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SISTEMATIZAÇÃO DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

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Academic year: 2021

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SISTEMATIZAÇÃO DAS PRÁTICAS

PEDAGÓGICAS DA

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA:

UMA PROPOSTA ARTICULADA À SALA DE

RECURSO MULTIFUNCIONAL.

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TÍTULO

EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA:

UMA PROPOSTA ARTICULADA À SALA DE

RECURSO MULTIFUNCIONAL.

REALIZAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA EM REDE NACIONAL PROEF

SUPERVISÃO GERAL

PROF. DR. ANA CARRILHO ROMERO GRUNNENVALDT

REALIZAÇÃO

EDSON PEDROSO ROSENO

ILUSTRAÇÕES PIXABAY.COM

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO...4

O GRUPO FOCAL E SUAS CONTRIBUIÇÕES...6

O GRUPO FOCAL E O TRABALHO COLABORATIVO...7

AS QUESTÕES NORTEADORAS...9

O PLANEJAMENTO E O PDI UMA AÇÃO POSSÍVEL...13

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APRESENTAÇÃO

Caro(a) Professor (a)

Produto de uma pesquisa intitulada “EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA: UMA PROPOSTA ARTICULADA À SALA DE RECURSO MULTIFUNCIONAL”, este material foi desenvolvido com base nas reuniões do grupo focal composto por professoras da Sala de Recurso Multifuncional do professor de Educação Física da escola pesquisada e do professor pesquisador.

O objetivo principal da pesquisa foi o de compreender como vem ocorrendo a inclusão dos alunos com deficiência nas aulas de Educação Física (EF) e como as interações com os professores da Sala de Recursos Multifuncionais (SRM)1 podem, através

do trabalho colaborativo, favorecer as práticas pedagógicas dos professores em relação aos alunos que são público-alvo da Educação Especial.

A Educação Física nas escolas tem nos últimos anos atravessado por inúmeras transformações em sua forma de atuação, partindo de uma prática que se pautou por ser excludente e seletiva, que fez a seleção do apto e ignorou o inapto, a disciplina vem passando por transformações e hoje a inclusão de todos os alunos em suas aulas é um objetivo cada vez mais buscado por muitos profissionais.

Dentro desse universo, os alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento, altas habilidades/superdotação são hoje parte dessa demanda e seu número tem aumentado ano a ano em todas as redes de ensino.

De acordo com o MEC, em 1998, cerca de 200 mil crianças que necessitavam de educação especial estavam matriculadas nas classes comuns da educação básica. Em 2014, elas já eram quase 700 mil, distribuídas em 80% das mais de 145 mil escolas em todo o país. O número de alunos da educação especial ultrapassou a barreira de um milhão em 2017 e, em 2018, chegou a 1,18 milhões, registrando um crescimento de quase 11% em apenas um ano. A maior parte, pouco mais de 992 mil, estuda em escolas públicas do ensino regular. (BRASIL, 2019)

1 As Salas de Recursos Multifuncionais são locais destinados ao Atendimento Educacional Especializado, são dotadas

com equipamentos, mobiliário e materiais pedagógicos indicados ao atendimento dos alunos que são o público alvo da educação especial na escola.

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A escola de modo geral vem buscando incluir essas crianças e jovens e para isso vem fazendo adequações que vão desde a sua estrutura física, contratação de profissionais como intérpretes e profissionais de apoio, passando pela capacitação de professores, buscando oferecer uma gama de instrumentos para que essa inclusão se faça não apenas de direito, mas de fato.

As reuniões com o grupo de professores participantes da pesquisa na escola formaram a base para a discussão dos fatos que eram observados durante as aulas de Educação Física, assim como foram discutidas individualmente a participação de todos os alunos atendidos pelas professoras do AEE nessas mesmas aulas. As contribuições de todos os profissionais envolvidos na pesquisa formaram a base para a construção dessa pesquisa.

Esse grupo focal buscou a partir dos relatos e discussões com o grupo de professoras da SRM e o professor de Educação Física apresentar sua compreensão das interações necessárias para o enriquecimento do trabalho de ambos no processo de integração e inclusão dos alunos na escola investigada.

De acordo com Gatti (2005, p.11), essa técnica é empregada com várias finalidades, em contextos diversificados e para análise de múltiplas questões, na dependência do problema que cada pesquisador se propõe.

Os grupos focais podem ser úteis em análises por triangulação ou para validação de dados, ou podem ser empregados depois de processos de intervenção, para o estudo do impacto destes, ou ainda, para gerar novas perspectivas de futuros estudos. (GATTI, 2005, p.12).

O universo da pesquisa aqui retratada compreende uma escola da rede estadual de ensino, localizada na região da grande Vila Operária, na cidade de Rondonópolis, estado de Mato Grosso. A escola conta atualmente com 804 alunos matriculados no ensino fundamental I e II, dos quais 21 alunos são atendidos na Sala de Recursos Multifuncionais, que oferece o Atendimento Educacional Especializado. Esses alunos são atendidos em dois períodos sendo 14 no período matutino e sete no vespertino, sempre no contraturno das atividades escolares.

Fizeram parte da pesquisa 11 alunos do ensino fundamental II, do período vespertino de turmas do 6º ao 9º anos. Desse grupo 07 alunos possuem o diagnóstico de Deficiência Intelectual, 02 alunos Autistas e 02 alunos com Deficiência Múltipla.

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O GRUPO FOCAL E SUAS CONTRIBUIÇÕES.

Na estruturação dessa pesquisa foram realizadas duas reuniões, a primeira com a finalidade de discutir com as professoras do AEE os objetivos da pesquisa na escola, bem como estabelecer uma visão prévia de temas como, inclusão, educação física e como esses dois temas se desenvolvem na escola.

Posteriormente em um segundo encontro, o tema foi a relação dos alunos atendidos pelo AEE, com seus pares e com os professores, suas ações rotineiras na escola, e a participação desses alunos nas aulas de educação física. Buscou-se também idealizar estratégias para favorecer a inclusão efetiva desses alunos nessas aulas.

O registro desses dois encontros foi feito por gravação de áudio, e posteriormente foi feita a transcrição dos diálogos, a fim de permitir uma melhor analise das informações contidas no material.

O meio mais usado para se registrar o trabalho de um grupo focal é a gravação por áudio; por isso a escolha do lugar de realização do grupo deve ser cuidadosa, de forma a permitir que a gravação possa ser feita com sucesso. Em geral utilizam-se dois gravadores, dispostos adequadamente em relação à distribuição dos membros do grupo no ambiente, para cobrir ao máximo as participações e se obter uma gravação mais nítida e abrangente. (GATTI, 2005, p.24)

As discussões realizadas pelo grupo, formaram a base para uma compreensão de todos os aspectos que envolveram a pesquisa na escola, importantes questionamentos foram discutidos e alicerçaram todo o desenvolvimento do trabalho.

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7 O GRUPO FOCAL E O TRABALHO COLABORATIVO.

A principal intenção dessa aproximação proposta entre professores da Sala de Recurso Multifuncional e o professor de Educação Física, foi a de através desse trabalho colaborativo favorecer a práxis dos professores envolvidos, subsidiando ações pedagógicas inclusivas.

A articulação entre os professores da SRM, que realizam o AEE e os professores das salas regulares, embora seja claramente prevista em todo o aparato legal que estabelece o Atendimento Educacional Especializado nas escolas, frequentemente é negligenciada e acaba por não ocorrer, isolando profissionais em suas próprias áreas, e nesse processo de isolamento inúmeras oportunidades de se desenvolver um trabalho articulado e de qualidade acaba se perdendo.

O alto nível do individualismo é assumido pelos docentes, em certos casos, como uma expressão de autonomia profissional. A autonomia, entendida como isolamento e redução do âmbito profissional à sala de aula, é um aspecto importante da cultura docente que empobrece tanto suas possibilidades de desenvolvimento profissional como os resultados de aprendizagem dos alunos.

(CALDEIRA, 2001, p.93)

É comum na escola que cada professor se feche em sua disciplina e nem sempre o trabalho colaborativo é visto como algo possível de se efetivar, inúmeras são as razões para que isso ocorra, mas em todas elas o aluno é quem sai perdendo.

Entendo seja essa dificuldade um dos grandes motivos para que propostas de trabalho colaborativo não logrem êxito, e sejam de pronto rejeitadas. É preciso um trabalho de convencimento para quebrar essa barreira inicial, provocando a ação da gestão escolar, coordenadores pedagógicos e certamente de outros professores que já avançaram nessa questão, e buscam no trabalho conjunto a solução seguir adiante nas questões da inclusão nas escolas.

Essa imposição de dificuldades por parte do professorado chega a ser contraditório, pois o que vemos com frequência é alegação de que o mesmo não se sente preparado para lidar com diferenças na sala de aula, por faltar à ele uma formação que o capacite para tal. Então quando convidado a se juntar com outros profissionais, como os professores da SRM, a fim de acrescentar à sua prática essa preparação, muitas vezes o professor ainda apresenta resistências.

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Todo professor, para desenvolver sua prática no atendimento à diversidade, precisa refletir, acima de tudo, sobre o processo de inclusão escolar e as modificações que este acarreta nas escolas. Esses saberes construídos na prática, quando públicos, tornam-se saberes da ação pedagógica e formam o repertório de saberes disponíveis, capazes de auxiliar na profissionalização do ofício de professor. (CAPELLINI e MENDES, 2007, p.118)

É necessário que se tenha o entendimento de que essa construção dos saberes da ação pedagógica não é algo de fácil aquisição, é algo que se constrói lentamente mas que aos poucos vai alicerçando a prática, e trazendo as respostas, e junto com as respostas a segurança necessária para o desenvolvimento da práxis.

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9 ALGUMAS QUESTÕES NORTEADORAS PODEM SER APRESENTADAS COMO SUGESTÃO PARA A CONSTRUÇÃO DE UM DIÁLOGO ENTRE O PROFESSOR DE EF E OS PROFESSORES DA SRM.

*Em algumas questões utilizamos fragmentos das discussões realizadas quando das reuniões do grupo focal, que serviu de base para a coleta de dados utilizados nessa pesquisa.

Qual a percepção que os professores da SRM em relação à EF

na escola.

Uma das primeiras preocupações que tivemos ao iniciarmos os contatos com as professoras da SRM, foi a de saber como essas profissionais percebem a EF na escola no que se refere a sua importância como componente curricular como também que trouxessem para as discussões as suas próprias experiências com a disciplina quando ainda eram discentes do ensino fundamental e médio. Esses relatos trouxeram relatos interessantes sobre práticas que muitas vezes eram excludentes e como essas práticas marcam até hoje as concepções que essas professaras dispõem sobre a EF.

Em um dos relatos de uma professora do AEE, pode-se observar como algumas práticas acabam criando referências negativas em relação ao EF na escola.

...era contra turno ainda, era um professor do sexo masculino na quadra...trabalhando com as meninas...então aquilo era complicado. Outra situação era assim....eu não me via com habilidade nem pro vôlei…nem pro esporte...e aquilo me deixava intrigada, mas a minha nota em educação física era 10, sempre 10... (AEE1)2

Nessa fala da professora, ela se refere ao fato da dificuldade de se ter na época um professor de EF do sexo masculino, o que segundo ela gerava um certo desconforto por parte das alunas, e também a própria falta de habilidade que apresentava para o esporte que de acordo com o seu entendimento não merecia uma avaliação tão valorizada.

Com relação ao formação do professores de EF para o trabalho com alunos com deficiência, um relato da mesma professora demonstra a preocupação de como isso pode afetar os processos de inclusão nas escolas.

Todos os alunos da escola tem o direito de estar participando do processo de inclusão, não é só o aluno com deficiência mas o todo...e eu penso que é hámuitas

2Com o objetivo de preservar as identidades dos participantes da pesquisa as professoras do AEE, foram identificadas

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habilidades a serem trabalhadas nessas crianças e a gente com escola não pode estar negando esse direito desse desenvolvimento... (AEE1)

Compreender como professores de outras áreas percebem a EF na escola foi para a elaboração dessa pesquisa extremamente importante, a partir desse ponto foi possível construir um diálogo inicial, que foi se fortalecendo a partir de outras questões.

Como os professores de EF avaliam o trabalho do AEE na

escola.

Primeiramente antes de tentarmos responder à essa questão, é preciso saber se os professores de EF conhecem com profundidade o trabalho do AEE, ou se esse conhecimento é apenas superficial.

Entendemos como uma condição prioritária para que se faça essa avaliação, que exista uma real aproximação entre EF e AEE, e isso em nossa pesquisa foi proposto através do trabalho colaborativo, o que apesar de ser uma prática que acaba gerando bons resultados e favorecendo a práxis de ambos, ainda encontra dificuldades para se estabelecer na escola.

A articulação entre os professores da SRM, que realizam o AEE e os professores das salas regulares, embora seja claramente prevista em todo o aparato legal que estabelece o Atendimento Educacional Especializado nas escolas, frequentemente é negligenciada e acaba por não ocorrer, isolando profissionais em suas próprias áreas, e nesse processo de isolamento inúmeras oportunidades de se desenvolver um trabalho articulado e de qualidade acaba se perdendo.

O foco do AEE é o aluno e não a deficiência. Parece simples essa afirmativa, porém isso faz muita diferença, quando se trata de focar esforços e expertises na pessoa, naquele que deve ser o centro do nosso trabalho, nesse aspecto ao meu ver, pouco adianta saber tudo sobre uma deficiência determinada ou sobre todas as deficiências encontradas na escola, conhecer sobre laudos e diagnósticos, o que realmente muda a realidade, é conhecer a criança com a qual trabalhamos, saber de suas limitações e possibilidades, e a partir desse conhecimento construir uma prática inclusiva dentro de nossas aulas.

 Como é elaborado o PDI dos alunos com deficiência, e

como a SRM pode auxiliar na elaboração de atividades a

serem executadas nas aulas de EF.

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Ao propor uma interação entre professores de EF e a SRM, uma das estratégias sugeridas e que provavelmente pode fazer com que o professor de EF se sinta mais seguro e preparado para lidar com alunos com deficiência, será o de conhecer e discutir com os professores da SRM o Plano de Desenvolvimento Individual do aluno (PDI).

O PDI pode trazer informações que auxiliem o professor de EF a direcionar o planejamento de suas aulas a fim de que possa, traçar estratégias para que a participação do (s) alunos (s) com deficiência em sua aula possa ocorrer com segurança, baseada na avaliação dos professores da SRM.

Entendemos que o desenvolvimento do PDI seja o ponto inicial da articulação entre os professores da SRM e da sala comum. Especificamente o professor de educação física, pode se valer desse momento para estreitar o diálogo, buscando iniciar um trabalho conjunto que vise favorecer a sua prática, onde em nosso ponto de vista, todos saem ganhando.

Na escola onde foi realizada a pesquisa, o procedimento para a confecção do PDI e precedido primeiramente pela oitiva dos pais ou responsáveis pelo aluno. Essa rememoração tem como objetivo conhecer e identificar no aluno, informações que orientem os profissionais que trabalham na SRM, servindo de base para a formulação do estudo de caso, que será desenvolvido posteriormente.

Esses dois procedimentos alicerçam um planejamento que vai orientar os trabalhos que devem ser realizados no AEE, subsidiando a prática dos professores na educação especial e também servindo de material de apoio para os professores da sala comum, conhecerem especificidades dos seus alunos com deficiência.

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A avaliação e sua importância na elaboração do planejamento.

Durante a realização dessa pesquisa um dos temas que mais demonstraram como ocorre o distanciamento dos professores das práticas inclusivas foi sem dúvida a questão relacionada à avaliação.

Isso se deve em parte ao fato de parte dos professores ainda entenderem os alunos com deficiência que fazem parte de suas turmas como sendo de responsabilidade dos professores da Educação Especial, retirando deles a responsabilidade de ensinar e consequentemente de avaliar.

Esse tipo de procedimento talvez seja o fator que mais afeta a aproximação que se faz necessária entre professor/aluno com deficiência. Isso acaba gerando ainda um outro questionamento; como o professor que não conhece o aluno, suas dificuldades e potencialidades pode avaliar o desenvolvimento desse aluno em suas práticas pedagógicas?

Nos encontros do grupo focal realizados na escola uma contribuição da professora do AEE, acabou revelando como isso acaba ocorrendo nas questões objetivas dentro da escola.

E ai assim....eles veem o aluno com deficiência, o aluno e PASE (Progressão com Apoio de Serviço Especializado), então eu não vou me preocupar com ele, porque eu já sei que ele é PASE, então ou seja ele é problema dos professores da sala de recurso. (AEE1)

Ainda sobre o mesmo tema uma outra provocação foi levantada por uma professora do AEE, acaba revelando as questões do distanciamento e como seus reflexos na prática pedagógica acabam por comprometer o processo de avaliação.

Eles acham que o aluno estando na sala de recursos, o aluno é seu. Só que eles não entendem que o aluno vem pra cá e fica 4 horas, e as outras vinte, ele fica com vocês. (AEE2)

Entendemos que estas questões estão diretamente ligadas às particularidades da escola pesquisada, outras questões podem surgir de acordo com a realidade de cada local, e enriquecer o debate a partir da compreensão e da imposição de situações pontuais.

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13 O PLANEJAMENTO E O PDI UMA AÇÃO POSSÍVEL.

Ao propor uma interação entre professores de EF e a SRM, uma das estratégias sugeridas e que provavelmente pode fazer com que o professor de EF se sinta mais seguro e preparado para lidar com alunos com deficiência, será o de conhecer e discutir com os professores da SRM o Plano de Desenvolvimento Individual do aluno (PDI).

O PDI pode trazer informações que auxiliem o professor de EF a direcionar o planejamento de suas aulas a fim de que possa, traçar estratégias para que a participação do (s) alunos (s) com deficiência em sua aula possa ocorrer com segurança, baseada na avaliação dos professores da SRM.

Entendemos que o desenvolvimento do PDI seja o ponto inicial da articulação entre os professores da SRM e da sala comum. Especificamente o professor de educação física, pode se valer desse momento para estreitar o diálogo, buscando iniciar um trabalho conjunto que vise favorecer a sua prática, onde em nosso ponto de vista, todos saem ganhando.

A seguir apresentamos uma adaptação do modelo de PDI utilizado pela SRM da escola pesquisada, que inicialmente pode ser a fonte primária de informações, sobre os alunos, sua deficiência, como também de suas limitações e possibilidades para uma práxis futura.

PDI-PLANO DE DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO HIPÓTESE DIAGNÓSICA: Tipo de deficiência APRESENTAÇÃO:

Relato dos pais sobre a criança desde o nascimento. O grau de autonomia do aluno, e informações sobre aspectos de sua relação interpessoal.

ESCUTAS:

Relatos feitos pelo tae (técnico que acompanha o aluno em sala) e pelos professores da sala regular, sobre o comportamento do aluno, suas dificuldades e limitações, assim como alguma característica que os professores possam relatar a respeito do aluno. Os pais do aluno também relatam as dificuldades de aprendizado que o aluno enfrenta na escola.

CONSIDERAÇÕES DA PROFESSORA DO AEE:

A professora identifica o aluno, se o mesmo apresenta laudo médico ou não. Como a deficiência compromete o seu aprendizado e suas relações sociais e afetivas.

IDENTIFICAÇÃO DA NATUREZA:

O grau de comprometimento que a deficiência impõe à criança. INTERVENÇÕES:

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Encaminhamento para especialistas (se necessário)

PLANO DE ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO. OBJETIVOS:

Organização do atendimento: período (dentro do ano letivo) Atividades a serem desenvolvidas no atendimento ao aluno Seleção de materiais

Softwares pedagógicos

Adequação de materiais (se necessário)

Tipos de parcerias necessárias para o aprimoramento do atendimento (psicólogo, fonoaudiólogo entre outros)

Profissionais da escola que receberão orientação da professora de AEE sobre serviços oferecidos ao aluno; Professores do ensino regular, equipe pedagógica e a família

AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS:

Processual e em conjunto com os professores da sala comum REESTRUTURAÇÃO DO PLANO:

Será feito de acordo com o desenvolvimento do aluno.

O PDI deve ser visto como um elemento importante e sobretudo como um facilitador de processo de formulação do planejamento do professor da sala comum. Baseado em suas informações o professor deve primeiramente considerar as possibilidades de cada aluno, e como essas condições podem favorecer o processo de aprendizado desse aluno. Posteriormente são planejadas as adequações e adaptações que se fizerem necessárias para o atendimento do aluno.

Nessa construção devem ser avaliados os aspectos motores, psicomotores, cognitivos e afetivos, assim como os aspectos comunicacionais referentes ao aprendizado.

A inclusão de alunos com deficiência nas aulas de EF tem sido tema de vários estudos, inúmeras abordagens tem buscado formas de fazer com que se possa favorecer o trabalho dos professores e permitir que disciplina seja de fato inclusiva.

Nesse contexto o professor deve buscar na formação continuada e no diálogo com os professores do AEE a complementação dos seus saberes para que possa fazer com que seu trabalho faça diferença e tenha significado na educação de seus alunos com ou sem deficiência.

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15 REFERÊNCIAS

CALDEIRA, A.M.S, A Formação Dos Professores De Educação Física: Quais Saberes

E Quais Habilidades? In, Revista. Brasileira de Ciências Do Esporte. Brasília, V.22 Nº 3

PG.87-103 MAIO 2001.

CAPELLINI, V.L.M.F, MENDES, E.G.M. O Ensino Colaborativo Favorecendo O

Desenvolvimento Profissional Para A Inclusão Escolar, In, Educere et Educare, São

Carlos – SP. Vol. 2 nº 4 jul./dez. 2007 Revista de Educação p. 113-128.

GATTI, B.A. Grupo Focal na Pesquisa em Ciências Sociais e Humanas, Liber Livros, Brasília, 2005.

http://portal.mec.gov.br/component/content/article/222-noticias/537011943/74371-cresce- a-cada-ano-o-numero-de-criancas-atendidas-pela-educacao-especial-no-brasil?Itemid=164 acessado em 03/01/2020.

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