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TECNOLOGIA E EDUCAção AMBIENTAL. 11º Prêmio von Martius de Sustentabilidade

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TECNOLOGIA

E EDUCAçãO

AMBIENTAL

(2)

RESUMO EXECUTIVO

Em novembro de 2009, o Instituto Embratel le-vou Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) ao trabalho da Brigada Mirim Ecológica (BME) de Ilha Grande. A Brigada, que surgiu em 1989, por uma iniciativa da própria comunidade, já formou mais de 500 brigaditas e tem papel fundamental na preservação ambiental da ilha. A cada ano, cerca de 38 jovens, com idade entre 14 e 17 anos, se dedicam a atividades de preservação ambiental, como educação ambi-ental e apoio aos turistas; coleta seletiva; sina-lização das trilhas; capacitação com atividades em uma Fazenda Marinha, com criação de

Co-quille Saint-jacques, e no viveiro de mudas, para

o reflorestamento da Ilha Grande.

O trabalho da BME é essencial, tanto para os moradores da ilha quanto para os jovens, pois desempenha um importante papel de inclusão social. Dentre as atividades desenvolvidas, al-gumas focam a qualificação profissional.

Esse importante trabalho, entretanto, es-barrou na questão tecnológica. Literalmente, a BME estava “ilhada”, isto é, isolada do mundo

digital, pelas peculiaridades da situação geo-gráfica. A sede da Brigada contava com um laboratório de informática, mas inexistia o acesso à Internet, o que hoje representa um isolamento inaceitável, especialmente consi-derando os propósitos de qualificação profis-sional desses jovens. O domínio das Tecnolo-gias de Informação e Comunicação (TICs), nas quais se incluem a Internet e as redes sociais, não é apenas uma forma de entretenimento, mas ferramenta imprescindível para a entrada no mercado de trabalho.

O Instituto Embratel percebeu a gravidade da situação e, guiado por sua proposta de in-centivar projetos relacionados à educação e à inclusão digital, viabilizou a ligação da BME à Internet. A conexão da sede localizada na Ilha Grande, via satélite, envolveu o desenvolvi-mento do projeto de instalação; o comodato de equipamentos (antena parabólica – trans-missores/receptores); a instalação e manuten-ção da rede e equipamentos, além de serviço de acesso à Internet em banda larga gratuito.

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O acesso vai além da Internet. Por meio do Projeto EMBRATEL /EDUCAÇÃO, os jovens con-tam com cursos de informática on-line. Eles po-dem acessar uma Biblioteca Digital com 35.000 documentos e 2.500 vídeos, produzidos por ins-tituições parceiras (Biblioteca Nacional, MEC, PUC-RJ, PUC-MG, UERJ/PPFH, UFRJ/Faculdade de Educação), bem como assistir à programação da WebTv do Instituto Embratel, com conteúdos culturais e educacionais, 24 horas por dia.

Embora o termo “analfabetismo funcio-nal” se restrinja à capacidade de compreensão dos indivíduos em relação à leitura de textos, muitos especialistas já o aplicam a pessoas sem conhecimento de informática, porque a consequência não é outra senão a exclusão do mercado de trabalho e da vida social, hoje me-diada pela tecnologia. O domínio das novas tec-nologias abre oportunidades de trabalho e de geração de renda, garantindo acesso a fontes de informação e a espaços de sociabilidade.

Um dos objetivos do Instituto Embratel é trabalhar pela democratização do conhecimen-to das TICs, que leva à inserção neste mundo baseado, cada vez mais, em conexões, tecnolo-gias e globalização.

O envolvimento de todos foi, e continua sendo, imprescindível para a continuidade do projeto, criando bases sólidas de envolvimento comunitário, aliadas às atividades educativas e culturais. A realização do projeto envolveu tanto a equipe técnica da Embratel, quanto o Conselho de Desenvolvimento Sustentável da Ilha Grande (CONSIG), a direção e os brigadis-tas, assim como organizações comunitárias e as lideranças locais.

O projeto Tecnologia e Educação Ambien-tal não tem prazo para acabar; ao contrário, vem se ampliando cada vez mais. A primeira turma, com 22 alunos, já foi formada nos cursos de in-formática on-line do EMBRATEL/EDUCAÇÃO.

Embora pareça difícil quantificar o impacto positivo das TICs para a BME, uma coisa é certa, o acesso à Internet é a porta de entrada para um novo mundo. Os conhecimentos sobre fauna e flora disponíveis na rede, bem como as possibi-lidades de interação com experiências similares em todo mundo proporcionaram um salto de qualidade no trabalho da Brigada. Como avalia o secretário-executivo do CONSIG, Fernando Jordão, “a participação do Instituto Embratel vem sendo fundamental para o sucesso da Brigada”.

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A ligação da Brigada Mirim Ecológica da Ilha Grande ao mundo, por meio da infraestrutura de Internet está dentro das premissas de atu-ação do Instituto Embratel, atendendo um de seus objetivos, o de contribuição para o de-senvolvimento e a realização de projetos e atividades propostos por entidades públicas ou privadas, nas áreas cultural, científica, edu-cacional, esportiva e social, sempre que com-patíveis com as diretrizes e objetivos definidos no planejamento anual do IE-21.

Dentre os objetivos definidos, estão os se-guintes, mais especificamente:

1. Fortalecer a educação ambiental dentre os jovens brigadistas por meio do acesso à informação via Internet;

2. Promover a inclusão digital por meio do acesso às Tecnologias de Informação e ComunIcação (TICs), na sede da BME; 3. Disponibilizar os cursos de utilização de

aplicativos e linguagens de desenvolvi-mento em ambiente web para a autoa-prendizagem dos brigadistas;

4. Incentivar o uso da Biblioteca Digital Mul-timídia e da WebTV como base de pes-quisa e aperfeiçoamento das atividades inerentes à BME;

5. Monitorar o desenvolvimento do pro-jeto para conclusão dos objetivos e cor-reções necessárias.

(5)
(6)

SUMÁRIO

Projeto – Tecnologia e Educação Ambiental ...

6

Instituto Embratel ...

6

Estratégia de Sustentabilidade ...

7

Brigada Mirim Ecológica de Ilha Grande ...

9

A Internet e os Jovens ...

10

O Projeto Tecnologia e Educação Ambiental ...

14

O Gerenciamento do Projeto ...

16

Resultados ...

16

Referências ...

19

(7)

Instituto Embratel

A Embratel é uma empresa que sempre atuou dentro de princípios de responsabilidade social, premissas que se incorporaram em todo plane-jamento da empresa ao longo de seus mais de 40 anos de fundação. A empresa se destaca por realizar ações de responsabilidade social e ambiental que contribuem para a melhoria da qualidade de vida da sociedade como um todo.

Essa motivação levou à criação, em 2001, em conjunto com a Embrapar, do Instituto Embratel uma organização de fins não econômicos, com sede e foro na cidade do Rio de Janeiro, tendo como objetivo primordial promover o desenvol-vimento de projetos e atividades de naturezas educacional, cultural, científica, esportiva e so-cial, colaborando com sua execução.

Em março de 2003, o Instituto Embratel foi qualificado pelo Ministério da Justiça como Or-ganização da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP, na forma da Lei no 9.790/99. A qualifica-ção como OSCIP acolhe e reconhece legalmente as organizações da sociedade civil, cuja atuação se dá no espaço público não estatal.

O Instituto Embratel orienta seu trabalho para atingir os seguintes objetivos:

• Desenvolvimento e execução de projetos culturais, científicos, educacionais, espor-tivos e sociais, com ênfase naqueles de grande interesse comunitário;

• Apoio ao enriquecimento, manutenção, conservação e preservação dos valores cul-turais, científicos, educacionais, esportivos e sociais nacionais, em especial aqueles de grande reconhecimento público e ins-titucional;

• Incentivo à integração cultural, científica, educacional, esportiva e social entre a co-munidade e as instituições que atuam nessas áreas, bem como entre as diversas regiões do Brasil, e deste com o exterior; • Promoção de intercâmbio com entidades

afins do Brasil e do exterior;

• Contribuição para o desenvolvimento e a realização de projetos e atividades nas áreas cultural, científica, educacional,

es-PROJETO

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portiva e social, propostos por entidades públicas ou privadas, sempre que compa-tíveis com as diretrizes e objetivos defini-dos no planejamento anual do IE-21; • Promoção da cultura, defesa e

conserva-ção do patrimônio histórico e artístico; • Desenvolvimento de tecnologias

alter-nativas, estudos e pesquisas, produção e divulgação de informações e conheci-mentos técnicos e científicos que digam respeito a atividades sociais, culturais, educacionais, científicas e esportivas.

Instituto Embratel | Brigada Mirim: Tecnologia e Educação Ambiental

8

1GUIA EXAME 2009 – SUSTENTABILIDADE. Evolução Constante –

Como o conceito de responsabilidade corporativa avança no Brasil. São Paulo: Editora Abril, novembro, 2009.

Estratégia de Sustentabilidade

Em 10 anos de publicação, o Guia Exame de Sus-tentabilidade1 avalia que as empresas brasileiras

passaram por, pelo menos, três estágios. A era da filantropia, com ênfase em doações e voluntaria-do, foi seguida pela era das preocupações com a ética e transparência no relacionamento com as partes interessadas. E, mais recentemente, as questões ambientais passaram a ser valorizadas sob o prisma da sustentabilidade como oportu-nidade concreta para a longevidade.

A discussão da sustentabilidade ganhou força no Brasil, em meados da década de 1990, quando a maioria das empresas brasileiras não tinha ainda uma estratégia clara de

(9)

sustentabi-lidade. De ações de preservação à responsabili-dade social, tudo era feito ao mesmo tempo. Isso começou a mudar a partir de 2000, quando as empresas passaram a implementar estratégias de sustentabilidade com foco na sua própria cadeia de valor, propiciando o desenvolvimento social e ambiental, mas, ao mesmo tempo, cri-ando bases mais sólidas para uma cultura da sustentabilidade em toda cadeia produtiva. Os programas sociais e ambientais começaram a ter mais clareza de objetivos e relação com o tipo de atividade desempenhado.

Dentro dessa visão de coerência, o Institu-to Embratel apoia projeInstitu-tos que se relacionam com programa de inclusão digital, por meio da educação, que tem um papel estratégico no to-cante à sustentabilidade.

Os principais projetos são: • Embratel Educação

O desafio de aliar Tecnologias da Infor-mação e Comunicação, Educação e De-senvolvimento Social nas comunidades rurais brasileiras.

• Ponto Comunidade

Espaço comunitário diferenciado onde o público tem acesso aos recursos tenoló-gicos.

• Cooperação Socioeducacional

Programa GESAC (Governo eletrônico – Serviços de Atendimento ao Cidadão). Atendimento aos Pontos de Presença do Programa GESAC, com conteúdos socio-educacionais.

(10)

• Educação e Desenvolvimento Sustentável Apoio tecnológico ao papel central da edu-cação na busca comum pelo desenvolvi-mento sustentável.

• Práticas Educacionais – Escolas Parceiras Área destinada à divulgação de projetos e experimentos de escolas parceiras. • 123 Alô - A Voz da Criança e do

Adolescente

Suporte, socorro, segurança e assistência para crianças e adolescentes em situação de risco.

• Gente Capaz - Valorização da diversidade Desenvolvimento e empregabilidade pa-ra pessoas com necessidades especiais. O Instituto Embratel prioriza projetos em que possa ser mais um elemento na corrente pela cidadania e desenvolvimento humano. Não busca apenas projetos próprios; ao contrário, busca ser parceiro, somando-se a outras em-presas e instituições.

Segundo o professor Landislau Dowbor, eco- nomista e consultor de diversas agências das Nações Unidas, “se quisermos sobreviver, esta-mos condenados a desenvolver formas inteli-gentes de articulação e colaboração dentre os diversos atores que participam da construção social”. Dentro desse entendimento, o Institu-to Embratel acredita que, compartilhando es-forços para um objetivo comum e somando competências distintas, pode produzir resulta-dos maiores, como no caso da Brigada Mirim Ecológica da Ilha Grande.

Brigada Mirim Ecológica

de Ilha Grande

A Brigada Mirim Ecológica foi fundada em 1989, com o objetivo de manter as praias e tri-lhas limpas e incentivar a educação, bem como sensibilizar sobre a importância da preservação ambiental da Ilha Grande, no litoral do Rio de Janeiro. A sede da BME está localizada na Vila do Abraão, Ilha Grande, município de Angra dos Reis, Estado do Rio de Janeiro.

A cobertura das comemorações dos 20 anos da Brigada Mirim Ecológica evidenciou o papel fundamental que os brigadistas têm para a comunidade de Ilha Grande. A BME foi apon-tada como parceira da administração munici-pal na difusão da importância da preservação ambiental, especialmente no verão, quando a ilha recebe milhares de turistas (ver anexos).

A BME também estimula a educação:

Instituto Embratel | Brigada Mirim: Tecnologia e Educação Ambiental

9

Quando completam

13 anos, os jovens já

ficam empolgados em

trabalhar na Brigada,

(11)

explica o ex-brigadista, Rodrigo de Oliveira Cha-gas, que atualmente é o supervisor da Brigada.

A Brigada Mirim, que já formou mais de 500 jovens, vem se ampliando a cada ano, in-corporando outro importante objetivo: a quali-ficação de jovens para o mercado de trabalho. Assim, além da educação ambiental, os jovens participam de atividades de manejo em uma fazenda marinha e em um viveiro de mudas.

Reconhecida como ONG, sem fins lucrati-vos e de natureza filantrópica, a Brigada tem, na sua estrutura administrativa, um diretor e um supervisor e atende, atualmente, 38 jovens brigadistas. São meninos e meninas, em idade escolar entre 14 e 17 anos, moradores das co-munidades nativas, que se distribuem por oito praias no entorno da Ilha. Os jovens integram o Programa Jovem Aprendiz, que prevê ativi-dades de formação e uma bolsa-auxílio de meio salário mínimo, além de benefícios adicionais, envolvendo-se por cerca de 4 horas diárias, no contraturno escolar.

As principais atividades da Brigada Mirim Ecológica são (fotos nas págs. 11 e 12):

• educação ambiental; • apoio aos turistas; • coleta seletiva;

• sinalização das trilhas;

Fazenda Marinha com criação de

Co-quille Saint-jacques, espécie de molusco

nativo da região;

• viveiro de mudas: reflorestamento de Ilha Grande.

A Internet e os Jovens

Um ponto fundamental na qualificação profis-sional é a inserção no ambiente digital. A Briga-da mantém um laboratório de informática com capacidade para 22 alunos; contudo a peculiari-dade geográfica do local impõe à Brigada um isolamento real. Sem acesso à Internet, os jo-vens vivem “ilhados”, em uma exclusão digital, se não total, com grande impacto na sua vida contemporânea, social e profissional.

Ainda que o termo “analfabetismo funcio-nal” se restrinja à capacidade de compreensão dos indivíduos com relação à leitura de textos, muitos especialistas e críticos vêm associando o termo também ao desconhecimento da in-formática, uma vez que o mundo digital é uma realidade.

A democratização do conhecimento das tecnologias de informação e comunicação (TICs) leva à inserção em um mundo baseado cada vez mais em conexões, tecnologias e globalização.

O domínio das novas tecnologias abre oportunidades de trabalho, de geração de ren-da e, também, garante acesso a fontes de infor-mação e espaços de sociabilidade.

A Internet se caracteriza por um imenso conglomerado de redes que se ligam umas às outras, infinitamente, permitindo o acesso e troca de informações em escala mundial.

As tecnologias de informação e comunica-ção, através de diferentes aplicativos, associa-das à Internet reorganizaram o mundo do tra-balho nas últimas décadas.

(12)

Brigadistas limpam as trilhas Grupo no preparo dos sacos para viveiro de mudas

(13)

Sinalização Gráfica - Painel sobre tempo de

(14)

Uma pesquisa recente do Comitê Gestor da Internet revela que os jovens são grandes usuários de Internet no Brasil: das pessoas con-sultadas com idades entre 10 e 15 anos, 63% têm acesso à tecnologia. Esse percentual é de 68% junto aos entrevistados com idades entre 16 e 24 anos. Na edição da mesma pesquisa, em 2008, esses percentuais foram de 53% e 61%, respectivamente, mostrando um crescimento. Outra conclusão da pesquisa é sobre o papel das redes sociais. Há uma grande utilização dessas ferramentas no país: o brasileiro é o maior usuário em termos de tempo de cone-xão, e também é o mais bem relacionado, o que mostra a utilização da Internet como um grande elemento de socialização2.

A Ilha Grande não é diferente de qualquer outro lugar do planeta que não tenha ainda conseguido entrar no mundo digital. O Dire-tor Administrativo, Luiz Henrique V. Lima, conta que chegou a um ponto em que a Brigada es-barrou na tecnologia:

Instituto Embratel | Brigada Mirim: Tecnologia e Educação Ambiental

13

2 COMITÊ GESTOR DA INTERNET BRASIL. SANTOS, Rogério

San-tanna. Plano nacional poderá levar banda larga a 88% da

popu-lação brasileira. 26 mai 2010.Disponível em: http://www.cgi.br/

publicacoes/artigos/artigo65.htm. Acesso em 12 set 2010.

Precisávamos mostrar o

mundo a estes jovens, e

não tínhamos como fazer

isso. Daí surgiu o apoio

do Instituto Embratel.

(15)

O Projeto Tecnologia e Educação

Ambiental

Em 2009, procurado pela direção da Brigada Mirim Ecológica, o Instituto Embratel percebeu a gravidade da situação. O domínio das TICs, nas quais se incluem a Internet e as redes sociais, não é mais apenas uma forma de entretenimen-to, mas ferramenta imprescindível, exigida para a entrada no mercado de trabalho.

Dentro de sua proposta de incentivar proje-tos relacionados à educação e inclusão digital, o Instituto Embratel viabilizou a ligação da Brigada Mirim Ecológica ao mundo digital, conectando a sede, localizada na ilha, via satélite, através da

instalação de uma antena (EG 300, capacidade de banda de 300kbps). O projeto envolve:

• desenvolvimento do projeto de instalação; • comodato de equipamentos (antena

pa-rabólica – transmissores/receptores); • montagem e instalação e ligação; • manutenção da rede e equipamentos; • serviço de acesso à Internet em banda

lar-ga, via satélite, gratuito para a Brigada Mi-rim e para a comunidade da Ilha Grande. E, ainda, por meio do Projeto EMBRATEL / EDUCAÇÃO, os jovens contam com cursos de informática on-line. Eles podem acessar uma

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Biblioteca Digital com 35.000 documentos e 2.500 vídeos, produzidos por instituições par-ceiras (Biblioteca Nacional, MEC, RJ, PUC-MG, UERJ/PPFH, UFRJ/Faculdade de Educação), bem como assistir à programação da WebTv do Instituto Embratel, com conteúdos culturais e educacionais, 24 horas por dia.

Os cursos de informática on-line não têm uma carga horária preestabelecida, pois o ob-jetivo é a formação de cada um, dentro do pro-cesso pessoal de aprendizagem. Os programas tentam atender as demandas gerais, que visam à instrumentalização nos principais aplicativos e linguagens para desenvolvimento web. Está disponível, também, um curso para introdução aos conceitos de informática. Todos os

aplica-tivos utilizados são softwares livres. Um ramal gratuito, 0800, foi instalado para suporte téc-nico e esclarecimentos de dúvidas.

O caráter de apoio do Instituto Embratel tem como foco garantir o acesso e, assim, a in-clusão digital, por isso, não há uma obrigatorie-dade de certificação dos cursos on-line.

Nesse projeto, o Instituto Embratel atua com o CONSIG e a Brigada Mirim Ecológica, através de seu presidente, Sr. Armando Klabin. Pela extensão da atuação da BME, mais duas empresas estão envolvidas. A Vale e a Klabin apoiam os projetos dos viveiros de mudas e a fazenda marinha.

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O Gerenciamento do Projeto

Além do canal direto para suporte técnico, o acompanhamento da evolução do projeto ocorre por várias formas:

• análise dos índices de acesso à Internet; • recebimento dos relatórios mensais das

principais atividades da Brigada Mirim Ecológica;

• visitas periódicas para um acompanha-mento presencial.

Resultados

O projeto Tecnologia e Educação Ambiental não tem prazo para acabar. Ao contrário, vem se ampliando cada vez mais. Recentemente, foram doados equipamentos, como 1 (um) televisor, para ampliar a informação e o co-nhecimento dos jovens brigadistas, e 2 (duas) máquinas fotográficas digitais, para registro das ações da Brigada Mirim e a preservação da memória local.

Índice Mensal de Utilização da Internet

Unidade de Transferência de Dados

Fonte: Relatórios mensais da Star-One

Obs: Média Extraída dos 50 maiores usuários do Projeto Embratel Educação

Brigada Mirim Média

(18)

Um dos aspectos mais relevantes da ini-ciativa do Instituto Embratel foi sua capacidade de mobilização e amplificação da questão da sustentabilidade da Ilha Grande. Para sua reali-zação, foram ouvidos e envolvidos desde os en-genheiros e técnicos da Embratel, por meio de sua equipe de projetos, até o CONSIG, direção e brigadistas da BME, assim como organizações comunitárias e as lideranças locais.

O envolvimento de todos é imprescindível para a continuidade do projeto, tecendo redes de desenvolvimento local baseadas em trocas soli-dárias, aliadas às práticas educativas e culturais.

Nem todos os resultados são mensuráveis facilmente por métricas quantitativas. A primei-ra turma, com 22 alunos, já foi formada nos cur-sos de informática on-line do EMBRATEL/EDUCA-ÇÃO, mas é difícil quantificar o quanto o uso das novas tecnologias, no espaço da Brigada Mirim Ecológica, amplia as possibilidades de interação com experiências similares em todo mundo. A utilização dessa tecnologia poderá, entre outros benefícios, ampliar o conhecimento sobre fauna e flora de cada um dos jovens brigadistas.

Embora não existam muitas pesquisas so-bre o impacto positivo do uso das TICs nas ativi-dades pedagógicas durante o processo de ensi-no formal, os especialistas são unânimes em concordar que a experiência do conhecimento é enriquecida pela tecnologia. O ambiente virtual proporciona interação dos saberes e propicia um processo contínuo de educação.

Os jovens brigadistas estão tomando co-nhecimento de outras experiências e boas

práti-cas ambientais similares implantadas no resto do país e no mundo, o que, sem dúvida, con-tribuirá para o aprimoramento das suas ativi-dades. Ao mesmo tempo, podem comunicar os valores de preservação ambiental praticados na Ilha Grande, alcançando os turistas, mesmo antes de sua chegada. O gráfico de acompanha-mento do Projeto EMBRATEL/EDUCAÇÃO, que passou a monitorar a troca de dados, via Internet, da Brigada Mirim Ecológica a partir de janeiro de 2010, demonstra que o acesso aos documentos aumenta mês a mês.

A iniciativa do Instituto Embratel foi reco-nhecida pelo secretário-executivo do CONSIG, Fernando Jordão, que afirma que “A participação do Instituto Embratel vem sendo fundamental para o sucesso da Brigada”3.

Passados os primeiros sete meses de im-plantação do projeto, Luis Henrique V. Lima, Dire-tor Administrativo da BME, avalia:

3ARAÚJO, Paulo Roberto. Brigada Mirim na Ilha Grande ganha

aces-so ao mundo digital. Rio de Janeiro: Jornal O GLOBO, 2 nov 2009.

Hoje estamos com

uma tecnologia

que possibilita abrir o

mundo aos jovens na área

ambiental e profissional.

O apoio do Instituto

Embratel deu um salto na

qualidade da Brigada Mirim.

(19)

O supervisor, Rodrigo Oliveira, complemen-ta: “Abrimos novas portas”. E a brigadista Caro-lina Conceição confirma: “Quando eu cheguei já tinha Internet e nos ajuda muito!”.

A proximidade com a comunidade aumen-tou a sensibilidade para as questões de Angra dos Reis. Em janeiro de 2010, após os desliza-mentos que deixaram cerca de 3.500 pessoas desabrigadas, a área de Recursos Humanos da Embratel e o Instituto promoveram uma cam-panha com o objetivo de arrecadar doações (vestimentas, roupas de cama e alimentos não perecíveis). Em apenas uma das quatro entregas realizadas pela Brigada Mirim Ecológica, foram levadas 11 (onze) cestas de alimentos a Bananal e 9 (nove) à Praia Vermelha. Em carta, Luis

Hen-rique V. Lima, Diretor Administrativo da BME, Carolina Conceição

explica que a destruição deixou marcas perma-nentes e agradece o engajamento de todos.

(20)

Instituto Embratel | Brigada Mirim: Tecnologia e Educação Ambiental

19

Referências

GUIA EXAME 2009 – SUSTENTABILIDADE. Evolução Cons-tante – Como o conceito de responsabilidade corporativa avança no Brasil. São Paulo: Abril, novembro, 2009. vARAÚJO, Paulo Roberto. Brigada Mirim na Ilha Grande ganha acesso ao mundo digital. Rio de Janeiro: Jornal O GLOBO, 2 nov 2009.

COMITÊ GESTOR DA INTERNET BRASIL. SANTOS, Rogério Santanna. Plano nacional poderá levar banda larga a

88% da população brasileira. 26 mai 2010. Disponível em:

http://www.cgi.br/publicacoes/artigos/artigo65.htm Acesso em 12 set 2010.

(21)

ANEXOS

Peças de comunicação da Campanha de Voluntariado para os Desabrigados em Angra dos Reis e Ilha Grande.

O Globo – Por Paulo Roberto Araújo Sábado, 14 de novembro de 2009 Veículo: O Globo

(22)

Instituto Embratel | Brigada Mirim: Tecnologia e Educação Ambiental

21

Jornal A Cidade

Sexta-feira, 13 de novembro de 2009 Veículo: Jornal A Cidade

(23)

Jornal Folha Fluminense

Período de 15 a 22 de novembro de 2009 Veículo: Jornal Folha Fluminense

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(25)
(26)

Instituto Embratel | Brigada Mirim: Tecnologia e Educação Ambiental

25

Site Sidney Rezende, 09 de novembro de 2009 http://www.sidneyrezende.com/

Referências

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