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Rotas Turísticas. Aldeias Serranas do Minho

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Academic year: 2021

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Rotas Turísticas

“Aldeias Serranas do Minho”

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Rota das Aldeias Serranas do Minho

Um fim-de-semana de convívio directo com a natureza, onde reinará uma atenção especial pelas aldeias típicas da região é o que vos propomos para os dias 29 e 30 de Novembro próximo. Este evento, permitirá um contacto com tempos imemoriais, em locais remotos, inexoravelmente ultrapassados pelo avanço do progresso, mas que constituem heranças históricas que nos cabe conhecer e defender.

Serão dois dias de passeio em viaturas todo terreno, com alguns troços aliciantes e exigentes, entrecortados por um pouco de alcatrão da serra, permitindo o desfrute tranquilo da paisagem, do ar puro e do contacto com as gentes locais, mantendo a saúde do espírito, do físico e mesmo do veiculo que nos transportará.

Aldeias típicas como Bezeguimbra, Posto Maior, Germil, Sobredo, Soajo, Rouças, Gavieira, S. Bento do Canedo, Branda de Bosgalinhas, Branda da Aveleira, Lamas de Mouro, Bouça dos Homens, Pereira e tantas mais, farão parte deste roteiro, que se desenrolará na zona interior norte do Minho, composta pelas serras do Gerês, Soajo e Peneda.

Como em quase todo o Minho, a influência da Religião Católica está visível a cada troço que percorremos. De facto múltiplas Igrejas de variados

estilos farão parte da paisagem com que

contactaremos. A Igreja de Sto António de Mixões da Serra e o Santuário da Nossa Senhora da Peneda são pontos de passagem obrigatórios.

A noite será passada numa vila do Concelho de Melgaço cuja origem remonta a tempos pré-romanos e que tem conseguido transformar a sua tipicidade em forte

motivo de visita. Trata-se, pois, de Castro Laboreiro e o alojamento far-se-á numa unidade hoteleira perfeitamente enquadrada na arquitectura e paisagem da região, permitindo aos viajantes todo o conforto necessário e o repouso merecido após um dia de intensas sensações.

Durante os dois dias de passeio, teremos oportunidade para captar as diversas paisagens, flora e fauna abundante com que sermos brindados e que, merecidamente, deverão ser armazenadas nos já habituais equipamentos digitais. Dada a altura do ano e as altitudes por onde nos movimentaremos, a possibilidade de encontrarmos um pouco de neve é um aliciante extra.

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Programa:

Dia 29/11

Local: Pico de Regalados, Concelho de Vila Verde • 8:30 Recepção e secretariado

• 9:00 Inicio da 1ª Etapa • 12:30 Almoço

• 14:00 Inicio da 2ª Etapa

• 18:00 Fim da etapa e rumo, em caravana, para o Hotel • 18:30 Alojamento

• 20:00 Jantar

Dia 30/11

• 7:30 Alvorada • 8:15 Pequeno-almoço

• 9:00 Tempo livre para passeio pela Vila de Castro Laboreiro • 10:30 Inicio da 3ª Etapa

• 13:00 Bucha Volante para enganar a fome • 17:00 “Almoço/Jantar” de encerramento

Incrições: Rui Rodrigues, 919372125 Jorge Marques, 932809242

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O Parque Nacional Peneda-Gerês (PNPG)

O Parque Nacional da Peneda-Gerês foi criado a 8 de Maio de 1971, tornando-se na primeira área protegida e no único Parque Nacional do país. A área do PNPG encontra-se dividida em área de Parque ou zona natural (zona de protecção integral, correspondente a um terço da área) e de Pré-Parque ou zona rural (zona tampão envolvente).

Localiza-se no Alto Noroeste de Portugal, na fronteira com Espanha, cobrindo uma área de 72.000 hectares e repartindo-se pelos concelhos de Melgaço, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Terras do Bouro e Montalegre.

Engloba, de Nordeste para Sudoeste, as serras do Gerês, Soajo, Amarela e Peneda e os planaltos da Mourela e de Castro Laboreiro. O ponto mais elevado localiza-se na serra do Gerês e ultrapassa os 1500m. É atravessado por muitas linhas de água, de entre as quais se destacam os rios Cávado, Lima e Homem.

Não se pode falar de um único tipo de clima devido ao seu relevo de transições bruscas, disposto tanto paralela como perpendicularmente à costa. No entanto, caracteriza-se globalmente por uma elevada pluviosidade, invernos rigorosos e uma alta humidade atmosférica.

O território do Parque integra-se no Maciço Hespérico e é essencialmente granítico, embora apresente também algumas faixas de xisto.

As florestas desta zona são dominadas por carvalhos. Encontram-se também o medronheiro, o azevinho, o azereiro, o pinheiro e o vidoeiro. Os matos arbustivos são característicos de zonas mais elevadas e são constituídos principalmente por tojos, urzes e giestas. Há espécies vegetais que só podem ser encontradas no Gerês,

como o lírio-do-gerês, o feto-do-gerês e o hipericão-do-gerês.

As espécies animais com maior representatividade nas serras do Parque são o javali, o veado, o texugo e a lontra. Há outras espécies que ainda subsistem nesta área, embora em menor quantidade. É o caso da águia-real, do lobo, do corço e do garrano. Outros há, como a cabra-do-gerês, que já não podem ser

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No que diz respeito a aves, podem ver-se ainda, para além da águia-real, o milhafre-real e o falcão. Quanto a répteis, subsistem a víbora negra, a cobra-d’água, o lagarto d’água e a salamandra.

A Peneda-Gerês é uma zona humanizada desde o Neolítico, como o comprovam, entre outros, as necrópoles megalíticas do planalto de Castro Laboreiro. Os romanos também deixaram vestígios, nomeadamente a famosa Geira (estrada que ligava Braccara Augusta a Astorga). Hoje em dia, as gentes da serra vivem principalmente da agricultura, pecuária e pastorícia.

As Brandas e as Inverneiras

As casas típicas das aldeias serranas são em granito com telhados de colmo. Hoje em dia, o colmo foi, na maioria, substituído pela telha. No entanto, permanece um ar muito típico, só interrompido por novas casas de emigrantes. A aldeia cresce em volta da igreja e as suas ruas não passam de ruelas de difícil acesso automóvel, em calçada ou em terra batida. Em muitas aldeias ainda são utilizados troços de calçadas romanas.

Nas serras do Soajo e da Peneda, para além das vulgares aldeias, existe um tipo de povoamento muito típico. Cada família tem duas casas, uma na inverneira e outra na branda. A inverneira, como o nome indica, é a aldeia onde a família passa o inverno. Situa-se a uma altitude mais baixa, em vales abrigados. No princípio de Dezembro, as pessoas descem para a inverneira, onde passam o Natal, permanecendo até Março. Nessa altura, sobem para a branda, que é uma aldeia de altitude, onde se fazem as sementeiras e onde se passa a maior parte do ano. A Páscoa já é, então, passada na branda.

Hoje em dia, nas poucas aldeias que mantêm a tradição, as pessoas levam consigo apenas os seus animais e alguns haveres, ao contrário de

antigamente, em que as pessoas levavam até a mobília. Agora já não é assim, visto que as duas casas estão minimamente equipadas.

Tanto o modo de vida como o aspecto das aldeias têm vindo a mudar muito, fruto do desenvolvimento e do êxodo rural. Esta mudança é principalmente notória na serra do Gerês, onde os elevados índices de turismo,

devido à serra e às termas, provocaram um enorme desenvolvimento, com criação de estruturas hoteleiras, restaurantes e cafés.

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Castro Laboreiro

Castro Laboreiro é uma freguesia pertencente ao concelho de Melgaço e uma das mais procuradas pelos visitantes devido ao facto de ter um tipicismo singular. Abrange uma superfície de 89,29 km2 e tem uma população de aproximadamente 2000 pessoas. O seu nome deriva de «Castrum» - povoação fortificada pelo povo castrejo, fixando-se em outeiros vivendo em comunidade, defendendo-se das tribos invasoras; «Laboreiro» vem da palavra latina «Lepporeiro».

Embora algumas referências documentais permitam sustentar que existiria um castelo anterior, a fortificação actual do Castelo de Castro Laboreiro data da segunda metade do séc. XII e a sua edificação é geralmente atribuída a D. Dinis. A planta revela padrões góticos bem patentes na integração de cubelos e pequenos torreões nos panos da muralha da alcáçova. Arruinado e parcialmente desmontado no séc. XIX, conheceu na segunda metade deste século uma pequena intervenção de limpeza e conservação. O Pelourinho é um dos pontos fulcrais desta localidade.

Este pelourinho é de estilo manuelino e a sua construção deu-se em 1560. A Ponte da Dorna, construída nos limites do lugar do mesmo nome, liga as margens do Ribeiro de Dorna e possui um arco de volta inteira. O seu estilo corresponde à época medieval, baseando-se no formato das suas aduelas (em cavalete). Construída num belo recanto onde se podem gozar momentos de lazer, encontra-se quase oculta pela vegetação que a cerca. Esta ponte integrava a via romana que ligava Portela do Homem a Terra-Chã/Mareco - Castro Laboreiro. A Ponte da Capela, edificada sobre o Ribeiro de Barreiro, liga as suas margens no sentido Norte/Sul e a via romana desde Açoreira até Castro Laboreiro. Quanto ao seu aspecto, existem dois estilos bem distintos de duas épocas diferentes: período romano e medieval). É

uma das pontes que mais interesse desperta pela sua singularidade. A Ponte da Cava Velha foi implantada no sentido Norte/Sul sobre o Rio Laboreiro e possui dois arcos de volta inteira. A implantação da ponte é típica dos monumentos do Império, sendo o seu acesso feito por duas curvas. A calçada que parte das suas margens é aparentemente romana, tal como os arcos que a compõem (pela forma das aduelas e existência de almofadado). O enchimento entre os arcos surgiu posteriormente.

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A Ponte da Varziela é uma construção medieval com duas aduelas perfeitamente iguais. Esta ponte veio substituir, na Idade Média, uma ponte Romana. As suas margens estão ligadas por vias romanas em curva, sendo uma das características das pontes romanas. Junto à ponte e na margem direita da mesma, existe um «nicho» construído em granito da região, denominado por «As Alminhas de Varziela».

A Ponte das Cainheiras, edificada sobre o Rio Cainheiras e constituída por dois pequenos arcos de volta inteira, constitui um belo exemplar das pontes romanas do império, com as aduelas de tamanho regular e com um «talha mar» apenas a montante. A sua entrada e saída são em curva. Encontra-se implantada num sítio ameno, cheio de verdura e encanto, cercada por lindos campos de feno e centeio que comunicava com dois povos castrejos (Por de Castro e Curral Velho).

A Ponte Velha é uma construção romana e possui um arco de volta inteira. As aduelas são muito regulares e perfeitas. No entanto, os maciços que constituem o tabuleiro são bastantes irregulares, pelo que se pode presumir que tenham caído durante uma possível cheia e tenham sido reconstruídos em plena Idade Média ou Contemporânea. A jusante desta ponte existem inúmeras caldeiras, abertas pela água em duro granito durante muitos anos. A Ponte do Rudeiro é uma

ponte de considerável grandeza, de um só arco de meio ponto, com os dois acessos em curva e as aduelas bem trabalhadas. O tímpano entre a parte superior do arco e o tabuleiro são de pedra irregular e sem arte. Enquadrada num vale apertado, mas cheio de verdura, é um belo local de descanso e silêncio, quebrado apenas pelo coaxar das rãs e o murmúrio das águas, que deslizam vagarosamente entre as pedras do rio.

A Ponte das Veigas, construída sobre o Rio do Porto Seco, tem um só arco de meio ponto. Esta ponte ligava a principal via romana e, mais tarde, o único caminho municipal de Castro Laboreiro a Melgaço. Possui características de uma ponte medieval. Os mais antigos dizem que era sobre esta ponte que se realizavam os baptizados das crianças ainda dentro do ventre da mãe, para que não morressem ao nascer. A primeira pessoa que passasse na ponte nesse momento, teria a responsabilidade de consagrar o acto. Finalmente, a Ponte Celta dos Portos, construída sobre o Rio Portos, num local aprazível, tem cinco olhais. O seu tabuleiro é sustentado por asnas e sofreu várias reconstruções ao longo dos tempos. Inicialmente, era guarnecido por uma cornija muito trabalhada, anexando-se um «papo de rola». A sua construção reverte-nos para o estilo que os castrejos empregaram na construção dos seus fornos crematórios.

Existe uma mancha megalítica que se encontra dispersa por uma área superior a 50 km2, pontuando a despida vastidão planáltica da parte nordeste da freguesia de Castro Laboreiro, a

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uma altitude superior a 1100 m. Nesta mancha existem cerca de uma centena de monumentos megalíticos.

O percurso é feito do seguinte modo: Castro Laboreiro - Rodeiro-Alto da Portela de Pau - Pedra Mourisca - Alto dos Cepos Alvos - Portos –Varziela - Castro Laboreiro. É feito em viatura todo-o-terreno ou a pé, durante cerca de 6 horas.

São vários os moinhos que se integram nesta localidade. Têm a função de converter os cereais (nomeadamente o centeio e o milho) em farinha. Este produto final iria servir para fazer as bem conhecidas Broas de centeio ou milho. O milho, além de servir para fazer as broas, também era usado para fazer uma outra especialidade

da zona, a Sopa de Farinha.

Os fornos comunitários eram utilizados pelos habitantes da localidade com o objectivo de cozer (na maioria dos casos) a massa da broa que tinham acabado de fazer. Eles tinham a preocupação de fazer grandes quantidades de broa para evitar tirar a vez aos restantes habitantes. O material utilizado na sua

construção era a pedra, mas ao longo dos anos o seu estado de conservação foi-se degradando. Nos dias de hoje, poucos são os fornos utilizados com esta finalidade.

Os espigueiros são constituídos por uma câmara estreita com paredes aprumadas de fendas verticais para arejamento. Assentam numa base de pés simples rematados por cornijas ou capiteis salientes, de forma a impedir o acesso dos roedores. O soalho é constituído por um lastro de pedra com lajes longitudinais. No topo frontal do lintel da porta, existe uma cruz. Destinam-se à recolha de cereais dos proprietários.

Em Castro Laboreiro existem 44 aglomerados populacionais, que se dividem em brandas, inverneiras e lugares fixos. As brandas localizam-se nas franjas do planalto situado a norte, entre 1100 e 1150 metros de altitude. Ao longo do curso médio das linhas de água, encontram-se os lugares fixos, entre os 950 e 1050m. Mais abaixo, na base dos vales, em áreas muito irregulares e de difícil acesso, encontram-se as inverneiras, entre 700 e 800m de altitude.

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