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Seminários Psicanalíticos 2014

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Seminários Psicanalíticos 2014

CONSIDERAÇÕES SOBRE O MUNDO MENTAL BODERLINE: Teoria e manejo técnico

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Breve histórico

 Borderline = Limítrofe = Fronteiriço

 Conhecidos também como pacientes “nem,

nem, nem”.

 É um termo controverso por suas

subvariações.

 Há concordância entre os teóricos quanto a

síndrome “Borderline” ser um distúrbio afetivo.

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Breve histórico

 A escola Kleiniana fez importantes

contribuições sobre as condições Narcísicas e “borderline”, sem utilizar estes termos.

 “Borderline” e a pesquisa Menninger:

sobre a viabilidade da psicanálise e psicoterapia psicanalítica para este estado.

 Conclusão: Na maioria dos casos, era a

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Breve histórico

 Em 1975, Kernberg levou esses resultados

ao conhecimento da comunidade psicanalítica.

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Breve histórico

 A psicanálise parece dever sua origem

àqueles pacientes de Breuer e Freud (1883-1895), considerados histéricos, mas que, quando reexaminados recentemente por psicanalistas, os consideraram como “borderlines”...

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Breve histórico

Com sinais nítidos de:

◦ Dissociação mental

◦ Possessão demoníaca

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Aspectos invariáveis da síndrome

 De forma ampla:

◦ A personalidade “borderline” inclui traços desde o esquizóide até o esquisotípico e, outras vezes, desde o distímico até o ciclotímico.

◦ Klein sugere que os mais estáveis devem ser do tipo afetivo.

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Aspectos invariáveis da síndrome

 Fenomenologicamente, a síndrome

“borderline” encerra a experiência de um “buraco”, uma profunda “ferida dentro”, uma sensação de “ausência de base” e outras experiências similares que se coadunam para designar uma deficiência somática e/ou psíquica, na própria estrutura da psique. (Grotestein)

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Aspectos invariáveis da síndrome

 Klein, afirma que o problema desses

pacientes limítrofes se dá na passagem da posição Esquizoparanóide para a posição Depressiva.

 Grotestein, diz que é um distúrbio de

ligação inadequada com o objeto primário e que esta ruptura seja repetida em todos relacionamentos posteriores.

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Aspectos invariáveis da síndrome

 Algumas características:

◦ Para alguns, o ódio é o principal ou único afeto.

◦ Relacionamentos são anaclíticos, dependentes e complementares, mas raramente recíprocos.

◦ Não possuem sentido de identidade própria.

◦ Depressão é mais por intenso sentimento de solidão, do que por inveja ou culpa.

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Aspectos invariáveis da síndrome

◦ Vivem oscilações extremas.

◦ Forte turbulência emocional – Oscilação de humor.

◦ Objeto sentido como presente ou ausente em excesso, ora muito distante, inesquecível ora esquecido (há também sobreposição) – ora elevado e superior, ora inferior e degradado.

◦ “Self” com súbitas manifestações de grandiosidade, mas por vezes enfraquecido e quase inexistente.

(14)

Aspectos invariáveis da síndrome

 Os sintomas desta síndrome são

formados para evitar sua queda neste buraco, e/ou, evitar a provocação de relações objetais maduras.

 A libido predominantemente está fixada

em fases pré-edípicas – Sexualidade rejeitada e recusada.

(15)

Aspectos invariáveis da síndrome

 Observa-se que esses pacientes

estabelecem relações objetais, mas com a

parada em “relacionamentos

transicionais”, vivem o dilema necessidade-medo, por consequência, oscilam entre intensa intimidade com objetos, seguidos por fuga característica dos mesmos.

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Aspectos invariáveis da síndrome

 Seus sintomas, são considerados como

síndrome de regulação patológica do “Self”, na tentativa de evitar o “buraco”, através de defesas maníacas e/ou da fuga do perímetro de contato com o mundo objetal, para não confrontar com o que acredita evocar a superfície do “buraco”.

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Principais sintomas observados

◦ Tédio

◦ Vazio

◦ Apatia

◦ Oscilação entre claustrofobia e agorafobia.

◦ Dificuldades de concentração e atenção.

◦ Desempenhos profissionais pobres.

◦ Propensão do uso abusivo de drogas.

◦ Perversões sexuais.

◦ Dificuldades de articulação e aceitação da realidade.

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Visão de diferentes autores

 Helene Deutsch (1942):

◦ Nomeou de personalidades “como se”.

 Kernberg (1975):

◦ Dispersão de identidade

◦ Incapacidade para vivenciar o outro como ser Total.

◦ Uso predominante de defesas primitivas (clivagem e identificação projetiva).

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Visão de diferentes autores

 Green (1977):

◦ Distinção do paciente aparentemente neurótico, quando na verdade é “borderline”.

◦ Importância da qualidade da comunicação afetiva e a própria resposta interna do analista (função da contra transferência)

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Pontos em comum

 A síndrome “borderline” pode ser:

◦ Primariamente, puramente psicológica.

◦ e/ou ser uma doença orgânica de regulação do “self”.

 É possível que possa ser uma condição

psicossomática, subsequente a uma catástrofe infantil, que torna-se permanente.

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A visão de diferentes teóricos

 Por isto, estes pacientes temem exceder

suas fronteiras, vivenciar um mundo sem limites, o que acarretaria uma desilusão catastrófica e desintegração mental.

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Para Frances Tustin

 Ocorreu ruptura prematura do estado de

unicidade primário.

 Para ela, encontramos sintomas autistas

passivos:

◦ Solidão, isolamento, fuga, vazio e apatia.

 Como também, autistas ativos:

◦ Transformação em alucinose, mundo interno bizarramente reconstituído.

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Para André Green

Depressão e colapso mental são

ameaças constantes nas desordens fronteiriças.

 Seu Ego é mais rígido, frágil e carente de

coesão.

 Também é composto por núcleos diferentes

e incomunicáveis. Como arquipélagos circundados por espaços vazios sem coerência entre sí, com conteúdos contraditórios de pensamentos, afetos, fantasias e contradições entre princípio do prazer e realidade.

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Para André Green

 Essas ilhas separadas não conseguem

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Para André Green

 Na depressão primária há uma descatexia

radical, estados de mentes em branco, sem qualquer componente afetivo, dor ou sofrimento.

 Ocorre também a recusa da diferença, e

da exclusão, vividas como desamparo intolerável.

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Para Anne Alvarez

 Na tentativa de fuga da experiência

dolorosa, ocorre a incapacidade de realizar a experiência.

 Massas com falta de significado se

organizam sob a forma de pavor inominável → paralisação da mente normal.

(28)

Para Anne Alvarez

 A criança sente não suportar estar viva e

morre mentalmente, devido a uma catástrofe infantil.

 “Desejo de viver” é negado, mas

reconquistado pela parte psicótica da mente.

(29)

Para Anne Alvarez

 O “borderline crônico” flutua entre a

loucura e a sanidade – o analista deve ser capaz de conter a “experiência atemporal flutuante”.

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Para Anne Alvarez

 É fundamental diferenciar um momento

maníaco contra uma realidade sombria, daqueles momentos de emergência de uma depressão clínica de toda uma vida.

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(32)

Para Anne Alvarez

 Construção:

◦ Potência lado a lado da onipotência.

◦ Ser agente das próprias ações lado a lado do narcisismo.

◦ Alívio, alegria, esperança lado a lado da negação maníaca.

◦ Ordem, estrutura e previsibilidade lado a lado das defesas obsessivas contra a fragmentação.

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Na

clínica

com

o

paciente

“borderline”

 Importância da linha intermediária: entre a

técnica e interação pessoal.

 O paciente precisa de uma interação mais

pessoal com o analista, como também de fronteiras intactas no relacionamento. (contato humano e separação)

 Analista engajado “no vínculo” e ao

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Nos dias de hoje...

 Síndrome “Borderline” é vista atualmente

em íntima ligação com distúrbios afetivos, particularmente, ciclotimia.

Referências

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