas ou outros quaesquer objectos indicativos do eixo da linha, bem' como os marcos de nivel (bench marks) que encontrar, ou de tempo a tempo forem collocados pelos engenheiros empregados no serviço da estrada de ferro ; e se a estes fôr necessfirio um novo estacaraento da linha e collocação de novos marcos de nivel, em conseqüência de negli-gencia do empreiteiro, ou pelas necessidades das obras que empreitou, este serviço será feito pelos ditos engfinheiros; mas a despeza que com elle se fizer será paga pelo emprei-teiro, deduzindo-se a quantia em que montar no mais próximo pagamento que a Companhia tiver de fazer-lhe.

§ 5. ° A dar livre transito ao publico e a particulares, construindo para isto oa compe-tentes desvios das estradas de uma ou de ou-tra espécie, quando qualquer dellas, em con-seqüência das necessidades do serviço, tiver de ser temporária ou definitivamente inter-rompida,ou occupada pelas obras empreitadas. O emprezario fica responsável por todos os prejuízos, perdas e daranos resultantes de ne-gligencia deste trabalho, que será executado a contento dos engenheiros do governo, ou do particular a quem pertencer a estrada.

Art. 14

O empreiteiro pagará todos os irapostos,co~ mo de barreira e outros lançados pela autori-dade competente sobre estradas, pontes, etc, 'pelo uso que fizer das mesmas estra-das, pontes, etc., etc, para a construcção das obras da sua empreitada.

Art. 15

O empreiteiro deverá pessoalmente dirigir os trabalhos da sua empreitada, ou, com pré-via autorisaçao do engenheiro em chefe, no-mear um pr.posto, que tenha de representai-o em tudo que fôr concernente ao serviço te-chnico.

Quer o empreiteiro, quer o seu proposto, é obrigado a apparecer, em qualquer parte da secção onde existirem os trabalhos, a chamado do engenheiro em chefe, ou dos seus ajudai)-tes, e acompanhal-os nas inspecções e medi-ções que um ou mais de ura delles tenha de fa-zer.

Se nem o empreiteiro nem o seu preposto forem entendidos em matéria de engenharia, deverá existir constantemente no serviço um mestre de obras, competentemente habilitado, que a juizo do engenheiro em chefe possa di-rigir a execução dos trabalhos; e no caso con-trário, o mesmo engenheiro nomeará um, cujo salário será pago á custa do empreiteiro, fa-zendo deducção de tal salário no pagamento mais próximo que a Companhia tiver de fa-zer-lhe.

O mestre de obras, feitores, ou quaesquer empregados designados para dirigir os traba-lhos, não só devem ter as qualidades indispen-saveis para a boa execução delles, mas saber conservar a necessária autoridade sobre os operários, seus subordinados,

Estes empregados devem conformar-se sem contradição de especio alguma com as ordens e instrueções dadas pelo engenheiro em chefe, ou seus ajudantes, e o empreiteiro obriga-se, ao receber uma requisição por eseripto do di-to engenheiro ou seus ajudantes, a despedir do serviço da linha qualquer pessoa que por in-subordinação, incapacidade, ou má condueta dê lugar a queixas.

O empreiteiro ó responsável por todos os prejuízos, perda3 e damnos causados a parti-culares; pela negligencia, ignorância ou

insu-bordinação dos seus empreg>idns ou operários. Os salários das pessoas empregadas nas obras pelo empreiteiro serão por este pagos integralmente, não podendo por motivo algum reter o todo ou parte dos mesmos salários, e estes serão pagos em moeda legal do paiz, sendo expressamente prohibido ao dito em-preiteiro substituil-os por vales ou qualquer meio semelhante, ou por fazendas, raantimen-tos, bebidas alcoólicas ou outros gêneros de

commercio. '

E'igualraente prohibido ao empreiteiro usar, quer. directa quer indirectamente, da sua po-sição e influencia, para obrigar ou induzir ga pessoa ou pessoas empregadas nos trabalhos da sua empreitada, a comprar mantimentos, bebidas alcoólicas, fazendas ou outros gêneros de commercio era casa alguma que disto se oecupe, tenha ou não tenha o dito empreiteiro interesse na mesma casa.

Art. 16

O empreiteiro deverá fornecer o numero de operários, animaes, utensis e objectos de qual-quer espécie que o engenheiro em chefe, ou ua sua falta qualquer dos seus ajudantes, julgar necessários para a conclusão (no tempo con-tractado) das obras de sua empreitada.

Em caso de desobediência, o engenheiro em chefe terá o direito de mandar lazer corao e por quera julgar conveniente, o fornecimento de que acima se trata, á custa do empreiteiro, deduzindo-se as despezas pelo dito forneci-mento oceasionadas, do mais próximo paga-mento que a Companhia tiver de fazer ao mes-mo empreiteiro.

Se porém o engenheiro em chefe não usar do direito que agora se lhe confere, e as obras ou l^rnecimentos de qualquer espécie contrac-tados não se acharem execucontrac-tados no tempo marcado, o empreiteiro pagará á Companhia por dia de atrazo do dito tempo na conclusão das obras ou fornecimentos, uma indemnisa-ção que será estipulada nas especificações dos respectivos trabalhos, e que será deduzida, como a precedente, sem formalidades judiciaes, do mais próximo pagamento que a Compauhia tiver de fazer ao dito empreiteiro.

Art. 17

Se o engenheiro era chefe entender conve-niente executar por administração quaesquer obras comprehendidas ou não no contracto de empreitada, mas pertencentes á estrada de ferro, quer estejão ellas previstas ou nlo pre-vistas aos orçamentos, tabellas de preços, pia-nos ou outros quaesquer desenhos ou docu-mentos, o empreiteiro deverá fornecer o pes-soai, utensis, animaes e objectos de qualquer especio que lho forem requisitados por eseripto pelo engenheiro era chefe, ou por ura dos seus ajudantes, no máximo prazo de oito dias ; e não o fazendo neste prazo, o engenheiro em chefe mandará executar o mesmo fornecimento como e por quem lhe parecer mais couvenien-te, lançando todas as despezas delle prove-nientes a debito do empreiteiro, e deduzin-do-as do mais próximo pagamento que a com-panhia tiver de fazer-lhe por conta da emprei-tada.

O pagamento dos operários assira emprega-dos será feito pelos agentes do engenheiro em chefe.

Terminado o trabalho, o empreiteiro rece-berá, a titulo de indemnisação, pelo forneci-mento de utensis e apparelhos de outra espe-cie, cinco por cento (5 %) das despezas, que se fizerem com os salários dos operários e mes-tres, etc,que tiverem sido requisitados.

A obrigação imposta ao empreiteiro nos pe-riodos anteriores, em caso algum será invoca-da, corao causa ou motivo de não concluir, dentro do tempo prescripto no contracto, os trabalhos de sua empreitada.

Art. 18

Sem consentimento por esciipto do enge-nheiro em chefe, o empreiteiro não poderá transferir a pessoa alguma o todo ou parte das obras por elle empreitadas.

Se, porém, o engenheiro em chefe consentir nesta transferencia,o sub-empreiteiro será ape-nas considerado como ura mero agente do em-preiteiro, ficando este em todos os casos sem-pre sujeito ás obrigações que contrahio pelo seu contracto de empreitada.

Art. 19

Se o engenheiro em chefe reconhecer que o empreiteiro não cumpre satisfactoriamente as condições do seu contracto, quer pela quali-dade das obras executadas, quer por demora no andamento do serviço,, de sorte que o es-tado das obras não corresponda ao tempo de-corrido ; se reconhecer também que o forne-cimento de materiaes não foi feito regular-mente, ou cessou inteiraregular-mente, a que o emprei-teiro obra contra quaesquer condições do con-tracto, de modo a dar motivo de suppor o dito engenheiro que os trabalhos em anda-mento terão de parar completamente, provdo qualquer destas faltas da negligencia, in-capacidade ou insolvabilidade do dito emprei-teiro, o engenheiro em chefe terá o direito, sem appello do empreiteiro para arbitramento de qualquer espécie, de tirar de sua direcção os trabalhos, que não estiverem concluídos, e os que não forão encetados ; e mandará

fa-zel-os á casta do mesmo empreiteiro, pelo modo que julgar mais acertado.

Se o engenheiro em chefe usar do direito que lhe é conferido no periodo anterior, o em-preiteiro será obrigado a pôr á disposição do mesmo engenheiro todos os seus animaes, utensis e apparelho de qualquer espécie em-pregados nas obras.

Concluídas as obras no caso de que se tra-ta, o engenheiro em chefe organisará e apre-sentará ao empreiteiro uraa conta dos prejui-zo8, perdas e damnos causados á Companhia em conseqüência da demora havida na execu-ção das obras, bem como outra das despezas feitas na continuação e conclusão das mesmas obras á custa do dito empreiteiro.

O pagamento destas contas será feito con-forme o engenheiro em chefe julgar conve-niente, quer dos mais próximos pagamentos que a Companhia tiver de fazer-lhe, quer da caução dada para o contracto de empreitada, sem que o empreiteiro possa recorrer a tribu-nal algum do paiz.

Se o empreiteiro abandonar os trabalhos da sua empreitada, perderá as sommas que tive-rem sido mensalmente retidas como garantia nos pagamentos dos trabalhos por elle

execu-tados.

Para a determinação do importe dos prejui-zos, perdas e damnos que o empreiteiro tiver causado á Companhia, pelas faltas por elle commettidas, o de que rezão os periodos pre-cedentes, bastará a apresentação das contas extrahidas dos diários dos engenheiros chefes da secção, onde se executarão os trabalhos, sendo as mesmas contas assignadas pelos di-tos engenheiros.

Se o empreiteiro incorrer em uma pu mais faltas de que trata este artigo, não terá direi-to a indemnisação alguma por materiaes de qualquer espécie fornecidos para a. obras, ou pelos benefícios que poderia realizar se aa ditas obras fossem concluídas sob sua dire-cção.

Tempo desfavorável, caminhos ou estradas em máo estado, ou casualidades de qualquer espécie não isentão o empreiteiro de3nem uma das obrigações contrahidas pelo seu contrac-to de empreitada, o nem minorão as penas em que incorrer por falta de fiel cumprimento dellas.

v Exceptuão-se unicamente os casos de força maior justificada durante o prazo de dez dias perante a directoria, mediante informação do engenheiro em chefe.

Art. ,0

Em todas as differenças, duvidas ou contes-tações, que apparecerem entre o empreiteiro . os engenheiros empregados nos trabalhos da estrada de ferro, quanto á execução dos ditos trabalhos, e ao fornecimento de materiaes, não só pelo que toca á sua quantidade, mas tam-bem á sua qualidade, o engenheiro em chefe decidirá a questão em ultima e final instância, o o empreiteiro obriga-se a aceitar esta de-cisão sem mais „ppellação de espécie alguma.

Art. 21

Os pagamentos serão leitos mensalmente ao empreiteiro, á vista do resultado das medições provisórias, feitas pelos engenheiro, emprega-dos na estrada de ferro, em presença de um agente do mesmo empreiteiro.

Art. 22

Nas medições finaes de qualquer trabalho para o ajuste de contas, entre a Companhia e o empreiteiro, esto terá nas ditas medições um agente, que assistirá a sua execução, e assig-nará no diário do engenheiro o seu nome para authentical-as.

Art. 23

A caução, que o empreiteiro tem de deposi-tar nos cofres da Companhia, é de um décimo do valor total da sua empreitada, o deverá ser entregue á directoria no prazo de oito dias de-pois da assignatura do contracto.

Esta caução pôde ser dada em moeda legal do paiz, titulos da divida publica brasileira, que serão aceitos com o abatimento de um quinto do seu valor cotado no mercado do Rio de Janeiro, ou em acções da Companhia Pau-lista.

Se a caução fôr depositada em dinheiro, ou outros valores, deduzir-Be-ha, a titulo de ga-rantia da fiel execução de todas as condições e especificações do contracto, cinco por cento (5 %) de todos os pagamentos que se fizerem ao empreiteiro.

Porém, se a caução não fôr depositada em dinheiro, ou outros valores, e houver hypothe-ca ou fiador idôneo a juízo da directoria, far-se-ha de todos os pagamentos no empreiteiro uma deducção, que será de 20 % até que a im-portância da obra feita em toda a linha adju-dicada suba a um quinto do total; de quinze por cento (15 '..) nos dous seguintes quintos, e de dez por cento nos dous ultimos quintos.

Fica entendido que a responsabilidade do fiador reduz-se na proporção que crescerem as quantias deduzidas dos pagamentos feitos ao empreiteiro, e era poder da directoria; e se annullará logo que aquellas quantias subão ao algarismo da fiança ou hypotheca, embora não esteja a obra concluída.

Os bens hypothecados como caução serão vendidos pela directoria segundo as fôrmas em

direito exigidas, caso o empreiteiro não cum-pra qualquer obrigação do seu contracto, e o dito empreiteiro não poderá por modo algum reclamar por este facto indemnisação alguma. A caução depositada em dinheiro, assim corao as deducções, que mensalmente se fize-rem dos pagamentos ao empreiteiro, terão, desde o dia do seu recebimento pela directo-ria, e pago por ella, o mesmo juro que a direc-toria obtém pelos dinheiros, que lhe perten-cem e que forem collocados nos bancos do paiz.

Art. 24

Logo que fôr terminada qualquer obra, o engenheiroem chefe procederá á sua Inspec-ção e fixará o dia do seu recebimento provi-sorio por parte da Companhia.

Art. 25

Serão consideradas como aceitas provisória-mente quaesquer secções em que forem dividi-dos os trabalhos da estrada de ferro, se uma ou mais destas secções fôr aberta ao trafego pela directoria, ainda que isto se tenha feito apenas provisoriamente.

Art. 26

A aceitação definitiva das obras terá lugar, logo que expirar o tempo de garantia desig-nado nas especificações das mesmas obras, e o empreiteiro ó obrigado a conserval-as a ex-pensas suas, e a contento do engeuheiro em chefe, até que se verifique a aceitação defini-tiva das ditas obras.

O empreiteiro, dentro do prazo de 4 sema-nas, deverá fazer perante o engenheiro em chefe as reclamações, que por acaso tenha do apresentar, contra as medições finaes executa-das pelos engenheiros sob as ordens do dito engenheiro era chefe, o qual julgará da8 ditas reclamações corao entender de justiça,e o dito empreiteiro obriga-se a não appellar da deci-são por elle dada para arbitramento, ou tri-bunaes de espécie alguma.

Para a aceitação de qualquer obra ó neces-sario que o empreiteiro as apresente limpas, desembaraçadas de impedimento de qualquer espécie, e do mesmo modo os lugares circum-vizinhos, que durante a construcção servirão para deposito de materiaes, ou para outros misteres.

Logo depois da aceitação definitiva das obras, de que reza o contracto de empreitada, o empreiteiro será reembolsado pela directo-ria do saldo que se lhe dever, á vista de uma conta final apresentada pelo engenheiro em chefe, contendo desenvolvidamente todos os trabalhos executados e pagamentos por elles feitos ao dito empreiteiro.

Este reembolso, ou pagamento final, só será feito depois que o empreiteiro reconhecer por eseripto a exactidão da conta final apresen-tada pelo engenheiro em chefe.

Reconhecida a exactidão da conta final e recebido pelo empreiteiro o saldo que, se-gundo ella, se lhe dever, o dito empreiteiro ipso facto renuncia a toda e qualquer reclama-ção contra a Companhia.

Art. 27

Se antes do cumprimento de todas ou qual-quer das obrigações do contracto de emprei-tada, o empreiteiro vier a fallecer, as ditas obrigações passaráõ aos seus herdeiros, sem solução de continuidade em todos 03 seus pontos, bem corao na caução ou fiança dada.

Se os herdeiros do empreiteiro quizerém fa-zer desistência dos direitos e obrigações do mesmo contracto, deveráõ dirigir á directo-ria, dentro do prazo 15 dias, uma communi-cação por eseripto, assignada por todos elles, ou seus representantes, fazendo sob toda. as fôrmas em direito exigidas desistência do mesmo contracto.

A directoria raserva-se o direito de aceitar ou não a dita desistência, como mais conve-niente ella julgar aos interesses da Companhia; e fará communicação da sua decisão aos in-teressados dentro do prazo de 15 dias.

Se a^ directoria aceitar a desistência, res-cindirá o contracto, tomará conta das obras, e as concluirá como entender.

Se porém a desistência não fôr aceita, o contracto continuará no seu antigo vigor, uo todo e cada uma de suas partes, exercondo sobre os herdeiros do empreiteiro a mesma acção e efficacia, como se o mesmo emprei-teiro vivo fosse.

Quer a directoria aceite, ou não, a desis-tencia dos herdeiros do empreiteiro, o euge-nheiro era chefe, logo que tiver communica-ção do fallecimento do mesmo empreiteiro, mandará proceder a uma medição geral e exacta dos trabalhos até então conc'uidos, medição que servirá de base a quaesquer pa-gamentos que tenhão de ser feitos pelas par-tes interessadas no contracto de empreitada

Art.28

Quando o engenheiro em chefe tiver man-dado ou remettido ao empreiteiro quaesquer papeis, communicações, desenhos ou outros documentos concernentes ao serviço de que trata o contracto de empreitada, e o dito em-preiteiro negar que tal se tenha dido, basta-rá, para prova final e decisiva contra o em-preiteiro, e tendo cora* tal todos os seus ef-feitos no contracto de empreitada, que no diário do engenheiro chefe da secção, em que

(4)

-¦o achão estabelecidos os trabalhos, conste a remessa dos ditos papeis, communicações, desenhos e outros documentos ao supra-dito empreiteiro na data e pelo modo declarado pelo dito engenheiro em chefe.

Art. 29

Os materiàes achados nas exeavações são propriedades da Companhia ; deveráõ, á re-quisição do engenheiro em chefe, ficar depo-sitados, para serem utilisados, quer nas obras pertencentes ao contracto de empreitada, quer em outras, como o engenheiro era chefe julgar raais conveniente.

No caso de serem os materiàes, achados nas exeavações, empregados nas obras perten-tencentes ao contracto de empreitada, aaCom-panhia carregará na conta do empreiteiro e contra elle o preço dos ditos materiàes, se-gundo a mesraa tabeliã de preços e condições de especificações com que a directoria paga ao empreiteiro materiàes da mesma natureza e cathegoriá; devendo-se porém levar em con-ta,fpara serem deduzidos destes preços, as despezas pelo. empreiteiro feitas na mão de obra de que necessitarem os ditos materiàes para o seu emprego.

Art. 30

Todos os objectos de arte, ou históricos, ou productos naturaes de qualquer espécie, en-contrados na exeavações, 'são propriedade da Companhia, e o empreiteiro, pelo facto de as-signar o seu contracto de empreitada, renun-cia por si e mai& pessoas por elle empregadas os direitos de primeiro possuidor.

Achado qualquer daquelles objectos, o em-preiteiro o arrecadará cuidadosamente e os remetterá ao engenheiro em chefe, que lhe dará o devido destino.

Art. 31

A directoria porá á disposição do em-preiteiro os lugares que o engenheiro em che-fe julgar necessários para deposito de terras lançadas á perda.

Porém os lugares necessários para qual-quer uso temporário, de que o empreiteiro ne-cessite para a execução das obras da sua em-preitada, serão pelo dito empreiteiro adquiri-dos á sua custa.

Art. 32

No caso de que as circumstancias publicas, ou outras importantes a juizo da directoria, obriguem a esta a mandar suspender os tra-balhos da empreitada ou diminuir o anda-mento dos mesmos trabalhosa dita directoria terá o direito de rescindir o contracto de em-preitada, dando ao empreiteiro aviso 4 sema-nas antes do dia 'da rescisão do mesmo con-tracto.

Feita a rescisão, o engenheiro em chefe mandará proceder a uma medição geral e exacta das obras feitas e materiàes em depo-sito para as ditas obras, e o empreiteiro só terá direito a ser indemnisado pelos mesmos materiàes, obrigando-se a nada mais recla-mar em conseqüência da rescisão do dito contracto.

MOVIMENTO DE TERRAS

CAPITULO II Especificações

§ 1. ° Os trabalhos de que trata esta es-peciíicação comprehendem todo o movimento de terras para a construcção da estrada de j ferro de Jundiahy a Campinas na secção de.... n'umá extensão de....

§ 2. ° Como bases do contracto que tem de se fazer com os empreiteiros serviráõ :

As condições geraes;

As presentes especificações; A tabeliã de preços por unidade , O orçamento dos trabalhos;

Ura perfil longitudinal representando a suecessão dos declives no qual a linha pre-ta irregular represenpre-tará o terreno natural ou a actual superficie do terreno no eixo da li-nha, e a linha recta vermelha o fundo dos cór-tes e a coroa dos aterros, immediatamente abaixo do lastro necessário para a formação da via permanente, sendo as alturas o profun-didades dos aterros e cortes escriptos com tinta vermelha.

A parte colorida vermelha indicará os ater-ros e a amarella as exeavações tomadas ao nivél de formação antes da collocação do las-tro ;

6. ° Uma planta horizontal dó eixo da li-nha apresentando os alili-nhamentos rectos e curvos de ligação ;

7. ° As secções transveisaes do terreno feitas perpendicularmente ao eixo da linha. H §3. ° A direcção e posição da estrada de ferro ficaráõ determinadas no terreno por es-taças fincadas no eixo da linha.

Antes de principiar os trabalhos e no de-curso d6 lõ dias, o empreiteiro verificará a exactidão do estacameuto e o aceitará.

Se reconhecer algum erro, o nivelamento será novamente feito era sua presença, e se lavrará disso um termo, ficando então o em-preiteiro obrigado a aceitar os perfis assim modificados.

§ 4. ° Os aterros terão 17 pés inglezes na linha do nivel de formação ou (5in 18) e 20 pés (ou 6m 10) nos cortes de torra, com excepção

1.° 2.° 3.° 4.° 5.°

dos lugares onde o engenheiro em chefe de-terminar o contrario; \ com taludes.de cada lado de uma inclinação igualmente determi-nada em cada caso, e em tempo opportuno pelo engenheiro era chefe.

De cada lado da exeavação existirá uma valleta de dimensões posteriormente determi-nadas, e uma vez feitas estas valletas, o em-preiteiro as guardará limpas até a aceitação definitiva.

Qualquer damno oceasionado pela negli-gencia desta cláusula será pago pelo emprei-teiro.

§ 5. ° Todo o material a extrahir para a execução da estrada e das suas dependeu-cias, será contado em metros cúbicos, e cias-sificado segundo os meios effectivamente em-pregados na exeavação e determinados, pelo engenheiro da secção, sendo as cathegorias as seis seguintes :

l8**5 CATHEGORIÁ.— Todas as forma-ções do terreno, que com um simples golpe de pá podem ser cavadas e carregadas aos vehi-culos de transporte sem previamente ser des-manchadas por qualquer outro meio.

A esta cathegoriá pertence o seguinte ma-terial: arêa, terra vegetal, terra de pântanos, terra argilosa (barro), frouxa, etc., etc.

2a CATHEGORIÁ.—A esta cathegoriá pertencem todas as formações de terreno que, antes de poderem ser apauhadas na pá, neces-sitão um desmancho por meio da enchada ou picareta larga, e que depois deste serviço po-dem ser lançadas ou carregadas aos vehiculos de transporte, e que, além disso, não têm a particularidade de adherirá pá ou aos vehicu-los no momento de serem nelles depositadas, carregadas ou delles descarregadas.

Nesta cathegoriá achão-se comprehendidos cascalho da grossura de uma ervilha até a do punho de ura horaem ; terra que não é muito molhada, terra argilosa (barro semi-endureci-do), etc, etc, etc.

3a CATHEGORIÁ. —Nesta cathegoriá comprehendem-se todas as formações de ter-reno, que antes de poderem ser apanhadas na pá, necessitem um desmancho com a enchada ou picareta larga, e que em relação á fôrma ou cohesão dos seus elementos podem ser tra-zidas na pá sótnento com grandes dilliculda-des, bem como as de formação tal que ao lan-çal-as da pá ou do vehiculo de transporte pegão fortemente a estes utensis.

A esta cathegoriá pertencem o cascalho de minas (mineiro), seixos rolados, cascalho de rios de uma grossura superior ao punho de ura homem, terra argilosa (barro), endurecida, terra argilosa molhada, terra empregíiada d'agua, etc, etc.

4* CATHEGORIÁ. — Esta cathegoriá comprehende todas as rochas rachadas ou deterioradas pelo ar ou qualquer outro agen-te, assim como outras de formações mais mo-dernas que podem arrebentar-se por meio de alvião ou picareta pontuda, cavadeira de ferro ou cunhas, sem necessitarem o emprego da pólvora, como por exemplo : granitos, gueiss, schiaios, etc, em decomposição, pe-drade arêa mole

5* CATHEGORIÁ. —Nesta cathegoriá incluem-se todas as rochas extratificadas ou compactas de formação antiga,'que, para se-rem arrebentadas, necessitão o duplo empre-go da pólvora e do alvião ou picareta pontu-da, cavadeira de ferro, brocas e cunhas.

6 o3 CATHEGORIÁ. — Todas as rochas que não podem ser arrebentadas senão pelo unico meio da pólvora fazem parte desta ca-thegoria.

§ 6. ° Todo o movimento de terras para a exeavação do leito da estrada e obras adja-centes, cortes para banquetas, aberturas de vallas para derivações ou esgotos, preparação de fundações de toda sorte será medido nas cavas.

Mas, se por qualquer motivo a medição não puder ser feita nas cavas, ou o material será medido nos aterros, ou o volume de terra será pago segundo o numero de carroças de mate-rial transportado. >. .

Para esse fim os vehiculos trarão chapas so-bre as quaes será marcada a sua capacidade, estabelecida anteriormente em presença das partes.

Da cubaçâo obtida por este meio, ou pela medição no aterro, deduzir-se-ha uma por-centagem do volume total para o augmento do material, que será a seguinte:

1. * cathegoriá 10 % CJ03 03 S__v

Somente por uma ordem expressa do enge-nheiro em chefe, o material não jerá medido nas exeavações.

§ 7. ° A medição será feita' 4.vista das secções normaes, ao eixo das cavas, ottido aterro.

O calculo approximativo do volume de ter-ras cavadas, que deve fazer-se mensalmente, será o resultado da multiplicação da somma das superfícies de duas secções transversais contiguas, pela metade da distancia

horizon-tal, entre estas duas secções, e o pagamento será feito ao prego do contracto, tendo em consideração a distancia effectiva de trans-porte.

Dando este modo de operar um resultado superior á realidade, em tempo das medições finaes se fará este calculo, por um methodo exacto, determinado pelo engenheiro em che-fe, deduzindo-se da conta do empreiteiro o excesso proveniente do calculo approximativo mensal.

§ y. ° Antes de principiarem os trabalhos, o engenheiro chefe da secção respectiva orga-nisará por secções ou sub-secções, e mesmo por cortes, ou empréstimos, se lor necessário, uraa tabeliã de movimento de terras, na qual determinar-se-ha a distancia média de trans-porte; esta tabeliã ó obrigatória para o em-preiteiro.

As distancias médias de transporte, verifica-das e aceitas pelo empreiteiro, serviráõ de base ao ajugte das contas.

§ 9. 9 A distancia média de transporte quer dizer a distancia horizontal existente en-tre o centro de gravidade do corte, e do aterro e será determinada do modo seguinte : Quando o centro de gravidade do corte, achar-se no mesmo nivel, ou raais alto que o do aterro, a distancia média de transporte se avaliará pelo cumprimento da linha recta, que une os dous centros de gravidade.

Porém, se o centro de gravidade do corte é mais baixo que o do aterro, a distancia média de transporte será representada pela distancia horizontal dos dous centros de gravidade, augmèntada de doze vezes a distancia verti-cal, que representa a differença de altura des-tes dous centros.

§ lO.Os preços da tabeliã annexa, concer-nentes á extracção do material a céo aberto, são applicaveis a toda espécie de exeavação acima ou abaixo do leito da estrada, incluídas as aberturas, e preparação das fundações das obras d'arte.

§ 11. São consideradas como exeavações feitas a secco, e pagas como taes, aquellas que não excederem a 60 centímetros de profundi-dade, em baixo d'agua.

empreiteiro deverá tomar todas as medi-das necessárias, para dar um prompto esgoto ás água das exeavações, de maneira que os cortes, o os aterros do leito da estrada, as vai-letas e derivação da estrada serão sempre con-tadas a secco.

12. As excavaçpíes feitas embaixo d'agua serão pagas aos preços correspondentes da tabeliã.

Para outras exeavações, ellas não serão con-tadas como feitas debaixo d'agua, senão

quan-dn, cortar-se-ha o terreno natural em degráoi ou banquetas de 50 centímetros a um metro de altura, sendo a superficie superior inclina-da contra a montanha, ficando este trabalho contado a favor do empreiteiro.

§ 18.Se as obras d'arte tiverem de ficar cobertas com os aterros, ou forem por elles tocadas, os mesmos serão feitos com material escolhido, e cuidadosamente socados á roda das ditas obras, em uma largura nunca infe-rior a 80 centímetros, e por camadas de 30 centímetros.

§ 19.No caso de o empreiteiro precisar do material depositado e pertencente á Compa-nhia, e de que trata o artigo... das condições geraes, o empreiteiro pagará a esta Compa-nhia o preço da extracção deste material, as-sim como o transporte do lugar da exeavação até o do deposito, ficando a cargo do emprei-teiro o transporte do lugar do deposito até o aonde precisar emp.regal-o.

§ 20.Se estes materiàes forem empregados nas obras, á medida que forem exeavados, des-conlarã-se-ha das ditas exeavações o volume effectivo das obras executadas, abonando-se tão somente ao empreiteiro a despeza prove-niente do transporte.

§ 2 .Se n'uma mesma secção os trabalhos de movimento de terrasedas obras cl'árté não fó-rem conlractados com o mesmo empreiteiro, as pontes de serviço para a passagem das terras nos pontos onde devem ser construídas as obras d'arte, serão feitas por conta do emprei-teiro que contractar os trabalhos do raovimen-to de terras.

§ 22. Os lugares onde se fizerem empresti-mos hão de sor determinados pelo engenheiro em chefe, ou seus ajudantes, e os taludes des-tes empréstimos devem ser executados de mo-do a facilitar a medição mo-do material exeavamo-do. $ 23.0 excesso de material proveniente de exeavação e que não fôr empregado na forma-ção do aterros, ou em qualquer outra ob"a, será depositado nos lugares determinados pe-los engenheiros da direcção technica.

§ 24.0 terreno ondo devem ser assentados os aterros ou os fundos das exeavações para o melhor esgoto das águas, deverá ser de tal modo preparado que haja uma inclinação do eixo da linha para os lados, como fica repre-sentado nos desenhos.

Para que não fique água no lastro, convém que a superficie de formação dos aterros o os fundos dos cortes estejão preparados com o maior cuidado.

§ 25.0 empreiteiro deverá executar com o maior cuidado e regularidade o taludamento dos cortes e aterros, obseivando rigorosa-do fôr demonstrarigorosa-do, a contento rigorosa-do engenheiro ] mente os alinhamentos e inclinações ordena era chefe, que era impossível, por meio de

vai-las convenientemente collocadas, fazer descer o nivel d-águ.á até 61) centímetros acima do fundo destas exeavações.

§ 13.Quando o engenheiro em chefe, ou

das pelos engenheiros empregados uo serviço da estrada, e pondo em pratica todos os meios convenientes para impedir os desmoronamen-tos,

§ 26.Os desmoronamentos que sobrevierem qualquer engenheiro empregado no serviço, | nos coitos até o momento de sua aceitação de ordenar o começo de um trabalho (art.. .das

condições geraes) deve o empreiteiro derrubar o mato, queimar ou remover a madeira, como lhe lor pelo mesmo engenheiro determinado, deixando o terreno ein circumstancias de se poder marcar cora estacas a execução do qualquer obra.

§ 14. O terreno que deverá oecupar os aterros, ou exeavaçõs, será limpo, nunca me-nos de 12 pés, ou 3m6G além da estaca do pé do talude, e 10 pés além da aresta externa das vallas que possão ser necessárias, junto ás arestas superiores dos cortes.

Sempre qus os aterros tiverem uma altura inferior a lm, os tocos e raizes serão arranca-dos e queimaarranca-dos, ou arredaarranca-dos para fóra arranca-dos 12 pés.

Em lugar onde a altura dos aterros exce-der a um metro, as arvores serão cortadas ren-te com o cnão.

O empreiteiro deverá, á requisição do enge-nheiro em chefe, cortar todas as arvores a qualquer distancia do centro dá linha*, além da qual sc fallou precedentemente, afim do evitar qualquer damno, e por esie serviço re-ceberá um pagamento marcado na tabeliã an-nexa.

§ 15.Os aterros não deveráõ conter ramos, troncos, raizes, etc .-Elles serão levantados por camadas horizontaes de 30 centímetros de al-tura para os leitos com lanço ou carrinho de mão, e até 50, naquelles confeccionados por outro meio de transporte.

Estes aterros serão aplanados sobre toda a sua largura, á medida da chegada do material, e os pedaços grossos de terra sorão desman-chados.

§ 115.Na formação dos aterros deixar-se-ha uma largura sufficiente para que depois de depositado o material, a coiôr dos ditos ater-ros seja a marcada no art.. .desta especifica-ção,*' sendo prohibido a addição de terra de um ou outro lado dos mesmos aterros, para chegar-se posteriormente aquelle resultado.

§ 17.Quando os aterros tiverem de ser fei-tos n'uuia fralda ou encosta de morro, ofíere-cendo uma inclinação transversal

pronuncia-fiiiitiva, serão removidos a expensas do em-preiteiro, so provierem da incúria ou falta de conservação, esgoto, etc.

§ 27.Se fôr provado que o accidente foi in-dependente da vontade do empreiteiro, e forão postos em execução todos os meios ordenados pelos engenheiros, a remoção do material se-rá paga de conformidade e analogia com as classificações dá tabeliã de preços.

§ 28. A regulárisnção dos taludes dos ater-ros será gi --'almente executada a expensas do empreiteiro, salvo os casos do força maior, decididos pelo engenheiro em chefe.

% 29.Os taludes dos aterros serão cobertos de uma camada de O11115 de terra vegetal nos lugares designados pelo engenheiro em chefe ou por seus ajudantes.

A extracção da terra vegetal e o seu empre" go acha se incluído no preço das exeavações» pagando-se em verba supplementar uuicamen-te o mauuicamen-terial que fôr preciso extrahir fóra dos limites das exeavações da estrada.

§ 30.Quando os trabalhos atravessarem ro-ças ou plantações, pastos, etc, o empreiteiro frita á sua custa cercas provisórias, sufficien-tes para impedir o ingresso de animaes.

§ 31.0 tempo de garantia decorrido entre a acotação provisória o definitiva será de 6 mezes para os trabalhos do movimento do tor-ras

§ 32. A multa de quo trata o artigo... das condições geraes será de Rs.

§ 33. Os trabalhos principiarão como acha-so determinado no artigo.. .das condições ge-raes, e proseguidos com toda a actividade ne-cessaria para serem concluidos no prazo de... contado do dia marcado pelo engenheiro em chefe.

§ 34.No caso de não ser satisfeita a con-dição supra, o empreiteiro pagará a multa dia-ria de Rs... .além de incorrer nas penas do artigo.. .das condições geraes.

Referências

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