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Texto

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Texto para as questões de 1 a 8.

Tanto que tenho falado, tanto que tenho escrito — como não imaginar que, sem que rer, feri alguém? Às vezes sinto, numa pessoa que acabo de conhecer, uma hostilidade* surda, ou uma reticência de mágoas. Imprudente* ofício é este, viver em voz alta.

Às vezes, também, a gente tem o consolo de saber que alguma coisa que se disse por acaso ajudou alguém a se reconciliar* consigo mesmo ou com a sua vida de cada dia; a sonhar um pouco, a sentir uma vontade de fazer alguma coisa boa.

Agora sei que outro dia eu disse uma palavra que fez bem a alguém. Nunca saberei que palavra foi; deve ter sido alguma frase espontânea e distraída que eu disse com naturalidade porque senti no momento — e depois esqueci.

Tenho uma amiga que certa vez ganhou um canário, e o canário não cantava. Deram-lhe receitas para fazer o canário cantar; que falasse com ele, cantarolasse, batesse al guma coisa no piano; que pusesse a gaiola perto quando trabalhasse em sua máquina de costura; que arranjasse para lhe fazer companhia, algum tempo, outro canário cantador; até mesmo que ligasse o rádio um pouco alto durante a transmissão de jogo de futebol... mas o canário não cantava.

Um dia a minha amiga estava sozinha em casa, distraída, e assobiou uma pequena frase melódica de Beethoven — e o canário começou a cantar alegremente. Haveria al guma secreta ligação entre a alma do velho artista morto e o pequeno pássaro cor de ouro?

Alguma coisa que eu disse distraído — talvez palavras de algum poeta antigo — foi despertar melodias esquecidas dentro da alma de alguém. Foi como se a gente soubesse que de repente, num reino muito distante, uma princesa muito triste tivesse sorrido. E isso fizesse bem ao coração do povo; iluminasse um pouco as suas pobres choupanas e as suas remotas esperanças. (Rubem Braga)

A PALAVRA

P Colégio Nome: _____________________________________________________________________ N.º: __________ endereço: ______________________________________________________________ data: __________ Telefone:_________________ E-mail: _________________________________________________________ Disciplina: PoRTUGUÊs nota:

PARA QUEM CURSA O 7.O ANO EM 2014 Prova:

(2)

Vocabulário

hostilidade – agir como inimigo; agressivo. reconciliar – fazer as pazes; tornar amigos. imprudente – sem cautela.

QUESTÃO 1

A frase que melhor expressa a ideia principal do texto é: a) Por acaso, a palavra ajuda.

b) Pela palavra vivemos em voz alta. c) Sem querer a palavra fere.

d) Sempre a palavra é perigosa. e) Sempre a palavra é impiedosa. RESOLUÇÃO

Resposta: A QUESTÃO 2

O texto pode ser dividido em três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão, e cada parte tem uma ideia principal que recebe um título.

A introdução compreende o primeiro e segundo parágrafos; o título mais adequado a esse trecho é:

a) Uma palavra que faz bem. b) Uma comparação.

c) Os efeitos das palavras. d) Uma analogia.

e) Uma palavra que surpreende. RESOLUÇÃO

Resposta: C QUESTÃO 3

“Às vezes sinto, numa pessoa que acabo de conhecer, uma hostilidade surda, ou uma reticência de mágoas.”

Sentir, numa pessoa, uma reticência de mágoas, significa que a pessoa a) confessa timidamente que foi magoada.

b) demonstra pouca mágoa sem dizer nada. c) interrompe o que estava dizendo, magoada. d) mantém-se constantemente calada.

e) mantém-se constantemente alerta. RESOLUÇÃO

(3)

QUESTÃO 4

“Imprudente ofício é este...”

O cronista, na citação acima, usa o adjetivo imprudente para qualificar seu ofício porque a) é obrigado a viver em voz alta.

b) pode ferir alguém. c) tem de escrever muito. d) pode ajudar alguém.

e) tem de conhecer inúmeras palavras. RESOLUÇÃO

Resposta: B QUESTÃO 5

No texto, o ofício de cronista é definido como um ofício “de viver em voz alta”. Isso significa que, para Rubem Braga, escrever crônicas é

a) ser conhecido por todo mundo.

b) não conseguir esconder nada de ninguém. c) contar aos outros suas experiências pessoais. d) escrever tudo o que pensa e sente.

e) falar apenas das coisas do cotidiano. RESOLUÇÃO

Resposta: D QUESTÃO 6

“Agora sei que outro dia eu disse uma palavra que fez bem a alguém.” A palavra destacada pode ser substituída no texto, por

a) dia. b) alguém. c) outro. d) palavra. e) agora. RESOLUÇÃO Resposta: D QUESTÃO 7

“... e assobiou uma pequena frase melódica de Beethoven...”

A mesma regra que justifica a acentuação da palavra melódica justifica a acentuação de a) máquina. b) distraída. c) espontânea. d) canário. e) alguém. RESOLUÇÃO Resposta: A

(4)

QUESTÃO 8

“... e o canário começou a cantar alegremente.” A forma verbal destacada expressa ideia de fato a) inacabado no momento em que é narrado.

b) passado anterior a outro também passado. c) incerto, duvidoso.

d) supostamente concluído. e) concluído.

RESOLUÇÃO Resposta: E

Texto para as questões 9, 10 e 11.

QUESTÃO 9

Considere as afirmações

I. No primeiro quadro da tira, percebe-se que o pai está bravo com o garoto. II. Tanto o pai quanto o garoto passaram pelo mesmo problema.

III. O autor usou um recurso chamado onomatopeia para indicar o corte da linha do carrinho do garoto.

É correto o que se afirma em

a) I e II. b) I e III. c) II e III.

d) apenas em I. e) apenas em II. RESOLUÇÃO

Resposta: C

QUESTÃO 10

A expressão do pai e do garoto no segundo quadro da tira revela que eles ficaram a) surpresos com a atitude do ladrão.

b) alegres, porque os dois ficaram na mesma situação. c) desesperados e queriam vingar-se do ladrão.

d) despreocupados, pois os dois carros tinham seguro contra roubo. e) revoltados, porque não puderam descobrir quem era o ladrão.

(5)

RESOLUÇÃO Resposta: A QUESTÃO 11

O recurso utilizado na tira para apresentar a fala das personagens é(são) a) o tipo de letra. b) as reticências. c) o gesto. d) o balão. e) a fisionomia dos homens.

RESOLUÇÃO Resposta: D

Texto para as questões de 12 a 15.

O diabo e o granjeiro

Um pobre lavrador precisava construir a casa de sua pequena granja, mas não conseguia realizar esse sonho, pois o que ganhava mal dava para alimentá-lo, junto com sua mulher. Por mais economia que fizesse, não conseguia juntar o necessário para começar a construção.

Um dia, estando a caminhar pelo seu pedaço de chão, mergulhado em tristes pensamentos, deu com um velho esquisito que lhe disse com voz desagradável:

– Para de preocupar-te, homem. Eu posso resolver o teu problema antes do primeiro canto do galo, amanhã cedo.

– Como assim? – espantou-se o lavrador.

– Tu precisas construir a casa da granja, certo? Pois eu me encarrego de construir e entregar-te essa obra, antes do canto do galo, em troca de uma pequena promessa tua.

– Que promessa? Não tenho nada para te oferecer em troca de tal serviço.

– Não importa: o que quero que me prometas é um bem que tu tens, mas ainda não sabes. É topar ou largar.

O pobre granjeiro pensou com seus botões: “o que é que eu tenho a perder?” e, sem hesitar mais, respondeu ao velho que aceitava o trato e fez uma promessa.

– Só que quero ver a casa da granja construída, amanhã, antes do canto do galo – observou, ainda meio incrédulo.

E voltou correndo para casa, para comunicar à esposa o bom negócio que

acabara de fechar. A pobre mulher ficou horrorizada: – Tu és um louco, marido! Acabas de prometer àquele velho, que só pode ser o

próprio diabo, o nosso primeiro filho, que vai nascer daqui a alguns meses!

O homem, que não sabia da gravidez, pôs as mãos na cabeça, mas não havia mais nada a fazer: o pacto estava selado.

A mulher, porém, que não estava disposta a aceitá-lo, ficou pensando num jeito de frustrar o plano do diabo.

E naquela noite, sem conseguir dormir, ficou o tempo todo escutando, apavorada, o barulho que o demônio e seus auxiliares infernais faziam, ao construírem a tal obra, com espantosa rapidez.

A noite ia passando, aproximava-se a madrugada. Mas, pouco antes de o céu clarear, quando faltavam só umas poucas telhas para a conclusão da obra, a atenta mulher do granjeiro pulou da cama e, rápida e ágil, correu até o galinheiro, onde o galo ainda não despertara.

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Tomando fôlego, imitou o canto do galo, com tal perfeição que todos os galos da vizinhança, junto com o seu próprio, lhe responderam com um coro sonoro de cocoricós matinais, momentos antes do romper da aurora.

Como um trato com o diabo tem de ser estritamente observado, tanto pela vítima como por ele mesmo, a obra em final de construção teve de ser parada naquele mesmo instante, por quebra de contrato “antes do primeiro canto do galo”.

E o diabo, espumando de raiva por se ver assim ludibriado e espoliado, se mandou de volta para o inferno, junto com seus acólitos, para nunca mais voltar àquele lugar.

Mas a casa da granja permaneceu construída, para alegria do granjeiro, faltando apenas umas poucas telhas que jamais puderam ser colocadas.

BELINKY, Tatiana. “O diabo e o granjeiro”. In: Revista Nova Escola, São Paulo, n.º 84, mar. 1995. Vocabulário

1. incrédulo – que não acredita facilmente em alguma coisa. 2. frustrar – fracassar.

3. ludibriado – enganado.

4. espoliado – roubado, fraudado. 5. acólitos – seguidores, acompanhantes.

QUESTÃO 12

Considere as afirmações:

I. O texto fornece informação que nos faz concluir que o casal era pobre. II. O homem queria construir uma casa para ele e a mulher morarem. III. O homem conseguiu enganar o diabo.

IV. O diabo não conseguiu terminar a obra. É correto o que se afirma em

a) I e II. b) I e IV. c) II e III.

d) II e III. e) I, III e IV. RESOLUÇÃO

Resposta: B

QUESTÃO 13

O texto trata, principalmente, de a) um casal que não tinha onde morar. b) como a mulher foi enganada pelo diabo. c) um galo que cantou antes da hora. d) como o esperto diabo foi enganado. e) um homem que não acreditava no diabo. RESOLUÇÃO:

(7)

QUESTÃO 14

(a) “Um pobre lavrador precisava construir a casa de sua pequena granja, mas

(b) não conseguia realizar esse sonho...”

Estabelece-se entre as orações acima a relação de a) adição (a + b). b) alternância (a ou b). c) explicação (a porque b). d) conclusão (a portanto b). e) oposição (a versus b). RESOLUÇÃO Resposta: E QUESTÃO 15

“o que é que eu tenho a perder?” “antes do primeiro canto do galo”

Os trechos entre aspas reproduzem, respectivamente, a) a fala da personagem e a opinião do autor do texto. b) o pensamento da personagem e o termo do contrato. c) a imitação do canto do galo e a fala do diabo.

d) o pacto com o diabo e o indício de que a obra fora finalizada. e) a advertência da mulher e o pensamento do diabo.

RESOLUÇÃO Resposta: B

Referências

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