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Resumo O POSICIONAMENTO DO JORNAL ESTADO DE MINAS NA ELEIÇÃO DE BELO HORIZONTE EM 2008 THE POSITION OF THE NEWSPAPER ESTADO DE MINAS

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O POSICIONAMENTO DO JORNAL ESTADO DE MINAS

NA ELEIÇÃO DE BELO HORIZONTE EM 2008

THE POSITION OF THE NEWSPAPER ESTADO DE MINAS IN BELO HORIZONTE ELECTION IN 2008

Douglas Caputo de Castro* Luiz Ademir de Oliveira**

Resumo

Este artigo investiga as estratégias discursivas produzidas pelo jornal Estado de Minas na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte em 2008. Contudo, focaliza-se na campanha de Márcio Lacerda (PSB), da aliança PT/PSDB/PSB, apadrinhada por Aécio Neves (PSDB) e Fernando Pimentel (PT). Para operacionalizar o trabalho, dividiu-se o pleito em quatro períodos: 1º) cenário político; 2º) cenário pré-eleitoral; 3º) cenário eleitoral (1º turno) e 4º) cenário eleitoral (2º turno). A literatura baseia-se em dois eixos temáticos: a interface mídia e política (Lima, 2006; Manin, 1995; Thompson, 2008; Gomes, 2004) e a mediação da realidade pela imprensa (França, 1998; Rodrigues, 1990; Traquina, 2001; Charaudeau, 2007). A metodologia trabalha com análise de conteúdo ancorada em dados quantitativos e qualitativos que investigam a inserção de Lacerda nas 953 notícias do jornal Estado de Minas (1º de maio a 31 de outubro).

Palavras-chave: Mídia, Eleição, Estado de Minas, Eventos Discursivos.

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The paper investigates strategies of newspaper Estado de Minas during the elections for Belo Horizonte City Hall, in 2008. However, it focuses on the excessive attention given during the campaign to candidate Márcio Lacerda (PSB), from the coalition PT/PSDB/PSB, supported by State Governor Aécio Neves (PSDB) and Belo Horizonte Mayor Fernando Pimentel (PT). In terms of analyses, the election campaign was divided into four periods: 1) political scene; 2); pre-electoral scene; electoral scene (1st round) and 4) electoral scene (2nd round). The literature is based on the interface of media and politics (Lima, 2006; Manin, 1995; Thompson, 2008; Gomes, 2004), mainly on the modus operandi of journalism and its appropriation of reality (França, 1998; Rodrigues, 1990; Traquina, 2001; Charaudeau, 2007). The methodological basis is on content analysis, making use of qualitative and quantitative data to investigate Lacerda’ insertion on 953 news reports of newspaper Estado de Minas (May 1st until October 31st).

Key words: Media, Election, Estado de Minas, Discursive Events.

1 Introdução

Este trabalho investiga a posição editorial do jornal Estado de Minas (EM) e as estratégias discursivas adotadas por ele em torno da campanha de Márcio Lacerda (PSB) à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) em 2008 nas 953 notícias publicadas pelo diário entre o período de 1º de maio a 31 de outubro, divididas em gêneros como coluna, editorial, foto-legenda, infográfico, nota e reportagem.

O jornal foi fundado em 1928 como O Estado de Minas e rebatizado Estado de Minas em 1929, quando passou a integrar os Diários Associados. Nos anos 1980, segundo classificação da revista

Exame, o jornal ocupava a terceira posição quanto à sua receita operacional. Hoje, de acordo com

dados do Instituto Verificador de Circulação, tem uma tiragem em torno de 80 mil exemplares/dia. Apesar de números favoráveis sobre a liderança e o espaço como o jornal mais tradicional de Minas Gerais, recebe críticas pelo seu posicionamento editorial. França (1998) acentua que o EM é visto com reservas pela política de interesses que estabelece, principalmente com as instâncias de poder. Em momentos históricos da política nacional, alinhou-se e alinha-se a grupos lotados no governo. Carrato, citado por França (1998), diz que o jornal oferecia tratamento diferenciado aos candidatos que possuíam como padrinhos políticos governantes em pleno exercício. Como os

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dados da cobertura sobre a eleição à Prefeitura de Belo Horizonte em 2008 revelam, o EM mantém a postura de interesses ao incorporar as estratégias do governador Aécio Neves de lançamento da candidatura de Márcio Lacerda (PSB).

O EM não possui linha editorial bem definida. Em suas páginas, convivem o factual de cunho

sensacionalista e matérias interpretativas ou especializadas. Essa diversidade de temas torna difícil a conceituação do diário em um gênero fechado, já que em seus cadernos “misturam-se reportagens, crônicas, notas, informações utilitárias, pequenas histórias, comunicados oficiais e assuntos

especializados” (Camargos e Oliveira, 2001, p. 8).

Como forma de averiguar o fenômeno no qual se tornou o pleito de Belo Horizonte (BH) em 2008, a pesquisa trabalha com literatura que aborda diferentes aspectos da interface mídia e política. O primeiro eixo teórico cuida da centralidade da mídia na modernidade por meio de autores como Lima (2006) e Gomes (2004); o segundo eixo aborda o tom personalista das campanhas e os paradoxos da visibilidade e tem como base Manin (1995) e Thompson (2008); o terceiro eixo vislumbra o jornal como ator político e tem como referência França (1998); e o quarto eixo trabalha com estudos discursivos de Charaudeau (2007).

Nas sociedades contemporâneas, é evidente a centralidade da mídia para a realização da política. Gomes (2004) afirma que os atores políticos precisam se adequar à lógica midiática a partir de duas premissas: numa democracia de massas, não há como se estabelecer a relação dos candidatos e governantes com o público sem o uso da mídia e, em segundo lugar, há uma demanda cognitiva por parte dos indivíduos sobre o atual estado do mundo, a qual a mídia supre por ser uma fonte rica de informação. Lima (2006) ressalta, ainda, que os meios de comunicação são atores políticos porque interferem nas relações de poder e hoje ocupam, muitas vezes, o papel dos partidos políticos ao agendar temas e definir o rumo das campanhas, entre outros atributos. Por isso, Manin (1995) cria a expressão “democracia de público”, não mais centrada nos partidos, mas nos líderes personalistas e na mídia.

França (1998) relaciona o jornalismo à dinâmica social ao afirmar que a mídia reflete as relações sociais e as relações de poder referentes ao contexto em que está inserida, o que explica a postura do EM. Charaudeau (2007) reforça tal tese ao tratar do contrato de comunicação, da

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relação que se estabelece entre os jornais e o seu público leitor.

Trata-se de um assunto de relevância acadêmica e social, tendo em vista a importância das relações estabelecidas entre mídia e política. Destaca-se, ainda, o avanço na democracia brasileira, com eleições periódicas a cada dois anos. E não pode ser ignorado o papel da mídia em suas duas dimensões: tanto como ator político que interfere nas disputas eleitorais como também palco em que a política se realiza. Partindo dessas premissas, este trabalho, portanto, averigua a postura que o EM assumiu em relação ao pleito de BH em 2008, verificando se o jornal realizou uma cobertura equilibrada ou não.

2 Metodologia

A pesquisa está assentada num estudo de caso exploratório a partir da análise de notícias veiculadas no jornal Estado de Minas com o objetivo de investigar seu posicionamento em relação à cobertura da campanha para a PBH em 2008. Para operacionalizar o trabalho, foram delimitados quatro períodos do pleito: 1º) cenário político (1º de maio, com indefinição de chapas, até 5 de julho, homologação das candidaturas); 2º) cenário pré-eleitoral (6 de julho até 19 de agosto, início do Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral (HGPE)); 3º) cenário eleitoral (1º turno) (19 de agosto a 3 de outubro); e 4º) cenário eleitoral (2º turno) (4 a 31 de outubro). Focalizou-se atenção na postura do EM em relação à candidatura de Márcio Lacerda (PSB). A opção por esse corte se deve ao fato da repercussão em torno do pleiteante, que integrou a inédita e polêmica aliança PT/PSBD/PSB, apadrinhada pelo então governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), e pelo então prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT).

Os procedimentos metodológicos trabalhados estão divididos em duas partes. A primeira cuida de pesquisa bibliográfica baseada nos seguintes eixos temáticos: a interface mídia e política e a mediação da realidade pela imprensa. Trata-se de buscar argumentos teóricos e conceituais que possam ser articulados à análise do material coletado, partindo da hipótese de que o EM teve um papel importante como ator político na disputa eleitoral de 2008 em BH. A segunda parte trabalha com pesquisa documental em fontes primárias e, posteriormente, com análise de conteúdo do material coletado. A análise baseia-se em dois métodos de pesquisa: um quantitativo e outro qualitativo. A opção dessa abordagem permitiu descrever dois aspectos centrais do discurso

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engendrado pelo jornal: visibilidade e valência, que verificam se a inserção do candidato foi positiva, negativa ou neutra.

Foram coletadas as notícias sobre a disputa eleitoral de Belo Horizonte ao longo de seis meses (maio a outubro de 2008), divididos em quatro cenários descritos anteriormente. Coletadas e sistematizadas as notícias numa planilha quantitativa a partir de categorias de análise como gênero, temática, visibilidade e valência dos candidatos, partiu-se, então, para a análise qualitativa, buscando articular as evidências empíricas aos argumentos teóricos e conceituais.

3 Revisão de Literatura

3.1 A Centralidade da Mídia para a Política e os Paradoxos da Visibilidade

No Brasil, os estudos sobre a interface mídia e política, que surgiram a partir da abertura política da década de 1980, trouxeram um painel que cuida das relações entre poder político e mídia, tendo se intensificado, principalmente, a partir da eleição de Fernando Collor de Mello (PRN) à Presidência da República em 1989. Lima (2006) relaciona um conjunto de sete teses que procura estabelecer uma “perspectiva teórica que atribui à mídia importância fundamental nas sociedades contemporâneas...” (p. 51). O autor conceitua política como fenômeno público, o que confere destaque à mídia, já que esta é a responsável por levar às pessoas o que acontece nos bastidores do poder. Por isso, o autor defende a centralidade da mídia a partir das seguintes proposições:

Primeira: a mídia ocupa uma posição de centralidade nas sociedades contemporâneas, permeando diferentes processos e esferas da atividade humana, em particular a esfera da política. Segunda: não há política nacional sem mídia. Terceira: a mídia está exercendo várias funções tradicionais dos partidos políticos. Quarta: a mídia alterou radicalmente as campanhas eleitorais. Quinta: a mídia se transformou, ela própria, em importante ator político. Sexta: as características históricas específicas do sistema de mídia no Brasil potencializam seu poder no processo político. Sétima: as características específicas da população brasileira potencializam o poder da mídia no processo político, sobretudo no processo eleitoral (ver Lima, 2006, p. 54-61).

Diante dessas mudanças trazidas pela comunicação no fazer político, Gomes (2004) aponta cinco características desse novo momento da comunicação política: i) a ação política contemporânea acontece na mídia; ii) isso implica estratégias eleitorais de construção de uma imagem pública dos

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políticos; iii) o sucesso de competições eleitorais e de governabilidade está centrado no acionamento de técnicas de marketing, de sondagem de opinião, de consultorias de imagens, de análises de opinião pública e de assessorias de comunicação; iv) adequação da linguagem política ao discurso dos meios de comunicação e público alvo, privilegiando o espetacular; e v) a comunicação política é construída com vistas em um público alvo, que tende a ser encarado como eleitores em potencial, nas épocas de campanha, e opinião pública favorável, durante a governabilidade.

Ao discutir a interface mídia e política, Manin (1995) aponta para a emergência de uma nova forma de representação política – a “democracia de público”. O autor descreve quatro características do governo representativo: i) os representantes são eleitos pelos representados; ii) a realização periódica das eleições; iii) a independência parcial dos representantes em relação aos seus eleitores; e iv) a necessidade de debates e o papel da opinião pública. Nos anos 80 do século XX, os partidos entraram em crise e passou a prevalecer a importância dos chamados líderes personalistas e o papel mediador da mídia. As eleições tornaram-se mais plebiscitárias e os partidos ficaram em segundo plano, características da democracia de público.

Thompson (2008) afirma que a mídia trouxe novas formas de visibilidade e de interação. Se antes as decisões eram mantidas em sigilo, com os meios de comunicação as zonas de invisibilidade tendem a ficar cada vez mais escassas. Além disso, prevalecia a interação face a face entre os políticos e o público. Hoje, isso se dá de forma mediada com o papel que a mídia assumiu, haja vista a contratação de profissionais especializados (marqueteiros e assessores de imprensa, entre outros) que buscam administrar a visibilidade e ajustar a imagem do político às exigências da opinião pública.

Mas Thompson (2008) enfatiza que a mídia trouxe uma situação paradoxal para os líderes políticos. Apesar de as mídias modernas abrirem espaço para políticos aumentarem sua visibilidade, elas também trazem problemas. No ensejo da aparição pública, governantes correm o risco de cometerem deslizes que podem ser desastrosos. A fragilidade a que Thompson (2008) se refere traduz-se no potencial de a visibilidade mediada tomar rumos inesperados e definir constantemente a morte eleitoral do indivíduo. Para o autor, os desvios podem ser: a gafe e o

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3.2 A Mediação da Realidade pela Imprensa e o Seu Papel Como Ator Político

Charaudeau (2007) acentua que os acontecimentos reais ganham vida quando se constrói um discurso sobre eles. Isso significa dizer que um fato em estado bruto torna-se uma representação da realidade na medida em que um sujeito discursivo lança seu olhar sobre o ocorrido, determinando seu enquadramento. Consequentemente, produz-se uma versão ressignificada por práticas mentais sobre tal ocorrência.

Mas, para que um fato complete seu ciclo de significação, é preciso que haja, segundo Charaudeau (2007), um contrato de leitura entre os interactantes. Ou seja, um meio noticioso obtém êxito apenas quando sua clientela co-participa daquele mundo simbólico representado, mesmo que por experiências narradas por outrem.

O acontecimento, para Charaudeau (2007), é designado por seu potencial de atualidade, de sociabilidade e de imprevisibilidade. Atualidade refere-se à proximidade temporal do fato e os recursos utilizados pela mídia para atualizar determinado evento. A sociabilidade traz a ideia de que tudo que acontece no mundo diz respeito à vivência dos homens. Cabe aos media organizarem esses fatos, que rompem as regularidades (processo evenemencial) e, pela linguagem, conferirem ordem à realidade (pregnância).

Da mesma forma, Rodrigues (1990) afirma que, na era moderna, o jornalismo emerge como um ator que, ao articular os fragmentos do real, cria um sentido para o mundo. Torna-se o novo referencial. O autor afirma que a informação está relacionada ao seu grau de imprevisibilidade – quanto mais imprevisível for um fato, mais noticioso ele será. Isso explica o grande destaque dado à polêmica aliança entre PT e PSDB em BH.

Outra discussão proposta por Charaudeau (2007) incide sobre a natureza e a hierarquização de um acontecimento. Para o autor, há dois níveis de importância relativa à hierarquização: um externo e outro interno. Interessam, aqui, os externos, já que designam a aparição de um acontecimento por meio de três subdivisões. O primeiro relata o inesperado, o imprevisível. Refere-se a um fato que emerge e não era previsto – acontecimento-acidente. O segundo é o

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antecipadamente. O terceiro tipo é o acontecimento-suscitado, que se refere a um acontecimento induzido, como o de viés político, em que existe a pressão para enfatizar ou desviar a atenção de um determinado assunto.

É possível dizer, dessa forma, que o EM construiu discursivamente a realidade política de Belo Horizonte em 2008. Primeiramente, valeu-se de conhecimento partilhado por seus leitores (eleições); em seguida, trabalhou com esse acontecimento por meio de potencial de atualidade, de sociabilidade e de imprevisibilidade (formação da aliança PT/PSDB/PSB), configurando-se como um acontecimento-acidente, programado e suscitado; e, finalmente, deu notoriedade a atores sociais de diversas esferas (política, institucional e social) de forma a legitimar sua cobertura referente à disputa pela PBH em 2008.

Tal concepção contribui para a compreensão do jornalismo como ator sociopolítico. Partindo da premissa de Berger e Luckmann (1985) de que a realidade é construída socialmente, a perspectiva mais atual sobre o jornalismo reforça a noção de que o processo de produção da notícia contraria a ideia de que ela é um retrato fiel da realidade. Traquina (2001) afirma que os jornalistas não são neutros e são observadores atentos da realidade e que o jornalismo é resultado de uma complexidade de fatores: linha editorial do veículo, rotinas de produção, critérios de noticiabilidade, fator tempo, rede noticiosa, dependência das fontes e a própria inserção da mídia no contexto social. Por isso, França (1998) destaca os laços que articulam o Estado de Minas ao contexto de Minas Gerais, fazendo do veículo “o grande jornal dos mineiros”.

4 Conjuntura Política

Em BH, a polarização entre centro-esquerda e centro-direita começou na década de 1990. Em 1992, o pleito foi marcado pela contenda entre Patrus Ananias (PT) e Maurício Campos (PL). Em 1996, Célio de Castro (PSB), que era vice-prefeito de Ananias, disputou o segundo turno da eleição com Amilcar Martins (PSDB). Em 2000, Célio, candidato à reeleição, venceu o tucano João Leite. Mas, em 2002, por ter sofrido um acidente vascular cerebral (AVC), afastou-se da Prefeitura, e o comando da cidade ficou a cargo de Fernando Pimentel (PT), então vice-prefeito. Em 2004, Pimentel lançou-se candidato à reeleição e venceu Leite (PSB) no primeiro turno.

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Em 2008, o dualismo partidário ficou de lado quando foi costurada a “Aliança por BH”, encabeçada por PT/PSDB/PSB e caracterizada como suprapartidária. Integravam a chapa: PV, PTB, PP, PTN, PR, PSL, PMN, PCdoB, PRP, PSDC, PTC e PSC. O ineditismo da coalizão chamou a atenção de observadores políticos que acreditavam ser a fusão das legendas uma prévia para 2010. Aécio Neves (PSDB) se fortaleceria e disputaria a Presidência da República e Pimentel concorreria ao governo do Estado.

A Aliança, porém, não foi bem vista pela cúpula do PT. Apesar de a coligação com os tucanos ter sido aceita no Diretório Regional, sofreu veto no Nacional e, até 31 de maio, tornou-se uma incógnita. A Executiva petista não proibiu a coalizão, mas “recomendou” aos integrantes do partido em Minas que não se coligassem formalmente ao PSDB. Naquele dia, era capa do EM, com letras em vermelho e em caixa alta, a seguinte manchete: “Quem diria! O PT tucanou – Diretório Nacional do partido descarta coligação, mas admite receber apoio informal do PSDB na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte” (EM, 31/05/08, p. 1).

Até então, a candidata do PCdoB, Jô Moraes, liderava as pesquisas de intenção de voto. Em segundo lugar, aparecia o candidato do PMDB, Leonardo Quintão. Lacerda (PSB) figurava em quarto lugar nas pesquisas de opinião pública.

5 Análise dos Resultados

5.1 Cenário Político

Caracterizado como cenário político, esse momento de indefinição das chapas foi de 1º de maio até 5 de julho, quando houve a homologação dos candidatos e o apoio informal do PSDB ao PSB/PT. Considera-se que nesse período vigorou o destaque que o EM conferiu à polêmica coalizão entre PSDB e PT. A análise revela a visibilidade que cada um dos principais candidatos (Jô Moraes, do PCdoB; Leonardo Quintão do PMDB; e Márcio Lacerda, do PSB) obteve no cenário político. Para esse critério, foi inventariado o número de vezes que os postulantes à PBH foram citados nominalmente ou por meio de referenciação em cada notícia.

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No período analisado, Márcio Lacerda (PSB) foi o pré-candidato com maior visibilidade, tendo recebido 356 das 540 citações (66% do total). Em segundo lugar, Jô Moraes, com 119 citações (22%) e, em terceiro, Leonardo Quintão, com 65 aparições (12% do total). Pelos valores mostrados, observa-se que, mesmo em quarto lugar, Lacerda foi o candidato citado mais vezes no jornal. Um dos motivos para essa vantagem deve-se ao fato de que a coligação entre PT e PSDB causou grande repercussão no meio político.

Contudo, apenas o critério da visibilidade não dá conta de representar o desenrolar político. É preciso observar a valência (positiva, negativa e neutra) que cada candidato obteve no cenário pré-eleitoral. De acordo com os dados analisados, Márcio Lacerda obteve, no período, 91 notícias positivas das 122 veiculadas (74,5%), Jô Moraes, 23 (19%) e Leonardo Quintão, oito (6,5%). Quanto às notícias de cunho negativo, Lacerda teve 13 das 20 (65%), Jô Moraes, cinco (25%) e Quintão, duas (10%). No que diz respeito à posição de neutralidade do jornal EM, Lacerda teve 55 notícias neutras das 110 (50%) contra 31 de Jô Moraes (28%) e 24 de Leonardo Quintão (22%).

Verifica-se que Lacerda foi o candidato com maior número de valências nos três níveis. Contudo, ao somar os índices positivo, negativo e neutro do candidato, dum total de 159, as negativas atingiram pouco mais de 8%. Portanto, ele foi o que mais se beneficiou da cobertura do EM, evidenciando uma postura desequilibrada do jornal. No trecho a seguir, é possível verificar o tratamento que a “Aliança por BH” obteve do periódico. Tanto na chamada de capa quanto no interior do jornal, é destacado o apoio que o candidato Lacerda recebeu do presidente Lula:

Lula intervém para garantir aliança em BH – Em viagem a Contagem, ao se encontrar com Pimentel, Neves e Lacerda, Lula se mostrou descontente com o veto do comando nacional. Por isso telefonou para o presidente do partido, Ricardo Berzoini, para tentar mudar o quadro de veto (EM, 28/05/08, p. 1: grifo nosso).

As valências negativas que Márcio Lacerda obteve do EM no cenário político dizem respeito à costura da coligação entre PT e PSDB ou sobre irregularidades de campanha. Contudo, o pouco destaque que o jornal deu às notícias desse tipo não afetou sua imagem. Exemplo disso é a seguinte matéria: “Ação do PMDB contra aliança – Líder do partido na Assembleia pede providência contra uma suposta propaganda irregular do prefeito de BH e o pré-candidato da dobradinha PSB/PT.” (EM, 07/05/08, p. 6). A reportagem informava que o líder peemedebista na Assembleia Legislativa, Gilberto Abramo, protocolou na Procuradoria Eleitoral de Minas Gerais

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documento que denunciava campanha extemporânea de Lacerda no lançamento do Orçamento Participativo 2008/2009 da cidade.

O cenário político, portanto, revelou que o jornal EM encampou a candidatura de Lacerda, beneficiando-o com maior visibilidade e número de valências positivas. Além disso, quando analisadas as citações negativas que recebeu, Lacerda não ficou com sua imagem prejudicada, já que o periódico deu pouco destaque a essas notícias.

5.2 Cenário Pré-eleitoral

A segunda fase da eleição, chamada cenário pré-eleitoral, foi de 6 de julho até 19 de agosto. Nesse momento, o EM procurou polemizar sobre as coligações para disputar a PBH, destacando Márcio Lacerda (PSB) com o maior número de partidos em torno de sua candidatura e, consequentemente, maior tempo no HGPE. Jô Moraes (PCdoB), em boa parte das matérias, obteve valência negativa. Isso porque, ao se coligar com “nanicos”, conseguiu pouco tempo no rádio e TV, o que seria decisivo na campanha.

Na análise dos dados do cenário pré-eleitoral, quanto à visibilidade, Lacerda manteve-se como o candidato mais citado, obtendo 409 das 868 aparições (47%), Jô Moraes foi evocada 303 vezes (35%) e Leonardo Quintão 156 (18%). Como no cenário anterior, Lacerda é o candidato que alcançou o maior número de citações. Foram 106 a mais do que Jô. Mas, para verificar se o desequilíbrio significou favorecimento a Lacerda, é preciso checar a valência de sua candidatura.

Ao analisar a valência das notícias publicadas, os resultados mostram que Lacerda continuava com um tratamento favorável do EM, mas recebia críticas dos oposicionistas. Os dados apontam que, das 45 notícias positivas, o socialista recebeu 26 (58%) contra 15 de Jô (33%) e quatro de Quintão (9%). Em relação à valência negativa, Lacerda também esteve à frente com 18 das 26 notícias publicadas (69%), enquanto Jô obteve seis (23%) e Quintão, duas (8%). Das 207 notícias consideradas neutras, Lacerda obteve 74 (36%) contra 68 de Jô (33%) e 65 de Quintão (31%).

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Nesse momento, o candidato evitava aparecer. Seus concorrentes, pelo contrário, aproveitaram o ensejo para as críticas. Afirmaram que o socialista possuía informações privilegiadas de dentro do Governo e da Prefeitura e que os dissidentes do PT reuniram forças para derrotá-lo nas urnas: “Jô Moraes cobra tratamento igual – Candidata do PCdoB afirma que espera receber do governo do estado e da prefeitura a mesma atenção dispensada ao socialista Márcio Lacerda, que fez campanha com o secretário de Saúde” (EM, 13/07/08, p. 5).

O motivo do baixo desempenho de Lacerda nas pesquisas foi apontado pelo jornal como a falta de conhecimento que o eleitorado tinha em relação a ele: “Lacerda monta estratégia – Candidato do PSB quer se tornar conhecido dos belo-horizontinos mostrando na propaganda de rádio e TV as ações que desenvolveu quando foi secretário nos governos Lula e de Aécio” (EM, 15/07/08, p. 6).

Outra estratégia discursiva do EM que alavancou a candidatura de Lacerda foi reiterar que o socialista representava a continuidade do governo de Pimentel e que comandaria BH pari passu com Aécio. Na manchete de capa do dia 13/07/08, pesquisa revelou que o belo-horizontino votaria no candidato que continuasse o que estava sendo feito: “59% dos eleitores de BH estão indecisos – Jô Moraes sai na frente pela disputa pela Prefeitura com 14% das intenções de voto. A grande maioria, 70%, declara que votará no candidato comprometido em dar continuidade ao trabalho da atual administração”. Não por acaso, a reportagem referente à manchete dava conta que Lacerda era o candidato do governo:

Padrinhos têm grande influência – Os governos federal, estadual e municipal parecem ter força decisiva na campanha. Lacerda leva vantagem neste quesito. Tem apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do governador de Minas, Aécio Neves, e do Prefeito de BH, Fernando Pimentel (EM, 13/07/08, p. 3).

Apesar das críticas que sofreu no período e da valência negativa que obteve, Lacerda teve seu desempenho melhorado, já que o EM reforçou a ideia de que ele era o candidato oficial de Aécio e Pimentel.

5.3 Cenário Eleitoral (1º turno)

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programas do HGPE. Com maior tempo no rádio e TV, 11min48 em cada um dos dois blocos diários de 30min cada, além de 1.062 inserções até o fim do HGPE, dia 2 de outubro, Márcio Lacerda (PSB) viu rapidamente sua campanha decolar. Passou de quarto a primeiro nas pesquisas em apenas dois dias. Jô Moraes (PCdoB), com 1m46 em cada um dos blocos diários e 159 inserts, perdeu o posto de primeira colocada. O colunista do EM, Marcos Coimbra, aponta que o tempo no HGPE foi fundamental. Coimbra informa que, em Belo Horizonte, as primeiras pesquisas de opinião pública apontam que, após o início do Horário Eleitoral na TV, o candidato Márcio Lacerda, apoiado por Aécio e Pimentel, já cresceu 15%, passando a liderar a disputa eleitoral na capital mineira.

Além do maior tempo no HGPE, Lacerda beneficiou-se com a maior visibilidade obtida nas páginas do EM. No período eleitoral do primeiro turno, o candidato manteve-se como o preferido pelo jornal. Obteve 393 das 827 notícias publicadas (47%), Jô alcançou 271 (33%) e Quintão, 163 (20%). Lacerda foi citado 14% mais que Jô.

O candidato do PSB também foi o que obteve valência positiva em maior número. De um total de 31 notícias positivas, Lacerda ficou com 22 (71%), Jô com sete (22,5%) e apenas duas de Quintão (6,5%). Em relação às matérias negativas, das 24 publicadas, 15 referiam-se ao candidato do PSB (63%), seis à candidata do PCdoB (29%) e duas ao candidato do PMDB (8%). Das 185 notícias neutras, Jô aparece em primeiro com 68 (37%) contra 59 de Quintão (32%) e 58 de Lacerda (31%). Esses resultados demonstram que prevaleceram as valências neutras. Contudo, as citações positivas foram desproporcionalmente distribuídas. Os valores obtidos por Jô e Quintão, juntos, não chegam à metade das valências positivas que Lacerda obteve.

A vantagem que o socialista alcançou graças ao maior tempo de rádio e TV, à sua ausência nos debates e à visibilidade e valência no EM mobilizou a concorrência. Apareceu aí uma série de denúncias contra Lacerda. As principais tratavam da presença de Aécio em seus programas. A reportagem “Primeira briga na justiça” (EM, 22/08/08, p. 8) anunciava que a coordenação da campanha de Jô havia entrado com um pedido de liminar contra a participação de Aécio nos programas de Lacerda. Tais denúncias se estenderam até o fim do primeiro turno, já que o TRE veta a participação de pessoas filiadas a outros partidos ou de outra coligação em chapas da qual não fazem parte.

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Enquanto Jô se preocupava em criticar Lacerda, sua campanha se esvaziou e Quintão subiu nas pesquisas. No final do 1º turno, com 5min24, além das 486 inserções ao longo da programação de rádio e TV, Quintão tornou-se um fenômeno eleitoral e praticamente obteve empate técnico com Lacerda. O socialista alcançou 43,59% dos votos válidos contra 41,26% do peemedebista.

5.4 Cenário Eleitoral (2º turno)

Enquanto no primeiro turno, Lacerda (PSB) adotou a postura do silêncio, deixando-se representar nas falas de Aécio e Pimentel, no cenário eleitoral do 2º turno, mudou de atitude. Promoveu uma série de ataques ao rival Quintão (PMDB). As notícias do EM encamparam esse tom e demonstraram nas entrelinhas seu apoio ao candidato. Além disso, o jornal privilegiou, novamente, com maior visibilidade e valências positivas, o pleiteante do PSB. De acordo com os dados, das 1.330 aparições, Lacerda obteve 668 (50%) e Quintão recebeu 641 citações (48%).

O aparente equilíbrio na visibilidade entre Lacerda e Quintão não se converteu em vantagem para o peemedebista. Os 48% das citações significaram perdas para a sua campanha, já que se tratou de valências negativas, conforme revelam os dados. De um total de 67 notícias positivas, Lacerda obteve 39 (58%) contra 28 de Quintão (42%). Quanto à valência negativa, Quintão teve 26 notícias das 39 veiculadas (67%) contra 13 matérias do socialista (33%). Em relação às notícias neutras, houve certo equilíbrio – das 102 matérias publicadas, o socialista recebeu 53 (52%) contra 49 do peemedebista (48%).

Esses resultados demonstram desequilíbrio nas valências positivas entre os dois candidatos. Os valores negativos também evidenciam que Lacerda obteve metade daqueles logrados por Quintão. A reportagem veiculada pelo EM dia 9/10/08 afirmava que, apesar de candidato em BH, Quintão, enquanto deputado, preferia destinar suas verbas para Ipatinga. Esse fato foi evidência de visibilidade negativa para o peemedebista: “Candidato em BH, dinheiro para Ipatinga – Cidade comandada pelo pai de Leonardo Quintão recebeu metade das emendas do parlamentar” (p. 3).

O jornal questionou, ainda, a validade do diploma universitário de Quintão e deu grande ênfase ao vazamento de um vídeo cujo conteúdo mostrava o peemedebista em convenção do partido em

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Ipatinga: “Vídeo do chute volta à campanha – Justiça libera a exibição pela campanha de Márcio Lacerda (PSB) do vídeo em que Leonardo Quintão (PMDB) diz, em Ipatinga, que vai ‘chutar a bunda’ dos adversários...” (EM, 16/10/08, p. 1).

Mas o que ficou patente em relação à cobertura do EM foi como agiu tacitamente a favor da candidatura de Lacerda. Uma opção adotada pelo jornal foi divulgar pesquisas de intenção de voto apenas quando Quintão tinha sua vantagem diminuída em relação a seu oponente. Ele sofreu o que se pode chamar de vantagem em segundo plano. Quintão liderava as pesquisas com 18% de frente, mas o jornal não divulgou os resultados. Apenas quando a diferença caiu para 12% é que o EM se pronunciou:

Cai a diferença entre Quintão e Lacerda – Pesquisa do Instituto EM Data aponta o candidato a prefeito Leonardo Quintão (PMDB) com 47% das intenções de voto contra 35% de Márcio Lacerda (PSB). (…) Pesquisa realizada pelo Ibope na segunda e terça-feira mostrava o peemedebista com 18 pontos de frente. Pelo levantamento do EM Data, a diferença é de 12 pontos (EM, 18/10/08, p. 1).

A postura de ataques de Lacerda encapada pelo EM deu certo. No final do 2º turno, os belo-horizontinos referendaram com 59,12% dos votos válidos a vitória do socialista. Portanto, de uma narrativa de vitimização no 1º turno, o candidato de Aécio e Pimentel partiu para a linha de frente e ganhou a eleição.

6 Considerações Finais

O advento dos meios de comunicação de massa inaugurou uma nova arena para os debates públicos. Se até o início do século XIX o político falava para um público localizado no par espaço-tempo, por meio de um encontro face a face, com as novas mídias, essa audiência se tornou atomizada e constituída por um público de massa.

Nesse novo contexto, a mídia passou a ocupar uma posição de destaque. Isso porque se transferiu para os meios de comunicação a responsabilidade de tornar públicas as ações localizadas nos bastidores do poder. Mas, para a política figurar entre os itens que fazem parte da agenda dos

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efeito de dramatização da política, segundo Gomes (2004). Contudo, a caracterização desse discurso da mídia passou a ocupar um lócus complexo de análise. Conforme Charaudeau (2007), a mídia deveria engendrar enunciados isentos do poder político e da manipulação, mas, como se trata de esfera da visibilidade política, pode gerar enunciações manipuladoras.

A centralidade da mídia e o papel de ator político são bem evidenciados na análise dos dados sobre a cobertura do jornal Estado de Minas sobre a disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte em 2008, conforme apontado anteriormente. O Estado de Minas foi signatário de um discurso que privilegiou a campanha de Márcio Lacerda (PSB). Conforme visto na análise dos resultados, “o grande jornal dos mineiros” privilegiou quantitativa e qualitativamente a candidatura do socialista. Não por acaso, no segundo turno, encampou um movimento que procurou depreciar por meio de uma série de notícias o pleiteante Leonardo Quintão (PMDB). O EM, portanto, construiu uma campanha tendenciosa ao privilegiar o candidato Lacerda. Apesar de se acreditar na importância de um posicionamento político dos jornais, o que se verificou no EM foi um apoio tácito ao socialista, que influenciou decisivamente os eleitores na escolha de seu voto.

Referências

BERGER, Peter; LUCKMANN, Thomas. A construção social da realidade. Petrópolis: Vozes, 1985. CAMARGOS, Malco Braga; OLIVEIRA, Luiz Ademir. A imprensa mineira e a disputa eleitoral. Análise da

cobertura dos jornais “Estado de Minas” e “O Tempo” em relação à corrida eleitoral pela prefeitura de Belo Horizonte. Artigo apresentado ao Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro, mar. 2001.

Disponível em: <www.doxa.iuperj.br>. Acesso em: 5 abr. 2010.

CHARAUDEAU, Patrick. Discurso das mídias. São Paulo: Contexto, 2007.

FRANÇA, Vera Regina Veiga. Jornalismo e vida social: a história amena de um jornal mineiro. Belo Horizonte: Ed. da UFMG, 1998.

GOMES, Wilson. Transformações da política na era da comunicação de massa. São Paulo: Paulus, 2004. LIMA, Venício A. Mídia: crise política e poder no Brasil. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2006.

MANIN, Bernard. As metamorfoses do governo representativo. Revista Brasileira de Ciências Sociais (RBCS), São Paulo, ano 10, n. 29, p. 5-33, out. 1995.

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THOMPSON, John B. A mídia e a modernidade. Uma teoria social da mídia. Petrópolis: Vozes, 2008. TRAQUINA, Nelson. Estudos do jornalismo no século XX. São Leopoldo: Ed. da Unisinos, 2001.

Dados dos autores:

*Douglas Caputo de Castro

Mestrando em Letras, Acadêmico em Comunicação Social/Jornalismo – UFSJ – e Bolsista de Iniciação Científica – PIBIC/CNPq.

Endereço para contato:

Universidade Federal de São João del-Rei Departamento de Letras, Artes e Cultura Campus Dom Bosco

Praça Dom Helvécio, nº 74

36301-160 São João del-Rei/MG – Brasil

Endereço eletrônico: douglascbc@gmail.com

**Luiz Ademir de Oliveira

Doutor em Ciências Políticas e Professor – Departamento de Letras, Artes e Cultura/UFSJ.

Endereço para contato:

Universidade Federal de São João del-Rei Departamento de Letras, Artes e Cultura

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Campus Dom Bosco Praça Dom Helvécio, nº 74

36301-160 São João del-Rei/MG – Brasil

Endereço eletrônico: luizoli@ufsj.edu.br

Data de recebimento: 28 abr. 2010

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